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FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO


DISCIPLINA: IPHS

INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO


Contexto geral

MSc. Ana Carolina Assmar de Lima Rabelo

Belém – PA
2019
Objetivo

• Apresentar a Norma Brasileira


sobre o assunto, a ABNT NBR
8160/99, ressaltando suas
principais terminologias e
especificações.

• Fixa condições técnicas para


projeto e execução em
atendimento às exigências
mínimas quanto a higiene,
segurança, economia e conforto
dos usuários

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Instalação predial de ES

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Instalação predial de ES
OBJETIVOS
De acordo com a NBR 8160/99, devem ser projetadas para:

• Evitar a contaminação da água, de forma a garantir sua qualidade de


consumo, tanto no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos
sanitários, como nos ambientes receptores;

• Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos,


evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior
das tubulações;

• Impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de ES 4


atinjam áreas de utilização;
Instalação predial de ES
OBJETIVOS
De acordo com a NBR 8160/99, devem ser projetadas para:

• Impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;

• Permitir que seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;

• Impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;

• Permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que 5


facilitem sua remoção pra eventuais manutenções.
Instalação predial de ES

CONCEITO

• Sistema de tubulações e peças que constituem os esgotos sanitários de


uma edificação, com a finalidade de transportar todo efluente das peças
de utilização até a rede pública, atendendo a requisitos mínimos de
higiene, segurança, conforto e economia.

Um bom projeto de esgoto deve permitir o rápido escoamento do


esgoto para fora do ambiente e para fora da edificação e não
permitir o seu refluxo.
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Instalação predial de ES

OBJETIVO GERAL

• Coletar, conduzir e afastar da edificação todos os despejos provenientes


do uso adequados dos aparelhos sanitários, direcionando-os a um
destino adequado.

DESTINO FINAL

• Rede pública coletora de esgotos;


• Sistema particular de recebimento e pré-tratamento em locais que não
dispõem de sistema de coleta e transporte de esgotos. 7
Coleta e escoamento do ES
O sistema de coleta e escoamento dos esgotos sanitários podem ser:

• Individual
• Cada edificação possui seu próprio sistema de coleta, escoamento e tratamento,
como, por exemplo, o conjunto de fossa séptica e sumidouro.

• Todo sistema particular, quando não houver rede pública, deve ser concebido de
acordo com normalização brasileira pertinente.

• O dimensionamento da fossa e do sumidouro é feito em função do nº de


moradores e o padrão da construção, pois os resíduos gerados são proporcionais
ao volume de água consumido

• Coletivo 8
Coleta e escoamento do ES
O sistema de coleta e escoamento dos esgotos sanitários podem ser:

• Individual

• Coletivo
• Nesse caso, existem redes coletoras assentadas nas ruas da cidade, que
encaminham os esgotos até determinado local adequado, para tratamento e
posterior lançamento a um corpo d’água.

• Cada edificação deve possui sua própria instalação de esgoto com ligação à rede
pública, independentemente de prédios vizinhos.

• Cada edificação possui apenas um ramal predial, exceto em construções de


grande porte, como shoppings, hotéis e hospitais, que podem ter mais de uma 9
ligação de esgoto ao coletor público, a critério da concessionária local.
Coleta e escoamento do ES

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Coleta do esgoto
• Ramal predial, coletor predial ou ramais domiciliares: são os ramais
que transportamos esgotos das casas até a rede pública de coleta
(Trecho compreendido entre o limite do terreno e o coletor público de
esgotos).

• Coletor de esgoto: Tubulação que recebe as contribuições dos ramais


prediais. Passam em todas as ruas.

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Coleta do esgoto

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Destino final do ES
• A NBR 7229/93 trata do projeto, construção e operação de sistemas de
tanques sépticos.

• A NBR 13969/97 abrange o tratamento e disposição final dos efluentes


de tanques sépticos.

PRINCÍPIOS GERAIS
O esgoto doméstico deve ser tratado e afastado de maneira que as
seguintes condições sejam atendidas:

• Nenhum manancial destinado ao abastecimento domiciliar corra perigo


de poluição;
• Não sejam prejudicadas as condições próprias à vida nas águas
receptoras;
• Não sejam prejudicadas as condições de balneabilidade de praias e outro 13
locais de recreio e esporte;
Destino final do ES
• Não haja perigo de poluição de aguas subterrâneas;

• Não haja perigo de poluição de águas localizadas ou que atravessem


núcleos de população ou daquelas utilizadas na dessedentação de
rebanhos e na horticultura;

• Não venham a ser observados odores desagradáveis, presença de insetos


e outros inconvenientes;

• Naja haja poluição do solo capaz de afetar direta ou indiretamente


pessoas e animais. 14
Destino final do ES

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Classificação do ES
• Esgoto doméstico:
É a água utilizada no banho, nos lavatórios, nas máquinas de lavar roupa,
na descarga da bacia sanitária, etc.

• Esgoto industrial:
É a água utilizada nos processos de produção industrial que gera um
resíduo industrial, o chamado esgoto industrial.

• Esgoto Pluvial:
As águas das chuvas, após serem recolhidas dos telhados, coberturas e 16
ruas são consideradas esgoto pluvial.
Classificação do ES

• Esgoto primário: é aquele que emana gases, isto é, parte da


instalação em que os gases do sistema público têm acesso.

• Trecho desconectores-coletor público;

• Esgoto secundário: esgoto tipicamente de água servida, não libera


gases, isto é, parte da instalação em que os gases do sistema público
não têm acesso.

• Trecho aparelhos-desconectores. 17
Classificação do ES

• Tubulações de esgoto primário: parte da instalação à qual tem


acesso os gases provenientes do coletor público ou de dispositivos
de tratamento;

• É a parte da instalação compreendida após os desconectores até o


coletor público;

• Os ramais provenientes das bacias sanitárias ou pias de despejo


serão sempre canalizações primárias.
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Classificação do ES

• Tubulações de esgoto secundário: parte da instalação que não tem


contato com os gases formados, pois está protegida por
desconectores;

• Canalização que vem antes dos desconectores.

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Classificação do ES

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Classificação do ES

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Classificação do ES

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Classificação do ES

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Simbologia (NBR 8160)

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Componentes de Instalações de ES
• RD – Ramal de descarga: tubulação que recebe diretamente efluente de
aparelho sanitário;

• Desconector: dispositivo provido de fecho hídrico destinado a vedar a


passagem de gases para o interior da edificação;

• RE – Ramal de esgoto: tubulação que recebe efluente dos ramais de


descarga;

• TQ – Tubo de queda: tubulação vertical que recebe efluentes dos ramais


de esgoto e de descarga;

• RV – Ramal de ventilação: tubulação que liga o esgoto primário à coluna


de ventilação;
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• CV – Coluna de ventilação: tubulação vertical que conduz os gases do
sistema público para a atmosfera
Componentes de Instalações de ES

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Concepção de projeto
• Identificar os pontos geradores de: águas servidas (fins higiênicos),
águas negras ou imundas (dejetos- vasos sanitários), águas com gordura
(pias de cozinha, copa);

• Definir e posicionar os desconectores: sifões, caixas sifonadas, ralos


sifonados, caixas retentoras;

• Definir o sistema de ventilação: Tem por finalidade proteger os


desconectores de romperem o fecho hídrico por aspiração (vácuo) ou
compressão (pressão) e encaminhar os gases emanados da fossa ou
coletor público para a atmosfera.
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• Os ramais de ventilação e a coluna de ventilação compõem o sistema de
ventilação. Sua finalidade é manter a pressão atmosférica dentro da
tubulação.
Concepção de projeto

• Posicionar os tubos de queda: esgoto primário e de gordura (pode-se


posicioná-los em mochetas (pilares falsos) ou shafts);

• Definir os acessos às tubulações: Caixas de inspeção, poços de visita,


caixas de gordura;

• Todo trecho de esgoto dever ter no mínimo um ponto de acesso para


inspeção e desobstrução.

• Definir o destino do esgoto: Coletor público ou tratamento e destino


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particular (fossas e sumidouros).
Concepção de projeto

• Em um projeto de instalação predial de esgoto sanitário, o escoamento


dos esgotos deve ser feito por gravidade, devendo, portanto, apresentar
uma declividade.

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Concepção de projeto

Lembrar!
Um bom projeto de esgoto deve:

• Permitir um fácil acesso às suas tubulações e desobstrução em uma


futura manutenção:

• As tubulações de esgoto não podem passar por dentro de elementos


estruturais, tais como lajes, pilares e vigas, pois inviabiliza a sua
manutenção.

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Ligação dos aparelhos

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