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Manica – Chimoio
2022
Nome do/a estudante:
1º Ano.
Manica – Chimoio
2022
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Conclusão......................................................................................................................................13
Referencias Bibliográficas.............................................................................................................14
Introdução
O presente trabalho na cadeira de gestão Ambiental apresenta um breve estudo sobre a evolução
histórica da questão ambiental por meio de uma revisão teórica bibliográfica, tendo um enfoque
exploratório. A gestão ambiental pauta pelo maio e uso racional dos recursos naturais actuando
nas esferas de reciclagem, recuperação, prevenção e manutenção do meio ambiente.
Alguns autores denotam que os principais problemas que advém do meio ambiente é puramente
causado pelo uso irracional dos recursos por parte do ser humano, e destes sãos destacados
problemas como a destruição da biodiversidade ou extinção das espécies, a destruição
progressiva da camada de ozónio por gazes, o efeito estufa ou aquecimento global e a poluição.
Pode-se dizer que a consciência sobre os problemas ambientais é muito recente, passando o
mundo a se preocupar com os impactos gerados pelo mau uso dos recursos naturais,
principalmente nas últimas décadas do século XX, sendo estes, actualmente, temas importantes e
recorrentes, nos mais diversos segmentos de opinião.
Não obstante, o presente trabalho tem como objectivo principal evidenciar os marcos que
levaram o mundo a evolucionar as questões sobre o meio ambiente, e tendo como objectivos
específicos o de apresentar os principais eventos que se verificaram mundialmente em relação ao
meio ambiente.
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A Evolução Histórica De Questoes Ambientais E Os Principais Eventos Mundiais Sobre O
Meio Ambiente
Para Valderi Duarte apud Santos (1994), “a história do homem sobre a Terra é a história de uma
ruptura progressiva entre o homem e o entorno”. Esse processo se acelera quando, praticamente
ao mesmo tempo, o homem se descobre como indivíduo e inicia a mecanização do planeta,
armando-se de novos instrumentos para tentar dominá-lo. Ainda segundo o autor, a natureza
artificializada marca uma grande mudança na história humana da natureza.
Durante séculos, a destruição do meio ambiente não foi objecto de maiores preocupações das
sociedades. A crescente escassez dos recursos naturais produzida por um sistema produtivo
voraz, face à crescente demanda de consumo da sociedade moderna, está associada à
deterioração do meio ambiente. A devastação das florestas, as contaminações químicas e
orgânicas do ar, do solo e das águas passaram a ser percebidas como problema ambiental nas
últimas décadas.
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A educação ambiental se constitui, então, em instrumento para combater a crise ambiental do
mundo com o objectivo de despertar a consciência ecológica dos indivíduos para uma utilização
mais racional dos recursos do Universo. Para Ramos, C. E (1996:2) “as preocupações ambientais
mundialmente crescentes e as iniciativas já adoptadas passaram a pressionar as instituições
financeiras públicas e privadas para a realização de investimentos no sentido de reverter o quadro
de crise e implementar a educação ambiental.”
Tanto quanto na abordagem acima mencionada, a ideia apos a notável degradação, ou seja,
irracional uso dos recursos naturais que dispunha o homem levou as instituições a pensar em
métodos e técnicas que fossem eficientes para incumbir a sociedade civil para uma gestão mais
racional do meio ambiente sendo que deste os seres vivos fazem seu habitat.
No início dos anos 70 o governo sueco apresentou à Organização das Nações Unidas uma
proposta para a realização de uma Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano o que
de fato aconteceu em Junho de 1972 em Estocolmo. Essa conferência, convocada pela ONU foi a
"primeira na história da humanidade em que políticos, especialistas e autoridades de governo,
representando 113 nações, 250 organizações não-governamentais e diversas unidades da própria
ONU” se reuniram para discutir as questões ambientais.
Na reunião de Estocolmo, inúmeros programas foram criados como o UNEP (Programa de Meio
Ambiente das Nações Unidas) para implementar o consenso obtido na Conferência. Os governos
criaram ministérios ou agências para lidar com as questões ambientais, legislações e
regulamentos ambientais foram promulgados. Organizações não-governamentais e grupos de
cidadãos surgiram em todas as partes, a princípio, principalmente nos países desenvolvidos, bem
como unidades governamentais de controlo da poluição foram estimuladas.
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O PNUM A (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) foi criado com a tarefa de
veicular informações para a educação, capacitação e orientação preferencialmente às pessoas
responsáveis pelo gerenciamento das questões ambientais.
Comenta Ramos, C. E (1996:15), “que assim as mudanças significativas devem ocorrer em todas
as nações do mundo para assegurar o tipo de desenvolvimento racional mudanças que serão
direccionadas para uma distribuição equitativa dos recursos da Terra, a atender mais as
necessidades dos povos”.
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Congresso Internacional De Educação E Formação. Moscou. 1987
Esse Congresso partiu do princípio de que os objectivos da educação ambiental não podem ser
definidos sem ter em conta a realidade social, económica e ecológica da sociedade, assim como
os objectivos de desenvolvimento económico previsto. Nessa perspectiva, foi elaborado um
plano de acção para a década de 90, explicitado no documento final chamado de "Estratégias
Internacionais de educação e formação ambiental para a década de 1990" e publicado pela
UNESCO em 1988.
Em 1973, a palavra ecodesenvolvimento foi utilizada por Maurice Strong pela primeira vez para
definir uma proposta de desenvolvimento ecologicamente orientado. Para Sachs (1986, apud
CAMARGO 2003), “é o desenvolvimento socialmente desejável, economicamente viável e
ecologicamente prudente. Dessa forma, a teoria do ecodesenvolvimento implica em melhoria não
apenas em termos quantitativos, mas prevê uma mudança qualitativa das estruturas produtivas,
sociais e culturais da sociedade.”
No Brasil, a Rio 92 chamou a atenção do mundo para a dimensão global dos perigos que
ameaçam a vida na Terra e para a necessidade de uma aliança entre todos os povos em prol de
uma sociedade sustentável. Como resultado houve a aprovação de vários documentos como a
declaração do Rio de Janeiro sobre o meio ambiente e o desenvolvimento; a convenção sobre
mudanças climáticas; declaração de princípios sobre florestas e a Agenda 21. Esta foi
identificada como uma agenda de trabalho para o século XXI, em que se procurou identificar os
problemas prioritários, os recursos e os meios necessários para enfrentá-los, bem como as metas
a serem atingidas nas próximas décadas.
A década de 90 foi a década da Gestão Ambiental em que foram elaboradas uma série de normas
e suas ferramentas para as empresas voltadas ao meio ambiente – como as normas da ISO série
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14.000. A carta da Terra foi outro marco da década de 90, contemplando todas as dimensões do
homem em sua interacção com a natureza e servindo como um código ético planetário -
equivalente à declaração Universal dos Direitos Humanos – buscando promover um diálogo
mundial sobre os valores compartilhados, ética global, de modo a servir como um tratado dos
povos, na promoção de uma aliança global em respeito à Terra e à vida.
Diante do exposto, percebe-se que houve uma revolução de valores nos últimos 50 anos. Em
uma primeira fase, foram percebidos os problemas ambientais localizados; em uma segunda fase,
a degradação ambiental foi percebida como um problema generalizado, restrito aos limites
territoriais dos Estados nacionais e, em uma terceira fase a degradação ambiental foi percebida
como um problema planetário que atinge a todos.
O termo ambiente refere-se ao meio físico natural, incluindo o ar, a água, a terra, a flora, a fauna
e os recursos não renováveis, como por exemplo os combustíveis fósseis e os minerais. 1 DC,29.
A Lei n°. 20/1997, de 1 de Outubro, (Lei do ambiente) define que ambiente é o meio em que o
Homem e outros seres vivem e interagem entre si e com o próprio meio e inclui o ar, a luz, a
terra e, a água; os ecossistemas, a biodiversidade e instalações ecológicas; a matéria orgânica e
inorgânica; as condições socioculturais e económicas que afectam a vida das comunidades.
Com o exposto acima, percebe-se que o meio ambiente é o conjunto de seres bióticos e abióticos
que o universo apresenta. Quando se fala em problemas ambientais, ainda é muito recorrente que
algumas pessoas os relacionem a situações que, normalmente acontecem distante da sua
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realidade, do seu cotidiano, a exemplo da extinção de animais, desmatamentos, derretimento das
calotas polares, desertificação, dentre outros.
Sabe-se que, actualmente os principais impactos ambientais ocorrem pela acção do homem e de
forma pontual, devido á exploração por meio das actividades industriais, o que leva a diversos
problemas e, consequentemente, à preocupação com o meio ambiente.
Segundo Sanches (1997), as pressões exercidas sobre o sector industrial para a adopção de
práticas sustentáveis podem surgir por meio da actuação do governo; de legislações e
regulamentações; de ataques da opinião pública; de boicotes de consumidores; de reivindicações
de empregados; e de desastres ecológicos.
Segundo Tinoco e Kraemer (2011, p. 19), o primeiro grave acidente ambiental ocorreu na
Bélgica em 1930: Uma espessa névoa cobriu uma zona industrial ocasionando à população tosse,
dores no peito, dificuldade de respirar, irritação na mucosa nasal e nos olhos. Cerca de 70
pessoas haviam morrido e centenas de outras pessoas ficaram enfermas ao final de cinco dias. As
causas da grande concentração de poluentes no ar que ocasionou as mortes e doenças foram as
emissões atmosféricas das indústrias associadas a condições climáticas desfavoráveis.
Por meio desse incidente, foi possível compreender pela primeira vez o impacto industrial no
meio ambiente e o modo como isso afecta não somente o meio, mas também as pessoas que
fazem parte dele.
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Como nessa região existiam colónias de pescadores e indústrias químicas, após estudos
verificou-se que a contaminação estava relacionada ao mercúrio, o qual tinha como fonte
geradora uma fábrica de PVC que utilizava esse componente como catalisador no processo,
descarregando os resíduos na Baía de Minamata; esse mercúrio era assimilado por
microorganismos aquáticos, entrando na cadeia alimentar e, por consequência, envenenando as
pessoas (Tinoco; Kraemer, 2011).
Em 1976, em Seveso, na Itália, um incêndio em uma indústria de pesticidas gerou uma pequena
nuvem branca (contendo 2,5 kg de dioxina) que foi disseminada pela atmosfera da região. Após
cinco dias, crianças apareceram com pontos vermelhos e borbulhas na pele, além de problemas
renais e vómitos. As mulheres grávidas na época geraram crianças sem cérebro e com
deformações físicas. Acredita-se que cerca de 5 mil italianos tenham sido vítimas do acidente. A
população ficou alarmada e planos de evacuação começaram a ser criados em comunidades
vizinhas e em locais com esse potencial.
Da mesma forma que o caso ocorrido no Japão, o incidente na Itália acabou criando uma geração
de doentes, o que impactou o meio ambiente e trouxe ao mundo crianças que tinham todo o tipo
de deformação física e mental. Novamente foi evidenciado o impacto das acções do homem
sobre o meio ambiente e sobre ele mesmo, formando, assim, um círculo destrutivo.
Destacamos aqui uma tragédia ocorrida no Brasil, em 1984: o vazamento de gasolina de ductos
de uma refinaria da Petrobras, em Cubatão, São Paulo, causou um incêndio no bairro Vila Socó,
incinerando casas e matando dezenas de pessoas (Tinoco; Kraemer, 2011). Segundo Tinoco e
Kraemer (2011), Cubatão já foi considerada uma das regiões mais poluídas cio mundo e chegou
a ser conhecida como Vale da Morte, uma vez que as nuvens que ali se formavam continham
toneladas de substâncias tóxicas lançadas das chaminés das indústrias e de uma refinaria local de
petróleo. Essas nuvens eram levadas pelo vento e se precipitavam em forma de chuva ácida, que
caía sobre as encostas da Serra do Mar.
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Com a morte da vegetação dessa serra, a chuva ácida causava a erosão do solo, resultando em
grandes deslizamentos, o que colocava não só a Serra do Mar em risco, mas também a Baixada
Santista. Isso causou a intoxicação de pessoas, havendo o registro de inúmeras mortes, bem
como o nascimento de crianças com deficiência física e mental. Após esse incidente, houve a
necessidade de instalar filtros antipoluentes nas chaminés e de tratar seus resíduos tóxicos.
Como acima foram referidos os principais eventos/problemas que fizeram com que o homem
passasse a preocupar-se mais com o meio ambiente são:
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Conclusão
A título de conclusão, verificam-se que foram vários os factores que contribuíram para que
houvesse uma notável evolução em torno do meio ambiente. Constatou-se que o entendimento
sobre o meio ambiente apesar de vários autores discutirem esta temática eles acabam seguindo
mesmo pensamento concluindo-se que o meio ambiente é um conjunto de seres bióticos e
abióticos.
Nota-se ainda que a revolução industrial foi um marco muito importante para o processo
evolucionário sobre o meio ambiente e que diante de vários fenómenos, as instituições
financeiras publicas e as não-governamentais viram-se na necessidade de criar condições para
criar investimentos que reflectisse ao que ficou denominada por educação/gestão ambiental
tendo estas instituições notado que os demais problemas ambientais surgiam pelo uso irracional
dos recursos naturais que o homem dispunha, e como forma de melhorar a gestão racional dos
recursos foram criados vários programas tal como foi apresentado no desenvolver do trabalho.
Podemos também verificar que um dos grandes marcos para que se fizesse a gestão racional foi a
existência da Rio 92.
As portas do século XX a humanidade são marcadas por uma época em que o perigo da
autodestruição tomou-se uma possibilidade histórica. Não se trata, no entanto, de uma catástrofe
produzida pela natureza. Trata-se, isto sim de um processo de destruição do meio ambiente e dos
recursos naturais necessários à vida subjacente á forma como a sociedade moderna está
económica e politicamente, organizada para produção e reprodução das condições necessárias à
sobrevivência da vida na Terra.
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Referencias Bibliográficas
Tinoco, J. E. P.; Kraemer, M. E. P. (2011). Contabilidade e Gestão Ambiental. 3. ed. São Paulo:
Atlas.
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