A configuração da cadeia polimérica, definida durante a polimerização, influencia a temperatura de transição vítrea e a temperatura de fusão cristalina de um polímero. Polímeros mais organizados espacialmente, como o polipropileno, possuem regiões cristalinas com uma temperatura de fusão mais alta, enquanto polímeros mais amorfos, como o poliestireno, não possuem temperatura de fusão cristalina. A configuração cis ou trans de polímeros como o poli(isopreno) também af
Descrição original:
Engenharia de materiais- polímeros
Título original
INFLUÊNCIA DA CONFIGURAÇÃO DA CADEIA POLIMÉRICA SOBRE A TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO VÍTREA E A TEMPERATURA DE FUSÃO CRISTALINA
A configuração da cadeia polimérica, definida durante a polimerização, influencia a temperatura de transição vítrea e a temperatura de fusão cristalina de um polímero. Polímeros mais organizados espacialmente, como o polipropileno, possuem regiões cristalinas com uma temperatura de fusão mais alta, enquanto polímeros mais amorfos, como o poliestireno, não possuem temperatura de fusão cristalina. A configuração cis ou trans de polímeros como o poli(isopreno) também af
A configuração da cadeia polimérica, definida durante a polimerização, influencia a temperatura de transição vítrea e a temperatura de fusão cristalina de um polímero. Polímeros mais organizados espacialmente, como o polipropileno, possuem regiões cristalinas com uma temperatura de fusão mais alta, enquanto polímeros mais amorfos, como o poliestireno, não possuem temperatura de fusão cristalina. A configuração cis ou trans de polímeros como o poli(isopreno) também af
INFLUÊNCIA DA CONFIGURAÇÃO DA CADEIA POLIMÉRICA SOBRE A
TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO VÍTREA E A TEMPERATURA DE FUSÃO CRISTALINA A configuração de uma cadeia polimérica é comporta por arranjos moleculares espaciais formados por ligações químicas intramoleculares (primárias, fortes) e é definida durante a sua polimerização, não podendo ser alterada posteriormente. Sendo assim, para que ocorram mudanças de configuração é necessário quebrar as ligações primárias e tal fato envolve a degradação do polímero. Existem três tipos característicos de configurações em polímeros: a) Encadeamento: Está relacionado com as disposições do elemento carbono na molécula e é dividido em: cabeça-cauda, cabeça-cabeça (ou cauda-cauda) e misto). b) Isomeria: Está relacionada com as possibilidades que os carbonos ligados por ligações simples têm de girar livremente em igual probabilidade de posicionamento tanto do mesmo lado como em lados opostos, sendo que na configuração cis, a cadeia cresce do mesmo lado da dupla ligação e na configuração trans o crescimento se dá em lados. c) Taticidade: dividido em isotático, neste caso, todos os grupos laterais são dispostos de um mesmo lado do plano definido pelos átomos da cadeia principal; sindiotático, no qual os grupos laterais são dispostos de maneira alternada e atático, quando não há uma regularidade na disposição. Levando em consideração que as forças intramoleculares, covalentes e fortes vão determinar como estarão arranjadas as unidades de repetição e que a depender de como o polímero está organizado espacialmente, ou seja, se ele é atático, isotático, qual tipo de encadeamento presente ou o tipo de isomeria por exemplo, teremos regiões cristalinas e amorfas em proporções diferentes. Sendo assim essas características têm influência sobre a temperatura de transição vítrea e a temperatura de fusão cristalina. A temperatura de transição vítrea (Tg) demarca uma faixa de temperatura, na qual o material passa de um estado vítreo para um estado borrachoso e está relacionada com as regiões amorfas do polímero, pois está é que adquiri mobilidade quando o material atinge sua Tg, já a temperatura de fusão cristalina (Tm) é uma transição das fases cristalinas, relacionada com a fusão dos cristais, na qual a região cristalina do polímero ganha mobilidade devido a redução das ligações secundárias. Assim, um polímero completamente amorfo não possui Tm, pois não possui cristais e um polímero semicristalino possui Tg e Tm.
Um exemplo de como a configuração afeta na Tg e na Tm de um polímero é o
poliestireno comercial, pois ele possui uma configuração atática (quando não há uma regularidade na disposição) sendo amorfo e não apresentando Tm. Além disso devido a presença do grupo aromático volumoso na cadeia lateral do PS ele tem uma elevada Tg (~100°C). Um outro exemplo é o polipropileno comercial, que possui uma configuração comercial isotática (mais organizado quando comparado ao PS), com cristalinidade entre 60-65%, mas com um percentual elevado de regiões amorfas, com Tg abaixo a temperatura ambiente (~–10°C) e Tm de 160°C. Logo, quanto maior a fração amorfa no polímero maior a sua Tg. Um outro exemplo é o poli(isopreno), que na sua forma trans é um plástico semicristalino muito rígido enquanto que na configuração cis é um elastômero com excelentes propriedades elásticas, isso ocorre pois a configuração trans não favorece o empacotamento das cadeias poliméricas e por isso reduz as propriedades elastoméricas do polímero, dessa forma a sua configuração cis e trans terão temperaturas de Tg e Tm distintas devido a essa diferente organização espacial do polímero.
LUZ polarizada Polarizador: seleciona o feixe (o comprimento de onda) para ser propagado em um só plano A luz não polarizada se propaga em vários planos.