Você está na página 1de 60

Desenho e Projecto de Construção de Pequeno

Sistema de Abastecimento de Água nos Posto


Administrativos Zinave e Mabote Sede, Distrito de
Mabote, Província de Inhambane

[Escreva aqui]
Memória descritiva

Av./ Rua 3257, Bairro Maxaquene C, Telefax +258 21 315454, e-mail:


dario.amade@afridevmati.co.mz - Maputo/Moçambique

Page 2
1. PARTE I – GERAL
1.1. Generalidades
No âmbito dos esforços do Governo de Moçambique, para o aumento do acesso aos serviços de
Abastecimento de água e saneamento nas zonas rurais, O governo distrital de Mabote pretende
construir:
Construir Pequeno Sistema de Abastecimento de Água no Posto Administrativo de Zinave
em Mussenge e no Posto Administrativo de Mabote Sede em Manhique.
Com este intuito, prover-se serviços básicos de água e saneamento naquela localidade, a fim de
melhorar a qualidade de vida e aumentar o acesso a fontes de água no País. O presente documento
traz a descrição de todos os trabalhos que deverão ser levados a cabo com vista a execução deste
trabalho e inclui normas de execução, características, especificações técnicas dos materiais e as
respetivas peças desenhadas. A falta de referências a quaisquer trabalhos, operações ou materiais
neste documento, mas que sejam indispensáveis para a execução dos trabalhos, NÃO SE
CONSIDERA OMISSÃO. Portanto, todos os trabalhos devem ser executados de acordo com suas
regras, normas e com os cuidados convenientes.

1.2. Objetivos
Construir os elementos de Abastecimento de Água nos Postos Administrativo de Zinave e
Mabote-Sede

1.3. Descrição dos trabalhos.


Os trabalhos objeto desta memória deverão, mas não se limitar à apenas estas, que compreende o
seguinte:
 Construção de torre de 12m com capacidade de suportar 20m3.
 Construção de lavandaria
 Construção de bebedouro
 Construção de estrutura de painéis solares
 Construção de fontanários
 Construção de casa de gestor
 Construção de tanque piscicultura

POVOADO COORDENADAS LOCALIDADE POSTO DISTRITO/PROVINC


GEOGRAFICAS ADMINISTRATI IA
VO
3
Mussengue 21°53'46.73"S Zinave Mabote Mabote-Inhambane
34°10'50.40"E
Manhique 22°4'9.35"S Mabote-Sede Mabote Mabote-Inhambane
34°14'51.18"E

2. PARTE II – CONSTRUÇÃO CIVIL 2.1. PLANOS DE TRABALHOS

O empreiteiro obriga-se a cumprir o Plano de Trabalhos aprovado pelo Dono da Obra, nos termos
a seguir indicados, o qual, todavia, poderá ser alterado no decorrer da empreitada por iniciativa do
Dono da Obra, ou proposta pelo Empreiteiro, de modo a ajustar-se às circunstâncias que se forem
verificando. Em qualquer caso, as propostas de alteração deverão ser devidamente justificadas,
entendendo-se que dessas alterações não poderão resultar encargos de qualquer natureza, tão
pouco, atrasos, no cumprimento dos prazos fixados.

Na elaboração do Plano de trabalhos, bem definido por fases de execução, o Empreiteiro deverá
entre os condicionamentos à considerar decorrentes deste tipo de obra, ter em atenção o seguinte:
 Vedação do local de trabalho;
 Implantação dos elementos da obra.

O empreiteiro dos trabalhos obriga-se a cooperar com o Dono da obra, responsabilizando-se pelos
6 prejuízos e danos causados a outrem, em consequência dos atos por si praticados. O dono da
obra poderá, se achar conveniente, intervir em qualquer litígio que ocorra.

O modo de execução de todas as partes da obra, a sua sequência cronológica e os meios de


trabalho de que o Empreiteiro deverá dispor, serão estabelecidos para que se integrem tão
harmoniosamente quanto possível no conjunto de trabalhos a realizar.
No decorrer da empreitada, o Empreiteiro enviará mensalmente ao Dono da Obra até ao dia 10
(dez) de cada mês, um mapa comparativo entre os trabalhos realizados no mês anterior e as
previsões do mapa de avanço ou atraso em relação aos prazos previstos e apresentando os meios a
dispor para a sua recuperação, se for caso disso.

O Plano de Trabalhos deverá compreender designadamente o seguinte:


 Planeamento geral indicado o tempo correspondente à execução das unidades
principais dos trabalhos a realizar, definindo o caminho crítico e assinalando
claramente os prazos intermédios fixados na proposta, devendo, com a adjudicação, o
empreiteiro, apresentar o planeamento pormenorizado com o desdobramento de

4
atividades, de modo a que o Dono da Obra possa acompanhar o ritmo dos trabalhos e
possibilitar a coordenação das suas intervenções sectoriais
 Descrição do processo de implantação da obra- Descrição dos métodos de trabalho,
dentro dos condicionamentos impostos e do equipamento previsto para as diversas
operações de construção durante a execução da obra e demais trabalhos acessórios
necessários à boa execução; e
 Projeto do estaleiro.

2.1.1 IMPLANTAÇÃO DA OBRA

É da estrita competência do Empreiteiro a implantação e piquetagem da obra, respeitando as cotas


e dimensões indicadas no projeto. A implantação da obra está definida nos desenhos do projeto
bem como as cotas a cumprir.

Uma vez concluídos os trabalhos de implantação, o Empreiteiro informará desse facto, por
escrito, à Dono da Obra que procederá à verificação das marcas e, se necessário, à sua retificação,
na presença do Empreiteiro.

O Empreiteiro obriga-se a conservar as marcas ou referências e a recolocá-las, à sua custa, em


condições idênticas, quer na localização definitiva, quer num outro ponto, 7 se as necessidades do
trabalho o exigirem, depois de ter avisado a Dono da Obra e desta haver concordado com a
modificação da piquetagem.

A implantação e localização dos diversos elementos da edificação deverão ser confirmadas pelo
Empreiteiro, pelo projeto de arquitetura, que constitui o elemento fundamental destes trabalhos.

O Dono de Obra poderá em qualquer ocasião, por sua iniciativa ou a pedido do Empreiteiro,
proceder à verificação da implantação efetuada sem que daí resulte quebra das obrigações ou das
responsabilidades do Empreiteiro.
O exposto nos parágrafos anteriores é válido para todos os trabalhos descritos no projeto.

5
2.1.2 PRESCRIÇÕES COMUNS A TODOS OS MATERIAIS

Todos os materiais a empregar serão da melhor qualidade obedecendo às disposições dos


elementos de projeto aprovados pelo Dono de Obra os quais referirão a qualidade do material, o
tipo, padrão e as características próprias. Serão acompanhados de certificados de origem e
obedecer ainda a:
 Sendo nacionais, às Normas Moçambicanas, Documentos de Homologação de
Laboratórios Oficiais, Regulamentos em vigor e Especificações deste Caderno de
Encargos; e
 Sendo estrangeiros, às Normas e Regulamentos em vigor no país de origem, caso não haja
normas nacionais aplicáveis, estas normas e regulamentos terão de ser escritas em língua
Portuguesa ou Inglesa. No entanto, ao Dono da Obra ou ao seu representante caberá a
decisão de poder solicitar a homologação num laboratório á sua escolha

Todos os materiais serão submetidos à aprovação da Dono da Obra. Para esse fim, o Empreiteiro
deverá apresentar com a necessária antecedência amostras de todos os materiais que se propõe
utilizar. Estas amostras, depois de aprovadas, serão mantidas no estaleiro confiadas à guarda da
Dono da Obra e servirão de padrão.

Do mesmo modo a execução do trabalho será de forma perfeita, sem excepção, tendo a Dono da
Obra o direito de não aceitar ou mandar desfazer os trabalhos que não obedeçam a tal condição,
sem qualquer indemnização ao empreiteiro.

Os acabamentos obedecerão integralmente às condições constantes do Projeto de Execução, tendo


sempre em consideração as disposições particulares constantes deste Caderno de Encargos.

Quando, eventualmente, haja discordância entre as disposições desta memória descritiva e as


indicações inequívocas do Projeto de Execução, deverá o Empreiteiro seguir estas últimas
indicações.

Se se verificarem omissões de definições de elementos de qualquer parte da obra, tanto nesta


memória descritiva deverá o Empreiteiro esclarecer-se devidamente junto da Dono da Obra. Este
esclarecimento deverá ser pedido e fornecido por escrito, ficando, em devido tempo, esclarecido

6
que o Dono da Obra não se considerará obrigado ao pagamento de quaisquer “trabalhos a mais”
em consequência da reclamação do Empreiteiro por incompleta e/ou equívoca definição de todos
ou alguns elementos da obra.
Serão da responsabilidade do Empreiteiro os encargos resultantes das operações de carga,
descarga e transporte de materiais fornecidos até aos locais de armazenagem ou de aplicação se
forem de utilização imediata.

2.1.3 MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS

Todos os materiais não especificados e que tenham emprego na obra deverão satisfazer às
condições técnicas de resistência e segurança impostas, por regulamentos ou normas que lhe
digam respeito, ou ter características que satisfaçam às boas normas construtivas. Poderão ser
submetidos a ensaios especiais para a sua verificação, tendo em atenção o local do emprego, fim a
que se destinam e a natureza do trabalho que se lhes vai exigir, reservando-se a Dono da Obra o
direito de indicar para cada caso, as condições a que devem satisfazer. As disposições dos
elementos do projeto e condições especiais completam estas condições gerais, que só são
alteradas quando tal for expressamente fixado.

As características dos materiais não especificados neste Caderno de Encargos serão propostas
pelo Empreiteiro à Dono da Obra, apresentando catálogos, amostras e realizando os ensaios que
lhe sejam solicitados. A Dono da Obra reserva-se o direito de não os aprovar se entender que não
possuem condições de resistência, durabilidade e adaptabilidade aos fins a que se destinam.

Em qualquer caso deve garantir-se que o fornecimento desses materiais na obra seja
acompanhado do respetivo certificado de fabrico e garantia. Esses factos não dispensam a
execução das necessárias tarefas de recepção na obra, destinada a aceitar ou rejeitar esses
materiais.
Da rejeição de materiais e equipamentos com base no exposto no parágrafo anterior não caberá ao
Empreiteiro direito a qualquer indemnização.

2.1.4 LIMPEZA, DESMATAÇÃO E DECAPAGEM

Antes de se dar início aos trabalhos de escavação e aterro, proceder-se-á à limpeza da superfície
do terreno, de pedras grossas, detritos e vegetação lenhosa (arbustos e árvores), conservando,
todavia, a vegetação sub arbustica e herbácea, a remover com a decapagem.
7
A desmatação compreenderá o corte e o desenraizamento das árvores, arbustos e tocos, bem
como a limpeza do terreno de quaisquer entulhos, raízes e produtos do corte e desenraizamento
mencionados. Os materiais provenientes de desmatação serão queimados ou transportados a
vazadouro e enterrados
A decapagem consistirá na escavação e remoção a depósito da camada superficial do solo
orgânico. Incluirá ainda a limpeza da superfície do terreno de ervas, subarbustos, etc. Todo o
material removido deverá ser transportado para fora da área de intervenção da obra.

Limpeza

Nas áreas a ser limpas todas as árvores, troncos, raízes e outra vegetação devem ser retiradas.
Entende-se por limpeza, também a remoção de todo o material e estruturas que possam obstruir
os trabalhos.

Decapagem

Todo o material a ser decapado que não for aproveitável para fundações deverá ser removido até
uma profundidade não inferior a 45 cm abaixo do nível indicado no projecto.
Dever-se-á proceder à decapagem em todas as áreas incluidas no presente projecto. Todas as
depressões provocadas pela decapagem serão preenchidas por material, previamente aprovado
pela Dono da Obra, que deverá ser compactado de modo a que a superfície final tenha uma forma
regular e de acordo com as superfícies adjacentes.

2.2. ARQUITECTURA

2.2.1 IMPLANTAÇÃO

A implantação de todos elementos da central deverá ser em um local plano de modo a se evitar,
custos com a movimentação de terras.
É da estrita competência do Empreiteiro a implantação e piquetagem da obra, respeitando as cotas
e dimensões indicadas no projecto. A implantação da obra está definida nos desenhos do projecto
bem como as cotas a cumprir

8
Uma vez concluídos os trabalhos de implantação, o Empreiteiro informará desse facto, por
escrito, à Dono da Obra que procederá à verificação das marcas e, se necessário, à sua retificação,
na presença do Empreiteiro.

O Empreiteiro obriga-se a conservar as marcas ou referências e a recolocá-las, à sua custa, em


condições idênticas, quer na localização definitiva, quer num outro ponto, se as necessidades do
trabalho o exigirem, depois de ter avisado a Dono da Obra e desta haver concordado com a
modificação da piquetagem.

A implantação e localização dos diversos elementos da edificação deverão ser confirmadas pelo
Empreiteiro, pelo projecto de arquitectura, que constitui o elemento fundamental destes trabalhos.

O Dono de Obra poderá em qualquer ocasião, por sua iniciativa ou a pedido do Empreiteiro,
proceder à verificação da implantação efectuada sem que daí resulte quebra das obrigações ou das
responsabilidades do Empreiteiro.

O exposto nos parágrafos anteriores é válido para todos os trabalhos descritos no projecto.

O posicionamento dos maciços no terreno deverá ter em conta a trajectória solar e dos ventos de
modo a se fazer melhor proveito desses.

O Perímetro do terreno será vedado em todos os alçados laterais com acesso único por um portão
a ser implantado de acordo com o layout da Central.

2.2.2 DESCRIÇÃO DOS ELEMENTOS

Vedação

A vedação terá uma altura total de 2,00m e será em rede galvanizada de 2” x 2” de acordo com os
desenhos e estará assente sobre um mureto de blocos, conforme ilustrado no desenho. Terá um
portão de abrir de duas folhas, de 4 metros de comprimento, para entrada de veículos ao recinto e
uma porta de abrir, de uma folha, 1 metro de comprimento, ambas também de rede galvanizada e
tubo galvanizado.
9
Em caso de ocorrência de águas pluviais, fora da central (a jusante desta), a contratada deverá
encontrar soluções para o caso, de modo, a prevenir a central de qualquer risco de destruição
devido a erosão dos solos.

 Furo de água e Depósito elevado

Para o abastecimento de água para a guarita e também para permitir a lavagem dos painéis,
deverá ser aberto um furo de água nas proximidades da central que também fornecerá água a
população circundante através de uma torneira e alimentar a guarita e a rede de rega. Para o efeito
será construída uma torre em betão armado onde irá assentar o depósito elevado. Para mais
detalhes, atente ao mapa de quantidades.

 Maciços para suporte da estrutura de painéis

Serão construídos maciços em betão armado para servir de suporte de estruturas de painéis
solares. A capacidade dos maciços e o seu respetivo número será definido em função da carga que
representa a estrutura de suporte que será em perfis de alumínio.

Cada maciço, deve dispor de 4 varões roscados M20 que farão a interligação através de uma placa
de ferro entre o pilar do maciço e a base de estrutura de suporte de painéis solares.

2.2.3 DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS

2.2.3.1 PRELIMINARES
Os trabalhos preliminares terão em consideração que o terreno é livre e plano, havendo poucas
intervenções a registar. Os trabalhos deverão considerar a marcação dos limites do terreno,
limpeza (desmatação). Não será permitido o abate de árvores pelo que na implantação deverá ser
acautelada, a preservação de árvores para que não haja interferência com os edifícios e vias e a
1
0
delimitação (vedação) do recinto da obra.
O empreiteiro deverá marcar, com cangalho, as fundações de todos os elementos em obra. A
implantação deverá ser confirmada pelo Fiscal.
O empreiteiro deverá reunir as condições de estaleiro necessárias e apresentar o plano de estaleiro
de modo a localizar melhor espaço para montagem do estaleiro. O Empreiteiro deverá reunir,
também, todo o material e equipamento necessário para a obra e para o estaleiro incluindo água,
luz e sanitários. O plano de estaleiro deverá ser aprovado pela Dono da Obra.
2.2.3.2 MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS

Serão efetuados trabalhos de movimento de terras preliminares na definição das cotas do projeto e
na abertura de caboucos em fundações de pilares e paredes, lajes de pavimento, passeios
exteriores, e na execução da rede de abastecimento de água, de drenagem de águas residuais e
instalações especiais.

As caixas de pavimento deverão ser aterradas, com solos, em camadas que deverão ser
compactadas de 20cm em 20 cm. Ensaios de compactação dos solos, a 95% do ensaio de Practor
Modificado, deverão ser efectuados pelo Empreiteiro.

2.2.3.2.1 Escavação de caboucos para fundações

As fundações serão abertas conforme as indicações apresentadas no projecto e com recurso á


enxadas, pás e picaretas. A abertura de caboucos será executada com recurso ao trabalho braçal.

2.2.3.2.2 Rega e compactação do leito dos caboucos e pavimento

Leito das fundações deverá ser regularizado com a colocação e espalhamento de uma camada de
aterro de areia limpa, com a espessura indicada no projecto, regada e compactada com meios
mecânicos.

2.2.3.2.3 Aterro das fundações com solos limpos, regados e batidos


O aterro será feito de duas camadas de solos limpos trazidos da camara de empréstimo, sendo
1
1
cada camada no máximo 20cm de espessura regada e devidamente compactada. Se os solos
removidos dos caboucos estiverem isentos de impurezas e materiais vegetais podem ser utilizados
com aprovação da Dono da Obra para o enchimento das caixas de pavimento

2.2.3.3 FUNDAÇÕES

2.2.3.3.1 Alvenaria de fundações

A alvenaria de fundação será composta por uma alvenaria de bloco maciço com 20cm de
espessura, construído segundo as dimensões do projecto.

2.2.3.3.2 Sapata em fundações


A fundação adotada será em sapatas isoladas e corridas.
2.2.3.3.3 Pavimento
O pavimento térreo assentará em um substrato de solos devidamente compactado por uma placa
compactador ou instrumento similar, terá duas camadas de solos de 20 cm de espessura nas caixas
de pavimentos. E também será constituído por 13 enrocamento em pedra mediana devidamente
compactada e regularizada de 10 cm de espessura.

2.2.3.3.4 Estrutura
Fazem parte da estrutura os pilares, vigas e fundações em sapatas isoladas, maciços da estrutura
de painéis bem como todos os serviços necessários para a sua perfeita execução.

2.2.3.3.5 Materiais
Cimento
Será do tipo PORTLAND normal, de fabrico local, não tendo menos de 8 dias nem mais de 4
meses do tempo de fabrico ao tempo de aplicação.
Deverá satisfazer as condições estabelecidas no Decreto nº 40.870, para a receção do cimento que
se apresenta endurecido, com grânulos ou mal-acondicionados. Salvo determinação expressa em
1
2
projecto, o ligante a empregar deverá ser de presa normal.

Agregados
Todos os agregados deverão cumprir com as condições de qualidade expressas nos regulamentos.
Todos os agregados deverão ser limpos, sem poeiras ou outras impurezas ou matéria vegetal.

Brita
Deverá ser rija, não fendida, nem quebradiça, bem lavada, isenta de materiais que afetam o
cimento e ter dimensões variadas, húmidas, de forma que, juntamente com areia, dê maior
compacidade ao betão.

Areia
Os agregados finos e areia para betões, devem ser areia do rio lavada ou areia de britadeira. Os
grãos devem ser do tamanho uniforme, mas deve conter uma mistura equilibrada de grãos finos e
grossos, antes de misturada com os agregados e brita. A areia deve ser perfeitamente crivada e
lavada.

Água

A água a usar na fabricação dos betões, argamassa e betonilha, assim como na rega, será limpa,
isenta de substâncias orgânicas, cloretos ou sulfatos, em percentagens prejudiciais, bem como de
gorduras, ácidos ou outras impurezas em suspensão ou solução. A água não terá acção agressiva
sobre os inertes e nem atacará as armaduras

As águas captadas na zona das obras poderão ser utilizadas, desde que obedeçam aos documentos
normativos sobre o seu uso e após a aprovação da Dono da Obra.

Sempre que o entender, a Dono da Obra poderá mandar proceder à análise da água, mesmo que
esta aparente estar em condições para ser usada no fabrico de argamassas ou lavagem de inertes.

1
3
A recolha e acondicionamento das amostras, as análises e ensaios para averiguação da qualidade
da água, são encargo do Empreiteiro.

Betão/ betonilha em pavimento


Esta camada de betonilha será nivelada com ajuda de uma régua que assentará sobre os tacos/
guias montados antes do enchimento e será nela onde vai assentar o revestimento dos
compartimentos, em material de boa qualidade e devidamente selecionada para o pavimento.

Betões e Aços

Serão considerados trabalhos com betão armado na execução da estrutura da guarita, da torre do
depósito elevado, maciços de suporte de estrutura de painéis solares.

A torre do depósito elevado terá laje superior que ira suportar o depósito elevado com capacidade
de 10.000 litros. Disporá também de uma laje intermediária e de laje de pavimento. Estas lajes
terão armadura de acordo com os desenhos do projeto. No pavimento da guarita levará uma
malha electro soldada Ø8@20. Na execução de lajes de pavimento será aplicada manga plástica.

As especificações da classe de betão e aço constam do projeto estrutural. O Empreiteiro deverá


executar os ensaios do betão em todos os elementos da estrutura (sapatas, lintéis de fundação,
pilares, vigas e lajes).

Nenhuma betonagem deverá ser feita sem aprovação prévia do Fiscal, que assistirá a betonagem e
irá registar o levantamento de cubos de ensaio. Os moldes para cubos de betão deverão ser em
número suficiente para os ensaios aos 3, 7 e 28 dias. Os cubos deverão fazer menção ao edifício,
elemento betonado e a data de colheita da amostra

O aço a usar será de classe A400. O Aço das armaduras de betão armado, será nervurado, de
textura homogénea, de grão fino, não quebradiço e isento de zincagens, pinturas, alcatroagem,
argila, óleo ou ferrugem solta.

1
4
As características devem satisfazer às condições mínimas impostas pelo REBAP

2.2.3.1 ALVENARIAS

As paredes serão construídas segundo as dimensões do projeto em blocos de cimento e areia,


conforme as indicações do projeto.

A guarita terá 20 cm de espessura para blocos de fundação e para elevação 15 cm ao traço de


1:4 e 1:5 respetivamente.

Os blocos serão assentes com juntas de 15 a 20 mm de espessura e alinhado verticalmente.


Serão utilizados blocos de cimento e areia homogéneos.

Os blocos a serem utilizados deverão merecer aprovação por parte da Dono da Obra e, em caso
de dúvida, o Empreiteiro deverá encarregar-se pelo transporte e ensaio dos blocos no LEM.

2.2.3.1.1 Revestimento de alvenarias


Toda a alvenaria a vista, quer interior como exterior, será rebocada com argamassa de cimento e
areia ao traço 1:3 (exterior) e 1:4 (interior). A espessura do reboco será no mínimo de 1,5cm.

2.2.3.4.1 Acabamento de Paredes e de Pavimentos

Paredes

Serão aplicadas tintas de primeira qualidade apropriadas aos fins a que se destinam. As
superfícies a pintar serão previamente preparadas, e levarão as demãos necessárias para que
fiquem devidamente cobertas, serão aplicados os necessários e apropriados isolantes primários.

As tintas a aplicar serão plásticas e esmaltes e aplicadas em paredes interiores e exteriores e em


caixilharias.

As paredes das Instalações Sanitárias serão revestidas de azulejo branco 20cmx20cm de


primeira qualidade da SAMCA ou similar, até a altura de 1,50m.

1
5
Pavimentos

Todas as superfícies do pavimento da guarita será em material cerâmico de qualidade superior.

2.2.3.2 COBERTURAS
Para a guarita a cobertura será em chapa IBR com espessura de 6 mm assente sobre uma
estrutura de madeira tratada na origem.

2.2.3.3 CAIXILHOS E AROS DE ALUMÍNIO


Portas e janelas

As portas, janelas, envidraçados, caixilhos e aros, a que esta especificação se refere, serão
executados com perfis de alumínio.
As portas e janelas serão em alumínio de fabrico europeu, e levarão caixilhos fixos com vidro
de 6mm de espessura (antes da encomenda, o Empreiteiro deverá submeter, as amostras de
alumínio e vidro à aprovação da Dono da Obra). O Empreiteiro deverá apresentar Certificado
de Origem do material a aplicar.
Os perfis deverão ser de aço obedecendo ao estabelecido no Regulamento de Estruturas de Aço
para Edifícios, Decreto-lei nº 211/86 de 31 de Julho, à NP EN 10025 e às restantes Euro normas
aí referenciadas.

Todo vidro empregue nas janelas será liso, sem defeitos e tipo float glass, sendo assente como
indicado nos desenhos, segundo as recomendações do fabricante.

A rede mosquiteira a aplicar em todas as janelas será plástico fiado e trançada sem defeitos e
desafinamentos.

2.2.3.4 FERRAGENS

1
6
As ferragens a aplicar devem ser de modelos adequados aos requisitos funcionais e às
características dos elementos a que se aplicam, garantindo as melhores condições de
funcionamento e comportamento.

Devem permitir fácil manipulação dos componentes a que se aplicam; e, resistir à utilização
intensiva sem desgaste apreciável, nem degradação das suas características iniciais.

As dobradiças a aplicar devem permitir a abertura total das folhas sem batimento nas ilhargas e
sem provocar esforços que originem a degradação dos elementos ou a sua fixação.

Os elementos de fixação não devem em caso algum apresentar saliências ou deformações que
comprometam o aspeto e resistência da fixação ou que prejudiquem a comodidade dos utentes.

As ferragens devem ser constituídas por elementos não oxidáveis ou ser protegidas contra a
oxidação, nomeadamente as que se encontram sujeitas a fricção e desgaste. O tipo de proteção e
o acabamento final das ferragens deve variar em função dos materiais e acabamentos das peças a
que são aplicadas.

Todas as ferragens serão da melhor qualidade, assentes com parafusos de material


correspondente e serão lubrificadas, trabalhadas sem empenamento.

2.2.3.5 PINTURAS

As paredes serão pintadas com tinta apropriada devendo-se obedecer os esquemas dos
fabricantes. Recomenda-se para as tintas, as marcas CIN ou PLASCOM, e para indicações
similares, de outras marcas ou qualidades, deverão ser submetidas previamente à aprovação da
Dono da Obra.

Paredes Exteriores: tinta ESMALTE. Socos e lambris;

Paredes Interiores: tinta PVA lisa. Lambris com tinta PVA lavável; e Paredes interiores de
instalações sanitárias, com aditivo anti-fungo.

2.2.3.6 LOIÇA SANITÁRIA e EQUIPAMENTOS

1
7
O equipamento sanitário no geral será em porcelana branca da série Europa.

 Sanita da série Europa com mochila.


 Lavatório júnior, com pedestal;
 Acessórios (saboneteira para chuveiro e de lavatório, toalheiro de chuveiro, porta rolos,
secadores de mão, porta sabão líquido, etc.)
 Espelho biselado. (por cima dos lavatórios).
 As torneiras serão da marca COBRA ou similar.

2.2.3.7 DISPOSIÇÕES FINAIS


Todos os trabalhos constantes na presente memória descritiva deverão ser executados de acordo
com as boas regras de construção em vigor na República de Moçambique, não devendo
constituir razão a má execução pelo empreiteiro, de qualquer omissão aqui constante.
1.1. HIDRÁULICA

Refere-se a presente Memória Descritiva e Justificativa ao projeto de abastecimento de água,


drenagem das águas residuais domésticas, drenagem de águas pluviais, rede de rega de jardim e
rede de lavagem dos painéis solares das futuras instalações de uma Mini Rede Fotovoltaica para
a Eletrificação de um Posto Administrativo.

Esta memória deve ser lida em conjunto com as outras memórias e documentos relevantes que
são partes integrantes do presente documento.

Prevê-se a abertura de furo equipado de bomba solar submersível na parcela ou nas


proximidades onde o edifício será implantado para o fornecimento de água para o consumo e uso
diverso na central, destacando-se a lavagem de painéis solares. Dado que a zona ainda não tem
infraestruturas básicas de saneamento, prevê-se que as águas residuais domésticas sejam tratadas
através de fossas sépticas e drenos, e que as águas pluviais sejam direcionadas para o jardim.

Características da guarita
O abastecimento de água para o consumo e uso humano, assim como para a rega e lavagem dos
painéis, será feito a partir de um depósito elevado com capacidade de 10.000 litros que
1
8
assentará sobre uma torre em betão armado, conforme se mostra nas peças desenhadas.

2.3.1 DESCRIÇÃO DAS INFRA-ESTRUTURAS HIDRÁULICAS DO EDIFÍCIO

2.3.1.1 Rede de Abastecimento de Água


O abastecimento de água ao edifício será feito através de 2 (dois) depósito elevado de plástico
de 10.000 litros para cada, assente sobre uma torre em betão armado a uma altura de 12 (Doze)
metros a partir da superfície do solo.

Este depósito plástico será alimentado através do furo por meio de uma bomba submersível do
tipo GRUNDFOS, cuja referência dependerá das características do furo. Por sua vez, a bomba
submersível será alimentada através de painéis solares, que serão montados no topo da estrutura
de apoio do depósito.

Os dispositivos previstos a alimentar por cada um dos ramais da rede de distribuição são:

 Lavatórios;
 Autoclismos;
 Poliban;
 Rede de Rega - Torneiras de Jardim

2.3.1.2 Rede de Esgotos


No âmbito deste projeto, as águas negras produzidas na guarita serão lançadas para a fossa
séptica dimensionada para uma capacidade de 5 pessoas. O efluente da fossa séptica será
lançado através de coletores convenientemente dimensionados, para dreno de infiltração.

As águas brancas produzidas serão encaminhadas por meio de caixas de inspeção para o dreno.
Na zona da cozinha, deve-se prever uma caixa de retenção de gordura para o devido tratamento
e posterior encaminhamento para o dreno de infiltração.

2.3.1.3 Drenagem de Água Pluvius

Para a recolha das águas que precipitarem na área em planta da guarita, está previsto um
sistema composto por caleiras e tubos de queda. Prevê-se o encaminhamento destas águas para
o jardim, dado não existir uma rede pública de saneamento.
1
9
As águas pluviais que caiam nas áreas pavimentadas serão encaminhadas por valetas também
até a área do jardim.

2.3.2 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

A indicação no Projeto ou nas especificações de uma marca ou nome de fabricante servirão de


referência ao tipo ou qualidade das matérias pretendidos, não devendo, portanto, o Empreiteiro
apresentar equivalentes de inferior qualidade ou que se não adaptem às intenções do projeto.

O Empreiteiro deverá apresentar atempadamente as amostras dos materiais, assim como de toda
a documentação técnica comprovativa das suas características para apreciação por parte da
Dono da Obra.

2.3.1.3 MATERIAIS E ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

Todos os materiais necessários a aplicar nas redes de abastecimento de água e saneamento,


salvo disposição em contrário, serão diretamente adquiridos pelo empreiteiro, sob sua
responsabilidade e encargo, e ficam sujeitos à aprovação da Dono da Obra.

O empreiteiro fará prova de que todos os materiais possuem as características exigidas pelos
regulamentos e normas oficiais em vigor à data da execução, ainda que não expressamente
referidos, e justificará que a composição, o fabrico e os processos de aplicação são compatíveis
com a respetiva finalidade.

Transporte, cargas, descargas, armazenamento e parqueamento, serão realizados de modo a


evitar a mistura de materiais de tipo diferentes, bem como a conservação e todos os encargos
inerentes, serão por conta do empreiteiro.

O fiscal exercerá o controlo nos armazéns, parques de depósito, oficinas e locais de aplicação,
para verificar a qualidade e arrumação dos materiais, bem como o seu condicionamento,

Cumpre ao empreiteiro fornecer, em qualquer ponto de estaleiro e sem direito a retribuição,

2
0
todas as mostras de materiais para ensaios laboratoriais que o que o projetista/Dono da Obra
pretenda efetuar.

A aceitação e o controlo exercidos pela Dono da Obra não reduzem a responsabilidade do


empreiteiro sobre os materiais utilizados.

Os materiais rejeitados pela Dono da Obra serão prontamente removidos do estaleiro pelo
empreiteiro, sem direito a qualquer indemnização ou prorrogação de prazos

Material Sanitário

 Louça de Porcelana Vitrificada


As louças de porcelana serão vitrificadas, de 1ª qualidade e deverão satisfazer às seguintes
condições:

Os aparelhos não deverão permitir a intercomunicação entre a rede de abastecimento de água e


a rede de esgoto. O “trop-plein” dos aparelhos ligar-se-á ao esgoto à montante do sifão e deverá
descarregar caudais até 0,15 l/s.

 Equipamento em Aço Inoxidável


Os tipos de aços mais recomendáveis para a fabricação de equipamentos tais como fios, tampos,
etc., são os aços austeníticos do tipo cromo-níquel 18/8.
Os equipamentos serão entregues polidos, brilhantes, sem vestígios de soldaduras, de dobras ou
de riscos. Os aparelhos deverão ser de 1ª qualidade.

Aparelhos de Regulação e Comando

 Aparelhos de Regulação dos Aparelhos Sanitário

Sob esta designação estão incluídas as torneiras destinadas a alimentar os aparelhos sanitário de
água fria ou quente.

Poderão ser torneira de passagem, de serviço, misturadoras, esquadria, de pressão, de jardim, de


coluna, fluxómetros englobando outros acessórios tais como chuveiros, manípulos de mistura,

2
1
bicas de parede e de bancada, bichas flexíveis, chuveiros de mão, válvulas de descarga, sifões.
As válvulas a instalar, normalmente exteriores ao edifício, deverão ser da COBRA, tipo
“Fullway Isolating Ball Valve”. A entrada de água de rede pública e/ou do furo é controlada por
válvulas mecânicas de calibre do tipo “LEVEL DEX”.
As válvulas de retenção serão igualmente colocadas nos locais indicados no projeto, sendo
obrigatória instalá-las também logo à jusante das bombas. As válvulas deverão ser da COBRA,
(Swing Type Check Valves), com o diâmetro definido na parte desenhada.

As torneiras de esquadria deverão ser aplicadas ao nível dos autoclismos e também das torneiras
misturadoras de lavatórios. Se a torneira misturadora de cozinha/copa for igualmente de coluna
(não de fixar à parede, mas à banca), deverão ser igualmente instaladas torneiras de esquadria.
Estas servirão tanto o sistema de água fria como de água quente.

2.3.1.4 DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Materiais

Serão vários os tipos de materiais a aplicar nas diferentes redes de abastecimento de água:
Tubos e Acessórios de PPR-PN-10 , HDPE e PVC rígido, permite rosca)
Serão utilizados tubos de tipo HDPE para a rede de distribuição de água na guarita.
A tubagem interna ficará fixa nas paredes, sendo os acessórios também de PVC e
PPR, de rosca.

Tubos e Acessórios de HDPE - PN-10 (barra azul)


Será instalada tubagem HDPE, enterrada, incluindo as tubagens ascendente e
descendente dos depósitos elevados.

Todos os acessórios a instalar nas redes de tubo HDPE, deverão ser igualmente em HDPE:

2.3.1.5 MATERIAL PARA ATERRO E ENCHIMENTO DAS VALAS


Os materiais para aterros de valas de assentamento de tubagem ou em outros locais que façam
parte do sistema de abastecimento de água e saneamento, deverão possuir granulometria
apropriada por forma a permitirem a sua trabalhabilidade através de meios de compactação
2
2
mecânica, garantindo boas condições de resistência mecânica e de baixa deformabilidade.

Os materiais para estes aterros deverão assim possuir baixa percentagem de argila e siltes, ser
isentos de ramos, raízes, detritos orgânicos ou lixo e não apresentar descontinuidades
granulométricas.

As areias a empregar no revestimento de tubos de PVC, quer para abastecimento de água quer
para esgotos devem, sempre que possível, ser naturais, denominadas areia grossa ou areia do
rio, com 2,5 mm de dimensão máxima e módulo de finura compreendido entre 2,5 e
2. Sempre que aplicável, a areia deverá ser crivada e levada, para que possa ser desprovida de
quaisquer detritos ou pedra de maior dimensão.

2.3.1.6 EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

Traçado e Diâmetro das Canalizações

O traçado e os diâmetros das canalizações estão definidos nos projectos.

O traçado das canalizações em planta e a localização dos acessórios, constantes dos desenhos
dos projectos, deverão ser ajustados em pormenor no sentido de se atender a condicionamentos
locais de definição impossível na fase de projecto. Os ajustamentos a fazer deverão ser
estudados e propostos pelo empreiteiro à aprovação da Dono da Obra.

Traçado e Diâmetro das Canalizações


As valas para assentamento dos tubos terão a largura e profundidade definidas nos desenhos do
projecto.

No caso de, por qualquer motivo não justificado, o Empreiteiro exceder a profundidade
requerida, procederá, à sua custa, ao enchimento das sobre escavações, que será feito de acordo
com as instruções da Dono da Obra.
Escavações
As Escavações serão executadas por processo convencionais ou por processos especiais que o
Empreiteiro entenda aplicar. O desmonte com explosivos só poderá ser feito depois de
autorizado pela Dono da Obra e tendo em atenção a legislação em vigor.

2
3
Sempre que necessário as paredes das valas deverão ser entivadas, ou por imposição da Dono
da Obra, ou por proposta do Empreiteiro a submeter á aprovação da Dono da Obra.

Entivações
As entivações deverão ser estudadas pelo Empreiteiro, tendo em atenção o tipo de terreno
encontrado, os impulsos das terras e outras cargas a que possam vir a estar submetidas.

As entivações deverão ser solidamente executadas com pranchas e devidamente contra ventadas
por quadros, de maneira a ficar garantida a perfeita segurança do pessoal.

Manutenção a Seco

O empreiteiro manterá, à sua custa, as valas livres de água, quer utilizando bombas, quer outros
meios adequados, provados pela Dono da Obra, durante o tempo que for necessário.

Manuseamento e Transporte de Tubos

Os tubos deverão ser carregados, descarregados e transportados, utilizando dispositivos e


veículos apropriados.

Deverão ser manuseados com cintas, correias ou garras apropriadas, suficientemente largas e
protegidas, de maneira a serem evitados danos nos tubos.

O empilhamento dos tubos far-se-á de acordo com as instruções do fabricante.

Os tubos deverão ser inspecionados antes de serem colocados em obra, sendo rejeitados todos
os que apresentam defeitos.

Serão tomadas todas as precauções no sentido de se evitar que terras ou quaisquer outras
substâncias e corpos estranhos entrem nos tubos, procurando-se que o seu interior se mantenha
sempre limpo durante todo o tempo que durarem os trabalhos relativos ao transporte,
manuseamento, colocação nas valas e montagem.
2
4
Sempre que a sujidade interior dos tubos, não obstante todos os cuidados tomados de acordo
com o que fica indicado, se mostrar, na opinião da Dono da Obra, incapaz de ser removida por
lavagem, o Empreiteiro mandará limpar os tubos antes de serem colocados nas valas.

Assentamento das Canalizações Exteriores


No assentamento dos tubos deverão respeitar-se as seguintes prescrições:

Os tubos serão assentes normalmente sobre uma almofada de areia com a espessura mínima,
sob o tubo de 0,10 m e de forma a apoiar o tubo até 1/2 do seu diâmetro. Esta camada será bem
apertada contra o tubo e contra as paredes da vala;

As juntas e outros acessórios deverão ser instalados com cuidados especiais, de acordo com as
instruções dos fabricantes;

Os tubos deverão ficar completamente assentes no leito de assentamento ao longo de todo o seu
comprimento, com exceção das juntas, não sendo admissível o emprego de calços ou cunhas de
qualquer material;

No final de cada jornada de trabalho ou sempre que se verifique uma paragem no processo de
assentamento dos tubos e acessórios, deverão vedar-se, por processo apropriado e aprovado pela
Dono da Obra, todas as extremidades abertas dos tubos já assentes, de modo a impedir a entrada
de animais, terras ou quaisquer corpos estranhos.
Enchimento das Valas
O enchimento das valas, a realizar após autorização da Dono da Obra, será feito por camadas,
da seguinte forma:

1ª Camada - areia do rio até ao extradorso dos tubos, ficando bem apertada contra os tubos e as
paredes das velas.,

2ª Camada – terra da própria vala, limpa de pedras ou torrões de dimensões superiores a 2 cm,
até 0,30 m acima do extradorso, batida com pilões de peso inferior a 4 kgf;

3ª Camada e seguinte – terra da própria vela em camadas de 0,20 m de espessura, bem

2
5
apertadas entre si e contra as paredes das velas e batidas com pilões de peso não inferior a 15kgf
ou por meio mecânico equivalente.
Assentamento das Canalizações Interiores
As canalizações interiores da água serão fixadas (embutidas) nas paredes. Apenas nos locais
indicados no projecto poderá a canalização ficar á vista, devendo ser esta suportada por
braçadeiras de fixação.
Ensaio das Canalizações
As canalizações de água serão submetidas aos ensaios especificados no regulamento dos
Sistemas Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.

2.3.2 DRENAGEM DOS ESGOTOS DOMÉSTICOS

2.3.2.1 MATERIAIS

Acessório de Drenagem
Para a drenagem das águas pluviais serão instaladas de acordo com as peças desenhadas. Os
aparelhos que não tenham sifão incorporado, serão dotados do mesmo, cromado, do tipo garrafa
com tampão roscado para a respectiva limpeza.

Os dispositivos de descarga para os autoclismos serão de descarga fixa e deverão ser de sifão.

Tubos e Acessórios de PVC Rígido


Serão utilizados tubos de uPVC rígido do tipo “FREEFLO”, de diferentes diâmetros de acordo
com as peças desenhadas. A pressão de serviço é de 4 kgf/cm2, ligados por acoplamento com
vedação por anel de neopreno.
Os acessórios de PVC rígido, tais como “tês” curvas e forquilhas, deverão suportar pressões de
serviço iguais às dos tubos a que serão ligados.

Ralos de Pavimento
Em relação aos ralos de pavimento, estes serão aço inoxidável de marca Kessel, com ring de
ajuste em altura e tampa de proteção para obra, composto por:

 Corpo de ralo com sifão removível em PP.

 Com admissão lateral DN50/40.


 Descarga horizontal DN50;
 Capacidade: 1,8 l/s.
2
6
 Secção de rotação, regulável em altura, com uma grelha em aço inox 1.4301 (capaz de
suportar cargas de até um máximo de 300kg).

Serralharias
Os materiais a empregar na construção das serralharias deverão ser de primeira qualidade. A
sua natureza está especificada nos desenhos do projecto.

Caixas de Inspeção
As caixas de inspeção serão de alvenarias ou betão, enquanto as tampas serão em ferro fundido
do tipo SAINT - GOBAIN, quadradas.

Materiais para Aterros e Enchimento das Valas

Idêntico para os materiais de abastecimento de água.

Execução dos Trabalhos


Os métodos a empregar nas escavações deverão atender às condições locais (tipo de terreno,
nível freático, etc.) e conduzir às melhores condições de segurança do Pessoal.

Os trabalhos de escavação, sempre que necessário, deverão ser conduzidos de forma a facilitar o
escoamento das águas pluviais e das resultantes de infiltrações.

Entivação
Sempre que necessário, será utilizada entivação adequada para garantia da segurança do pessoal
e das condições exigidas para o trabalho.

As entivações a fazer deverão ser estudadas pelo Empreiteiro, tendo em atenção o tipo de
terreno encontrado, os impulsos das terras e outras cargas a que possam vir a estar submetidas.

Traçado e Diâmetro das Canalizações, Abertura de Valas, Manuseamento e Transporte dos


Tubos, Assentamento das Canalizações Exteriores, Enchimento das Valas. Idêntico para os
materiais de abastecimento de água.

Atravessamento de Estruturas de Betão por Tubos

Os tubos deverão ser colocados em posição correcta antes da realização da betonagem. A

2
7
execução de janelas ou orifícios, para posterior colocação dos tubos, só será adaptada com
autorização da Dono da Obra, ficando o Empreiteiro inteiramente responsável pela obtenção da
estanquidade necessária.

Acabamento da Estrutura de Betão


O Dono da Obra verificará todas as superfícies de betão após a sua desmoldagem e antes da
execução de quaisquer trabalhos sobre elas.

Todas as superfícies, após desmoldagem, serão limpas de todas as projecções que contiverem.

Os vazios encontrados e aceites pela Dono da Obra deverão ser preenchidos com argamassa de
cimento e areia com dosagem idêntica à do betão utilizado, logo após a desmoldagem.

Mastiques

Os atravessamentos de betão por canalizações serão selados nas duas faces com mástique,
conforme definido nos desenhos de projetos. A superfície de adesão deve estar seca, isenta de
pó e de gordura.

Será usado mástique de poliuretano tipo “SIKAFLEX 1” na selagem dos atravessamentos de


betão por canalizações e na selagem das juntas de construção dos poços de bombagem.

Na aplicação das mástiques deverão ser seguidas as instruções dos fabricantes.

Impermeabilização
Na caixa de gorduras, a superfície das paredes que ficarão em contacto com o terreno e a
superfície interior das paredes e pavimento, serão protegidas por pintura à base de betuminosos,
tipo “ INERTOL F”, aplicada em 2 demãos e de acordo com as especificações do fabricante.

Assentamento das Canalizações Internas


Conforme os casos serão:

 Instaladas em roço (PVC tanto em abastecimento de água como em drenagem);


 Embebidas no pavimento interior (PVC tanto para abastecimento de água
como na drenagem);
 Enterradas (em PVC ou HDPE).

2
8
A canalização instalada em roço deverá ficar convenientemente guiada e desligada da alvenaria
envolvente, por interposição de papel ou outro material não envolvente.

O assentamento de canalizações cuja instalação não seja à vista, só será concluída após
aprovação dos resultados ensaio de estanquidade.

Pintura das canalizações colocadas à vista

As canalizações instaladas à vista serão pintadas, após conveniente preparação da sua superfície
exterior. As pinturas obedecerão às seguintes prescrições:

2 de mão com tintas de esmalte, na cor a escolher pela Dono da Obra. As peças galvanizadas
serão pintadas primeiras duas demãos de galvoprime (primário para ferro galvanizado), antes da
pintura de esmalte;

Execução de acordo com as instruções dos fabricantes das tintas.

Atravessamento de Elementos Rígidos e de Juntas de Estrutura por Canalizações

Nos atravessamentos de elementos rígidos de construção (de betão) por canalizações, estas
serão envolvidas por uma manga constituídas por um troço de tubo de PVC ou fibrocimento
com diâmetro superior ao da canalização.
No atravessamento de juntas de estruturas as canalizações serão envolvidas por um troço de
tubo de PVC ou Fibrocimento, com diâmetro superior ao da canalização, de modo a permitir,
sem introdução de esforços adicionais nas canalizações, que estas acompanhem os movimentos
da junta.

Ensaios
As canalizações exteriores (colectores domésticos) e as respectivas câmaras de visita, serão
submetidas a ensaios para verificação da estanquidade, que serão executados por meio de água
e deverão obedecer às disposições da NP - 894 (1972).

As canalizações exteriores e interiores serão ensaiadas conforme especificado no Regulamento


de Sistemas Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Água Residuais.

2
9
2.4. FURO DE ÁGUA
Pretende-se que se efectue o Estudo Geofísico, Abertura de Furos Positivos e Montagem de
Sistemas de Bombeamento água através de sistemas fotovoltaicos (painéis solares).

2.4.1 ESTUDO GEOFÍSICO

No geral pretende-se:

 Avaliar a disponibilidade de água subterrânea nos aspectos quantitativos e qualitativos à


elas referentes;
 Efectuar os estudos e levantamentos hidrogeológicos, incluindo as campanhas de
prospeção geofísica conducentes á localização dos pontos de perfuração;
 Garantir que os locais selecionados respeitam os aspectos ambientais e de saúde
pública;

 Identificar a (s) camada (s) potencialmente aquíferas e favoráveis para a construção


das infraestruturas desejadas;
 Indicar a profundidade máxima recomendada para a construção da infraestrutura; e
 Prever o grau de salinidade da água.

2.4.1.1 Relatório final do estudo Geofísico


No final dos trabalhos de pesquisa geofísica, deverá produzir-se um relatório contendo para
além das constatações e recomendações, esquemas das SEV´s e perfis transversais indicando a
profundidade das diferentes resistividades encontradas no subsolo e o provável nível freático.
As secções transversais devem permitir a correlação das resistividades com as unidades
geológicas da área devendo dar a seguinte informação:

Contexto Ambiental da Zona (breve descrição) com referência a:

 Clima
 Topografia
 Drenagem
 Geologia

Hidrogeologia da Zona (breve descrição) com referência a:


3
0
 Considerações gerais sobre a hidrogeologia da zona
 Ocorrência de aquíferos subterrâneos
 Considerações sobre a recarga dos aquíferos

2.4.1.2 Prospeção Geofísica (métodos a utilizar e trabalho de campo)

Na proposta do concurso o concorrente deve indicar:

Métodos a utilizar:

 Método geoeléctrico (sondagem eléctrica vertical – SEV e perfis de resistividade) e ou


 Método eletromagnético ou outro que se adequa á realidade do terreno;

Metodologia a ser aplicada na prospeção geofísica:

 Reconhecimento,
 Calibração usando dados geológicos existentes da zona
 Trabalho de campo: número de SEV's a realizar por local, combinação
obrigatória com perfis de resistividade em zonas rochosas.
 Indicar em detalhe o equipamento disponível para a execução desta
actividade (o DONO DA OBRA poderá solicitar uma inspecção do
mesmo).

2.4.2 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA ABERTURA DE FUROS


POSITIVOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

SECÇÃO 1 - PREAMBULO

2.4.2.1 Composição das Especificações


A. Referência

Estas especificações técnicas dizem respeito ao abastecimento de água a partir da captação de


água subterrânea, e inclui as seguintes componentes:

 Estrutura de captação (furo); e


 Equipamento de bombagem, incluindo a superestrutura de fixação da bomba e

3
1
acessórios de descarga.

B. Tópicos

Os critérios de projectos apresentados neste documento dizem respeito ás seguintes fases de


execução de um furo:

 Perfuração do furo;
 Equipamento de um furo, isto é, a colocação da tubagem de revestimento, liso e filtro,
da zona filtrante e de selagem (cimentação);
 Desenvolvimento do furo e ensaio de caudal;
 Instalação da bomba;
 Construção duma protecção da bomba/furo em betão com as especificações nos
desenhos e
 Construção da plataforma e restantes trabalhos complementares.
C. Objectivos

Os critérios de projecto foram preparados de forma a estar em conformidade com os seguintes


parâmetros:

 O esquema da estrutura deve ser projectado para um período de vida de pelo menos 20
anos;
 Os Furos Positivos de captação de água subterrânea devem satisfazer as necessidades de
água previstas nos locais. A qualidade da água deve satisfazer a requisitos, de acordo
com os padrões mínimos estabelecidos pela OMS para consumo humano; e
 O uso dos diversos recursos locais disponíveis deve ser optimizado.

SECÇÃO 2 – CONDIÇÕES GERAIS

2.4.3 TIPO DE FURO


O furo acabado será classificado nos seguintes tipos, dependendo da litologia e das formações
geológicas:
3
2
A - Furo “aberto” – não revestido

Feito em rocha ou formação estável, sem tubo-filtro, com revestimento de tubo liso apenas na
camada superficial de solo até ao contacto com a formação rochosa ou estável;

B – Furo protegido em formações “com risco de colapso ou colapsáveis”

Em rochas fracturadas ou fissuradas, encontradas em formações estáveis, com revestimento


com tubo-filtro para suporte da formação na zona de captação e revestimento com tubo liso até
a boca do furo;

C – Furo envolvidos com material filtro areão uniforme e granular

Em sedimentos não consolidados, rochas moles ou muito fissuradas, com revestimentos de tubo
liso e tubo-filtro, e colocação de um material filtro granular (areão uniforme seleccionado por
peneiração) na zona de captação e ao redor do tubo-filtro.

2.4.4 ROCHAS E FORMAÇÕES EM MOÇAMBIQUE


Formações estáveis são:

a) Rochas cristalinas sãs, tais como: granito, gneisse, quartzito, basaltos, riólitos, etc.

b) Rochas sedimentares consolidadas, tais como: arenitos compactos, calcários e formações


gresosas, dolomites, etc.

c) Laterites e ferrites cimentadas.


Formações instáveis são:

a) Rochas cristalinas fraturadas, tais como: gneisse fracturado, xistos, basalto fracturado,
riólitos alterados, etc.

b) Rochas sedimentares frágeis: arenitos petrificados, conglomerados fracamente


cimentados, ferricretes, etc.

c) Formações não consolidadas tais como: areias de rio, aluviões, areias transportadas, siltes,
laterites soltas, etc.

2.4.5 DEFINIÇÕES DE FURO POSITIVO, NEGATIVO OU ABANDONADO

Um furo será considerado POSITIVO OU PRODUTIVO se produzir um caudal mínimo de


3
3
exploração 2500l/hora e se a qualidade da água estiver de acordo com os parâmetros definidos
pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um furo será considerado NEGATIVO OU SECO se apresentar um caudal máximo inferior a


2500 l/hora, e a qualidade da água não for aceitável, isto é, se os parâmetros mínimos a serem
testados não estiverem dentro dos valores máximos permitidos. Nesses casos, uma nova
tentativa de perfuração deverá ser efetuada movendo a sonda para um local alternativo
previamente indicado. Se a perfuração tornar a ser negativa, o local poderá ser abandonado,
salvo o caso de um acordo especial entre as partes.

Um furo é considerado abandonado, se por problemas devidos à perfuração, colapso das


paredes do furo, avarias de toda ou qualquer maquinaria ou equipamento ou outras quaisquer
razões o furo não puder ser finalizado por razões imputáveis ao empreiteiro. Nesse caso uma
nova tentativa deve ser feita não havendo lugar a nenhuma compensação ou faturação
relativa ao furo abandonado. O número de tentativas é ilimitado, não havendo limitação no raio,
podendo o local ser do mesmo distrito ou não desde que seja da mesma província.

NB: Para o presente projeto, apenas serão aceites para faturação os FUROS POSITIVOS OU
PRODUTIVOS.

2.4.6 ADITIVOS DAS ESCAVAÇÕES


Espuma química e lama biodegradável (polímero) são preferíveis à bentonite ou a outras lamas
não degradáveis, sobretudo por razões ambientais. Usando-se estas últimas deverão ser
envidadas as medidas necessárias para que não haja contaminação dos solos.

2.4.7 NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO


O número de identificação do furo deve ser gravado no corpo da bomba e fixado na plataforma,
em placa metálica com dimensões mínimas de 30 x 15 cm e com espessura de 3mm. No caso de
electrobomba solar este número deverá ser gravado em local alternativo tomando-se o devido
cuidado para que o mesmo seja inviolável.

2.4.8 RELATÓRIOS
Os “sondadores” devem elaborar o relatório das perfurações. O mesmo deverá conter

3
4
informação sobre: a formação geológica, as características dos aquíferos, o rendimento do furo,
a qualidade da água, os detalhes do processo de construção do furo e, instalação da bomba após
a finalização da perfuração. Depois de completada a perfuração num determinado local (furo
negativo ou positivo), o “perfurador” deverá sistematicamente preencher os formulários do
dossier de furo e submetê-los às Autoridades competentes para a respectiva aprovação e,
também, para incluir essa informação na base de dados.

SECÇÃO 3 – FURO ACABADO

2.4.9 DIÂMETRO FINAL


É obrigatória a manutenção de um diâmetro interno mínimo do revestimento de 152.4 mm (6”)
no furo acabado, acima e abaixo do plano de água para permitir a instalação de uma bomba com
um diâmetro cilíndrico de 3” ½ (89 mm).

2.4.10 CONSTRUÇÃO DOS FUROS


Tipo A – Furos Positivos “abertos” – não revestidos

 Perfuração através do método de percussão, ou por rotação com arrefecimento por ar ou


rotação com lamas, através da camada sobrejacente á camada rochosa dura, seja a zona
sedimentar ou a zona rochosa de transição (aluviões, laterite, rocha muito fragmentada
ou macia), o diâmetro mínimo do furo nesta zona dever ser 152 mm (6”);
 Percussão ou Roto percussão (com introdução do martelo de fundo do furo), usando
estabilizadores (espuma) aonde for necessário, em rocha dura consolidada, o diâmetro
mínimo final do furo deve ser de 115 mm (4,5");
 Os Furos Positivos deverão ser aprofundados em pelo menos 3 metros abaixo das zonas
de fracturas que contém o aquífero, para permitir um volume suficiente para um poço de
sedimentação;
 Rocha fracturada é considerada “não colapsível” e é deixada “aberta” não revestida.

Tipo B – Furos Positivos protegidos em formações com risco de colapso

 Percussão, rotação com arrefecimento por ar ou com lamas, através da camada


sobrejacente (aluviões, laterite, rocha muito fragmentada ou macia), o diâmetro mínimo
final do furo deve ser de 202 mm (8”);
3
5
 Roto percussão com martelo de fundo na rocha dura consolidada, o diâmetro mínimo
final deve ser de 165 mm (6” ½);
 Rocha fracturada – que contém o aquífero – é considerada com risco de colapso e com
necessidade de protecção usando revestimento/tubo-filtro (diâmetro interno mínimo 102
mm (ou 4”).

Se for necessário para prevenir o colapso da camada sobrejacente, far-se-á a instalação de


revestimento tubo liso com diâmetro mínimo de 152 mm (6”), selagem da zona de contacto do
revestimento com a zona rochosa com enchimento de argamassa fina, enchimento com aterro
“tout-venant” até á proximidade do topo e, cimentação dos 5 metros finais no topo do furo.

Tipo C – Furo envolvido com material filtro areão uniforme e granular

 Percussão, rotação com arrefecimento por ar ou lamas, através de aluviões ou rochas


não consolidadas, diâmetro mínimo final do furo é de 165 mm (6” ½). Recomenda-se
um diâmetro final de 203mm (8”);
 Espaço anelar mínimo de 25 mm (1”) entre o revestimento (parede exterior do tubo
revestimento) e as paredes do furo deverá ser reservado para a instalação de material
filtro areão granular. Recomenda-se um espaço anelar de 2" ou mesmo 3";
 Instalação do revestimento tubo-filtros com diâmetro interno mínimo de 102 mm (ou
4”);
 Instalação de material filtro areão até, pelo menos, 3 metros acima do topo do primeiro
tubo-filtro, seguido de um metro de “material argiloso” para selar o contacto com a zona
superior do furo, enchimento com aterro “tout-venant” até á proximidade do topo e,
cimentação dos 5 metros finais no topo do furo.

Especificações da máquina de perfuração são indicadas na tabela de especificações para cada


distrito onde podem ser encontrados os seguintes aspectos:

Especificações da máquina Força de retracção (ton) = Torque (KNm) = Especificações


do compressor: Pressão Compressor (bar) = Caudal (L/sec) = Especificações de bomba
de Lama: Caudal (L/min)

BASE DO FURO (tubo saco)


Os Furos Positivos deverão ser perfurados no mínimo 3 metros abaixo de todas as camadas
aquíferas ou zonas de fraturas de modo a permitir um espaço suficiente para o poço de
3
6
sedimentação. Sempre que possível, os Furos Positivos deverão ser perfurados até á rocha
subjacente á zona aquífera, ou se a profundidade da rocha for demasiado profunda, a perfuração
poderá terminar numa formação impermeável subjacente ao aquífero – por exemplo, uma
camada argilosa.

A base do furo atua como um poço de sedimentação (tubo-saco) e de suporte para a coluna de
revestimento, tubo liso e tubo-filtro. O poço de sedimentação deverá ser um tubo liso de pelo
menos 1.5 metros de comprimento com mesmo diâmetro que o tubo-filtro, e com a sua
extremidade inferior selada com um “tampão de fundo” (de madeira ou PVC).

2.4.11 ANTEPROJECTO DOS TUBOS-FILTRO


O anteprojecto dos tubos-filtros deverá ser determinado por forma a evitar um rebaixamento do
nível de água até á secção revestida de tubo-filtro ou abaixo da primeira camada aquífera de
captação de água.

O tubo-filtro deverá ser normalmente instalado dentro da zona da camada aquífera, desde que o
rebaixamento do nível de água devido á bombagem não atinja o topo inferior do tubo- filtro ou
abaixo do aquífero principal.

A ranhura dos tubos-filtros é geralmente de 1 mm. Caso a camada aquífera seja constituída por
material sedimentar muito fino (areais muito finos ou siltes), a ranhura deverá ser de 0.5mm.

Não obstante o acima descrito, normalmente somente 2/3 da parte inferior da camada saturada é
revestida com tubo filtro.

O comprimento e a posição da secção com tubo filtro afectam o rendimento do furo. Quando a
natureza do aquífero é bem identificada, a secção de tubo filtro deve ser projectada em
conformidade com a natureza e a pressão hidrostática do aquífero.

A área filtrante do tubo filtro (área aberta) deve ter de 6 á 11 % de área total do tubo filtro. O
material PVC dos tubos lisos e tubos filtros deve ser de boa qualidade com as características
indicadas na tabela das especificações técnicas por distrito. A rosca deve ser trapezoidal com
cumprimento de 3“, 3 fios da rosca por polegada. As uniões dos tubos devem ser lisas sem o
“buchon” para permitir a uniformidade do diâmetro exterior da coluna dos tubos (veja figura 1).
Os filtros devem ser feitos na fábrica mecanicamente com equipamento adequado e técnicas
adequadas e não com ranhuras abertas manualmente. As ranhuras dos filtros devem ser
3
7
uniformes na sua largura e cumprimento.

2.4.12 MATERIAL FILTRO AREÃO


É necessário colocar um material filtro constituído por areão artificial á volta do tubo-filtro para
impedir a entrada de partículas finas no furo e para melhorar as propriedades hidráulicas dentro
e em torno da secção da captação de água do furo.

O material filtro areão consistirá de material silicioso com partículas redondas, lisas e
uniformes. Os minerais instáveis tais como feldspatos, calcite (pedra calcária), laterite, entre
outros, serão facilmente decompostos e mudarão as propriedades do material filtro. As
partículas em flocos tais como o xisto e as micas obstruirã as ranhuras do tubo-filtro.

3
8
O material filtro areão deverá ser limpo e bem seleccionado, isto é, não deverá haver nenhuma partícula de
argila ou silte a aderir para os grãos individuais de areia ou do cascalho. O material do filtro deverá ser tratado
com cuidado para evitar qualquer tipo de contaminação.

A granulometria do material filtro areão dependerá das aberturas das ranhuras do tubo-filtro. Para aberturas das
ranhuras de 1.0 mm, a granulometria do material filtro deve estar compreendida entre 1.5 e 2.5 mm de
diâmetro. Para aberturas das ranhuras de 0.5 mm, a granulometria do material filtro deve estar compreendida
entre 0.7 e 1.5 mm.

A instalação do material filtro areão é no espaço anular entre o tubo-filtro e as paredes do furo, e deve ser
colocado até mais 3 metros acima do topo do primeiro tubo-filtro.

Acima do material filtro areão deverá ser colocado um metro de “selo” de argila. Este “selo” de argila é
geralmente constituído por material granular argiloso em peletes que incham em contacto com a água,
constituindo o selo argiloso pretendido.

2.4.13 ENCHIMENTO COM ARGAMASSA FINA OU CIMENTAÇÃO – SELO SANITÁRIO


A cimentação ou enchimento com argamassa fina é uma prática padrão para todos os Furos Positivos
executados para as fontes de água. Tipicamente, os Furos Positivos devem ser enchidos com argamassa fina da
superfície para baixo a uma profundidade de pelo menos 5 metros, de modo a impedir a infiltração e a
percolação dos contaminantes da superfície, garantindo assim um selo sanitário, isolando o contacto com a
superfície e evitando a contaminação do aquífero.

Materiais de Selagem

Betão - uma mistura de cimento Portland, agregado solto e água, nas proporções de no mínimo, seis sacos de
cimento por metro cúbico de betão, para não mais de trinta litros de água por saco de cimento (50 kg), deve ser
utilizada;

Argamassa - uma mistura de cimento Portland, areia e água, nas proporções de não mais de duas partes em
peso de areia por parte de cimento, com não mais de trinta litros de água limpa por saco de cimento, pode ser
usada

As seguintes práticas devem ser tomadas em conta e aplicadas se julgadas necessárias pela Dono da Obra:

Para Furos Positivos perfurados nas rochas com uma sobre-camada sedimentar não muito espessa, a
cimentação deve ser desde a superfície até à rocha;
Para Furos Positivos perfurados num aquífero arenoso, com uma sobre-camada impermeável, a cimentação
deve ocorrer desde a superfície até ao aquífero;

Em algumas formações onde se verificam intersecções de aquíferos de baixa qualidade e zonas com elevada
qualidade de água, os aquíferos de baixa qualidade deverão ser fechados com cimento.

TOPO DO FURO

A extremidade superior do revestimento tubo liso deverá sobressair entre 55 cm e 60 cm acima do nível do
terreno. Será correctamente cimentada no terreno. Se a bomba não for imediatamente instalada, então o topo do
furo deverá ser selado adequadamente.

2.4.16 VERTICALIDADE DO FURO


A tubagem instalada deverá ser cilíndrica e rectilínea (vertical) com centralizadores de espaçamento de 6m. A
verticalidade e a qualidade da tubagem (diâmetro constante), deverão ser testadas no fim da instalação da
tubagem de revestimento. A verticalidade é testada introduzindo um cilindro de 2.0 m de comprimento e de
diâmetro 4.00 mm menor que o diâmetro interno do revestimento até ao fundo do furo sem que haja alguma
resistência. Este cilindro deve ser posto á disposição sempre que a mesma o exigir.

2.4.17 LIMPEZA E DESENVOLVIMENTO DO FURO


O desenvolvimento melhora o desempenho (rendimento) do furo assim como a qualidade da água. Todos os
Furos Positivos serão desenvolvidos após a conclusão da perfuração, depois de instalado o revestimento tubo
liso e tubo-filtro, cimentação e colocação do areão.

O mínimo requerido é o método de injecção de ar comprimido “air-lift” até que a água subterrânea saia límpida
e isenta de turvação, devendo ser sempre executado por um mínimo de 12 horas. Se essas condições não se
atingirem no fim de 12 horas, o método de injecção de ar comprimido continuará a ser executado até que saia
água límpida, até um máximo de 24 horas.

A avaliação da produtividade do furo deve ser limitada ao teste de injecção de ar comprimido, após o
desenvolvimento do mesmo furo.

2.4.18 LIMPEZA

Logo depois da construção da captação a mesma deverá sofrer uma limpeza. Para o efeito injecta-se ar sob
pressão directamente através das varas ou tubo galvanizado até que água que sai da captação fica livre de óleo,
dos fluidos de perfuração, argila e areias.

Em Furos Positivos construídos com circulação de lama a limpeza deve ser feita eficazmente com introdução
para circulação inversa de água de modo a retirar toda lama do furo.

2.4.19 DESENVOLVIMENTO

Logo após limpeza da captação inicia-se o desenvolvimento de seguinte maneira: A profundidade total do furo e
o nível estático de água deverão ser medidos.
A captação deve ser desenvolvida usando ar sob pressão ou um outro método (ex. pistonagem) eficaz poderá ser
usado para tirar toda a areia fina dentro do revestimento do furo e também no assentamento e limpeza do
material filtrante. A recuperação do nível de água deverá ser observada até que o nível estático de água seja
alcançado.

2.4.19.1 Desenvolvimento com ar (air-lift)


A coluna a ser utilizada para levar a cabo esta operação deverá ser capaz de bombear ar e trazer a superfície a
mistura de água-ar. O compressor deverá ser capaz de produzir uma pressão não menor a 8 bar. Os tubos de ar e
da mistura água-ar deverão ter os diâmetros 2”, 2½” e ¾ “respectivamente. Esta coluna deverá ser capaz de
mover, isto é, levantar e baixar dentro da captação.

Limpeza e Desenvolvimento do furo

Logo após da limpeza da captação inicia-se o desenvolvimento de seguinte maneira:

 A profundidade total do furo e o nível estático de água deverão ser medidos. A captação deve ser
desenvolvida usando ar sob pressão ou um outro método eficaz poderá ser usado para tirar toda a areia
fina dentro do revestimento do furo e também no assentamento e limpeza do material filtrante. A
recuperação do nível de água deverá ser observada até que o nível estático de água seja alcançado.
 O dispositivo air lift deve prever um tubo de descarga da água bombeada para uma distância mínima de
50 m da boca do furo (fonte).

2.4.19.2 Nível de água e medidas de descarga

Durante o desenvolvimento serão observados os seguintes índices:

 Nível estático da água do furo (em metros);


 Caudal durante o desenvolvimento em intervalos apresentados na ficha do
desenvolvimento (Q em m3/h.);
 Condutividade elétrica (CE em μS/cm);
 Nível dinâmico (em metros);
 Níveis da recuperação (em metros);
 Turbidez e Cor de água;
 Presença de depósitos (areia);
 Duração mínima do desenvolvimento (12) horas, deve prolongar-se até que água saída
de furo fica clara e sem nenhumas partículas finas> 0,2mm (areias, argilas).

A recuperação do nível deverá ser observada até que a captação atinja o nível estático ou no caso que a
recuperação é muito lenta no mínimo durante duas horas.

Para medição da descarga (caudal) um recipiente com volume conhecido (Litros) será colocado na extremidade
do tubo de descarga.

2.4.20 ENSAIO DE CAUDAL


Após o desenvolvimento do furo deve se aguardar até a recuperação completa do Nível Estático (NE) para, em
seguida proceder-se o Ensaio de Caudal.

Para os Furos Positivos aonde se vão instalar bombas solares, o ensaio de caudal deverá ser realizado com uma
bomba submersível com capacidade de 5 – 10 m3/hora a uma altura de 80-120 m, com 3 patamares de
bombagem respectivamente 2.0, 4.0 e 6.0 m3/hora de uma hora de duração para furos com caudais abaixo de 2
m3/h e quatro (4) horas para furos com caudal acima de 2.5 m3/h cada com registo de rebaixamento do nível
de água em cada 10 minutos e respectivo tempo de recuperação (o ensaio de caudal com o patamar seguinte só
pode iniciar após a recuperação total do Nível Estático do patamar anterior).

Com vista a avaliar a eficiência da exploração do furo serão realizados os diferentes ensaios de caudal. A
entidade adjudicante deverá estimar o caudal, as elevadas taxas do “Air lift” durante o desenvolvimento do
furo e este trabalho será por seis (6) horas no mínimo com o máximo de 12 horas. Com base na estimativa de
descarga, a entidade adjudicante deverá certificar se o furo é "bem-sucedido" ou "perdido".

Material básico necessário (lista mínima de equipamentos deve estar presente no local do ensaio)

 Sonda piezométrica eléctrica


 Balde e cronómetro
 Um caderno para anotar as medições
 Papel milimétrico e uma régua para ver os resultados
 Câmera fotográfica

 GPS
 Bomba eléctrica subversiva (varias bombas para se adaptar as condições de cada furo)
 Gerador adequado
 Compressor adequado
 Coluna de bombeamento
 Conduta de descarga (50m)
 Válvula com o ajuste manual
 Válvula anti retorna
 Tubagem de descarga

Preparação do ensaio de bombagem

 Esperar o mínimo 6 horas entre o fim do Air Lift e o início do ensaio de bombagem (tempo de
recuperação).
 Colocar a bomba o máximo a 12 m acima da base do furo.
 O dispositivo de bombagem deve prever um tubo de descarga da água bombeada de no mínimo 50 m.

Ensaio de caudal escalonado

Realizado com 3 escalões crescentes de caudal. Começar com um caudal baixo de bombagem e aumentar a
cada patamar, sem desligar a bomba entre os patamares. O caudal mínimo é determinado após o teste de “Air
Lift”.
Todos os patamares devem ter a mesma duração, sendo 240 minutos.
O caudal final deve ser igual ou superior ao caudal esperado durante a exploração do furo em plena
capacidade.
Uma vez que o equipamento esta pronto, o ensaio é realizado de acordo com o seguinte:

 Escolhe-se um ponto de referência (por exemplo, a borda superior da tubagem) a partir do qual serão
feitas todas as leituras do nível de água
 Abrir a válvula para a configuração apropriada e iniciar-se simultaneamente a bomba e o cronómetro.
Não altere a configuração da válvula para obter um caudal preciso.
 Medir o nível de água no furo de sondagem a cada 30 segundos durante os primeiros 10 minutos, e, em
seguida, a cada minuto, durante 30 minutos, e, finalmente, todos os cinco minutos durante 2 horas.
 Medir o caudal a cada 30 minutos
 Idem para os 3 patamares.

Ensaio de caudal contínuo

Esperar o mínimo 8 horas entre os ensaios (tempo de recuperação).Este ensaio é conduzido durante horas (8)
horas no mínimo e vinte e quatro (24) horas no máximo, onde as descargas em níveis dinâmicos entram em
estabilidade. O ensaio com caudal constante executa-se com um caudal cujo valor é semelhante ao caudal de
exploração esperado e que deve ser definido a partir da interpretação dos resultados dos ensaios escalonados.

Uma vez que o equipamento está pronto, o ensaio é realizado da maneira seguinte:

Escolhe-se um ponto de referência (por exemplo, a borda superior da tubagem) a partir do qual serão feitas
todas as leituras do nível de água

Abrir a válvula para a configuração apropriada e iniciar-se simultaneamente a bomba e o cronómetro. Não
altere a configuração da válvula para obter um caudal preciso.

Medir o nível de água no furo de sondagem a cada 30 segundos durante os primeiros 10 minutos, e, em
seguida, a cada minuto, durante 30 minutos, e, finalmente, todos os cinco minutos durante 2 horas.

Após 2 horas, se o nível da água cai muito lentamente, uma leitura a cada 30 minutos e depois, a cada hora.

No final do teste, desligar a bomba e medir o aumento no nível de água com os mesmos intervalos que aquelas
às quais lhe medido no rebaixamento. Continue até que a recuperação atinja o nível inicial, cada 30 segundos
durante os primeiros 10 minutos, e, em seguida, a cada minuto, durante 30 minutos, e em seguida a cada hora
até o mínimo 4 horas.
Análise e interpretação dos ensaios
A quantidade e qualidade da água do furo são determinantes para o desenho do projecto futuro sistema de
abastecimento a ser construído, pois a água em questão deve ser suficiente para a utilização pretendida e deve
oferecer segurança aos consumidores, respeitando as premissas sanitárias e ambientais inerentes. Assim:

a) Após a limpeza e desenvolvimento do furo por “air lift” faz-se a medição dos parâmetros abaixo e
abandona-se o furo:

 Caso o a condutividade> 2 000 µS/cm; abandonar o ensaio


 Caso o caudal do furo <2 ,5 m³/h, abandonar o ensaio
b). Nos ensaios de caudal escalonado devem ser feitas as medições dos mesmos parâmetros anteriores durante
cada escalão/patamar e abandona-se o furo:

 Caso o a condutividade> 2 000 µS/cm; abandonar o ensaio


 Caso o caudal do furo <2,5 m³/h, abandonar o ensaio

c) No ensaio de caudal constante devem ser medidos também os mesmos parâmetros e abandona-se o furo:

 Caso o a condutividade> 2 000 µS/cm ; abandonar o ensaio. Caso o caudal do furo < 2 ,5 m³/h,
abandonar o ensaio.
2.4.21 DESINFEÇÃO DO FURO
Todos os Furos Positivos deverão ser desinfectados após a sua execução. A desinfecção procede-se aplicando
uma solução de cloro dentro do furo de modo que uma concentração de pelo menos 50 mg/l (0.005%) de cloro
residual exista em todas as partes do furo em condições estáticas. Todos os componentes do furo acima do
nível da água deverão ser desinfectados por meio da mesma solução.

A solução deverá remanescer no furo no mínimo 12 horas antes da limpeza do mesmo.

2.4.22 AMOSTRA DO SOLO


Durante a perfuração, dever-se-á colher amostras do solo no mínimo a cada profundidade de vareta de
perfuração. Sempre que haja mudança na geologia do material perfurado, esse nível de profundidade deve ser
anotado e a respectiva amostra recolhida, aplicando-se daí em diante o processo atrás descrito. O tipo de
formação do aquífero deverá ser registado no relatório final do furo.

2.4.23 AMOSTRA DA ÁGUA

Durante a perfuração, toda a “vinda” de água deve ser colhida a respectiva amostra de água para análise e
medição dos parâmetros básicos: temperatura, condutividade e/ou medição dos Sólidos Dissolvidos Totais
(SDT). Tanto quanto possível, deverá se fazer o teste bacteriológico no local ou em Laboratório reconhecido.

2.4.24 ESTIMATIVA DA DEMANDA POTENCIAL DE ÁGUA

Se o furo for positivo, o empreiteiro deverá colher os dados da população em um raio de 3 km e fazer uma
estimativa da quantidade diária de água que a população irá consumir nos próximos 5 (cinco) anos. Este valor
irá servir de base para o Fiscal e o DONO DA OBRA escolherem a capacidade de sistema a ser instalado.

SECÇÃO 4 – EQUIPAMENTO DE BOMBAGEM E PLATAFORMA

O trabalho incluirá o fornecimento pelo adjudicatário de metodologia detalhada para o fabrico, obtenção,
fornecimento, instalação, teste e colocação em serviço de todos equipamentos de acordo com os requisitos de
funcionamento apresentados nos documentos de concurso.

O projecto executivo deverá ser apresentado à entidade adjudicante ou seu representante para aprovação, antes
do início dos trabalhos.

Todos trabalhos, aparelhos, acessórios e materiais de instalação que não foram especificamente mencionados,
mas, que são usuais ou necessários nos materiais/equipamentos para o correcto cumprimento do contrato, serão
assumidos como incluídos no fornecimento e serão fornecidos pelo adjudicatário sem custos adicionais para o
adjudicante.

A instalação dos equipamentos será efectuada pelo adjudicatário na base no critério Chave na mão.

Todos desenhos das instalações, procedimentos do trabalho e métodos requeridos para uma adequada instalação
e teste deverão ser fornecidos. Após conclusão do trabalho de instalação, o adjudicatário deverá repor o local às
suas condições iniciais.

2.4.23 CAIXA DE PROTECÇÃO DO FURO

A Caixa de protecção do furo deverá ser construída de acordo com o desenho abaixo constante no anexo. Esta
deverá ser construída em alvenaria com bloco de 15, maciçado assentes com argamassa ao traço de 1:6 em
volume de cimento e areia grossa.. As paredes da caixa terão um revestimento em rebouco de argamassa de
cimento e areia ao traço 1:5.

A alvenaria da caixa de protecção do furo será suportada por uma fundação em sapata corrida de betão ao traço
de 1:2:4 em volume de cimento, areia gross e pedra com 20 cm de espessura.

A caixa deverá possuir duas vigas conforme apresentado no desenho armadas a 4Φ10.

O acesso ao interior da caixa, será feita através de um tampo metálica antiderrapante com 6 mm de espessura.
A abertura será de suspensão superior.

A caixa será dotada de duas aberturas laterais para permitir a circulação do ar no interior.

Nota: A CAIXA DEVE GARANTIR PROTECÇÃO CONTRA VANDALISMO E ROUBOS


DA BOMBA.

2.4.25 PROFUNDIDADE DE INSTALAÇÃO DA BOMBA


Num furo protegido (tipo B) ou a um furo com tubo-filtro envolvido com material areão (tipo C), o cilindro da
bomba submersível não deverá ser instalado mais fundo que 1 metro acima do topo do revestimento do tubo-
filtro.

Se o nível freático acima da zona de sucção é muito reduzido para conferir com as especificações presentes,
então deverá ser realizado um teste de bombagem de pelo menos 12h para determinar com precisão a capacidade
do furo (profundidade de toma da água, caudal e duração da bombagem).

2.4.26 GERADOR FOTOVOLTÁICO

Todos componentes, materiais e equipamentos serão concebidos, fabricados e testados de acordo


com as secções relevantes das últimas edições das normas e regulamentos mencionados abaixo. Se
o produto ostenta a referência PVGAP (registo de qualidade), o mesmo não carece de testes de
certificação.

 Normas em vigor na República de Moçambique;


 PVGAP certificado (ou equivalente);
 IEC61215:1993 Crystalline Silicon Terrestrial PV modules;
 IEC 60904-1 Photovoltaic devices Part 1
 IEC 61829: Crystaline silicon PV array
 ETSI/CENELEC Standards

O conjunto dos módulos fotovoltaicos deve ser constituído por um ou mais módulos Policristalino. A potência
nominal para cada módulo deve ser no mínimo 100 Wp. Os módulos FV devem garantir pelo menos 80% da
sua potência nominal medidos nas “Condições padronizados de teste” por pelo menos 20 anos. Os módulos
devem possuir díodos de desvio, um para um máximo de 18 células para evitar perdas em casos de
sombreamento. Cada módulo deve ser equipado na fábrica com uma caixa de ligação a prova de água com
índice de protecção (mínimo IP 54). Os módulos devem possuir um varistor de óxido de metal para proteger
contra sobretensão. O varistor deve estar localizado na caixa de ligação do módulo FV de modo a serem
substituídos sem substituir o módulo.

O dimensionamento do gerador fotovoltaico deve garantir um mínimo para permitir um resultado de


bombeamento de água de 2500 litros/hora, no entanto a meta é de alcançar o máximo possível

Estrutura dos Painéis Solares

Para a montagem dos painéis, deve-se fazer em ferro galvanizado com os módulos montados no topo da
estrutura de suporte do depósito (veja projecto). Os módulos devem estar numa distância mínima de 4,5 metros
acima do nível da superfície terrestre. A estrutura de fixação dos módulos fotovoltaicos deverá ser fixa sobre a
estrutura de suporte do depósito . A estrutura deve ser suficientemente rígida para evitar rupturas com vento até
200 km/h. Os módulos devem ser fixados com porcas antiroubo. A fixação da estrutura dos paineis sobre a
estrutura de suporte do depósito deverá ser feita através de parafusos antiroubo (ou deverá ser adotado um
mecanismo de fixação antiroubo).

A estrutura de suporte do módulo será orientada para o norte com um ângulo de entre 15-25º de inclinação para
o plano horizontal, dependendo da localização, para garantir o rendimento máximo durante o mês de menor
insolação. A estrutura do sistema FV deve estar a uma distância suficiente a partir da estrutura do tanque de
água de modo a evitar sombreamento.
Altura máxima do depósito

15 Conjunto de
ºa modulo
solares
25

O ângulo β deve ter uma abertura tal que não permita, sombreamento dos painéis pelo depósito.

Os Concorrentes devem fornecer um desenho e um cálculo de carga para provar que a estrutura de montagem
proposta está em conformidade com as especificações técnicas.

A estrutura de suporte do depósito será em betão armado de acordo com os desenhos. A estrutura de fixação
dos painéis deve ser galvanizada a quente. A estrutura deve ser equipada de uma escada que permite o acesso
na parte superior do depósito

A estrutura dos painéis solares e do depósito de água, devem estar dentro de uma vedação feita por meio de
rede tubarão de 4mm apoiada sobre um mureto, a altura mínima de 1,8m e uma porta e cadeado.

2.4.27 BOMBA SOLAR


A bomba solar deve ser de tipo submersível eléctrica livre de manutenção com um período de garantia de pelo
menos 1 ano. A bomba deve ter um rotor helicoidal de pelo menos 3” polegadas (76 mm) e a carcaça feita de
aço inoxidável. O motor deve ser equipado com um rotor de ímã permanente; motores com escovas não são
permitidos. O motor da bomba pode ser AC ou DC, e o rotor da bomba pode ter deslocamento positivo
centrífuga, ou do tipo de rotação da hélice. O rolamento do motor e da bomba deve ser robusto, com tungsténio
carboneto/cerâmica. Os cabos devem evitar perdas excessivas eser de um tipo de plástico resistente.

Protecção

A Electro-bomba deve ser protegido contra:


 Sobrecarga (protecção térmico);
 Sobretensão;
 Subtensão;
 Funcionamento a seco;
 Protecção contra raios; e
 Alta temperatura do motor.

O dimensionamento da bomba de água, dependendo do caudal do furo, deve garantir um mínimo para permitir
um resultado de bombeamento de água de 1500 litros/hora, no entanto a meta é de alcançar sempre que
possível 2000 litros/hora.

2.4.28 CONTROLADOR
O controlador deve assegurar que a potência de saída máxima a partir dos painéis é fornecida ao motor por
meio de um “Maximum Power Point Tracker”. O controlador deve indicar o estado de sistema
(funcionamento).

O controlador deve ter um índice de protecção mínimo igual a 54 (IP54).

O controlador deve ter uma opção manual para desligar o sistema. Caso contrário, um interruptor de operação
separada deve ser fornecido numa caixa de pelo menos IP 54.

O controlador deve ligar a electrobomba se a energia fornecida pelos painéis solares for suficiente e desliga-la
quando o tanque estiver cheio. Uma bóia (sensor de nível) deve ser instalada no tanque e ligada ao controlador
de modo a controlar o nível da água.

O controlador deve ter um alarme/led que deverá actuar quando a bomba estiver a funcionar a seco. Todos os
cabos eléctricos devem ser resistentes a UV.

O controlador deve ser montado na caixa de protecção do furo

SISTEMA DE ARMAZENAMENTO E FORNECIMENTO DE ÁGUA


A água bombeada será armazenada em um tanque de água. O tanque deve ser instalado numa estrutura em
betão armado. O tanque deve ter uma capacidade de 10,000 litros.
O Empreiteiro ira fornecer um desenho e um cálculo de carga para provar que a estrutura proposta esteja em
conformidade com as especificações técnicas.

O tanque de água deve ser feito do Polyethylene ou PVC e deve ter no mínimo cinco anos de garantia de
equipamento. O tanque deve ter um revestimento negro para evitar a penetração dos raios UV, assim, impedir
o crescimento de algas. O tanque deve ter espaço para um sensor de nível flutuador para evitar
transbordamento do mesmo.

As torneiras de água devem ter fecho automático para a saída de água (Talbot Talflo) e montadas num
fontenário feito de betão (figura 1). Cada fontenário deve ter duas torneiras.

Figura 1: Dimensões Mínimas do fontenárioA partir do depósito até ao fontenário a canalização deverá ser feita
com um tubo de 2”, com um contador de água também de 2”. À entrada da fontenária o tubo deverá ser reduzido
para
¾”. Na fontenária deverão ser colocadas torneiras Talbot ¾”. O contador de água e uma válvula
deverão estar alojados numa caixa de alvenaria para permitir melhor segurança. Neste circuito e
antes do contador deverá ser colocada mais uma válvula (um seccionamento).

A caixa de protecção do contador e uma válvula deverá ser construída próximo a estrutura de
suporte do depósito e no interior da vedação, contrariamente ao que é executado pela DNA.

A seguinte tabela mostra os números de fontenários de água para o tipo sistema.


Tipo de sistema 10m3 por dia
N. de saídas de agua 1
Armezenagem 10 m3

Todos tubos depois do tanque devem ser de PVC. A tubagem entre o tanque e o ponto de entrega da água deve
ser feito abaixo do solo. Todos os tubos abaixo do solo devem ser enterrados a pelo menos de 0,5m de
profundidade.

2.4. 29 ATERRAMENTO DAS ESTRUTURAS DOS MÓDULOS


As estruturas de suporte de todos os sistemas FV devem ser aterradas.

A resistência máxima permitida por terra deve ser de 10 Ohms com uma ligação de resistência
máxima (entre as peças metálicas dos dispositivos e as peças metálicas da terminal terra de
consumidor) de 0.2 Ohms.

Todas ligações serão finalizadas com terminais de cabo ligados ao condutor de terra e aparafusados
às estruturas dos módulos, aos quadros de distribuição e às caixas.

Antes de fazer o aterramento, o empreiteiro deve medir a resistência da terra do local e apresentar
o respectivo relatório ao Fiscal/Dono da Obra que servirá de base para a escolha do método de
aterramento.
2.4.29 REQUISITOS MÍNIMOS DE PROTECÇÃO CONTRA RAIOS
A protecção contra raios nos sistemas DC, sob forma de varistores de óxido metálico é obrigatória nos termos da
secção dos painéis solares.

O sistema de controlador e bomba deve ter protecção adicional contra raios. Por isso, deve ser instalado um
para-raio para a protecção contra descargas atmosféricas de Classe 2com a indicação visual de 40kA (8/20) de
acordo com IEC 61643-1 de sensibilidade electrónica inferiores a 1,500V. O para-raio deve ser instalado no topo
da estrutura do depósito de água a uma altura superior que do tanque em 1 metro. A fixação da ASTE (do para-
raio) sobre a estrutura do depósito deve ser através dum material isolador da corrente eléctrica para não permitir
o contacto eléctrico entre o para-raio e a estrutura do depósito. O condutor que liga o para-raio a terra deve ser
conduzido dentro dum tubo isolante de corrente eléctrica entre a estrutura e o condutor a partir do para-raio até o
solo o tubo e o condutor. Do mesmo modo deve ser invisível para minimizar a chance de roubo.

2.4.30 MANUTENÇÃO E ESPECIFICAÇÕES DO KIT DE MANUTENÇÃO


Cada sistema deve ser visitado em conformidade com o seguinte plano de manutenção de rotina:

Nº de visita de Manutenção de Rotina Período


1 4 Meses após recepção provisória
1 8 Meses após recepção provisória
1 11 Meses após a recepção provisória
Em cada visita de Manutenção de Rotina, devem ser levadas a cabo as seguintes acções:

Tarefas de Coordenação

 Confirmar a visita de manutenção aos membros do grupo responsável


aproximadamente dez dia antes;
 Reunir os membros do grupo responsável nos locais de projecto;
 Verificar o estado do sistema com o grupo responsável e obter feedback da performance desde a
última visita de manutenção.

Tarefas técnicas
 Realizar inspecção visual de todos os componentes do sistema. Verificar se existe corrosão, ferrugem e
danos físicos sobre a instalação;
 Realizar medições do estado e a performance do sistema, tais medições devem ser ‘’ não invasivas´´ de
modo a evitar a criação de novos problemas;
 Diagnosticar qualquer problema identificado, verificar toda cablagem do sistema, reparar se existem
conexões soltas, peças corroídas, problemas de cablagem ou eléctrica;
 Verificar todo sistema de água, verificar se há vazamentos, reparar se existirem;
 Assegurar que os painéis não recebem sombra e que a superfície do painel esteja limpa;
 Substituir qualquer equipamento malfeito ou danificado.

Em caso de avaria de um componente reparar/repor o equipamento com avarias não corrigíveis

Tarefas Administrativas

 Registar o estado e as medidas tomadas na ficha de manutenção incluindo a capacidade já fornecido pelo
sistema (m3);

 Obter assinatura do membro da comissão de gestão responsável pela manutenção nas fichas;
 Colocar uma cópia das fichas preenchidas no manual O&M guardado a parte;
 Guardar uma cópia da ficha para ser entregue no escritório da empresa solar FV;
 Guardar uma cópia para submeter com o relatório anual ao Dono da Obra (possivelmente representado
pelo Fiscal da Obra); e
 No caso de uma avaria, actividades de manutenção estarão focalizadas como mencionado, nos
procedimentos de diagnóstico da avaria. O pessoal de manutenção deve preencher novamente as fichas
de manutenção e guardar a cópia quer no local como no escritório da empresa.

Tarefas de Formação

Com base nos contactos com os beneficiários no local, avaliar a compreensão do pessoal e responsabilidade em
relação aos sistemas. Verificar se houve mudança dos pessoal ou não e verificar se existe no local novo
pessoal.

Providenciar treinamento controlo/seguimento como parte das actividades de manutenção. A formação de


acompanhamento deve ter como alvo (i) utilizadores finais e o pessoal de manutenção que tenha recebido a
primeira formação e (ii) os novos utilizadores finais.

Kits de manutenção

O empreiteiro deve fornecer 1 de kit de manutenção eléctrica completo. A quantidade e especificações do kit
de manutenção a ser fornecida pelo fornecedor é dado na tabela abaixo:

Cada Kit inclui:

 Multímetro digital (tamanho mínimo 0-32V DC, 0-300V AC, precisão min. 1%,0.01 V de resolução);
 Pinça amperimétrica (variação 0-40A, precisão 1%, resolução 0.1A para AC e DC, incluindo
termopar e terminais de ligação. Modelo recomendado: TCM 02 DC/AC;
 Kit de ferramenta básica de electricista e hidraúlico
 Alicate universal;
 Três chaves estrelas;
 Três chaves de fenda;
 Chave francesa;
 Busca – polos;
 Alcate de descarne de cabos;
 Fita isoladora;
 Martela;
 Fita métrica;
 Balde de água;
 Esponja de aço / tecido ou pano para limpar os painéis;
 Uma Vassoura;
 Uma Enxada;
 Uma Catana; e
 Um Ancinho.

O kit de manutenção deve ser entregue na recepção provisória dos sistemas nos escritórios do Governo do
distrito de Mabote

Observações

O fornecimento deverá permitir a óptima integração dos componentes do sistema, adequando-se aos requisitos
do presente Caderno de Encargo;

A empreitada entende-se completa assim que inclui todos os trabalhos e operações de diversa ordem que
houver que fazer para o fornecimento e montagem das instalações que são da Empreitada, bem como o
fornecimento de todos os meios de acção, equipamentos, ferramentas e utensílios que forem necessários para
aboa execução dos trabalhos e para o cumprimento dos prazos de execução da obra

O dono da obra não considera como omissão, a falta de referências a quaisquer trabalhos ou operações
ou ainda materiais não referidos na tabela de quantidades que sejam indispensáveis para a execução das
obras, tal como se prevê e com os cuidados convenientes;
 O furo a ser executado deve ser positivo e o equipamento a fornecer será novo e entende-se completo e
integrado;
 Os desenhos a serem executados pelo empreiteiro devem ser submetidos a aprovação ao dono da obra
antes da sua execução;
 É recomendável realizar, antes do teste do caudal, um bombeamento inicial por uma ou duas horas, o
qual tem as seguintes finalidades:
 Definição da vazão do teste;
 Definição do local de descarga da água bombeada. Muitas vezes é necessário canalizar a água
bombeada para uma distância segura, para que não ocorra infiltração local promovendo o retorno da
água bombeada ao aqüífero e mascarando o resultado do teste.

2.5 SISTEMA DE CIRCUITO FECHADO DE TELEVISÃO (CFTV)

A central deve dispor de um sistema de vigilância constituído por câmaras localizadas em pontos específicos
com o objetivo de gravar e transmitir imagens para um ou mais monitores locais ou remotos.
O Sistema de gerenciamento e visualização descrito deverá ser instalado na guarita conectado à Rede de CFTV,
onde possibilitará a gestão dos vídeos provenientes das câmaras, as quais vão estar no interior do edifício, nas
paredes exteriores do próprio edifício, assim como em todo o perímetro interior da vedação da central.
Os dispositivos deverão ter a capacidade de monitoramento e gravação de imagens com câmaras IP bem como
gravar as imagens para posterior pesquisa e recuperação selectiva.

Equipamentos e acessórios necessários:


 Câmeras IP de vigilância infravermelha (para visualição diurna e nocturna) de acordo com o seguinte:

 6 Câmeras 2 MPX IP Dome,


 1 Câmeras 1 MPX IP Dome
 1 Câmera 2 MPX IP Bullet
 4 Câmeras 2 MPX IP Bullet
 3 Câmeras 4 MPX IP Bullet
 1 NVR de 16 canais de 8 MPX
 1 Switch POE de 16 canais 12/48V
 1 Memória de 6TB
 1 TV Plasma de 55´´ incluíndo suporte de fixação
 Cabos de rede e acessórios de ligação

2.6 KIT DE PEQUENOS SOCORROS

Está previsto o fornecimento e instalação de uma mala com Kit de pequenos socorros e nela deve conter os
seguintes instrumentos e material:

Instrumentos

 Termómetro
 Tesoura
 Pinça
 Mascara Proteção Facial
 Luvas tipo cirúrgica (látex)
 Óculos de proteção (transparente)

Material para curativo


 Algodão
 Gaze esterilizada
 Esparadrapo
 Ataduras de crepe
 Caixa de curativo adesivo (band – aid)

 AnticéticoSolução de Iodo
 Solução de Timerosal
 Água oxigenada
 Álcool a 70%
 Éter
 Água boricada

2.7 MOBILIÁRIO
2.7.1 Mobiliário de escritório
 Fornecimento de mobiliário de escritório composto por:
 1 Mesa de escritório (com 3 gavetas com chaves) com as dimensões de 1,5 metros de
comprimento e 0,8 metros de largura; e
 2 Cadeiras com braços, rodas, giratório as e regulação de altura.

2.8 MONTAGEM DA ESTRUTURA DE PAINEIS SOLARES


A montagem da estrutura de painéis solares devera seguir as recomendações do fornecedor dos materiais.

2.9 MONTAGEM DE PAINEIS SOLARES


A montagem dos painéis solares devera seguir as recomendações do fornecedor dos materiais.

2.10 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E RECOMENDAÇÕES PARA AS TELAS FINAIS


As telas finais solicitadas contratualmente, representam a informação do projecto executivo (Peças desenhadas e
escritas) corrigida ou alterada ao longo da execução da obra.

A seguir indica-se as especificações para a entrega das telas finais ao dono da obra, nomeadamente:
1 - A obra só será recebida provisoriamente após a entrega das telas finais do Projecto ao dono da obra pelo
empreiteiro.
2 - As telas finais do projecto deverão ser fornecidas ao dono da obra quinze dias antes do acto de entrega
provisória da obra.

3 - As telas finais a submeter ao dono da obra deverão conter as seguintes especificações, nomeadamente:

O projecto de construção da central que inclui o edifício principal e da Guarita, submetido a concurso,
constituído por elementos desenhados das diferentes especialidades (Arquitectura, Estruturas, Hidráulica e
Eléctrica), incluindo todas as possíveis alterações e actualizações feitas ao projecto durante a execução da obra;

A memória descritiva e justificativa do Projecto de construção da Central, constituído por elementos


desenhados das diferentes especialidades (Arquitectura, Estruturas, Hidráulica e Eléctrica), incluindo todas as
possíveis alterações e actualizações feitas ao projecto durante a execução da obra;
Solicita‐ se a entrega de reportagens fotográficas ilustrativas dos diferentes estágios da obra, bem como das
situações de alteração;

Adicionalmente, com carácter não obrigatório, solicita‐ se a entrega de informação complementar como vídeos
e reportagens fotográficas ilustrativas dos diferentes estágios da obra;
As telas finais do projecto deverão conter assinatura do técnico responsável pela execução das mesmas.

3. MAPA DE QUANTIDADES

Documento Anexo

4. PEÇAS DESENHADAS

Nota: Os desenhos apresentados neste capítulo não devem ser considerados prontos para execução, devendo para
este fim, ser antes aprovados pela Dono da Obra.

4.1. CONSTRUÇÃO CIVIL


Desenho 01 – Arquitetura e Hidráulica
Desenho 02 Estrutura

Você também pode gostar