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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA – PROPGEO/ UECE


CURSO DE DOUTORADO

SUSTENTABILIDADE
AMBIENTAL NAS RESERVAS
EXTRATIVISTAS CEARENCES:
______________________________________________________

IMPACTOS E CONFLITOS

Doutoranda: Amanda Quintela de Castro


Orientadora: Andrea Almeida Cavalcante
Co – orientador: João César Abreu de Oliveira Filho
INTRODUÇÃO

• A emergência da discussão acerca dos problemas relacionados ao mau uso do ambiente pela
sociedade inicia-se na década de 1970 (LEFF, 2009), a partir da crise ambiental fomentada pelos
desajustes da apropriação capitalista da natureza. A popularização da consciência ambiental
começa a se difundir após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano,
celebrada em Estocolmo em 1972 (ibidem, 2009).

• A popularização da consciência ambiental começa a se difundir após a Conferência das Nações


Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, celebrada em Estocolmo em 1972 (ibidem, 2009).

• As reservas foram criadas primeiramente na Amazônia e, posteriormente, nos biomas Marinho/


costeiro, Cerrado e Mata Atlântica. Existem 62 RESEX de responsabilidade do poder federal
(ICMBio, 2018) dentre elas 22 se encontram no bioma Marinho/ costeiro (CASTRO, 2018).

• No Ceará, na modalidade de UC federal localizada no bioma Marinho/ costeiro, temos a RESEX


Batoque, localizada no município de Aquiraz e a RESEX Prainha do Canto verde, alocada no
município de Beberibe.
OBJETIVOS

• Geral

Compreender como se dá a sustentabilidade socioambiental nas Reservas Marinhas


Extrativistas cearenses, Batoque (Aquiraz) e Prainha do Canto Verde (Beberibe), a partir do
estudo dos impactos e conflitos.

• Específicos

 Analisar como está disposta a legislação ambiental brasileira acerca das RESEX;
 Verificar como vem se dando a sustentabilidade apregoada pelas leis ambientais brasileiras
nas RESEX marinhas cearenses;
 Avaliar a dinâmica geoambiental antes e depois de se tornarem reservas;
 Apreender os impactos e conflitos presentes nas RESEX marinhas cearenses.
MÉTODO E METODOLOGIA

• Partimos de um entendimento materialista histórico dialético da realidade;

• Autores que trabalham com temáticas como ambiente (SUERTEGARAY, 2012; SOUSA, 2019),
agentes produtores do espaço (CORRÊA, 2001) território (RAFFESTIN, 1983; SOUZA 2001;
HAESBAERT, 2009), sustentabilidade (LEFF, 2002, 2009; MONTEBILER, 2007; BECKER et
al,1997), justiça ambiental (ACSELRAD, 2009; ZHOURI, 2008) foram analisados e discutidos.

• Entrevistas semiestruturadas;
• Mapeamento das unidades ambientais;
RESULTADOS PRELIMINARES

 Descaso no que tange a legislação ambiental brasileira, pois não há fiscalização adequada
para este tipo de Unidade de Conservação. Um exemplo é a inexistência do Plano de
Manejo, documento importante para a verificação da sustentabilidade da RESEX.

 Não existe sustentabilidade ambiental dentro do modo capitalista de produção.


 As reservas estudadas se caracterizam como resistências em desconstrução.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

ACSELRAD, Henri. Introdução à questão metodológica. In: IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas). Conflitos sociais
e meio ambiente: desafios políticos e conceituais. Rio de Janeiro: IBASE, 1995.
 __________. O que é justiça ambiental. Rio de Janeiro: Garamond. 160p, 2009.
BECKER, Egon et al. Sustainability: a cross disciplinary concept for social transformations. Paris: UNESCO & ISOE. MOST Policy Papers
n.º 6. 1997.

BRASIL. DECRETO Nº 98.897, de 30 de janeiro de 1990. Dispõe sobre as reservas extrativistas e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, 31 de janeiro de 1990, Nº 22, Seção 1, p.2. 1990.
 BRASIL. LEI Nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III, e VII da Constituição Federal, institui o
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 19 de julho de 2000,
Nº 138, Seção 1, p.45. 2000.
 
BRASIL. Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC: Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Brasília: MMA/SBF,
2000. 32 p.

CASTRO, A. Q. “Reservas do capital”: conflitos socioambientais na Reserva Extrativista do Batoque/ Aquiraz – CE. (Dissertação de Mestrado). Universidade
Estadual do Ceará, Fortaleza, 2018.

 CORRÊA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. São Paulo: Ática, 2004. (Série Princípios).

GRANGEIRO, C. M. M. Meio ambiente litorâneo e urbanização: o ambiente produzido na costa leste da cidade de Fortaleza – Ceará. –
Brasil. p. 238. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2012.

HAESBAERT, Rogério; ARAUJO, F. G. B. (Orgs.). Identidades e Territórios: Questões e Olhares Contemporâneos. 1. ed. Rio de Janeiro:
Access, 2007. v. 1.
 
______. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. 2 ed. rev. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

MARX, Karl. Manuscritos econômico- filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2010.


LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
MINAYO, M. C. de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 23. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
MONTIBELLER F, G. O Mito do Desenvolvimento Sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno
sistema produtor de mercadorias. EdUFSC, 2001; 2004, 2ª ed.
MONTIBELLER F, G. O. Economia e Desigualdade Social no Brasil. Curso de Especialização em Gestão
Pública, módulo I, UFSC/LED, 2002.
SOUZA, M. J. N. de. Diagnóstico Geoambiental: Unidades Geoambientais. In: A Zona Costeira do Ceará:
Diagnóstico para Gestão Integrada. Coordenadores Alberto Alves Campos... [et al.]. Fortaleza: AQUASIS,
2003.
SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO. I. E.,
GOMES. P. C., CORREA. R. L. Geografia: conceitos e temas. Bertrand Brasil. São Paulo, 1995.
PORTO, Marcelo Firpo. Conflitos e injustiça ambiental em saúde no Brasil, Tempus. Actas em Saúde
Coletiva, 4(4), 26‑37, 2004.
 
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