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INTRODUÇÃO......................................................................................................... 1
CAPÍTULO I - UMA VISÃO DOS MATERIAS PLÁSTICOS.....................................2
CAPÍTULO II - PROPRIEDADES FÍSICAS E TERMINILOGIA................................7
CAPÍTULO III - PROPRIEDADES MECÂNICAS...................................................12
CAPÍTULO IV – PROPRIEDADES TÉRMICAS.....................................................22
CAPÍTULO V – PROPRIEDADES ELÉTRICAS.....................................................27
CAPÍTULO VI – CONSIDERAÇÕES SOBRE AMBIENTE DE TRABALHO..........31
CAPÍTULO VII - ANÁLISES ESTRUTURAIS.........................................................33
CAPÍTULO VIII – MOLDAGEM POR INJEÇÃO.....................................................52
CAPÍTULO IX – SISTEMAS DE MONTAGEM.......................................................62
CAPÍTULO X – FABRICAÇÃO POR USINAGEM..................................................73
INTRODUÇÃO
Este manual de plásticos foi escrito para ser utilizado como uma fonte de
consulta genérica, baseado na experiência de projeto em peças plásticas, bem
como no desenvolvimento de projetos de peças plásticas de engenharia, e sendo
assim apresenta uma visão mecânica sobre os materiais poliméricos, que pode
ser representada de forma diferente da visão química. Este manual se aplica a fins
de formação e informação, portanto, pode ser de interesse de profissionais não
ligados ao projeto de plásticos ou a gestores de pessoal, que necessitam de uma
visão dos conceitos e condições de contorno críticas sobre assuntos relacionadas
com materiais termoplásticos.
INTRODUÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO:
TERMOPLÁSTICOS
TERMOFIXOS
COPOLÍMEROS
LIGAS
ELASTÔMEROS
DENSIDADE
PESO ESPECÍFICO
CONTRAÇÃO NA MOLDAGEM
OPACIDADE E TRANSPARÊNCIA
PLASTICIDADE
DUCTILIDADE
TENACIDADE
Tenacidade confere ao material a propriedade de absorver choques
mecânicos sem se danificar. Um material pode absorver energia mecânica através
de deformação plástica ou elástica. Em geral, resinas resistentes a altos impactos
possuem excelente tenacidade. Entretanto, resinas resistentes ao baixo ou
moderado impacto também podem demostrar considerável tenacidade quando
aplicadas de forma a trabalhar dentro dos valores admissíveis de tensão. Isto será
apenas visível quando a curva de tensão-deformação for discutida no capítulo 3. A
tenacidade é medida através da área sob a curva tensão-deformação da resina,
como demonstra a figura 2.04
Figura 2.04
FRAGILIDADE
SENSIBILIDADE ÀS TRINCAS
Não deve ser confundido com fragilidade, sensibilidade a trincas é a medida
de quão fácil uma trinca se propaga através do material partindo de um corte pré-
existente, trinca ou canto chanfrado.
PROPRIEDADES LUBRIFICANTES
HOMOGENIDADE
HETEROGENIDADE
ISOTROPIA
ANISOTROPIA
INTRODUÇÀO
DEFINIÇÕES BÁSICAS
TENSÃO
FIG.3.01
TENSÃO NORMAL
Fig. 3.02
ALONGAMENTO
Ou
MÓDULO DE ELASTICIDADE
LIMITE DE PROPORCIONALIDADE, A
PONTO DE ESCOAMENTO, B
Ponto de amolecimento é o primeiro ponto da curva tensão-deformação
onde ocorre um incremento da deformação sem que ocorra um incremento da
tensão. Isto está apresentado como ponto B na figura 3.05. A pendência da curva
é zero neste ponto. Observe que alguns materiais não possuem ponto de
escoamento.
LIMITE DE RESISTÊNCIA, C
LIMITE DE ELASTICIDADE, D
MODULO DE ELASTICIDADE, E
LIMITE DE ESCOAMENTO, F
COEFICIENTE DE POISSON
TENSÃO DE CISALHAMENTO
Um bloco de material mostrado na figura 3.07 está submetido a um grupo
de forças cortantes de valor igual e opostas, Q. Se o material for imaginado como
um infinito número de infinitesimais planos empilhados, como demonstrado na
figura 3.07, a tendência de deformação é o escorregamento entre os planos ou a
total separação caso a forças seja grande o suficiente.
FIG 3.07
MODULO DE CISALHAMENTO
CISALHAMENTO DIRETO
Fig. 3.08
TENSÃO REAL
Fig 3.09
FIG 3.10
Fig3.11
Tensão de dobradura
INTRODUÇÃO
Para se selecionar materiais plásticos que mantenham propriedades
mecânicas aceitáveis e estabilidade dimensional no limite de aplicação, os
envolvidos no projeto deverão definir as condições normais e extremas de
temperatura de operação a que o produto será submetido. A seguir serão
apresentados alguns conceitos básicos sobre propriedades e características
térmicas de materiais termoplásticos.
PONTO DE FUSÃO
FIG 4.02
MATERIAL cm/cm/ºC
CONDUTIVIDADE TÉRMICA
FLAMABILIDADE
2- Índice de oxigênio
Este teste mede a percentagem de oxigênio necessária para manter a
combustão do material plástico. Obviamente, os altos valores (maior necessidade
de oxigênio) denotam baixa combustibilidade. Nosso ar possui aproximadamente
21% de oxigênio, cada material com classificação abaixo de 21% provavelmente
irá suportar uma combustão normal em atmosfera aberta.
FIG 4.03
FIG. 4.04
FIG 4.05
RESISTÊNCIA AO IMPACTO
FADIGA
INTRODUÇÃO
CONDUTIVIDADE EM SOLIDOS
Fig. 5.01
RESISTIVIDADE SUPERFICIAL
FIG 5.02
RESISTÊNCIA DIELÉTRICA
FIG 5.03
FATOR DE DISSIPAÇÃO
NÍVEL DE TENSÃO
TEMPERATURA
REATIVIDADE
COMPATIBILIDADE QUÍMICA
Parte da escolha e aceitação de um termoplástico para uma dada
aplicação, recai sobre sua compatibilidade química com ambiente de trabalho.
REAÇÕES
SOLUBILIZAÇÃO
PLASTIFICAÇÃO
INTRODUÇÃO
FIG 7.01
FIG. 7.02
CONDIÇÕES DE APOIO
b) Guiado
Esta condição é similar a livre com exceção a condição de rotação que é evitada.
c) Apoio simples
c) Articulação
Esta fixação é similar ao apoio simples com exceção a condição de que apenas
rotações são permitidas.
d) Engaste
COEFICIENTES DE SEGURANÇA
CRITÉRIO DE FALHA
TENSÕES DE FLEXÃO
Onde:
M = momento de flexão
c = distância do eixo neutro à superfície onde ocorre a maior tensão (fig 7,04)
I = momento de inércia (fig 7,04)
Z = I/c, módulo de área (fig 7,04) é uma propriedade característica da geometria,
não deve ser confundida com propriedades do material.
Retangular
A= bd
c=d/2
Circular
Tubo
[ d −d ]
2 2
0 i
A=π
4
c=
d 0
2
[d −d ]
4 4
0 i
I =π
64
[ d −d ]
4 4
0 i
Z= π
32 d 0
Viga T
c=d−
d t + s ( b−t ) t
I=
3
2( bs +ht )
I
Z=
c
Z = d −c
´ I
Viga duplo T
d −h ( b−t )
3 3
b
I=
12
d −h ( b−t )
3 3
b
Z=
6d
Viga U
b s +h t
2 2
2
c=b−
2A
b s+ h t − A (b−c )
3 3
2
2
I=
3
Apoios Simples
Carregamento concentrado no centro
FL
3
Y=
48 EI
Apoios Simples
5 FL
3
Y=
384 EI
FL
σ=
8Z
FL
3
Y=
192 EI
FL
3
Y=
3 EI
FL
σ=
2Z
FL
3
Y=
8 EI
FL
σ=
12 Z
FL
3
Y=
384 EI
Onde:
T = torque aplicado
c = distância do centro da viga à face de maior tensão
J = momento polar de inércia
Onde:
L = comprimento da viga
G = modulo de cisalhamento
TENSÃO DE PARAFUSAMENTO
Onde:
coeficiente dinâmico de atrito entre as superfícies.
A área de cisalhamento do parafuso, A, é aproximadamente metade da área
cilíndrica de engajamento ou:
F 2F
τ= =
A π dL
0,6 F
P=
π dL
Esta pressão pode ser usada para aplicações de parede fina simples para
se obter a tensão produzida no parafuso.
P ( d+ 2t )
σ=
2t
5T
F=
d
A tensão de cisalhamento no parafuso
2 F 10 T
τ= =
π dL πd 2 L
0,2F T
P= = 2
dL d L
0 ,2 F T
σ= =
Lt dLt
Fig. 7.13
3T
σ=
tdL
(FIG)
Tensão estática = σs
Deflexão estática = ys
[ √ ]
σ i=σ s 1+ 1+
2H
ys
[ √ ]
y i = y s 1+ 1+
2H
ys
Observações:
Isto é apenas uma estimativa, testes de validação são essenciais.
A tensão de impacto calculada provê uma estimativa a ser comparada com
os valores obtidos nas especificações dos materiais.
Fig. 7.15 – Montagens típicas onde pode ocorrer tensões de origem térmica.
ΔL=αLΔT
Onde:
ΔL = Variação do comprimento
α = Coeficiente de espanção térica linear
L = Dimensão linear sob análise
ΔT = Variação da temperatura
Expanção livre
Expanção restrita
Movimentação relativa
ΔL
ε T= ≡αLΔT
L
A tensão pode ser calculada pela multiplicação da deformação pelo módulo
de elasticidade do material na temperatura dada. Entretanto, uma situação típica
ocorre quando um componente plástico é montado em outro componente de
metal, quando uma tensão considerável é gerada no componente plástico. Neste
caso, a tensão térmica aproximada, σT, no componente plástico é:
σ T =[ α m−α p ] E p ΔT
Onde:
ΔL rel =[ α p −α m ] LΔT
CAPÍTULO VIII – MOLDAGEM POR INJEÇÃO
INTRODUÇÃO
ESTRATÉGIAS DE PROJETO
1. Maximização da funcionalidade.
Peças simples moldadas são caras, o projetista deverá prever o máximo
das funcionalidades para possíveis em cada componente. Isto significa que um
simples componente moldado deve possuir a função de vários componentes
individuais, eliminando operações de montagem, reduzindo peso e,
freqüentemente, elevando a integridade estrutural. A figura 8.02 ilustra esta
comparação com o uso de um componente para eletrônica obtido com metal
estampado e o mesmo componente obtido através de moldagem por injeção.
Se as respostas para as questões acima forem sim, pode ser necessário mais
trabalho no planejamento do componente para se obter mais eficiência e redução
do custo efetivo do produto. É claro que em alguns casos, o desenho de múltiplas
opções de um simples componente ou a excessiva integração de partes ou
funcionalidades torna-se proibitivo devido ao elevado custo ou dificuldade para
moldagem. Isto se torna evidente quando o molde deve abrir em mais de uma
direção para que se possa ejetar o componente moldado. O projeto do produto
deve prever um equilíbrio entre a tecnologia utilizada, o custo de desenvolvimento
e a redução de custo obtida em cada unidade produzida.
SELEÇÃO DE MATERIAIS
1. Temperatura de trabalho
Representa a capacidade de o material apresentar características e
desempenho normais até seu extremo, operando normalmente no produto.
Tenha a certeza de verificar temperaturas de transporte, fontes internas de
calor e operações de montagem e acabamento. Tenha em mente que as
propriedades mecânicas e elétricas normalmente variam com as mudanças
de temperatura.
2. Ambiente de trabalho
Toda a substância, sólida, liquida ou gasosa que podem entrar em contato
com o componente produzido em plástico durante sua vida útil deve ter sua
compatibilidade química considerada como item de seleção. Se as
informações de compatibilidade não são claras na literatura técnica de uma
dada resina, o engenheiro deverá consultar o fornecedor do material para
requerer informações ou desenvolver um teste específico se for necessário.
3. Aprovação oficial
Especifica se o material utilizado está aprovado para o uso a que o produto
se destina. Estas aprovações podem ser obtidas em órgãos como,
Ministério da Agricultura, INMETRO, IPEM, Ministério da Saúde e outros
órgãos de fiscalização. Aplicações específicas podem necessitar de
aprovações do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Exército, entre outras.
4. Montagem
Assegure-se de que o material proposto é suficiente para suportar as
operações de montagem previstas. Por exemplo, certas classes de material
apresentam elevada dificuldade para fixação por operações de aplicação de
adesivos, enquanto outras não podem ser trabalhadas por processos
utrassônicos.
5. Acabamento
Determine quais resinas plásticas podem ser facilmente moldadas para o
produto proposto com a desejada aparência final. Caso não seja possível,
como o produto moldado pode ser facilmente e economicamente acabado?
6. Custo
Para se determinar o uso econômico de uma dada resina, considere o
custo por kilograma e o volume aplicado. Acrescente a isso a verificação da
densidade da resina e o tempo ciclo da máquina injetora para a moldagem
do produto. O custo por unidade de volume de uma dada resina
termoplástica é dado a seguir:
7. Disponibilidade de mercado
Verifique se o mercado local dispõe de quantidades suficientes para o
abastecimento durante a produção.
NERVURAS
BOSSAS
NUCLEOS
RAIOS DE ARREDONDAMENTOS
INTRODUÇÃO
3- Sistema de solda.
Métodos de soldas plásticas normalmente não requerem aplicações de
produtos químicos ou materiais de união, mas requerem equipamentos
apropriados para a operação de soldagem. Com os equipamentos
adequados, a montagem é rápida, econômica e geralmente considerada
segura quando comparada a métodos químicos. O método mais comum
empregado é a solda ultrasônica. Outros métodos são: placa quente,
rotacional, vibração e rádio freqüência. Todos esses métodos dependem
de interface ou linha de solda adequada entre as duas partes a serem
soldadas para garantir a eficiência do método usado.
Esta é a mais rápida e econômica forma de união entre peças obtidas por
polímeros iguais ou similares. O princípio envolve a aplicação de uma substância,
usualmente um solvente líquido para dissolver as superfícies que serão unidas
após a evaporação do solvente. As vantagens deste método são o baixo custo e
os pequenos recursos necessários para aplicação e ainda a pequena necessidade
de equipamentos específicos para a aplicação.
É claro que o uso de união por solventes está limitado para materiais que
são compatíveis e podem ser dissolvidos pelos mesmos solventes ou por
combinação deles. A resistência química de algumas resinas plásticas,
particularmente das resinas cristalinas, limita a aplicabilidade deste método.
Também limita o método a questão estética, pois geralmente ocorre uma
modificação bastante significativa quanto a aparência das superfícies unidas.
Fig. 9.06 Uniões típicas para o uso de uniões por solvente e por aplicação de
adesivos.
SOLDA ULTRASÔNICA
A solda por vibração produz fortes uniões e é mais indicada para peças de
dimensões maiores e formas irregulares de junção. A aplicação em materiais
higroscópicos como a poliamida usualmente não apresenta efeitos adversos na
soldagem como ocorre na solda ultrasônica. A figura 9.12 ilustra típicas formas
de junção utilizadas para soldagem por vibração.
SOLDA ROTACIONAL
Fig. 9.15 – Cinco tipos básicos de juntas para solda por indução.
MONTAGEM POR FECHOS
MONTAGEM PARAFUSADA
O mais óbvio de todos os métodos para prever uma montagem que cause
elevado tensionamento mecânico na montagem é controlar cuidadosamente as
folgas de montagem e o torque de aperto dos parafusos. Essa solução pode
ser boa quando se trata de uma montagem seriada dentro de uma indústria,
mas quando se trata de sistemas que podem sofrer manutenção ou montagem
por usuários ou terceiros, pode se tornar uma solução de resultados pobres ou
insatisfatórios. A figura 9.16 apresenta exemplos de projetos de montagem
com problemas de tensão excessiva e em seguida apresenta soluções práticas
e de fácil construção.
Fig. 9.16 – Montagem parafusada, problemas e soluções.
PARAFUSOS AUTO-FILETANTES
MONTAGENS REBITADAS
INTRODUÇÃO
USINAGEM
FURAÇÃO E FRESAGEM
ABERTURA DE ROSCAS