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SCHOLA DIGITAL
2018
Aula 3: Hidrodinâmica...............................................................................................................21
Aula 6: Reservatório..................................................................................................................48
Aula 8: Dimensionamento........................................................................................................73
Aula 9: Captação.......................................................................................................................92
Aula 1: Hidrostática I
1. A Hidrostática
1.1. Fluidos
O estado sólido caracteriza-se por conferir a um corpo forma e volume bem definidos.
Os líquidos e os gases, ao contrário dos sólidos, não possuem forma própria: assumem,
naturalmente, a forma do recipiente que os contém. Os líquidos têm volume definido,
enquanto os gases, por serem expansíveis, ocupam todo o volume do recipiente que
estejam ocupando.
Fluido é uma substância que pode escoar (fluir) e, assim, o termo inclui líquidos e
gases, que diferem notavelmente em suas compressibilidades; um gás é facilmente
comprimido, enquanto um líquido é, praticamente, incompressível. A pequena (mínima)
variação de volume de um líquido sob pressão pode ser omitida nas situações iniciais desta
aula.
Como visto acima, os líquidos têm volume definido, enquanto os gases, por serem
expansíveis, ocupam todo o volume do recipiente em que estejam contidos. Estes aspectos
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Aula 1 – Hidrostática I
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
são importantes, pois é uma das características que os distinguem quando se fala de um
fluido.
Como visto, a propriedade comum a estes dois estados físicos, de forma indefinida
(líquido e gasoso) é escoar ou "fluir" com facilidade através de um condutor ou duto. O que
será estudado na aula são os "fluidos ideais", também chamados fluidos perfeitos.
Nos fluidos ideais, consideremos que não existe atrito entre as moléculas que se
deslocam quando o fluido escoa, nem atrito entre o fluido e as paredes do condutor. De
qualquer maneira, este problema de atrito só será importante no estudo dos fluidos em
movimento (hidrodinâmica) e, basicamente, não influirá sobre os fluidos em equilíbrio, cujo
estudo (hidrostática) é objeto inicial desta aula.
As propriedades dos líquidos que serão apresentadas a seguir são de fácil verificação
experimental e as explicações teóricas são baseadas nas leis de Newton.
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Aula 1 – Hidrostática I
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
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Aula 1 – Hidrostática I
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FRIA E QUENTE
Apesar dos líquidos e gases serem classificados como fluidos, há algumas diferenças
entre eles que podem ser destacadas. Uma primeira diferença já foi, de certa forma,
apontada anteriormente, quando viu-se que os gases, por serem expansíveis, ocupam o
volume total dentro de um recipiente, qualquer que seja sua capacidade.
Quando se coloca um certo volume de líquido num vaso de maior capacidade, ele
ocupará somente uma parte do vaso, igual ao seu próprio volume. Uma segunda diferença a
perceber entre os gases e os líquidos é a propriedade que têm os primeiros de serem
facilmente compressíveis.
Isto significa que podemos encerrar, num recipiente de 1 litro, como o da figura ao
lado, uma quantidade bem maior de gás, o mesmo não ocorrendo com relação aos líquidos.
Para que se entenda o estudo dos conceitos que regem a mecânica dos fluidos em
equilíbrio, isto é, a hidrostática, é importante que se estudem alguns conceitos básicos das
substâncias.
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Aula 1 – Hidrostática I
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
m
μ=
V
Onde:
Exemplo: A figura representa um bloco homogêneo de ferro. Sabe-se que sua massa é
igual a 15200 kg. Pede-se sua densidade.
Resolução:
V = 2 m . 1 m . 1 m → V = 2 m³
Observe que a massa específica está relacionada com a massa e o volume dos corpos.
Como massa, 1 kg de chumbo é igual a 1 kg de isopor, porém o volume de isopor necessário
para 1 kg é muito maior que o volume de chumbo necessário para o mesmo 1 kg.
Isto será demonstrado através da massa específica. A massa específica do isopor vale
200 kg/m³ e a do chumbo 11.400 kg/m³. Ao se calcular, aplicando a relação, µ = m/V, o
volume necessário de isopor e chumbo, para se ter 1 kg de cada substância é:
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Aula 1 – Hidrostática I
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1 1
𝑉𝑖𝑠𝑜𝑝𝑜𝑟 = 𝑚3 𝑒 𝑉𝑐ℎ𝑢𝑚𝑏𝑜 = 𝑚3
11400 200
Definida a massa específica pela relação m/V, definiremos o peso específico de uma
substância, que constitui um corpo homogêneo, como a razão entre o peso “P” e o volume
“V” do corpo constituído da substância analisada. Da relação extraída da 2ª Lei Newtoniana,
tem-se que P = m . g, portanto:
P
ρ=
V
Onde:
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Aula 1 – Hidrostática I
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
Será definida agora uma terceira grandeza física denominada densidade relativa ou
simplesmente densidade. A densidade é definida como a relação entre as massas
específicas de suas substâncias.
𝜇𝐴
𝑑=
𝜇𝐵
𝜇
𝑑=
𝜇á𝑔𝑢𝑎
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Aula 1 – Hidrostática I
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Resolução:
Observa-se que uma substância qualquer, quando aquecida, se dilata, isto é, seu
volume torna-se maior. Lembre-se do que acontece com o termômetro, para medir
temperaturas. O mercúrio, quando aquecido, aumenta de volume, subindo na escala.
Apesar desse aumento de volume, a massa da substância permanece a mesma (lembre-se
de que a massa é uma grandeza constante). Viu-se que a densidade absoluta é a relação
entre massa e volume. Mantendo a massa constante e fazendo o volume variar, estamos,
automaticamente, provocando uma variação na densidade da substância. A conclusão,
portanto, é que a densidade absoluta varia com a temperatura.
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Aula 1 – Hidrostática I
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
µ30°C = m/V
µ30°C = 790/1000
µ30°C = 0,7900 g/cm3
Neste caso, esta variação é pequena, pois aumento de volume também foi pequeno. A
temperatura elevou-se de 30°C a 50°C. Para maiores variações de temperatura, maiores
serão as variações de volume e, consequentemente, os valores de densidade começam a
diferir sensivelmente. Em se tratando de líquidos e sólidos, a dilatação tem pouco efeito
sobre a apreciável alteração no volume, para variações de temperatura elevadas.
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Aula 2 – Hidrostática II
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Aula 2: Hidrostática II
O termo fluido é usado para descrever um objeto ou substância que deve estar em movimento
para resistir forças aplicadas externamente. Um fluido sempre escorre quando forças
deformantes lhe são aplicadas.
O conceito de pressão foi introduzido a partir da análise da ação de uma força sobre
uma superfície; já nos fluidos, o peso do fluido hidrostático foi desprezado e a pressão
suposta tornou-se igual em todos os pontos. Entretanto, é um fato conhecido que a pressão
atmosférica diminui com a altitude e que, num lago ou no mar, aumenta com a
profundidade. Generaliza-se o conceito de pressão e se define, num ponto qualquer, como
a relação entre a força normal F, exercida sobre uma área elementar A, incluindo o ponto, e
esta área:
F
p=
A
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Aula 2 – Hidrostática II
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
Assim define-se a pressão de uma força sobre uma superfície, como sendo a razão
entre a força normal e a área da superfície considerada. As unidades serão expressas pela
razão entre as unidades de força e as unidades de área, nos sistemas conhecidos.
A unidade SI é também conhecida pelo nome PASCAL, abreviando-se Pa, que vale 1
N/m².
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Aula 2 – Hidrostática II
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①P=m.g
② m = μ/V
③ p = F/A
P=μ.g.h
Esta pressão será dada pela pressão atmosférica que age sobre a superfície livre do
líquido, mais a pressão que, devido ao peso do líquido, age sobre o fundo do recipiente.
Tem-se, então: Pressão Total = Pressão Atmosférica + Pressão da Coluna Líquida.
Pt = Patm + μ . g . h
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Aula 2 – Hidrostática II
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Tem-se que:
PB = PA + Pliq → PB – PA = μ . g . h
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Aula 2 – Hidrostática II
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Pa = µ . g . (y2 – y1) = µ . g . h
Como visto, a unidade SI de pressão é o Pascal (1 Pa), igual a um Newton por metro
quadrado (1 N.m–2). Uma unidade relacionada é o bar, definido como 105 Pa. Por serem o
barômetro e o manômetro de mercúrio frequentemente usados em laboratórios, é costume
expressar a pressão atmosférica e outras em “polegadas, centímetros ou milímetros de
mercúrio”, embora não sejam unidades reais de pressão. A pressão exercida por uma
coluna de um milímetro de mercúrio é comumente chamada um torr, em homenagem ao
físico italiano já citado anteriormente.
2. Vasos Comunicantes
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Aula 2 – Hidrostática II
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
• PA = Patm + µghA
• PB = Patm + µghB
• PC = Patm + µghC
Para que sejam efetivamente iguais, como deduzimos anteriormente, é necessário que
as alturas hA = hB = hC sejam iguais entre si, isto é, hA = hB = hC.
Este princípio dos vasos comunicantes permite, por exemplo, que você possa transferir
um líquido de um reservatório para outro, sem necessidade de bombeamento, como se vê
na figura abaixo:
Uma aplicação também importante deste princípio é que ele nos permite calcular a
densidade absoluta dos líquidos.
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Aula 2 – Hidrostática II
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Na figura A, temos somente água no tubo, e, na figura B, colocamos óleo. Neste caso,
as alturas são diferentes, pois as densidades dos líquidos são diferentes. Com a introdução
de óleo, a água teve sua altura alterada. À medida que o sistema tende ao equilíbrio, a água
para de subir no ramo direito e as pressões nos dois ramos se igualam.
Tem-se, como nível de referência, a linha que passa pela superfície de separação dos
dois fluidos. Observe a figura B. As pressões, nos pontos A e B são, respectivamente:
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Aula 2 – Hidrostática II
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3. Princípio de Pascal
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Aula 2 – Hidrostática II
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Resolução:
4. Princípio de Arquimedes
“Todo corpo imerso em um fluido, está sujeito à ação de uma força vertical de baixo
para cima (empuxo), cujo módulo é igual ao peso da quantidade de fluido deslocada”.
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Aula 2 – Hidrostática II
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
Portanto:
E = µ L . Vd . g
Onde:
Resolução:
1º Passo:
Se o corpo flutua, significa que ele está em equilíbrio. Portanto, é válido escrever que:
P = E.
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Aula 2 – Hidrostática II
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Como:
P = µc . Vc . g
E = µL . Vd . g
Portanto:
µc . Vc . g = µL . Vd . g
µc . Vc = µL . Vd ①
2º Passo:
Vc = A . H
Vd = A . h
µc . A . H = µ L . A . h
µc . H = µ L . h
µc = µL . h/H
µc = 0,90 . (30/40)
µc = 0,675 g/cm³
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Aula 3 – Hidrodinâmica
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
Aula 3: Hidrodinâmica
Nesse ramo da Física, denominado hidrodinâmica, muitos aspectos dos movimentos dos
fluidos ainda estão sendo objeto de estudo. Entretanto, supondo algumas simplificações,
pode-se ter um bom entendimento sobre o assunto, que serão apresentados e expandidos
nesta aula para que sirvam de base para as aulas de instalações hidráulicas que se seguirão a
essa.
1. Conceitos
Inicialmente, vamos considerar apenas o que é chamado fluido ideal, isto é, um fluido
incompressível e que não tem força interna de atrito ou viscosidade. A hipótese de
incompressibilidade é válida com boa aproximação quando se trata de líquidos; porém, para
os gases, só é válida quando o escoamento é tal que as diferenças de pressão não são muito
grandes.
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Aula 3 – Hidrodinâmica
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embora a velocidade de uma determinada partícula do fluido possa variar ao longo da linha
de escoamento.
Linha de corrente é definida como uma curva tangente, em qualquer ponto, que está
na direção do vetor velocidade do fluido naquele ponto. No fluxo estacionário, as linhas de
corrente coincidem com as de escoamento.
1.1. Escoamento
V
Q=
t
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Aula 3 – Hidrodinâmica
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
São ainda muito usadas as unidades litro por segundo e metro cúbico por hora (m 3/h).
Se tivermos num condutor um fluido em escoamento uniforme, isto é, o fluido escoando
com velocidade constante, a vazão poderá ser calculada multiplicando-se a velocidade (v)
do fluido, em dada seção do condutor, pela área (A) da seção considerada, ou seja:
Q=A.v
V=A.L
V = A . (v . t)
Q=A.v
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Aula 3 – Hidrodinâmica
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V/t = A . v
V = A . (v . t)
µ = m/V
m=µ.V
m = µA . vt
Pode-se, então, dizer tendo em vista esta última equação, que a massa de fluido
passando através da secção A1 por segundo é m = µ1A1v1; e que a massa de fluido que
atravessa a secção A2, em cada segundo é igual a m = µ2A2v2.
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Aula 3 – Hidrodinâmica
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
Estamos supondo aqui que a massa específica do fluido varia ponto a ponto no interior
do tubo. A massa de fluido, porém, permanece constante, desde que nenhuma partícula
fluida possa atravessar as paredes do condutor. Portanto, podemos escrever:
µ1 . A1 . v1 = µ2 . A2 . v2
Esta relação nos mostra que onde a área da secção do condutor for maior, a
velocidade de escoamento da massa fluida é menor e vice-versa.
2 .h
Q = A .√
μ
Onde:
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Aula 3 – Hidrodinâmica
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manômetro de mercúrio. O cone divergente serve para a área de escoamento e para reduzir
a perda de energia.
2 . g . (μ′ − μ) . h
Q = a .√
μ
Onde:
1.5. Viscosidade
Quando se introduz um tubo de vidro em água e logo o retira, pode-se observar que
no extremo do tubo permanece pendurada uma gota do líquido. Há, portanto, uma
aderência entre o líquido e o sólido que mantém a gota em repouso, impedindo-a de se
desprender por ação da gravidade.
Quando um fluido qualquer escoa sobre uma placa plana horizontal, observa-se que a
camada de fluido que está em contato com a superfície da placa encontra-se em repouso
devido ao fenômeno da aderência.
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Aula 3 – Hidrodinâmica
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
Em geral, expressamos este atrito entre as partículas dos fluidos pela grandeza
denominada coeficiente de viscosidade ou simplesmente viscosidade, que é característica
para cada fluido.
ν
∴ F = η.A
l
É evidente, pela natureza geral dos efeitos viscosos, que a velocidade de um fluido
viscoso, que escoa através de um tubo, não será constante em todos os pontos de uma
secção reta. A camada mais externa do fluido adere às paredes e sua velocidade é nula. As
paredes exercem sobre ela uma força para trás e esta, por sua vez, exerce uma força na
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Aula 3 – Hidrodinâmica
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camada seguinte na mesma direção e assim por diante. Se a velocidade não for muito
grande, o escoamento será lamelar, a velocidade atingirá um máximo no centro do tubo,
decrescendo a zero nas paredes.
F = (µ1 – µ2) π . r²
Um sifão nada mais é que um tubo encurvado, aberto nos extremos e com um ramo
maior que o outro.
Enchendo o tubo com líquido e introduzindo o extremo da parte mais curta num
recipiente contendo o mesmo líquido com que se encheu o sifão, dá-se início a um
escoamento sem que haja necessidade de bombas ou outro equipamento qualquer. O
fenômeno pode ser explicado da seguinte maneira: a pressão em A, que empurra o líquido
para cima dentro do tubo, é igual à pressão atmosférica, menos o peso da coluna de líquido
DB.
PA = Patm – µ . g . hDB
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Aula 3 – Hidrodinâmica
UNIDADE 1 – MECÂNICA DOS FLUIDOS
PC = Patm − μ . g . hBC
e Patm = PC − μ . g . hBC
Patm = PA − μ . g . hDB
Portanto:
PA + µ . g . hDB = PC + µ . g . hBC
Como hBC é maior que hDB, para a igualdade acima ser verdade, a pressão que empurra
líquido em A deve ser maior que a pressão que suporta o líquido em C.
PA – PC = µ . g . (hBC – hDB)
Para fazer o sifão funcionar, é necessário enchê-lo, previamente, com o líquido ou,
então, depois de introduzi-lo no recipiente, aspirar pelo outro extremo.
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Aula 4 – Água Fria
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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1. Condições Gerais
O sistema de água fria deve ser separado fisicamente de quaisquer outras instalações
que conduzam água potável, como por exemplo as instalações as instalações de água para
reuso ou de qualidade insatisfatória, desconhecida ou questionável. Os componentes da
instalação não podem transmitir substâncias tóxicas à água ou contaminar a água por meio
de metais pesados.
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Aula 4 – Água Fria
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
Uma instalação predial de água fria pode ser alimentada de duas formas: pela rede
pública de abastecimento ou por um sistema privado, quando a primeira não estiver
disponível.
Quando a instalação for alimentada pela rede pública, a entrada de água no prédio
será feita por meio do ramal predial, executado pela concessionária pública responsável
pelo abastecimento, que interliga a rede pública de distribuição de água à instalação
predial.
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Aula 4 – Água Fria
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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Existem vários meios para bombeamento de água de poços. O mais simples é uma
bomba centrífuga com a tubulação de sucção e respectiva válvula de pé no interior do poço.
Esse sistema é adequado para poços pouco profundos, uma vez que a altura máxima de
sucção de uma bomba centrífuga (H da Figura abaixo) é teoricamente cerca de 10 metros.
Na prática, devido a perdas nas tubulações, o valor máximo se situa na faixa de 7 a 8
metros.
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Aula 4 – Água Fria
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
Para profundidades maiores, outros arranjos devem ser usados, como uma bomba de
eixo prolongado. O motor fica na superfície e aciona a bomba no fundo do poço por meio
de um eixo vertical no interior da tubulação. Assim, H (Figura) não é altura de sucção e sim
de recalque e seu valor máximo só depende das características construtivas da bomba. Em
geral, é usado para profundidades de até 300 metros.
2.2. Cavaletes
De maneira geral, todo sistema público que fornece água exige a colocação de um
medidor de consumo, chamado “hidrômetro”. Esse dispositivo é instalado em um
compartimento de alvenaria ou concreto, juntamente com um registro de gaveta, e a
canalização ali existente é chamada de “cavalete”. A canalização que liga o cavalete ao
reservatório interno (alimentador predial), geralmente, é da mesma bitola (diâmetro) do
ramal predial (interliga a rede pública à instalação predial).
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Aula 4 – Água Fria
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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limite do terreno com a via pública, em parede externa da própria edificação, em muros
divisórios, e servirá para medir o consumo de água e energia elétrica da edificação.
A entrada de água e de energia deve sempre compor com a ideia usada para o poste
de modo que se consiga uma coerência de padrões. Assim, se o poste foi embutido numa
estrutura de alvenaria, o mesmo deve acontecer com a caixa de medição (centro de
medição). Desta forma, facilita-se a medição do hidrômetro e do relógio de medição.
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Aula 4 – Água Fria
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 4 – Água Fria
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racionalizar o seu uso e fazer a cobrança proporcional ao volume consumido. Hoje, esse tipo
de medição desperta o interesse de muitos arquitetos e projetistas, bem como dos
administradores de condomínios e concessionárias (empresas) de abastecimento de água
para combater a inadimplência.
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Aula 4 – Água Fria
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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Esse sistema tem baixo custo de instalação, porém, se houver qualquer problema que
ocasione a interrupção no fornecimento de água no sistema público, certamente faltará
água na edificação.
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
Esse sistema é adotado quando a pressão na rede pública é suficiente para alimentar o
reservatório superior. O reservatório interno da edificação ou do conjunto de edificações
alimenta os diversos pontos de consumo por gravidade; portanto, ele deve estar sempre a
uma altura superior a qualquer ponto de consumo.
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
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É um sistema que demanda alguns cuidados especiais. Além do custo adicional, exige
manutenção periódica. Além disso, caso falte energia elétrica na edificação, ele fica
inoperante, necessitando de gerador alternativo para funcionar.
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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Esse sistema é o mais usual e mais vantajoso que os demais, pois algumas peças
podem ser alimentadas diretamente pela rede pública, como torneiras externas, tanques
em áreas de serviço ou edícula, situados no pavimento térreo. Nesse caso, como a pressão
na rede pública quase sempre é maior do que a obtida a partir do reservatório superior, os
pontos de utilização de água terão maior pressão.
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
4.1. Compra
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
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4.2. Armazenagem
4.3. Ferramentas
• Metro ou trena;
• Arco de serra;
• Lima bastarda;
• Lixa de pano n.º 100 para ferro;
• Estopa branca;
• Solução limpadora;
• Adesivo (cola);
• Pincel chato.
4.4. Procedimentos
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
c) Aplicar com o pincel chato uma camada bem fi na de adesivo na parte interna da
bolsa, cobrindo apenas um terço da mesma, e outra camada na parte externa da
ponta do tubo;
d) Juntar as duas peças, forçando o encaixe até o fundo da bolsa, sem torcer;
e) Remover o excesso de adesivo e deixar secar. Deixe passar água pela tubulação
somente depois de decorridas 24 horas após a execução da instalação.
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
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A forma de enroscar é simples, porém muito importante, e quando bem feita evita
danos na rosca e vazamentos. A vedação não é obtida com aperto excessivo.
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Aula 5 – Sistemas de Abastecimento
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Aula 6 – Reservatórios
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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Aula 6: Reservatórios
Enquanto em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, o abastecimento de água é feito
diretamente pela rede pública, as edificações brasileiras, normalmente, utilizam um
reservatório superior, o que faz com que as instalações hidráulicas funcionem sob baixa
pressão.
1. Generalidades
A água da rede pública apresenta uma determinada pressão, que varia ao longo da
rede de distribuição. Dessa maneira, se o reservatório domiciliar ficar a uma altura não
atingida por essa pressão, a rede não terá capacidade de alimentá-lo. Como limite prático, a
altura do reservatório com relação à via pública não deve ser superior a 9 m. Quando o
reservatório não pode ser alimentado diretamente pela rede pública, deve-se utilizar um
sistema de recalque, que é constituído, no mínimo, de dois reservatórios (inferior e
superior). O inferior será alimentado pela rede de distribuição e alimentará o reservatório
superior por meio de um sistema de recalque (conjunto motor e bomba). O superior
alimentará os pontos de consumo por gravidade.
O arquiteto deve inteirar-se das características técnicas dos reservatórios para garantir
a harmonização entre os aspectos estéticos e técnicos na concepção do projeto.
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Aula 6 – Reservatórios
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 6 – Reservatórios
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Aula 6 – Reservatórios
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
De acordo com NBR 5626, a capacidade dos reservatórios deve ser estabelecida
levando-se em consideração o padrão de consumo de água no edifício e, onde for possível
obter informações, a frequência e duração de interrupções do abastecimento.
O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário
para 24 horas de consumo normal no edifício, sem considerar o volume de água para
combate a incêndio.
No caso de residência pequena, recomenda-se que a reserva mínima seja de 500 litros.
Para o volume máximo, a norma recomenda que sejam atendidos dois critérios: garantia de
potabilidade da água nos reservatórios no período de detenção médio em utilização
normal; atendimento à disposição legal ou ao regulamento que estabeleça volume máximo
de reservação.
Para calcular o consumo diário de água dentro de uma edificação, é necessária uma
boa coleta de informações: pressão e vazão nos pontos de utilização; quantidade e
frequência de utilização dos aparelhos; população; condições socioeconômicas; clima, entre
outros. O memorial descritivo de arquitetura também deve ser convenientemente
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Aula 6 – Reservatórios
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Cd = P . q
Onde:
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Aula 6 – Reservatórios
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
CR = 2 . Cd
Onde:
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Aula 6 – Reservatórios
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Esses valores são fixados para aliviar a carga da estrutura, pois a maior reserva (60%)
fica no reservatório inferior, próximo ao solo. A reserva de incêndio, usualmente, é colocada
no reservatório superior, que deve ter sua capacidade aumentada para comportar o volume
referente a essa reserva.
Resolução:
Adota-se:
• 2 pessoas/quarto;
• 1 pessoa/quarto empregada.
CR = 2 Cd → CR = 2 . 20 000 → CR = 40 000 l
3. Tipos de Reservatórios
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Aula 6 – Reservatórios
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
A quantidade de água que o reservatório vai receber, deve estar de acordo com o
projeto do empreendimento, assegurando uma reserva de emergência e de incêndio nas
células instaladas dentro do reservatório.
V=A.h
Onde:
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Aula 6 – Reservatórios
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Os reservatórios de fibra de vidro e de PVC vêm sendo muito utilizados nas instalações
prediais devido a algumas vantagens que apresentam em relação aos demais reservatórios:
em função de sua superfície interna ser lisa, acumulam menos sujeira que os demais, sendo,
portanto, mais higiênicos; são mais leves e têm encaixes mais precisos, além da facilidade
de transporte, instalação e manutenção. Outra vantagem desses reservatórios é que são
fabricados também para médias e grandes reservas, ocupando muito menos espaço que os
convencionais de menor capacidade. Na compra de um reservatório industrializado, devem-
se verificar sempre as especificações das normas pertinentes. As normas da ABNT para
caixas d’água plásticas são: NBR 14799 – Reservatório poliolefínico para água potável -
Requisitos; NBR 14800 – Reservatório poliolefínico para água potável - Instalações em obra.
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Aula 6 – Reservatórios
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
4. Posicionamento de Reservatórios
4.2. Localização
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Aula 6 – Reservatórios
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
rede de distribuição. Quanto maior a perda de carga em uma canalização, menor a pressão
dinâmica nos pontos de utilização.
O reservatório deve ser localizado o mais próximo possível dos pontos de consumo,
para que não ocorra perda de cargas exagerada nas canalizações, o que acarretaria uma
diminuição da pressão nos pontos de utilização.
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Aula 6 – Reservatórios
UNIDADE 2 – RESERVAÇÃO DE ÁGUA FRIA
Todo reservatório deve ser construído com material adequado, para não comprometer
a potabilidade da água.
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Aula 7 – Rede de Distribuição
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
A rede de distribuição de água fria é constituída pelo conjunto de canalizações que interligam
os pontos de consumo ao reservatório da edificação. Para traçar uma rede de distribuição, é
sempre aconselhável fazer uma divisão dos pontos de consumo. Dessa forma, os pontos de
consumo do banheiro devem ser alimentados por uma canalização, e os pontos de consumo
da cozinha e da área de serviço por outra, por exemplo.
1. Constituintes do Sistema
A citação acima se dá por dois motivos: canalização mais econômica e uso não
simultâneo. Quanto menor for o número de pontos de consumo de uma canalização, tanto
menor será seu diâmetro e, consequentemente, seu custo.
1.1. Barrilete
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Aula 7 – Rede de Distribuição
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
Deve-se utilizar coluna exclusiva para válvulas de descarga para evitar interferências
com os demais pontos de utilização. Entretanto, devido à economia, muitos projetistas
utilizam a mesma coluna, que abastece a válvula para alimentar as demais peças de
utilização. Isso deve ser evitado, principalmente, quando se utilizar aquecedor de água,
jamais ligá-lo a ramal servido por coluna que também atenda a ramal com válvula de
descarga, pois o golpe de aríete acabará por danificar o aquecedor.
A norma NBR 5626 recomenda que nos casos de instalações que contenham válvulas
de descarga, a coluna de distribuição deverá ser ventilada. Porém, é recomendável a
ventilação da coluna independentemente de haver válvula de descarga na rede*. A
ventilação é importante para evitar a possibilidade de contaminação da instalação devido
ao fenômeno chamado retrossifonagem. Outra razão para ventilar a coluna de distribuição
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Aula 7 – Rede de Distribuição
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
é que nas tubulações sempre ocorrem bolhas de ar, que normalmente acompanham o fluxo
de água, causando a diminuição das vazões das tubulações. Com a ventilação da coluna
essas bolhas serão expelidas, melhorando o funcionamento das peças de utilização.
Também no caso de esvaziamento da rede por falta de água e, quando volta a mesma a
encher, o ar fica “preso”, dificultando a passagem da água. Neste caso, a ventilação
permitirá a expulsão do ar acumulado.
1.3. Materiais
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Aula 7 – Rede de Distribuição
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
na etapa de construção poderá ocorrer uma série de erros que pode comprometer a
qualidade da construção.
Para a escolha dos materiais, também é importante a observância da NBR 5626, que
fixa as condições exigíveis, a maneira e os critérios pelos quais devem ser projetadas as
instalações prediais de água fria, para atender às exigências técnicas de higiene, segurança,
economia e conforto dos usuários.
Existem vários componentes empregados nos sistemas prediais de água fria: tubos e
conexões, válvulas, registros, hidrômetros, bombas, reservatórios etc. Os materiais mais
comumente utilizados nos tubos são: cloreto de polivinila (PVC rígido), aço galvanizado e
cobre.
As principais vantagens dos tubos e conexões de PVC em relação aos outros materiais
são: leveza e facilidade de transporte e manuseio; durabilidade ilimitada; resistência à
corrosão; facilidade de instalação; baixo custo e menor perda de carga. As principais
desvantagens são: baixa resistência ao calor e degradação por exposição prolongada ao sol.
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Aula 7 – Rede de Distribuição
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
• Torneiras;
• Misturadores;
• Registros de gaveta (que permitem a abertura ou fechamento de passagem
de água por tubulações);
• Registros de pressão (utilizados em pontos onde se necessita de regulagem de
vazão, como chuveiros, duchas, torneiras etc.);
• Válvulas de descarga (presentes nas instalações de bacias sanitárias);
• Válvulas de retenção (utilizadas para que a água flua somente em um
determinado sentido na tubulação);
• Válvulas de alívio ou redutoras de pressão (que mantêm constante a pressão
de saída na tubulação, já reduzida a valores adequados).
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Aula 7 – Rede de Distribuição
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
A colocação de registros de pressão dentro do box deve ser estudada de maneira que
os registros do chuveiro possam ser abertos e fechados sem que a pessoa se molhe. Isso é
muito importante principalmente no inverno, quando a água fria causa maior desconforto.
A altura ideal desses registros deve estar compreendida entre 100 e 110 cm em relação ao
piso acabado.
2.2. Layouts
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Aula 7 – Rede de Distribuição
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Aula 7 – Rede de Distribuição
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 7 – Rede de Distribuição
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Aula 7 – Rede de Distribuição
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 7 – Rede de Distribuição
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Aula 7 – Rede de Distribuição
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 7 – Rede de Distribuição
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
Aula 8: Dimensionamento
A NBR 5626 fixa as exigências e os critérios para o dimensionamento das canalizações de água
fria. Cada peça de utilização necessita de uma determinada vazão para um perfeito
funcionamento. Essas vazões estão relacionadas empiricamente com um número
convencionado de peso das peças. Esses pesos, por sua vez, têm relação direta com os
diâmetros mínimos necessários para o funcionamento das peças.
1. Tabelas e Ábacos
Tendo em vista a conveniência sob o aspecto econômico, toda a instalação de água fria
deve ser dimensionada trecho a trecho. O dimensionamento do barrilete, assim como das
colunas, dos ramais de distribuição e dos sub-ramais que alimentam as peças de utilização,
deverá ser feito por trechos por meio de tabelas apropriadas. Em virtude de as tubulações
serem dimensionadas como condutos forçados, é necessário que fiquem perfeitamente
definidos no projeto hidráulico, para cada trecho da canalização, os quatro parâmetros
hidráulicos do escoamento: vazão, velocidade, perda de carga e pressão. Portanto, para o
dimensionamento das canalizações de água fria, é primordial a elaboração de um projeto
hidráulico.
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Aula 8 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 8 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Exemplo: Calcular os diâmetros das tubulações de uma instalação de água fria que
abastece as seguintes peças de utilização: 1 bacia sanitária com válvula de descarga, 1
ducha higiênica, 1 lavatório (torneira ou misturador, 1 chuveiro elétrico, 1 pia (torneira ou
misturador), 1 tanque e 1 torneira de jardim.
Cada trecho (ramal) terá o peso e seu diâmetro correspondente, em função dos
aparelhos que alimentam, conforme mostra a Tabela abaixo.
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
Nas instalações prediais, consideram-se três tipos de pressão: a estática (pressão nos
tubos com a água parada), a dinâmica (pressão com a água em movimento) e a pressão de
serviço (pressão máxima que se pode aplicar a um tubo, conexão, válvula ou outro
dispositivo, quando em uso normal).
Com relação à pressão estática, a norma NBR 5626 diz o seguinte: “Em uma instalação
predial de água fria, em qualquer ponto, a pressão estática máxima não deve ultrapassar 40
m.c.a. (metros de coluna d’água).”
Isso significa que a diferença entre a altura do reservatório superior e o ponto mais
baixo da instalação predial não deve ser maior que 40 metros.
Uma pressão acima desse valor ocasionará ruído, golpe de aríete e manutenção
constante nas instalações. Dessa maneira, devem-se tomar alguns cuidados com edifícios
com mais de 40 m de altura, normalmente edifícios com mais de treze pavimentos
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Aula 8 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
A solução mais utilizada pelos arquitetos e projetistas, por ocupar menos espaço, é o
uso de válvulas redutoras de pressão. Esses dispositivos reguladores de pressão
normalmente são instalados no subsolo do prédio.
Com relação à pressão dinâmica, de acordo com a NBR 5626, em qualquer ponto da
rede predial de distribuição, a pressão da água em regime de escoamento não deve ser
inferior a 0,50 m.c.a. Esse valor visa a impedir que o ponto crítico da rede de distribuição,
geralmente o ponto de encontro entre o barrilete e a coluna de distribuição, possa obter
pressão negativa.
Por outro lado, uma pressão excessiva na peça de utilização tende a aumentar
desnecessariamente o consumo de água. Portanto, em condições dinâmicas, os valores das
pressões nessas peças devem ser controlados, para resultarem próximos aos mínimos
necessários.
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
O fabricante deve definir os valores limites da pressão dinâmica para as peças de utilização
de sua produção, respeitando sempre as normas específicas.
Isso significa que a pressão de serviço não deve ultrapassar a 60 m.c.a., pois é o
resultado da máxima pressão estática (40 m.c.a.) somada à máxima sobrepressão (20
m.c.a.).
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Aula 8 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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2.4.1. Pressurizador
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
Quando a pressão na rede predial for alta demais, particularmente nos edifícios com
mais de treze pavimentos (considerando-se um pé-direito de 3 m), com pressão estática
acima de 40 m.c.a, utilizam-se válvulas automáticas de redução de pressão, as quais
substituem os reservatórios intermediários, que reduzem a pressão da rede hidráulica a
valores especificados em projeto. Em geral, os edifícios possuem uma estação central de
redutores de pressão, com dois equipamentos de grande porte instalados (de 2” a 3”). A
válvula redutora de pressão (VRP) pode ser instalada a meia altura do prédio ou no subsolo.
Embora a norma não faça distinção sobre qual ou quais materiais devem compor as
instalações com pressão estática acima de 40 m.c.a, devem-se adotar tubos mais resistentes
e tomar cuidados redobrados quanto às emendas e conexões.
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Aula 8 – Dimensionamento
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
3. Velocidade da Água
A NBR 5626 (ABNT) recomenda que as tubulações sejam dimensionadas de modo que
a velocidade da água, em qualquer trecho, não ultrapasse valores superiores a 3 m/s. Acima
desse valor, ocorre um ruído desagradável na tubulação, devido à vibração das paredes
ocasionada pela ação do escoamento da água.
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Aula 8 – Dimensionamento
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FRIA E QUENTE
Um fenômeno muito conhecido, que ocorre, principalmente, nos prédios mais antigos
e causa ruídos extremamente desagradáveis, é o “golpe de aríete”. Ele acontece quando a
água, ao descer com muita velocidade pela canalização, é bruscamente interrompida,
ficando os equipamentos e a própria canalização sujeitos a choques violentos.
Para amenizar esse problema, podem ser usados alguns recursos, como válvulas de
descarga e registros com fechamento mais suave, limitação da velocidade nas tubulações
etc. Principalmente em prédios, é preferível utilizar caixas de descarga, pois além de
consumirem menor quantidade de água, não provocam golpe de aríete.
Para conforto dos moradores com relação aos níveis de ruído provocados pelas
instalações, uma distribuição correta dos cômodos também é de fundamental importância.
A seguir, são apresentadas algumas recomendações construtivas, que devem ser
observadas para evitar ou impedir o aparecimento de ruído nas edificações.
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
Dois fatores são determinantes para que ocorra uma maior ou menor perda de carga:
a viscosidade e a turbulência. Portanto, maior comprimento de tubos, maior número de
conexões, tubos mais rugosos e menores diâmetros geram maiores atritos e choques e,
consequentemente, maiores perdas de carga e menor pressão nas peças de utilização.
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Aula 8 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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É importante lembrar que na prática não existe escoamento em tubulações sem perda
de carga. O que deve ser feito é reduzi-la aos níveis aceitáveis para que não ocorra uma
diminuição de pressão nas peças de utilização. Os tubos de PVC, por terem paredes mais
lisas, oferecem menores perdas de carga.
Onde:
As perdas localizadas (perdas pontuais), ocorridas nas conexões, registros etc. pela
elevação da turbulência da água nesses locais são obtidas através da Tabela de Perda de
Carga Localizada NBR 5626 que fornece as perdas localizadas, diretamente em
“comprimento equivalente de canalização”.
Portanto, a perda de carga total do sistema será a somatória das perdas distribuídas e
localizadas.
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
Pd = P e – h f
Onde:
Pd é a pressão dinâmica;
Pe é a pressão estática;
hf é a perda de carga total.
Resolução:
Pd = Pe – hf
Pd = (40,00 – 35,00) – 2,00
Pd = 5,00 – 2,00
Pd = 3 m.c.a
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Aula 8 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 8 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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Aula 8 – Dimensionamento
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
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Aula 9 – Captação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Aula 9: Captação
O homem possui dois tipos de fontes para seu abastecimento que são as águas superficiais
(rios, lagos, canais, etc.) e subterrâneas (lençóis subterrâneos). Efetivamente essas fontes não
estão sempre separadas. Em seu deslocamento pela crosta terrestre a água que em
determinado local é superficial pode ser subterrânea em uma próxima etapa e até voltar a ser
superficial posteriormente.
1. Fontes e Tipos
As águas de superfície são as de mais fácil captação e por isso havendo, pois, uma
tendência a que sejam mais utilizadas no consumo humano. No entanto temos que menos
de 5% da água doce existente no globo terrestre encontram-se disponíveis
superficialmente, ficando o restante armazenado em reservas subterrâneas.
Logicamente que nem toda água armazenada no subsolo pode ser retirada em
condições economicamente viáveis, principalmente as localizadas em profundidades
excessivas e confinadas entre formações rochosas.
A captação tem por finalidade criar condições para que a água seja retirada do
manancial abastecedor em quantidade capaz de atender o consumo e em qualidade tal que
dispense tratamentos ou os reduza ao mínimo possível. É, portanto, a unidade de
extremidade de montante do sistema.
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Aula 9 – Captação
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
que convém, já que o custo maior pode implicar em custo de operação e manutenção
menor.
2. Águas Superficiais
Devido a água ser essencial para subsistência humana (nosso organismo necessita ser
reabastecido com cerca de 2,5 litros desse líquido por dia) normalmente temos as
comunidades urbanas formadas às margens de rios ou desembocaduras destes. Quando
estudamos dados geográficos ou históricos das grandes cidades percebemos sua associação
com um ou mais rios, por exemplo, Londres-Tâmisa, Paris-Sena, Roma-Pó, Lisboa-Tejo, Nova
Iorque-Hudson, Buenos Aires-Prata, São Paulo-Tietê, Recife-Capibaribe/Beberibe, Manaus-
Negro, Belém-Amazonas, Teresina-Parnaíba, Natal-Potengi, etc.
São três as situações que podemos nos deparar quando vamos analisar a quantidade
de água disponível no possível manancial de abastecimento:
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Aula 9 – Captação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
A segunda hipótese significa que durante determinado período do ano não vamos
encontrar vazão suficiente para cobertura do consumo previsto. Como na média a vazão é
suficiente, então durante o período de cheias haverá um excesso de vazão que se
armazenado adequadamente poderá suprir o déficit na estiagem. Este armazenamento
normalmente é conseguido através das barragens de acumulação que são reservatórios
construídos para acumularem um volume tal que durante a estiagem compensem as
demandas com o volume armazenado em sua bacia hidráulica. Esta é a forma mais
frequente para sistemas com vazões de consumo para comunidades superiores a 5000
habitantes, no interior do Nordeste Brasileiro, onde é comum o esvaziamento completo dos
rios nos períodos de seca.
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Aula 9 – Captação
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
física, química ou biológica. Superficialmente ações físicas danosas podem ter origem
através de ventos, correntezas (principalmente durante os períodos de enchentes com
extravaso do reservatório) e impactos de corpos flutuantes. Nas partes mais profundas
sempre teremos maior quantidade de sedimentos em suspensão, dificultando ou
encarecendo a remoção de turbidez nos processos de tratamento.
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Aula 9 – Captação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
proteção é conseguida com emprego de grades, telas ou crivos, conforme for o caso,
antecedendo a entrada da água na canalização (figura acima).
2.1.5. Localização
Para melhor rendimento operacional, é importante que, além das medidas já citadas, a
captação em rios seja em trechos retos, pois nestes trechos há menor possibilidade de
assoreamentos. Quando a captação for em trecho curvo temos que na margem côncava
haverá maior agressividade da correnteza, enquanto que na convexa maiores possibilidades
de assoreamentos, principalmente de areia e matéria orgânica em suspensão. É, portanto,
preferível a captação na margem côncava, visto que problemas erosivos podem ser
neutralizados com proteções estruturais na instalação, enquanto que o assoreamento seria
um problema contínuo durante a operação do sistema.
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Aula 9 – Captação
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
a) Margens Estáveis
c) Margens Instáveis
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Aula 9 – Captação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Muitos outros modelos são aplicáveis, uns mais e outros menos rebuscados,
dependendo das características do leito e dos reservatórios, como neste exemplo de
captação em reservatório de grande vazão e grande oscilação de nível.
3. Águas Subterrâneas
3.1. Mananciais
A captação do lençol freático pode ser executada por galerias filtrantes, drenos, fontes
ou poços freáticos. O emprego de galerias filtrantes é característico de terrenos permeáveis,
mas de pequena espessura (aproximadamente de um a dois metros) onde há necessidade
de se aumentar a área vertical de captação para coleta de maior vazão (Figuras). Estas
galerias em geral são tubos furados, que convergem para um poço de reunião, de onde a
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Aula 9 – Captação
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
água é retirada em geral por bombeamento, não sendo incomum outros métodos mais
rudimentares.
As galerias são mais comuns sob leitos arenosos de rios com grande variação de nível,
enquanto que os drenos são mais comuns em áreas onde o lençol é aflorante
permanecendo praticamente no mesmo nível do terreno saturado ou sob leitos arenosos de
rios com pequena variação de nível.
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Aula 9 – Captação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Os poços são mais frequentes porque normalmente o lençol freático tem grande
variação de nível entre os períodos de chuvas, ou seja, durante os períodos de estiagem,
necessitando de maiores profundidades de escavações para garantia da permanência da
vazão de captação. Logicamente as camadas permeáveis também são de espessuras
consideráveis, podendo em algumas situações ser necessário o emprego de captores radiais
partindo da parte mais profunda do poço para que este tenha rendimento mais efetivo.
Para evitar o carreamento de areia para o interior dos poços ou mesmo dos orifícios
pode-se envolver a área de drenagem com uma camada de pedregulho e areia grossa,
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Aula 9 – Captação
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
externamente. A retirada da água do seu interior deve ser através de bombeamento por
medida de segurança sanitária, mas para abastecimentos singelos são frequentes o uso de
sarilhos e outras bombas manuais.
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Aula 9 – Captação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
4. Adução
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Aula 9 – Captação
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
4.1.1. Tubulações
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Aula 9 – Captação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
As juntas podem ser do tipo flexível ou elástica com anéis de borracha (as mais
comuns, especialmente para tubulações enterradas), soldadas (para PVC embutidas e com
adesivo próprio), soldadas com solda elétrica em tubulações de aço, e flangeadas, travadas
ou mecânicas para tubos de ferro fundido. Tubos metálicos normalmente são empregados
para trechos de alta pressão e, obrigatoriamente, para trechos expostos e sujeitos a cargas
acidentais.
Sendo materiais bem mais econômicos e muitas vezes mais adequados que os tubos
metálicos, os tubos de PVC são fabricados a partir de matérias-primas como carvão, cal e
cloreto de sódio. Prova da adequação desse material, tem-se notícia da fabricação, no
exterior uma tubulação com vários quilômetros de extensão, desprovida de junta, o que foi
obtido com o deslocamento da máquina à medida que o conduto ia se formando. O
processo químico que envolve a fabricação do PVC é a seguinte:
Normalmente são fabricados com juntas elásticas, sendo estas, para 60 e 300 mm de
diâmetro, os mais comuns nos sistemas públicos de abastecimento de água. Essas juntas
compõem-se de um anel de borracha que fica comprimido entre a ponta de um tubo e a
bolsa do outro com o qual se une. Em geral o fabricante passa as seguintes recomendações:
104
Aula 9 – Captação
UNIDADE 3 – DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA
4.1.2. Conexões
Estas peças são destinadas a ligarem tubos ou seguimentos de tubos entre si,
permitindo mudanças de direção, derivações, alterações de diâmetros etc., e são fabricadas
nas classes e juntas compatíveis com a tubulação. As mais comuns são:
São peças com finalidades específicas, tais como controle de vazões, esgotamento de
canalizações, retirada de ar ou reenchimento de trechos de tubulação etc. Entre elas as
mais comuns são:
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Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
O projeto dos sistemas prediais de água quente deve ser feito de forma a garantir que a água
chegue em todos os pontos de consumo, sempre que necessário, na temperatura, quantidade
e qualidade adequadas ao uso. Além disso, deve permitir a rastreabilidade e acessibilidade ao
sistema em caso de manutenção.
1. Introdução
Nesta unidade são abordados os principais aspectos relacionados com o projeto dos
sistemas prediais de água quente, ressaltando as recomendações contidas na Norma
Brasileira NBR-7198 - "Projeto e Execução de Instalações Prediais de Água Quente".
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Aula 10 – Classificação
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
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Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Por sua vez, os aquecedores individuais a gás combustível possuem um queimador que
é acionado por uma chama piloto, quando da passagem do fluxo de água, sendo que o ar
ambiente é utilizado como comburente. Estes equipamentos podem ser classificados,
quanto ao comburente utilizado, em aquecedores de fluxo balanceado ("Balanced Flue") e
aquecedores com consumo de ar interno ao ambiente.
A alimentação de água fria, tanto para o aquecedor a gás como para o que utiliza
eletricidade, no caso do sistema individual, é feita juntamente com os demais aparelhos,
não necessitando de uma coluna individual.
2.1.2. Distribuição
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Aula 10 – Classificação
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
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Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Como no caso dos aquecedores individuais a gás combustível, pode-se ter também o
equipamento de fluxo balanceado.
O abastecimento de água fria para o aquecedor deve ser feito através de uma coluna
exclusiva, independentemente das demais do edifício, conforme vê-se na figura.
A entrada da água fria deve ser feita em uma cota superior ao aquecedor o que,
associado a uma ventilação permanente (respiro ou ventosa) evita o esvaziamento do
mesmo em caso de falta d'água no reservatório ou no caso de manutenção dos
aquecedores.
Deve ser previsto um dispositivo que evite o retorno da água do interior do aquecedor
em direção à coluna, evitando assim maiores perdas de energia; atualmente, um recurso
muito utilizado é o sifão térmico, o qual reduz as perdas, não as eliminando de todo,
contudo.
110
Aula 10 – Classificação
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
2.2.2. Distribuição
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Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Uma vez que o gerador de água quente abastece várias unidades, está implícita a
reservação do volume a ser aquecido, constituindo o que se denomina usualmente de
caldeira. Existem caldeiras que incorporam dispositivos para aquecimento a gás combustível
e a eletricidade, possibilitando a alternância da fonte energética. A seguir é apresentado um
esquema de uma caldeira a gás combustível.
O abastecimento de água fria é feito por uma coluna exclusiva, uma vez que a vazão
requerida é muito elevada.
Como nos aquecedores individuais e nos centrais privados a gás combustível, pode-se
ter também o equipamento de fluxo balanceado.
2.3.2. Distribuição
112
Aula 10 – Classificação
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
113
Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Nos últimos anos, o aumento desenfreado dos custos e a disponibilidade cada vez mais
limitada das formas convencionais de energia também motivada preocupação crescente em
diversos setores.
Diante deste contexto, a energia solar surge como uma alternativa energética de
grande potencial a ser avaliada, inclusive, na questão do pré-aquecimento de água a nível
residencial, uma vez que a interface necessária para compatibilizar os sistemas à energia
solar e aqueles tradicionais, não apresenta maiores dificuldades técnicas.
114
Aula 10 – Classificação
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
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Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
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Aula 10 – Classificação
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
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Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Além disso, no caso de edifícios muito altos, obviamente, deverão ser instaladas
estações de redução de pressão, em tantas quantas forem as colunas descendentes, que
ultrapassem o limite de pressão preestabelecido.
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Aula 10 – Classificação
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
como se pode ver no esquema da figura a seguir, que ilustra um sistema central coletivo
ascendente com retorno.
Tanto por convecção, quanto por radiação e condução, o sistema predial de água
quente transmite calor ao seu entorno, normalmente à temperatura mais baixa.
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Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Qualquer que seja o caso, o lapso excessivo de tempo à espera da chegada da água
quente ao ponto de utilização é de todo modo indesejável, sob a perspectiva do usuário,
senão pelo desconforto inerente à demora, pelo desperdício de uma quantidade de água
fria eliminada inutilmente.
Esta recirculação, por sua vez, pode ser natural ou forçada. Na recirculação natural,
utiliza-se a carga gerada pela diferença de temperaturas (e em consequência de densidades)
da água nas redes de distribuição e de retorno, fenômeno usualmente denominado de
termossifão; como a água na rede de retorno se encontra a uma temperatura mais baixa e,
portanto, mais densa, esta induz uma carga hidrostática maior no ponto de inserção da
tubulação de retorno ao equipamento de aquecimento. Por outro lado, na recirculação
forçada, a carga necessária é obtida através da interposição de uma bomba, adequada à
temperatura de serviço do sistema.
Existem diversos fatores que condicionam a utilização dos sistemas prediais de água
apresentados até aqui, os quais serão expostos a seguir.
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Aula 10 – Classificação
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
Assim como no sistema anterior, o primeiro aspecto a ser analisado quando da escolha
por um sistema central privado, é o desejo de instalação de uma rede de água quente que
contribui para o aumento do custo inicial da edificação.
Por outro lado, o trajeto a ser percorrido pela água quente, em unidades maiores, é
muito longo, o que limita a utilização de um único aquecedor instantâneo. Neste caso, o
mais adequado seria a instalação de um aquecedor de acumulação que proporciona um
121
Aula 10 – Classificação
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
maior conforto ao usuário, apesar de levar mais tempo para a chegada, da água e das
perdas de calor ao longo do percurso, que fazem com que a temperatura chegue bem mais
baixa no ponto de utilização.
Em linhas gerais, o sistema central coletivo é utilizado onde não se torna necessário o
rateio do energético para produção de água quente e, é claro, onde se deseja uma rede de
água quente.
Por outro lado, este sistema pode ser utilizado quando se dispõe de pouco espaço
físico no apartamento, ou não se deseja utilizá-lo para a instalação do equipamento de
aquecimento.
Baseado e adaptado de
Marina Sangoi, O. Marraccini,
Yukio Kavassaki. Edições sem
prejuízo de conteúdo.
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Aula 11 – Dimensionamento
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
• Concepção;
• Cálculo (dimensionamento);
• Quantificação e orçamentação;
• Elaboração do projeto para a produção;
• Elaboração do projeto "as built”.
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Aula 11 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
De qualquer forma, alguns elementos básicos devem ser apresentados, quais sejam:
(CR . V)solicitante
(CR . V)sistema
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Aula 11 – Dimensionamento
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
CD = CAQ . P
Onde:
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Aula 11 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
Na tabela abaixo são indicados alguns valores do consumo diário de água quente.
Qcedido = Qrecebido
Onde:
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Aula 11 – Dimensionamento
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
t é a temperatura (oC).
Ademais:
m1 → VAQ
ti1 → tAQ
m2 → VAF
ti2 → tAF
(m1 + m2) → Vmist
tf → tmist
Onde:
Mas:
2.2. Distribuição
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Aula 11 – Dimensionamento
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
2.2.1. Vazão
(t mist − t AF )
qAQ = . qmist
(t AQ − t AF )
Onde:
Baseado e adaptado de
Marina Sangoi, O. Marraccini,
Yukio Kavassaki. Edições sem
prejuízo de conteúdo.
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Aula 12 – Materiais e Componentes
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
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Aula 12 – Materiais e Componentes
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
onde é drenada pelo tubo de saída (F). Os gases provenientes da combustão no queimador
(G) sobem em direção à saída, passando pelo chapéu de tiragem (1) e indo para a chaminé
(J).
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Aula 12 – Materiais e Componentes
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
A água, após passar pelo venturi é conduzida pelo duto (R) em direção à (S) e para o
trocador de calor instalado no corpo do aquecedor. A conexão de gás é feita através de (H),
de onde o mesmo é conduzido imediatamente para o piloto (O), que é controlado por um
registro. Quando este registro é aberto, o piloto se acende, ficando a chama
permanentemente acesa. O suprimento de gás para o queimador (P) é feito quando a
válvula (K) se desloca do assento (J), desobstruindo a passagem do gás.
Quando o aquecedor está desligado uma mola (L) mantém a válvula de gás fechada,
uma vez que as pressões em ambos os lados do diafragma são iguais.
Assim que o registro de água é aberto, a água passa pelo venturi, sofrendo uma
redução de pressão. A pressão reduzida atua na câmara superior do diafragma até que o
gradiente seja tal que a força relativa à pressão na entrada da água desloca a válvula,
permitindo a passagem da vazão total de gás para o queimador. A ignição é feita pela
chama piloto.
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Aula 12 – Materiais e Componentes
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
O suprimento de gás é feito por meio de um tubo (C), passando pela válvula (D);
enquanto que a água entra no reservatório através da conexão (E).
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Aula 12 – Materiais e Componentes
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
O gás entra no termostato pela conexão (A) quando o botão (B) é acionado; mantendo
o botão acionado, ocorrerá o acendimento automático do piloto. A chama do piloto (C)
aquece o termopar (D) e por este, através do efeito termoelétrico (dois metais em contato
aquecidos geram corrente elétrica), circula uma corrente elétrica que imanta a bobina (E)
fazendo com que se mantenha a passagem de gás para o piloto. Caso apague a chama do
piloto, o termopar esfria, fechando totalmente a entrada de gás para o queimador (F). Para
um novo acendimento é necessário pressionar o botão (B), reiniciando o ciclo.
Quando a pressão cai, a válvula volta a fechar também pela ação da mola, só que no
sentido contrário, ou seja, pela distensão desta que leva o assento (A) de volta a sede (B).
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Aula 12 – Materiais e Componentes
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
2. Tubos e Conexões
2.1. Cobre
Os tubos de cobre são fabricados por extrusão e denominados “tubos sem costura".
Devem ser produzidos, no Brasil, em conformidade com as especificações das seguintes
normas:
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Aula 12 – Materiais e Componentes
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
Para unir pontas e bolsas lisas, as juntas são efetuadas, em geral, através de soldagem
capilar, utilizando metal de enchimento composto basicamente de 50% de estanho e 50%
de chumbo (NBR 5883). No caso de roscas macho e fêmea, estas seguem o padrão BSP.
Os tubos e conexões de CPVC para sistemas prediais de água quente são fabricados no
Brasil de acordo com as especificações contidas na Norma internacional ASTM (American
Society for Testing and Materials) - D-2846/82, com diâmetros nominais externos variando
de 15 mm a 28 mm em barras de 3 m, com pontas lisas.
A pressão de serviço é 6Kgf/cm2 (60 m.c.a) conduzindo água a 80° C e 24 Kgf/cm2 (240
m.c.a) conduzindo água a 20° C. Na tabela 8 são apresentados os tubos de CPVC.
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Aula 12 – Materiais e Componentes
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS – ÁGUA
FRIA E QUENTE
A junta é feita através de soldagem química a frio, com a utilização de adesivo próprio
para este fim. As conexões são fabricadas em espessura compatível com os tubos de CPVC,
sendo algumas delas projetadas para aplicação nos pontos de transição das tubulações de
CPVC para tubos e conexões metálicas.
Existe uma grande variedade de tipos de conexões, por isso as mesmas não serão
abordadas em detalhe neste trabalho. Informações podem ser obtidas diretamente nos
catálogos dos fabricantes.
Os tubos e conexões em PPR operam com temperatura média de até 80° C, são
projetados com média de vida útil de 50 anos. Eles apresentam enorme praticidade de
instalação e são isentos de roscas, anéis de borracha ou adesivo plástico.
Sua conexão é feita pelo processo de termofusão, onde o tubo e a conexão são
aquecidas e se fundem tornando-se uma tubulação contínua, essa união é feita através do
termofusor, a uma temperatura aproximada de 260° C.
O PPR pode ser utilizado em instalações residenciais e prediais, como por exemplo;
residências, edifícios e imóveis comerciais que necessitam de alta durabilidade e o mínimo
de manutenção.
Entende-se que se a instalação de água quente for bem executada, ou seja, se todas as
normas de instalação forem obedecidas, sem sombra de dúvida o PPR torna-se um dos
melhores tipos de tubulação para se usar em uma instalação de água quente, podendo
substituir a instalação de tubulações de cobre, ainda com benefícios financeiros, pois o
cobre é em média 20% mais caro que o PPR.
2.4. Válvulas
2.5. Isolantes
O calor é transmitido, por condução pela parede, do interior das tubulações de água
quente para o meio. A fim de dificultar esta perda de calor e, com isso, aumentar a
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Aula 12 – Materiais e Componentes
UNIDADE 4 – SISTEMA DE ÁGUA QUENTE
Estas canaletas envolvem o tubo e são presas por cintas de aço. Quando exposto às
intempéries, o isolante deve ser protegido com uma lâmina de alumínio ou com uma
camada de massa asfáltica.
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