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I N S T I T U TO D E E N G E N H A R I A S I N T E G R A DA S
E N G E N H A R I A D E M AT E R A I S
E M T I 14 . 1 – M AT ER I A I S P O L I MÉR I COS
I TA B I R A - M G
2023
Introdução
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Introdução
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Introdução
Transições em polímeros amorfos e nas fases cristalinas
▪ Transição vítrea (Tg) - as regiões amorfas não possuem mobilidade suficiente para superar a
barreira de energia para rotações moleculares, permanecendo em um estado “congelado”
(amorfo e com rigidez) semelhante ao vidro. Ao aquecer um polímero no estado vítreo, os
átomos adquirem movimentação progressiva até atingir o nível de energia em que é possível
haver rotações nas ligações covalentes da cadeia principal. Isso ocorre na faixa de temperatura
denominada transição vítrea, sendo a temperatura de transição vítrea (Tg) uma das mais
importantes propriedades intrínsecas de um material polimérico. A Tg é influenciada pela
presença de polaridade, reticulações, volume dos grupos presentes, comonômeros, etc.
Representação esquemática dos estados físicos dos polímeros amorfos e suas temperaturas de
transição características. As áreas hachuradas ilustram as regiões em que as transições ocorrem, mas a
magnitude dessas regiões depende do tipo de polímero, grade e outros fatores
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Transições em polímeros amorfos e nas fases cristalinas Introdução
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Introdução
Transições em polímeros amorfos e nas fases cristalinas
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Introdução
Transições em polímeros amorfos e nas fases cristalinas
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Introdução
▪ Grupos que promovam fortes ligações secundárias (ex. grupos polares) também
favorece a cristalização;
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Introdução
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Modelos de morfologia dos polímeros
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Modelos de morfologia dos polímeros
▪ Modelo da miscela franjada
Segundo esse modelo, os polímeros semicristalinos são constituídos por duas fases
distintas: cristalitos pequenos, de aproximadamente 100 Å, dispersos numa matriz amorfa. Os
cristalitos (domínios cristalinos) são constituídos por segmentos moleculares de diferentes cadeias,
alinhados paralelamente uns aos outros numa ordem tridimensional.
Teoria muito questionada, uma vez que não considerava o dobramento de cadeias,
além de não explicar a ocorrência de agregados cristalinos maiores (esferulitos).
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Modelos de morfologia dos polímeros
▪Cadeias dobradas sobre si mesmas dentro do cristal (espessura de 100 - 200Å), formando
uma fina fita chamada de lamela.
▪O conceito moderno de morfologia assume que esse modelo se aplica bem aos
polímeros altamente cristalinos.
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Modelos de morfologia dos polímeros
O conceito moderno de morfologia polimérica assume que os polímeros altamente cristalinos são
constituídos por uma única fase cristalina com defeitos nela dispersos, e os polímeros com baixa
cristalinidade com um sistema de duas fases, uma mistura de fases amorfas e cristalinas. Assim o
modelo de miscela franjada se aplica bem aos polímeros com baixa porcentagem de cristalinidade, e o
modelo de lamelas, aos polímeros altamente cristalinos.
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Morfologia dos polímeros
▪ Estruturas cristalinas macroscópicas (ESFERULITOS)
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Morfologia dos polímeros
▪ Estruturas cristalinas macroscópicas (ESFERULITOS)
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Morfologia dos polímeros
▪ Estruturas cristalinas macroscópicas (ESFERULITOS)
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Morfologia dos polímeros
▪ Estruturas cristalinas macroscópicas (SHISH-KEBAB)
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Morfologia dos polímeros
▪ Estruturas cristalinas macroscópicas (SHISH-KEBAB)
PE/nanotubos de carbono
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Conexões interlamelares e interesferulíticas
▪ Falha de entrada das cadeias de volta às lamelas para formar as dobras, gerando
“loops”;
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Conexões interlamelares e interesferulíticas
Moléculas de
amarração para uma
fração de polietileno
com Mw=726.000
cristalizado a 95ºC.
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Conexões interlamelares e interesferulíticas
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Conexões interlamelares e interesferulíticas
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Grau de cristalinidade
O termo significa o percentual, mássico ou volumétrico, de cristais em uma
amostra, podendo variar de poucos % para polímeros como o PC e o PVC, até próximo de
90%, para o PTFE e o PEAD. O grau de cristalinidade não é uma propriedade intrínseca de
um material polimérico, visto que depende fortemente das condições de processamento,
isto é, de como a cristalização ocorre.
Exemplo:
- PET injetado em molde quente (50 a
60ºC) – cristaliza até cerca de 50%;
(a) Pré-formas de PET amorfo, com zonas esbranquiçadas pela cristalização a frio.
(b) Garrafa defeituosa após o sopro, devido à presença de regiões cristalizadas na pré-forma.
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Grau de cristalinidade
É a fração do material em estruturas cristalinas no polímero semicristalino
(Depende do tipo de polímero e do processo utilizado para a sua conformação).
▪Considera a existência de uma fase cristalina, uma fase amorfa e uma zona de transição
entre as fases;
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Grau de cristalinidade
▪ Volume específico
▪Relação entre o volume ocupado por uma determinada massa do material (inverso da
densidade);
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Grau de cristalinidade
▪ Volume específico
Método de flutuação (ASTM D-792). Pelo princípio de Arquimedes, o
corpo de prova afundado em um líquido de densidade conhecida causa
uma força de empuxo que depende de sua densidade. O procedimento
experimental é bastante simples, necessitando apenas de uma balança
analítica (precisão de, pelo menos, 0,0001g).
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Grau de cristalinidade
▪ Volume específico
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Grau de cristalinidade
▪ Entalpia de fusão
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Grau de cristalinidade
▪ Entalpia de fusão
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Grau de cristalinidade
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Grau de cristalinidade
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Grau de cristalinidade
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Células unitárias
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Fatores que afetam a cristalinidade
▪ Fatores estruturais (estrutura química molecular)
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Fatores que afetam a cristalinidade
▪ Fatores estruturais (estrutura química molecular)
▪ Configuração em torno de duplas ligações (borrachas com isomeria CIS tem maior aceitação
no mercado, pois praticamente não cristalizam; Já as borrachas TRANS podem, durante a
deformação, sofrer o efeito de “cristalização sob tração”, pois as cadeias podem empacotar de
maneira organizada, não sendo desejável em aplicação, pois muda as propriedades da
borracha reduzindo a elasticidade e flexibilidade).
TRANS
CIS
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Fatores que afetam a cristalinidade
▪ Fatores estruturais
Ex.: PET e PBT que apresentam o grupo para-fenileno na cadeia principal dando
rigidez; E o Polietileno adipato (PEA) que possui ligação –C-O- que dá flexibilidade à
cadeia e é amorfo.
PEA
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Fatores que afetam a cristalinidade
▪ Fatores estruturais
▪ Copolimerização (por possuir dois meros diferentes na cadeia principal, tende a ter
dificuldade de empacotamento, e portanto, apresenta baixa cristalinidade).
Ex: Borracha SBR (PS e PB são amorfos); o EPDM apesar de conterem meros que
individualmente produzem hopolímeros semicristalinos (PP e PE) é amorfa.
EPDM
SBR
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Fatores que afetam a cristalinidade
▪ Fatores externos
Ex2.:
▪ Fatores externos
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Fatores que afetam a cristalinidade
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Fatores que afetam a cristalinidade
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Fatores que afetam a cristalinidade
O termo significa a tendência que um material tem em cristalizar sob condições ideais. Enquanto a cristalinidade
(ou grau de cristalinidade) é o grau de ordem conseguido sob determinadas condições, a cristalizabilidade é o
grau de cristalinidade máximo que uma amostra pode alcançar sob condições ideais².
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Recomendação de leitura
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