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POLITETRAFLUORETANO-PTFE (Teflon®).
Resumo O Teflon® é um polímero semicristalino que foi descoberto por Roy Punket enquanto
manipulava o gás tetrafluoreto de eteno, foi inicialmente aplicado na indústria bélica durante a 2ª
Guerra Mundial na década de 1940 e ganhou importância na indústria civil após 1954, quando o
engenheiro Francês Marc Gregoire descobriu o processo para aderência desse material ao
alumínio e criou a panela antiaderente; já em 1969, Robert Gore conseguiu expandi-lo formando
uma membrana microporosa impermeável utilizada na confecção de roupas impermeáveis. Possui
4 fases conhecidas (pseudohexagonal, triclinico, ortorrômbico e hexagonal) e uma enorme
estabilidade térmica podendo ser encontrado em pós para moldagens por compressão ou extrusão,
para lubrificações e dispersões aquosas. Tem excelente resistência química em virtude da força
de ligação dos átomos de flúor e do carbono que lhe confere uma proteção quase que total.O
Teflon® É utilizado em uma infinidade de produtos que vão de revestimentos anticorrosão,
placas e chapas antiadesivas, fitas, películas, isolantes para cabos coaxiais, placas, tarugos, juntas
industriais, materiais de vedação, etc.
Palavras-chave: Politetrafluoretano. Teflon®. Termoplásticos. Fluoroplásticos. PTFE.
1 INTRODUÇÃO
1
Sociedade Educacional de Santa Catarina – SOCIESC. E-mail: hamilton.britto@hotmail.com
2
Sociedade Educacional de Santa Catarina – SOCIESC. E-mail:celsocostaevangelista@gmail.com
2 POLÍMERO
2.2 CLASSIFICAÇÃO
2.3 TERMOPLÁSTICOS
2.4 FLUOROPLÁSTICOS
Segundo Veiga (2003), a família fluoroplásticos são resinas termoplásticas com alguns
ou todos os seus hidrogênios substituídos por átomos de flúor e é composta do
politetrafluoretileno (PTFE), do etileno-propileno fluorado (FEP), do perfluoralcooloxitileno
(ECTFE), do etileno-tetrafluoretileno (ETFE), do fluoreto de polivinilideno (PVDF), do fluoreto
de polivinila (PVF) e dos copolímeros de etileno halogenados e fluorados.
As principais características dos plásticos fluorados são sua inércia química, sua
estabilidade em altas e baixas temperaturas, excelentes propriedades elétricas e baixo coeficiente
de atrito. As resinas são relativamente moles. Sua resistência a desgastes e deformações é baixa,
porém essa característica pode ser facilmente melhorada pela mistura das resinas com fibras
inorgânicas ou materiais em partículas. Por exemplo, a resistência ao desgaste do PTFE, que é
relativamente baixa para seu uso como material de mancais é contornado pela adição de produtos
como fibras de vidro, carbono, bronze ou óxidos metálicos. Dessa forma, sua resistência ao
desgaste é melhorada em até 1000 vezes, enquanto que seu coeficiente de atrito é somente
ligeiramente aumentado (Polifluor, 2015)
Para Silva Telles (2005, da família dos fluoroplásticos fazem parte um grupo de
plásticos não combustíveis com resistência química superior aos demais plásticos e sua
resistência à temperatura, afirma o autor, vai de -170° a 290°. A resistência mecânica desses
materiais é bastante baixa e o seu preço é elevado, possuem ótima resistência à abrasão e seu
coeficiente de atrito é baixo; são inertes a quase todas as substâncias químicas comerciais.
2.5 PTFE
Fleds (2011) classifica O PTFE na categoria dos fluoropolímeros, que vem a ser um
polímero baseado em fluorocarbonos com fortes ligações carbono–flúor, similar ao polietileno,
semicristalino onde os átomos de hidrogênio estão substituídos por flúor, a fórmula química do
monômero (tetrafluoretileno) é (CF2)2, e o polímero (politetrafluoretileno) é (CF2-CF2)n. Para o
autor, dependendo do tipo de tratamento térmico utilizado durante a fabricação, o peso
molecular do PTFE pode ser alterado através da mudança do percentual cristalino e, a depender
da pressão e da temperatura . 4 são as fases conhecidas do PTFE : pseudohexagonal, triclínico,
ortorrômbico e hexagonal, podendo ser encontrado em pós granulados para moldagens por
compressão ou extrusão ou em pós para extrusões com lubrificações em dispersões aquosas
Segundo Mano (2007) a excepcional resistência a solventes e reagentes químicos; a
elevada resistência térmica; o coeficiente de fricção muito baixo que lhe confere uma baixa
aderência e suas boas propriedades mecânicas, mesmo a temperaturas muito baixas são as
propriedades mais marcantes do TFPE e os produtos mais conhecidos fabricados com esta
substâcia são: Fluon®, Halon®, Hostaflon® e Polyfluon® que são fabricados pela ICI, pela
Allied, pela Hoescht, pela Diakin respectivamente. Além do mais conhecido que é o Teflon,
fabricado pela Du Pont que vem a ser o objeto deste artigo
Comentando sobre os motivos que levam o PTFE a ser o polímero mais usado para a
fabricação de juntas de vedação industrial, Veiga (2003) conclui que isso se dá em razão da sua
excepcional resistência química, sendo que os metais alcalinos em seu estado líquido e o flúor
livre são os únicos materiais que podem atacá-lo. Canto (2007) afirma que esta resistência
química provém da força de ligação dos átomos de flúor e carbono e a proteção quase que total
da cadeia de carbono pelos átomos de flúor
2.6 TEFLON®
3 APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
A CND (2015), outra licenciada da patente Teflon® pela Du Pont, garante que os
revestimentos industriais por ela fabricados previnem a corrosão e normalmente não são afetados
em ambientes químicos e somente os metais alcalinos em estado de fusão e os agentes fluorados
altamente reativos podem afetá-los quimicamente. Possui grande resistência ao calor, o que
permite a sua utilização em altas temperaturas sendo possíveis trabalhos contínuos em
temperaturas intermitentes até 315°C sem perda das propriedades físicas; sua estabilidade
criogênica previne a formação de gelo; podem ser usados a baixas temperaturas como -230°C;
suas propriedades dielétricas os tornam um ótimo isolante elétrico ou condutivo e oferecem
excelentes propriedades isolantes, baixo fator de dissipação e alta resistividade superficial.através
de técnicas especiais, podem ser eletrocondutivos e usados como revestimentos anti-estático, a
sua ótima resistência dielétrica o torna um excelente isolante elétrico também em altas
temperaturas, baixo coeficiente de fricção; lubrificação a seco permanente, tem o mais baixo
coeficiente de fricção de qualquer sólido conhecido, que varia de 0.05 a 0.20.dependendo da
carga, velocidade e tipo de revestimento Teflon® utilizado, em virtude da sua aderência, previne
o acúmulo e a fixação de resíduos, oferecem, ainda, uma rápida e completa desmoldagem do
material, poucas substâncias se aderem permanentemente a este revestimento, e oleofobia /
hidrofobia (não se molham), prevenindo o acúmulo de óleos e líquidos, limpeza é mais fácil e
não há resíduos e podem ser auto-limpantes, em alguns casos.
Tabela 2- Propriedades Físico - Químicas dos Revestimentos Industriais Teflon® da DuPont
Observações
* Teste de Sliding Arm: 1.000 ciclos, carga de 500g,
lixa 400, superfície de 35,5 cm²
* * Primeiro traço do substrato * * * Remoção total do filme
* * * *Baseado num ciclo de teste de 20.000 horas
1 - 5% NaCl a 35°C, horas de exposição até a falha
2- Horas de exposição até a falha
N/D- Não Disponível
Segundo Veiga (2003), 4 são os fatores básicos que influenciam na escolha do material
de uma junta industrial: pressão de operação, força dos parafusos, resistência ao ataque químico
do fluído (corrosão) e a temperatura de operação; sendo que o fator de serviço (Pressão X
Temperatura) é um bom ponto de partida para selecionar o material de uma junta. Segundo o
mesmo autor, ele é obtido multiplicando-se o valor da pressão em kgf/cm² pela temperatura em
graus centígrados. O PTFE possui também excelentes propriedades de isolamento elétrico, anti-
aderência, resistência ao impacto e baixo coeficiente de atrito. Os produtos para a vedação são
obtidos a partir da sinterização, extrusão ou laminação do PTFE puro ou com aditivos, resultando
produtos com diferentes características.
Diversos tipos de placas de PTFE são usadas na fabricação de juntas para aplicações nas
quais é necessária elevada resistência ao ataque químico; prossegue o autor (Veiga, 2003),
afirmando que a resistência à corrosão pode ser influenciada por vários fatores, principalmente:
pela concentração do agente corrosivo, pois nem sempre uma maior corrosão torna um fluído
mais corrosivo; pela temperatura do agente corrosivo, pois em geral, temperaturas mais elevadas
aceleram a corrosão e pelo ponto de condensação, pois a passagem do fluído com presença de
enxofre e água pelo ponto de condensação, provocam a formação de condensados altamente
corrosivos, quando os gases são provenientes de combustão.
As fitas expandidas fabricadas com TPFE e adesivadas com silicone simples-face com
alta resistência à abrasão e a altas temperaturas, com espessuras variando entre 0,09 a 0,17 mm,
suportam temperaturas que vão de – 73 a 204 °C sendo usadas como elemento antiaderente de
máquinas seladoras de embalagens plásticas e em peças injetadas, para selagem e mascaramento
em que necessite de resistência química e como revestimentos de: esteiras de transporte de
alimentos, antiabrasivo em calhas e dutos de transporte de produto em processo, de cilindro de
máquinas de extrusão a quente de polietileno, de cilindros de borracha ou aço para evitar abrasão
e aumentar o deslizamento (indústria de embalagens, de papel e têxtil), de cabos e outros
componentes que deverão estar sujeitos a alta temperatura, de cilindro de máquinas de extrusão a
quente de polietileno, de esteiras e guias que necessitem de superfície antiaderente (3 M, 2015).
São fabricadas através de processo especial a partir de 100% PTFE expandido, tendo
sua estrutura a base de fibras uniformes e alinhadas em uma única direção. As fitas planas são
excelentes para vedações em locais frágeis (como por exemplo, alumínio fundido, PVC, PRFV,
cerâmica, vidro, entre outros), são facilmente adaptáveis em qualquer tipo de união flangeada,
mesmo com grandes irregularidades e possuem fita adesiva para posicionamento da fita ao local
da aplicação. Podem ser aplicadas nas mais severas condições de serviço, principalmente em
fluidos quimicamente agressivos (3 M, 2015).
CONCLUSÃO
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