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ESGOTO SANITÁRIO
AULA 1 E AULA 2
INSTALAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO
Tipos de esgoto gerados em uma edificação:
A. Conduto livre
O escoamento do esgoto ocorre sob regime de conduto livre, ou seja, a
pressão interna (Pi) da tubulação deve ser igual a pressão da atmosfera. O
escoamento se dá pela declividade do tubo (i em %), pela ação da gravidade.
Portanto os aparelhos sanitários estão a montante e o coletor público deve
estar a jusante, caso contrário não haverá escoamento.
Para facilitar o escoamento e para que se possa direcionar o fluxo do esgoto,
deve-se utilizar junções e curvas de 45º para as tubulações no plano
horizontal. As curvas de 90o devem ser utilizadas somente na transição da
vertical para a horizontal (vide o corte longitudinal acima)
Objetivo da Instalação de Esgoto Predial
Não permitir que os gases da decomposição do esgoto provenientes da
tubulação da instalação predial ou coletor público retornem e contaminem o
ambiente e até mesmo a edificação.
B. Desconectores
O retorno de gases da decomposição do esgoto é um dos grandes problemas
nas instalações prediais de esgoto. Se a instalação não é concebida, projetada
e executada adequadamente, esses gases podem contaminar o ambiente.
Para evitar essa situação, devem ser instalados os chamados desconectores
separando o esgoto que possui gases, chamado de esgoto primário, do esgoto
livre de gases da decomposição que se chama esgoto secundário.
O interior das tubulações, embutidas ou não, deve ser acessível por intermédio de
dispositivos de inspeção.
Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser respeitadas no
mínimo as seguintes condições:
a) a distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser superior a 25,00m;
b) a distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de
inspeção mais próximo não deve ser superior a 15,00 m;
c) os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias
sanitárias, caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os
dispositivos de inspeção, não devem ser superiores a 10,00 m.
Caixa de Gordura
As caixas de gordura tem a função de retenção por suspensão, da gordura
solidificada, evitando assim que essa gordura atinja a tubulação coletora,
ocasionado o entupimento dessa tubulação.
As caixas de gordura também podem ser feitas no local ou compradas
prontas. Além da fundação principal de retenção da gordura desse tipo de
esgoto, também são pontos de acesso para permitir a inspeção, limpeza e
desobstrução da tubulação.
Inclusive a limpeza da caixa de gordura deve receber limpezas regulares para
remoção da gordura acumulada.
As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com
boas condições de ventilação.
As caixas de gordura devem ser divididas em duas câmaras, uma receptora e outra
vertedoura, separadas por um septo não removível.
Em edificações de múltiplos
pavimentos, as função das
tubulações coletoras de esgoto são
exercidas pelos Tubos de Queda.
Considerando os tipos de esgoto:
esgoto de sanitário, esgoto com
gordura e esgoto com espuma,
deve-se adotar um tubo de queda
para cada tipo de esgoto, sendo
que ao atingir o terreno, deve ser
instalada as caixas de inspeção e
caixa de gordura, conforme cada
tubo de queda.
Em edificações com pavimento subsolo,
normalmente os tubos de queda correm até
o teto do subsolo onde fazem a transição
para a tubulação horizontal dos sub-
coletores. Dos sub-coletores caminham até
uma caixa de inspeção (CI) e da caixa de
inspeção até o coletor predial.
DIMENSIONAMENTO INSTALAÇÃO DE ESGOTO PREDIAL
A partir da estimativa das descargas associada ao número de aparelhos
sanitários ligados à canalizações.
A norma ABNT NBR 8160 fixa os valores destas unidades para os aparelhos
mais comumente utilizados.
Esta unidade é denominada Unidade Hunter de Contribuição (UHC) e é
padronizada como a unidade de descarga de um lavatório de residência e é
igual a 28 l/min