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SOLUÇÕES

1. Dispersões
Ao se misturarem duas substâncias, pode resultar ou em uma mistura homogênea ou em uma
mistura heterogênea.
Por exemplo:

Dizemos que o sal se dissolveu, enquanto a areia não se dissolveu na água.


No entanto, entre o caso extremo de dissolução perfeita (como a do sal na água) e o de
separação total (como a areia da água), existem casos intermediários importantes. Imagine que
você recolha um pouco de água de enxurrada em um copo e deixe esse sistema em repouso por
um certo tempo.
O que irá ocorrer?

Lentamente, as partículas de terra vão se depositando no fundo do copo;


sedimentam primeiro as partículas maiores e, em seguida, as partículas de tamanho
gradativamente menores; mesmo assim, a água poderá ficar turva durante vários dias, indicando,
nesse caso, que partículas ainda menores permanecem em suspensão nessa água.
Desse fato resulta a seguinte definição:

Dispersões são sistemas nos quais uma substância está disseminada, sob a forma de pequenas
partículas, em uma segunda substância.

A primeira substância chama-se disperso ou fase dispersa; e a segunda, dispersante,


dispergente ou fase de dispersão.

1.2. Classificação das dispersões:


É feita de acordo com o diâmetro médio das partículas dispersas:

1 nm (nanômetro) = 10 -9 m (metro)
Esquematicamente, temos:
Os sistemas dispersos são muito comuns em nosso cotidiano:

1.3. Principais características dos sistemas dispersos

2. Soluções
São misturas homogêneas de duas ou mais substâncias.
Nas soluções, o componente que está presente em menor quantidade recebe o nome de soluto
(é o disperso), enquanto o componente predominante é chamado solvente (é o dispersante).
Por exemplo, quando dissolvemos açúcar em água, o açúcar é o soluto, e a água, o solvente.
As soluções são muito importantes em nosso dia-a-dia: o ar que respiramos é uma solução
(mistura) de gases; a água do mar (que cobre ¾ da superfície terrestre) é uma solução que
contém vários sais; muitos produtos, como bebidas, materiais de limpeza, remédios, etc. são
soluções; muitas reações químicas, feitas em laboratórios e em indústrias, são realizadas em
solução; em nosso corpo (que contém cerca de 65% em massa de água), o sangue, o suco
gástrico, a urina são líquidos que contêm em solução um número enorme de substâncias que
participam de nosso metabolismo. As soluções, enfim, têm grande importância científica,
industrial e biológica.

2.2. Classificações das soluções


Há várias classificações para as soluções. Por exemplo, algumas soluções podem ser eletrolíticas
e nãoeletrolíticas, conforme conduzam ou não a corrente elétrica. No momento, o que mais nos
interessa é classificar as soluções segundo o seu estado físico. Fala-se então em soluções
sólidas, líquidas e gasosas.
3. Solubilidade ou Coeficiente de Solubilidade
Considere um copo contendo 100g de água a 20 °C. Nessa amostra, vai sendo adicionado aos
poucos KCl, sempre se agitando a água muito bem após cada adição.

Como se observa, 34,0g é o máximo de KCl que pode ser dissolvido em 100g de água a 20 °C.
Todo KCl adicionado além desse valor não se dissolve, indo diretamente para o fundo do copo.
Dizemos, então, que a solubilidade do KCl é de 34,0 g/100g H 2O a 20 °C.

Solubilidade ou coeficiente de solubilidade é a máxima quantidade de uma substância (em


geral, em gramas) que pode ser dissolvida em uma quantidade específica (em geral, 100g, 1000g
ou 1L) de solvente, em determinadas condições de temperatura e pressão.

3.1. Curvas de solubilidade


São os gráficos que apresentam a variação dos coeficientes de solubilidade das substâncias em
função da temperatura.
Para a maior parte das substâncias, a solubilidade aumenta com a temperatura; isso em geral
ocorre quando o soluto se dissolve com absorção de calor (dissolução endotérmica).
Pelo contrário, as substâncias que se dissolvem com liberação de calor (dissolução exotérmica)
tendem a ser menos solúveis a quente.

BIBLIOGRAFIA:
1. CAMARGO, G. Química v.1, 2, 3. São Paulo: Scipione, 1995.
2. FELTRE, R. Química v.1, 2, 3. São Paulo: Moderna, 2000.
3. LEMBO, A. Química v.1, 2, 3. São Paulo: Ática, 1999.
5. NOVAIS, V. Química v.1, 2, 3. São Paulo: Atual, 1993.
6. PERUZZO, Tito Miragaia, CANTO, Eduardo Leite do. Química v.1, 2, 3. São Paulo: Moderna, 1994.
7. REIS, M. Química. São Paulo: FTD, 2004.
8. SARDELLA, A. Química fundamental, vol. 1. São Paulo: Ática, 1991,1995/96.
9. Ser Protagonista: Química: revisão: ensino médio, volume único / obra coletiva. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2014.

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