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2020
Ralo seco
Caixa sifonada
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Figura 15 – Partes Constituintes de uma instalação predial de esgoto
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● Ramal de Descarga
Ramal de descarga é a tubulação que interliga os efluentes de cada aparelho
sanitário (lavatórios; bidês; banheiras e tanques, exceto bacia sanitária), bem como
de ralos secos (chuveiros), transferindo-os inicialmente à caixa sifonada (ver figura
19). A caixa sifonada por sua vez estará interligada ao ramal de descarga da bacia
sanitária. O ramal de descarga da bacia sanitária, por outro lado deverá ser
conectado diretamente ao tubo de queda sem passar pela caixa sifonada. O tubo de
queda conduzirá verticalmente os efluentes (ver figuras 15 e 17), lançando-os no
coletor predial, previsto no nível mais inferior da edificação.
● Sifão
O sifão, também denominado desconector, é previsto na saída de cada aparelho
sanitário e destina-se a isolar a tubulação de descarga do aparelho de forma a
impedir a passagem de gases contaminados e com odores desagradáveis, do interior
desta tubulação para o meio exterior, o que poderia ocorrer através destes aparelhos
sanitários. Esta característica dos sifões denomina-se vedação hídrica. De acordo
com a norma NBR-8160, à exceção dos ralos secos e das bacias sanitárias(estas
possuem seu próprio sifão) todos os demais aparelhos sanitários devem ser dotados
de desconectores (ver figura 18).
● Caixa Sifonada
● Ralos
Os ralos podem ser dotados ou não de vedação hídrica. Não possuindo a vedação são
denominados ralos secos. Possuindo vedação hídrica são denominados ralos
sifonados. Ralos secos(figura 20) são normalmente utilizados para coletar águas de
chuveiros, ficando localizados junto ao mesmo, e também para coletar águas de
lavagem de pisos, de lavanderias, de áreas de serviço e de áreas externas. São
fabricados em PVC e dotados de grelhas.
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● Coletor Predial
O coletor predial (ver figura 22) é constituído por uma tubulação que estará
conectada a todos os tubos de queda e recolherá todos os efluentes da edificação.
Destina-se à descarga de todos os efluentes no coletor público. No coletor predial
estarão instaladas caixas de inspeção. A distância entre a última caixa de inspeção e
o coletor público não deverá exceder 15 metros. O coletor predial deve ter diâmetro
nominal mínimo de 100 mm e dimensionamento conforme tabela do quadro 13,
extraído da NBR 8160 da ABNT. Deverá ser prevista uma declividade mínima de
2% para o coletor predial.
● Caixa de Inspeção
As caixas de inspeção (ver figura 21) destinam-se a permitir a inspeção, limpeza e
desobstrução das tubulações de esgotos. Deverão ser instalada em mudanças de
direção das tubulações (90o ou 45o); mudanças de declividade e sempre que o
comprimento da tubulação atingir 12 metros. A profundidade de instalação das
caixas de inspeção não deve ultrapassar 1,0 metro, devendo a tampa, removível,
estar nivelada com o piso. Suas dimensões deverão ser, no mínimo, 60 x 60 cm
internamente, quando quadrada ou 60 cm de diâmetro interno quando cilíndricas.
● Caixa de Gordura
As caixas de gordura (ver figura 22) destinam-se a receber ramais de esgotos
provenientes de pias de cozinha e copas. Sua função é permitir a separação de
gorduras, óleos e graxas que, no interior da caixa se deslocam para a parte superior
(separação por densidade) e demais resíduos sólidos que se depositam na no fundo.
Ficam assim facilitadas as retiradas destes resíduos por limpezas periódicas da
caixa, evitando que os mesmos venham a ser depositados em outras partes do
interior das tubulações, causando entupimentos. As caixas de gordura devem ser
instaladas nos ramais de esgotos, a montante (antes) da descarga no coletor predial
(ver figura 22) e em local de fácil acesso. Podem ser fabricadas de PVC ou moldadas
em concreto, prevendo-se neste segundo caso boa estanqueidade. Para edificações
unifamiliares, podem-se adotar caixas de PVC simples, embutidas no piso. Para
edificações de vários pavimentos, será necessário adotar um tubo de queda
exclusivo, que dirigirá os efluentes de cozinha e copa diretamente para uma caixa
de gordura central. A previsão de caixas de gordura é obrigatória por Norma em
edificações residenciais unifamiliares ou multifamiliares, bem como em edificações
corporativas (assim denominadas edificações destinadas a hospitais, restaurantes,
indústrias, etc).
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Figura 21 – Caixa de inspeção
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Figura 23 – Planta pavimento térreo – coletor predial
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Figura 24 – Detalhe tubulação esgoto banheiro (ver figura 22)
● Ramal de Ventilação
É a tubulação que interliga as caixas sifonadas ou os ramais de descarga à coluna de
ventilação (ver figura 17). Deverá possuir declividade mínima de 1% em direção à
caixa sifonada ou ramal de descarga, de forma a permitir o escoamento de volta, por
gravidade, a qualquer parte líquida que venha a penetrar no ramal de ventilação.
Afim de evitar perdas de carga elevadas, as distâncias máximas entre a caixa
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sifonada e a coluna de ventilação devem ser as constantes do quadro 1, a seguir. Para
dimensionamento do ramal de ventilação, consultar a tabela do quadro 14.
● Coluna de Ventilação
A coluna de ventilação é destinada a manter a pressão atmosférica no interior da
tubulação, bem como permitir a saída de gases malcheirosos e contaminados. Sua
extremidade superior deverá ser conectada ao prolongamento da tubo de queda cujo
terminal estará aberto à atmosfera, sendo prolongado, no mínimo, 30 cm acima do
telhado ou laje de cobertura (ver figura 15, 16, 17 e 25). Afim de evitar a entrada de
elementos sólidos que possam obstruir a tubulação, bem como entrada de água de
chuva devem ser previstos na parte terminal da coluna componentes terminais (ver
figura 25). Para o dimensionamento da tubulação da coluna de ventilação, consultar
a tabela 15.
Dimensionamentos
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Uma vez conhecidos os valores acumulados das UHCs, determinam – se os valores
dos diâmetro dos ramais de descarga dos aparelhos (tabelas 01, 02 e 04); dos ramais
de descarga das caixas sifonadas(tabela do quadro 03); dos tubos de queda (tabela
05) e dos coletores prediais (tabela 06).
As declividades das tubulações devem ser de 2% para tubulações com diâmetro
nominal igual ou inferior a 75mm e de 1% para tubulações com diâmetro nominal
igual ou superior a 100 mm.
Quanto aos diâmetros dos ramais de ventilação e das colunas de ventilação, estes
encontram-se definidas nas tabelas 07 e 08, respectivamente.
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Exemplo de dimensionamento:
CS – Caixa sifonada
TQ – Tubo de queda
CV – coluna de ventilação
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6 - Determinação do diâmetro do ramal de ventilação
O diâmetro do ramal de ventilação será definido pela tabela 07, em função do
número de UHC. Neste caso então: Número de UHC = 9, então diâmetro igual a
40 mm (válido para até 12 UHC).
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TABELAS PARA DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÕES DE ESGOTO
REPRODUZIDAS DA NORMA NBR 8160 - ABNT
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Tabela 04 – Diâmetros mínimos de ramais de descarga, com mais de um aparelho
descarregando no mesmo ramal
Observação: Em toda área molhada com bacia sanitária, o diâmetro mínimo do tubo
de queda deverá 100mm.
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Quadro 07 – Diâmetros de ramais de ventilação
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