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Universidade

1 Federal da Bahia - UFBA


UniUni

Meio Ambiente – Gestão Ambiental e


Desenvolvimento Sustentavel
Departamento de Transporte

Prof. José Ricardo Uchôa Cavalcantti Almeida


GOVERNANÇA

Governança

Economia Meio Ambiente

Estrutura Social
Reconhecendo o terreno

• Crescimento Sustentado & Desenvolvimento


Sustentável
• “Overnight” & “Overdecade”
• Senso de Urgência & Legado
• Precaução & Tragédia
• Licença para operar, inovar e crescer
• Há tempo ?
Contexto Histórico ISO atento aos padrões de RSC

2003
2000
ISO 14000 lançado
em 1996
1992
1989
VALDEZ

1987- lançamento ISO 9000


1987
1986
1984
Desenvolvimento sustentável:
1972 mudando o foco
Conceito de Desenvolvimento Sustentável
As 3 Dimensões / 3 Atores
Dilemas Culturais
•Ambientalistas não gostam da expressão “desenvolvimento sustentável”, pois
consideram o termo “desenvolvimento” incompatível com a noção de
preservação ambiental;
•Alguns organismos da própria ONU também não aceitam o conceito, pois o
mesmo não foi desenvolvido nas suas instâncias burocráticas;
•Os governos não sabem como lidar com um conceito cuja aplicação prática
demanda tal grau de integração e multi-disciplinaridade, que não pode ser
enquadrado em um único ministério ou secretaria;
•Os meios acadêmicos, predominantemente cartesianos, em geral também não
oferecem disciplinas integradoras;
•A população em geral e a mídia não se interessam pelo tema, na medida em
que o conceito é complexo, resiste a simplificações reducionistas, o que
dificulta sua divulgação pela mídia para a grande massa. Além disso, no cerne
da mensagem da sustentabilidade está a idéia de que é preciso descobrir como
viver dos juros sem dilapidar o capital.
•Os grupos desenvolvimentistas clássicos o repelem, como repelem tudo que
identificam com uma postura “verde”.
IMPORTÂNCIA DO DS NA MÍDIA
Como surge o conceito?
• Histórico: de meio ambiente a DS
• Estocolmo-72: atitude defensiva versus
catastrofismo
• PNUMA em 1975
• Retomada nos anos 1980: IUCN/World
Conservation Strategy, Convenção de
Viena/Protocolo de Montreal, Relatório
Brundtland
• Rio-92: no mainstream da Coop. Internatl.
Como surge o conceito?
• Responsabilidade sincrônica e diacrônica
entre as gerações no uso dos recursos
naturais
• Princípio da precaução
• Equilíbrio no triângulo: econômico, social e
ecológico
• Critérios de sustentabilidade (Ignacy
Sachs): social, cultural, ecológico,
ambiental, territorial, econômico, político
(nacional), político (internacional)
Seis questões em torno do
desenvolvimento sustentável

1 – O individual e o coletivo…
2 - Caráter transnacional…
3 - Necessidade de rever modos de pensar e agir…
4 – A crise da razão…
5 - Necessidade de agir apesar das incertezas…
6 - Divisão das responsabilidades…
1- O individual e o coletivo

• Tragedy of the Commons (Garret Hardin):


a fábula das ovelhas e do pasto
• O comportamento de um tem repercussão
sobre o todo
• O resultado destes comportamentos
individuais é mais COMPLEXO que o seu
simples somatório
• Aplicabilidade da idéia de bem comum?
2 - Caráter transnacional e
trans-escalar
• Fatores tempo e espaço
• Espaço: fronteiras
• Tempo: solidariedade diacrônica
• Interdependência e interconexões
• Duas advertências: Ignacy Sachs e o
maldéveloppement, Keneth Boulding e a
crise de civilização (divórcio dos saberes
solares e lunares)
3 - Modos de pensar e agir

• Marcos históricos: Revolução do meio


ambiente (anos 60), Silent Spring (Rachel
Carlson, 1962), consciência política
(Limits to Growth, 1972), Movimentos
ecológicos, partidos verdes…
• Novos valores coincidem hoje com o
limite dos recursos (FINITUDE): acesso a
bens e serviços versus população,
qualidade de vida versus auto-
satisfação… Durning nos pergunta: How
much is enough?
4 – A razão em crise…
• A racionalidade ilimitada em questão: o ser
humano como ser complexo (Edgar Morin)… A
razão também foi instrumentalizada…
• A secularização enquanto fundamento do
progresso é requestionada pelo ressurgimento
do « espiritual » e do « religioso » (Héctor Leis)…
• A crise ambiental e ecológica como crise da
modernidade (Bruno Latour)…
5 – Gerir Incertezas

• Como compatibilizar global commons e


interesses particulares de curto prazo?
• Que bens? Que mecanismos? Que
meios?
• Com base em que conhecimento?
• Risco de imperialismo científico :
Expertise e Ciência
• O consenso científico é fundamental ?
• O que nos diz o princípio da precaução?
6 - Dividir as responsabilidades
• Dividir entre Estados : que coerência no Norte?
que coerência no Sul? AGIR globalmente, mas
como?
• Algumas respostas : financiamentos adicionais e
tecnologias « verdes » …
• Definir as responsabilidades na economia:
internalizar custos…
• Propostas da sociedade civil: nova ética no
comércio (fair trade), agendas locais de
desenvolvimento, agir localmente…
Desenvolvimento sustentável: como
enfrentar os conflitos que surgem?

• A regulação pelo mercado: consumo verde, a


responsabilidade ambiental das empresas, a
internalização dos custos externos…
• Os Estados: regulamentação doméstica e
internacional…
• O controle democrático e o monitoramento pela
sociedade civil organizada…
• Perigo da ANOMIA diante do embate excludente e
dicotômico entre: representação e participação,
resultados (eficiência, produtividade) e processos
(história, cultura, modus operandi)…
Evolução do conceito de sustentabilidade
Gestão Ambiental
– Introdução
– Meio ambiente e gestão ambiental
– Gestão ambiental empresarial
– Sistemas de gestão ambiental (SGA) NBR
ISO14001:2004 - leitura e interpretação
– Sustentabilidade ambiental
Introdução
• “Algumas empresas, têm demonstrado que
é possível ganhar dinheiro ($$$$$) e
proteger o meio ambiente mesmo não
sendo uma organização que atua no
chamado “ mercado verde”, desde que
as empresas possuam certa dose de
criatividade e condições internas que
possam transformar as restrições e ameaças
ambientais em oportunidades de
negócios”. ( DONAIRE, Denis, 1999, p.51)
Exemplo 1
Que soluções vocês dariam para:

a. Água da chuva

b. Restos de madeira de uma marcenaria

c. Restos de entulho

d. Resíduos de PET

e. Resíduos de vidro

f. Resíduos de metais ( latas, tampas de garrafas)


Introdução
• Reflexão sobre o texto de Denis Donaire
• UM PROBLEMA! Qual é a sua opinião a respeito?

• “....O fato do meio ambiente sempre ter sido


considerado um recurso abundante e classificado na
categoria de bens livres, ou seja, daqueles bens para
os quais não há a necessidade de trabalho para sua
obtenção, dificultou a possibilidade de
estabelecimento de certo critério em sua utilização e
tornou disseminada a poluição ambiental, passando
afetar a totalidade da população, através uma
apropriação socialmente indevida do ar, da água ou
do solo...”. ( DONAIRE, Denis, 1999, p.39)
Meio ambiente e Gestão
ambiental
• Meio ambiente: “é tudo o que envolve ou cerca os
seres vivos. A palavra ambiente vem do latim e do
prefixo ambi dá a idéia de ao redor de algo ou de
ambos os lados . O verbo latino ambio, ambiere
significa andar em volta ou em torno de alguma
coisa. Cabe notar que as palavras meio e
ambiente trazem per se a idéia de entorno
envoltório, de modo que a expressão meio
ambiente encerra uma redundância. Fonte: ( BARBIERI,
José Carlos, 2004)
Meio ambiente e Gestão
ambiental
Meio ambiente e Gestão
ambiental
• Meio ambiente: Odum e Samiento apud Barbieri (2004)
distingue três tipos de ambientes:
a. O fabricado ou desenvolvido pelos seres humanos,
constituído pelas cidades, pelos parques industriais e
corredores de transportes como rodovias, ferrovias e portos;
b. O ambiente domesticado, que envolve as áreas agrícolas,
florestas plantadas, açudes, lagos artificiais,
c. O ambiente natural, constituído pelas matas virgens e outras
regiões auto-sustentadas, pois são acionadas apenas pela
luz solar e outras forças da natureza, como precipitação,
ventos, fluxo de água e etc.. Fonte: ( BARBIERI, José Carlos,
2004, p. 2)
Meio ambiente e Gestão
ambiental
• Figura 4 – Meio ambiente natural
(BARRA, Gisele, 2007)

Figura 5 – Meio ambiente domesticado (Fonte:


www.codem.org.br/investe/fotos/Agricultura1.j
pg
acessado em 12.11. 2007)

Figura 6 – Meio ambiente fabricado (Carotta,


Roberto, 2007)
Meio ambiente e Gestão
ambiental
• Os termos administração ou gestão do meio ambiental, ou
simplesmente gestão ambiental, podem ser entendidos
como, “as diretrizes e as atividades administrativas e
operacionais, tais como:
1. Planejamento
2. Direção
3. Controle
4. Alocação de recursos
• E outras realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos
sobre os problemas causados pelas ações humanas, quer
evitando que eles surjam.”
• Fonte: ( BARBIERI, José Carlos, 2004, p. 20
Meio ambiente e Gestão
ambiental

• Quais são os problemas ambientais?

• Como eles podem ser classificados?

• Quais são as possíveis soluções para estes


problemas?
Meio ambiente e Gestão
ambiental
• Dimensões da Gestão ambiental: A expressão gestão ambiental
aplica-se a uma grande variedade de iniciativas relativas a
qualquer tipo de problema ambiental. Segundo Barbieri, qualquer
proposta de gestão ambiental inclui no mínimo três dimensões:
• (1) Dimensão espacial: que concerne à área na qual se espera as
ações de gestão tenham eficácia
• (2) Dimensão temática: que delimita as questões ambientais às quais
as ações se destinam;
• (3) Dimensão institucional: relativa aos agentes que tomaram as
iniciativas de gestão.
• (4) Dimensão filosófica: trata da visão de mundo, e da relação entre
o ser humano e a natureza
• Fonte: ( BARBIERI, José Carlos, 2004, p. 21-22)
Introdução
• Mas o que é poluição?

Figura 9 – Poluição do solo


Figura 7 – Poluição do Ar Figura 8 – Poluição das águas
Fonte: CETESB< 2007, apud
Fonte: AMBIENTE BRASIL 2007, Fonte: IBAMA 2007, apud COSTA,
COSTA, Victor, 2007
apud COSTA, Victor, 2007 Victor, 2007
Dimensões da gestão ambiental
Abrangência Espacial Iniciativa
Global
Instituição Multilateral
Regional
Sociedade Civil
Nacional
Governo
Local
Empresa Recursos
Questões Ambientais
Solo Fauna e Flora Minerais
Ar
Visão
antropocêntrica
Visão Sócio
ambiental Visão
Ecocentrica
Dimensão Filosófica
• Fonte: ( BARBIERI, José Carlos, 2004,
p. 21-22)
IMPACTO AMBIENTAL
Resolução CONAMA nº 1/86
Alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do MA, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas
que afetem:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.
IMPACTOS DO TURISMO
• Para Ruschmann (1997) a deterioração dos
ambientes urbanos pela poluição sonora, visual e
atmosférica, a violência, os congestionamentos e
as doenças provocadas pelo desgaste psicofísico
das pessoas são as principais causas da “fuga das
cidades” e da “busca do verde” nas viagens de
férias e de fim de semana. Nessas ocasiões, o
homem urbano, agredido em seu próprio meio,
passa a agredir os ambientes alheios.
IMPACTO AMBIENTAL

• A construção de empreendimentos turísticos


em áreas naturais, envolve a necessidade de
avaliar e controlar o impacto gerado:
- pela demanda de turistas no meio
ambiente;
- pelo grau de mudanças antrópicas na
qualidade e na natureza do contato.
POLÍTICA NACIONAL DE
MEIO AMBIENTE
Lei 6938/1981
Instrumentos – Art. 9:
Instrumentos PNMA – Art. 9:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva
ou potencialmente poluidoras;
VI – a criação de áreas protegidas (Lei SNUC).
Instrumentos PNMA – Art. 9:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade


ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
VI – a criação de áreas protegidas (Lei SNUC).
Instrumentos PNMA – Art. 9:

Estabelecimento de padrões de qualidade


ambiental?
Estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental:
• Visa o controle de agentes/substâncias
potencialmente prejudiciais à saúde humana,
como:
- microorganismos patogênicos,
- substâncias tóxicas,
- substâncias radioativas
Exemplo: Resolução Conama Nº 274/2000
Estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental:
• Entende-se por qualidade ambiental:
• “A expressão das condições e dos requisitos
básicos que um ecossistema detém, de
natureza física, química, biológica, social,
econômica, tecnológica e política, resultantes
da dinâmica dos mecanismos de adaptação
e dos mecanismos de auto-superação dos
ecossistemas.”
(TAUK, 1991).
Estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental:
Estabelecimento de padrões de qualidade
ambiental:
No Turismo: Índice de Balneabilidade
Estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental:
• Balneabilidade: quantidade de coliformes fecais.

Cuidados e recomendações:
- Evite frequentar praias consideradas impróprias;
- Evite o contato com os cursos de água que afluem às
praias;
- Evite o uso de praias que recebem despejo de água
desconhecida após a ocorrência de chuvas fortes;
- Evite a ingestão da água do mar (principalmente as
crianças e idosos);
- Não leve animais na praia.
Boletim do Município de Guarujá
Condição das Praias - Data: 18/04/2011

PEREQUÊ
ENSEADA-
ESTR.
PERNAMBUC
O

ENSEADA-R.
CHILE

PITANGUEIRA
S-AV. PUGLISI

QualidadeASTÚRIAS
da Praia de Guarujá

GUAIÚBA
Fonte: Cetesb.
Período de Amostragem: 13/03/2011 - 10/04/2011
Estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental:
Critérios para classificação das praias

• Segundo os critérios estabelecidos na Resolução Conama


nº 274/00, as praias são classificadas em relação à
balneabilidade, em 2 categorias: Própria e Imprópria sendo
que a primeira reúne 3 categorias distintas: Excelente,
Muito Boa e Satisfatória.

• A classificação é feita de acordo com as densidades de


bactérias fecais. A Legislação prevê o uso de três
indicadores microbiológicos de poluição fecal: coliformes
termotolerantes, E. coli e enterococos.
Fonte: Cetesb.
Tabela 1 - Limites de coliformes termotolerantes, E. coli e enterococos
em 100 mL de água, para cada categoria.

UFC: Unidade formadora de colônia.

Fonte: Cetesb.
Estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental:
Tabela 2 – Critérios da Qualidade Anual para as praias com amostragem
semanal.

Fonte: Cetesb.
Estabelecimento de padrões de
qualidade ambiental:
• Nível de contaminantes no Solo: Resolução
CONAMA N. 420/200
• Notícia - condomínio em Volta Redonda (RJ)
com o solo contaminado por Companhia
Siderúrgica Nacional:
- Ar..: concentração 91 vezes maior do que o
estabelecido pelo CONAMA;
- Benzo..: concentração 31 vezes maior do que o
estabelecido
Notícia publicada no site do Estadão em 08 de abril de 2013.
Instrumentos PNMA – Art. 9:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade


ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
VI – a criação de áreas protegidas (Lei SNUC).
Instrumentos PNMA – Art. 9:

Zoneamento Ambiental?
Zoneamento ambiental ou
Zoneamento Ecológico Econômico
(ZEE)

• Tem como principal função o planejamento do


uso do solo;
• Baseia-se nas características de cada
localidade – de forma a mapear o potencial de
cada região;
• Define os usos possíveis sem comprometer os
recursos naturais.
Zoneamento ambiental ou
Zoneamento Ecológico Econômico
(ZEE)
• O ZEE é um meio de restringir o uso do solo,
• Define quais atividades podem ou não ser
executadas em cada região delimitada.
• Essa restrição visa garantir o uso adequado e
sustentável em longo prazo.
Zoneamento ambiental ou
Zoneamento Ecológico Econômico
(ZEE)
• Obedecendo a uma análise minuciosa e
integrada de todas as variáveis
envolvidas,

• Analisa a questão da influência antrópica


na região versus a capacidade suporte do
meio.
Zoneamento ambiental ou
Zoneamento Ecológico Econômico
(ZEE)
• O Decreto n.º 4.297 de 10/07/02 regulamenta
o disposto na Lei n.º 6.938;

• Estabelece critérios para o Zoneamento


Ecológico Econômico no Brasil;
Zoneamento ambiental ou
Zoneamento Ecológico Econômico
(ZEE)
Art. 2º - O ZEE, instrumento de organização do
território a ser obrigatoriamente seguido na
implantação de planos, obras e atividades
públicas e privadas, estabelece medidas e
padrões de proteção ambiental destinados a
assegurar a qualidade ambiental, dos recursos
hídricos e do solo e a conservação da
biodiversidade, garantindo o desenvolvimento
sustentável e a melhoria das condições de vida
da população.
Zoneamento ambiental ou
Zoneamento Ecológico Econômico
(ZEE)
Art. 3º
Parágrafo único. O ZEE, na distribuição espacial
das atividades econômicas, levará em conta a
importância ecológica, as limitações e as
fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo
vedações, restrições e alternativas de
exploração do território e determinando, quando
for o caso, inclusive a relocalização de
atividades incompatíveis com suas diretrizes
gerais.
Instrumentos PNMA – Art. 9:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade


ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
VI – a criação de áreas protegidas (Lei SNUC).
Instrumentos PNMA – Art. 9:

Licenciamento Ambiental?
Licenciamento ambiental

• Licenciamento é um dos instrumentos da


PNMA;
- Um dos seus mais importantes
instrumentos de controle, pois é através dele
que o poder público estabelece condições e
limites ao exercício das atividades
impactantes.
Licenciamento ambiental

• É uma obrigação legal prévia à instalação de


qualquer empreendimento ou atividade
potencialmente poluidora ou que degrade o
MA;
• Característica importante: a participação social
na tomada de decisão, por meio da realização
de Audiências Públicas como parte do
processo.
Licenciamento ambiental

• Tem a finalidade de promover o comando


prévio à construção, instalação, ampliação e
funcionamento de estabelecimentos e
atividades que usem os recursos ambientais
ou que possam causar poluição ou
degradação ambiental.
Licenciamento ambiental

• As principais diretrizes para a execução


do licenciamento ambiental estão
expressas:
- Lei 6.938/81;
- Resolução CONAMA nº 001/86;
- Resolução CONAMA nº 237/97.
Licenciamento ambiental

• O processo de licenciamento se dá em
etapas:
- Licenças Prévia
- Licença de Instalação
- Licença de Operação,
acompanhamento das consequências
ambientais de uma atividade econômica ou
empreendimento.
LICENÇA PRÉVIA
• Na fase de planejamento do
empreendimento;
• Aprova localização e concepção, atestando
a viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidos nas próximas fases de sua
implementação.
LICENÇA DE INSTALAÇÃO
• Autoriza a instalação do empreendimento/
atividade;
• Obedecer especificações constantes dos
planos, programas e projetos aprovados,
incluindo as medidas de controle
ambiental e demais condicionantes, da
qual constituem motivos determinantes.
LICENÇA DE OPERAÇÃO
• Autoriza a operação da atividade/
empreendimento;
• Após verificação do efetivo cumprimento
do que consta das licenças anteriores,
com as medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a
operação.
Licenciamento ambiental
Licenciamento ambiental
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 01/1986
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA,
no uso das atribuições e competências...
Considerando a necessidade de se estabelecerem
as definições, as responsabilidades, os critérios
básicos e as diretrizes gerais para uso e
implementação da Avaliação de Impacto Ambiental
como um dos instrumentos da PNMA, resolve...
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237/1997
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -
CONAMA, no uso das atribuições e competências...
Considerando a necessidade de revisão dos
procedimentos e critérios utilizados no licenciamento
ambiental... como instrumento de gestão ambiental...
Considerando a necessidade de se incorporar ao sistema
de licenciamento ambiental os instrumentos de gestão
ambiental, visando o desenvolvimento sustentável e a
melhoria contínua;
LICENCIAMENTO AMBIENTAL

• Art. 1º - ... definições:


• I - Licenciamento Ambiental: procedimento
administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação,
ampliação e a operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais ,
consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou... possam causar degradação
ambiental...
LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 2º - A localização, construção, instalação,


ampliação, modificação e operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de
recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras, bem como os
empreendimentos capazes, sob qualquer forma,
de causar degradação ambiental, dependerão
de prévio licenciamento do órgão ambiental
competente...
§ 1º - Atividades e empreendimentos no Anexo 1
Licenciamento ambiental

ANEXO 1
Licenciamento ambiental

• Por que os empreendimentos e


as atividades de turismo estão
entre aquelas que precisam de
licenciamento ambiental?
Licenciamento ambiental

• Principais impactos ambientais


negativos relacionados ao
turismo?
TURISMO E SUSTENTABILIDADE

Entre os impactos ambientais do turismo:

• Devastação da vegetação – floresta,


restinga – espaço paras as construções:

- Hotéis, resorts, casas de veraneio;


TURISMO E SUSTENTABILIDADE

• Destruição de habitats;
• Mineração em áreas sensíveis para extração
de areia e granito – abastecer o crescente
ritmo das obras;
• Contaminação de águas subterrâneas
(aqüíferos) e superficiais (lagos, rios, mar);
TURISMO E SUSTENTABILIDADE

• Transformação dos espaços naturais: aterro de


mangues, lagunas, ocupação de dunas, erosão
e ocupação de encostas – frequentes em nosso
litoral;

• Interferências aos ritmos naturais da fauna e da


flora – visitação excessiva, pisoteio, tráfego
intenso de barcos a motor (ondas, óleo...);

Redução da biodiversidade local.


EIA/RIMA
• Art. 3º - A licença ambiental para
empreendimentos e atividades consideradas
efetiva ou potencialmente causadoras de
significativa degradação do meio dependerá
de prévio estudo de impacto ambiental e
respectivo relatório de impacto sobre o meio
ambiente (EIA/RIMA)...
EIA/RIMA
• Para que a questão ambiental seja
inserida no planejamento da atividade
turística, antes de sair do papel.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL

• Parágrafo único. O órgão ambiental


competente, verificando que a atividade ou
empreendimento não é potencialmente
causador de significativa degradação do meio
ambiente, definirá os estudos ambientais
pertinentes ao respectivo processo de
licenciamento.
• Relatório de Controle Ambiental(RCA): exigido em
caso de dispensa do EIA/Rima.
Plano de Controle Ambiental: com ou sem EIA
Instrumentos PNMA – Art. 9:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade


ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais AIA –
EIA/RIMA;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
VI – a criação de áreas protegidas (Lei SNUC).
AIA – EIA/RIMA
• A Avaliação de Impacto Ambiental – AIA pode
ser estabelecida a partir dos Estudos de
Impacto Ambiental - EIA.

• Estes estudos integram um conjunto de


atividades técnicas e científicas que incluem o
diagnóstico ambiental com a característica de
identificar, prevenir, medir e interpretar, os
impactos ambientais.
AIA – EIA/RIMA
• O objetivo básico do EIA é assegurar que
os problemas em potenciais possam ser
previstos e sanados no estágio inicial da
elaboração do projeto, isto é, no seu
planejamento.
EIA/RIMA
• Artigo 5º - O EIA, além de atender à legislação...
em especial... PNMA, obedecerá às seguintes
diretrizes...

I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de


localização de projeto, confrontando-as com a
hipótese de não execução do projeto;

II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos


ambientais gerados nas fases de implantação e
operação da atividade;
EIA/RIMA
III - Definir os limites da área geográfica a ser
direta ou indiretamente afetada pelos impactos,
denominada área de influência do projeto,
considerando, em todos os casos, a bacia
hidrográfica na qual se localiza;

IV - Considerar os planos e programas


governamentais, propostos e em implantação na
área de influência do projeto, e sua
compatibilidade.
EIA/RIMA
Artigo 6º - O EIA desenvolverá, no mínimo, as
seguintes atividades técnicas:

I - Diagnóstico ambiental da área de influência do


projeto... de modo a caracterizar a situação
ambiental da área, antes da implantação do
projeto, considerando:

a. o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o


clima...
EIA/RIMA

b. o meio biológico e os ecossistemas naturais - a


fauna e a flora, destacando as espécies
indicadoras da qualidade ambiental... raras e
ameaçadas de extinção e as APPs;
c. o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do
solo..
EIA/RIMA
II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de
suas alternativas... discriminando: os impactos
- positivos e negativos (benéficos e adversos),
- diretos e indiretos,
- imediatos e a médio e longo prazos,
- temporários e permanentes; s
... seu grau de reversibilidade; suas propriedades
cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e
benefícios sociais.
EIA/RIMA
III - Definição das medidas mitigadoras dos
impactos negativos, entre elas os equipamentos
de controle e sistemas de tratamento de
despejos, avaliando a eficiência de cada uma
delas.

IV - Elaboração do programa de acompanhamento


e monitoramento (os impactos positivos e
negativos, indicando os fatores e parâmetros a
serem considerados.
EIA/RIMA
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do
EIA, o órgão estadual competente ou o IBAMA
fornecerá as instruções adicionais que se
fizerem necessárias, pelas peculiaridades do
projeto e características ambientais da área.
EIA/RIMA
Artigo 7º - O EIA será realizado por equipe
multidisciplinar habilitada, não dependente
direta ou indiretamente do proponente do
projeto e que será responsável tecnicamente
pelos resultados apresentados.

Artigo 8º - Correrão por conta do proponente do


projeto todas as despesas e custos referentes á
realização do EIA...
EIA/RIMA
Artigo 9º - O relatório de impacto ambiental - RIMA
refletirá as conclusões do estudo de impacto
ambiental e conterá, no mínimo: ...
Parágrafo único - O RIMA deve ser apresentado de
forma objetiva e adequada a sua compreensão. As
informações devem ser traduzidas em linguagem
acessível, ilustradas por mapas... de modo que se
possam entender as vantagens e desvantagens do
projeto, bem como todas as consequências
ambientais de sua implementação.
EIA/RIMA
O EIA de forma sintetizada:
• É referente a um projeto específico a ser
implantado em determinada área ou meio;
• Trata-se de um estudo prévio, ou seja, serve de
instrumento de planejamento e subsídio à tomada de
decisões políticas na implantação da obra;
• É interdisciplinar;
• Deve levar em conta os segmentos básicos do meio
ambiente (meios físico, biológico e sócio-econômico);
(Filho & Bitar (1995))
EIA/RIMA
• Deve seguir um roteiro que contenha as
seguintes etapas:
1. Diagnóstico ambiental da área de influência
do projeto;
2. Avaliação de impacto ambiental (AIA);
3. Medidas mitigadoras, e;
4. Programa de monitoramento dos impactos.
EIA/RIMA
• O EIA deve apresentar suas conclusões
traduzidas no Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA), com linguagem simples
e objetiva, tornando-o formal perante o
Poder Público e a sociedade.
EIA/RIMA
CONTEÚDO DO EIA
• 1) Área de Influência do Projeto: "definir os
limites da área geográfica a ser direta ou
indiretamente afetada pelos impactos,
denominada de área de influência do
projeto, considerando em todos os casos
a bacia hidrográfica na qual se localiza"
(artigo 5º, III - Resolução 001/86 do
CONAMA).
EIA/RIMA

• 2) Planos e Programas Governamentais


(Zoneamento Ambiental): "considerar os
planos e programas governamentais,
propostos e em implantação na área de
influência do projeto, e sua
compatibilidade" (artigo 5º, IV)
EIA/RIMA
• 3) Alternativas: o EIA deve "contemplar
todas as alternativas tecnológicas e de
localização do projeto, confrontando-as
com a hipótese de não executar o projeto"
(artigo 5º, I), ou seja, a equipe
multidisciplinar deve comentar outras
soluções para a localização e a operação
pretendidas.
EIA/RIMA

• 4) Descrição Inicial do Local: diagnóstico


ambiental da área, abrangendo os meios
físico, biológico e sócio-econômico (artigo
6º)
EIA/RIMA
• 5) Identificação e Avaliação dos Impactos
Ambientais (AIA) do Projeto: o EIA deve
"identificar e avaliar sistematicamente os impactos
ambientais gerados nas fases de implantação e
operação da atividade" (Artigo 5º, II) através da
"identificação, previsão da magnitude e
interpretação da importância dos prováveis
impactos:
EIA/RIMA
OS IMPACTOS AMBIENTAIS PODEM SER:

 Diretos e Indiretos;  Imediatos e a Médio e Longo Prazos;

 Temporários e Permanentes;  Reversíveis e Irreversíveis;

 Benéficos e adversos;  Locais, Regionais e Estratégicos.


EIA/RIMA
• 6) Medidas Mitigadoras: o EIA deve
realizar a "definição das medidas
mitigadoras dos impactos negativos, entre
elas os equipamentos de controle e os
sistemas de tratamento de despejos,
avaliando a eficiência de cada uma delas"
(artigo 6º, III).
EIA/RIMA

• Mitigar o impacto é tentar evitar o impacto


negativo, sendo impossível evitá-lo,
procurar corrigi-lo, recuperando o
ambiente. A recuperação não é uma
medida que se possa afastar do EIA.
EIA/RIMA
• Medidas Compensatórias: o EIA deve
compreender a compensação do dano provável,
sendo esta uma forma de indenização.
A Resolução 10/87 prevê que para o
licenciamento de empreendimentos que causem a
destruição de florestas ou outros ecossistemas,
haja como pré-requisito a implantação de uma
estação ecológica pela entidade ou empresa
responsável, de preferência junto à área.
EXEMPLO
• A construção de um shopping center na cidade
de Ribeirão Preto, que para derrubar uma mata
remanescente de cerrado na área do
empreendimento, teve como uma das
exigências, construir e gerenciar um parque
ecológico na referida cidade.

http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/estudo
s_ambientais/ea06.html. Acesso : maio de 2011
EXEMPLO
• Para ampliar Viracopos, Infraero terá que criar parque
ecológico com 222 ha:
Para compensar a derrubada de um trecho de
mata de cerrado
• A construção da segunda pista do aeroporto irá
suprimir 82 ha de mata nativa,
• Outra exigência do Consema é que a Infraero adote
um sistema para avaliação da emissão dos gases de
efeito estufa e medidas compensatórias, se
necessárias.
http://www.ribeiraopretoonline.com/marketing-negocios/para-
ampliar-viracopos-infraero-tera-que-criar-parque-ecologico-
com-222-hectares/40549. Data: janeiro de 2011.
EIA/RIMA
• 9) Distribuição dos Ônus e Benefícios Sociais
do Projeto: o EIA deve identificar os prejuízos
e as vantagens que o empreendimento trará
para os diversos segmentos sociais, seja
pelo número e qualidade de empregos
gerados ou pelos possíveis problemas
sociais em caso de necessidade de migração
de mão-de-obra.
O EIA/RIMA DEVE CONTER AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:

Informações Gerais Identifica, localiza, informa e sintetiza o empreendimento;

Caracterização do Empreendimento Refere-se ao planejamento, implantação, operação e desativação da obra;

Área de Influência Limita sua área geográfica, representando-a em mapa;

Diagnóstico Ambiental Caracterização ambiental da área antes da implantação do empreendimento;

Expõe as interações e descreve as interrelações entre os componentes bióticos,


Qualidade Ambiental
abióticos e antrópicos do sistema, apresentando-os em um quadro sintético;

Meio Físico, Meio Biótico, Meio Antrópico, sua pormenorização dependerá da


Fatores Ambientais relevância dos fatores em função das características da área onde se desenvolverá o
projeto;

Identificação e interpretação dos prováveis impactos ocorridos nas diferentes fases do


Análise dos Impactos Ambientais
projeto. Leva-se em conta a repercussão do empreendimento sobre o meio;

Medidas que visam minimizar os impactos adversos, especificando sua natureza, época
Medidas Mitigadoras em que deverão ser adotadas, prazo de duração, fator ambiental específico a que se
destina e responsabilidade pela sua implantação.
EXEMPLO: PUBLICIDADE DO EIA
• O EIA-Rima sobre instalação de equipamento
de lazer, tipo teleférico, na região do Mirante,
em Chapada dos Guimarães, será apresentado
em audiência pública na próxima sexta-feira, dia
20 de agosto de 2010. A instalação do teleférico
é de responsabilidade da Secretaria de Estado
de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur). A
audiência pública será realizada às 19h, na
sede da Secretaria de Turismo de Chapada dos
Guimarães.
EXEMPLO: PUBLICIDADE DO
EIA
• Audiência pública do EIA/Rima da Usina
de Açúcar e Álcool no Município de
Rosana, em 2011 - apresentado pela
empresa “contratada” – participação:
- comunidade,
- representantes da Cetesb
- poder público.
Instrumentos PNMA – Art. 9:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade


ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais AIA –
EIA/RIMA;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
VI – a criação de áreas protegidas (Lei SNUC).
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

ÁREA PROTEGIDA (AP)


ou
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO (UC)
“uma superfície de terra ou mar consagrada à
proteção e manutenção da diversidade
biológica, assim como dos recursos naturais e
culturais associados, e manejada através de
meios jurídicos e outros eficazes”
(UICN, 1994: 185)
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

Área protegida (AP): área definida geograficamente que é


destinada ou regulamentada, e administrada para
alcançar objetivos específicos de conservação.
(Art. 2 – Decreto Legislativo nº 2 de 1994, que ratifica a
Convenção sobre a Biodiversidade, 1992).
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
Turismo e Áreas Protegidas

• No início, o que fundamentou a existência de áreas


naturais protegidas em muitos países foi a
socialização do usufruto, por toda a população, das
belezas cênicas existentes nesses territórios.
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
• Com o tempo foram sendo incorporados
novos conceitos cada vez mais ligados a
conservação da biodiversidade das áreas
escolhidas e não apenas as belezas
cênicas.
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
• A partir da década de 50 – com destaque
para a década de 70 – que ocorreu um
impressionante expansão da criação de
APs: 1300 novos parques (nos anos 70);
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

• Segundo Relatório Brundtland (Nosso


Futuro Comum): nos anos 70 a expansão
foi de + de 80%.

Por que? O que contribuiu para esta


expansão descomunal?

Relatório Brundtland?
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
2/3 deste total nos países em desenvolvimento;
- Em resposta a preocupação da comunidade
internacional com a rápida perda de biodiversidade.
- Ao mesmo tempo que os governantes desses países
passaram a ver essas áreas como:
 potenciais fontes de renda por meio do turismo;
 Ferramenta política conveniente para o controle dos
recursos florestais.
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
• Ainda segundo o Relatório Bruntland:
A rede de APs em todo o mundo totaliza mais de 4
milhões de Km2.
Tabela: Cobertura de APs por continente.
Continentes Áreas (%)
Europa 3,9
URSS 2,5
América do 8,1
Norte
América do Sul 6,1
África 6,5
Ásia 4,3
Australia 4,3
Fonte: WCED (1988: 165) apud BRITO (2000).
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
• Atualmente, a criação de APs é
considerada um fenômeno global em
relação a conservação da biodiversidade.

Parque Nacional do Jaú – AM. Parque Estadual da Pedra Furada.


CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
Brasil
• A criação do P. Nacional de Yellowston
influenciou a proposta de criação, em 1876, dos
Parques Nacionais:
- Sete Quedas
- Ilha do Bananal
• Desde o período imperial havia pessoas
preocupadas com a destruição dos recursos
naturais brasileiros;
Exploração do pau-brasil.
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

• 1934: Surgiu o Código Florestal


APs por ele estabelecidas:
- Parque Nacional: florestas remanescentes de
domínio público onde era proibida qualquer
atividade contra a fauna e a flora;
- Floresta Nacional: suscetíveis à exploração
econômica;
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

- Floresta Protetora: remanescentes em propriedades


privadas. Preservação permanente.
- Áreas de Preservação em Propriedades Privadas;
 Cumprimento do Código muito aquém do esperado;
 Trouxe prejuízos aos recursos florestais:
– Art. 19 permitia a transformação de florestas
heterogêneas em homogêneas (pinus e eucaliptos)
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

• 1937: Criado o Parque Nacional de Itatiaia


- Baseado no código florestal;
- Com o objetivo de conservar a paisagem ali existente;

Fonte: http://www4.icmbio.gov.br/parna_itatiaia//
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

• Até meados de 70 Brasil não possuía estratégia


nacional para planejar suas UCs ;
as UCs, até então justificavam-se pelas
belezas cênicas que possuíam
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
(Art. 1º)
• 1979 –proposta a I Etapa do Plano do Sistema de UCs
para o Brasil

considerava a região amazônica como prioritária


para a criação de novas UCs
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
• 1979 – promulgado o Regulamento dos Parques
Nacionais (Decreto nº 84.017);
- Introduziu a necessidade da elaboração de
planos de manejo para todos os PNs;
Planos de manejo entendidos como:
Projeto que utilize técnicas de planejamento
ecológico para determinar o zoneamento de um
PN, caracterizando cada uma de suas zonas e
propondo seu desenvolvimento físico de acordo
com suas finalidades.
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

• Anos 80 – Estado de SP inicia o processo de


tombamento das áreas remanescentes da Mata
Atlântica;
• 1982 – aprovação pela UNESCO da 1ª fase da
reserva da biosfera do país:
Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

• 1989 – Surgiu o IBAMA (Inst. Brasileiro de MA e dos


RNs Renováveis);

Buscando unificar a política ambiental brasileira


e corrigir erros, principalmente, na administração
das UCs.

 As UCs brasileiras são administradas atualmente


pelo ICMBio;
CRIAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS

• Em 1989 – IBAMA e Fuanatua (Fund. para a


Conservação da Natureza):

elaboraram uma proposta de Sistema


Nacional de UCs (SNUC);

• Com base nessa proposta é encaminhado ao


Congresso Nacional, em 1992, um projeto de
lei:

LEI No 9.985/00 - SNUC


SNUC – Lei 9985/2000
• Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional
de Unidades de Conservação da Natureza
– SNUC, estabelece critérios e normas
para a criação, implantação e gestão das
unidades de conservação.
CAPÍTULO III
DAS CATEGORIAS DE UC
Art. 7o As unidades de conservação integrantes
do SNUC dividem-se em dois grupos, com
características específicas:
I - Unidades de Proteção Integral;
II - Unidades de Uso Sustentável.
§ 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção
Integral é preservar a natureza, sendo admitido
apenas o uso indireto dos seus recursos naturais,
com exceção dos casos previstos nesta Lei.

§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso


Sustentável é compatibilizar a conservação da
natureza com o uso sustentável de parcela dos seus
recursos naturais.
Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é
composto pelas seguintes categorias de unidade de
conservação:
I - Estação Ecológica;
II - Reserva Biológica;
III - Parque Nacional;
IV - Monumento Natural;
V - Refúgio de Vida Silvestre.
Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso
Sustentável as seguintes categorias de UC:
I - Área de Proteção Ambiental;
II - Área de Relevante Interesse Ecológico;
III - Floresta Nacional;
IV - Reserva Extrativista;
V - Reserva de Fauna;
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Resumindo: UC / AP
• UC: categorias do SNUC

- Unidades de Proteção Integral: Estação Ecológica,


Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e
Refúgio da Vida Silvestre.

- Unidades de Uso Sustentável: APA, Área Relevante


Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista,
Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento
Sustentável e Reserva Patircular do Patrimônio Natural.
Resumindo: UC / AP
• AP: Código Florestal (1965/2012)
- APP
- Reserva Legal
UCs no Brasil
Parques Nacionais Brasileiros
Fonte: http://www.icmbio.gov.br/images/stories/o-que-fazemos/revistafinal.pdf
Parques Nacionais Brasileiros
• Brasil: 67 parques nacionais
• 31 são abertos ao público,
• Em 2009, receberam quase R$ 4 milhões de
visitantes.
• Em 2006, foram 1,8 milhões.
• Para se ter uma idéia, só o Parque do Iguaçu
emprega diretamente 700 pessoas.
Dados de setembro de 2010.
Fonte: http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20100922-5.html
Parques Nacionais Brasileiros
• Enquanto parques nos EUA, por exemplo,
recebem mais de 190 milhões de turistas
anualmente, os parques nacionais
brasileiros recebem 3,5 milhões de turistas
por ano

Parque Nacional do Iguaçu.


UCs no Brasil
• > do Brasil: Parque Nacional do Jaú – AM –
22.720 Km2 (tamanho do Estado de Sergipe) –
proteção integral.
Parque Nacional da Ilha Grande
• Localizado no oeste do estado do Paraná, divisa
com o Mato Grosso do Sul, e é formado por um
conjunto de ilhas que compõem o Arquipélago
Fluvial de Ilha Grande.

• Alguns locais desta região estão inseridos no


último trecho do Rio Paraná livre das barragens.

• Entre Porto Primavera e Itaipu: rio com


características lóticas.
Parque Nacional da Ilha Grande

Fonte: http://www.oagora.com/?p=936
Parque Nacional da Ilha Grande
• Ecossistema alagado parecido com o
Pantanal;
• Na fauna se encontram cervos, jacarés, onças,
tuius;
• Apresenta pequenas praias, passeios de
barcos, local de lazer e outras atividades;
Parque Nacional da Ilha Grande
• Criado em 1997, mas ainda em fase de implantação;

• Este parque que nasceu como uma resposta de vida


por parte da natureza ao infeliz e trágico fim do
antigo Parque Nacional de Sete Quedas;

• Criminalmente apagado do mapa, com a inundação


do Lago de Itaipu, ocorrido na época do regime
militar.
Parque Nacional da Ilha Grande
• Segundo alguns moradores da cidade de
Guaíra, que viviam em função do turismo das
quedas, relatam com lágrimas nos olhos, o dia
em que o lago foi enchendo e calando aos
poucos o som dos memoráveis saltos das Sete
Quedas.
Parque Nacional da Ilha Grande
• A submersão das Sete Quedas revelou uma
face que até então estaria ofuscada pelos
saltos e acabou vindo a tona, surgindo como
um oásis neste trágico episódio.
• Um maravilhoso labirinto de canais, lagoas,
ilhas salpicadas com praias e uma enorme
diversidade de vegetação e animais silvestres,
que deram origem ao Parque Nacional de Ilha
Grande.
Parque Nacional da Ilha Grande

• Conflitos na Justiça: Desapropriação de populações


tradicionais
• . A ação, proposta pela Colônia de Pescadores Z13,
conseguiu que o juiz reconhecesse que “ é um fato
que inúmeras unidades de conservação, no Brasil, são
apenas “de papel”, pois a despeito do ato jurídico de
criação, permanecem á espera, por longa data, por
alguma ação do Poder Público para a sua efetiva
implantação”.
Parque Nacional de Sete Quedas
• “Sete Quedas: a paisagem que o mundo não
vera na Copa de 2014”.
• Na primavera de 1982, as Sete Quedas
desapareciam para dar lugar ao grande
lago/reservatório da Hidrelétrica Binacional de
Itaipu.
Parque Nacional de Sete Quedas

• Poemas foram declamados e lágrimas


derramadas até que, no dia 13 de outubro
de 1982, o fechamento das comportas do
Canal de Desvio viria significar o fim das
Sete Quedas do rio Paraná.
Parque Nacional de Sete Quedas

• Para construir Itaipu o governo ditatorial decidiu


destruir essa maravilha construída pela natureza,
que tornava o Paraná o maior paraíso de
cachoeiras do mundo.
• Sete Quedas (também chamado Salto Guaíra)
era a maior cachoeira do mundo em volume de
água. A rigor, eram 19 cachoeiras principais,
agrupadas em sete patamares (quedas).
Parque Nacional de Sete Quedas
• Os saltos eram o principal atrativo turístico de Guaíra,
cidade que, à época, chegou a ter 60 mil habitantes,
rivalizando em importância com as cataratas de Foz do
Iguaçu.

• À época, Guaíra era um dos destinos brasileiros mais


visitados por estrangeiros.
Parque Nacional de Sete Quedas
• Em 17/01/82, uma tragédia: a queda de
uma ponte com a morte de 32 pessoas,
fruto do descuido com a manutenção, pois
se sabia que em breve tudo seria
destruído e ninguém dava mais a mínima
para o parque ecológico.
Parque Nacional de Sete Quedas
• Durou apenas 14 dias,
pois ocorreu em uma
época de cheia do rio
Paraná, e todas as usinas
hidrelétricas acima de
Itaipu abriram suas
comportas, contribuindo
com o rápido enchimento
do lago.
RPPN
Lei N. 9.985/2000 - SNUC
Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio
Natural é uma área privada, gravada com
perpetuidade, com o objetivo de conservar a
diversidade biológica.
Regulamento: DECRETO Nº 5.746/2006.
RPPN
"§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do
Patrimônio Natural, conforme se dispuser em
regulamento:

"I - a pesquisa científica;

"II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e


educacionais.

A área criada como RPPN será excluída da área


tributável do imóvel para fins de cálculo do Imposto
sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR.
RPPNs em Bonito MS

Total de 38 RPPNs.
ÁREAS PROTEGIDAS

• Muitas áreas protegidas têm sido criadas para


proteger as chamadas “espécies carismáticas” – mico
leão dourado, tamanduá-bandeira, onça-pintada,
ararinha-azul, panda.

• Até em ambientes marinhos : tartarugas, baleias, etc.


– Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
ÁREAS PROTEGIDAS
UCs no Brasil
• No entanto, a conservação da biodiversidade não é
garantida apenas com a existência dessas unidades;
• Existem muitas falhas na forma de se criar e gerir
UCs nacionais e estaduais que precisam ser
sanadas;
• Muitas Ucs brasileiras são consideradas “ficções
jurídicas” – não saíram do papel;
• Não há representatividade equitativa dos biomas
nacionais;
• Não permitiu a participação dos atores sociais
envolvidos.
ÁREAS PROTEGIDAS

• Problemas existentes também em outros países


latino-americanos, em resumo:
- Falta de condições para efetiva implantação das
unidades (financeiras, recursos humanos,
fiscalização...)
- Indefinição quanto à propriedade das terras e
desapropriações;
- Representatividade dos biomas;
- Conflitos com populações
• FIM.
Transportes
Transportes
► Transporte é uma das etapas do processo
de logística.
Custos Logísticos
Item %
Transporte 31,8
Tramites Legais 10,1
Estoque 18,7
Armazenagem 19,0
Administração 20,5

Total 100,0

Fonte: ANTT, 2005


Transportes

►O que é modalidade? O que é modal ?

Os termos modo, modal e modalidade de


transporte possuem o mesmo significado.

Consideram-se cinco os modos básicos de


transporte: rodoviário, ferroviário, dutoviário,
aquaviário e aéreo.
Transportes

►A definição brasileira de Transporte Multimodal de


Cargas está coerente com a definição dos outros
países?

O conceito de Transporte Multimodal definido pela Lei


9.611/98 está em consonância com o estabelecido no
acordo firmado entre o Brasil e os países da América
Latina, em 1994. Não obstante inexistir, atualmente, uma
aceitação por todos os países de uma terminologia única,
a definição deste acordo é baseada no Convênio das
Nações Unidas de 1980, realizado em Genebra, sobre o
Transporte Internacional de Mercadorias.
Transportes

►O que é um Operador de Transporte Multimodal –


OTM?

O Operador de Transporte Multimodal é a pessoa


jurídica contratada como principal para a
realização do Transporte Multimodal de Cargas da
origem até o destino, por meios próprios ou por
intermédio de terceiros.
Transportes

►Fatores que influenciam na escolha do modal:

- Danos e perdas: há variação no risco de perdas e


danos entre os modais;

- Cargas atrasadas ou mercadorias em condições


incompatíveis com sua utilização representam
problemas para os clientes, bem como a falta de
estoque e pedido não atendidos.
Transportes
►Quanto à forma os meios de transporte podem
ser:
Multimodal; Unimodal e Intermodal
Transportes
►Quanto à forma os meios de transporte podem
ser:
►Multimodal: Sistema onde a mercadoria é transportada
por mais de um modo de transporte (modal), sob
responsabilidade de um único operador, legal e contratual.

►Unimodal: envolve somente um meio de


transporte
►Intermodal: Sistema onde a mercadoria é transportada
por mais de um modo de transporte (modal), por diferentes
operadores que são responsáveis, cada qual, pelo seu
trecho.
Transportes

►Transporte Rodoviário (58%)

- Adequado para curtas e médias distâncias e


para movimentação de mercadorias de
pequeno porte.

- A logística envolve procedimentos


relativamente simples quanto ao manuseio
das mercadorias.
Transportes
Transportes
►Transporte Ferroviário

- Opção interessante entre países limítrofes;


- Indicado para transporte de produtos
agrícolas de baixo valor agregado, além de
minérios, fertilizantes, derivados de
petróleo, contêineres;
- Alta capacidade de carga e baixo custo de
frete. Baixa velocidade dos fluxos.
Transportes
Transportes
Transportes
►Transporte Dutoviário

- Para transporte de produtos no estado


líquido ou gasoso e alguns tipos de
minérios;

- Modal reconhecido recentemente;

- Podem ser: oleodutos, gasodutos e


minerodutos.
Transportes
Transportes
►Transporte Aéreo

- Indicado para pequenas cargas e/ou


urgência na entrega;

- Rapidez.
Transportes
Transportes
►Transporte Fluvial/lacustre

- Rios e lagos que compõem hidrovias


interiores;

- Utilizam balsas, barcaças e chatas (com


baixo calado).
Transportes
Transportes
►Transporte Marítimo

- Mares e oceanos;

- Cabotagem (nacional) e longo curso


(internacional);

- Custos influenciados pelas rotas, distâncias,


localização dos portos de origem e destino e
infra-estrutura portuária existente.
Transportes
Transportes
Principais Portos
Transportes
Transportes
Países x Modal de Transporte de Carga (%)

País Hidrovia Ferrovia Rodovia


Holanda 75 8 17
Canadá 35 52 13
Alemanha 29 53 18
EUA 25 50 25
França 17 55 28
Rússia 13 83 4
BRASIL 12 21 63
Fonte; Ministério dos Transportes, 1997
Transportes

Preço

Varia de acordo com os modais, em geral, é a taxa


da linha de transporte dos produtos mais as
despesas complementares. Dependendo também
da forma que é empregada, contratado (frete) ou
própria (gasolina, entre outros).
Transportes

Modal Preço, US$ cents /


tonelada-milhaa

Ferroviário 2,28
Rodoviário 26,19b
Hidroviário 0,74c
Dutoviário 1,46
Aeroviário 61,20d

a) Baseado na média por tonelada-milha.


b) Carga não integral.
c) Barcaça.
d) Doméstico.
Fonte: Adaptado de Ballou, [2006].
Transporte e Impacto Ambiental

►Impacto Ambiental é qualquer alteração


no sistema ambiental físico, químico,
biológico, cultural e sócio-econômico que
possa ser atribuída a atividades humanas.
Impactos Ambientais no Setor de
Transportes

Desenvolvimento

Transportes Uso do Solo

Impactos Ambientais
Sócio-
Biótico
Econômico Físico
Impactos Ambientais no Setor de
Transportes

Impactos Ambientais em Transportes

Infra-Estrutura: Segregação espacial, Intrusão visual,


Modificações no uso e ocupação do solo.

Operação: Efeitos sobre a qualidade de vida da população


derivados dos ruídos, vibrações, acidentes, poluição do ar e da
água provocados pelo movimento dos veículos.
Impactos Ambientais no Setor de Transportes

Características dos Impactos

FATORES EFEITOS
Desencadeamento Imediato, Diferenciado, Retardado
Freqüência de Temporalidade Contínuo/ Permanente,
Descontínuo/Eventual
Extensão Pontual, Linear, Espacial, Regional, Global
Reversibilidade Reversível / Irreversível
Duração Menos de 1 ano, 1 a 10 anos, 10 a 50 anos
Magnitude Pequena, Média, Grande
Importância Desprezível, Fraca, Moderada, Importante
Distribuição Custos/Benefícios Socializados, Privatizados (individual,
empresarial)
Impactos Ambientais no Setor de
Transportes
Impactos mais Significativos para as Sociedades:
• Freqüência da Temporalidade: Contínuos e
Permanentes
• Extensão: Espaciais
• Reversibilidade: Irreversível ou de difícil reversão
• Magnitude: Grande

HOJE:
• Impactos Locais: Poluição Atmosférica
• Impactos Globais: Mudanças
Climáticas
Poluição Atmosférica
Geração de Energia e os Combustíveis em Transportes
Modo de Transporte Principais Fontes de Energia
Rodoviário Humana, Animal, Fontes de Carbono
Ferroviário Eletricidade, Fontes de Carbono
Hidroviário Fontes de Carbono
Aéreo Fontes de Carbono

Fontes de Carbono
Madeira, Lenha, Biomassa (Álcoois, Bio-gás, Bio-diesel),
Combustíveis Fósseis (Petróleo, Carvão, Gás Natural,
Xisto)
Evolução e Projeção do Consumo Mundial de
Combustíveis em Transportes 1980 a 2020 (milhões de barris/dia)

Fonte: EIA,2000
Utilização da Energia dos Combustíveis
Fósseis
Ar Atmosférico Na Combustão: 12 toneladas de
N2 + O2 + CO2 + H2O Carbono convertem-se em: 44
Traços de + toneladas de CO2
Outros Resíduos
Gases Aquecimento
•Residencial - Fogões, Aquecedores
•Industrial - Fornos e Caldeiras de Geração de
Vapor
Energia
Combustão
Energia Elétrica
Conversão da Energia Usinas
Fontes de Carbono
Combustíveis Termelétricas
Turbo-Geradores, Turbinas, Transportes
Fósseis: Motores de Combustão Interna
Carvão, Xisto, Motores dos
Petróleo, Gás Natural veículos

Fonte: Ribeiro, 2000


Estratégias para Redução de Impactos Ambientais
no Transporte de Carga

• Intensificação do uso dos modos de transporte:

dutoviário, aquaviário e ferroviário;

• Maior integração entre modos de transporte;

• Criação de facilidades para a integração modal.


Obrigado !

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03/06/2009 Paul Nobre

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