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Aucệncia Carlos Laice Nuva

Elton Custódio Mário Manuel

Felizmeta Inácio Maunze

Zeituna Alberto Faife

Evolução histórica da questão ambiental: Do relatório brundtland aos nossos dias

Licenciatura em Geografia

Universidade Save

Maxixe

2021
Aucệncia Carlos Laice Nuva

Elton Custódio Mário Manuel

Felizmeta Inácio Maunze

Zeituna Alberto Faife

Evolução histórica da questão ambiental: Do relatório brundtland aos nossos dias

Trabalho a ser apresentado para


efeitos de avaliação, na cadeira de
Gestão Ambiental, sob orientação do
MA: Olivia de Lurdes

Universidade Save

Maxixe

2021
Índice
0.0 Introdução...................................................................................................................................4

1.0 Objectivos...................................................................................................................................5

1.1 Geral...........................................................................................................................................5

1.2 Específicos..................................................................................................................................5

2.0 Metodologia................................................................................................................................5

3.0 Evolução histórica da questão ambiental: Do relatório brundtland aos nossos dias..................6

3.1 O relatório brundtland sobre problemas ambientais até aos nossos dias....................................6

4.0 Os objectivos da CNUMAD.......................................................................................................8

5.0 Declaração do Rio....................................................................................................................10

6.0 Agenda 21.................................................................................................................................11

7.0 Conclusão.................................................................................................................................13

8.0 Referências Bibliográficas........................................................................................................14


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0.0 Introdução
Nu presente trabalho ira-se falar da evolução histórica da questão ambiental no que diz respeito
ao relatório brundtland até aos nossos dias. Nos últimos séculos, um modelo de civilização se
impôs, alicerçado na industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, a
mecanização da agricultura, o uso intensivo de agro tóxicos e a concentração populacional nas
cidades. Para esse modelo o meio ambiente é uma fonte inesgotável de riquezas a serviço do
homem, sendo vigente na economia do século XX. Entretanto, na década de 1960, se intensificou
a percepção da humanidade caminhar para o esgotamento, ou a inviabilização de recursos
indispensáveis à sua própria sobrevivência devido à intensificação dos efeitos negativos dessa
proposta de desenvolvimento. Percebe-se que as alterações ambientais antes do período da
revolução industrial ocorreram de forma mais gradual e em determinados pontos, com os
impactos que ocorreram nos últimos séculos a nível regional e global ocorreram impactos mais
drásticos como a chuva ácida, a diminuição da camada de ozónio, o aumento do efeito estufa,
resíduos tóxicos, acidentes industriais, entre outros (BRASIL, 1998; FILHO, 2000; PHILIPPI JR,
2004). Com tudo nesse breve trabalho pretende-se descrever quais eram objectos da Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, o mesmo decorrido em 1983, na Assembleia
Geral da ONU, no que diz respeito aos problemas ambientais e desenvolvimento, estabelecendo
assim acções ou proposta para a mitigação dos mesmos problemas ambientais desde daquele
tempo ate os dias actuais.
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1.0 Objectivos

1.1 Geral
 Compreender a evolução histórica da questão ambiental: Do relatório brundtland aos
nossos dias;

1.2 Específicos
 Analisar a evolução histórica da questão ambiental;
 Explicar quais eram os objectivos do relatório de Brundtlande sobre problemas ambientais
aos nossos dias;

2.0 Metodologia
Para a materialização do trabalho, recorreu-se ao método da revisão bibliográfica, o qual consiste
na leitura e interpretação de diversos textos que abordam o tema em análise com o objectivo de
inferir as conclusões consistentes e necessárias para a composição do texto.
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3.0 Evolução histórica da questão ambiental: Do relatório brundtland aos nossos dias
A interferência da espécie humana no meio ambiente vem desde tempos mais remotos. Na busca
por melhores condições de sobrevivência passou a desmatar, queimar, plantar, produzir
ferramentas e construir habitações. Isso forçou a retirada cada vez mais intensa dos recursos
ambientais promovendo o desequilíbrio ambiental. De acordo com Philippi Jr (2004) essa
interferência humana culminou no desenvolvimento de um sistema de relações extremamente
complexo e dinâmico. Tais relações são as actividades antrópicas das sociedades humanas,
representadas principalmente pela agropecuária, pela geração de energia e pelas actividades
industriais, demandando um conjunto de recursos naturais, que são utilizados na forma de solo
agrícola, minerais do subsolo, de recursos hídricos e florestais, e pela atmosfera. Effting (2007)
afirma que, com a urbanização e evolução da civilização, a percepção do ambiente mudou
drasticamente e a natureza passou a ser entendida como algo separado e inferior à sociedade
humana, ocupando uma posição de subserviência. Para atender as necessidades humanas, foi-se
desenhando uma equação desbalanceada: retirar, consumir e descartar.
Em 1972 problemas ambientais mundiais foram debatidos na Conferência das Nações Unidas,
Sobre o Ambiente Humano (CNUAH), em Estocolmo, Suécia. Um marco importante na
discussão dos problemas ambientais em âmbito internacional teve como foco a ameaça ao meio
ambiente natural como consequência do crescimento económico e poluição industrial. Nela,
criou-se um novo paradigma, à época chamado Eco-desenvolvimento. De acordo com esta nova
visão de mundo, é necessária a discussão permanente sobre os modelos económicos, suas
interferências sociais e ambientais a curto e longo prazo. A expressão Eco-desenvolvimento,
desde o início da década de 80, vem sendo substituída por Desenvolvimento Sustentável. Nessa
conferência foi criado o Programa das Nações Unidas de meio ambiente (PNUMA), incluindo
assim definitivamente a questão ambiental nas agendas governamentais mundiais.
(IBAMA/MMA, 2006; FILHO, 2000; SCARDUA, 2003; PHILIPPI JR, 2004).

3.1 O relatório brundtland sobre problemas ambientais até aos nossos dias
Em 1983, a Assembleia Geral da ONU, por iniciativa do PNUMA criou a Comissão Mundial
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD, composta por membros políticos de
diferentes países e presidida por Gro Harlem Brundtland e teve como objectivos os seguintes:
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 Um diagnóstico dos problemas ambientais e de desenvolvimento, estabelecendo propostas


de acções;
 Propor novas modalidades de cooperação internacional; e
 Incentivar uma actuação mais firme da comunidade internacional.
O mesmo Relatório Brundtland era constituído de três partes: preocupações comuns, problemas
comuns e esforços comuns. Propõe uma perspectiva de conciliação entre desenvolvimento e meio
ambiente, introduzindo oficialmente na agenda internacional a noção de desenvolvimento
sustentável, e é entendido não como um estado de equilíbrio, mas como um processo de mudança
em que o uso de recursos, a direcção de investimentos, a orientação do desenvolvimento
tecnológico e as mudanças institucionais concretizam o potencial de atendimento das
necessidades humanas do presente e do futuro e também propunha um crescimento mais
qualitativo, apoiado em práticas conservacionistas e capazes de expandir a base de recursos
naturais. O relatório Brundtland sustenta que o crescimento se dê por meio da maior
produtividade dos recursos, reduzindo o volume de materiais processados pelas economias,
recuperando o meio ambiente e redistribuindo a renda.
O relatório tem vários capítulos sobre questões sectoriais que têm interface com a questão
ambiental: população, alimentação, agricultura, energia, indústria, saúde, assentamentos humanos
e relações internacionais. Apresenta também capítulos sobre questões globais (qualidade
ambiental dos oceanos e mares, manutenção da biodiversidade e as vinculações entre segurança e
meio ambiente).
Segundo o relatório, a protecção do meio ambiente deve ser uma prioridade internacional que
obrigue a uma vasta redistribuição dos recursos financeiros, científicos e tecnológicos em escala
planetária. O Relatório Brundtland propõe uma série de medidas a serem tomadas pelos países.
Entre elas: a limitação do crescimento populacional; a garantia de recursos básicos no longo
prazo; preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; diminuição do consumo de energia e
desenvolvimento de tecnologias que admitem o uso de fontes energéticas renováveis; aumento da
produção industrial nos países não industrializados com base em tecnologias ecologicamente
adaptadas; controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores; e
atendimento às necessidades básicas (saúde, escola e moradia). Em âmbito internacional, as
metas propostas são: adopção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de
desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento); protecção de
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ecossistemas supranacionais, como a Antárctica e os oceanos, pela comunidade internacional;


banimento das guerras; e implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela
ONU.
A capacidade humana de transformar recursos naturais em valores de troca (produção de bens
materiais) adquire grande aceleração após a revolução industrial. A tal ponto, que alguns sectores
da sociedade tomaram consciência dos riscos representados pela intensa degradação da natureza e
pelo consumo exacerbado de recursos não renováveis. Em 1989, a Assembleia Geral da ONU
aprovou a resolução 44/289, que convocava os Estados membros para uma Conferência sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD, onde o mesmo deveria se empenhar em
catalisar a cooperação internacional em favor de acções concretas e ambiciosas, com vistas ao
crescimento económico, à melhoria da qualidade de vida e à projecção ambiental: a emergência
de um movimento ambientalista organizado, em vários países; os problemas ambientais globais; a
repercussão de graves acidentes ambientais; o impasse no diálogo Norte-Sul; e a publicação do
Relatório Brundtland. A Conferência deveria elaborar estratégias e medidas para deter e reverter
a degradação ambiental, por meio de esforços nacionais e internacionais, e promover o
desenvolvimento sustentável em escala planetária.

4.0 Os objectivos da CNUMAD


 Examinar a situação ambiental do mundo e as mudanças ocorridas depois da Conferência
de Estocolmo;
 Identificar estratégias regionais e globais para acções apropriadas referentes às principais
questões ambientais;
 Recomendar medidas a serem tomadas no âmbito nacional e internacional, relativas à
protecção ambiental;
 Promover o aperfeiçoamento dos protocolos ambientais internacionais; e
 Examinar estratégias de promoção de desenvolvimento sustentável.
Ficou estabelecido que a Conferência abordaria nove problemas ambientais principais: projecção
da atmosfera e mudanças climáticas; protecção de águas doces; protecção e controle de oceanos,
mares e áreas costeiras; protecção e controle dos recursos do solo (desmatamento, desertificação
e seca); preservação da biodiversidade; biotecnologia; gestão de resíduos; qualidade de vida das
populações mais pobres; e promoção da saúde.
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Um amplo conjunto de imperativos e expectativas marcou o contexto em que a Conferência foi


decidida e programada:
 Promover modelos de desenvolvimento nos quais as sociedades humanas parem de
destruir o capital ecológico do planeta numa velocidade mais rápida que o processo de
sua reconstituição e escolher acções, a serem implementadas, adaptadas à diversidade dos
problemas ecológicos e às possibilidades dos diversos países de resolvê-los;
 Discutir com realismo o problema do aquecimento global, considerando as
responsabilidades respectivas do Norte e do Sul no aumento das emissões de gases de
efeito estufa. Os países ricos deveriam admitir uma redução drástica do seu consumo de
energias fósseis, por meio de programas de tecnologia de energia e de pesquisas sobre
energias convencionais. Por outro lado, deveriam ajudar a financiar os esforços dos
países do Sul, no sentido de promover o desenvolvimento com protecção ambiental e, ao
mesmo tempo, combater a imensa dívida social. Seria necessário, também, que os
problemas globais, como o do clima, encontrassem soluções locais adaptadas, às suas
condições específicas
 Apresentar novas propostas para solucionar o endividamento dos países do terceiro
mundo, particularmente os da África e da América Latina, uma vez que o endividamento
é um dos factores mais hirtamente responsável pelo marasmo económico e pela crise
ecológica destes países;
 Discutir a possibilidade de criação de um grande fundo mundial de desenvolvimento e de
gestão do planeta financiado automaticamente pelas transacções financeiras
internacionais;
 Criar redes de trabalho baseadas nas estratégias de ecodesenvolvimento;
 Privilegiar a gestão do meio urbano, considerando as condições deploráveis das grandes
concentrações urbanas do planeta e a ineficácia, com poucas exceções, das políticas
públicas de urbanismo e habitação;
 Desmistificar o modelo consumista, incitando a discussão sobre a importância de os
países do Norte em não evocarem a evolução tecnológica como contraponto: ao
esgotamento dos recursos naturais; à perda de património genético e biológico do
planeta; e à degradação, não apenas das condições de vida, mas de todo o ecossistema
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planetário. Um sério debate sobre estilos de vida e de consumo das diferentes sociedades
deveria ser estimulado.
Foram realizadas também reuniões preparatórias sobre meio ambiente e desenvolvimento em
todas as regiões. Na reunião da América Latina e Caribe, que se realizou em Tlatelolco, no
México, em Março de 1991, foi adoptada a Plataforma de Tlatelolco, uma consolidação das
posições dos países da região sobre a temática da Conferência. Este documento aborda, dentre
outros pontos:
 O endividamento externo, ressaltando a importância da consolidação dos processos
democráticos na região, reconhecendo que só haverá redução dos problemas económicos
e sociais e melhoria na qualidade ambiental, quando a questão da dívida externa estiver
solucionada;
 A criação de um fundo especial, de modo a fornecer aos países em desenvolvimento
recursos novos e adicionais, para a adopção de programas e projectos ambientais, de
acordo com os seus objectivos, prioridades e planos nacionais;
 A implantação de contas ambientais, que considerem a adequada incorporação da
dimensão ambiental no sistema de contas nacionais.

5.0 Declaração do Rio


A Declaração do Rio sobre meio ambiente e desenvolvimento foi adoptada por consenso e,
embora não tendo valor jurídico directo, contribuiu para a consagração de certos princípios do
desenvolvimento sustentável. Com importante alcance moral, político e às vezes operacional, o
texto visava a guiar o comportamento dos Estados e mobilizar as sociedades.
A declaração enumera vinte e sete princípios para uma gestão sustentável dos recursos do
planeta. Os nove primeiros tratam das relações entre a protecção ambiental e o desenvolvimento.
O princípio 1 assinala que os seres humanos estão no centro das preocupações com o
desenvolvimento sustentável. O princípio 2 reafirma o princípio 21 da Declaração de Estocolmo,
confirmando que os Estados têm o direito soberano de explorar os seus próprios recursos. O
princípio 3 estabelece que o direito ao desenvolvimento inclui a necessidade de se preservar os
bens naturais para as futuras gerações. O princípio 4 evidencia que a protecção ambiental deve
ser parte integrante do processo de desenvolvimento. A cooperação no processo de eliminação da
pobreza, como condição para o desenvolvimento sustentável, é contemplada. No princípio 5 e o
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princípio 6 afirma que os países em desenvolvimento e aqueles ambientalmente mais vulneráveis


devem receber prioridade. O princípio 7 estabelece que os Estados têm responsabilidades
comuns, porém diferenciadas. O princípio 8 enfatiza que os Estados devem reduzir e eliminar
padrões insustentáveis de produção e consumo, e promover políticas demográficas especiais. O
princípio 9 insiste sobre a necessidade do intercâmbio do conhecimento científico e tecnológico,
e a transferência de tecnologias.

6.0 Agenda 21
A Agenda 21 traça um plano global de acção, a ser implantado pelos governos, pelas instituições
de desenvolvimento, pelos organismos das Nações Unidas e pelas ONGs, para tornar o
desenvolvimento sustentável uma realidade no século XXI. Em seu preâmbulo, afirma que, para
satisfazer as necessidades básicas, elevar o nível de vida de todos, obter melhor protecção e
gestão dos ecossistemas e construir um futuro mais próspero e seguro, é necessário estabelecer
uma associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável.
O documento é dividido em quatro partes, onde estão previstas mais de uma centena de
programas de acção:
 A primeira parte, intitulada dimensões económicas e sociais, tem como objectivo a
elaboração de uma política económica que permita aos países em desenvolvimento
alcançar o crescimento com protecção ambiental. O alcance de tal proposta passa pela
cooperação internacional, pela luta contra a pobreza, pela mudança dos padrões de
consumo, pela dinâmica demográfica, pela melhoria das condições de saúde humana e
dos assentamentos humanos, e pela integração entre meio ambiente e desenvolvimento
nos processos decisórios;
 A segunda parte trata da gestão e protecção dos diferentes meios ( atmosfera, recursos
terrestres, ecossistemas frágeis, oceanos, águas doces), bem como da diversidade
biológica, da biotecnologia, das substâncias químicas tóxicas, dos resíduos sólidos,
perigosos e radioactivos e das águas residuais;
 A terceira parte define o papel dos diferentes atores (mulheres, jovens, populações
autóctones, trabalhadores, agricultores, comunidades científica e tecnológica, autoridades
locais, empresas e ONGs);
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 A quarta parte indica os meios de implementação (mecanismos financeiros, transferência


de tecnologia, investimento em ciência para o desenvolvimento sustentável, promoção da
educação e da conscientização, cooperação internacional para fortalecimento
institucional, arranjos institucionais, mecanismos jurídicos internacionais e informação
para a tomada de decisão).
Agenda 21 é um instrumento flexível, pois é ao mesmo tempo um guia para a tomada de
decisões, uma base de informações e dados, um quadro de acção para o século XXI, um meio de
coordenação da acção de diferentes atores, um indicador de problemas potenciais e um
instrumento de identificação das carências nacionais.
Contudo no mesmo relatório de Brundtland afirma-se que apesar do desequilíbrio existente entre
o meio ambiente e o crescimento económico existem formas de minimizar as disparidades
encontradas, sem prejudicar o crescimento da economia. Neste mesmo ano foi realizada no Rio
de Janeiro a Segunda Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, também chamada Rio-92.
Desse encontro resultaram dois documentos que direccionariam as acções a serem adoptadas
pelos diversos países signatários dessa convenção: a Carta da Terra (também chamada
Declaração do Rio) e a Agenda 21. (FILHO, 2000; SCARDUA, 2003).
Segundo Philippi Jr. (2004), no final do século XX e começo do novo milénio, inicia o período
da revolução da tecnologia da informação, que se originou e se difundiu no período histórico de
reestruturação global do capitalismo. Nos últimos anos, o meio ambiente tem sido tema de
exaustivas discussões devido ao intenso processo de degradação ambiental e a consequente
decadência da qualidade de vida, tanto na cidade como no campo. Isso decorre do mau
gerenciamento ambiental advindo do sector público e privado (SCHNEIDER, 2010). Para
enfrentar a questão ambiental é necessário o estabelecimento de políticas públicas integradas –
sociais, económicas, institucionais e ambientais – que busquem maior eficiência dos sistemas de
gestão ambiental (SCHNEIDER, 2010; PHILIPPI JR, 2004). Scardua (2003) afirma que apesar
de os acontecimentos parecerem seguir certa ordem cronológica, a gestão ambiental propriamente
dita não obedece tais factos. Ela é marcada por avanços e retrocessos, porque sua implementação
está directamente vinculada às agendas dos governantes locais e as directrizes da gestão
ambiental.
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7.0 Conclusão
Depois de concluída no trabalho constatou-se que a interferência da espécie humana no meio
ambiente vem desde tempos mais remotos. Na busca por melhores condições de sobrevivência
passou a desmatar, queimar, plantar, produzir ferramentas e construir habitações. Isso forçou a
retirada cada vez mais intensa dos recursos ambientais promovendo o desequilíbrio ambiental.
Então com o a criacao da Comissao Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento –
CMMAD, composta por membros políticos de diferentes países e presidida por Gro Harlem
Brundtland, o mesmo veio trazer mecanismo de como gerir o meio ambiente sem causar danos
avultados, isto é, a degradação do meio ambiente devido a acção antropótica e devido a má
gestão de resíduos pôr parte de algumas empresas. O mesmo relatório teve como objectivos: um
diagnóstico dos problemas ambientais e de desenvolvimento, estabelecendo propostas de acções;
propor novas modalidades de cooperação internacional; e incentivar uma actuação mais firme da
comunidade internacional. E mesmo relatório afirma que apesar do desequilíbrio existente entre o
meio ambiente e o crescimento económico existem formas de minimizar as disparidades
encontradas, sem prejudicar o crescimento da economia.
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8.0 Referências Bibliográficas


BURSZTN M. A., & Bursztyn, M. (2013). Fundamentos de Política e Gestão Ambiental:
Caminhos para a Sustentabilidade.

EFFTING, Tânia Regina. Educação Ambiental nas Escolas Públicas: Realidade e Desafios.
Marechal Cândido Rondon, 2007. Monografia.
FILHO, José Carlos Lázaro da Silva. Gestão Ambiental Municipal: O caso da Prefeitura de Porto
Alegre. Porto Alegre, 2000.
PHILIPPI JR, Arlindo; MALHEIROS, Tadeu Fabrício; SALLES, Cíntia Philippi; SILVEIRA,
Vicente Fernando. Gestão ambiental municipal: subsídios para estruturação de um sistema
municipal de meio ambiente. Salvador: CRA, 2004.
SCARDUA, Fernando Paiva. Governabilidade e descentralização da gestão ambiental no Brasil,
234 p., 297 mm, (UnBCDS, Doutor, Política e Gestão Ambiental, 2003). Tese de Doutorado –
Universidade de Brasília. Centro de Desenvolvimento Sustentável.
SCHNEIDER, Evania. Gestão ambiental municipal. Preservação ambiental e o desenvolvimento
sustentável. Acesso em 13 de julho de 2010.

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