Você está na página 1de 21

Faculdade de Ciências

Departamento de Química

Licenciatura em Química Industrial

Ciência e Tecnologia de Polímeros

4ᵒ Ano

Trabalho de Investigação

Tema: Polímeros Termoendurescíveis. Aplicação e desvantagens

Discente: Doce
nte:
Daniel Chinagana Jone Prof. Doutor Rui Raice

Prof. Doutor Herminio Muiambo

Maputo, Junho de 2021


Índice
Resumo...............................................................................................................................i

1. Introdução..................................................................................................................1

1.1. Objectivos...........................................................................................................2

1.1.1. Objectivo geral............................................................................................2

1.1.2. Objectivos específicos.................................................................................2

1.2. Metodologia........................................................................................................2

2. Revisão Bibliográfica.................................................................................................3

2.1. Polímeros............................................................................................................3

2.1.1. Classificação dos polímeros........................................................................3

2.1.2. Classificação de polímeros sintéticos.........................................................3

2.2. Polímeros termoendurecíveis..............................................................................4

2.2.1. Definição.....................................................................................................4

2.2.2. Obtenção dos Polímeros Termoendurecíveis..............................................5

2.2.3. Processos de Transformação dos Polímeros Termoendurecíveis................9

2.3. Aplicações de alguns polímeros termoendurecíveis e suas características.......13

2.3.1. Principais Características e propriedades..................................................13

2.3.2. Aplicações.................................................................................................13

2.4. Desvantagens dos polímeros termoendurecíveis..............................................15

3. Conclusões...............................................................................................................17

Referencias Bibliográficas...............................................................................................18
Resumo

Polímeros são macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores (os


monómeros). Quanto a classificação, polímeros classificam-se em: polímeros naturais;
semi-sintéticos (ou artificiais) e polímeros sintéticos que encontramos os elastómeros,
termoplásticos e termoendurescíveis. No presente trabalho, o polímero estudado é o
polímero termoendurescível sua aplicação e desvantagens.
Polímeros termoendureciveis (termofixos) (polímeros de condensação) são rígidos e
frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma vez prontos, não mais se
fundem. O aquecimento do polímero acabado promove decomposição do material antes
de sua fusão, tornando sua reciclagem complicada.
São materiais amplamente utilizados na fabricação de diversos produtos em diversos
segmentos de mercado. Podem ser moldados através de diversos processos de
transformação, tais como, moldagem por compressão, injecção a frio, fundição,
usinagem, entre outros. Resina Epóxi, Resina Poliéster Instaurado, Baquelite, Vinil
Éster, Borrachas Vulcanizadas, Resina Fenólica, Éster Cianato, Silicones, Poliuretanos,
Resinas Fenólicas, Poli-isocianurato, entre muitos outros polímeros termoplásticos
existentes no mercado são exemplos de Polímeros Termofixos.

Palavras-chave: Polímeros, Classificação, Termofixos, aplicação, desvantagens.

i
1. Introdução
Polímeros ("polymers") são macromoléculas caracterizadas por seu tamanho, estrutura
química e interações intra- e intermoleculares. Possuem unidades químicas ligadas por
covalências, repetidas regularmente ao longo da cadeia, denominados meros ("mers").
Há muita semelhança entre os conceitos de macromolécula e polímero. Literalmente,
macromoléculas são moléculas grandes, de elevado peso molecular, o qual decorre de
sua complexidade química, podendo ou não ter unidades químicas repetidas (Mendes, et
al, 1999).
De acordo com Mendes, et al, (1999) dada a diversidade de estruturas que as
macromoléculas podem apresentar, a divisão dos polímeros em grupos não é fácil, no
entanto, de forma usual os polímeros classificam-se em: polímeros naturais; semi-
sintéticos (ou artificiais) e polímeros sintéticos que encontramos os elastómeros,
termoplásticos e termoendurescíveis. No presente trabalho, o polímero estudado é o
polímero termoendurescível sua aplicação e desvantagens.
Os termoendurecíveis são de alta dureza e comportamento frágil, porém, bastante
resistentes, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma vez moldados, não
mais se fundem. O aquecimento do polímero acabado promove decomposição do
material antes de sua fusão, tornando complicada sua reciclagem. São formados por
estruturas poliméricas muito ramificadas e a coesão intermolecular é garantida por
ligações químicas fortes – as reticulações (Pouzada, 1983).
Para demonstrar a importância do estudo dos polímeros, basta mencionarmos que a
variedade de objectos a que temos acesso hoje se deve à existência de polímeros
sintéticos, como por exemplo: sacos plásticos, pára-choques de automóveis, canos para
água, panelas antiaderentes, mantas, colas, tintas, chicletes, etc.

1
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Estudar os polímeros termoendurescíveis.
1.1.2. Objectivos específicos
 Caracterizar os polímeros termoendurescíveis;
 Aferir sobre a importância e desvantagens dos polímeros termoendurescíveis;
 Descrever a síntese de alguns polímetros termoendurescíveis e
 Falar da transformação dos polímeros termoendurescíveis.

1.2. Metodologia
Para a elaboração do trabalho fez-se uma revisão bibliográfica, por não se tratar de uma
pesquisa de campo, que consistiu na busca do conteúdo relacionado com polímero e
polímeros termoendurescíveis nos livros, nas dissertações de trabalhos científicos de
níveis de licenciatura, mestrado e doutoramento, em apostilas disponíveis em várias
plataformas digitais.

2
2. Revisão Bibliográfica

2.1. Polímeros
De acordo com Feltre (2004), polímeros (do grego: poli, “muitas”; meros, “partes”) são
compostos de moléculas muito grandes, formados pela repetição de uma unidade
molecular pequena, chamado monómero. Por exemplo:
n CH 2=CH 2 → ( …−CH 2−CH 2−… )n
Etileno (Monómero) Polietileno (Polímero)

Nesse exemplo, o valor de n pode variar de 2.000 a 100.000, dependendo das condições
em que a reacção é feita. Assim, as massas moleculares do polímero variam de 56.000 u
a 2.800.000 u. Como em determinada porção de polímero há moléculas de tamanhos
diferentes, sempre devemos falar em massa molar média ao nos referirmos a um
polímero. A reacção que faz com que os monómeros se agreguem para constituir o
polímero é chamada de polimerização.
2.1.1. Classificação dos polímeros
De acordo com Morassi (2013), Os polímeros classificam-se sob vários aspectos:
 Origem (natural ou sintético);
 Reacção de preparação (poliadição, policondensação);
 Estrutura química (linear, ramificado, reticulado);
 Características de fusibilidade (termoplástico, termofixo);
 Heterogeneidade da cadeia (homopolímero e copolímero);
 Comportamento mecânico (plásticos, elastómeros e fibras).
2.1.2. Classificação de polímeros sintéticos
Mano (1999) citado por Da Silva (2000) classifica os polímeros sintéticos com base
no fluxograma abaixo.

3
Fluxograma 1. Classificação de polímeros sintéticos. Fonte: Auto-Elaborado

2.2. Polímeros termoendurecíveis

2.2.1. Definição
De acordo com Canevarolo (2006), quando descrevia a classificação de polímeros
quanto ao comportamento mecânico ou segundo o comportamento ao aquecimento
(tratamento térmico), classificou os polímeros em:
Plásticos: um material polimérico sólido na temperatura de utilização, normalmente a
ambiente ou próxima dela. Eles podem ser subdivididos em: termoplásticos e
termorrígidos/ termoendurecíveis.
Duroplásticos (durómeros, termofixos, termorígidos ou ainda termoendurescíveis): são
polímeros cujas cadeias são acopladas através de ligações covalentes umas às outras
irreversivelmente. São polímeros de rede tridimensional (ou resinas); são altamente
reticuladas para formar uma estrutura tridimensional rígida, mas irregular, como nas
resinas Ureia-formaldeido ou fenol-formaldeido. Por aquecimento não amolecem visto
que o amolecimento exigiria a ruptura de ligações covalentes. Na realidade, o
aquecimento pode causar a formação de mais ligações reticuladas e tornar assim o
material ainda mais duro.
Os termoendurecíveis assumem a sua forma definitiva quando processados, ou seja,
quando sujeitos a um único ciclo térmico, não podendo voltar a ser submetidos a um
aquecimento sem deterioração das suas propriedades.
Exemplos:
Poliéster Insaturado (UP) – Plástico reforçado com fibra de vidro
Epóxi (EP) – Plástico reforçado com fibra de vidro
Fenol Formaldeido (Fenólicas) – Adesivos para abrasivos e rebolos, resinas para
fundição, espumas isolante antichama, Bakelite.
Melamínicas – Laminados decorativos, Tintas de alta resistência.
Poliuretanos – Espuma isolante, revestimentos anticorrosivos.
Poli-isocianurato, Éster Cianato, Poliimida,Bismaleimida, Silicones, Acrilonitrila
(SAN), entre muitos outros polímerostermoplásticos existentes no mercado.

Os termoendurecíveis são formados por estruturas poliméricas muito ramificadas e a


coesão intermolecular é garantida por ligações químicas fortes – as reticulações.

4
Figura 1. Representação da estrutura macromolecular de um termoendurecível Fonte:
Mendes, et al, (1999)
Os plásticos baseados no fenol-formaldeído foram os primeiros a ser produzidos
completamente por via sintética, em 1907, pelo químico Baekeland. Os plásticos
fenólicos são materiais duros e resistentes ao calor. Os poliuretanos (PU) empregam-se,
principalmente, como espumas, revestimentos e adesivos.

Figura 2. Macromolécula de um poliuretano (PU)


As resinas de silicone são polímeros de elevada massa molecular relativa. A sua unidade
repetitiva é o siloxano. As formas de maior importância comercial são os silicones
fluidos, as borrachas de silicone e as resinas de silicone.
Os silicones fluidos são polímeros lineares, com elevada estabilidade térmica.

2.2.2. Obtenção dos Polímeros Termoendurecíveis


Polimerização é a reacção ou o conjunto de reacções nos quais moléculas simples
reagem entre si formando uma macromolécula de alta massa molar. Durante esse
processo, algumas variáveis são mais ou menos importantes, dependendo de sua
influência na qualidade do polímero formado. Assim, temperatura de reacção, pressão,
tempo, presença e tipo de iniciador e agitação são considerados variáveis primárias, e a
presença, o tipo de inibidor, de retardador, catalisador, controlador de massa molar, da
quantidade de reagentes e demais agentes específicos, são considerados variáveis
secundárias. Durante a reacção para obter compostos de baixa massa molar, mudanças

5
nas variáveis não afectam o tipo de produto final, apenas alteram o rendimento da
reacção. (Canevarolo, 2006).
Os polímeros termoendurecíveis obtêm-se por condensação (Reacção de polimerização
por condensação (policondensação)), reacção entre monómeros iguais ou diferentes que
contêm grupos funcionais característicos que originam moléculas mais completas com
eliminação de água, álcool ou outro componente simples. As reacções são irreversíveis
o que explica o facto de estes polímeros não poderem ser reutilizados, uma vez
processados. Esta policondensação ocorre entre monómeros que têm dois ou mais
grupos funcionais. Durante o processo liberta-se moléculas de baixo peso molecular
como água ou amoníaco

De acordo com Morassi (2013), descreve a obtenção dos principais exemples dos
polímeros termoendurecíveis:
UP – Poliéster Instaurado
São obtidas a partir da reacção entre um glicol e um ácido.
I. Poli(tereftalato de etileno): “Dacron”, “Terylene ” ou Mylar, “Trevira”

A esterificação directa catalisada por ácidos do etilenoglicol e ácido tereftálico.

6
II. Poliéster: resultante da condensação ésteres com poliálcoois

Figura 3. Aplicações dos Poliésteres Insaturados. Fonte: (Morassi, 2013).

III. PF – Fenol Formaldeído (Fenólica)

As resinas de fenol-formaldeído são produtos da reacção de fenóis com formaldeído. A

primeira aplicação foi o Polifenol ou Baquelite, o mais antigo polímero sintético.

Resólica– Cura ácida e Novolaca– Cura com Hexametilenotetramina

7
VI. PUR - Poliuretano reticulado

A descoberta dos poliuretanos é atribuída ao químico alemão Otto Bayer (1902 – 1982),
que descobriu a reacção de poliadição de isocianatos e polióis. O produto foi
inicialmente desenvolvido como um substituto da borracha, no início da Segunda
Guerra Mundial.
A principal reacção de produção de poliuretanos tem como reagentes um diisocianato,
disponível nas formas alifáticas ou aromáticas, e um diol como o etileno glicol, 1,4
butanodiol, dietileno glicol, glicerol ou um poliol poliéster, na presença de catalisador e
de materiais para o controle da estrutura das células (surfactantes), no caso de espumas
e tintas.
Poliuretanos que envolve a reacção de grupos –N=C=O com grupos –OH:

O poliuretano pode ser produzido com várias densidades e durezas, que mudam de
acordo com o tipo de pólio usado e de acordo com a adição ou não de substâncias
modificadoras de propriedades. Os aditivos também podem melhorar a resistência à
combustão, a estabilidade química, entre outras propriedades.
Embora as propriedades do poliuretano possam ser determinadas principalmente pela
escolha do poliol, o isocianato também exerce influência.

8
IV. EP – Epóxi
As resinas epóxi mais comuns comercialmente são produtos de uma reacção entre
epicloridrina e bisfenol-a. Os agentes de cura mais comuns são as poliamidas,
poliaminoamidas, aminas alifáticas, aminas cicloalifáticas, aminas aromáticas, adutos de
aminas, anidridos, polimercaptanas e polissulfetos.

V. Polidimetil-siloxano
São os silicones – termofixos (quando vulcanizados com peróxido orgânicos) ou
elastómeros

2.2.3. Processos de Transformação dos Polímeros Termoendurecíveis


Os polímeros termorrígidos podem ser moldados através de diversos processos de
transformação, tais como, moldagem por compressão, injecção a frio, fundição,
usinagem, entre outros. A moldagem por compressão e a moldagem por transferência
são processos históricos e atuais para moldar os plásticos termofixos (fenólicos,
melaminas, uréias, ftalatos, poliésteres insaturados, silicones, epóxis, alquídicos, etc).

9
a) Moldagem por Compreensão

(b) (c)
(a)

(d)
(e)
Figura 4. Moldagem por Compreensão. Fonte: (Lira, 2017).
(a) É colocado o material por exemplo Baquelite é feita uma dosagem do material e é
transportado para o molde sistema de aquecimento (b) termofixo no molde (c) aquece-se
o material (d) saída do material (e) a aplicação do material como isolador.
As metades do molde são mantidas aquecidas a aproximadamente 150°C, dependendo
do plástico que está sendo moldado. Uma carga medida do composto de moldagem,
granulado ou pré-formado, é colocada nas cavidades inferiores abertas. A prensa é então
accionada para fechamento ascendente, em velocidade geralmente rápida de (200 a 800
pol./min) até que o material de moldagem contacte a metade superior do molde.

10
A velocidade de fechamento é reduzida então (0 a 80 pol./min) enquanto o material nas
cavidades é aquecido pelo molde e se torna fundido.
Tempo de cura : O tempo de cura geralmente é inversamente proporcional a
temperatura, mas a 165º C o tempo de cura pode ser calculado de 20 à 25 segundos por
milímetro de espessura de parede.
b) Extrusão
A matéria-prima amolecida é expulsa através de uma matriz instalada no equipamento
denominada extrusora, produzindo um produto que conserva a sua forma ao longo de
sua extensão. Os produtos flexíveis, como embalagens, sacolas, sacos e bobinas também
conhecidos como filme, após o processo de extrusão, podem ser gravados sendo
modelados o produto final com soldas e cortes. Os produtos rígidos ou semi-rígidos,
como tubos, mangueiras e chapas, tem o mesmo processo, havendo mudança da
matéria-prima e matriz.
1. Uma rosca mecânica ou parafuso empurra o material politizado;
2. O material fundido é compactado e conformado;
3. A massa fundida é forcada passar através do orifício da matriz;
4. A solidificação do seguimento extrudado é acelerado por sopradores ou por
borrifadores de água.

Figura 5. Moldagem por Extrusão. Fonte: (Lira, 2017).

11
c) Moldagem por transferência:
O processo de moldagem por transferência, consiste em colocar uma certa quantidade
de material (pó, pastilha ou premix) em uma câmara de compressão (carregamento) e
forças transferindo este material por meio de calor e pressão de um pistão fazendo-o
fluir para as cavidades de um molde aquecido.

Este processo é comparado ao de compressão e ao de injecção, é comparado ao de


compressão devido ao carregamento do material ser da mesma forma e comparado ao
de injecção devido o material ser plastificado em uma câmara e quando se torna fluído é
forçado a passar através de um canal transferindo o material para as cavidades do
molde.

Ciclo de moldagem: Carregamento do material na câmara de carga; Fechamento


completo do molde; Injecção, transferindo o material já no estado pastoso para as
cavidades; Policicondensação ou cura do material plástico; Abertura do molde;
Extracção da peça moldada.
Condições de moldagem: neste sistema são considerados duas pressões: a de
fechamento e a de injecção.
Quanto a força de fechamento deve ser de forma que não abra o molde no momento de
injecção. A temperatura é um pouco inferior a usada pelo processo de compressão, isto
devido ao fato do material sofrer um aquecimento pelo atrito gerado pelas paredes dos
canais de transferência. Quanto a temperatura da câmara de carregamento, é mantida 50
– 70º C abaixo da temperatura do molde de compressão. Estas temperaturas são
fornecidas pelos fabricantes dos materiais.

12
2.3. Aplicações de alguns polímeros termoendurecíveis e suas características
2.3.1. Principais Características e propriedades
São materiais resistentes e duráveis, possuem elevada resistência à altas temperaturas de
uso contínuo, boa resistência mecânica e química, podem ser rígidos ou flexíveis,
podem formar compósitos com adição de cargas e reforços como fibras, por exemplo.
Os termorrígidos degradam-se termicamente em baixas temperaturas. São comumente
resinas líquidas, que quando misturadas aos iniciadores ou catalisadores, iniciam sua
reacção de polimerização, formando as reticulações entre as cadeias durante o processo
chamado cura da resina, tonando-se infusíveis. Amolecem e fluem de temperatura e
pressão não exercem influência no material, tornando os matérias infusíveis, insolúveis
e não recicláveis.

2.3.2. Aplicações
Os polímeros termofixos são materiais amplamente utilizados na fabricação de diversos
produtos em diversos segmentos de mercado como, engrenagens, compensados, móveis,
utensílios domésticos, bijouterias, roupas e tecidos, mangueiras, adesivos, tanques e
peças técnicas, pneus, luvas, peças automotivas como pastilhas de freio e
amortecedores, espumas para fabricação de estofados, colchões, enchimentos e
travesseiros, isolantes térmicos, solados de calçados, artigos e dispositivos médico –
hospitalares, entre diversos outros produtos.
a) Poliuretana PU
Polímero termorígido resistente à abrasão;
elevada resistência aa propagação de rasgos;
boa elasticidade ao choque; boa flexibilidade à
baixas temperaturas e possui boa resistência
dieléctrica (mais não é recomendado como
material isolante).
Utilizadas como espumas macias na fabricação de colchões e estofados, ou como
espumas duras na fabricação de embalagens e pranchas de surfe, as poliuretanas são
produtos da reacção de condensação de um diisocianato orgânico com um poliálcool.
Suas características dependerão dos compostos de partida usados e da técnica de
preparação. Aplicado nas Esquadrias, chapas, revestimentos, molduras, filmes,
13
estofamento de automóveis, em móveis, isolamento térmico em roupas impermeáveis,
isolamento em refrigeradores industriais e domésticos, correias.

b) Silicones – Poli (dimetil siloxanno

Os Silicones, ou siloxanos ou ainda polissiloxanos, são polímeros mistos de material


orgânico e inorgânico com a fórmula genérica [R2SiO]n, onde R são grupos orgânicos
como metil, etil e fenil. Os polímeros obtidos são inertes, inodoros, insípidos, resistentes
à decomposição pelo calor, água ou agentes oxidantes, além de serem bons isolantes
eléctricos.
São também usados como impermeabilizantes, lubrificantes e, na medicina, são
empregados como material básico em alguns tipos de próteses por apresentar excelente
biocompatibilidade. Variando o comprimento da cadeia principal, o tipo dos
grupamentos laterais e as ligações entre cadeias, dos silicones obtêm-se uma grande
variedade de propriedades e composições. Podem apresentar a forma líquida ou de gel.
Cada vez mais conhecidos por suas aplicações no domínio das cirurgias plásticas, os
silicones são polímeros contendo longas cadeias de silício e oxigénio. Eles apresentam
características importantes como: inércia química, estabilidade frente a variações de
temperatura e são atóxicos. Com massas moleculares relativamente pequenas, são
obtidos geralmente na forma de óleos, sendo empregados na impermeabilização de
superfícies (ceras em polimento de automóveis). Silicones com maiores massas
moleculares têm consistência de borracha e são usados na vedação de janelas e boxes de
banheiro. Silicones com massas moleculares muito grandes apresentam alta resistência
térmica e são utilizados em objectos esterilizáveis, como chupetas e bicos de
mamadeiras (Morassi, 2013).
c) Epóxis
Usado na Indústria química, Indústria eléctrica e tecnológica, Industria aeronáutica,
Industria da construção civil e Pintura de pisos. Polifenol ou Baquelite: É obtido pela
condensação do fenol com o formaldeído (metanal). Usado na fabricação de tintas,
vernizes e colas para madeira.

14
Baquelite - Usada em tomadas, telefones antigos e no embutimento de amostras
metalográficas.
Poliésteres: Resultam da condensação de poliácidos (ou também seus anidridos e
ésteres) com poliálcoois. Um dos poliésteres mais simples e mais importantes é obtido
pela reação do éster metílico do ácido tereftálico com etileno-glicol. É usado como fibra
têxtil e recebe os nomes de terilene ou dacron. Em mistura com outras fibras (algodão,
lã, seda etc) constitui o tergal. Poliéster - -usado em carrocerias, tanques de água,
piscinas, dentre outros, na forma de plástico reforçado (fiberglass).
Outro poliéster importante é o gliptal, obtido pela reação entre o anidrido ftálico e a
glicerina e muito usado na fabricação de tintas secativas ou não. os poliésteres também
são utilizados na fabricação de linhas de pesca, massas para reparos, laminados, filmes
etc.

2.4. Desvantagens dos polímeros termoendurecíveis


Os plásticos e o meio ambiente
Uma das razões que fazem os plásticos serem materiais de uso cada vez mais difundido
é a sua durabilidade, consequência de sua estabilidade estrutural, que lhes confere
resistência aos diversos tipos de degradação (foto degradação, quimiodegradação,
biodegradação). Alguns tipos de plásticos, por exemplo, necessitam de séculos para se
degradar.
Se a durabilidade dos plásticos é uma vantagem, por outro lado, representa um sério
problema ecológico, pois são muito usados na fabricação de embalagens usualmente
descartadas após utilização e que vão se acumulando ao longo do tempo na natureza,

15
provocando uma forte poluição visual. O plástico tornou-se um símbolo da sociedade de
consumo descartável e é actualmente o segundo constituinte mais comum do lixo, após
o papel.
Estes polímeros não podem voltar a ser moldadas sem degradação em relação aos
termoplásticos.
Os polímeros termofixos não são recicláveis, contudo, podem ser reutilizados através de
redução dos tamanhos de suas partículas através do processo de moagem, sendo
utilizados como cargas em outros materiais (Canevarolo, 2006).

16
3. Conclusões
No presente trabalho, após pesquisas feitas e estudos feitos em relação a polímero
termoendurescível sua aplicação e desvantagens, conclui-se que foi possível estudar os
os polímeros termoendurescíveis pela descrição das aplicações e desvantagens dos
polímeros termoendurescíveis.
Quanto a aplicação notou-se que são materiais amplamente utilizados na fabricação de
diversos produtos em diversos segmentos de mercado como, engrenagens,
compensados, móveis, utensílios domésticos, roupas e tecidos, mangueiras, adesivos,
tanques e peças técnicas, pneus, luvas, peças automotivas, colchões, enchimentos e
travesseiros, isolantes térmicos entre diversos outros produtos a desvantagem é que
estes polímeros não podem voltar a ser moldadas sem degradação em relação aos
termoplásticos e não são recicláveis
Quantos a sua características, são materiais resistentes e duráveis, possuem elevada
resistência à altas temperaturas de uso contínuo, boa resistência mecânica e química.
Conclui-se que foi possível escrever a síntese de alguns polímetros termoendurescíveis
demostrado em 2.2.2.
Conclui-se também que foi possível perceber de como são transformados estes
polímeros onde notou-se que podem ser moldados através de diversos processos de
transformação, tais como, moldagem por compressão, injecção a frio, fundição,
usinagem, entre outros.

17
Referencias Bibliográficas
 Feltre, R. (2004). Química (Vol. 3). 6ª Edição, Moderna. São Paulo.
 Lira, V. M. (2017). Princípios dos processos de fabricação Utilizado Metais e
Polímeros. 1ª Edição. Editora Edgard Blücher Ltda. São Paulo.
 Morassi J.O. (2013). Polímeros termoplásticos, termofixos e elastómeros. São
Paulo.
 Mano B. E., Mendes C. L. (1999). Introdução a Polímeros. 2ª Edição. Editora
EDGARD BLÜCHER LTDA. São Paulo.
 Njenga H. N., Wanasolo, W. (2009). Química Industrial. Universidade Virtual
Africana. Nairobi. Acedido em: 9 de Março, 2021. Disponível em
https://profiles.uonbi.ac.ke/hnnjenga/files/industrial chimistry.pdf
 Pouzada, A.S.; Bernardo C.A., “Introdução à Engenharia de Polímeros”,
Universidade do Minho, Braga, 1983
 Rodrigues F. A. R., Piatti, M.T. (2005). Plásticos: características, usos, produção e
impactos ambientais. S/ed. Maceió: EDUFAL. Brasil.
 Sebastião V. Canevarolo Jr. (2006). Ciência dos Polímeros. (Vol. 2). 2ª Edição.
Artliber Editora Ltda. São Paulo.

18

Você também pode gostar