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INSTALAÇÕES DE EDIFÍCIOS

ANTIGOS
CONSTRUÇÃO TRADICIONAL
Licenciatura em Arquitectura
IST
António Moret Rodrigues
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS I
z CASAS DE BANHO
‰ As casas de banho compreendiam a bacia de retrete, tina
para banho de imersão ou para chuveiro, bidé e lavatório.
‰ Deveriam ficar junto a uma parede exterior, de forma a
receberem luz natural e poderem ser ventiladas por meio de
janela.
‰ Recomendava-se para o pavimento a necessidade de ser
impermeável, utilizando-se para esse fim a betonilha ou
ladrilhos assentes com argamassa hidráulica.
‰ As paredes deviam poder lavar-se, para o que deveriam ser
forradas de azulejo ou de qualquer outro revestimento
hidrófugo até 1,50m de altura.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS II
z SIFÕES
‰ O sifão é um dispositivo fundamental numa rede de esgotos,
cuja função é impedir a passagem de cheiros para o interior
das habitações. Isso consegue-se com uma vedação
hidráulica que se deve manter no lugar depois do despejo.
‰ Os sifões podem ter diferentes formas:
¾ SIFÃO DE CAIXA
¾ SIFÃO TUBULAR (em S)
‰ Os sifões podiam ser
feitos de vários materiais:
grês cerâmico, ferro
fundido e, sobretudo,
chumbo.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS III
z VENTILAÇÃO
‰ Para os sifões não perderem a vedação
hidráulica era necessário fazer a sua ventilação.
‰ Para o caso A, uma descarga rápida A
conduzirá a uma arrastamento da água do
sifão para o interior da rede, possibilitando
a posterior passagem de cheiros.
‰ Para o caso B, o equilíbrio de pressões
entre as duas faces da lâmina líquida é
restabelecido pela entrada ou expulsão
de ar através do tubo ventilador. B
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS IV
z APARELHOS SANITÁRIOS
‰ As retretes podiam ser formadas por
duas peças, bacia e sifão, ou reunidas
num corpo único.
‰ Os bidés são munidos de um tubo avisador
e, no fundo, de uma válvula para despejo.
O sifão era normalmente de caixa.
‰ As banheiras apresentam uma
abertura para despejo, que se
liga ao encanamento por
sifão, e um tubo descarregador,
para escoar a água a partir de
dado nível. O sifão era tubular.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS V
z APARELHOS SANITÁRIOS
‰ Os lavatórios podiam ser de 2 tipos:
de báscula ou de válvula.
‰ Os de báscula eram móveis segundo
uma linha diametral, bastando
levantá-los para o seu despejo rápido.
‰ Os fixos de válvula têm no fundo um
orifício a que se adapta uma válvula,
que se levanta para fazer o despejo.
‰ A válvula compõe-se de uma sede S com uma
aba superior que se aloja num rebaixo da bacia,
e de um canhão roscado que faz a ligação
ao tubo de descarga C, ao qual se solda o sifão.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS VI
z TRAÇADO
‰ As retretes deviam ligar com o cano de esgoto
vertical (baixada), colocado pela parte exterior
da parede e à vista para ser facilmente visitável.
‰ O cano de esgoto termina um pouco acima da
última bacia e ligava-se, por um prolongamento
de secção mais reduzida, ao tubo de
ventilação que terminava no telhado.
‰ Inferiormente, o cano vertical de esgoto era
munido de sifão antes de se inserir no colector
da rua. Este sifão era também ventilado, pelo
que se ligava ao tubo ventilador geral.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS VII
z TRAÇADO
‰ Na disposição que se mostra é o tubo de
ventilação que, a partir do primeiro andar
fica no prolongamento do próprio cano
de esgoto, com a secção reduzida e
terminando na chaminé mais alta que o
o telhado.
‰ Exemplo de
várias retretes
de um mesmo
piso entroncando
no mesmo cano
de esgoto.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS VIII
z TRAÇADO
‰ O esgoto dos outros aparelhos era separado do das retretes,
podendo unir-se num ramal
de descarga comum que
ligava ao tubo de queda.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS IX
z TUBO E RAMAIS DE VENTILAÇÃO
‰ O tubo geral de ventilação era obrigatório para edifícios
com instalações sanitárias distribuídas por mais de um piso.
A este tubo eram ligados os ramais de ventilação dos sifões
a ventilar.

‰ Podia dispensar-se a
ventilação directa dos
aparelhos sanitários,
com excepção da
retrete, cujos ramais
de descarga não
excediam 1,5m.
INSTALAÇÕES ENTERRADAS I
z TRAÇADO
‰ O cano vertical (baixada) que conduz o esgoto de todos os
andares do edifício devia terminar em forma de curva e
nunca caindo a prumo sobre a conduta horizontal enterrada.
As baixadas eram tradicionalmente manilhas de grês
vidrado.
‰ Em caso de baixadas
recebendo ligações de
muitos andares, a sua
terminação devia ser
feita numa caixa de
inspecção ventilada.
INSTALAÇÕES ENTERRADAS II
z TRAÇADO
‰ O esgoto do edifício era conduzido por uma canalização
enterrada, com um dado declive, até ao colector geral. O
material utilizado
era também o grês
vidrado.
‰ O traçado deve ser rectilíneo,
tanto em planta como em
perfil, e integrar caixas de
limpeza em pontos de
mudanças de direcção,
declive, ou de encontro de
ramais.
INSTALAÇÕES ENTERRADAS III
z TRAÇADO
‰ A transição do colector predial para o colector geral deveria
fazer-se através de uma caixa sifonada que impedisse a
passagem dos gases da rede geral para a rede do prédio.
‰ A forma de fazer a sifonagem poderia ser através de um
sifão ou através de um septo construído na caixa.
INSTALAÇÕES ENTERRADAS IV
z FOSSAS
‰ Nos casos em que não
havia rede pública de A B
esgotos, era necessário
recorrer a fossas sépticas
para fazer a depuração
biológica.
‰ Na câmara A é feita a
dissolução da matéria
orgânica por acção das
bactérias anaeróbias.
‰ Na câmara B é feita a
oxidação da matéria orgânica pelos micróbios aeróbios,
saindo daí o líquido depurado e, assim, inofensivo.

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