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DE ESPÉCIES AMEAÇADAS
PELO COMÉRCIO NÃO SUSTENTÁVEL
PIRARUCU (ARAPAIMA GIGAS)
O
IANAMIRONENK
HOTO.COM/TAT
FOTO: ISTOCKP
CONSERVAÇÃO
DE ESPÉCIES AMEAÇADAS
PELO COMÉRCIO NÃO SUSTENTÁVEL
14 O PROJETO BIOAMAZÔNIA
14 ALCANCE
15 ANTECEDENTES
26 PARCEIROS ESTRATÉGICOS
FOTO: ISTOCKP
28 ENCONTRE-NOS
Contextualização
PROJETO
BIOAMAZÔNIA Ecossistemas e a importância da
Amazônia
CONSERVAÇÃO DE Das alturas de Arequipa (Peru) ao Atlântico
(Brasil), as águas do rio Amazonas correm
ESPÉCIES 6.992 km, descarregando anualmente 6,6
bilhões de m³ de água no Oceano Atlântico. Com A Floresta Amazônica se
AMEAÇADAS
uma vazão média de 150 mil m³ por segundo,estende do lado oriental da
o rio Amazonas é considerado o rio maisCordilheira dos Andes, perto
torrencial do planeta, com aproximadamentedo Pacífico até a Planície
PELO COMÉRCIO mil afluentes cobrindo 6,11 milhões de Km². Amazônica no Atlântico,
gerando interdependência
entre ambas as partes que fazem da Amazônia
9
INTERIOR DA
FLORESTA
TROPICAL NO
ALTO DA BACIA
AMAZÔNICA NO
EQUADOR
10
LOPUS
HOTO.COM/ATE
O Tratado de Cooperação Amazônica
FOTO: ISTOCKP
e a OTCA
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sinergias entre eles e com organizações multilaterais, Globais (IAI), a Organização Internacional Italiano-Latino-
agências de cooperação, a comunidade científica e Americana (IILA), o Fundo para o Meio Ambiente Mundial
outras partes interessadas. Assim, atua também na (GEF), a Cooperação Alemã (GIZ), o Banco Alemão de
busca de financiamento e gestão de projetos regionais. Desenvolvimento (KfW) e o Banco Latino-Americano de
O TCA é a principal linha de trabalho da Organização. Desenvolvimento (CAF), entre outros, a fim de apoiar o
As áreas temáticas da OTCA são conservação e uso desenvolvimento sustentável e harmonioso dos países
sustentável dos recursos naturais; pesquisa, ciência e amazônicos no âmbito do Tratado de Cooperação
tecnologia; povos indígenas e gestão regional da saúde, Amazônica.
com eixos transversais de desenvolvimento sustentável,
mudança climática e questões de gênero.
A OTCA implementa acordos de cooperação
A Convenção CITES e o Comércio
O COMÉRCIO É MUITO
técnica e financeira com diversos organismos
A Convenção sobre o Comércio Internacional de DIVERSIFICADO,
intergovernamentais e organizações internacionais
Espécies de Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas DESDE ANIMAIS VIVOS
e multilaterais como a Comissão Econômica para
(CITES) é um acordo internacional entre governos, ao E PLANTAS ATÉ UMA
a América Latina e o Caribe (CEPAL), o Instituto
qual Estados e organizações regionais de integração AMPLA GAMA DE
Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)
econômica aderem voluntariamente. A Convenção PRODUTOS DERIVADOS
e o Instituto Interamericano de Pesquisa de Mudanças
fornece uma estrutura que deve ser respeitada por
DA VIDA SILVESTRE.
cada uma das Partes, que devem promulgar sua
própria legislação nacional para assegurar que a
CITES seja implementada em nível nacional.
O objetivo da CITES é assegurar que o comércio
A CITES É UM ACORDO INTERNACIONAL internacional de espécimes de animais e plantas
ENTRE GOVERNOS, AO QUAL silvestres não seja uma ameaça à sua sobrevivência.
ESTADOS E ORGANIZAÇÕES DE Até o momento, a CITES tem 183 Partes. Os oito
INTEGRAÇÃO ECONÔMICA REGIONAL países amazônicos aderiram à Convenção entre 1975 -
ADEREM VOLUNTARIAMENTE ano de início da CITES - e 1981.
De acordo com a Convenção sobre Comércio Internacional de Muitas das espécies comercializadas não
Espécies de Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas3, estima-se estão ameaçadas, mas um acordo para assegurar a
que o comércio internacional de animais silvestres esteja sustentabilidade do comércio é essencial para preservar
nos bilhões de dólares anuais e afete centenas de milhões estes recursos para as gerações futuras.
de espécimes de animais e plantas. Portanto, a regulamentação comercial e a
O comércio é muito diversificado, desde animais vivos e cooperação internacional são necessárias para proteger
plantas até uma ampla gama de produtos derivados da vida certas espécies contra a exploração excessiva.
silvestre, como produtos alimentícios, artigos de couro de A Convenção fornece Apêndices que agrupam as
animais exóticos, madeira, instrumentos musicais feitos de espécies de acordo com o grau de ameaça devido ao
madeira, lembranças para turistas e remédios. comércio internacional.
Os níveis de exploração de alguns animais e plantas são Cerca de 5.800 espécies animais e 30.000 espécies
altos e seu comércio, juntamente com outros fatores como a vegetais são abrangidas pela CITES contra a super
destruição do habitat, é capaz de esgotar significativamente exploração devido ao comércio internacional. O banco de
suas populações e até mesmo levar algumas espécies à dados sobre espécies listadas na CITES é mantido pela
beira da extinção. UNEP-WCMC4.
3 htps://www.cites.org/esp/disc/what.php 4 htps://trade.cites.org/
FERRY
HOTO.COM/DR
FOTO: ISTOCKP
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O Projeto Bioamazônia
Alcance
14
O Projeto Bioamazônia é financiado pelo Banco foram a Agenda Estratégica de Cooperação Amazônica
Alemão de Desenvolvimento (KfW) e implementado pela (AECA), adotada em novembro de 2010 na X Reunião de
OTCA, através de um acordo de cooperação financeira Ministros das Relações Exteriores da OTCA (Resolução
entre a Alemanha e a Secretaria Permanente da OTCA. X-MRE-OTCA-5) e as Resoluções X MRE-OTCA-7 e X-MRE-
OTCA-10.
Com base nesse contexto e com atenção aos padrões
Antecedentes exigidos pelo KfW para este tipo de financiamento, foi
iniciado o processo de consulta regional para a formulação
O Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) estabelece
e concepção participativa de uma proposta de projeto de
que os oito países amazônicos façam esforços e
investimento acordada pelos países membros da OTCA.
ações conjuntas para promover o desenvolvimento
Liderado pelos Ministérios das Relações Exteriores,
harmonioso de seus respectivos territórios
com a participação dos órgãos nacionais competentes, foi
amazônicos, assim como para a conservação do meio
implementado um processo de elaboração e aprovação
ambiente e a conservação e uso racional dos recursos
final do projeto.
naturais nesses territórios.
No âmbito das reuniões anteriores sobre o tema
Também estabelece a importância de promover
promovidas pela OTCA, os Países Membros solicitaram
a pesquisa científica e o intercâmbio de informações e
apoio para o desenvolvimento de atividades estratégicas
pessoal técnico entre as entidades competentes dos
para a implementação da CITES, em particular, o
respectivos países, a fim de aumentar o conhecimento
desenvolvimento de ferramentas para facilitar a emissão
dos recursos de flora e fauna de seus territórios
de licenças e certificados CITES e o intercâmbio e gestão
amazônicos. A implementação conjunta ou coordenada
de informações.
de programas de pesquisa e desenvolvimento são
Assim, o Projeto Regional de Manejo, Monitoramento
disposições previstas no TCA.
e Controle de Espécies Silvestres Ameaçadas pelo
Os documentos que constituíram a orientação e a
Comércio é enquadrado dentro da estratégia e conceitos
base conceitual para a elaboração do Projeto Bioamazônia
de conservação da biodiversidade da OTCA e promove o
progresso na implementação das ações prioritárias da
AECA, seus temas e subtemas.
PROJETO REGIONAL DE MANEJO,
MONITORAMENTO E CONTROLE DE ESPÉCIES
DE FAUNA SILVESTRE AMEAÇADAS PELO
COMÉRCIO
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PHOTOGRAPHY
Objetivos, componentes e resultados O objetivo é proporcionar o investimento necessário
esperados em infraestrutura, equipamentos e tecnologia para cobrir
HOTO.COM/SL_
as lacunas ou demandas existentes para a operação de
O projeto regional visa aumentar a eficiência e a eficácia sistemas relacionados à emissão eletrônica de licenças
FOTO: ISTOCKP
do manejo, monitoramento e controle das espécies de CITES e sua articulação com os sistemas de janela
fauna silvestre ameaçadas pelo comércio. única em nível nacional, bem como uma harmonização
Sua estratégia é baseada em dois eixos principais regional.
e três componentes:
Componente 3: Fortalecimento de iniciativas
Eixos de manejo sustentável e mecanismos de
1. 1. Investimentos em sistemas e equipamentos rastreabilidade para as espécies da Amazônia
de gestão da informação. Procura melhorar os mecanismos da cadeia de
2. Fortalecimento das capacidades técnicas custódia e fortalecer os sistemas de controle em nível
institucionais e da coordenação nacional e regional, incluindo mecanismos de controle
interinstitucional nos países. de origem e rastreabilidade, troca de experiências e
informações sobre sistemas informatizados de controle
Componentes
de origem, destino e rastreabilidade.
Componente 1: Sistemas de informação e gestão
do conhecimento nacionais e regionais A implementação da estratégia do projeto é com-
O objetivo é melhorar e equilibrar o nível de pletada de forma transversal com:
gestão da informação e do conhecimento, apoiando • Promoção de intercâmbio de experiências e
e fortalecendo os sistemas de informação dos países aprendizagem colaborativa;
membros da OTCA e da CITES e a gestão da informação • Estabelecimento de espaços de discussão e
da SP/OTCA. acordo;
Também procura facilitar a gestão do conhecimento
• Fortalecimento dos mecanismos e
de informações nacionais e regionais relacionadas
ferramentas nacionais;
e/ou produzidas no âmbito do projeto, por meio de
mecanismos e sistemas de articulação acordados. • Proposta de diretrizes regionais para
cooperação na gestão da informação;
Componente 2: Fortalecimento e harmonização
• Melhoria da infraestrutura e do equipamento
regional dos mecanismos/sistemas/processos
das instituições nacionais responsáveis.
nacionais de licenciamento
Resultado 1
Sistemas nacionais e regionais interoperáveis de
gestão de informações e conhecimentos relacionados
à conservação da biodiversidade para o manejo,
monitoramento e controle da CITES ou outras espécies
de fauna silvestre ameaçadas pelo comércio na Região
Amazônica são fortalecidos e estão em operação.
Resultado 2
Mecanismos, sistemas e processos nacionais de
emissão de licenças eletrônicas em operação, compatíveis
em nível regional, reforçados e harmonizados com as
diretrizes do conjunto de ferramentas CITES e outros
que os países consideram relevantes.
Resultado 3
As iniciativas existentes e priorizadas para o
manejo sustentável das espécies são reforçadas
através de investimentos solicitados pelos países
membros da OTCA.
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Visão geral dos países amazônicos
e da CITES
A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica Para este fim, encomendou uma análise regional
(OTCA), por meio do Projeto Regional de Manejo, dos sistemas de informação CITES e Biodiversidade nos
Monitoramento e Controle das Espécies Silvestres países membros da OTCA e o desenvolvimento de uma
da Fauna e Flora Ameaçadas pelo Comércio (Projeto estratégia regional de interoperabilidade de sistemas
Bioamazônia) está apoiando o desenvolvimento de envolvendo os oito países membros da OTCA. A Figura
sistemas nacionais e regionais de informação e gestão 1 - Sistemas Nacionais CITES - mostra o estado de
do conhecimento para fortalecer os instrumentos de desenvolvimento dos sistemas nacionais em relação à
gestão das espécies da CITES nos países e, através condição ideal.
do Observatório Regional Amazônico (ORA) da OTCA, O Projeto Bioamazônia, em seu Componente 1, está
atualmente em construção, avançar na integração apoiando o desenvolvimento de sistemas de informação
regional no manejo das espécies da CITES. para reduzir as assimetrias entre países.
ASIL2
na CITES requer uma janela única para as transações
HOTO.COM/BR
e emissão de licenças. Neste caso existem também
assimetrias entre os países amazônicos, como mostrado
FOTO: ISTOCKP
na Figura 2 - Interação CITES - Janela Única Comex.
O Projeto Bioamazônia, através de seu Componente
2, busca que todos os países tenham uma conexão
com a janela única. Para este fim, ele apoia os países
no desenvolvimento ou aperfeiçoamento de sistemas
nacionais para a emissão de licenças eletrônicas CITES
e integração na janela única para o comércio exterior.
RÍO AMAZONAS
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Além de melhorar os sistemas nacionais de informação da CITES, a
OTCA também procura criar as condições para a visão regional das espécies
da CITES e da biodiversidade com a criação do Observatório Regional da
Amazônia (ORA) - Figura 3.
ALAXIS
HOTO.COM/PAR
FOTO: ISTOCKP
UMA SUMAÚMA (CEIBA PENTANDRA) COM MAIS DE
40 METROS DE ALTURA, INUNDADA PELAS ÁGUAS DO
RIO NEGRO, NA FLORESTA AMAZÔNICA.
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Estudos e projetos de gestão e rastreabilidade das espécies
NADO
países. Em conjunto com parceiros estratégicos e consultorias contratadas,
HOTO.COM/MA
estão em andamento os seguintes estudos e projetos por país:
FOTO: ISTOCKP
Bolivia
• Estudo do status populacional do jacaré (Caiman yacare) e do jacaré
negro (Melanosuchus niger) em suas áreas naturais de distribuição.
• Projeto do sistema de rastreabilidade para o comércio de produtos e
subprodutos do jacaré (Caiman yacare).
JACARÉ EM MODO DE ATAQUE
Brasil
ECCA
• Estudo sobre a dinâmica e a evolução do mercado internacional de
HOTO.COM/MIR
arraias ornamentais de água doce.
• Estudo sobre a dinâmica populacional e demográfica da espécie de
FOTO: ISTOCKP
arraias de água doce Potamotrygon wallacei (Rio Negro).
• Estudo sobre a dinâmica populacional e demográfica da espécie de
arraias de água doce Potamotrygon leopoldi (Rio Xingu).
• Elaboração de uma proposta para a criação de um sistema de
rastreabilidade e aplicação de subprodutos de Arapaima gigas para
monitorar a cadeia de produção e análise de dados.
• Identificação de madeiras utilizando a metodologia NIRS como um
sistema de rastreabilidade. (POTAMOTRYGON LEOPOLDI)
HOTO.COM/HA
• Proposta de fortalecimento da cadeia de valor de orquídeas, peixes
(Arapaima gigas) e tartarugas na Região Amazônica (Napo, Morona
Santiago e Zamora Chinchipe).
FOTO: ISTOCKP
Guiana
Elaboração de planos de gestão para:
• Anta (Tapirus terrestris)
• Tartaruga de pata amarela (Chelonoidis denticulata)
• Jacaretinga (Caiman crocodilus) PEIXE (ARAPAIMA GIGAS)
• Jacaré-coroa (Paleosuchus trigonatus)
• Jacaré-mirim (P. Palpebrosus)
• Psitacídeos
EPALMER
HOTO.COM/TH
FOTO: ISTOCKP
ARARA
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BOLEDA
Peru
S CASTAÑO AR
Suriname
FOTO: ISTOCKP
ARA ARARAUNA
RKTUCAN
por meio do fortalecimento
HOTO.COM/MA
institucional e da atualização
de informações sobre o status
e a dinâmica populacional e FOTO: ISTOCKP
a concepção de estratégias
para sua conservação e uso
sustentável.
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Parceiros estratégicos
Financiamento
Parceiros implementadores:
INUNDADA.
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Bolívia Guiana
• Ministério do Meio Ambiente e Água • Comissão de Conservação e Manejo da
(MMAyA) Vida Silvestre da Guiana (GWCMC)
Bolivia Guyana
Brasil Peru
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos • Ministério do Meio Ambiente (MINAM)
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) • Serviço Nacional Florestal e de Vida
Brasil Perú Silvestre (SERFOR)
• Laboratório de Produtos Florestais (LPF)
do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) • Ministério da Produção (PRODUCE)
• Instituto de Pesquisa da Amazônia
Colômbia Peruana (IIAP)
• Ministério do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (MADS)
• Instituto de Pesquisa Científica da Suriname
Colombia
Amazônia (SINCHI) • Ministério da Política Fundiária e Gestão
Florestal
Suriname • Serviço Florestal do Suriname, Divisão
Equador de Conservação da Natureza
• Ministério do Meio Ambiente do Equador
(MAE)
Venezuela
Ecuador
• Ministério do Poder Popular para o
Ecossocialismo
Venezuela
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Encontre-nos
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