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1 INTRODUÇÃO

O termo antes visto como uma questão ideológica de pessoas e grupos


denominados ecologistas que iam de encontro com o capitalismo que prega o
consumismo, agora de tempos para cá vem se tornando uma importância que
merece toda atenção: a preservação ambiental, assumindo um lugar nas empresas
e na sua produção que hoje devem desenvolver uma gestão ambiental sob normas
de qualidade. Os termos como Responsabilidade social, Órgãos Ambientais, ISSO
14001, Consultorias Ambientais, Sustentabilidade, Desenvolvimento Sustentável,
Ecodesenvolvimento, TQEM (Gerenciamento Ambiental da Qualidade Total), vem
surgindo e sendo discutido em meios sociais, acadêmicos e organizacionais, pois
são conceitos relacionados com a Preservação Ambiental e a harmonia entre
preservação, crescimento econômico e atividade empresarial.
O Presente artigo discutirá sobre o surgimento de termos relacionados a
Sustentabilidade em termos históricos e como as entidades encaravam essa nova
realidade, enfatizar a importância de inserir dentro do ambiente organizacional
práticas que correlacionam as atividades da empresa ao desenvolvimento
sustentável, a utilização consciente das matérias primas do ecossistema, a uma
produção que se importe em utilizar-se de ferramentas que impeçam danos ao meio
ambiente devido ao processo fabril e descartes dessa fabricação. Também se
discutirá os diferentes cenários dos conceitos sustentáveis que desenrolaram ao
longo dos anos e como as empresas se comportaram frente ao ambientalismo os
direcionando as estratégias da corporação aos atos de preservação e não apenas
lucro; cenários que se variaram entre relutância, aceitação e ato de pró-atividades
para as empresas.
Houve formalizações onde novas normatizações foram desenvolvidas,
pesquisas foram feitas em termos de porcentagens, debates foram criados e termos
foram concretizados, com o desenrolar dos tempos e aperfeiçoamento e
desenvolvimento de novas tecnologias a sociedade teve acesso a uma ferramenta
de poder denominada informação, entre os dias 5 a 16 de junho de 1972 na capital
da Suécia, Estocolmo, foi realizada uma conferência nomeada Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, onde foi-se discutido as questões
relacionadas à degradação do meio ambiente, dando ainda mais visibilidade e

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dimensão a essas questões antes menosprezadas e vis.
Um alarde se instalou quando os danos exacerbados que as empresas
causavam ao explorar drasticamente os recursos da natureza sem a consciência
verde foram descobertos, entre esses danos um que deixou a população assustada:
o buraco na camada de ozônio descoberto em 1985 localizado em cima do Polo Sul,
descobertas globais que impulsionaram a sociedade a cobrar das indústrias uma
responsabilidade social e se preocupassem com resíduos deixados par trás, com os
descartes irregulares, com a exploração dos insumos naturais, foi quando a Gestão
Ambiental teve que se consolidar e concretizar-se dentro da cultura das empresas
aos poucos e depois de muitas normas redigidas.
Dessa forma se desenrolar o corpo deste artigo destacando termos citados
anteriormente e chegando à conclusão da importância que exerce uma Gestão
Ambiental, descobrindo que com a adesão desse estilo de gestão uma vantagem
competitiva sobre seus, como essas empresas vem se modificando e se adequando
aos padrões de normas de qualidade será discutido termos relacionados ao assunto
em pauta, e ferramentas que auxiliam na prática da gestão consciente.

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2 Evolução da gestão ambiental nas empresas

Por volta das décadas de 70/80 entre as manifestações Hippie, a luta pela
cidadania americana dos negros, das mulheres pela igualdade de gêneros, também
se deu início às lutas sociais em âmbitos mundial em defesa ao meio ambiente e a
ecologia onde o marco foi a publicação do livro ``Primavera Silenciosa`` (1962), da
autora americana Raquel Carson (1907-1964), considerado uma bíblia para os
ambientalistas, seu conteúdo versou sobre detalhes dos impactos negativos , no
meio ambiente, discursa sobre a ética ambiental, concebendo debates que mesmo
pela sua época são atuais. Após a editoração do livro houve o primeiro evento
formal sobre o assunto: Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente
(1972), conhecida também como a Conferência de Estocolmo , com a presença de
113 países, denunciou a devastação da natureza que se sucedia naquele momento,
discutindo também sobre a política do desenvolvimento humano e a busca por uma
visão comum de preservação dos recursos naturais, mudanças climáticas, qualidade
da água, redução dos desgastes naturais, desenvolvimento sustentável, quantidade
de materiais pesados lançados na natureza, entre outras questões. Nessa reunião
foram emitidos dois documentos a Declaração sobre o meio Ambiente Humano e o
Plano de ação Mundial.
Em 1973, sob pressão do Banco Mundial o governo brasileiro criou a
Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), objetivando implementar uma gestão
integrada do meio ambiente, garantindo ações direcionadas à implementação de
políticas públicas de meio ambiente, estimulação para que houvesse uma
descentralização da gestão ambiental e a cisão de alçada de atribuição entre as três
esferas do Governo. Até então a visão das empresas sobre a discussão transcorrida
e tão falada Preservação, como mero movimento de ambientalismo e uma
coarctação forçosa imposta pelo governo, logo as empresas só queriam estar em
conformidade com as legislações ambientais. Em 1973 ocorreram duas crises do
petróleo, onde foi descoberto que o recurso natural não é renovável, daí o aumento
no petróleo de forma exorbitante, as commodities tiveram seus preços bastante
elevados, isso levou as empresas a serem forçadas a economizar água, energia e
matérias-primas em geral. Agora além de obedecer a legislação referente à
poluição, passaram a procurar inovações tecnológicas, redefinindo seus produtos e

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processos.
Dentre normas e eventos ocorridos nesse período se destacaram alguns
como em 1971, onde foi realizado o acordo de Copenhague, sobre cooperação entre
estados escandinavos na luta contra a poluição do mar; em 1974 ocorreu a
publicação da Carta dos Direitos e Deveres Econômicos dos Estados, pela liberdade
de opção econômica e de direitos soberanos sobre os recursos naturais; bem como
foi em 1978 onde ascendeu os princípios de conduta relativos à conservação e
utilização harmoniosa dos recursos naturais; e por fim em 1979 com o discorrer da
Convenção de Berna, sobre a conservação da vida selvagem e dos meio natural.
Encerrando-se assim a década de 70, com uma imposição normativa por parte do
governo e da aceitação das empresas apenas pela a obrigação de cumprir as
normas e seguir com a legalização, nenhum resquício de proatividade surgia ainda.
Especificamente na década de 80, os ambientalistas ganharam mais força,
assumindo argumentações mais diretas, salientando ainda mais seu ofício com alvo
nas estratégias ambientais corporativas. Com esse crescimento, surgiram mais
adeptos ao movimento, mais apoio financeiro e mais visibilidade, então nesse
momento começou-se a enfatizar o termo responsabilidade social pelas empresas.
Na década anterior as pressões eram legais, agora as empresas além de se
importarem com estar de acordo com a lei, passou a agir conforme a pressões
sociais, pois envolvia protestos, pressões negativas, redução da reputação e na
imagem da empresa.
Esse período foi marcado por preocupações com enfoque nos temas que se
refere aos problemas que eram desenvolvidos pelos ativos químicos, resíduos,
insumos radioativos e outras matérias nocivas. Quanto aos acontecimentos
destacaram-se a publicação da Carta Mundial da Natureza (1982), fazendo menção
pela primeira vez ao termo sustentabilidade; Protocolo Montreal (1987) fazendo
necessária a atenção à camada de Ozônio; e dois anos depois discorreu a
Convenção de Brasiléia (1989), que dispunha sobre a movimentação trans-
fronteiriça de resíduos químicos.
Desta forma, no intervalo de 1970 a 1985 fez-se notório uma agregação,
embora ainda frágil, entre as preocupações ambientais e as estratégias de negócios,
o que ficou conhecida por alguns como ``adaptação resistente``. Nesse momento as
empresas começaram a criar dentro da sua departamentalização setores especiais

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para tratar das questões ambientais e também o termo ``ambientalismo de livre
mercado`` que mudou a entonação das regulações dos insumos e das ações para
os resultados esperados. As novas ferramentas de política ambiental estavam de
cara nova, mudando a possibilidade de usufruo das ações ambientais como
instrumento de marketing e estratégias competitivas pelas empresas (Menon e
Menon, 1997).
Dá-se início à década de 90, e enfim muitas empresas começaram a adotar
as práticas de preservação do o meio ambiente nas suas estratégias de negócio.
(Varadarajan 1992) fez menção ao termo ``enviropreneurial marketing``, estratégico
modelo ambiental que pôde-se ser definido como as atividades mercadológicas
benéficas tanto empresarial, como ambiental, que atendam à economia da firma,
assim como aos objetivos de performance social, ou seja é o que informalmente
verbera-se ``unir o útil ao agradável``, a união de interesses de lucros econômicos e
exercer da melhor forma possível uma responsabilidade social. A pó-atividade em
ações sustentáveis, enfim, foi surgindo e viu-se que era possível por meio das tais
alcançar a competitividade e aumento do prestígio da empresa. Nessa nova
conjuntura uma nova onda veio para modificar o cenário ambiental, os códigos
voluntários de conduta da família ISSO 14000, tornando-se um diferencial para as
empresas. O desfecho dessa época é assinalado por um sistema de gestão
ambiental voltado a redução de impactos, atividades voltadas para uma melhoria
contínua, tornando o meio ambiente parte da estrutura da empresa.
Contemporaneamente a gestão verde são marcantes nas empresas, as ações
das empresas estão cada vez mais voltadas à preservação, minimização dos
impactos da produção e não apenas ao lucro desenfreado. Hoje surgem novas
práticas e novos conceitos em uma sociedade cada vez mais antenada no que se
refere ás causas ambientais, ainda não em sua plenitude, mas defrontada com as
décadas anteriores apresenta uma enorme evolução. Atualmente as empresas
contam com muitas ferramentas que as auxiliam na apresentada questão, como por
exemplo o SGI (Sistema de Gestão Integrada) que une a preocupação da instituição
com a qualidade dos resultados somando a saúde e segurança do trabalho, meio
ambiente e responsabilidade social; o Ecodesign, termo que é usado para todo e
qualquer processo que em sua essência se correlaciona com os aspectos
ambientais onde o alvo das ações são concentradas em projetar ambientes,

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desenvolver produtos e executar serviços que de alguma maneira irão minimizar o
uso dos recursos não-renováveis ou os impactos ambientais dos mesmos durante o
seu ciclo de vida; ISSO 14000 é o certificado responsável por qualificar as empresas
que se dedicam no cumprimento das normas e caminhos na gestão ambiental;
Logística Reversa área da logística que possui uma responsabilidade sobre o fluxo
físico de produtos, embalagens entre outros materiais, com objetivo de agregar valor
econômico, ecológico, legal e de localização ao negócio através da gestão de
distribuição do material descartado e seu retorno como bens ou materiais
constituintes ao ciclo produtivo; TQEM (Gerenciamento Ambiental da Qualidade
Total) é uma abordagem para eficiência na competitividade e eficácia da flexibilidade
da organização, relacionando-se com a preocupação dos danos ambientais, dentre
muitas outras ferramentas, que serão discutidas a seguir, que servem como
diretrizes de apoio para as entidades que adequam sua estrutura organizacional
para atender a uma gestão ambiental visando resultados satisfatórios em seus
processos operacionais, gerar menos impactos ambientais e mais qualidade de vida
ao meio ambiente externo e interno, as quais estão inseridas.

3 Impactos Causados Pela Produção Sobre o Meio Ambiente

Os impactos ambientais são consequência das ações humanas sobre a


natureza, afetando o planeta de diversas formas podendo acarretar detrimentos
irreversíveis no meio ambiente, podendo ser impactos locais, como a poluição
urbana, regionais, como o caso da chuva ácida, ou ainda global que são o efeito
estufa ou danos marinhos, por exemplo. Dentre as atividades desenvolvidas que se
destacam e são causadoras de tais impactos são as de minério, as agrícolas, a
exploração florestal, os transportes, a produção de energia, as de edificações civis e
as indústrias básicas químicas e metalúrgicas. Todos esses danos se intensificaram
após a Revolução Industrial (1760), pois aumentou-se a população do consumo nos
países industrializados, visto que os produtos eram produzidos de maneira mais
acelerada e tinham mais variedades que satisfaziam os gostos diversos dos
consumidores. Por consequência de tais impactos vem o ``efeito colateral`` que são
as alterações climáticas, extinção de espécies e habitats, aumento no nível do mar,
desaparecimento de rios poluição do ar, além da diminuição da qualidade de vida.

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Este assunto faz parte de uma discussão global sobre o futuro do planeta e
sobre o envolvimento das indústrias com a indução ao consumismo, um fato
interessante sobre esta relação é que grande parte dos produtos, principalmente
eletrodomésticos, são fabricados nas industrias com o tempo de vida programado,
pois são feitos para durar pouco, o nome que se dá é ``obsolescência``, fenômeno
associado ao processo de globalização, com indícios de surgimento no período da
Grande depressão de 1929, pois com a crise os produtos industrializados ficaram
parados em estoque sem serem comercializados, diminuindo, assim, o lucro das
empresas aumentando o desemprego, foi ai que perceberam que os produtos
duráveis não favoreciam aos interesses econômicos das organizações, dessa
situação foi conscientizado pelos empreendedores e envolvidos na administração de
tais produtos que um produto que não se deteriora em um curto período de tempo é
um fator negativo e inaceitável para os negócios.
Hoje uma pessoa compra um celular e não muito tempo depois surge um
mais inovador fazendo com que o que ela possui não seja mais desejado, pois não
tem os atributos e funções que o da nova geração tem, nem muito menos o design
arrojado, e assim o consumismo vai crescendo exponencialmente e junto com ele a
poluição, pois os produtos velhos são descartados e vão se acumulando, muitos
deles emitindo substâncias tóxicas no solo e no ar e nas águas, e é de onde se
reflete sobre a importância de uma produção mais verde e consciente, visto a
participação da indústrias nessas ações de caráter poluentes.
No meio aquático, os contaminantes estão expostos a diversas
transformações químicas e bioquímicas, podendo afetar sua disponibilidade
biológica ou toxidade, de forma a aumentá-las ou diminui-las. Um estudo realizado
por uma organização não-governamental Defensoria da Água, ligada à Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), apontou que 70% das águas de rios do Brasil
estão poluídas. A pesquisa trouxe dados dos períodos 2004-2008, envolvendo 423
pesquisadores, 830 monitores e campo e cerca de 1.500 voluntários, onde foi-se
identificado 20.760 áreas de contaminação em todo país, as principais atividades
que assumem o caráter de mais poluentes são o agronegócio e à atividade
industrial, verberou o secretário-geral da Defensoria da Água, Leonardo Morelli. De
acordo com o relatório da ONG a mineração, a produção de suco de laranja e de
derivados da cana de açúcar, mostraram-se negativos pelos problemas de descarte

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inadequado de resíduos industriais e pelas consequências sociais ligadas aos
empreendimentos.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), equacionou
que em torno de 97% dos municípios brasileiros não possuem aterro industrial
dentro de seus limites territoriais, onde é claro o descaso com resíduos tóxicos.
Sabe-se que a contaminação do solo por resíduos industriais ocorre por depósito
ilegal de resíduos, normalmente associados com metais pesados, produtos químicos
perigosos ou restos industriais, enterrados no solo de forma inadequada.
Quando a contaminação atinge o ar, os metais pesados podem entrar em
contato com o homem através das vias respiratórias. Algumas substâncias inaladas
pelas vias respiratórias são removidas por ações das mucosas na passagem pelos
pulmões e brônquios, sendo transportadas ao aparelho gastrointestinal, onde podem
exercer um efeito tóxico direto ou podem ser absorvidas e transferidas para outros
órgãos e tecidos (DULA, 1970), fora aos danos à camada de Ozônio e a qualidade
do ar. Entretanto é comprovado que os danos de uma má administração logística de
descarte não só afeta a fauna e flora, mas como também a saúde humana.
Em sumo como visto entre todos os veículos causadores da poluição e
impactos naturais, destaca-se as indústrias com suas produções e descartes. O
setor industrial é responsável pela geração de maior parte dos resíduos perigosos,
que são os sedimentos impreterível das técnicas industriais (DGMA, 1982), pois
alcança todos os meios danosos possíveis, mar, ar, solo e lagos, pois a mesma para
fornecer os bens de consumo geram matérias biológicas, gases e líquidos que
contaminam o ecossistema, por isso a importância de uma gestão ambiental que
busque um meio de reparar e evitar tais danos e proporcione um equilíbrio entre a
produção industrial e a manutenção do meio ambiente. Esta gestão é um ramo da
esfera administrativa que dá prioridade a maneiras e práticas que favorecem o uso
racional e consciente dos recursos naturais, minimizando os impactos ambientais
dessas atividades econômicas industriais. Para alcançar tais objetivos a empresa
tem que dedicar-se a uma melhor usabilidade de suas matérias-primas agindo de
forma mais responsável com relação ao uso da água e energia, investindo em
tecnologia para armazenagem, tratamento e descarte de forma segura, tornando-se
cada vez mais sustentável.

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4 Desenvolvimento Sustentável

O desenvolvimento sustentável tem por objetivo se preocupar com a questão


de harmonizar e equilibrar a prática dos termos desenvolvimento econômico e
desenvolvimento social, com a preservação do meio natural. Tal desenvolvimento dá
a oportunidade de as empresas agora e futuramente conseguir atingir um patamar
de responsabilidade social e de desenvolvimento econômico que as satisfaçam, e
paralelamente garantir o uso consciente dos recursos para a posteridade. Em 1983,
estabeleceu-se a comissão Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, onde foi-se discutido sore a investigações das questões
levantadas nos momentos anteriores, sobre os graves e negativos reflexos das
atividades da população sobre o planeta, e como os seus padrões de crescimento e
desenvolvimento poderiam tornar-se inalcançáveis caso os limites dos recursos
naturais não fossem respeitados.
A sustentabilidade sociopolítica é a forma na qual há um interesse de
desenvolvimento da camada social, sociabilização da economia, envolvendo e
fazendo om que se interajam humanamente, culturalmente e economicamente.
A sustentabilidade cultural faz a integração das particularidades culturais no
ponto de vista, meditação e prática do desenvolvimento sustentável essencial, visto
que possibilita que a sociedade interaja nas atividades e práticas dos esforços de
desenvolvimento.
Portanto a extensão dessa essa área pode ser dividida em quatro forma: A
sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade econômica, a sustentabilidade
sociopolítica e a sustentabilidade Cultural. Em seus conceitos é a habilidade que o
ambiente natural tem de manter as condições necessárias para as pessoas e outros
seres vivos para viver, considerando a capacidade, a beleza do ambiente e a sua
função como fonte de energia renovável.
O desenvolvimento sustentável nas empresas está atrelado ao termo
responsabilidade social, que significa compreender e agir em resposta as novas
demandas da sociedade, que é a de que o valor gerado por uma empresa se
espelhe em benefícios não somente para seus acionistas, mas que tenha também
um impacto positivo para o conjunto dos afetados por suas operações, em particular
o meio ambiente e a mantendo o respeito com sua cultura e agindo de forma ética e

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transparente, e o desenvolvimento dessa responsabilidade corporativa associada à
percepção de sustentabilidade, objetiva conciliar as esferas econômica, ambiental e
social na geração de uma realidade compatível à seguimento e à expansão das
atividades das empresas no presente e no futuro. A responsabilidade social
corporativa é julgada como um importante elemento no progresso dos negócios e
para estabelecer relações positivas das empresas com as assim chamadas partes
interessadas (stakeholders).
Portanto o modelo de desenvolvimento sustentável, é a matriz que visa
compartilhar a exploração racional de recursos naturais e sua regeneração, subtrair
o impacto nocivo da ação do ser humano, em geral, e dos processos produtivos,
particularmente, para satisfazer as necessidades de gerações presentes sem pôr em
perigo a satisfação daquelas que possam ser apresentadas pelas futuras gerações.

5 Proatividade à Gestão Ambiental

As empresas de caráter industrial que vão em busca do pioneirismo na


competitividade e continuar se adaptando e moldando-se ante ao ambiente
turbulento e imprevisíveis dos negócios, notam que cada vez mais que, ante as
questões ambientais, são cobradas a vestir-se de novas posturas em um processo
constante tanto em suas operações, como em seus negócios. Dessa forma vão
formulando novas formas d lidar com as questões ambientais que surgem, através
de mecanismos de auto regulação ou por meio de uma gestão ambiental proativa.
A auto regulação demonstra atitudes que empreendem e disseminam padrões
ambientais, mediante o desenvolver de modelos, monitoração, metas de redução a
poluição, assumidas pelas empresas ou esferas industriais. Em um sentido mais
abrangente significa uma, dentre várias maneiras de trazer um equilíbrio entre as
forças do mercado e a distribuição justa, monetariamente falando, os danos que a
sociedade está suportando como efeito da mudança da qualidade do meio ambiente.
Seguindo nesse ritmo, as empresas, levando em conta os ricos e impactos
ambientais não só de sua manufaturação, mas também de seus produtos, adotam
posturas proativas de regulação ao meio natural mediante a incorporação de fatores
ambientais em suas metas políticas, estratégias da empresa. Dessa maneira o meio
natural não é encarado como uma adição de custos, mas como uma forma positiva

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de lucros, dentro da realidade de ameaças e oportunidades para a empresa,
fazendo com que a proteção ambiental passe a fazer parte de seus almejos.
Sob esse prisma a esfera natural gera uma nova perspectiva dos planos de
negócios assumidos pelas organizações proativas, que de duas formas pode ser
fixada sob duas óticas que divergem entre si: o meio ambiente como suporte para os
negócios ou de concebimento de novas ideias. Como base de concebmento de
ideias o meio ambiente colabora como constituinte de uma reflexão crítica da
maneira como a sociedade e os negócios atuavam no passado, desenvolvendo
questões sobre os padrões que existiam e a construção de vigentes. A base de
desenvolvimento de ideias desenvolve novas formas de raciocínio e questões como
a responsabilidade ambiental e o desenvolvimento sustentável (ROOME, 1994).
Como suporte para os negócios o meio ambiente expõe novos ensejos e prenúncios
para interesses de negócios. A base de negócios pode identificar novas portas para
o desenvolvimento de processos, produtos e marcados, de forma a influenciar e
alterar as cobranças de consumo nos mercados que já estão estabelecidos.
Tomando partida dessas novas bases de negócios e de ideias, as organizações
constituem uma responsabilidade ambiental por processos e produtos que englobam
um relacionamento distinto, p, com fornecedores e consumidores, no que se refere à
subtração dos resíduos e à proteção dos recursos naturais.
Quando se refere a mudanças exigidas diante de cenários que se
desenvolvem de forma simultânea e nova, sendo essas mudanças internas e
externas que são indispensáveis. A mudança interna engloba a identificação do
meio natural interdisciplinar e interfuncional dos impasses ambientais, o que cobra
que as áreas funcionais das organizações interajam e se integrem entre si, em
termos de fluxo de operações, autoridade, comunicação, requerendo-se também
novas formas de relacionamento com os grupos de interesse da organização, para
lhes dar sinais de que os esforços estão sendo concentrados para o atendimento
dos seus anseios e para prever demandas.

6 Tecnologias Ambientais Acessíveis as Empresas

Um subsídio considerável para o asseguramento do avanço econômico,


produtivo e ambiental de uma empresa industrial é a usufruição das tecnologias

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ambientais, um favor relevante na garantia da rentabilidade e da competitividade da
maioria das empresas industriais. No quesito de proteção ambiental, as tecnologias
ambientais desenvolvem um papel importantíssimo quais serão destacadas a seguir.
Tecnologias de gestão de poluição ou end-of-pipe, têm como o principal
intuito de defrontar as saídas indesejáveis de rejeitos do procedimento da produção
(poluição), sem estabelecer permeio no processo. Refere-se a instrumentos de
controle de emissões e detritos, tais como filtros purificadores, carbonizadores e
redes de tratamento de água e esgoto, entre muitos que dispersam os resíduos
nocivos ou dizimam suas toxicidades.
As tecnologias de prevenção da poluição objetivando o fortalecimento dos
processos produtivos através da eficiência e ampliação do encargo de
aproveitamento dos insumos nos produtos produzidos. Com o uso de tal ferramenta
é alcançado a redução dos resíduos e degrados na fonte, mas também a
reutilização ou a reciclagem dos resíduos produzidos, preferivelmente ainda no início
do projeto industrial, focado primordialmente ao processo produtivo, e, em segundo
plano, importar-se com os resíduos que não podem ser minimizados, reutilizados ou
reciclados.
Logo Tecnologias de produtos e processos, acordante com o que foi tratado
considerado pelo Programa das nações Unidas para o Meio ambiente (Pnuma)
como a inserção contínua de uma estratégia ambiental cautelosa integrada aos
processos e produtos para subtração dos riscos tanto ao meio natural como a
sociedade. Para os processos produtivos, a estratégia ambiental engloba a
manutenção de insumos e energia, o corte de matérias-primas tóxicas e a restrição
da quantidade e toxidade de qualquer emissão e resíduos previamente de deixarem
o processo. Para os produtos, é concentrado estrategicamente na redução de
impactos por todo o ciclo de vida do produto, da extração das matérias primas até a
distribuição final do produto.
O ofício de tecnologias de produtos e processos pleiteiam para um
encadeamento de proveitos para uma organização proativa ambientalmente, dentre
os quais se podem salientar: melhorias na eficiência produtiva; minimizar a
quantidade de resíduos dispostos no meio ambiente; engenharia de tecnologias em
prol da preservação do meio natural; desenvolvimento de vigentes produtos para
mercados emergentes; maior segurança pública e minimizar os impactos ambientais

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dos produtos; melhoria na imagem pública e das relações com órgãos
governamentais; melhorias na qualidade do quadro de segurança e de saúde
ocupacional e nas relações de encargo; maior comprometimento de todo staff da
empresa.
As empresas industriais utilizam o termo com as responsabilidades
ambientais para favorecerem os interesses de negócios melhorando a
competitividade global da empresa, pois nem sempre acrescenta essa estratégia em
uma empresa Industrial a não ser se for a exigência do mercado. No Brasil 75% das
mais sucedidas empresas industriais do país não possui um esquema de gestão
ambiental de concordância com a pesquisa efetuada pela Price Waterhouse
(GOMES,1996). Tanto no Brasil como nos países desenvolvidos as maiorias das
empresas industriais não estão dando importância a responsabilidade ambiental só
visam as atividades de negócios. As empresas industriais podem desenvolver
técnicas e sistemas para monitorar e captar os impactos ao meio ambiental de seus
produtos, processos, reconhecer a necessidade de uma reforma organizacional e
gerencial para atingir melhor desempenho ambientais sobre os próprios descartes. 
Com uma boa administração tem que ter iniciativa e esforço da organização
podendo assim criar melhoria na qualidade do meio ambiente utilizando colocar em
prática os princípios ambientais e criar planos estratégicos ambiental para dentro
das indústrias. E assim para se ter uma abordagem mais proativa utilizando a
comunicação com todos os envolvidos de importância do sucesso ambiental da
empresa.
Nos países desenvolvidos a fim de motivar as mudanças no comportamento
da indústria em relação ao meio ambiente estão implementando mecanismo de
interiorização de custos ambientais dentro desse mecanismo é levado em conta
questões de comando e controle, ferramentas econômicas e a autorregulação,
alcançando provocar intensa polêmica no que se refere a eficiência e eficácia de
cada um deles para produzir as respostas desejadas por parte das empresas
industriais com as vantagens e desvantagens.

7 Instrumentos da Gestão Ambiental como Ferramenta para


Competitividade

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Visto a importância de uma orientação estratégica a gestão ambiental, as
organizações hoje são munidas com instrumentos e ferramentas de apoio que as
induzem à competitividade. A gestão ambiental em si está relacionada ao processo
de planejamento, organização, e orientação a metas ambientais específicas, pode-
se fazer uma analogia com o que acontece na gestão da qualidade, sua introdução
começa na alta cúpula e aos poucos requer um compromisso corporativo
envolvendo um todo. Já o instrumento de gestão ambiental, por sua vez, assume um
papel de ferramenta auxiliadora do processo de planejamento, nas competências
operacionais de modo que resulte na integração estratégica que se estende por
todas as atividades nessa esfera.
Sendo os instrumentos de gestão ambiental ferramentas que visam o auxílio
no processo de planeamento e operacionalização de tal gestão, de uma forma que a
mesma é integrada holisticamente em suas atividades, destacam-se algumas que
são indispensáveis de serem discutidas no presente artigo.

a. ISO 14000

A ABNT NBR ISO 14000, é onde estão especificadas as normas e requisitos


de um Sistema de Gestão Ambiental que regem o proceder das organizações no
desenvolvimento do esquema de proteção ao meio ambiente em respostas as
alterações ambientais, onde tais normas levam em consideração características
ambientais que são causadas pelas indústrias e suas produções. A ISO em questão
é implementada por empresas que se preocupam em como suas atividades causam
impactos no meio natural, dessa forma elas se submetem a estar por dentro das
políticas ambientais de forma que desenvolvam práticas sustentáveis oferecendo
aos seus clientes e organizações externas não apenas seus produtos e serviços,
mas demonstram respeito com o meio em que vivem.
Foi no início da década de 1990, que surgiu o anseio, pela ISO, de articular
normas que falassem a respeito das questões ambientais, propondo uma
padronização em todo o processo produtivo das indústrias que se utilizavam dos
recursos naturais e em consequência as suas atividades causassem efeitos danosos
ao meio ambiente, visto que era notório tais impactos ambientais desse
desenvolvimento econômico e industrial trazendo preocupações as organizações

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ambientais. Logo em 1993 foi criado o Comitê Técnico TC 207 com objetivo na
elaboração de tais normas (série 14000) padronizadoras em prol do meio natural,
seus resultados são notados até hoje, as empresas que são aprovadas e
certificadas na série são entidades de reconhecidas pela responsabilidade
ambiental, e se submetem a eventuais auditorias por empresas certificadoras
autorizadas para que possam continuar certificadas se passarem na crive de
avaliação.

b. Geoprocessamento

Os primeiros Sistema de Informação Geográfica surgiram na década de 60 no


Canadá como parte de um programa governamental para criar um inventário de
recursos naturais. É o processamento informatizado de dados diferenciados que
serve para utilizar programas de computador que permite o uso de informações a
que se possa associar coordenadas cartográficas, mapas, cartas, topográficas e
plantas. É utilizado em diversos setores da sociedade no desenvolvimento de bases
cartográficas, avaliação de sistemas de água, esgoto e saneamento, análise de
recursos naturais como florestas, rios e bacias hidrográficas e até planejamento
ambientais urbanos e rurais. As técnicas de geoprocessamento certamente
oferecerão subsídios básicos a cenários sustentáveis para a sociedade no
desenvolvimento oferecendo um conjunto de informações para o planejamento e
execução de políticas públicas como em ações de iniciativas do setor privado.
Com o uso do geoprocessamento possibilita maior flexibilidade, segurança e
agilidade nas atividades de monitoramento, planejamento e tomada de decisão
relacionada ao espaço geográfico. Para utilizar essa ferramenta pode usar órgãos
governamentais ligados a administração pública, entidades particulares, pessoas
físicas e jurídicas. O Especialista em geoprocessamento precisa combinar
ferramentas de análise especial processamento de imagens geo-estatística e
modelagem numérica porque é impossível compreender os fenômenos ambientais
sem analisar os seus componentes a inter-relação entre eles

c. Planejamento Ambiental

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Planejamento Ambiental surgiu no início do século XIX com pensadores como
John Ruskin na Inglaterra, Viollet-Le Duc na França e Henry David Thorean, George
Perkins Marsh, Frederick Law, Olmsted e outros nos EUA. É um processo contínuo
que envolve coleta organização e análise sistematizada das informações, com o
trabalho de uma equipe para consecução de objetivos comuns onde os impactos
resultam que pode afetar negativamente o ambiente em que vivemos e assim sejam
minimizados e os impactos positivos sejam maximizados.
As empresas ou governo devem planejar com os aspectos específicos do
meio ambiente através de recursos hídricos ou áreas protegidas e assim introduzir
como instrumento de planejamento ambiental dentro da empresa. A escolha desses
tipos de instrumentos de planejamento depende de cada contexto e dos objetivos
que almeja alcançar, mas sempre o planejador tem que ter uma visão holística para
não perder o foco principal de ação. Podem utilizar categorias como abrangência
espacial, abrangência operacional de acordo com a natureza dos objetivos que
deseja alcançar. Os planejamentos de abrangência operacional se baseiam em
determinada atividade específica dando os destaques a ação que será realizada
independe do território.
Com o uso da gestão ambiental dentro das empresas faz com que as
maiorias das empresas comecem a entender que o meio ambiente não é apenas
custo adicional para a produção mais para a criação de processos e produtos não
nocivos ao meio natural. Através da reorganização da produção os resultados dos
progressos técnicos e globalizado acelerou o desenvolvimento econômico.

d. Auditoria Ambiental

A Auditoria Ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental definida pela


norma NBR ISSO 14.010 como processo sistemático que utilizam para identificar as
falhas e os problemas ambientais buscando adequação nas empresas. Exercer a
auditoria ambiental é de suma importância para a melhoria do desempenho da
gestão Ambiental tendo a responsabilidade de avaliar o grau de conformidade de
uma empresa com os requisitos da norma ABNT 14001:2015 com a legislação
ambiental e com a política ambiental de uma empresa. Com a auditoria ambiental
dentro da empresa procura cada vez mais melhorar os relacionamentos de parceira

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com outras empresas conferindo maior envolvimento e confiança, além de aumentar
a eficácia ambiental das organizações.
O procedimento de auditoria deve ser realizado por profissionais técnicos ou
empresas terceirizadas, executada por equipe preparada com comprometimento
ambiental em empresas e industriais. Através da auditoria ambiental verifica das
organizações em relação ao seu desenvolvimento, consegue controlar e a
prevenção sobre o uso de energia, água, e recursos naturais, os processos de
produção, distribuição o uso e o manuseio de transporte de produtos. Existe
diversos tipos de auditoria ambiente, e o setor privado se utiliza de sete tipos
diferentes:
Auditoria de conformidade Leal: Acontece antes da solicitação de licença
ambiental, com o objetivo de evitar multas e penalidades.
Auditoria de Desempenho Ambiental: Avalia o funcionamento e desempenho das
empresas com a quantidade de poluentes e resíduos gerados, consumo de energia,
água e recursos naturais.
Auditoria de Responsabilidade: É um conjunto de obrigações ambientais nas
empresas visando compensar os impactos causados ao meio ambiente e a
sociedade.
Auditoria de Cadeia Produtiva: É responsável por fiscalizar todas as etapas,
agentes e serviços utilizados durante toda a cadeia produtiva de produto.
Auditoria de Sistema de Gestão: Busca fiscalizar se uma empresa, indústria está
atendendo as exigências estipuladas pelas normas e leis ambientais para garantir
certificações se cumprir as normas.
Auditoria Pós-Acidentes: É que determina as medidas mais eficazes para reduzir
os danos que acontece após acidentes ambientais.
Auditoria de Descomissionamento: Para verificar os riscos ambientais
relacionados ao encerramento das atividades nas empresas e industriais.
Logo conceitua-se a auditoria ambiental como diretrizes sistematizadas de
análise, avaliação e inspeção de meios legais das condições de como as empresas
devem proceder quanto as fontes poluentes, eficiência em seus processos, riscos,
legislação, responsabilidade social e desempenho, isso dentro da esfera ambiental.
O objetivo é fornecer um diagnóstico atualizado da situação holística do meio
ambiental para a empresa o que a favorece na definição das ações de controle e

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gerenciamento que serão seguidas sequenciando em um otimizado desempenho
ambiental. Em suma a auditoria ambiental compara os resultados com as
expectativas esperadas no meio ambiental.

e. Licenciamento Ambiental

O licenciamento ambiental é um processo administrativo introduzido no Brasil


em resultado da lei da Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981, objetivando
manter uma monitoração das atividades que se utilizam do meio natural, que sejam
nocivas ou que causem degradações ao meio ambiente de forma que ao fim desse
processo possa ser, ou não, emitido o licenciamento para a continuação das
atividades produtivas.
Esse processo pode ser dividido em três formas de licença (licença prévia,
licença de instalação, e licença de operação), que tem acompanha desde o princípio
com o planejamento até a execução, avaliando todos os aspectos da atividade
regulada (ambiente natural e ambiente humano), utilizando-se de ferramentas tal
como estudos de impactos ambientais na avaliação dos mesmos. O licenciamento é
uma ferramenta de comando e controle que promove o desempenho da economia
associado a qualidade ambiental e a viabilidade social promovendo, assim, um
desenvolvimento associado e interligado entre economia, sociedade e meio natural.
A aprovação da licença é dada de acordo com o que é indispensável ser
seguido em cada tipo de processo, o que variam-se entre si dependendo a atividade
produtiva, cada uma terá exigências a serem seguidas para que o resultado de suas
atividades não tenham um caráter degradativo. Os órgãos que podem expedir a
licença se aliam ao Conselho Nacional do Meio Ambiente e ao Ministério do Meio
Ambiente formando o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente). Dessa forma
o Licenciamento Ambiental é o procedimento utilizado pelo poder governamental em
favor do meio natural, no qual autoriza e monitora as atividades produtivas que
utilizam recursos naturais ou que se considerem efetivas ou potencialmente nocivas
ao meio ambiente.

f. Estudo de Impacto Ambiental (EIA)

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Consiste em um relatório meramente técnico que avalia um projeto e
sequencialmente emite um resultado de possíveis impactos que o mesmo pode
causar ao ambiente, apresentando também medidas amenizadoras. No Brasil se
consolidou devido as emergentes leis e normas que exigiam Políticas de avaliação
de impactos ambientais como instrumento em prol ao meio ambiente, que são
considerados critérios básicos e diretrizes gerais que segue uma série de
procedimentos para serem realizados.
De acordo com o art. 225, nº 1, inciso IV a nossa Constituição de 1988, o EIA
é requisitado na forma de lei para instalações de obras ou de construções e
atividades de cunho degradativo ao meio natural. Tal estudo deve ser realizado
previamente ao início do projeto, ou seja, antes do início da execução da atividade
de caráter poluidor, assegurando-se de forma efetiva o direito ao meio natural
ecologicamente harmonizado e equilibrado, o que não impede de que o estudo seja
realizado em outras fases do processo ou até mesmo na renovação de uma licença
ambiental. O estudo engloba um parecer ambiental sobre a área de influência do
empreendimento, tal como uma vistoria da situação ambiental do território, levando
em consideração os aspectos físicos, biológicos, e socioeconômicos, além de uma
formulação de meios que amenizem emergentes impactos negativos.
Portanto o EIA é um relatório técnico multidisciplinar que se refere a um
controle de caráter preventivo os danos ambientais para a atividade na qual for
observado algum risco e dano ao meio natural, podendo ser realizado
antecipadamente à execução do projeto ou em outro momento se o mesmo não foi
efetuado de forma preventiva, assegurando os direitos naturais e a harmonização do
meio.
Logo os instrumentos de gestão Ambiental revelaram-se como ferramentas
que visam auxiliar processos de planejamentos de modo que esta gestão possa se
integrar de maneira estratégica por todas as suas atividades operacionais dentro das
empresas, onde as melhorias ambientais é uma oportunidade para a grandes
vantagens competitivas uma mudança em relação ao comportamento para a
preservação e a sustentabilidade ambiental despertando um caráter ambiental-
estratégico. Organizações que prezam pela preservação ambiental e se importam
com os impactos que suas atividades transmitem ao fim do processo, tais
organizações buscam soluções satisfatórias recorrendo aos instrumentos citados

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anteriormente ou a outros existentes que comprovam sua eficiência e eficácia, além
de lhes garantir uma competitividade, pois o investimento em meio ambiente
contribui no aumento do sucesso empresarial e a vantagem competitiva, com
resultados tangíveis. Uma gestão ambiental oferece a empresa a oportunidade de
acrescentar valores e uma positiva responsabilidade social.
Ficou claro em como a Gestão Ambiental contribui positivamente nas ações
das empresas, as organizações além de contribuir ao meio ambiente com suas
interações com o meio natural de maneira responsável e ética, elas também geram
os seus recursos de uma forma mais inteligente, onde minimiza os custos
operacionais e descartes (resíduos), aperfeiçoa a sua gestão de risco e aprendem a
se adaptar na criações de vantagens competitivas através de suas iniciativas
sustentáveis o que prova que assumir tal gestão não só atua na proteção do meio e
promoção do bem estar ou assumir a parcela de responsabilidade social e estar de
acordo com a legislação, mas atuar pela proteção do meio ambiente também é uma
ótima forma de negócio. Algumas empresas á têm em sua cultura interna desde
suas fundações, Reversa, por exemplo, é uma empresa que representa isso,
iniciada pela liderança dos sócios Rony Meisler e Fernando Sigal, onde lideram o
movimento Capitalismo Consciente no Brasil; a The Body Shop, fundada pela
britânica Anita Lucia Rddick, denominada ativista ambiental e multiplicadora do
conceito de consumo ético; a Bem & Jerry´s Ice Cream, constituída pelos
empresários filantropos Bennet Cohen e Jerry Greenfield, estas dentre muitas outras
empresas assumem o papel da gestão ambiental desde suas fundações trazendo
em seus DNA´s tal responsabilidade. Porém infelizmente também é ciente que
existe empresas descompromissadas com a dita Gestão Ambiental, impondo
diversos tabus na sua implementação, como por exemplo, altos custos. Não existe
muitos segredos para a implementação da gestão, pode-se destacar três entre
muitas abordagens ambientais: Controle de poluição, Prevenção de poluição e
Abordagens estratégicas. Nesta fase de Controle de Poluição o objetivo é restringir
os efeitos resultantes das ações produtivas; na fase de Prevenção a preocupação é
reeducar a poluição na fonte, sendo encarada de maneira mais ampla. E por fim a
Abordagem estratégica que consiste em adotar a Gestão Ambiental como fator de
competitividade, por isso o nome ``estratégica``.
A implementação da Gestão Ambiental na empresa prioritariamente deve

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envolver a direção, onde todo o sistema será concebido para que, assim, possa ser
passado a diante onde será moldado, pois exige-se que haja uma mudança de visão
de todos os níveis hierárquicos, nessa etapa deve apoiar a criação dessa Política
Ambiental e submeter-se a ela, depois para envolver a equipe deve promover
programas internos que eduquem seus colaboradores e também deve assegurar-se
de garantir que os exemplos partam do nível mais alto para o mais baixo da
hierarquia. Depois de ser concebida a ideia e seguir pondo-a na pratica as empresas
devem se preocupar com o que os stakeholders têm a dizer, afinal eles estarão
envolvidos durante todas as fases da empresa na execução de suas atividades e a
organização deve atender as suas expectativas. A empresa também deve garantir-
se de manter seus colaboradores engajados com a causa e com isso torná-la a
Cultura organizacional, só sendo alcançado tal engajamento através de
treinamentos. Estar de em dia com a Legislação Ambiental é de suma importância,
pois são preceitos que definem se a empresa realmente age com uma gestão verde.
O estabelecimento das Abordagens Ambientais, citadas anteriormente, também é
extremamente necessário pois deixa claro e definido o que a empresa prega a ser
seguido, e complementando deve ser estabelecido um ou mais modelos de Gestão
Ambiental que consiste em um conjunto de processos anteriormente definidos que
agregam para o alcance dos objetivos ambientais das empresas. Escolher as
ferramentas certas será a etapa que definirá se o caminho trilhado será otimizado ou
cheio de gargalos, algumas dessas ferramentas foram citadas no presente artigo,
outras que podem ser citadas são: Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Pareto e
Ciclo PDCA. Em sequência deve definir os indicadores de Desempenho Ambiental,
etapa onde escolhe os indicadores que deverão refletir os aspectos socioambientais
mais relevantes do negócio. Todas as ações das empresas devem ser divulgadas
mantendo uma comunicação das iniciativas e resultados ambientais e por fim é
extremamente importante gerenciar tudo com um sistema auxiliador como por
exemplo o SGA.

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto conclui-se que a Gestão Ambiental Inserida na estrutura


Organizacional assegura que ao fim do processo da produção os descartes sejam
efetuados de forma consciente e eticamente responsável minimizando os impactos
ambientais e assumindo uma Responsabilidade Social, processo este que é
constituído por duas vias tanto o meio natural quanto a empresa saem ganhando,
pois o resultado é uma crescente economia por saber otimizar seus recursos, o
aumento dos lucros, visto que a sociedade está cada vez mais em busca de se
relacionarem com instituições que assumem práticas de preservação ambiental e
também porque as ferramentas utilizadas fazem com que cada ação da empresa
seja eficiente e eficaz o que reduz gargalos e aumenta a produção, além de uma
constante constituição de uma concreta Responsabilidade Social e a criação de uma
Competitividade. Depois de uma incansável evolução, passando por negações,
imposições, práticas e proatividade, a Gestão ambiental vem se consolidando,
ganhando forças e aliados para a solução de grandes impactos que o meio
ambientes sempre sofreu em toda trajetória da sociedade, isso não significa que os
danos não existem mais, ainda é grande o desafio, porém com as tecnologias,
disposições das indústrias e as ferramentas certas a junção dos negócios e do lucro
vão se unindo e resultando em benefícios mútuos e de forma positiva.

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