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Qualidade da água

De acordo com Leira et Al. (2017), para se ter um ótimo desenvolvimento na


criação de organismos aquáticos, é necessário manter o controle da agua dos viveiros
onde são criados os mesmos. Se a agua se encontrar em estados inadequados, o cultivo
da produção resultará em prejuízo no crescimento, saúde, sobrevivência e qualidade dos
peixes. A qualidade da água em qualquer produção é bastante importante para se ter um
grande sucesso no cultivo, sabemos que a água é o fator da matéria prima no ramo da
piscicultura, por isso requer uma boa qualidade da agua.

Temperatura

Segundo Oliveira (1995), a temperatura da agua é considerado um dos fatores


mais importantes, se destacando nos fenômenos biológicos exigentes de uma represa.
As atividades fisiológicas do peixe como, a respiração, digestão, excreção, alimentação
e movimento, estão ligadas à temperatura da agua. Quanto maior for a temperatura,
maior a será a atividade dos peixes e também maior será o consumo de oxigênio.
“A temperatura deve ser medida em várias profundidades para determinar a
diferença entre a superfície e o fundo. Tais medidas devem ser feitas sistematicamente,
a cada estação do ano, para obter-se a curva da temperatura” (OLIVEIRA, 1995, p. 3)

Figura: Tolerância a temperatura para peixes tropicais

Fonte: SENAR, 2017.


TRANSPARÊNCIA

A luz na agua é utilizada pelo fitoplâncton (é um conjunto de micro-


organismos que vive flutuando na superfície aquática, seja em agua doce ou salgada,
formado por algas microscópicas e cianobactérias), que é utilizado para a realização da
fotossíntese, na qual a energia luminosa é transformada em matéria orgânica pelos
organismos, ocasionando na liberação do oxigênio. A transparência ideal para viveiros
de criação é que esteja entre 40 a 60 cm, e deve-se ser realizado o monitoramento ao
menos uma vez por semana (MORO, et al 2013).

OXIGENIO DISSOLVIDO

De acordo com Lourenço, Malta e Sousa (1999, p.2) “o oxigênio é um dos


fatores-chave para a vida aquática e, como geralmente se encontra com baixa
solubilidade na agua é frequentemente um fator limitante para esse tipo de vida”. A
concentração de oxigênio na agua é controlada através de fatores como, fotossíntese,
respiração, trocas de ar e a renovação das aguas nos tanques.
“Valores ideais devem estar acima de 4mg/L. valores inferiores a esse deixa os
peixes estressados, tendo sua alimentação e crescimento prejudicados. Em situações
extremas de falta de oxigênio, mortalidades podem acontecer” (LIMA et al, 2013, p. 2).

Ph e ALCALINIDADE

O padrão de PH da água em de viveiros na piscicultura não pode estar nem


muito acida e nem muito alcalina para se conseguir uma boa produção de peixes. O PH
é medido em uma escala que vai de zero a quatorze, sendo o ponto neutro 7,0. A
alcalinidade indica a presença de sais minerais que estão dissolvidos na agua, sendo
medidos em mg/L. para se encontrar bons resultados, a alcalinidade deve estar entre
valores de 20 a 300 mg/L (OLIVEIRA, 1995).
De acordo com Kubitza (2003), os valores de pH mais adequados a criação e
produção de peixes se encontra em (6,5 a 8,0), em valores muito acima desta faixa, pode
ocasionar em problemas de crescimento, reprodução e saúde e até mesmo podendo
chegar a casos extremos a mortalidade dos peixes.
CALAGEM

O calcário de acordo com Oliveira (1995), é composto por carbonato de cálcio


ou carbonato de cálcio-magnésio. O calcário finamente moído é chamado de calcário
agrícola, já o calcário que é queimado afim de remover o dióxido de carbono,
produzindo o oxido de cálcio é chamado de Cal Virgem. O calcário agrícola não possui
um alto pH e também não perigoso aos humanos, ao contrário do cal virgem e cal
hidrata que elevam o pH e podem causar irritação aos olhos do aplicador. A calagem
elava o pH da agua e do solo e elavam também a alcalinidade total e dureza total da
agua, o que gera mais carbono para as plantas aquáticas

Despesca e materiais utilizados


MORO, V.M.; TORATI, L.S.; LUIZ, D.B.; MATOS, F.T. Monitoramento e manejo da
qualidade da água em piscicultura. In: RODRIGUES, A. P. O. [et al.] (Org.)
Piscicultura de água doce: multiplicando conhecimentos. Brasília, DF: EMBRAPA,
2013. p. 141-168. 22 11

LOURENÇO, JN de P.; MALTA, JC de O.; DE SOUSA, Francisneide Neves. A


importância de monitorar a qualidade da água na piscicultura. Embrapa Amazônia
Ocidental-Séries anteriores (INFOTECA-E), 1999.
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/668748/1/IT599.pdf
22 11

Lima, A. F., Da Silva, A. P., Rodrigues, A. P. O., BERGAMIN, G., TORATI, L.,
Pedroza Filho, M. X., & MACIEL, P. (2013). Qualidade da água: piscicultura
familiar. Embrapa Pesca e Aquicultura-Fôlder/Folheto/Cartilha (INFOTECA-E).
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/972064/1/agua.pdf
22 11

KUBITZA F. Qualidade da água no cultivo de peixes e camarões. Jundiaí, 229p. 2003.


2211

Leira, M. H., Cunha, L. D., Braz, M. S., Melo, C. C. V., Botelho, H. A., & Reghim, L.
S. (2017). Qualidade da água e seu uso em pisciculturas. Pubvet, 11(1), 11-17.
https://pdfs.semanticscholar.org/ed1b/7b63f8649267195e728446c179b62b51ec3a.pdf

https://www.embrapa.br/documents/1354377/1743436/Manual+Qualidade+
%C3%81gua+Aquicultura.pdf/674c0a9a-2844-43e2-9462-04fddd387529?version=1.0
OLIVEIRA, 21 11

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