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noção da necessidade de novas abordagens, releitura e lapidação do conteúdo.
Observamos durante o ano letivo nas avaliações, nos trabalhos e na verbalização dos
discentes, uma dicotomia grande entre os conceitos abordados e suas realidades sociais.
Porém, não vamos nos furtar do caráter da EF e seu compromisso com o meio ambiente
com abordagens em EA. Entendemos que educar para a cidadania é uma tarefa árdua e ás
vezes utópica, principalmente nas condições de carência e desigualdades sociais existentes
no país.

BIBLIOGRAFIA

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de La Glisse (O Deslizamento), abordou o tema das Atividades Físicas de Aventura na
Natureza / AFAN (BETRÁN, BETRÁ N, 1995).
Em 1986, é reconhecida a “importância da reconciliação dos interesses do desporto e
do meio ambiente, quando e onde estes estiverem em conflito”, ocorrida na 5ª Conferência
Européia de Ministros Responsáveis pelo Desporto. Nas suas diretrizes indica a EA como
ferramenta para educar os desportistas. Em 1996, aproximadamente oito décadas após o
Barão Coubertin manifestar sua preocupação com a poluição nos locais das práticas
esportivas nos Jogos Olímpicos, o Comitê Olímpico Internacional, em assembléia,
determinou o respeito à proteção do meio ambiente (DA COSTA, 1997).
Jägemann (1997), afirma que as organizações desportivas, ambientalista e governo
devem ser aliados, já que promovem a defesa de um ambiente sadio. A EF que tem como
pontos de interve nção a saúde e qualidade de vida da sociedade, evidentemente deve ter um
compromisso com a qualidade ambiental. A saúde da sociedade depende da qualidade do
ambiente do seu entorno e locais onde desenvolve atividades do tipo AFAN ou de recreação
e lazer (CONSTANTINO, 1997).
Para reiterar esta afirmação o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), em
sua resolução nº 056/2003, D.O.U. Nº 235 DE 03 DE DEZEMBRO DE 2003 –SEÇÃO 1 –
pág. 122, publica o Código de Ética dos Profissionais de Educação Física, que entre outras
coisas afirma ter a EF um compromisso com a proteção do meio ambiente no contexto das
relações entre os homens em sociedade.
Diante deste contexto observamos que “a morte da natureza é a morte do homem...”,
como afirma Bento (1997). O compromisso da área de EF deve ser efetivo e com inserção na
área ambienta l, orientando e educando para um estilo de vida saudável e ativo durante toda
vida (TUBINO, 2000-2001).
Entretanto, a grande dificuldade do profissional de EF é inserir este conteúdo em seu
planejamento dentro das perspectivas atuais, contemplando desta forma inclusive os PCN’s
nos pontos transversais. A questão que deve orientar os conteúdos de EA na área de EF é a
importância da qualidade ambiental para nossa sobrevivência. Entretanto , outros aspectos
relevantes vêm sendo discutidos por vários autores da área de EF e Ciências Biológicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Transposto o prélio da implantação da EA dentro das aulas de EF no ano de 2005,


deve-se dar continuidade para consolidar o trabalho na escola. Ressaltamos que temos
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Dentro da proposta, devido ao fato de haver alunos residentes em áreas rurais,
abordamos os seis tipos de cultivos agrícolas: (1) tradicional, (2) convencional, (3)
transgênico, (4) hidroponia, (5) sistemas agro florestal (SAF) e (6) orgânico.
A cidade de Ilhéus está localizada em uma área de Mata Atlântica, no sul da Bahia, e,
incluímos informações acerca deste bioma, além de alternativas sustentáveis de exploração
(NETO & LINO, 2003). Identificamos outros fatores de conexão entre a degradação das
terras cultiváveis, das comunidades florestais e dos mananciais de água dentro da
Espaçonave Terra (HUTCHISON, 2000).
Constatamos que na instituição durante o ano letivo de 2003, treze meninas na faixa
etária entre 12 e 15 anos ficaram grávidas. Dessas treze gestações, uma resultou em óbito
na faixa etária de 12 anos, por hemorragia gerada na administração de medicamento
abortivo.
Concluímos ser premente ministrar aulas de métodos anticonceptivos como
responsabilidade social dentro da comunidade (BALEEIRO; SIQUEIRA; CAVALCANTI &
SOUZA, 1999). Todavia, se a EA cultiva valores de qualidade de vida, onde a cidadania é
um ponto de intervenção da disciplina, as questões de saúde devem ser esclarecidas, pois o
Governo do Estado da Bahia e Secretaria de Educação não possuem campanhas efetivas de
informação e distribuição de produtos anticonceptivos.
Além das aulas expositivas, foram utilizados materiais de suporte tais como: painéis,
apostilas, episcópio, vídeo e retroprojetor.

DESENVOLVIMENTO

A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano de 1972 realizada em


Estocolmo, despertou a preocupação da sociedade mundial para a “cidadania ecológica”. No
mesmo ano Dieckert publica artigo que demonstra a preocupação da EF com a proteção
ambiental, ao afirmar que o desporto é nocivo a natureza, quando realizado sem meios de
proteção ambiental. O próprio Barão de Coubertin, o idealizador dos Jogos Olímpicos da Era
Moderna, em 1907, aponta sua preocupação com a poluição nos sítios naturais onde são
desenvolvidas as práticas esportivas (DA COSTA, 1997).
O congresso Mundial Científico “Desporto na Sociedade Moderna” de 1974, realizado
em Moscou, assinala em suas diretrizes a necessidade de educar os jovens para amarem e
respeitarem a natureza (DA COSTA, 1997). Na França, em 1985, o Simpósio Internacional
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esclarecendo questões de cidadania, informando e orientado o aluno para uma prática
social no contexto do desenvolvimento sustentável no ambiente onde vive (LOUREIRO,
2002).
A sociedade contemporânea tem aumentado significativamente seu nível de consumo
de recursos naturais. Segundo Loureiro (2003), a “cidadania da necessidade” é uma reflexão
dos setores da sociedade no estilo consumista , em contraponto com a necessidade de
reverter o atual nível de consumo dos recursos naturais.
Entretanto, o autor tem embutido no seu discurso, a necessidade de preservação da
própria espécie humana, e, afirma que os problemas estão no plano ético e tecnológico. Ele
ilustra a idéia citando o uso abusivo da água, que se resolve na modificação da relação ética
com o mundo natural. A melhoria na forma de abastecimento de água abordaria uma saída
tecnológica, estes dois planos reestruturam o processo denominado cidadania planetária.
Entendemos que dentro desta diretriz do autor, é fundamental a abordagem e o
esclarecimento educacional como ferramenta para reverter o processo de degradação
ambiental e a necessidade de educar para a cidadania. A “reconstrução qualitativa e
quantitativa de direitos e o senso de responsabilidade decorrente instituem o conceito de
cidadania planetária (LOUREIRO, 2003, p. 95)”. Fundamentado neste conceito utilizamos a
carta do Chefe Indígena Seattle de 1854 como instrumento inicial para sensibilizar os
discentes.
Inicialmente, foram discutidos com as turmas os conceitos de meio ambiente natural e
construído. Identificamos a “Espaçonave Terra” como nossa casa e o quanto a evolução nos
tornou dependentes aeróbicos deste planeta. Abordamos a importância da fotossíntese na
fixação de carbono e liberação do oxigênio, como afirma Silva (1997, p. 107) “a vida é o que
o oxigênio permite que ela seja”.
No conteúdo seguinte , identificamos a importância da água para a vida na
Espaçonave Terra. O tema água, tornou-se controvertido, pois nem todos possuem água
encanada, a condução da discussão ocorreu com o objetivo de informar e transformar o
pensamento dos discentes. Sugerindo um posicionamento crítico em relação ao consumo
indiscriminado, a poluição deste recurso ambiental, o direito do cidadão ao fornecimento de
água tratada, enfatizando a dependência da sociedade por esta riqueza natural.
Foi questionada a importância da água em nosso dia-a-dia, como economizá-la, onde
encontrar, meios de evitar a poluição dos mananciais, ratificando a nossa dependência, pois
na formação do nosso organismo temos aproximadamente 70 % de líquido.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO CONTEÚDO PARA EDUCAÇÃO FÍSICA
Ms. Marcial Cotes
Professor da Secretaria de Educação do Estado da Bahia
Integrante do Diretório do Grupo de Pesquisa em Biologia de Dossel e Educação Ambiental
UESC / CNPq – E-mail: mbahia@uesc.br

Ms. Marcia Morel


Professora da Universidade Estadual de Santa Cruz - BA
E-mail: m.m.bahia@bol.com.br

INTRODUÇÃO

A área de formação do profissional de Educação Física (EF), que está vinculada a


educação, a formação corporal e esportiva , possui campos de intervenção diversificados que
Lovisolo (1995) cita como: “esporte competitivo, modelagem corporal, educação escolar,
saúde, qualidade de vida, recreação e lazer”. Estes quatro últimos pontos de intervenção
abrem uma perspectiva para o profissional de EF com Educação Ambiental (EA). Apesar de
muitos profissionais não conseguirem identificar esta proposta de ação, estas características
do campo de intervenção, devem levar em consideração os valores da sociedade
contemporânea e suas necessidades (FREIRE, 1977).
Esta investigação pretende por meio de levantamento bibliográfico sugerir subsídios
para a área de EF, apresentando conteúdo para uma proposta de intervenção em EA no
ensino fundamental, nas aulas de EF.

METODOLOGIA

O conteúdo das aulas de EF do Colégio Estadual Paulo Américo de Oliveira (CEPAO),


teve como motivação a oportunidade de proporcionar a comunidade esclarecimentos para
uma ação transformadora na relação com o meio ambiente. As aulas expositivas foram
ministradas para seis turmas do ensino fundamental, com duas turmas de 5ª série e quatro
de 6ª série, uma vez por semana.
A instituição de ensino CEPAO esta localizada no bairro Parque Infantil, saída norte da
cidade de Ilhéus /BA e o entorno pode ser caracterizado como uma área carente. Esta
comunidade é formada por cinco favelas onde uma pequena parte da população que mora
na parte baixa e plana, próxima a via urbana, possui rede de esgoto e água encanada.
Portanto, a mediação para uma ação transformadora foi baseada em uma construção
coletiva com levantamento de informações, visando uma melhoria na qualidade de vida,

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