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CURSO DE
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 SUSTENTABILIDADE
1.1 CONCEITUAÇÃO
1.2 HISTÓRICO
1.3 PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS E TRATADOS
1.3.1 Conferência de Estocolmo – 1972
1.3.2 Comissão de Brundtland – 1984
1.3.3 Protocolo de Montreal – 1987
1.3.4 Cúpula da Terra do Rio de Janeiro (ECO-92) – 1992
1.3.5 Protocolo de Quioto – 1997
1.3.6 Cúpula da Terra de Johanesburgo (Rio + 10) – 2002
1.3.7 Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – Bali –
2007
1.3.8 Protocolo de Quito – 2012
1.4 IMPACTOS CAUSADOS PELA OCUPAÇÃO HUMANA
1.5 SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
2 INTRODUÇÃO A ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
2.1 MUDANÇAS E PARADIGMAS
2.1.1 Os sistemas de certificações
2.2 DIRETRIZES PROJETUAIS
2.2.1 A implantação
2.2.2 Os acessos
2.2.3 O projeto e as considerações bioclimáticas
2.2.4 Gestão da água
2.2.5 Especificação de materiais e escolha de técnicas construtivas
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MÓDULO II
3 PERMACULTURA
3.1 HISTÓRICO
3.2 PRINCÍPIOS DA PERMACULTURA
3.2.1 Princípio 01: observe e interaja
3.2.2 Princípio 02: capte e armazene energia
3.2.3 Princípio 03: obtenha rendimento
3.2.4 Princípio 04: pratique a autorregulação e aceite o feed back
3.2.5 Princípio 05: use e valorize os serviços e recursos renováveis
3.2.6 Princípio 06: não produza desperdícios
3.2.7 Princípio 07: design partindo de padrões para chegar aos detalhes
3.2.8 Princípio 08: integrar ao invés de segregar
3.2.9 Princípio 09: use soluções pequenas e lentas
3.2.10 Princípio 10: use e valorize a diversidade
3.2.11 Princípio 11: use as bordas e valorize os elementos marginais
3.2.12 Princípio 12: use criativamente e responda às mudanças
3.3 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
3.3.1 Adobe
3.3.2 Super Adobe
3.3.3 Taipa
3.3.4 Pau a pique
3.3.5 Sanitário seco
3.3.6 Telhado verde
3.4 ESTUDO DE CASOS – MODELOS E PROPOSTAS
3.4.1 Mapa temático da estação de Permacultura: Casa Colmeia
3.4.2 IPEMA – Ubatuba
3.4.3 Chácara Asa Branca – Brasília
4 USO E REUSO DOS RECURSOS E ENERGIAS NATURAIS
4.1 RECURSOS NATURAIS
4.1.1 Hídricos
4.1.2 Energia solar
4.1.3 Energia eólica
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MÓDULO III
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MÓDULO I
1 SUSTENTABILIDADE
FIGURA 01 – SUSTENTABILIDADE
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1.1. CONCEITUAÇÃO
1.2. HISTÓRICO
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FIGURA 02 - EMBLEMA DO PROGRAMA AMBIENTAL DAS NAÇÕES UNIDAS
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1.3.2. Comissão de Brundtland – 1984
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1.3.4. Cúpula da Terra do Rio de Janeiro (ECO-92) – 1992
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Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Ficou determinado que cada país é responsável pela sua Agenda 21. No
Brasil a entidade representativa e que centraliza as discussões é a CDPS (Comissão
de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional). A Agenda
21 no Brasil estipula como premissas a inclusão social, a sustentabilidade, as ações
prioritárias da Agenda 21 brasileira são o desenvolvimento sustentável como
premissa para a conservação ambiental, justiça social e crescimento econômico.
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1.3.6. Cúpula da Terra de Johanesburgo (Rio + 10) – 2002
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1.3.7. Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – Bali –
2007
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China, Índia e Brasil terão de assumir compromissos de redução de emissão de
CO2 no planeta.
Toda e qualquer ocupação feita pelo homem gera impactos diretos nos
ecossistemas que são subjugados. Sempre que acontece o estabelecimento de uma
edificação em uma área qualquer, todas as atividades que são desenvolvidas
acarretam algum tipo de consequência direta nas condições naturais da zona de
implantação. A verdade é que o microclima local acaba sendo alterado em virtude
das alterações que são feitas na flora, fauna e incidência de recursos naturais
peculiares da região que sofreu a intervenção.
Os movimentos de terra realizados em escavações e terraplanagens, e a
derrubada de espécies vegetais, são dois processos que deveriam passar por
análise e concessões municipais antes de serem realizadas. Infelizmente não
existem regras claras que impeçam a ação indiscriminada do ser humano em todos
os municípios, por meio de secretarias específicas para tal fiscalização. O ideal é
que todo empreendimento novo a ser implantado pudesse passar por uma análise
de seu impacto ambiental, para que as medidas necessárias pudessem ser tomadas
na minimização ou em alguns casos a inviabilização do mesmo.
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FIGURA 05 – RETIRADA DE VEGETAÇÃO FIGURA 06 – ESCAVAÇÃO
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Para a realização das atividades no canteiro de obras são necessários
equipamentos e insumos para que os trabalhadores possam constituir os diversos
elementos construtivos. Se pensarmos que toda a matéria-prima que entrou na obra
passou pelo processo de extração, manufatura e transporte até chegar ao local de
sua utilização, chegaremos à conclusão de que os diversos processos geraram de
alguma forma e em uma determinada intensidade, um percentual significativo de
poluição no planeta.
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FIGURA 11 – MODELO DE RESIDÊNCIA SUSTENTÁVEL
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Os processos construtivos consomem 55% da madeira não certificada;
São gerados 67% da massa total de resíduos sólidos urbanos;
São gerados 50% do volume total de resíduos.
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Reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos;
Introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável;
Educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo.
(CÂMARA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO/FEDERAÇÃO DAS
INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2008, p.15).
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Junto desse profissional trabalham outros técnicos que são os engenheiros
civis, engenheiros mecânicos, topógrafos, técnicos em edificações, estudantes e
trabalhadores da construção civil. Todavia, a cadeia é formada por diversos setores
da sociedade e todos eles têm uma parcela de compromisso dentro da temática.
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das atividades. Esse atraso em relação ao setor da indústria tem como fatores
principais:
Condições de trabalho severas e nas mais diversas situações
adversas;
Mão de obra sem especialização;
Baixa produtividade da mão de obra;
Ausência de tecnologias adequadas aos processos construtivos;
Variedade de insumos e recursos que dificultam uma integração
na execução das tarefas;
Tecnologias retrógradas e ultrapassadas;
Falta de comprometimento para evitar o desperdício que atinge
patamares muito altos.
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equilibrada sua adequação ambiental dentro de uma viabilidade econômica, com
justiça social e respeito à cultura local.
Na verdade, muitos dos conceitos presentes nas cartilhas que pregam uma
adesão aos conceitos de sustentabilidade são bastante óbvios e o bom senso nos
traz a coerência das práticas a serem respeitadas. Algumas atitudes são simples e
exigem somente um pouco de sanidade e sensibilidade por parte de todos os
envolvidos na concepção e uso dos imóveis. Podemos pontuar:
Utilizar com cautela e de maneira inteligente todas as formas de água;
Dar preferência à utilização de recursos energéticos renováveis;
Reduzir o uso de materiais de construção, e entre os disponibilizados
pelo mercado, optar pelos que possuam certificação ambiental;
Quando construir, buscar maximizar a durabilidade da edificação,
assim como, nas novas construções, fazendo uso de materiais já usados
anteriormente e minimizar perdas.
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Outra tratativa a cerca da busca por menores agressões ao meio ambiente e
regulamentações que propiciem o estabelecimento de empreendimentos voltados à
preservação do planeta, foram as certificações ambientais para projetos e execução
de imóveis.
Os sistemas de certificação não são iguais às ferramentas de avaliação de
desempenho, impacto ambiental ou ciclo e vida, ainda que o processo possa
fornecer avaliações de impacto e outros dados pertinentes de importância relevante
a respeito das edificações avaliadas (BURKE; KEELER, 2010).
Alguns itens que são observados, de uma forma geral, pelos diversos
organismos que fornecem os selos das certificações, levam em conta:
Uma melhor e coordenada compactação urbana, diversidade dos usos
e redução de deslocamentos da população;
Relação harmoniosa do edifício com o seu entorno de inserção;
Prédios com conforto ambiental e eficiência energética;
Escolha integrada dos processos e dos materiais construtivos;
Consumo inteligente dos recursos em geral;
Desenho funcional da edificação;
Sistemas de coleta e tratamento de água e esgoto;
Políticas e posturas para reduzir a geração de resíduos;
Projetos com modularidade, detalhamentos e padronizações;
Adequação ao uso e vida útil da edificação;
Adaptabilidade às mudanças de uso e desconstrução;
Organização e setorização de acessos;
Preparo da edificação para o envelhecimento.
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FIGURA 15 – SELO AQUA
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Edifica
Selo Casa 2010 – Brasil
Azul/CEF
FONTE: Tabela própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).
Acesso em: 08 ago. 2013.
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Benefícios aos empreendedores e usuários:
Qualidade de vida;
Conforto interno e ambientes com saúde;
Despesas de manutenção reduzidas e em alguns casos eliminadas;
Patrimônio não perde valor de mercado com o passar do tempo,
podendo ainda se valorizar;
A questão de ser sustentável e ecologicamente correto oportuniza um
diferencial de negócio e consequente valorização imobiliária;
Auxílio ao planeta com menor impacto ambiental e social;
Órgãos ambientais e comunidades mais afinadas no relacionamento;
Desenvolvimento de consciência ambiental.
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FIGURA 16 – SELO PROCEL
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FIGURA 17 – TORRES ROCHAVERÁ: CERTIFICAÇÃO LEED
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FIGURA 18 – LEROY MERLIN LONDRINA: CERTIFICAÇÃO SELO CASA
AZUL/CEF
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FIGURA 19 – LEROY MERLIN LONDRINA: CERTIFICAÇÃO AQUA
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FIGURA 20 – FATENP: CERTIFICAÇÃO PROCEL-EDIFICA
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2.2.1 A implantação
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FIGURA 21 – CASA EM TERRENO COM ACLIVE
2.2.2 Os acessos
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uma norma específica da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que
regulamenta as exigências nessa área, que é a NBR 9050:2005 – Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
FIGURA 22 – ACESSIBILIDADE
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sobrevivência contra agentes externos. Ainda que a habitação forneça a proteção
básica, é impreterível que em seu interior possamos encontrar as condições
necessárias para uma habitabilidade com conforto. Conforto esse, que se refere a
ambientes que tenham boa condição térmica, acústica e lumínica.
Quando falamos em gestão energética levamos em conta o conforto humano
que é determinado pelo clima interno e as características da arquitetura dos
espaços. As características climáticas são determinadas pela presença de
vegetação, ventos, topografia, água, incidência solar, etc.
Uma vez pontuadas as características do clima e sua influência, estamos
munidos de informações para buscarmos as melhores alternativas de projeto para a
adoção de métodos e elementos de construção. Os estudos das formas, dimensões
e funções dos espaços em conjunto com a influência dos recursos naturais
determinam a eficiência energética e o conforto que é propiciado pelo
empreendimento. Dentre algumas posturas estão:
Preferência pela luz natural ao invés da luz artificial;
Sempre que possível estabelecer a posição das aberturas para permitir
que aconteça a ventilação cruzada nos ambientes;
Aproveitar a luz solar para aquecer os ambientes nas temporadas de
frio e criar elementos que barrem a entrada dela em temporadas de calor;
Emprego da vegetação para criar ambientes com sombreamento e
consequente amenização do calor, seja por tetos verdes ou paredes protegidas;
Proteção contra ruídos tirando partido da vegetação ou topografia do
terreno.
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FIGURA 23 – TELHADO VERDE
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2.2.4 Gestão da água
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FIGURA 25 – CAPTAÇÃO E ACÚMULO DA ÁGUA DA CHUVA
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esse o propósito da construção sustentável: reduzir desperdício e aumentar a vida
útil da edificação.
A escolha do material construtivo passa pela análise do seu ciclo de vida,
ressaltando a importância da avaliação dos impactos causados desde a extração à
produção, utilização e posterior descarte.
Os materiais corretos são determinados por algumas premissas:
Atendimento às certificações ambientais vigentes;
Em sua extração e manufatura eliminar baixos índices de CO2;
Menor geração de resíduos sólidos na fase de construção;
Menor devastação de vegetação na sua extração;
Menor demanda de energia e água em suas fases de manufatura e
posterior utilização;
Maior possibilidade de reutilização no final de seu ciclo de vida.
FIM DO MÓDULO I
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
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ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
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MÓDULO II
3 PERMACULTURA
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Essa filosofia prega a reprodução dos modelos da natureza, criando
sistemas ecologicamente corretos, viáveis economicamente e que se sustentem ao
longo de sua aplicação. Três diretrizes definem a ética da Permacultura, que são:
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Lançar mão da reciclagem de resíduos;
Exercer a policultura e diversidade de espécies;
Emprego de padrões naturais;
Criar a consciência de que não existem problemas, mas sim
oportunidades.
3.1 HISTÓRICO
A Permacultura teve sua criação no final dos anos 1970 por Bill Mollison e
David Holmgren, na Austrália, não tratando unicamente dos elementos de um
sistema, mas principalmente, dos relacionamentos que podem ser criados entre
eles, por meio da forma com que os colocamos no terreno (SATTLER, 2007).
A primeira nomenclatura foi agricultura permanente. Depois veio a definição
de cultura permanente, para se transformar no que chamamos hoje de
Permacultura. Uma prática de vida adotada em diversas regiões do planeta.
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FIGURA 27 – DAVID HOLMGREN E OS PRINCÍPIOS DA PERMACULTURA
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3.2 PRINCÍPIOS DA PERMACULTURA
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3.2.2 Princípio 02: capte e armazene energia
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O desenvolvimento de culturas e comportamentos mais condizentes com
aceitação de feedback da natureza, evita a exploração abusiva dos recursos
naturais. O feedback negativo precisa de direção para produzir uma mudança
corretiva, mas não excessiva a ponto de prejudicar ou impossibilitar o
desenvolvimento do sistema.
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“Hoje deveríamos reconhecer aqueles que reusam criativamente os
desperdícios como a verdadeira essência de uma vida com mínimo impacto na
Terra” (HOLMGREN, 2007, p.18).
Ainda que seja menos interessante do que buscar maneiras de usar
abundâncias indesejadas, a manutenção daquilo que já temos vai se tornar um
assunto potencial em um mundo com energias em declínio.
3.2.7 Princípio 07: design partindo de padrões para chegar aos detalhes
A ideia que originou a Permacultura foi a floresta tomada como modelo para
a agricultura. Apesar de existirem ainda muitas críticas e limitações nesse modelo,
ainda é considerável o pensamento.
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necessidade de intervenções humanas constantes para manejo corretivo.
(...) A permacultura pode ser vista como parte de uma longa tradição de
conceitos que enfatizam os inter-relacionamentos mutuamante e com
simbiose em relação aos demais que são competitivos e predatórios.
(HOLMGREN, 2007, p.20-21)
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3.2.11 Princípio 11: use as bordas e valorize os elementos marginais
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3.3 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
3.3.1 Adobe
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Vantagens dessa técnica:
Conforto térmico;
Material encontrado no local de utilização;
Preparação in loco;
Rapidez de confecção dos tijolos;
Sistema acessível e barato.
FIGURA 29
FONTE: Disponível em: <http://cilpes.blogspot.com.br/2012/05/solucoes-e-tecnicas-tradicionais-
o.html>. Acesso em: 15 jun. 2013.
FIGURA 30
FONTE: Disponível em: <http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-parede-de-tijolo-de-adobe-
image16404670>. Acesso em: 15 jun. 2013.
Essa técnica utiliza sacos de polipropileno preenchidos com terra que são
sobrepostos e moldam as paredes e a cobertura da edificação. Em seguida passa-
se um pilão para solidificar a mistura.
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FIGURA 31 – CONSTRUÇÃO DE PAREDE EM SUPERADOBE
Para uma maior proteção contra a umidade as paredes podem ser feitas
sobre uma base de pedra. Uma largura admissível seria de 40 a 50 centímetros para
uma estrutura mais sólida.
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Para demarcar janelas e portas são utilizados espaçadores. A cobertura
recebe ripas de madeira e telhas ou simplesmente a própria moldura de adobe em
forma de iglu.
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3.3.3 Taipa
1 2 3
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3.3.4 Pau a pique
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FIGURA 36 – CONSTRUÇÃO DE PAREDE EM PAU A PIQUE
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3.3.5 Sanitário seco
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FIGURA 38 – ELIMINAÇÃO DOS DEJETOS COM AUXÍLIO DA SERRAGEM
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Em uma realidade em que grande parte da população brasileira não possui
banheiro em suas casas, essa seria uma técnica barata, eficiente e ecologicamente
correta, pois não faz uso de água, não contamina o solo e não depende de rede de
esgoto e saneamento da cidade para funcionar.
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3.3.6 Telhado verde
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purificando a atmosfera local. As plantas utilizadas, sempre adequadas aos impactos
gerados pelo sol e intempéries, acabam por realizar uma filtragem da água que pode
ser armazenada e reutilizada para fins diversos, inclusive consumo humano.
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FIGURA 42 – TELHADO VERDE EM EDIFÍCIO
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FIGURA 43 – CASA COLMEIA – ESTAÇÃO PERMACULTURA
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6. Horta Mandala: jardim produtivo com hortaliças e plantas
comestíveis. São em formato circular para reter melhor os nutrientes e compor uma
harmonia estética visual.
7. Forno Solar: uso da energia solar para cozinhar e assar a
alimentação.
8. Espiral de Ervas Medicinais: temperos e ervas funcionais, uma
verdadeira farmácia natural.
9. Composteira: onde se recicla o lixo orgânico.
10. Pia Reciclada: feita de vidro, bambu e pneus de automóveis, onde
se lava a louça da casa.
11. Minhocário: criação de minhocas que auxiliam a processar restos
orgânicos e transformar o húmus para adubo do solo.
12. Combosteira: onde são compostadas as fezes humanas. É uma
câmara pintada de preto para aquecer e eliminar elementos patológicos. Após é
utilizado como adubagem.
13. Reciclagem: depósito de materiais que podem ser reciclados e
reutilizados em alguma outra função, com separação de vidros, metais, plásticos,
papéis e outros.
14. Calçada Produtiva: objetivo de servir para produzir alimentos para a
comunidade.
15. Secador Solar: para secar alimentos ao sol, como tomates, frutas,
sementes e chás.
16. Roça Circular: plantação de milho, feijão, batata, mandioca,
girassol, etc.
17. Circulo de Bananeiras: são os filtros biológicos das águas das pias
e banhos. Usa-se sabão biodegradável feito a partir de óleo reutilizado.
18. Teto vivo: os telhados das casas são cobertos por plantas, para
substituir telhas manufaturadas e proporcionar conforto térmico interno, além do
conforto visual.
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3.4.2 IPEMA – Ubatuba
FIGURA 44
Fonte: http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de-
ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp>. Acesso em: 19 jun. 2013.
FIGURA 45
Fonte: http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/expedicao-aguas-do-brasil/boletins/as-belezas-de-
ubatuba-e-a-permacultura-8254.asp>. Acesso em: 19 jun. 2013.
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FIGURA 46 – CASA SUSTENTÁVEL
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As mudas são produzidas em viveiros, onde o adubo é composto pela
compostagem das fezes humanas do banheiro seco e restos de matéria orgânica.
Na verdade são encontrados nessa proposta, os principais tópicos que são
difundidos e cultuados pela filosofia da Permacultura, respeito à natureza e menor
agressão possível na intervenção humana no meio natural.
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4 USO E REÚSO DOS RECURSOS E ENERGIAS NATURAIS
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4.1.1 Hídricos
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Diante de números, que para muitos, causa uma grande surpresa, nos
deparamos com outro dado ainda mais alarmante: a poluição de lagos, riachos, rios
e seus afluentes.
O meio urbano em todo o Brasil, apresenta altos índices de poluição dos
seus rios e arroios. A ação desmedida do ser humano depreda e compromete não
só o futuro, mas também o nosso momento presente.
Mudar posturas e procedimentos, por parte do cidadão, é imprescindível
para que possamos alterar esse panorama desanimador. Ao governo cabe o
compromisso de firmar políticas de divulgação e fiscalização para engajamento da
sociedade na defesa desse recurso que é essencial para todos os ecossistemas
presentes em nosso planeta.
Na arquitetura temos que nos comprometer com algumas práticas que
possam minimizar impactos e potencializar o uso e reutilização da água.
O primeiro passo é uma especificação de materiais que evitem desperdícios
de água dentro da edificação. Tubos e conexões de qualidade e bem executados
evitam que surjam vazamentos que acarretam não só o prejuízo à edificação,
sobretudo ao desperdício desse recurso valioso.
Outra medida recomendada é adoção de equipamentos que comprovem a
economia no consumo da água. Já existem no mercado, torneiras, pias, vasos
sanitários e eletrodomésticos que atendem a esse quesito. Alguns métodos
inovadores podem ajudar bastante para consolidação desse propósito.
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FIGURA 50 – SISTEMA DE RECICLAGEM DE ÁGUA
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FIGURA 51 – CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA
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de calor. Esse sistema é utilizado em casas, hotéis e empresas para o aquecimento
de água, utilizada em diversas atividades, aquecimentos de ambientes ou até em
processos industriais.
A montagem das células fotovoltaicas é feita com uma modulação que cria
painéis para a captação dos raios solares. Nesse sistema, um dos materiais
empregados é o silício, onde acontece a transformação da radiação solar em
energia elétrica, por meio do processo chamado “efeito fotovoltáico”. Essa energia
alternativa e limpa pode complementar e substituir outras fontes tradicionais.
Vantagens:
Energia limpa, não polui. A fabricação dos equipamentos acarreta uma
poluição mínima e controlável;
Baixa manutenção do sistema;
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Os custos de instalação diminuem aos longo dos anos, possibilitando maiores
aplicações;
Em territórios com alta incidência solar o sistema pode ser utilizado durante
todo o ano, reduzindo assim o consumo de outros tipos de energia.
Desvantagens:
Variação de produção de acordo com as condições climáticas, além de
períodos noturnos impossibilitarem a produção de energia por ausência do
sol;
Locais no planeta com invernos rigorosos comprometem a captação solar;
As formas de armazenamento são menos eficientes que às por combustíveis
fósseis ou por hidrelétricas.
Concluímos que a energia solar é extremamente útil e viável, porém não pode
ser a única fonte de energia para um empreendimento, pois como vimos acima, em
determinadas regiões e períodos do ano, a redução de incidência solar é
diretamente proporcional à captação e utilização da mesma. Deve-se então,
associar energias tradicionais ao sistema de captação da energia solar. Com essa
associação podemos reduzir a conta de luz e contribuir significativamente com o
planeta na redução de emissões poluidoras.
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FIGURA 53 – SISTEMA DE CAPTAÇÃO SOLAR
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FIGURA 54 – AEROGERADORES
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FIGURA 55 – CAPTAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA EM RESIDÊNCIAS
FIM DO MÓDULO II
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
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CURSO DE
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO III
FIGURA 56
FONTE: Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/homem-das-cavernas3.htm>.
Acesso em: 20 jun. 2013.
FIGURA 57
FONTE: Disponível em: <http://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g297980-d2171413-
Reviews-Selime_Monastery-Cappadocia_Nevsehir_Province.html>.
Acesso em: 20 jun. 2013.
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Um dos principais objetivos da arquitetura é conceber espaços funcionais e
com conforto para propiciar uma habitabilidade satisfatória ao ser humano. Dentro
da temática do conforto na arquitetura, dividimos nosso conteúdo de estudo em três
capítulos principais, que são: o conforto térmico, acústico e lumínico.
A seguir vamos entrar de forma mais abrangente em cada um deles com o
intuito de estabelecer parâmetros e práticas que deveriam pontuar os procedimentos
dos profissionais responsáveis pela concepção e execução de edificações, bem
como, a melhor forma de proceder quando habitamos tais espaços.
De antemão, podemos estabelecer como essência de nosso estudo uma
premissa conceitual que serve para qualquer tipo de conforto em específico: o ser
humano estabelece uma zona de conforto em relação a um fenômeno ou
acontecimento, se não sofrer nenhum tipo de incômodo ao passar pelo mesmo.
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FIGURA 58 – TRANSMISSÃO DE CALOR PELO CORPO HUMANO
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vidro e transferidas para o interior das edificações criando grandes ilhas de calor. E
diante disso, acontece outra prática condenável, que é o acondicionamento de ar
para compensar o desconforto climático. O problema é que para essa compensação
acontecer, são gastas altas taxas de energia elétrica aumentando os índices de
poluição e agressão ao meio ambiente.
Já é chegado o momento de cessar a importação de modelos prontos de
arquitetura e criarmos a nossa arquitetura, levando em conta os nossos fatores
climáticos. Nesse caso específico das fachadas de vidro, que tem por essência a
captação de calor e luminosidade para o interior dos prédios, aplicada nos países da
América do Norte e Continente Europeu que necessitam captar calor, temos uma
incoerência ao aplicar em nosso país, onde queremos exatamente o contrário, evitar
a absorção excessiva dos raios solares.
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Para atingirmos patamares satisfatórios de temperatura e
consequentemente conforto admissível no interior de uma edificação, precisamos
adotar algumas práticas de projeto para que a execução nos permita chegarmos ao
objetivo proposto.
O primeiro passo, ao termos a área de intervenção definida, é fazer o estudo
da incidência do sol, ou seja, definir o Norte do terreno. Ao sabermos como se
comporta o sol e as possíveis áreas sombreadas no terreno, podemos lançar o
prédio sob o terreno.
Em nosso continente, o sol nasce no Leste ao amanhecer, passando pelo
Norte no período da manhã e tarde, e a Oeste, ele se põe no final da tarde.
Posicionar os dormitórios a Leste para receber as primeiras horas de sol da manhã e
demais cômodos distribuídos a Norte e Oeste é uma prática inteligente, pois assim
evitamos o aquecimento dos dormitórios pelo sol da tarde, o que provocaria
incômodo ao utilizar o dormitório à noite, já que a edificação estaria aquecida. Ao
Sul, temos somente a incidência de luminosidade, o sol não percorre essa posição,
portanto, se precisamos de ambientes sem presença de sol, é nesse sentido que
podemos localizar os cômodos.
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Outro fator que pode influenciar nas condições de temperatura é a presença
e sentido dos ventos que atingem a área. É importante, juntamente com o estudo
solar, fazer uma análise de como se comportam os ventos, seja no verão ou inverno,
para que tenhamos uma disposição dos espaços de forma que potencializem ou
evitem o movimento dos ventos.
Um elemento construtivo que é determinante, tanto para entrada de sol,
como dos ventos, são as janelas. Seu dimensionamento e locação são essenciais
para que se possa atingir o resultado traçado.
O mercado apresenta diversos modelos e formatos de esquadrias. Além de
seu aspecto morfológico, o que deve ser levado em conta de uma forma mais
apurada é a sua tipologia, pois para cada uma dessas tipologias, teremos um
resultado específico em relação à sua área e forma de ventilação. Outro fator é a
sua luminosidade, que trataremos de forma mais específica no capítulo do conforto
lumínico.
Vejamos na figura 59 alguns tipos de janelas e o seu funcionamento em
relação à ventilação e respectiva troca de calor. Relacionamos os tipos que são mais
empregados das edificações:
Janela de abrir;
Janela de correr;
Janela maxim-ar;
Janela projetante;
Janela pivotante.
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FIGURA 61 – TIPOLOGIAS DE JANELAS
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FIGURA 62 – VENTILAÇÃO CRUZADA-PLANTA BAIXA
FIGURA 62 E 63
FONTE: Disponível em: <http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/projeto-construcao-
ventilacao/>. Acesso em: 22 jun. 2013.
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A física nos ensina que o ar quente tende a subir, enquanto o ar frio
permanece nas partes mais baixas. Tendo posse desse dado, o que podemos fazer
é locar entradas de ar nas partes inferiores das edificações para captar ar frio. Para
eliminar o ar quente podem-se ter aberturas superiores ou exaustores nas
coberturas.
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Um método que auxilia na dissipação de calor no interior das edificações é a
presença de aberturas na cobertura para saída do excedente de calor em períodos
quentes, e usuais também quando queremos evitar a perda de calor em dias frios.
Outra medida empregada é a instalação de isolantes térmicos sob a
cobertura, mais especificamente abaixo das telhas para barrar a entrada de calor.
O uso de cores claras nas coberturas para evitar a absorção de calor e refletir
os raios solares também se mostra eficiente quando queremos evitar o ganho
térmico.
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FIGURA 66 – 67 – ABERTURA NO TELHADO
FIGURA 66 E 67
FONTE: Disponível em: <http://isolamentos.net/page/4/>. Acesso em: 22 jun. 2013.
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Para a fachada sul não são necessários os brises, já que a incidência
solar é pequena ou inexistente.
Para as fachadas leste e oeste, que recebem respectivamente o sol da
manhã e o da tarde usa-se os brises com aletas verticais;
Para a fachada norte, que recebe sol durante todo o dia, mas numa
posição angular mais reta, opta-se pelo brises horizontais;
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FIGURA 69 – BRISE HORIZONTAL
FIGURA 70 – MARQUISE
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FIGURA 71 - 72 – BEIRADO
FIGURA 71 E 72
FONTE: Disponível em: <http://tijolosetecidos.com/2012/08/20/fachadas-de-casas-com-e-sem-
telhado/>. Acesso em: 22 jun. 2013.
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Ainda tratando da questão de áreas sombreadas, incidência solar e conforto
térmico, encontramos a nossa disposição um dos elementos mais eficientes e
presente na natureza em forma de recurso natural – a vegetação em seus mais
variados tipos e tamanhos.
A presença de espécies vegetais como elementos de proteção às fachadas
das residências, em relação ao sol, proporciona que não só o interior da edificação,
mas também a área ao seu redor apresentem temperaturas agradáveis. Optando
por espécies vegetais que percam as folhas nas estações frias, possibilitamos o
ganho de calor pela passagem dos raios solares que atingem as paredes das casas
– vegetação caducifólia.
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especificamente no capítulo sobre as técnicas arquitetônicas de Permacultura. Não
podemos esquecer que a integração entre o espaço construído e a natureza
conferem um aspecto visual agradabilíssimo e mune os ambientes de vida e saúde.
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No que se refere às esquadrias temos não só a qualidade e estanqueidade
do material que a compõem e sua montagem, mas também o vidro utilizado para dar
fechamento. Já é sabido que o vidro transmite instantaneamente a irradiação solar,
propiciando assim um rápido aquecimento interno. Deve-se levar em conta essa
característica inerente e valer-se de métodos alternativos ou emprego de elementos
construtivos que minimizem essa particularidade do vidro.
De modo geral, e sem parecer redundante, precisamos atentar aos
seguintes procedimentos:
Nos tetos e paredes em que os materiais são submetidos à incidência
solar constante, deverão utilizar elementos de sombreamento ou complemento
interno de materiais que funcionem como isolantes térmicos;
Em casos de variação diária de temperatura superior a 10°C seria
conveniente utilizar materiais pesados para a constituição das paredes;
No caso da variação térmica ser menor que 5°C e não acontecer a
incidência solar, deverão utilizar materiais mais leves para constituição das paredes;
As paredes que separam as áreas habitadas de outras não habitadas,
tais como garagens, porões e áreas subterrâneas, podem ser empregados materiais
com boa condução de calor para dissipar o calor interno.
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FIGURA 77 – ESPECTRO DE CORES
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FIGURA 78 – ILUMINAÇÃO LATERAL
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FIGURA 79 - 80 – ILUMINAÇÃO ZENITAL
FIGURA 77 e 78
FONTE: Disponível em: <http://arqteturas.blogspot.com.br/2010/07/iluminacao-
zenital.html#.UcXkSKIqYUw>. Acesso em: 22 jun. 2013.
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Concluímos assim, que a luz artificial deve ser um complemento, jamais uma
substituição da luz natural.
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Estudo da geometria e das cores das superfícies internas, de maneira
a conseguir uma distribuição homogênea da luz em seu interior;
Projeto racional das partes fixas e móveis dos elementos que
controlarão a entrada de luz e calor;
Opção por controle de iluminação, ativo ou passivo, manual ou
automático;
Conhecimento das características térmicas e lumínicas dos materiais
translúcidos a serem utilizados;
Sensibilidade às cores decorrentes dos costumes e cultura local.
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FIGURA 82 – ESCALA DE RUÍDOS
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até mesmo evitá-las. As paredes devem ser feitas de materiais pesados e com
revestimentos porosos. Outra medida é a criação de obstáculos, paredes ou painéis
absorventes para evitar ou minimizar os ruídos que chegam ao prédio.
Um meio natural de evitar a propagação dos ruídos externos, proveniente de
tráfego de automóveis, trânsito de pedestres e ruídos em geral, é o emprego da
vegetação como elemento de absorção e controle.
A própria topografia do terreno que muitas vezes é alterada, poderia ser uma
aliada para criação de obstáculos para a propagação dos ruídos que advém do meio
externo, e em conjunto com uma disposição de árvores e painéis de vegetação
potencializam sua virtude.
Quanto às edificações podemos ter, além dos isolantes acústicos em
paredes e tetos, o emprego de vidros duplos em janelas, os quais englobam ainda
as características de conforto térmico, já colocadas anteriormente.
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diferentes famílias, com seus hábitos particulares de viver, e ainda que separados
por estruturas e vedações de alvenaria, ocupando espaços e áreas em comum.
FIGURA 84
FONTE: Disponível em: <http://lucasin-drywall.blogspot.com.br/2012/03/divisoria-drywall-isolamento-
acustico.html>. Acesso em: 24 jun. 2013>.
FIGURA 85
FONTE: Disponível em: <http://isolamentos.net/page/2/>. Acesso em: 24 jun. 2013.
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FIGURA 86 – ISOLAMENTO ACÚSTICO COM BORRACHA RECICLADA
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FIGURA 87 – ISOLAMENTO ACÚSTICO
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A busca de tais diretrizes passa pelo projeto, dá sequência na execução e
continua no momento em que acontece o uso do imóvel.
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Quando foi mencionada a importância da análise da implantação, ou seja, do
local em que se inserirá a edificação, estamos relacionando com os temas que
foram amplamente defendidos no capítulo da Permacultura, bem como os cuidados
e respeito que se deve ter com os ecossistemas, a topografia e os recursos naturais
presentes no local.
A gestão da água, da mesma forma, é ponto crucial para qualquer
desenvolvimento de uma intervenção arquitetônica, seja antes e durante a obra, mas
principalmente no ato da habitação. Um recurso indispensável para a sobrevivência
não só da humanidade, mas de todos os ecossistemas biológicos. Adotando as
premissas estabelecidas estaremos contribuindo para que a gestão da água seja
racional e por consequência colabore com a temática da sustentabilidade.
A água não é o único recurso natural que deve ser preservado e utilizado de
forma inteligente. Temos a energia eólica e solar que ainda possuem utilização
restrita e que poderiam abranger de uma forma maior as práticas projetuais. É
evidente que não basta à boa intensão para seu emprego, é preciso acima de tudo,
que sejam sistemas acessíveis para aquisição da sociedade em geral. Ambos os
métodos, solar e eólico, são eficientes e contribuem de forma potencial com a
sustentabilidade.
Por fim temos a busca pelos confortos: térmico, acústico e lumínico. Se
observarmos profundamente, em todos eles, é necessária uma postura projetual
engajada e compromissada com conceitos que possibilitem o uso e reúso dos
recursos naturais que temos disponíveis na natureza. Ao respeitar e potencializar os
recursos naturais estaremos novamente contribuindo com o planeta. Não é um
ganho isolado, ainda que o mais imediato, mas sim um benefício para todos.
Concluímos com nosso estudo que as vantagens de se criar edificações com
ideais de sustentabilidade, não residem somente nos casos particulares, ainda que
sejam os primeiros beneficiados, todavia, é um ganho para toda a humanidade e por
consequência para todos os ecossistemas do planeta.
O compromisso deve ser assumido por todos, sejam os que concebem,
constroem, vendem ou o usuário final, pois a sustentabilidade começa antes de se
ter a edificação e perdura por todo o tempo que essa edificação é usada, e melhor,
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não cessa com a sua inutilização, pois seus materiais e componentes podem servir
para novos empreendimentos.
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GLOSSÁRIO
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ILUMINAÇÃO ZENITAL: é aquela onde a luz natural adentra no ambiente por
aberturas localizadas na cobertura do prédio.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AEA. Certificações LEED, AQUA e Procel Edifica para Edificações. São Paulo,
2013.
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HOLMGREN, David. Os Fundamentos da Permacultura. Tradução Técnica:
Alexander Van Parys Piergili e Amantino Ramos de Freitas. Brasil, 2007.
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