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a) Oxigênio dissolvido
Desta forma, conclui-se que a concentração de oxigênio presente na água pode variar
mediante a quantidade desses organismos ali presentes. Entretanto, a concentração
também é influenciada por outros fatores como a temperatura, havendo uma relação
indireta com esta variável. Quanto maior for a temperatura, menor será a concentração
de oxigênio. Ou seja, em horários mais quentes do dia, menor será a concentração de
oxigênio na água; e períodos de inverno podem promover maior concentração (Figura
01). A solubilidade do oxigênio na água é dependente da temperatura.
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Em contraponto, durante a noite a concentração do oxigênio tende a ser mais baixa,
isso ocorre principalmente devido a falta de realização de fotossíntese pelos
organismos citados acima. Durante a noite esses organismos somente liberam gás
carbônico na água.
O oxigênio dissolvido pode variar entre 0 mg/l e valores altos, acima de 10 mg/l.
Entretanto, considera-se valores acima de 5 mg/l como aceitáveis para a manutenção
dos peixes (Tabela 01 ). Os níveis ideais de oxigênio também podem variar de acordo
com a espécie de peixe que está sendo cultivada.
Notas:
O melhor horário para a medição do oxigênio dissolvido na água é pela manhã quando
o sol ainda não incide fortemente.
b) Temperatura
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também pode afetar o metabolismo aquático, pois quanto maior a temperatura, maior
respiração de alguns organismos aquáticos, como as bactérias e,
consequentementesão produzidas maiores taxas de gás carbônico.
A temperatura também é uma variável que pode ser delimitada de acordo com a
localidade (se em ambiente tropical, subtropical, por exemplo), insolação, horário do
dia, e período do ano. Há locais, como nas zonas equatoriais em que a incidência de
raios solares ocorre de forma mais direta, menor angulação, causando maiores
temperaturas na água. A quantidade de nuvens no céu também é um fator delimitante
para o aumento ou resfriamento da coluna dá’gua, bem como as chuvas.
c) Transparência e Turbidez
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indicar a presença de sedimentos, poluentes ou matéria orgânica em decomposição, o
que pode afetar negativamente a qualidade da água e a saúde dos peixes. Em águas
turvas, os peixes podem ter dificuldade em localizar presas e podem ficar mais
vulneráveis a ataques de predadores. Além disso, a falta de luz adequada pode levar
ao estresse dos peixes.
No entanto, é importante lembrar que não existe um valor único de transparência que
seja considerado ideal para todas as situações. Em vez disso, o objetivo é manter a
transparência em uma faixa que permita uma boa produtividade primária, uma
qualidade de água adequada e o bem-estar dos peixes.
Notas:
Utilize o disco de Secchi quando a incidência solar estiver forte, pois a presença de
sombras e a baixa incidência solar podem reportar resultados inadequados.
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de Secchi é visível apenas entre 10 e 20 centímetros podem ser considerados críticos,
pois isto indica água turva, com alta concentração de partículas e baixa produtividade
primária, podendo ser prejudicial à saúde dos peixes. Lembrando que esses valores são
apenas diretrizes gerais e podem variar dependendo da espécie de peixe cultivada, das
práticas de manejo e das condições específicas do sistema de cultivo.
d) pH
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sobrevivência e crescimento dos peixes deve estar entre 6,5 e 9.0 (Figura 04). Variações
podem ser observadas para um pH ideal entre pessoas e pesquisadores, entretanto,
valores de pH abaixo de 4,5, ou acima de 10 podem representar a mortandade de
peixes.
Se o pH estiver fora da faixa ideal para a espécie de peixe criada, pode causar estresse
e levar a problemas de saúde, como dificuldade de respiração, danos às brânquias e
maior suscetibilidade a doenças.
Nota: o pH pode variar durante o dia e a noite. Valores mais altos de pH podem ser
encontrados durante o dia, e mais baixos durante a noite. Valores baixos de pH também
podem estar relacionados a quantidade de ração disponibilizada. observe se o pH fica
abaixo de 5, em caso de pH baixo é necessário utilizar a aeração para aumentar a
quantidade de oxigênio e diminuir o gás carbônico.
e) Nitrogênio e Fósforo
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Essas etapas do ciclo do Nitrogênio são essenciais para transformar a amônia tóxica em
formas menos prejudiciais de nitrogênio, que são utilizáveis pelas plantas e fitoplâncton
como nutrientes. A amônia é altamente tóxica para os peixes, e seu acúmulo pode levar
a problemas de saúde e mortalidade. A presença de bactérias nitrificantes no sistema
aquático é essencial para a oxidação da amônia, convertendo-a em nitrito e,
posteriormente, em nitrato, tornando-a menos prejudicial. Níveis elevados de amônia
e nitrito podem indicar problemas de saúde dos peixes ou desequilíbrios no sistema.
A matéria orgânica, como restos de ração não consumida e fezes, se acumula no fundo
do tanque. A decomposição da matéria orgânica é realizada por microrganismos,
liberando Fósforo e outros nutrientes na água, o que pode provocar a aceleração do
crescimento de algas nocivas à saúde do peixe. As concentrações aceitáveis de Fósforo
na água de piscicultura geralmente variam entre 0,02 mg/L e 0,5 mg/L (miligramas por
litro), dependendo das condições específicas e das espécies cultivadas. Entretanto, é
recomendável que a concentração de Fósforo não ultrapasse 0,1 mg/L.
Notas:
Os níveis de Amônia são bastante importantes de serem analisados para boa saúde dos
peixes e devem estar abaixo de 0,02 mg/L. Níveis acima de 0,5 mg/L podem causar
mortandade de peixes.
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f) Demanda Bioquímica e Química de Oxigênio (DBO e DQO)
Valores baixos de DBO indicam uma menor carga orgânica na água, o que é desejável
para manter a qualidade da água e a saúde dos peixes. Geralmente, em sistemas de
piscicultura, os valores de DBO podem variar entre 1 mg/L (baixa carga orgânica) a 5
mg/L (carga moderada), mas valores abaixo de 2 mg/L são frequentemente
considerados ideais. Já para a DQO, valores podem variar entre 10 mg/L (baixa carga
química) a 50 mg/L (carga moderada), com valores inferiores sendo mais favoráveis para
a saúde dos peixes e a qualidade da água.
Notas:
E ideal que os valores de DBO fiquem abaixo de 5mg/L e de DQO abaixo de 50mg/L.
g) Clorofila e eutrofização
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turvas, afetando a transparência da água. Uma transparência excessivamente baixa
pode dificultar a penetração da luz e afetar a produtividade primária e a capacidade
dos peixes em encontrar alimentos. Altos níveis de clorofila também podem indicar um
excesso de nutrientes na água, o que pode levar a problemas de eutrofização.
Notas:
O excesso de clorofila pode ser sinal de eutrofização. Eutrofização pode causar um
desbalanço na qualidade da água, causando a mortandade dos organismos
Para evitar a eutrofização deve ser realizada a limpeza regular dos tanques, removendo
detritos, fezes e alimentos não consumidos. A decomposição desses materiais pode
liberar nutrientes na água.
Embora não muito discutido para a piscicultura, os gases de efeito estufa (GEE) devem
ser mais bem abordados, principalmente nesta atividade crescente. Nestes ambientes
é produzido uma grande quantidade de matéria orgânica, a qual pode ser convertida
em gases, como em dióxido de carbono (já tratado neste documento), em metano ou
em óxido nitroso. A liberação de GEE das pisciculturas pode ser agravada se houver
excesso de alimentação, superpopulação de peixes, má gestão de resíduos e práticas
inadequadas de manejo da água. Para mitigar as emissões de GEE em pisciculturas, é
essencial adotar práticas sustentáveis de manejo, como o controle adequado da
alimentação para reduzir o desperdício, o uso eficiente da água, a implementação de
sistemas de tratamento de resíduos e a adoção de técnicas de manejo que visem
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reduzir a liberação de GEE.
Além das emissões diretas de GEE, as mudanças climáticas induzidas pelos GEE
também podem ter impactos significativos nas pisciculturas, em um efeito reverso. O
aumento das temperaturas da água e mudanças nos padrões de chuva podem afetar o
ambiente aquático e a saúde dos peixes. Eventos climáticos extremos, como secas ou
chuvas intensas, podem causar flutuações drásticas nos níveis de água nos tanques de
piscicultura, afetando a qualidade da água e o bem-estar dos peixes. Para lidar com
esses desafios, a piscicultura deve adotar estratégias adaptativas, como o
monitoramento regular da qualidade da água, a implementação de sistemas de aeração
e a seleção de espécies de peixes resilientes às mudanças climáticas. A busca por
práticas mais sustentáveis e eficientes é fundamental para minimizar as emissões de
GEE das pisciculturas e garantir a viabilidade dessa atividade em um cenário de
mudanças climáticas.
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