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D epartamento de Engenharia Mecânica

Materiais Poliméricos

Materiais de Engenharia
Licenciatura em Eng. Mecânica

Instituto Superior de Engenharia de Coimbra


M ateriais Poliméricos

Temas abordados

i) Introdução e Classificação;

ii) Propriedades Físicas e Mecânicas;

iii) Processamento.

iv) Exemplos de Polímeros mais utilizados e Aplicações Industriais;

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Bibliografia

- Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais: Capítulo 7


William Smith, Mc. Graw-Hill

Pág. 329 – 345: Introdução e classificação


Pág. 347 – 352: Conceitos polímeros
Pág. 402 – 416: Deformação e propriedades mecânicas
Pág. 358 – 385: Termoplásticos de uso geral e estruturais
Pág. 385 – 401: Termoendurecíveis e elastómeros
Pág. 352 – 358: Processamento de polímeros
(Não interessa para a unid. curricular: pág 345-347 ; pág 382-385)

- Apontamentos facultados

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O que é um Plástico ???

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Os polímeros são material orgânico ou inorgânico, natural ou sintético, de alto


peso molecular, cuja estrutura molecular consiste na repetição de pequenas
unidades (designados por meros ou monómeros).

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Propriedades dos polímeros:

- Formados à base de Carbono e Hidrogénio


- Ligação atómica predominante: covalente e secundárias
- Maus condutores térmicos e elétricos;
- Baixa massa volúmica;
- Decomposição a baixas temperaturas;
- Materiais de baixa dureza e baixa resistência mecânica;
- Alguns totalmente transparentes, outros opacos;
- Baixa cristalinidade (semicristalinos ou amorfos);
- Resistem à corrosão por agentes químicos, resistem pouco aos raios ultravioletas;
- Podem facilmente ser coloridos com adição de corantes à matéria prima
- Económicos;
- Bastante poluidores: Incentivar a reciclagem, reutilização, redução;

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Polímeros Semicristalinos e Polímeros Amorfos:

Polímeros Semicristalinos
Estrutura com regiões com alinhamento das cadeias poliméricas (região cristalina) e
regiões sem qualquer organização (região amorfa).
Em geral, os polímeros semicristalinos apresentam taxa de cristalinidade até 90%
Polímeros amorfos: 0% de cristalinidade.

Polímeros amorfos: transparentes


Polímeros semicristalinos: translúcidos / opacos
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Propriedades dos polímeros:

Estabilidade Dimensional
A estabilidade dimensional é inferior à dos metais, e depende principalmente da variação
da temperatura e da capacidade de absorção de líquidos (inchamento).

Resistência Química
A degradação dos polímeros é diferente dos metais, sendo muito diversa.
A resistência química dos metais é de natureza eletroquímica, envolve o fluxo de
corrente elétrica.
O ataque químico dos polímeros é devido à quebra de ligações químicas, inchamento e
dissolução. A maioria dos solventes orgânicos atacam os polímeros.

Inflamabilidade
Todos os polímeros podem ser destruídos pelo fogo ou aquecimento excessivo.
Este problema pode ser minimizado, utilizando retardadores de chama.

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Propriedades dos polímeros:

Processamento
A matéria prima é na maior parte dos casos usada sob a forma de grânulos, pós ou
folhas (poucos casos utilizam líquido).

Aquecimento da matéria prima

-
Amolecimento e enformação

Arrefecimento

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Classificação dos polímeros:
Termoplásticos
• Grupo de polímeros de maior utilização;
• Necessitam de calor para serem conformados;
• Mantêm a forma após arrefecimento;
• Podem ser reciclados;
• Materiais semi-cristalinos ou amorfos;
• Grande diversidade na capacidade de deformação: uns dúcteis, outros rígidos;
• Estruturas moleculares lineares ou ramificadas: Formados por cadeias longas de
monómeros com ligações covalentes, ligadas a outras cadeias adjacentes por
ligações secundárias.

secondary
bonding

Estrutura Linear Estrutura Ramificada | 10


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Classificação dos polímeros:

Termoendurecíveis
• Comparativamente com os termoplásticos, são mais rígidos, mais
resistentes e mais frágeis;
• Estáveis a variações de temperatura;
• São conformados e depois endurecidos através de uma reação
química de cura;
• Uma vez prontos, não mais se fundem; reciclagem complicada;
• Materiais amorfos;
• Estruturas reticuladas

Estrutura Reticulada
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Classificação dos polímeros:

Elastómeros (ou borrachas)


• Elevado grau de elasticidade e baixa resistência mecânica;
• Elevada capacidade de deformação;
• Não podem ser refundidos ou reciclados.
• Materiais amorfos.
• Estrutura ligeiramente reticulada (semelhante a termoendurecíveis).

Estrutura Ligeiramente Reticulada

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Ligação covalente dos elementos químicos dos monómeros

Exemplo:
C2H4 (monómero de etileno)
- Ligação covalente simples entre Carbono e Hidrogénio
- Ligação covalente dupla entre Carbono e Carbono

H H
C C
Exemplo:
H H C2H3Cl (monómero de cloreto de vinilo)

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Polimerização:
Reação química entre os monómeros. A reação química das moléculas dos monómeros
dão origem a longas cadeias poliméricas ligadas entre si covalentemente.

Para que ocorra a polimerização, a ligação química nos monómeros, que é


quimicamente estável, necessita de ser ativada, de modo a criar eletrões livres para
se ligarem aos monómeros vizinhos.

- Ligação covalente dupla é substituída por ligação covalente simples


- 2 eletrões livres por monómero, na extremidade | 14
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Polimerização
A destabilização dos monómeros e a reação de polimerização é conseguido pela
utilização de reatores onde é envolvido calor, pressão e catalisadores.

Polimerização em Cadeia
- Iniciação
- Propagação
- Finalização

H H H H
R + C C R C C initiation
H H H H
free radical monomer
(ethylene)

H H H H H H H H
R C C + C C R C C C C propagation
H H H H H H H H
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Polimerização em Cadeia

A polimerização em cadeia só ocorre em


monómeros com ligação covalente
dupla.

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Polimerização por condensação


Reação entre monómeros com grupos funcionais diferentes e ativos. Ocorre com
eliminação de moléculas pequenas (H2O, HCl, NH3 ...)

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Copolímeros:

aleatórios
Homopolímeros e Copolímeros
Homopolímeros: A ligação química é conseguida
com monómeros da mesma espécie.
alternados

Copolímeros: A ligação química é conseguida


com monómeros de espécies diferentes (dois ou
mais tipos de monómeros). por blocos

ramificado

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Grau de Polimerização
É o número de unidades de repetição (monómeros) que em média constituem uma
cadeia do polímero.

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Peso Molecular do polímero


É o peso atómico que em média tem uma cadeia do polímero.

Baixo peso molecular:


Monómeros de baixo peso atómico e/ou cadeias poliméricas curtas

elevado peso molecular:


Monómeros de alto peso atómico e/ou cadeias poliméricas longas
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Peso Molecular do polímero


Peso molecular
Origem Polímero
médio

Borracha natural 200.000

Naturais Celulose nativa 300.000

Queratina 60.000

Naturais Celulose regenerada 150.000


modificados Nitrato de celulose 50.000 Moléculas de ABS com vários
comprimentos, ou seja, com pesos
PEAD 200.000
moleculares diferentes.
Sintéticos PS 200.000
Poliadição PVC 100.000

PMMA 500.000

Sintéticos PA 6/6 20.000


Policondensação
PET 20.000

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Temperatura de Transição Vitrea dos Polímeros (Tg)


 É a temperatura de transição Dúctil – Frágil:
 Os polímeros passam de um comportamento dúctil e flexível (acima de Tg) para
um comportamento rígido e frágil (abaixo de Tg)

Tg – Temperatura de Transição Vitrea


Tf – Temperatura de Fusão

Materiais amorfos: Apresentam Tg

Materiais semicristalinos:
Apresentam Tg e Tf

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Temperatura de Transição Vítrea dos Polímeros (Tg)

A – Líquido
B – Líquido muito viscoso
C – Líquido sobre arrefecido
D – Sólido vítreo (rígido e frágil)
E – Sólido cristalino numa matriz líquida sobre arrefecida
F – Sólido cristalino numa matriz vítrea

Materiais amorfos:
Gama de temperatura de utilização sempre abaixo de Tg : Comportamento rígido e frágil

Materiais semicristalinos:
Gama de temperatura de utilização abaixo de Tg : Comportamento rígido e frágil
Gama de temperatura de utilização acima de Tg : Comportamento dúctil e flexível
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Temperatura de Transição Vítrea dos Polímeros (Tg)

Tg acima da Temp. ambiente (Tg= 100ºC)


PS (poliestireno)  plástico rígido
duro e quebradiço à temp. ambiente

Tg abaixo da Temp. ambiente (Tg= - 90ºC)


PE (polietileno)  plástico flexível à temp. ambiente

Tg abaixo da Temp. ambiente (Tg= -55ºC)


Borracha  elástica e flexível à temp. ambiente

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Mecanismos de Deformação dos Termoplásticos

Etapa 1:
Deformação elástica por extensão das cadeias
covalentes.

Etapa 2:
Deformação elástica e plástica por endireitamento
das cadeias principais.

Etapa 3:
Deformação plástica por escorregamento das
cadeias principais.

Mecanismos de Deformação dos Termoendurecíveis


As cadeias não se desenrolam; Material resiste à deformação; Rotura com pequena ou nenhuma | 25
deformação.
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Fatores que Aumentam a Resistência Mecânica dos Termoplásticos

1- Maior Massa Molecular Média das cadeias poliméricas;

2- Maior Cristalinidade dos Termoplásticos;

3- Introdução de grupos atómicos pendentes na cadeia principal de carbono;

4- Ligação de átomos fortemente polares à cadeia principal de carbono;

5- Introdução de átomos de oxigénio e azoto na cadeia principal de carbono;

6- Anéis de Fenileno (C6H5) na cadeia principal de carbono.

Fatores que Aumentam a Resistência Mecânica dos Termoendurecíveis


Aumento da taxa de reticulação na reação de cura: Maior rede de ligações covalentes
cruzadas.
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Propriedades Mecânicas dos Polímeros

Comportamento Visco-elástico dos polímeros:


Módulo de
As propriedades mecânicas dos polímeros são
elasticidade uma combinação das características elásticas,
típicas dos metais, e características viscosas,
típicas dos fluídos.

No caso dos polímeros, não existe


proporcionalidade linear entre tensão e
deformação, utiliza-se o Módulo de Elasticidade
Secante.
Módulo de
elasticidade O Módulo de elasticidade secante é determinado
secante entre  = 0,05% e  = 0,25%

Curvas Tensão – Deformação comparativas de um


material metálico e de um material polimérico.
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Propriedades Mecânicas
dos Polímeros

A – Comportamento tensão-deformação apresentado por um polímero frágil, sofre fratura


enquanto se deforma elasticamente.

B – Material com comportamento semelhante aos metais. Deformação inicial elástica, seguida por
um escoamento e deformação plástica.

C – Material com baixa resistência mecânica e elevada deformação. Comportamento


característicos dos Elastómeros. | 28
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Estiramento
Após ocorrer o ponto de cedência, é observada uma estrição associada ao provete,
sendo observado posteriormente um longo alongamento com carga constante.

Condições para ocorrer estiramento:


- Material ensaiado acima de Tg
- Velocidade de ensaio lenta | 29
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Propriedades Mecânicas dos Polímeros

- Resistência à tração entre 10 e 80 MPa;

- Deformação entre  20 e 1000 %;

- Módulo de elasticidade entre  1 e 5 GPa;

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Influência da velocidade do ensaio e da temperatura na curva tensão - deformação

Com o aumento da velocidade do ensaio, Com o aumento da temperatura do ensaio,


a resistência do material registada é maior. a resistência do material registada é menor.

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Propriedades Mecânicas dos Polímeros

Tensão (MPa)

100

5
PEAD
5 mm/min
100 mm/min

Deformação (%)

Provete de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) ensaiado à tração com velocidade de


5 mm/min. e 100 mm/min.
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Propriedades e Aplicações dos Termoplásticos

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Polietileno (PE) H H
- Homopolímero formado pelo monómero C2H4; C C
H H
- Baixa resistência mecânica e elevada flexibilidade e deformação;
- Ausência de cheiro e sabor, apropriado para contacto com alimentos;
- Aspeto do produto pouco atraente (pouco brilho);
- Polímero de baixo custo;
Polietileno de Baixa Densidade (PEBD)
- Estrutura ramificada
- Menor resistência mecânica e maior deformação do que PEAD
- Tg = -90ºC ; Resist. Tração: 6 a 17 MPa
- Tf = 110 a 120ºC > Temp. máx. utilização: 80 a 100ºC
- Cristalinidade: 65% ;  = 0,92 a 93 g/cm3

Polietileno de Alta Densidade (PEAD)


- Estrutura linear
- Maior resistência mecânica e menor deformação do que PEBD
- Tg = -110ºC ; Resist. Tração: 20 a 37 MPa
- Tf = 130 a 135ºC > Temp. máx. utilização: 80 a 120ºC
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- Cristalinidade: 90% ;  = 0,95 a 96 g/cm3
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Aplicações
- Utensílios domésticos e recipientes (sacos, garrafas, baldes, …);
- Isolamentos elétricos (revestimento de ferramentas e cabos elétricos);
- Aspeto do produto pouco atraente (pouco brilho);
- Brinquedos;
- Fabrico de produtos em folha (toalhas, cortinas, embalagens).

Polietileno de Baixa Densidade (PEBD)


- Filmes e películas aderentes de revestimento
- Frascos Ketchup

Polietileno de Alta Densidade (PEAD)


- Tubagem de distribuição de gás ou água
- Maior resistência mecânica e maior deformação do que PEAD

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Polipropileno (PP)
- Homopolímero formado pelo monómero C2H3-CH3;
- Baixa resistência mecânica, mas superior ao PE;
- Razoável flexibilidade, mas inferior ao PE;
- Possibilita formar articulações resistentes à fadiga;
- Boa resistência, à flexão e química;
- Produtos esterilizáveis em água a ferver, pode ser submetido a 120ºC

-Tg = -18ºC
- Tf = 165 a 177ºC > Temp. máx. utilização 150ºC
- Cristalinidade: 60 a 70%
- Resist. Tração: 33 a 38 MPa

Polipropileno Reforçado

- PP-GF30: PP + 30% de fibra de vidro


- PP-M10: PP + 10% de mica
- PP-T20: PP + 20% de talco | 36
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Aplicações do Polipropileno
- Utensílios domésticos;
- Componentes de automóveis e electrodomésticos;
- Aspeto do produto atraente;
- Possibilita formar articulações integrais (resistentes à fadiga);

Exemplos
- Painel de instrumentos e para-choques automóvel;
- Frascos de shampoo;
- Recipientes de comida (Tapawere)
- Carcaças de eletrodomésticos, etc

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Policloreto de Vinilo (PVC)

- Homopolímero, formado pelo monómero C2H3-Cl;


- Elevada resistência química e condições atmosféricas devido ao Cl;
- Elevada resistência a solventes e à chama;
- Átomos de Cl induzem bloqueio espacial: menor flexibilidade e maior resistência mecânica;
- PVC rígido (sem aditivos) e PVC plasticizado (com aditivos plasticizantes)

- Tg = 80ºC (PVC rígido) ; Tg = - 40ºC (PVC flexível)


- Cristalinidade: 10%
- Resist. Tração: 52 a 62 MPa

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Aplicações
Policloreto de Vinilo Rígido (PVC-U)
- Rígido e frágil, baixa resistência ao impacto
- Resistente à água e hidrocarbonetos
- Aplicações baseadas na extrusão: Tubos de águas pluviais e perfis janelas
- Aplicações baseadas na injeção: Válvulas e uniões

Policloreto de Vinilo Plasticizado (PVC-P)


- Com aditivos que tornam o PVC macio e flexível
- “Pele sintética” e Napas
- Revestimentos pavimentos
- Vestuário impermeável e mangueiras de rega

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Poliestireno (PS)
- Homopolímero, formado pelo monómero estireno C2H3-C6H5;
- Rígido, pouco flexível com baixa tenacidade;
- Sem odor nem sabor;
- Baixa resistência às condições atmosféricas;
- Baixa resistência química;
- Fácil de processar, transparente, brilhante, baixo custo

- Tg = 100ºC
- Cristalinidade: 0% (amorfo)
- Resist. Tração: 52 MPa

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Aplicações do Poliestireno
- Embalagens descartáveis
- Brinquedos e peças de eletrodomésticos;
- Componentes interior automóvel

Exemplos
- Caixas CD´s, esferográficas
- Esferovite (poliestireno expandido)
- Talheres descartáveis

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ABS
- Copolímero, formado pelo monómeros: Acrilonitrílo + Butadieno + Estireno;
- Boa resistência mecânica e ao impacto;
- Rígido e pouco flexível;
- Polímero de engenharia;
- Baixo coeficiente de contração.

- Tg = 100ºC
Butadieno:
- Cristalinidade: 0% (amorfo)
- Resistência ao impacto
- Temp. máx. utilização: 95ºC
- Boas propriedades a baixa temperatura
- Resist. Tração: 38-48 MPa

Acrilonitrilo: Estireno:
- Resistência química - Rigidez
- Resistência ao Calor - Brilho
- Tenacidade - Facilidade de processamento
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Aplicações do ABS
- Peças para automóveis (substitui o PP, com melhor qualidade)
- Carcaças de eletrodomésticos
- Capacetes de proteção

Exemplos
- Peças lego
- Brinquedos
- Para-choques automóvel, puxadores
- Tablier

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Polimetacrilato de metilo (PMMA) (acrílico):
- Duro e rígido;
- Resistente ao impacto;
- Transparente com ótimas qualidades óticas;
- Resistente às condições atmosféricas e radiação ultravioleta;
- Tg = 100ºC
- Cristalinidade: 0% (amorfo)

Aplicações do PMMA
- Substituto do vidro
- Peças decorativas
- Acessórios de iluminação

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Politetrafluoretileno (PTFE) (Teflon):
- Homopolímero, formado pelo monómero C2F4;
- Baixo coeficiente de atrito: Auto lubrificante e não aderente;
- Boa resistência ao impacto, mas baixa resistência mecânica;
- Resistente à temperatura;
- Custo elevado.

- Tg = (20ºC)
- Cristalinidade: 75%
-  = 2,1 a 2,3 g/cm3 (bastante denso)
- Tf = 327ºC > Temp. máx. utilização: 290ºC
- Resist. Tração: 7-28 MPa

Aplicações do PTFE
- Revestimentos não aderentes (ex. frigideiras);
- Isolamentos de alta temperatura: chumaceiras e vedantes. | 45
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Poliamidas (PA) (Nylons):
- Duros e de grande resistência mecânica (termoplásticos estruturais);
- Boa tenacidade e resistência química;
- Resistentes à temperatura e baixo atrito;
- Sensíveis à absorção de humidade;
- Boa maquinabilidade.

- Cristalinidade: 65%
- Tf = 265ºC > Temp. máx. utilização: 150ºC
- Resist. Tração: 62-83 MPa

Aplicações da PA
- Cordas e linhas de pesca;
- Radiadores de automóveis e ventoinhas;
- Carcaças de ferramentas;
- Componentes substitutos de peças metálicas.
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Policarbonato (PC):
- Elevada resistência ao impacto;
- Material rígido e transparente;
- Boa resistência à temperatura;
- Boa resistência mecânica e à flexão;
- Baixa resistência química (são atacados por solventes).

- Cristalinidade: 0% (amorfo)
- Tg = 149ºC > Temp. máx. utilização: 120ºC
- Resist. Tração: 62 MPa

Aplicações da PA
- Óticas e tetos panorâmicos de automóveis
- Tampas telemóveis.
- Óculos Proteção
- Acessórios antivandalismo: Candeeiros públicos, capacetes de proteção, etc
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Politerafetalato de Etileno (PET) :


Boas propriedades de barreira e boa resistência mecânica.
Grande resistência à absorção de líquidos.

Aplicações
- Garrafas de bebidas;
- Embalagens;
- Fibras de vestuário. | 48
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Propriedades e Aplicações dos Termoendurecíveis

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Resinas Fenólicas
- Produzidas por reação entre o fenol e formaldeído;
- Polimerização por condensação, com contração durante a cura: Forma o subproduto H2O;
- Boa resistência química, excelente resistência à água e estabilidade térmica;
- Resina utilizada como matriz, podendo os materiais de reforço/enchimento atingir 80% do
peso total;
- Materiais de enchimento: Fibra de vidro; serradura; celulose, mica, etc.
(Reduzem a contração; diminuem o custo; aumentam a resistência mecânica, etc.)

Aplicações
- Puxadores;
- Ligante da areia na fundição e de mós
- Revestimentos laminados de madeira (fórmica);
- Como matriz para pastilhas de travões e discos de embraiagem. | 50
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Resinas Epóxidas (ou epoxídicas)
- Boa adesão a outros materiais e boa molhabilidade da superfície;
- Boas propriedades de isolamento elétrico;
- Boas propriedades mecânicas e boa resistência à abrasão;
- Baixa absorção à água, boa resistência química e ao meio ambiente;
- Contração muito reduzida na cura;
- Custo elevado;

Aplicações
- Colas e adesivos;
- Isoladores elétricos de alta tensão e encapsulamento de transístores;
- Misturados em tintas;
- Como matriz em compósitos mais exigentes. | 51
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Poliésteres Insaturados
- Baixa viscosidade: Podem ser misturados com grande quantidade de
material de enchimento/reforço;
- boa resistência mecânica, boa resistência ao impacto;
- boa resistência química e aos ácidos;
- Aspeto variável desde incolores a amarelados;
- Polimerização com contração durante a cura.

Aplicações
- Matriz reforçada com fibras de vidro: Painéis, peças de carroçaria de
automóveis, cascos de pequenos barcos, componentes de casa de banho.

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Ureia e Melamina (Resinas tipo amina)
- Resultam da reação do formaldeído com compostos com o grupo amina (NH2):
Ureia-formaldeído ; melamina-formaldeído
- Materiais de elevada rigidez e resistência mecânica e ao impacto;
- Polimerização com contração durante a cura

Aplicações
- Adesivos para contraplacados;
- Revestimentos laminados de madeira;
- Botões de roupa e botões comando elétricos;
- Louças inquebráveis.

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M ateriais Poliméricos

Propriedades e Aplicações dos Elastómeros

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M ateriais Poliméricos
Borracha Natural (NR)
- Produto proveniente da coagulação do látex da seringueira;
- Monómero Isopreno;
- Grande elasticidade, impermeabilidade, resistência à abrasão e à corrosão;
- Elevada capacidade para dissipar calor quando deformada;
- Preço elevado.
- A resistência mecânica da borracha natural é realizado pelo processo de adição de cerca
enxofre (vulcanização): Borracha macia  3% S; Borracha dura  45% S;
- Adição de antioxidantes (negro de fumo e silicato de cálcio) para proteger da degradação.

Isopreno > Polisopreno


Vulcanização

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Borracha Natural (NR)


Aplicações
- Aplicação hospitalar/farmacêutica;
- Luvas (latex); Preservativos;
- Pneus especiais: Avião, Competição, etc
(necessidade de libertar grande quantidade de calor na deformação)

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Borracha de Estireno - Butadieno (SBR)
- Borracha sintética mais comum;
- Contém Butadieno e 20 a 23% de estireno;
- Absorve solventes orgânicos (gasolina, óleo, etc);
- Mais barata.

Aplicações
- Pneus automóveis;
- Tapetes e revestimentos;
- Rasto calçado e chinelos;
- Vedantes e uniões flexíveis;

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Borracha sintética de nitrilo (NBR):


São copolímeros de butadieno e acrilonitrilo que apresentam boa resistência a
hidrocarbonetos, ao calor e a óleos.
Baixa flexibilidade.

Aplicações
- Componentes flexíveis de elevada resistência química
- Mangueira e Vedantes para combustíveis.

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Policloropropeno ou neopropeno (CR):


- Átomo de cloro melhora resistência química;
- Maior resistência às condições ambientais;
- Boa resistência mecânica, Baixa flexibilidade.

Aplicações
- Tapetes transportadores;
- Correias industriais;
- Luvas industriais.

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Borracha de silicone:
Contém átomos de silício e oxigénio na cadeia polimérica
Gama alargada de temperaturas de utilização (-100ºC a +250ºC)
Películas vedantes e isolamentos flexíveis.
Baixa Resistência mecânica e custo elevado.

Aplicações
- Tubagem esterilizável, Resistente à temperatura
- Películas vedantes
- Formas para culinária
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