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J & R CONSTRUTORA

E INCORPORADORA

JENNYFER ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA


RAISSA CAETANO DE SOUSA

MEMORIAL DESCRITIVO, MEMORIAL DE CÁLCULO E


LISTA DE MATERIAIS: ESGOTO E ÁGUA PLUVIAL

OBRA: EDIFÍCIO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR


PROPRIETÁRIO: J & R CONSTRUTORA E
INCORPORADORA
ENDEREÇO: AV. C-197, JARDIM AMÉRIA, GOIÂNIA, GO.
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MEMORIAL DESCRITIVO –

ESGOTO SANITÁRIO E ÁGUA PLUVIAL 1

1. Objetivo
Apresentar as condições gerais de funcionamento das Instalações Prediais de
Esgotos Sanitários e Águas Pluviais, especificação e quantidade de materiais para
Instalações Hidrossanitários do projeto.

2. Normas adotadas

3. Serviços a serem executados


 Eflu.sanitários: Será levado ao coletor predial fazendo tomadas sempre em
caixas de inspeção. Após descarga nas CI´s, esse efluente será levado diretamente
à rede coletora de esgoto sanitário disponível na via pública.
 Esg.primário: Toda a rede será executada em tubos de PVC rígido, junta elástica,
recebendo descarga direta das bacias sanitárias, sifões e caixas detentoras. A rede
primária será inteiramente ventilada através de colunas de ventilação, locadas
conforme mostra as partes gráficas do projeto.
 Esg.Secundário: Todos os ramais serão executados em PVC rígido, junta elástica
e/ou soldável, recebendo descarga dos diversos aparelhos de utilização e fazendo
descarga em sifões (desconectores hidráulicos).
 Esgoto pluvial: Sistema aberto, descarga em rede pública coletora. O sistema
consiste basicamente de linhas tronco em tubos de PVC, com descarga
diretamente na rede pública de águas pluviais, linhas secundárias transversais em
tubos de PVC, caixas detentoras de areia tipo BL com tampas em concreto e
grelhas metálicas. Todas as contribuições oriundas de colunas pluviais e descargas
dessa natureza serão sempre encaminhadas à essas caixas que servirão também
como pontos de inspeção da rede.
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4. Esgoto Sanitário
Os ramais de esgoto, de descarga dos WC´s e ambientes com pontos de esgoto
serão encaminhados diretamente para as caixas de inspeção de esgoto. Os ramais de
esgoto das cozinhas serão encaminhados para caixa de gordura e posteriormente à caixas
de inspeção de esgoto. Os esgotos sanitários serão coletados através dos ramais de
descarga e de esgoto até as caixas de inspeção e serão encaminhados até o local de
tratamento composto de uma Fossa Séptica e um sumidouro.

4.1Generalidades

Todo efluente será encaminhado para rede de coleta de Esgoto da concessionaria


local. Esta conexão é existente. As redes projetadas se destinam a coletar as águas
servidas dos sanitários e encaminhá-las ao sistema de tratamento local. As redes deverão
permitir desobstruções, vedar a passagem de gases para o interior do prédio e impedir a
ocorrência de vazamentos ou formação de depósitos no interior das canalizações, com
inclinação executada, conforme indicado em projeto. Para rede de esgoto cloacal as
declividades mínimas serão:

 2% para tubulação com diâmetro nominal igual ou inferior a 75 mm;


 1% para tubulação com diâmetro nominal igual ou superior a 100 mm.

5. Especificação do material
5.1Esgoto Primário
A instalação do esgoto primário será executada rigorosamente de acordo com as
posturas sanitárias locais vigentes, com a NBR-8160/99 - Instalação Predial de Esgoto
Sanitário e com as indicações do projeto.

A instalação de esgoto primário corresponderá a execução dos serviços de


captação e escoamento das águas servidas, dos vasos sanitários e dos desconectores (caixa
de gordura, caixas sifonadas) conforme descrito a seguir:

5.1.1 Rede Coletora


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Os ramais de esgoto de vasos e ralos sifonados escoarão até o ponto de coleta de


esgoto onde encontram-se as fossas e filtro conforme indicado no projeto.

A rede será executada em tubulações de PVC, marca Tigre ou similar, com


declividade mínima de 1%, ou conforme indicado no projeto.

5.1.2 Ventilação
Os ramais de descarga dos vasos sanitários e caixas sifonadas serão ventilados
individualmente e ligados ao barrilete de ventilação a qual deverá ser descarregado
livremente na cobertura do prédio.

6. Esgoto Secundário
A instalação de esgoto secundário será executada rigorosamente de acordo com
as posturas sanitárias locais vigentes, com a NBR-8160/99 (Instalação Predial de Esgoto
Sanitário) e com as especificações que se seguem.

A instalação de esgoto secundário compreenderá a execução dos serviços de


esgotamento e captação das águas servidas dos aparelhos sanitários (exceto vasos) e as
coletadas para os ralos de piso.

6.1Ramais de Descarga e Ramais de Esgoto


 Tubos e conexões: as tubulações indicadas em PVC, deverão ser com tubos e
conexões de mesma marca, rígido, com juntas soldáveis, na linha esgoto predial,
de fabricação TIGRE ou EQUIVALENTE.
 Caixas sifonadas: são utilizadas para drenagem da água de piso nos WC’s e
interligação de eventuais peças, deverão ser de PVC rígido, fabricação TIGRE ou
EQUIVALENTE com porta grelha e grelha redondos em aço inoxidável, nas
bitolas indicadas no projeto.

6.1.1 Caixa de Gordura

Deverão ser de alvenaria de blocos de concreto 9x19x39cm nas dimensões


1,55x1,00m com altura de 0,60m, com tampa em concreto de espessura de 5cm, lastro
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concreto de espessura de 10cm, revestida internamente com chapisco e reboco


impermeabilizado, divisão interna em concreto.

6.1.2 Caixas de inspeção


As caixas de inspeção simples deverão ser de alvenaria de blocos de concreto
9x19x39cm nas dimensões 1,55x1,00m e altura de 0,60m, com tampa de concreto de
espessura de 5cm, lastro de concreto de espessura de 10cm, revestida internamente com
chapisco e reboco impermeabilizado.

As caixas de inspeção sifonadas deverão ser de alvenaria de blocos de concreto


9x19x39cm nas dimensões 1,55x1,00m e altura de 0,60m, com tampa em concreto de
espessura de 5cm com lastro de concreto de espessura de 10cm, revestida internamente
com chapisco e reboco impermeabilizado e curva curta com visita e plug em PVC.

7. Sistema Final de Esgoto Sanitário


O sistema será composto por Fossa Séptica, Filtro Anaeróbico e Sumidouros.
7.1 Fossas
São tanques sépticos de câmaras fechadas com a finalidade de deter os despejos
domésticos, por um período de tempo estabelecido, de modo a permitir a decantação dos
sólidos e a retenção do material graxo contido nos esgotos transformando-os
bioquimicamente em substâncias mais simples e estáveis.

O esgoto é retido na fossa por um período de 12 horas (para contribuições maiores


que 9.000 litros) e simultaneamente a retenção, processa-se uma sedimentação de 60 a
70% dos sólidos em suspensão contidos nos esgotos, formando-se o lodo. Parte dos
sólidos não decantados, formados por óleos, graxas, gorduras e outros materiais
misturados com gases é retida na superfície livre do líquido no interior do tanque,
denominado de escuma. Tanto o lodo como a escuma são digeridos por bactérias
anaeróbias, provocando uma destruição total ou parcial de organismos patogênicos, nesta
digestão observa-se uma acentuada redução de volume dos sólidos retidos.
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7.1.1 Filtros
A construção de Filtros Anaeróbios para tratamento complementar da água após
a fossa é regulada pela NBR 13969/1997 (Tanques sépticos – Unidades de Tratamento
Complementar e Disposição Final dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e
Operação); o Filtro completa o tratamento da Fossa Séptica, sendo o resultado do
tratamento normalmente enviado para o sumidouro.

Os Filtros Anaeróbios têm fluxo ascendente obrigando a água a passar por uma
camada de pedra brita ou mídia plástica que permite o desenvolvimento de
microrganismos em sua superfície que oxidam os poluentes do esgoto com uma maior
ação bacteriana.

7.1.2 Sumidouros
Também conhecidos como poços absorventes ou fossas absorventes, são
escavações feitas no terreno para disposição final do efluente, a parte liquida dos esgotos
infiltram se no solo pela área vertical das paredes, para tanto as paredes devem ser
vazadas. Terrenos arenosos têm boa capacidade de infiltração e o sumidouro tende a ser
pequeno. Terrenos argilosos ao contrário necessitam de sumidouros grandes. As fossas,
filtros e sumidouros deverão ser executados conforme o projeto.

8. Água Pluvial
8.1 Descrição do Sistema
O sistema de captação de Águas Pluviais destina-se exclusivamente ao seu
recolhimento e condução, não se admitindo quaisquer interligações com outras
instalações prediais.

A coleta será através de calhas localizadas nas extremidades das coberturas e a


condução será através de tubulações de PVC, interligadas a caixas de areia distribuídas
estrategicamente pelo terreno e será conduzido até os limites externos da edificação,
conforme indicação no projeto.
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8.1.1 Coberturas e calhas


As coberturas devem ser desenhadas de modo a evitar a ocorrência de locais onde
a água da chuva possa empoçar, podendo vir a provocar problemas de segurança do ponto
de vista estrutural.

As superfícies das lajes impermeabilizadas devem possuir 1% de declividade


mínima, de forma a garantir o escoamento até os pontos de drenagem, que deve ser mais
de um, para que seja dificultada a hipótese de obstrução completa. É recomendável que
as coberturas sejam divididas em superfícies menores, de modo que se evitem grandes
percursos de água e cada uma destas superfícies deve possuir orientação de caimento
diferentes.

As calhas obedecerão rigorosamente aos perfis indicados no projeto arquitetônico


e deverão apresentar declividade uniforme, orientada para os tubos de queda, no valor
mínimo de 0,5%. As calhas deverão ser em concreto alisado.

8.1.2 Coletores verticais e horizontais

Segundo a NBR 10844/89 os condutores verticais são tubulações verticais


destinadas a recolher águas de calhas, coberturas, terraços e similares e conduzi-las até a
parte inferior do 18 edifício e posteriormente para as caixas de areia. Deverão ser
instalados embutidos na alvenaria.

O material utilizado será PVC com diâmetro de 100mm. Os coletores verticais


devem ser dispostos em uma só prumada, evitando-se os desvios. Estes, quando
absolutamente necessários, devem ser feitos mediante curvas de 45°, complementadas
por aberturas e tampões de inspeção.

Segundo a NBR 10844/89 os condutores horizontais são canais ou tubulações


horizontais destinadas a recolher e conduzir águas pluviais até locais de lançamento final.
Em todos os casos, estes coletores devem funcionar em regime de escoamento livre, com
a lâmina de altura igual a, no máximo 2/3 do diâmetro interno do tubo ou da altura da
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seção do canal ou canaleta. A declividade dos coletores deve ser uniforme de, no mínimo
0,5%. Nas tubulações enterradas, devem ser previstas caixas de areia, sempre que houver:

 Conexão de outra tubulação;


 Mudança de declividade;
 Mudança de direção;
 Ligação de coletores verticais.

As tubulações enterradas devem ser localizadas onde não seja prevista a passagem
de cargas móveis, devendo o fundo das valas ser constituído de terreno de boa capacidade
de suporte, ou receber lastro de concreto ou de pedra britada; os cantos devem ser
recobertos com, no mínimo, 30 cm de terra isenta de materiais que possam danificar a
tubulação, a compactação deve ser feita em camadas de 20cm.

8.1.3 Caixa de areia e poço de infiltração

As caixas de areia devem ser construídas em alvenaria de tijolos. O revestimento


deve ser em argamassa; a tampa deve ser em concreto armado, construída de forma a
impedir a entrada de detritos carregados pela água de superfície do terreno. O fundo da
caixa de areia deve ser em brita, com uma camada que deve estar 30cm abaixo da cota do
tudo de saída, de modo a permitir a deposição do material sólido. A tubulação entre as
caixas será de PVC com diâmetro de 150mm.

Os poços de infiltração são sistemas de retenção de águas pluviais que têm como
função reter água pluvial em detrimento das parcelas escoadas. Especificamente, o poço
de infiltração consiste em técnica compensatória denominada pontual (pequena área em
planta), a qual visa atenuar os efeitos decorrentes do escoamento superficial direto em sua
geração e pode ser designada como técnica de controle do escoamento superficial direto
na fonte. Sua função é infiltrar as águas pluviais, visando amortecer os picos de vazão
que possam atingir o sistema de drenagem convencional e, consequentemente, diminuir
o volume do escoamento superficial direto pela retenção do volume excedente de chuva
no solo.
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9. Considerações Finais
Deverão ser executados todos os pequenos serviços decorrentes da instalação tais
como abertura e fechamento de rasgos ou passagens, pequenas demolições, pintura das
áreas danificadas e ou afetadas, remoção de entulho e limpeza geral, além das proteções
indispensáveis a execução dos serviços.

Toda e qualquer dúvida quanto à execução da obra deverá ser dirimida 6 por
escrito com a fiscalização da obra, sempre tendo como base o auxílio das normas referidas
anteriormente. Todos os itens existentes internos e externos à edificação, que não serão
reaproveitados deverão ser entregues à fiscalização para o descarte correto.
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MEMORIAL DE CÁLCULO – ESGOTO SANITÁRIO

1.0 Informações e tabelas


Esgoto Primário é aquele que todas as peças instaladas da caixa sifonada até a
caixa de inspeção, ou seja, todas as peças que ficam em contato com gases.
Esgoto Secundário é aquele que não está em contato com os gases provenientes
da rede pública. Compreende-se como esgoto secundário todas as peças instaladas dentro
de casa até as caixas sifonadas.
Tabelas utilizadas para seu dimensionamento:
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2.0 Ramais

3.0 Tubos de quedas “Verticais”

4.0 Tubos de gorduras “Verticais”

5.0 Coluna de ventilação “Vertical”


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6.0 Coletores horizontais – Banho e Área de Serviço

7.0 Coletores horizontais – Cozinha

8.0 Caixa de Gordura


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MEMORIAL DE CÁLCULO – ÁGUAS PLUVIAIS


 Raio hidráulico
É um dos termos mais adotados, que significa a área molhada (área ocupada pelo líquido,
na seção transversal da calha ou condutor – m2) sobre o perímetro molhado (linha que
limita a seção molhada junto as paredes da calha ou condutor – m).

 Intensidade Pluviométrica “I”


A determinação da intensidade pluviométrica “I”, para fins de projeto, deve ser feita a
partir da fixação de valores adequados para a duração de precipitação e o período de
retorno. Tomam-se como base dados pluviométricos locais, sendo que no projeto utilizou-
se a intensidade pluviométrica de Goiânia, que e próximo a Jatai, conforme tabela da
norma NBR 10844/89.

 Tabelas:
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1.0 Vazão de Projeto

2.0 Dimensionamento da calha

3.0 Condutores Verticais “tubo de queda”


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4.0 Condutores Horizontais

5.0 Telhados 3 e 4
5.1 Vazão de projeto

5.2 Calha
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5.3 Condutores verticais “tubos de queda”

5.4 Condutores horizontais


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LISTA DE MATERIAIS

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