Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DRENAGEM DE ÁGUAS
RESIDUAIS
TIPOS DE SISTEMAS
Drenagem gravítica
1
Drenagem com elevação
2
Sistemas mistos de drenagem
3
CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS
DE DRENAGEM
• Os sistemas de drenagem predial devem ser
concebidos e dimensionados de forma a que a
drenagem das águas residuais seja rápida, que não
haja obstruções, os fechos hídricos dos sifões não
se percam e os ruídos sejam o mais reduzidos
possível.
• Tão importante como o correcto dimensionamento, é
o estabelecimento de um correcto traçado e
implantação.
• O traçado de uma rede de drenagem predial é
condicionado pela arquitectura, pelas estruturas, e
pelas outras redes de utilidades
• Exige-se coordenação e soluções compromisso com
as várias especialidades para que não se verifiquem
incompatibilidades entre elas.
4
Aspectos regulamentares importantes
5
Aspectos regulamentares importantes
6
Aspectos regulamentares importantes
7
Constituição dos sistemas de drenagem
8
Simbologia de representação dos sistemas de
drenagem
9
10
IMPLANTAÇÃO E TRAÇADO
DAS REDES
Ramais de descarga
11
Ramais de descarga
12
• Os ramais de descarga individuais de outros
aparelhos só podem ser ligados a ramais de
descarga de bacias de retrete, quando estejam
dotados de ventilação secundária.
13
• A ligação dos ramais de descarga aos tubos de
queda deve ser realizada através de forquilhas; a
ligação aos colectores prediais deve fazer-se
através de forquilhas ou de câmaras de
inspecção.
14
• Os ramais de descarga podem ser instalados à
vista, embutidos, em caleiras, enterrados, em
galerias ou em tectos falsos.
15
Ramais de ventilação
16
• A distância entre o ponto de inserção do ramal de
ventilação e o sifão do aparelho não deve ser
inferior a duas vezes o diâmetro do ramal de
descarga, nem superior aos valores referenciados
no ábaco do Anexo XVI do Regulamento:
17
18
• As bacias de retrete ou similares, quando
instalados em bateria, devem dispor
obrigatoriamente de ventilação secundária
individual em cada um dos aparelhos
19
• Os ramais de ventilação podem ser instaladas à
vista, embutidos, em caleiras, enterrados, em
galerias ou em tectos falsos.
• Na escolha dos percursos a seguir pelos ramais
de ventilação, sempre que possível e que tal não
ponha em causa o seu bom funcionamento, deve
optar-se por tubagens de menor extensão,
conduzindo a custos mais baixos.
• Em caso algum os ramais de ventilação devem
desenvolver-se sob elementos de fundação, em
zonas de acesso difícil, ou embutidos em
elementos estruturais.
Tubos de queda
20
• A concordância entre os tubos de queda e as
tubagens de fraca pendente deve ser feita
através de curvas de transição de raio maior ou
igual ao triplo do seu diâmetro, tomando como
referência o eixo do tubo, ou através de duas
curvas de 45°, eventualmente ligadas por um
troço recto.
21
• A inserção dos tubos de queda nos colectores
prediais deve ser feita através de forquilhas ou
câmaras de inspecção e o afastamento entre o tubo
de queda e o colector ou a câmara de inspecção não
deve exceder dez vezes o seu diâmetro; no caso de
o afastamento ultrapassar o valor indicado, deverá
dotar-se o sistema de ventilação secundária.
• Os tubos de queda devem ser dotados de bocas de
limpeza de diâmetro não inferior ao seu,
posicionadas junto das curvas de concordância,
próximo da mais elevada inserção dos ramais de
descarga e no mínimo de três em três pisos próximo
das inserções dos ramais.
• No atravessamento de elementos estruturais deverá
ficar garantida a não ligação rígida dos tubos de
queda a estes elementos, através da interposição
entre ambos de material que assegure tal
independência.
22
Os tubos de queda devem ser preferencialmente
instalados em galerias de forma a facilitar a sua
acessibilidade; no entanto, admite-se a sua
instalação embutida em paredes.
Em caso algum os tubos de queda deverão
desenvolver-se em zonas de acesso difícil, ou
embutidos em elementos estruturais.
Para evitar que fiquem sujeitos às pressões positivas
que se desenvolvem na base dos tubos de queda
não se deve ligar-lhes os aparelhos do piso do rés-
do-chão. Estes aparelhos são ligados aos colectores
prediais ou de preferência às suas caixas de
inspecção.
23
A abertura dos tubos de queda para o exterior
destinada a assegurar a ventilação do sistema de
drenagem deverá processar-se nas seguintes
condições regulamentares:
24
Colunas de ventilação
25
As colunas de ventilação devem ter a sua origem
(ponto mais baixo) nos colectores prediais ou
câmaras de inspecção e o fim (ponto mais alto)
numa ligação ao tubo de queda, ou numa saída
directa para o exterior.
No caso da origem se verificar num colector predial, a
sua inserção neste deverá verificar-se a uma
distância do tubo de queda inferior a dez vezes o
diâmetro deste.
Nos casos em que termine no tubo de queda, a
inserção da coluna de ventilação neste deverá
verificar-se a uma distância não inferior a um metro
acima da última inserção de ramal de descarga.
26
Na situação de abertura directa para o exterior, o
términus da coluna de ventilação deve fazer-se em
condições idênticas às dos tubos de queda.
Nas edificações que não possuam tubos de queda
(caso das moradias de 1 só piso) deve existir uma
coluna de ventilação com origem na câmara de
inspecção ou na extremidade do colector predial
situada mais a montante.
As colunas de ventilação devem ser ligadas ao
respectivo tubo de queda no mínimo de três em três
pisos, através de troços de tubagem rectos
ascendentes.
27
As colunas de ventilação devem ser
preferencialmente instaladas em galerias, de forma
a facilitar o seu acesso; no entanto, admite-se a sua
instalação embutida em paredes.
Em caso algum as colunas de ventilação devem
desenvolver-se em zonas de acesso difícil, ou ser
embutidas em elementos estruturais.
No atravessamento de elementos estruturais deverá
ficar garantida a não ligação rígida das colunas de
ventilação a estes elementos, através da
interposição entre ambos de material que assegure
tal independência.
Colectores prediais
28
Quando instalados à vista, as câmaras de inspecção
podem ser substituídas por curvas de transição,
forquilhas, reduções e bocas de limpeza
posicionadas de tal modo que possibilitem
eventuais operações de manutenção e limpeza.
29
O afastamento máximo entre câmaras de inspecção
ou bocas de limpeza consecutivas deve ser de 15m.
Na escolha dos percursos a seguir pelos colectores
prediais, sempre que possível deve optar-se por
tubagens de menor extensão, conduzindo a
menores custos, bem como a menores tempos de
retenção das águas no seu interior.
No atravessamento de elementos estruturais deve
garantir-se a não solidarização dos colectores
prediais com esses elementos, interpondo entre
ambos uma junta de material adequado.
Em caso algum os colectores prediais se devem
instalar sob elementos de fundação, em zonas
inacessíveis, ou ser embutidos em elementos
estruturais.
As inclinações dos colectores prediais devem estar
compreendidas entre 10 e 40 mm/m.
30
Ramais de ligação
31
NÍVEIS DE CONFORTO E
QUALIDADE
Factores que podem influenciar os níveis
de conforto e de qualidade das
instalações de drenagem de águas
residuais domésticas:
• Ruídos;
• Acessibilidade dos sistemas;
• Odores
Ruídos
• Os sistemas prediais de
drenagem não devem
produzir ruídos que
ponham em causa o
conforto dos utentes.
• O deficiente
dimensionamento dos
tubos de queda pode
dar origem à formação
de tampões que
“rebentam” provocando Formação de tampão no
descargas ruidosas. tubo de queda
32
Ruídos
33
Instalação de materiais isolantes
34
Odores
Fenómeno de auto-sifonagem
35
• A formação de tampões nos tubos de queda, origina
fenómenos de sifonagem induzida por compressão
ou por aspiração que podem originar a passagem de
maus odores para o interior das habitações.
• Para evitar este fenómeno devem respeitar-se os
requisitos regulamentares quanto ao
dimensionamento e taxa de ocupação dos tubos de
queda, de modo a que o escoamento através deste
se processe de forma anelar.
Fenómeno de
sifonagem
induzida
36
• Quando se procede à instalação de dois sifões num
mesmo ramal (dupla sifonagem), pode não se dar o
escoamento completo da água contida no aparelho
sanitário (quando a altura "a" é inferior à altura "b").
• Outra situação que pode também ocorrer é a
destruição parcial do fecho hídrico do primeiro sifão
(instalado logo a jusante do aparelho sanitário),
possibilitando a passagem de ar viciado para o
ambiente, pelo que a dupla sifonagem está interdita
pelo regulamento.
Dupla sifonagem
37
TUBAGENS E ACESSÓRIOS
Tubagens metálicas
Tubagens metálicas
38
Tubagens termoplásticas
39
• A ligação entre os tubos pode ser feita por
abocardamento com anéis de estanquidade, ou
por colagem.
• A ligação por anéis de estanquidade é preferível,
porque permite desvios angulares e absorção de
dilatações térmicas, evitando a introdução de
tensões nos tubos.
Ligação por
abocardamento
(campânula)
40
Espessura nominal (mm)
Diâmetro Diâmetro exterior
nominal (mm) (mm) Classe 0,4 MPa Classe 0,6 MPa
32 32,0 1,8
40 40,0 1,8
50 50,0 1,8
63 63,0 1,8 1,9
75 75,0 1,8 2,2
90 90,0 1,8 2,7
110 110,0 2,2 3,2
125 125,0 2,5 3,7
140 140,0 2,8 4,1
160 160,0 3,2 4,7
200 200,0 4,0 5,9
250 250,0 4,9 7,3
315 315.0 6,2 9,2
41
• Os diâmetros nominais nos tubos de grês são
aproximadamente iguais aos diâmetros interiores.
• As tubagens de grês cerâmico são frágeis e
bastante rígidas, exigindo-se que o seu leito de
assentamento seja bem regularizado e que garanta o
seu apoio contínuo.
• Quando posicionados na via pública, a profundidade
de assentamento dos colectores não deverá ser
inferior a 1 m, medido entre o extradorso do tubo e o
pavimento.
Acessórios
Sifões
• Os sifões são dispositivos incorporados nos
aparelhos sanitários ou a inserir nos
ramais de descarga, destinados a impedir a
passagem dos gases existentes nas canalizações
para o interior das habitações.
• O Regulamento fixa os diâmetros mínimos a adoptar
para os sifões dos diferentes aparelhos.
• Cada aparelho sanitário apenas poderá ser servido
por um único sifão, estando regulamentarmente
proibida a dupla sifonagem.
• Quando não fazem parte dos aparelhos sanitários,
os sifões não devem ser instalados a uma distância
superior a 3 m do aparelho respectivo.
42
Sifão incorporado no aparelho e sifão a incorporar no ramal
43
• Um único sifão poderá servir simultaneamente
vários aparelhos, na condição de que estes apenas
produzam águas de sabão.
• Nas baterias de aparelhos sanitários (de águas não
saponáceas), cada aparelho deverá ser dotado
individualmente de sifão.
• Os sifões devem ser dotados de bocas de limpeza,
ou facilmente desmontáveis.
• O diâmetro do sifão não deve exceder o do
respectivo ramal de descarga, de modo a evitar
fenómenos relacionados com a redução do fecho
hídrico e a produção de ruídos.
• Os sifões destinados aos sistemas de drenagem de
águas residuais domésticas devem possuir fecho
hídrico não inferior a 50 mm, nem superior a 75 mm.
Tipos
de
sifões
44
Ralos
Tipos de ralos
45
Caixas de pavimento (passagem ou reunião)
46
Câmaras de inspecção
Tipos de
câmara de
inspecção
47
Tampa, pode ser metálica ou de betão armado com
aro metálico, destinada a possibilitar o acesso ao
interior da câmara; deve possuir fecho hermético
para impedir a passagem de gases para o exterior.
A sua menor dimensão não deverá, em regra, ser
inferior a 0,55 m.
Dispositivo de acesso:
sempre que a câmara
tenha uma
profundidade superior a
1,7 m, deve ser dotada
de degraus encastrados
na parede interior,
distanciados entre si de
0,30 m e dispostos num
único alinhamento
vertical.
• O primeiro degrau não
deve ficar a mais de
0,60 m da superfície
exterior e o último a
mais de 0,40 m da
soleira.
48
Cobertura: pode ser tronco-cónica ou plana. Admite-se
que cobertura e tampa sejam uma única peça;
nesta situação, poderá ser metálica ou de betão
armado; caso contrário, deverá preferencialmente
ser de betão armado;
Corpo: as dimensões mínimas são as indicadas no
Regulamento, devendo a espessura da respectiva
parede ser condicionada pelo material utilizado no
fabrico. A espessura não deverá ser inferior a:
0,20 m se a parede for de alvenaria de pedra ou de
blocos de betão;
0,12 m se for de betão moldado no local;
0,15 m de espessura se for de alvenaria de tijolo
(tijolo assente a 1/2 vez).
49
Soleira: é constituída por
uma laje de betão,
destinada a servir
também de fundação
das paredes da câmara.
• A sua espessura na
zona mais profunda das
caleiras não deve ser
inferior a 0,10 m.
• Para evitar a retenção
de esgoto, as
superfícies interiores
devem possuir
inclinação
descendente, entre 10 e
20%, no sentido das Superfícies da soleira.
caleiras e com arestas
ligeiramente boleadas.
50
Queda guiada pelo
exterior da caixa.
Inserção de caleiras.
51