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FAC - 1ª AVALIAÇÃO

Capítulo 1: OXIGÊNIO
Sabe-se que é possível passar um tempo sem água, um tempo maior ainda sem comida,
mas sem oxigênio não. Não pode faltar oxigênio em momento algum na vida dos animais.
Porque o oxigênio é importante? A maioria dos animais satisfaz sua necessidade de
obtenção de energia por meio da oxidação de alimentos, com a formação de dióxido de carbono e
água no processo.
Cada espécie se adapta de uma maneira diferente a determinado ambiente. “O que levou à
extinção dos dinossauros?” Surgiu um terremoto e uma grande nuvem preta que cobriu todo
ambiente e essa nuvem impediu a entrada de luz, impedindo a fotossíntese e para ocorrer a
fotossíntese precisa de CO2 e O2. Sem esses gases não há vida.
Os animais aquáticos captam oxigênio a partir da pequena quantidade deste gás dissolvido
na água e os animais terrestres, por meio do oxigênio livre no ar. E, a maioria dos animais precisam
de órgãos respiratórios para conseguir realizar a captação de oxigênio. O dióxido de carbono segue o
caminho oposto, é liberado através da superfície corpórea ou dos órgãos respiratórios.
O processo físico responsável pelo movimento do oxigênio do meio externo para as células é
a DIFUSÃO, processo no qual uma substância passa de uma concentração maior para uma menor.
Para entender a respiração, é necessário conhecer os GASES RESPIRATÓRIOS, SUAS
SOLUBILIDADES e a PROCESSOS FÍSICOS DE DIFUSÃO.
A vida se originou no mar, ou seja, a maioria dos animais são marinhos e a adaptação
evolutiva ocorreu conforme o tempo foi passando. O oxigênio já existia na água. O fácil acesso ao
oxigênio presente na atmosfera permite uma alta taxa metabólica e um alto grau de desenvolvimento
organizacional.
Ex que a prof deu: Se expor o indivíduo a uma pressão atmosférica muito alta, os pulmões ficam
repleto de água, assim o O2 não entra e a pessoa morre por “asfixia”. Em elevadas altitudes, a
pressão aumenta e como não estamos habituados a certas altitudes, ocorre de não termos hemácias
suficientes para oxigenar nosso sangue, que é a questão dos ouvidos tampar em grandes altitudes,
tontura, esses são efeitos fisiológicos.

ATMOSFERA
No ponto de vista fisiológico os gases mais importantes são o oxigênio, o nitrogênio e o dióxido de
carbono. Eles estão presentes no ar atmosférico nas seguintes proporções.

Considerando apenas O2 (20,95 ~ 21%), N (78,09 ~ 78%) e CO2 (0,03%).

Em um ambiente estável a quantidade desses gases não varia, são estáveis. Se for um
ambiente perturbado, a quantidade desses gases variam.
Os gases não se concentram, pq eles não tem estado SÓLIDO, eles tem estado GASOSO. Não é
concentração de gases, é pressão de gases.
Todos os gases têm capacidade de solubilização, existe uma certa difusão constante dos
gases entre a água e a atmosfera. Quer dizer que, os gases estão constantemente saindo da sua

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fase atmosférica, se solubilizando no ambiente aquático e saindo da água, perdendo a solubilidade e
vão à atmosfera. Isso é chamado de dinâmica de circulação dos gases, que é quando os gases vão
passando por processos como um ciclo “vicioso”.

SOLUBILIDADE DOS GASES


Todos os gases tem a capacidade de solubilização e para eles se solubilizarem dependem de 4
fatores:
1º fator: Da natureza do gás: Cada gás ele tem uma natureza anatômica diferente, cada um
possui um peso molecular diferente. Dependendo da densidade de cada gás, isso faz com que ele se
solubilize mais rápido ou mais lento. É importante observar isso por causa da dinâmica natural dos
gases, por exemplo, o Nitrogênio é o gás mais presente na atmosfera (78%), só que o fato dele ser o
mais presente não significa que ele vai se solubilizar mais rápido. Porque a capacidade de
solubilização do Nitrogênio é mais baixa, para isso é necessário observar o peso molecular. Quando
pegamos o Nitrogênio e comparamos com o Dióxido de Carbono é possível ver que o peso molecular
do Nitrogênio é maior do que o CO2, isso quer dizer que se o peso molecular é maior, ele vai se
solubilizar lentamente na atmosfera, porque ele é pesado, sendo assim, demora um certo tempo para
ser degradado no ambiente.
Então, quando se fala de solubilidade, falamos da capacidade anatômica dos gases apresentarem
naturezas moleculares diferentes, então quer dizer que o gás pode ter uma maior ou menor facilidade
de solubilização diante de outro gás quando for comparado.
Não podemos dizer que a quantidade de gases na água é fixa, porque isso depende da produtividade
primária, da quantidade de material orgânico em decomposição, por isso não se pode dizer que na
água existe mais um gás que o outro, porque depende de muitos fatores.
A solubilidade do oxigênio é maior do que a do nitrogênio. E do CO2 é extremamente maior que os
outros dois gases.

2º fator: Da pressão do gás: É importante lembrar que existe uma difusão entre os gases e
essa circulação é contínua, então no caso do Nitrogênio o fato dele ter uma baixa solubilidade não
quer dizer que ele vai tá em uma baixa quantidade na água, porque sua quantidade na atmosfera é
muito grande. É necessário analisar a pressão do gás na atmosfera para saber se é maior ou menor
que o outro. Então, por exemplo, se a quantidade de gás na atmosfera é maior que na água, ele vai
ganhar uma solubilidade e a partir da água esse gás vai ser menor ou maior dependendo da pressão.
A solubilidade depende da natureza do gás (natureza molecular), pressão do gás é o fato de medir o
gás por pressão e não concentração.
3º fator: Temperatura: O aumento da temperatura faz com que os gases percam solubilidade.
Ou seja, os gases eles têm uma maior solubilidade em águas mais frias, e uma menor solubilidade
em águas mais quentes. O gás é sensível ao calor.
A questão da faixa tropical, por exemplo, por receber mais luzes e como recebem mais luzes,
produzem mais oxigênio, favorece a fotossíntese, porém as águas são mais quentes, então existe
uma maior quantidade de oxigênio na atmosfera e uma menor quantidade de oxigênio no mar.
4º fator: Da presença de outros solutos (comparação água e ar): A solubilidade de uma
mistura de gases, lembra-se que depende da pressão parcial de cada gás que ele vai exercer. A
solubilidade

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Ex de resposta para a tabela: De acordo com a tabela 1.4, é possível observar a solubilidade do o2,
nesta tabela está expressa a quantidade de o2 dissolvida na água em equilíbrio com o ar
atmosférico. A solubilidade na água salgada é menor do que na água doce porque a água do mar
possui sais (outros solutos), metais pesados e esses solutos alteram a capacidade de solubilização
do oxigênio. É possível observar na tabela que conforme a temperatura vai aumentando, a
solubilidade da água vai diminuindo, porém, a solubilidade na água doce é maior que na água
salgada, porque, na água salgada existe a presença de outros solutos e a presença de diferentes
solutos vai diminuir a solubilidade do gás e, como visto, a solubilidade do oxigênio na água do mar é
20% menor que na água doce, pelo fato que os sais reduzem a solubilização dos gases.
Comparação entre a água e ar, quanto à massa de O2 e massa interte. Considerando 15ºC e
P O2 1 atm.
Para que um organismo consiga adquirir oxigênio, ele tem que movimentar a sua massa. Pq o
oxigênio precisa chegar até a superfície respiratória. E na tabela é possível observar que para um
organismo no ambiente aquático que consegue retirar 0,01g de água ele tem que movimentar 1,000g
de água. O ar é mais leve na atmosfera e favorece a captação oxigênio, ou seja, é mais fácil pra
quem tá no ambiente terrestre captar oxigênio do que quem tá no ambiente aquático, por conta da
disponibilidade. Para movimentar o ar no ambiente terrestre é mais fácil que no ambiente aquático,
pq o custo energético é menor.

COMPARAÇÃO ENTRE ÁGUA E AR


Os animais aquáticos para receber oxigênio eles precisam obter algumas superfícies respiratórias,
que são as brânquias. O movimento da água é quase sempre em uma única direção, isso se dá o
nome de MOVIMENTO UNIDIRECIONAL, o oxigênio entra pela boca, passa na faringe e sai nas
brânquias. Se o fluxo de água fosse para dentro e para fora ou para trás e para frente, uma grande
massa de água teria de ser acelerada e em seguida desacelerada e novamente acelerada em
direção oposta. Um alto gasto de energia seria necessário para as contínuas movimentações na
energia cinética da água e talvez isso não fosse compensatório ocorrer esse processo adaptativo
para eles, principalmente comparado a animais terrestres que possuem um porte maior, aí entra o
processo de circulação, já que o porte dos animais influencia na massa, onde animais pequenos
possui um metabolismo muito alto. Diferente dos animais terrestres que possuem pulmão, o ar entra
e sai pelo mesmo lugar e isso não requer muito gasto de energia, pois a massa inerte é apenas
poucas vezes maior que a massa de oxigênio utilizada. e isso se dá o nome de MOVIMENTO
BIDIRECIONAL.
Além da massa do meio respiratório, um outro fator contribui para a quantidade de trabalho
necessário para movê-la. A VISCOSIDADE! Sabe-se que a água é mais pesada que o ar, por isso
ela tem uma viscosidade maior que a do ar e isso aumenta o trabalho necessário para bombear a
água pela força motriz que exercerá sobre corpo do organismo seja maior que no corpo de um
organismo terrestre. A viscosidade influencia SIM no fato de captação de oxigênio.
Uma outra vantagem de respiração no ar é a alta velocidade de DIFUSÃO DE OXIGÊNIO,
que a mesma se difunde muito mais rápido no ar que na água, pe aproximadamente 10.000x mais
rápida a difusão do oxigênio.

RESPIRAÇÃO NA ÁGUA
CAPTAÇÃO DE OXIGÊNIO NA ÁGUA
ANIMAIS SEM ÓRGÃOS RESPIRATÓRIOS
São aqueles animais que geralmente possuem um órgão respiratório especializado, têm limitação na
forma envolvendo o corpo e aí eles conseguem suprir os seus gases por difusão, através das
superfícies do corpo, sem a presença de órgãos especiais e na ausência de circulação sanguínea.
Eles geralmente são esféricos, são muito pequenos, eles possuem o ponto esférico, por conta da
superfície de contato, esta superfície de contato vai ser reduzida e assim eles vão conseguir obter
oxigênio. Como exemplo temos os Cnidários.
Esses organismos precisam ter uma menor do que animais com órgãos respiratórios. Como

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exemplo: água viva, que possue taxa metabólica muito baixa.
Esse animais que não tem os órgãos respiratórios especializados, eles tem uma grande limitação de
forma e volume do corpo, por isso são muito pequenos.

ANIMAIS COM ÓRGÃOS RESPIRATÓRIOS


A presença de uma superfície respiratória tem como principal consequência o aumento do volume do
corpo, a taxa metabólica mais alta, a diversidade do formato do corpo também vai ser diferente e
geralmente animais que possuem órgãos respiratórios necessariamente precisam de um sistema
circulatório para transportar o oxigênio pelo corpo. A seleção dessa superfície respiratória trouxe a
vantagem de permitir a captação ativa de oxigênio. E quanto maior a diversidade de um sistema,
maior as chances de sobrevivência.
As superfícies respiratórias são as brânquias e pulmões: Elas possuem uma cutícula muito fina,
porque é necessário para facilitar os processos de trocas de gases. Se a superfície respiratória
estiver voltada para fora, formando uma evaginação, esse orgão é chamado de brânquia, se a
superfície corpórea estiver voltada para dentro, ou invaginada, ela é chamada de pulmão.

RESPIRAÇÂO AEREA
Os animais que respiram o ar têm 3 tipos principais de órgãos respiratórios: BRÂNQUIAS,
PULMÕES E TRAQUEIAS.
As brânquias: muito pouco adequadas à respiração aérea, os caranguejos são um exemplo. Suas
brânquias são rígidas para continuar funcionando durante a respiração aérea;
Pulmões: Sendo representados por 2 tipos (pulmões de difusão e de ventilação). Os de difusão são
caracterizados pelo fato de que a troca de ar com a atmosfera se dá apenas por difusão, como por
exemplo em escorpiões caracóis e alguns isópodes. E os de ventilação encontrados nos vertebrados,
é necessária uma renovação do ar para animais de grande tamanho corpóreo, combinada com uma
elevada taxa metabólica, esses sistema respiratório dos vertebrados são ventilados por fluxo de ar
que entra e sai, ou fluxo corrente.
Traquéias: Característico dos insetos. É um sistema de tubos que fornece Oxigênio diretamente para
os tecidos, evitando a necessidade de uma circulação sanguínea com a finalidade de transportar
gases.

Capítulo 2: SANGUE
Mamíferos: O2 dissolvido em 0,2ml/ 100ml de sangue.
O2 ligado em 20ml/ 100ml de sangue.

Foi visto que o transporte de O2 e CO2 por difusão é insuficiente, exceto para animais grandes.
O sangue tem como função transportar nutrientes e transferir produtos de excreção nos
insetos. Transmissão de força hidráulica que é utilizada em processos como na ultrafiltração renal,
locomoção da minhoca, rompimento da carapaça dos crustáceos, ereção peniana, entre outros.
Transporte de gases. Nos grandes animais com uma elevada taxa metabólica o sangue é essencial
para o transporte de calor, assim não permitindo os órgãos internos ficarem superaquecidos.
Capacidade de coagulação reduzindo a perda de sangue quando ocorre algum dano no sistema
vascular.

TRANSPORTE DE OXIGÊNIO NO SANGUE


Pigmentos respiratórios (estudo dirigido)

VATAGENS DAS HEMÁCIAS


São células respiratórias, só faz transporte de O2. Realizam processo privado de hemoglobinas de
oxigênio. Reduz o impacto de variáveis coisas no sangue.

CURVAS DE DISSOCIAÇÃO DO OXIGÊNIO

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A propriedade do sangue mais importante para o transporte de oxigênio é a ligação reversível do
oxigênio à molécula de hemoglobina.
Hb + O2 <-> HbO2
A alta concentração de O2, a hemoglobina (Hb) se combina com o oxigênio para formar a
Oxiemoglobina (HbO2) e a reação é deslocada para a direita. A uma baixa concentração, o oxigênio
é liberado novamente e a reação é deslocada para a esquerda.
Em qualquer concentração de oxigênio há uma proporção definida entre as quantidades de
hemoglobina e oxiemoglobina.
Se for encontrado a quantidade de oxiemoglibina presente em cada concentração de O2,
será obtida uma curva de dissociação oxigênio-hemoglobina, que representa a dependência da
reação em relação à concentração de oxigênio ou pressão parcial.
Em uma pressão de oxigênio mais alta, a hemoglobina não capta mais oxigênio e diz-se que
ela está completamente saturada. Em uma pressão de oxigênio mais baixa, a hemoglobina
desprende do oxigênio, metade da hemoglobina fica presente em forma de oxiemoglobina e a outra
metade como hemoglobina, está pressão é referida como pressão de meia-saturação. A medida que
a pressão do O2 diminui progressivamente, mais O2 é desprendido, até que a hemoglobina fique
completamente desoxigenada à pressão de oxigênio zero.
O sangue de alguns animais tem maior afinidade pelo oxigênio (desprende oxigênio de modo
mais lento) e a curva de dissociação está localizada à esquerda. O sangue de outros animais tem
menor afinidade pelo oxigênio (desprende oxigênio facilmente) e a curva de dissociação está à
direita.
Principais fatores que influenciam a ligação do oxigênio à hemoglobina
1º fator: Temperatura: Se a curva de dissociação for determinada para uma amostra de
sangue de mamífero à temperatura ambiente e depois à temperatura córporea normal do animal, os
resultados são diferentes. Porque maiores temperaturas tornam mais fraca a ligação entre a
hemoglobina e o oxigênio, causando maior dissociação. Como consequência, a hemoglobina libera o
oxigênio rapidamente e a curva de dissociação é delocada para a direita.
Isto é de importância fisiológica especialmente para animais de sangue frio, onde uma maior
temperatura é normalmente acompanhada por um aumento da taxa metabólica (demanda de
oxigênio). É vantajoso que a hemoglobina libere oxigênio mais facilmente a uma temperatura mais
alta. Mesmo nos animais de sangue quente é importante, na febre ou durante exercício, quando há
uma elevação na taxa de consumo de oxigênio.
2º fator: pH: Outra influência importante é o pH do plama sanguíneo. O aumento de dióxido
de carbono ou outros ácidos diminui o pH plasmático e desloca a curva de dissociação para a direita.
Este deslocamento significa que uma alta concentração de dióxido de carbono causa maior liberação
de oxigênio a uma dada pressão qualquer de oxigênio. Esse efeito é conhecido por Efeito Bohr.
3º fator: CO2: Nos vasos capilares teciduais, à medida que o CO2 entra no sangue, a
hemoglobina libera uma quantidade maior de O2 que a liberada caso não houvesse o efeito de CO2
sobre a ligação. Este efeito facilita a liberação de mais oxigênio para os tecidos.
O efeito do CO2 não é inteiramente decorrente de seu efeito sobre o pH. O CO2 diminui a afinidade
do O2 pela hemoglobina mesmo a um pH constante. Esse efeito é causado pela ligação do CO2
diretamente com grupos terminais da molécula de hemoglobina, ou seja, essa ligação não ocorre no
mesmo local da molécula que se liga ao oxigênio.
4º fator: Massa corpórea: O efeito Bohr não é igual em todos os mamíferos. Ele depende do
tamanho corpóreo e que a alteração no efeito Bohr é maior em um camundongo que em um elefante.
A hemoglobina do camundongo é mais sensível ao ácido que a hemoglobina do elefante. Isso é
importante para a liberação de oxigênio para os tecidos de pequenos animais, que têm uma taxa
metabólica maior por grama que grande animais. Massa corpórea adaptativa para mamíferos.
O EFEITO DA ALTITUDE
A baixa pressão atmosférica a uma altitude elevada significa que a pressão parcial do
oxigênio é mais baixa que no nível do mar. Animais que vivem em ambiente de relativa deficiência de
O2 apresentam adaptações das curvas de dissociação de O2 no sangue. Por exemplo, na Lhama.

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Elas vivem nas montanhas dos Andes, acima de 5.000m, a alta afinidade de sua hemoglobina pelo
O2 faz com que o sangue seja capaz de se ligar ao O2 a baixas pressões. Esta adaptação é uma
característica genética.
O deslocamento da curva de dissociação para a direita no homem a uma altitude elevada é
exatamente o oposto à alteração ocorrida no sangue da Lhama. Isso porque a hemoglobina pelo
oxigênio é importante em dois local diferentes do corpo: (1) quando a hemoglobina capta o oxigênio
no pulmão e (2) quando ela libera oxigênio para os tecios.
- Reduzir afinidade para liberar oxigênio;
- Não pode ter distribuição homogênea de oxigênio pelo corpo, é necessário que seja
heterogênea;
- Quanto menor o mamífero, maior a taxa metabólica. Esta é uma estratégia adaptativa;

DIFUSÃO FACILITADA
A hemoglobina carregada no sangue melhora muito o transporte de oxigênio para os tecidos.
Porém, a hemoglobina não ocorre somente no sangue, mas também em vários tecidos e nos
músculos. Esta hemoglobina é chamada de MIOGLOBINA.
Durante a contração muscular, o fluxo sanguíneo para um dado músculo pode ser reduzido
ou interrompido por um tempo, devido a compressão mecânica dos vasos sanguíneos pelo músculo
em contração. É neste momento que a mioglobina libera oxigênio e age dessa forma como reserva
temporária de oxigênio. (É improvável que as contrações musculares normalmente causem completa
interrupção do fluxo sanguíneo. Pelo contrário, a circulação nos músculos em atividade é muito
aumentada).
A descoberta de que a hemoglobina acelera bastante a taxa de difusão de oxigênio explica a
presença da hemoglobina no músculo, assim como sua ampla ocorrência nos animais que vivem em
ambientes que, apresentam baixas tensões de oxigênio.
A difusão facilitada esta associada à habilidade da hemoglobina em se ligar reversivelmente
ao oxigênio.
Outros pigmentos respiratórios não facilitam a difusão, isso está relacionado ao grande peso
molecular da hemocionina que reduz muito a motilidade da molécula em solução.
Implicações fisiológicas
Nos vertebrados, a hemoglobina encontra-se em alta concentração principalmente nos
glóbulos vermelhos e secundariamente nos músculos vermelhor. Os glóbulos vermelhos que devido
seu tamanho reduzido tem uma distância de difusão muito curta, são raramente ou nunca expostos a
pressões de oxigênio próximas de zero, com exceção nos capilares sanguíneos de músculos com
atividade intensa. Porém, para a mioglobina é diferente. A uma distância de um capilar sangupineo, a
tensão de oxigênio num músculo em ativiade pode se aproximar de zero muito fácil.
A hemoglobina é muito importante para os invertebrados, pois muitos vivem em ambientes
que apresentam baixas tensões de oxigênio e quando é precário o fornecimento de O2. Muitos
desses animais são adaptados à falta de O2, aumentando a quantidade de hemoglobina em seu
organismo. O principal papel da hemoglobina nesses animais é facilitar a difusão de O2.

TRANSPORTE DE DIÓXIDO DE CARBONO NO SANGUE


Quando o sangue passa pelos tecidos e libera oxigênio, ele capta simultaneamente dióxido
de carbono; quando passa pelos pulmões, acontece o inverso.
O sangue venoso de um mamífero, quando alcança os pulmões, contém aproximadamente
550 cm³ de co2 por litro de sangue e tem uma tensão de dióxido de carbono de aproximadamente 46
mmHg (6,1 kPa). Quando o sangue deixa os pulmões, contém cerca de 500 cm³ de co2 por litro de
sangue a uma tensão de aproximadamente 40 mmHg. Assim, o sangue libera somente uma pequena
parcela da quantidade total de dióxido de carbono presente, sendo a diferença arteriovenosa
aproximadamente 50 ml de co2 por litro de sangue.
A quantidade total de dióxido de carbono transportada no sangue excede muito a
quantidade que estaria dissolvida na água à mesma tensão deste gás no sangue. Isso acontece

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porque a maior parte do dióxido de carbono encontra-se combinado quimicamente e não sob a forma
gasosa, dissolvido livremente. Os dois compostos mais importantes são (1) os fons bicarbonato e (2)
uma combinação de dióxido de carbono com hemoglobina.
Quando o dióxido de carbono é dissolvido na água, ele se combina com esta para formar
ácido carbônico (H2CO3),
Essa reação pode ser descrita assim (ver pag 82):

O H2CO3 dissocia=se como um ácido em íon hidrogênio e íon bicarbonato (HCO3-). O ácido
carbônico(H2CO3) age como um ácido muito fraco, com uma constante de dissociação aparente de
8,0x10 a 37ºC (pK = 6,1). A posterior dissociação do íon bicarbonato em um íon hidrogênio
adicional e íon carbonato (CO ) é incluída para compleltar as reações, mas considerando-se o pH
dos organismos vivos, a quantidade de íon carbonato presente é minúscula e pode ser normalmente
desprezada.

CO2 E RESPIRAÇÃO AQUÁTICA


A quantidade de CO2 produzida no metabolismo é relacionada à quantidade de O2
consumido. A razão de troca respiratória de CO2 e O2 normalmente fica entre 0,7 e 1,0. Nesta
discussão, é considerado um animal no qual a razão de troca é igual a 1,0, ou seja, para cada
molécula de oxigênio usado, uma molécula de doóxido de carbono é liberada. Cada variação em
milímetros na pressão parcial do oxigênio no ar respiratório resulta numa variação igual e oposta do
dióxido de carbono.
Se a razão de troca igual a 1 for aplicada à troca de gases na água, as quantidades de
oxigênio e dióxido de carbono serão iguais, mas as variações de pressões parciais dos dois gases
serão muito diferentes porque suas solubilidades são distintas.

CO2 E pH SANGUÍNEOS
Foi visto que a tensão ou pressão parcial do CO2 no sangue arterial é muito diferente entre
animais aquáticos e terrestres. A quantidade de CO2 presente no sangue também varia,
normalmente é baixa nos peixes (frequentemente menos de 100cm3 de CO2 por litro de sangue) e
pode ser muito alta nas tartarugas (ultrapassa 1.000cm³ de CO2 por litro de sangue). Em contraste,
percebe-se uma uniformidade muito maior no pH sanguíneo de vários vertebrados do que seria
esperado em decorrência da grande variação no CO2. Isso resulta de ajustes correspondentes no
equilíbrio ácido-básico, obtido principalmente pela quantidade de bicarbonato de sódio presente no
sangue.
O pH sanguíneo de uma variedade de vertebrados de sangue quente e frio, normalmente
varia em torno de valores entre 7,4 e 8,2. Se os dados forem entendidos em função da temperatura
dos animais, será alcançada uma distribuição uniforme que a indicada pela ampla variação de pH.
(pH uniforme, independente do meio).
As mais variadas condições para atingir um equilíbrio ácido-básico adequado na água e no
ar causam grandes dificuldades fisiológicas para animais que vivem numa transição entre os dois
meios. Um peixe, que normalmente vive na água, tem seu equilíbrio ácido-básico ajustado a uma
tensão de dióxido de carbono de 2 ou 3 mmHg. Se o peixe passar para a respiração aérea, a tensão
de dióxido de carbono no sangue aumentará repentinamente; isso requer um ajuste no sistema de
tamponamento sangüíneo, principalmente da concentração do íon sódio, ou algum mecanismo
auxiliar para a eliminação de dióxido de carbono.

ANIDRASE CARBÔNICA
Os eventos que ocorrem quando o dióxido de carbono é dissolvido na água não são
instantâneos. Quando o dióxido de carbono penetra na água e se dissolve, a hidratação inicial da
molécula de dióxido de carbono para formar H2C03 é um processo relativamente lento. O processo
inverso à liberação de dióxido de carbono para formar H2C03 - também é lento, sendo necessários
vários segundos até uma fração de minuto.

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Aqui utilizar lápis para escrever a reação e outros detalhes:

A anidrase carbônica é uma enzima que acelera a formação do dióxido de carbono a partir
de H2CO3, tornando o processo rápido. Esta enzima não está presente no plasma sanguíneo, mas é
encontrada em alta concentração no interior das hemácias.
A anidrase carbônica está relacionada a massa corpórea do organismo. Então, quanto maior a
massa corpórea, menor a atividade de anidrase carbônica. Isso ocorre para que o animal consiga
suprir sua atividade metabólica. Portanto, a anidrase mais ativa influência no ácido carbônico para
que ele seja mais rápido, a queda do pH e a hemoglobina recebe mais estímulo para liberar mais
oxigênio.

Capítulo 3: CIRCULAÇÃO
O principal objetivo da circulação é a movimentação de um líquido pelo corpo;
Rápido transporte de grande volume a distâncias onde a difusão é muito lenta ou inadequada
(maior eficácia);
Transportar outros solutos (gases);
Transportar calor;
Transmitir força.

BOMBAS
Um sistema circulatório depende de uma ou mais bombas e de canais nos quais o sangue
possa fluir. O coração (bomba) se baseia na capacidade do músculo de contrair e encurtar-se. A
existência do músculo em torno de um tubo ou câmara permite redução de volume. 2 tipos diferentes
de bombas podem ser projetadas:
Bomba peristálticas ou bombas com câmaras: Os corações peristálticos são encontrados
principalmente em invertebrados.
O coração dos vertebrados é uma bomba com câmaras de paredes contráteis, uma bomba na qual a
força é provida pela pressão externa, é encontrada nas grandes veias das pernas do homem. As
paredes dessas veias são finas e elas apresentam válvulas que impedem a reversão do fluxo
sanguíneo (que o sangue tenha refluxo) e quando os músculos da perna se contraem, as veias são
comprimidas e as válvulas asseguram que o sangue seja impulsionado na direção do coração (se
contrai e relaxa sozinho, a própria bomba tem sua especialidade de contração).
ASSOCIAÇÃO DE UM GRANDE VASO (perna): Facilita o retorno do sangue contra a gravidade, a
presença desses vasos impede que o sangue que subiu, desça (exemplo da girafa).

Canais
O sangue é conduzido a partir do coração em canais ou condutos e sempre retorna a este
órgão. O sangue dos vertebrados é transportado num sistema de tubos ou canos elásticos (artérias,
capilares, veias), este sangue retorna ao coração sem deixar o sistema de tubos e continua dentro
desse sistema fechado, é por isso que a circulação dos vertebrados é chamada de CIRCULAÇÃO
FECHADA. Nos invertebrados (insetos, a maioria dos crustáceos, moluscos), o sangue é bombeado
do coração para o interior dos vasos sanguíneos, mas estes vasos se encontram interrompidos e o
sangue flui mais ou menos livre entre os tecidos antes de retornar ao coração, esse sistema é
chamado de CIRCULAÇÃO ABERTA.
OS SISTEMAS CIRCULATÓRIOS FECHADOS são encontrados nos vertebrados, cefalópodes
(polvo) e equinodermos. OS SISTEMAS CIRCULATÓRIOS ABERTOS são encontrados na maioria
dos artrópodos, moluscos não-cefalópodes e tunicados. Na maioria dos sistemas circulatórios, o
coração faz o bombeamento e o sangue sempre flui numa única direção, porém no sistema
circulatório dos tunicados que é um sistema aberto, o coração em forma de tubo faz o bombeamento

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por meio de uma onda peristáltica que é transmitida de uma extremidade à outra, depois de uma
série de contrações, o coração vai ficando lento e para, depois de uma pausa, acontece a inversão
da direção da batida e o sangue é forçado na direção oposta, esse mesmo coração não tem válvulas.

Capacidade
A capacidade do sistema de bombeamento estudada através de um ponto de vista de um
suprimento adequado de oxigênio.
O volume sanguíneo que deve ser bombeado para uma quantidade de oxigênio será
reduzido se for alta a capacidade do sangue em transportar oxigênio. A quantidade de oxigênio
transportado é o produto do volume sanguíneo e seu teor de oxigênio.
Quanto maior a capacidade de sangue, menor a de volume de sangue. Se a capacidade de
oxigênio sanguíneo for de 20cm³ de O2 por 100cm³ de sangue, como em muitos mamíferos, 1cm³ de
oxigênio estará contido em 5cm³ de sangue. Se não houver hemoglobina ou outro pigmento
respiratório no sangue, como em muitos invertebrados, ele conterá somente oxigênio dissolvido. A
quantidade pode ser de 0,5 a 1cm³ de O2 por 100cm³ de sangue, dependendo da temperatura.
Consequentemente, uns 100 ou 200cm³ de sangue devem ser bombeados a fim de liberar 1cm³ de
oxigênio. Sem pigmentos respiratórios o trabalho cardíaco eleva de 20 a 40 vezes que para o sangue
de mamíferos que contém hemoglobina.

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O volume de sangue bombeado pelo coração pode ser regulado por (1) aumento da
frquência da bomba, (2) aumento do volume sistólico ou (3) por uma combinação destes dois fatores.

CIRCULAÇÃO DOS VERTEBRADOS


Comportamentos de água e volume sanguíneo
Aproximadamente dois terços do corpo dos vertebrados consiste em água. O valor exato
varia com a quantidade de gordura.
A água corpórea está distribuída entre 3 compartimentos: Intracelular 45%( maior parte),
intersticial 20%(extracelular) e plasma 5%(extracelular).
A água corpórea total nos vertebrados aquáticos e terrestres é da mesma proporção, mas
existem variações entre ambas direções. A distribuição entre os volumes intra e extracelulares
também é bastante uniforme.
Os vertebrados de respiração aérea têm volumes sanguíneos entre 5 e 10%, com exceção
dos peixes ósseos (peixes teleósteos), que possuem volumes sanguíneos menores devido a
capacidade de capitar oxigênio ser maior.

CORAÇÃO E DÉBITO CARDÍACO


Um animal pequeno tem uma maior taxa de consumo de oxigênio por unidade de massa que
um animal grande. O coração de um animal pequeno deve suprir oxigênio a uma taxa mais alta
(maior demanda de oxigênio), bombeando também sangue a uma taxa mais alta (necessidade de
mais sangue). Quanto menor o mamífero, maior é sua demanda/necessidade, proporcionalmente
precisa de mais sangue bombeando.
O tamanho do coração é dos mamíferos é proporcional com a massa corpórea.
O tamanho do coração das aves não é proporcional ao tamanho corpóreo, as aves maiores
tendem a ter um coração menor que aves pequenas.
As diferenças nas taxas metabólicas dos vertebrados não se refletem no tamanho do
coração. As diferenças na demanda de oxigênio deve se refletir principalmente na frequência de
bombeamento, já que o volume sistólico depende do tamanho do coração e a quantidade de oxigênio
contido em cada volume de sangue não depende do tamanho corpóreo. É possível alterar o volume
sistólico sem aumentar a proporção do coração.

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Frequência cardíaca dos batimentos cardíacos
A frequência cardíaca dos batimentos cardíacos é o número de batimentos por minuto. A
frequência cardíaca de um homem em repouso é de aproximadamente 70 por minuto (durante o
exercício é aumentada diversas vezes).
A frequência cardíaca é inversamente proporcional ao tamanho corpóreo. Um elefante que
pesa 3.000kg tem uma frequência cardíaca em repouso de 25 por minuto e um musaranho (menor
mamífero do mundo) de 3g tem frequência cardíaca em repouso acima de 600 por minuto. Em
atividade, a frequência cardíaca aumenta.

Débito cardíaco
É o volume sanguíneo bombeado pelo coração por minuto.
Nos corações com separação completa dos ventrículos, a expressão se refere somente ao
débito cardíaco de um lado do coração.
Para determinar o débito cardíaco, pode se determinar (1) a taxa de consumo do oxigênio,
(2) o teor de oxigênio no sangue arterial e (3) o tor de oxigênio no sangue venoso.
Durante a atividade, quando o consumo de oxigênio aumenta, o débito cardíaco também
aumenta, mas não proporcionalmente ao aumento do consumo de oxigênio.
Determinações do débito cardíaco podem ser executadas somente em animais que têm uma
separação cardíaca completa entre o sangue arterial e venoso, como acontece com os mamíferos e
aves. Esse princípio não pode ser empregado em anfíbios e répteis, pois existe uma mistura dos
sangues venoso e arterial no coração. Nos peixes se aplica: a amostra de sangue venosos pode ser
coletado do coração ou próximo a ele (antes das brânquias) e o sangue arterial em qualquer parte do
corpo (depois das brânquias).
O débito cardíaco é o produto de frequência cardíaca e do volume sanguíneo colocado pra
fora numa contração, o volume sistólico.
Exemplo no livro (pombo e truta).

Distribuição do fluxo sanguíneo


O sangue não se distribui igual por todas as partes do corpo, alguns órgãos são mais
irrigados que outros.
Os 4 órgãos mais intensamente irrigados são rins, fígado, coração e cérebro, constituem
apenas 5% da massa corpórea, porém, recebem mais que a metade do débito cardíaco total. O fluxo
sanguíneo relativo nos rins é maior que nos outros órgãos principais. Os rins recebem cerca de 100x
mais sangue que os músculos em repouso.
Durante o exercício, o débito cardíaco é aumentado e a distribuição de fluxo sanguíneo
modificada. Isso ocorre devido ao aumento da demanda de oxigênio dos músculos e porque a carga
de trabalho imposta ao coração é elevada, como consequência do aumento do bombeamento.

Capítulo 4: ALIMENTO E COMBUSTÍVEL


Os animais necessitam de alimento (1) para prover a energia necessária para permanecerem
vivos e manterem os processos físicos, para a contração muscular e muitos outros processos, (2)
como matéria-prima para formar e manter o mecanismo celular e metabólico e (3) para crescimento e
reprodução. (promover energia química para a manutenção de processos vitais, como matéria prima
gerando novas células e no que parou de crescer repor material velho. Crescimento e reprodução
como desequilíbrio de eletrólitos); Os alimentos são fonte de energia em combinação com o oxigênio.
O alimento é obtido por meio de uma diversidade de métodos mecânicos, que determinam a
natureza do alimento que um animal pode obter e utilizar.

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MADEIRA COMO ALIMENTO: DIGESTÃO SIMBIÓTICA
Celulose: material estrutural mais amplamente encontrado nos vegetais. É um polímero de
glicose, insolúvel e refratário ao ataque químico. As celulases, enzimas que digerem a celulose,
estão ausentes nas secreções digestivas dos vertebrados, muitos deles dependem da celulose como
principal fonte energética. A presença de celulases verdadeiras encontra-se no trato intestinal de
muitos invertebrados que se alimentam de madeira, mas a digestão de celulose é realizada por
microrganismos simbióticos que vivem no trato digestivo do hospedeiro.

Digestão de celulose nos invertebrados


Caracóis ( Helix pomatia), digere a celulose e secreta celulase;
Teredinídeos (Teredo), bivalve que perfura a madeira. A celulase foi encontrada no intestino
e os extratos intestinais liberam açúcar da celulose.
Camarões (Mysis stenolepis), a importância do papel das bactérias na digestão da celulose.
A alimentação com celulose com carbono radioativo mostrou rápida assimilação de 14C a partir da
celulose, mas a capacidade foi perdida quando o camarão foi exposto a substâncias antimicrobianas.
Porém, a capacidade foi recuperada quando o camarão foi infectado por bactérias novamente.
Traças (Ctenolepisma lineata), digere celulose e consegue sobreviver somente deste
composto. Seu intestino contém muitos microrganismos.
Cupins que vivem quase exclusivamente da madeira, seu trato intestinal que digere madeira
é cheio de diversos tipos de flagelados e bactérias. Apesar de a celulose da madeira poder fornecer
uma quantidade substancial de energia, a madeira tem um conteúdo de nitrogênio muito baixo. Como
os cupins vivem da madeira, foi sugerido que os microorganismos intestinais são bactérias fixadoras
de nitrogênio, sendo, de auxílio no suprimento de proteína.

Digestão de celulose nos vertebrados


Muitos mamíferos (não ruminantes) são herbívoros e depende de alimento que torna
essencial a digestão da celulose. Os ruminantes, têm tratos digestivos especializados que são
adaptados à digestão da celulose simbiontica. Muitos mamíferos ruminantes também dependem de
microrganismos simbionticos para a digestão da celulose, mesmo que suas adaptações anatômicas
diferenciarem dos verdadeiros ruminantes.
Nenhum animal compõem a celulose, em exceção das traças. A celulase é ausente nos
vertebrados, mas muitos vertebrados dependem exclusivamente da celulose.
Espécies essencialmente herbívoras. A celulose é praticamente a única base nutricional e
energética. Ruminantes ou não ruminantes, sempre presente associação com simbiontes.

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Animais Ruminantes
(Sistema digestivo altamente especializado.
Poligástricos, característica dos ruminantes.
TODOS OS RUMINANTES SÃO POLIGÁSTRICOS, MAS PODE HAVER NÃO RUMINANTES
POLIGÁSTRICOS.
O estômago de um ruminante tem diversos compartilhamentos. O verdadeiro estômago digestivo, o
abomaso, é precedido por diversos compartimentos grandes. O primeiro e o maior é o rúmen (1ª
camada gástrica) que serve como grande tanque de fermentação no qual o alimento, misturado com
a saliva, sofre uma fermentação intensa. Bactérias e protozoários são encontrados no rúmen em
grande número, degradando celulose e a tornando disponível à digestão complementar.
Os produtos de fermentação (ácidos acéticos) são absorvidos e utilizados; o CO2 e o metano
formados no processo de fermentação são liberados pela eructação.
A ruminação (mastigação do bolo alimentar), consiste na regurgitação e remastigação de substâncias
fibrosas indigestas, que logo são engolidas novamente. Quando o alimento reentra no rúmen, ele
sofre uma outra fermentação. As partículas de alimento decompostas passam para as outras partes
do estômago. (A regurgitação chega no retículo, o retículo contrai ~movimento peristáltico reverso~ e
volta para o rúmen, vai pra boca, volta pro rúmen novamente após outro banho de saliva
tamponante, vai pro retículo, passa pelo omaso e vai pro abomaso).
A saliva tamponante do boi tem a função de tampão; Os produtos de fermentação são ácidos
orgânicos de cadeia curta e quantidades copiosas de saliva secretadas pelos ruminantes servem
para tamponar estes produtos de fermentação no rúmen. A saliva de um ruminante é uma solução
diluída de bicarbonato de sódio, que serve como um tampão e como um meio de fermentação
adequado para os microrganismos.
No rúmen se concentra a quebra da celulose;
No retículo ocorre a fixação de nitrogênio (simbionte), as bactérias ao fixar o nitrogênio elas
sintetizam as proteínas.
Síntese proteica: Os microorganismos do rúmen podem sintetizar proteína a partir de compostos de
nitrogênio inorgânico, tais como os sais de nitrogênio. É útil que a uréia possa ser adicionada ao
alimento dos ruminantes e aumentar a síntese proteica. A síntese proteica microbiana no rúmen é de
grande importância quando o animal é alimentado com ração de baixa qualidade. Um camelo
alimentado com uma dieta quase sem proteínas (feno e tâmara de baixa qualidade), não excreta
uréia na urina. A uréia continua sendo formada no metabolismo, mas ao invés de excretada, ela
reentra no rúmen através da parede do rúmen e pela saliva. (Em épocas de seca, a ureia é retirada
do fígado e configurada no rúmen).
Os simbiontes sintetizam o complexo B (exemplo: Veganos).

IMPORTANTE: Como que o gado é a principal fonte de proteína do homem se o gado não ingere
proteína?

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Animais não-ruminantes
-> SEMPRE associados aos simbiontes.
-> Estômago poligástrico ou não.
A digestão de celulose em mamíferos herbívoros não-ruminantes é auxiliada pelos
microorganismos. A alimentação que contém celulose é normalmente volumosa e a fermentação é
relativamente lenta e demorada. É necessário um espaço grande e a porção do trato digestivo usado
para a fermentação é de tamanho considerável. Em alguns animais o estômago é grande e tem
diversos compartimentos e a digestão tem semelhanças óbvias com a digestão do ruminante. Em
outros, a principal fermentação da celulose se dá num grande divertículo do intestino delgado, o
ceco. A fermentação microbiana no ceco tem muitas semelhanças com a fermentação no rúmen,
mas esta apresenta 3 claras vantagens em relação ao ceco. 1: A fermentação do rúmen ocorre na
porção anterior do trato gastrointestinal, já a fermentação posterior ao estômago acontece em cecos
intestinais. 2: A fragmentação mecânica do alimento pode ser prolongada, pois as partículas grossas
e não ingeridas podem ser regurgitadas e mastigadas várias vezes. As fezes do cavalo contêm
fragmentos intactos de alimento, já as da vaca constituem uma massa bem mole e com poucos
fragmentos grandes e visíveis. 3: (eficácia menor na digestão do que ruminantes, efeito visível nas
fezes) A maior vantagem do sistema ruminante com fermentação microbiana na porção anterior do
trato gastrointestinal é a oportunidade de reciclar nitrogênio da ureia que de outra forma seria
excretado e perdido (Isso é importante para os ruminantes que se alimentam de ração de baixa
qualidade, discutido anteriormente).

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Coprofagia

A desvantagem da localização da fermentação da celulose na parte posterior do trato


intestinal pode ser evitada de uma forma peculiar. Muitos roedores, assim como os coelhos e lebres,
formam um tipo especial de fezes a partir do conteúdo cecal, as quais são reingeridas de modo que o
alimento passa por todo o trato digestivo uma segunda vez. Existem, de fato, dois tipos de fezes: as
comuns e bem conhecidas bolinhas fecais dos roedores, firmes e escuras, e as fezes mais moles,
maiores e mais claras, que não são eliminadas pelo animal , mas são ingeridas diretamente do ânus.
Este último tipo é mantido separado dos excrementos comuns no reto e a reingestão permite uma
digestão e utilização do alimento mais completa.
A coprofagia é comum nos roedores e de grande importância nutricional. Exemplo, se a
coprofagia for impedida, ratos precisarão de fontes dietéticas suplementares de vitamina K e biotina.
Além disso, a deficiência de outras vitaminas se desenvolvem rapidamente.
Nos coelhos, o impedimento da coprofagia leva a uma diminuição na habilidade de digerir o
alimento, assim como uma redução na utilização de proteína e retenção de nitrogênio. Quando a
coprofagia é novamente permitida, há um aumento correspondente na habilidade de digerir celulose.
Nos lagomorfos (coelhos e lebres), as fezes reingeridas são surpreendentemente diferentes,
mas nos roedores elas diferem menos acentuadamente dos excrementos normais. Além disso, os
roedores mastigam cuidadosamente as fezes reingeridas antes de engolir, o que também difere dos
coelhos.

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