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MATERIAIS COMPÓSITOS
ANANINDEUA-PA
2021
1- Quais os tipos de matrizes existentes no campo de materiais
compósitos? Descreva sobre a função da matriz no compósito e comente
sobre as características estruturais de cada uma. (2,0 pts)
R:Como principais exemplos de materiais de matriz para compósitos, pode-se
citar os metais, os polímeros e as cerâmicas, e tem como principais funções
proteger as fibras e manter o reforço coeso em configuração estável.
Matrizes poliméricas têm, em geral, baixa resistência e baixo ponto de fusão;
- Matrizes metálicas têm maior resistência e maior ponto de fusão, mas são
mais pesadas;
- Podem ser usadas matrizes cerâmicas para resistência e temperatura
extremamente elevadas, mas perde-se tenacidade
2- Quais os tipos de reforços existentes no campo dos materiais
compósitos? Descreva sobre a função do reforço no compósito. (1,0 pt)
R: Como alguns exemplos de materiais de reforço para compósitos estão as
fibras (de vidro, carbono, orgânicas, de carbero ou silício, entre outras), assim
como a madeira, o grafite e alguns minerais, o reforço é responsável por
realçar alguma de suas propriedades desejadas, o reforço irá garantir as
propriedades químicas e físicas do compósito.
3- Quantos e quais são os processos usados na produção de compósitos
de matriz metálica e cerâmica? (1,5 pts)
R: Os MMCs são fabricados a partir do processo de sinterização. Formalmente,
sinterização é um tratamento térmico para ligar as partículas umas às outras
em uma coerente e sólida estrutura, via eventos de transporte de massa, que
em sua maioria ocorre nos níveis atômicos. A força motriz do sistema para
ocorrer a sinterização é a diminuição da energia livre do sistema, diminuindo a
área de superfície, por formar ligações entre partículas. Dentro desse processo
existem inúmeros tipos com características muito diferentes. Podemos separar
em dois grandes grupos:
Sinterização com fase líquida: Nesse tipo de sinterização utilizada em MMCs,
como o nome já diz, terá presente no processo um material em estado líquido,
que nesse caso é o metal. Esse processo não é tão simples por causa da
dificuldade de molhar a cerâmica de reforço. Normalmente o ângulo de
molhamento entre esses dois materiais é por volta de 150 graus e o ideal é que
seja mais perto de 0 possível, em alguns casos já considerando 90 graus um
bom resultado. Porém possui inúmeras vantagens, como peças obtidas
próximas ao formato final, processo mais rápido de sinterização, menor o custo
e menores as temperaturas envolvidas.
Sinterização no estado sólido: Nesse caso o pó cerâmico e o metálico são
misturados prensados e sinterizados. A prensagem pode ser uniaxial ou
isostática. Quando a sinterização ocorre junto com a prensagem isostática, o
processo é chamado de Hot Isostatic Pressing (HIP). Também a prensagem
isostática pode ser feita a frio e na sinterização pode ser prensado
uniaxialmente. Outros exemplos de processos no estado sólido são
sinterização à plasma e com micro-ondas.
Já as cerâmicas são produzidas através de um processo baseado na
aglomeração e compactação de partículas, durante o processo a fase matriz e
reforço são submetidas a altas temperaturas e pressão simultaneamente, para
sinterização e também se tem o gelcasting que se trata da mistura do pó base,
água e monômeros orgânicos solúveis em água. Ocorre a polimerização e
formação de material gelificado, após secagem do gel o processo de
sinterização é completado.