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ORDENAÇÃO BRASILEIRA DO DIREITO AMBIENTAL.

ASPECTOS GERAIS
• Essa relação utilitarista da sociedade sobre a natureza provocou ao longo da história, a
intensificação do consumo dos recursos naturais e energéticos, causando problemas ambientais de
ordem global como a interrupção de processos ecológicos, exterminação de espécies e degradação
da natureza
• percepção da crise ambiental não se dá de forma homogênea, pois suas manifestações
ocorrem de acordo com o contexto geográfico, cultural, econômico e político
• educação ambiental (EA), representando um elemento crítico aos padrões de consumo da
sociedade, objetivando combater os problemas da crise ambiental
• origens desses movimentos estão relacionadas a um contexto histórico, marcado por
mudanças sociais, econômicas e tecnológicas provocadas pela Revolução Industrial (1760-1860).
• crescimento urbano e a apropriação dos espaços rurais para o aumento da produção de
mercadorias, transformando a relação da sociedade com o meio natural
• alterar a percepção antropocêntrica dessa relação homem-natureza
ANTROPOCENO
• O termo Antropoceno foi criado para levar em consideração o impacto da acelerada
acumulação de gases de efeito estufa sobre o clima e a biodiversidade e, da mesma forma, dos danos
irreversíveis causados pelo consumo excessivo de recursos naturais.
• Alterou a química da atmosfera, promoveu a acidificação dos solos e das águas, poluiu rios,
lagos e os oceanos, reduziu a disponibilidade de água potável, ultrapassou a capacidade de carga da
Terra e está promovendo uma grande extinção em massa das espécies
PRESERVACIONISMO E CONSERVACIONISMO – DIEGUES 2001 – PARTE I
• Para este autor, tanto o preservacionismo como o conservacionismo promoveram uma dicotomia
homem-natureza. O preservacionismo, ao trazer uma visão wilderness de proteção à natureza, parte
de uma concepção de relação homem-natureza que se aproxima de um naturalismo reativo, cujas
premissas afirmam que a única maneira de proteger a natureza era afastá-la do homem por meio da
criação de ilhas. Este preservacionismo que se espalhou rapidamente pelo mundo, especificamente
pelos países ditos de terceiro mundo (incluindo o Brasil), acabou por disseminar uma dicotomia entre
a população e os parques.
• conservacionismo tradicional norte-americano também promoveu uma dicotomia homem-
natureza, já que, este, via o valor estético, biológico e ecológico, mas não necessariamente as
populações humanas, as ideias do conservacionismo foram precursoras do que na
contemporaneidade se conhece por "desenvolvimento sustentável”, influenciando debates e eventos
de todo o mundo:
"Ecodesenvolvimento” nos anos 70, Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano
(1972), Eco-92, além das discussões em publicações internacionais como a Estratégia Mundial para a
Conservação da UICN (1980) e um Novo Futuro Comum (1986)
1960 E 1970 – NOVIMENTOS AMBIENTALISTA – EUA E EUROPA
• décadas de 60 e 70 foram marcadas pelo surgimento de UM "NOVO ECOLOGISMO” que não
possuía em suas agendas somente perturbações voltadas para o "mundo natural”, como, poluição,
desmatamento entre outros, pois se preocupava em incorporar o homem em suas lutas, se opondo
ao padrão industrial, científico moderno e aos valores estabelecidos pela cultura ocidental
(CARVALHO, 2004 e 2006 e DIEGUES, 2001).
• forte caráter ativista e político, fundamentava-se em uma crítica à sociedade capitalista que
homogeneizava culturas, limitava liberdades individuais e destruía a natureza (MCCORMICK, 1992).

Conferência de Estocolmo: problemas sociais e econômicos do meio ambiente


• Esta Conferência produziu uma Declaração contendo metas ambientais, que culminaram, em
1974, na criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e, em 1987, na
publicação do Relatório Nosso Futuro Comum. Neste relatório, busca-se conciliar o crescimento
econômico com a defesa do meio ambiente, por meio de um "desenvolvimento sustentável”, definido
pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(1988)
ECO 92
• Este conceito que orientou as discussões na Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, tornou-se desde então, em expressão repetida na formulação
de políticas públicas em diferentes esferas de poder e nas ações de movimentos ambientalistas no
MUNDO TODO
• necessidade de uma educação voltada para este cenário. Assim, a EDUCAÇÃO AMBIENTAL
(EA), foco de novos discursos dentro das conferências mundiais ambientais e dos movimentos sociais
relacionados a esta temática (REIGOTA, 2009).
Formulação de programas internacionais de educação ambiental
• focado na erradicação da pobreza, do analfabetismo da fome, da poluição, exploração e
dominação humanas.

MOVIMENTOS AMBIENTALISTAS CENÁRIO BRASILEIRO – PARTE I


• A questão ambiental brasileira atual não se dissocia do conjunto de transformações pelas
quais passaram o mundo no século XX e inseriram, especialmente, a partir da década de 1960
• aceleração do ritmo do crescimento econômico, com o ingresso das multinacionais na década
de 1960, criaram novos problemas ambientais e intensificaram àqueles que já existiam, sobretudo,
nos espaços urbanos
• surgem os primeiros movimentos ambientalistas no Brasil, numa postura de clara
contestação aos efeitos negativos do desenvolvimento econômico capitalista
• história dos movimentos ambientalistas brasileiros se aproxima dos europeus e norte-
americanos
• Assim como nos movimentos ambientalistas europeus, entre os séculos XIX e XX, a influência
das ideias positivistas, sobretudo, as vinculadas ao princípio do desenvolvimento da ciência, foram
fundamentais para os movimentos brasileiros. No séc. XX, estes movimentos levaram à criação de
órgãos ambientais e leis ambientais que perduram até os dias de hoje.
• A partir de 1937, foram criados os parques nacionais e estaduais tal qual a perspectiva
preservacionista destes outros países, disseminando uma dicotomia entre a população e os parques
• criação destas reservas naturais não impediu o processo de devastação ambiental,
especialmente, com o avanço da fronteira agrícola para o centro-oeste e norte do país
EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA
• A exploração da nossa primeira riqueza natural - o Pau-Brasil, fez com que, em poucos anos,
o melhor das matas costeiras que continham esta preciosa árvore se esgotasse. Para Prado Júnior
(1979), foi este ciclo de exploração dos bens naturais - cana-deaçúcar, algodão, ouro, café, etc, por
meio de um sistema de exploração descuidado e extensivo, que levou ao acelerado esgotamento das
nossas reservas naturais.
• ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos e Inglaterra, no qual a crítica à destruição
natural esteve associada ao Ethos romântico, no Brasil, a crítica à devastação ambiental brasileira
não trazia um valor estético ou intrínseco da natureza, mas sim um valor político e como aparato
para o crescimento (PÁDUA, 1987)
Poluição das águas e crescimento urbano
• A poluição das águas e o crescimento urbano desordenado tornaram ainda mais visíveis os
problemas ambientais brasileiros.
• Segundo Sirks (1992), este quadro foi se exacerbando, alcançando sua expressão máxima
durante o "milagre econômico” do regime militar, quando se deu o crescimento desordenado das
metrópoles, o incêndio em Cubatão, a devastação de quase 10% da floresta amazônica, o primado
absoluto do automóvel e a primeira usina nuclear.
EMBATES NA CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO
• debates desta Conferência começaram acusações entre países
"desenvolvidos e industrializados”, que defendiam limites ao crescimento econômico, e os chamados
"em desenvolvimento”, que argumentavam ter o direito à industrialização e ao crescimento
econômico. O Brasil liderou o bloco dos países desenvolvimentistas, que viam no aumento das
restrições ambientais, uma interferência nos planos nacionais de desenvolvimento (JACOBI, 2003).
• reações internas e externas à posição brasileira
• foram aprovadas (1981) a Lei 6.902/81 que regulamentou a criação de Estações Ecológicas e
Áreas de Proteção Ambiental e a Lei 6.938/81 da Política Nacional de Meio Ambiente, possibilitando
a criação do Sistema Nacional de Meio Ambiente que, para Bones e Hess (2002), permitiria, em tese,
maior espaço para a participação social
MUDANÇA NA CULTURA AMBIENTALISTA
PARTE I
• progressiva disseminação e preocupação pública com a deterioração ambiental, que Viola e
Leis (1995) identificam a transformação dos movimentos ambientalistas brasileiros bissetoriais em
movimentos multissetoriais e complexos, desencadeando uma série de mudanças na cultura
ambientalista.
• nesta década de 1980 que ocorreu um crescimento quantitativo, qualitativo e cumulativo,
representando um momento de afirmação social dos movimentos ambientalistas brasileiros
• integração das ONGs com o movimento indígena, incorporando em suas lutas, a defesa dos
índios pela terra e a aproximação com os movimentos dos sem-terra
• contato dos militantes de esquerda brasileiros com o ativismo ecológico no período de exílio
imposto pela ditadura militar foi um dos fatores mais importantes para os nossos movimentos.
• A partir de 1986, houve uma intensa movimentação entre diferentes grupos para articular
uma intervenção na Assembleia Constituinte de 1988, permitindo a formação de uma frente
parlamentar verde, que possibilitou algumas conquistas para os movimentos ambientalistas, entre
elas, o zoneamento ambiental, a exigência de apresentação de Estudos de Impactos Ambientais e
sua discussão em audiências públicas, bem como, a introdução de diversas penalidades para agentes
agressores do meio ambiente (JACOBI, 2003.

Direitos difusos – artigo 82, I, do Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei nº 8.078/90

Todo indivíduo é titular de direitos, mas existem direitos que ultrapassam o âmbito estritamente
individual. Em sentido amplo, esses direitos são chamados de direitos coletivos.

Os direitos coletivos são conquistas sociais reconhecidas em lei, como o direito à saúde, o direito a um
governo honesto e eficiente e o direito ao ambiente equilibrado.

Quando um direito coletivo não é respeitado, muitas pessoas são prejudicadas. Os direitos coletivos,
em sentido amplo, dividem-se em direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, conforme o
parágrafo único do art. 81 da Lei 8.078/90.
Os direitos difusos são aqueles cujos titulares são indeterminados e indetermináveis. Isso não significa
que ninguém sofra ameaça ou violação de direitos difusos, mas que os direitos difusos são direitos que
merecem especial proteção, pois não atingem a alguém em particular e, simultaneamente, a todos.

São exemplos de direitos difusos os direitos a um meio ambiente sadio, à vedação à propaganda
enganosa e o direito à segurança pública.

Direitos coletivos em sentido estrito são direitos de grupo, categoria ou classe de pessoas. Nestes
direitos é possível determinar quem são seus titulares, pois existe uma relação jurídica entre as
pessoas atingidas por sua violação ou entre estas e o violador do direito.

São exemplos de direitos coletivos os direitos dos consumidores de receber serviços de boa qualidade
das prestadoras de serviços públicos essenciais, como de telefonia, de abastecimento de água e de
energia elétrica.
Direitos individuais homogêneos são individuais por natureza e tradicionalmente tratados apenas a
título pessoal, mas conduzíveis coletivamente perante a justiça civil, em função da origem comum.
Em suma, são direitos individuais que recebem proteção coletiva no propósito de otimizar o acesso à
Justiça e a economia processual.

Finalmente, os direitos individuais indisponíveis são aqueles que concernem a um interesse público,
como por exemplo, o direito à vida. Ou seja, são direitos em relação aos quais os seus titulares não
tem poder de disposição sobre eles. O seu nascimento, desenvolvimento e extinção independe da
vontade dos titulares. Abrangem os direitos da personalidade, os referentes aos estados e capacidade
da pessoa. São irrenunciáveis e, em regra, intransmissíveis.

Diferenças entre interesses e direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos

Interesses Grupos Objeto Origem

Difusos Indetermináveis Indivisível Situação de fato

Coletivos Determináveis Indivisível Relação jurídica

Ind. Determináveis Divisível Origem comum


homogêneos

Competência Administrativas e Legislativas dos Entes Federados em Matéria Ambiental UNIP –


LIMEIRA 31/03/23 (reposição de aula)

competência legislativa – capacidade dos entes federativos de editar leis ambientais – e


competência executiva (administrativa) - ligada a atuação político-administrativa de cada ente
federativo. Destaca-se que a competência legislativa em matéria ambiental é escalonada
(concorrente) entre a União, Estados e Distrito Federal, enquanto a competência executiva é comum
entre os entes federativos.

Assim, entende-se que, quanto à competência para editar normas de caráter ambiental, a União
é competente para editar diretrizes e normas gerais sobre tema. Nesse sentido, cabe aos Estados a
edição de normas suplementares, desde que coerentes com as normas gerais federais, a fim de
amoldar as especificidades regionais às normas gerais. No caso de inexistência de legislação federal
sobre normas gerais, os Estados e Distrito Federal são competentes para editar normas gerais,
acrescentando-se que, com a superveniência de uma lei federal com normas gerais sobre o respectivo
tema, a lei estadual/distrital tem sua eficácia suspensa.

Importante pontuar que a competência legislativa dos Municípios não é mencionada no art. 24
da CF, o qual traz o tema da competência concorrente da União. Entretanto, o art. 30, II, da CF, dispõe
que os Municípios podem suplementar a legislação federal e estadual no que couber, extraindo-se,
assim, a competência legislativa suplementar dos Municípios, não sendo permitida, contudo, a edição
de normas gerais por esse ente federativo. Ainda, o art. 30, I, da CF, confere aos Municípios a
competência para legislar sobre assuntos de interesse local.

competência privativa/delegável da União, em matéria ambiental, destaca-se a competência


desta para legislar sobre águas, jazidas, minas, outros recursos naturais e metalurgia. Assim, cita-se,
como exemplos, a Gestão Nacional de Recursos Hídricos, como de competência exclusiva/indelegável
da União, e a Regulação das Águas, como de competência privativa/delegável federal.

a repartição de competências entre os entes federativos, pois não pode existir autonomia
administrativa se um dos entes federativos for responsável pelo estabelecimento da competência dos
demais, o que deve ser feito necessariamente pela Constituição Federal.

A Constituição Federal dispõe, a competência administrativa é a atribuição que o Poder


Executivo tem de proteger o meio ambiente, enquanto a competência legislativa é a atribuição que o
Poder Legislativo tem para legislar a respeito de temas ligados ao meio ambiente.

A competência legislativa se subdivide em remanescente, exclusiva, privativa, concorrente,


suplementar e reservada. A competência concorrente entre União e Estados e Distrito Federal merece
ser observada com mais atenção, cabendo a União editar normas gerais e aos Estados e ao Distrito
Federal suplementar tais normas. Em tese, as normas gerais são aquelas diretrizes essenciais que
deverão ser suplementadas ou especificadas pela legislação estadual ou distrital, e, caso desçam a
detalhes, elas deverão ser consideradas inconstitucionais por invadirem a competência dos Estados e
do Distrito Federal.

Mas, na verdade, as normas gerais devem ser compreendidas como aquelas que dizem respeito a
interesses gerais, independentemente da especificidade a que podem chegar visto que poucos
interesses podem ser tão gerais quanto o meio ambiente ecologicamente equilibrado, tendo em vista
o caráter difuso desse direito e a sua indispensabilidade à manutenção da vida e da qualidade de vida.
Nas hipóteses em que as noções de norma geral e especial não sejam claras o suficiente para a solução
de conflitos envolvendo a aplicação de normas da União e dos Estados, tem-se sustentado deva
prevalecer, no caso concreto, a norma que melhor garanta a efetividade do direito fundamental
tutelado, dando-se preferência àquela mais restritiva sob a ótica da preservação da qualidade
ambiental.

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE:


dentre as normas federais no tocante à proteção ambiental, a Lei. n.º 6.938/81, que instituiu a Política
Nacional do Meio Ambiente. Antes mesmo da promulgação da CF/88, a qual postulou diversos
princípios ambientais já citados, a PNMA trouxe a ideia de meio ambiente como "patrimônio público"
a ser protegido, afastando-se da ideia utilitarista do meio ambiente como apenas fornecedor de
recursos. Destaca-se, ainda, que com a PNMA, foram introduzidos, no ordenamento jurídico brasileiro,
a responsabilidade por dano ambiental e a legitimidade para propor ação indenizatória por dano
ambiental. Ademais, a PNMA instituiu um sistema nacional de gestão ambiental, conhecido como
SISNAMA, bem como os órgãos que compõem tal sistema (CONAMA - órgão consultivo e deliberativo
-; IBAMA e Instituto Chico Mendes – órgãos executores).

SISNAMA - conjunto de órgãos públicos (da União, de estados, de municípios, do Distrito Federal
e de territórios [1], bem como órgãos não-governamentais instituídos pelo poder público)
responsáveis pela proteção ambiental no Brasil. É um sistema porque todos os órgãos que o compõem
atuam sob os mesmos princípios e diretrizes, cada um exercendo a sua função para alcançar o mesmo
objetivo: a defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

O sistema nasceu em 1981 com a promulgação da Lei nº 6.938/81, verdadeiro marco na história
da proteção ambiental brasileira, pois articulou a proteção do meio ambiente sob a ideia de um único
sistema nacional. Anteriormente, estados e municípios tinham mais autonomia para redigir as suas
próprias regulamentações ambientais. Existiam, é claro, normas federais que tratavam de exploração
e conservação ambiental, como o Código Florestal de 1965. Mas a legislação era escassa, e muitas
lacunas poderiam ser preenchidas por estados e municípios. Fato é que não havia uma coordenação
nacional preocupada com o meio ambiente, normas harmônicas, esforços conjuntos. Este foi o espaço
preenchido pelo SISNAMA.

Princípio da PARTICIPAÇÃO POPULAR e meio ambiente

 ECO/92 – Princípio 10: “O melhor modo de tratar as questões do meio ambiente é assegurando
a participação popular de todos os cidadãos interessados, no nível pertinente.
 Não distingue participação dos cidadãos e das associações Organizações não-governamentais
ONGs
 “ A participação dos indivíduos e das associações na formulação e na execução da política
ambiental foi uma nota marcante dos últimos vinte e cinco anos” (– Paulo Affonso Leme Machado, op.
cit., p. 99)
 Associações e Metas: valorização do ar, água, solo, flora, fauna e do próprio homem.

ONG – Papel e características


As ONGs ambientalistas são entidades privadas com fins públicos, sem fins lucrativos e com alguma
participação voluntária que atuam em problemas socioambientais. Seu foco de ação é impedir a
degradação ambiental e promover formas sustentáveis de desenvolvimento. Nas últimas décadas,
muitas delas têm atuado em parceria com a comunidade, governos e iniciativa privada para dar conta
da complexidade do campo ambiental, que demanda soluções multifacetadas para um público
bastante heterogêneo.

Ramos do Direito que o Direito Ambiental se relaciona

Assim, o Direito Ambiental como ciência jurídica autônoma, permeia, praticamente, todos os ramos
jurídicos, posto sua relevância cada vez mais indispensável, no que tange a humanidade, portanto, a
interdisciplinaridade é característica sine qua non à sua existência.

Direito Constitucional – Notadamente, além dos capítulos dedicados ao meio ambiente, a Constituição
Federal, no decorrer de todo o texto constitucional faz referência à proteção ao meio ambiente de
forma direita ou indireta.

Direito Administrativo – Dada a intensa relação entre esses ramos, há quem considere o Direito
Ambiental sub-ramos do Direito Administrativo, contudo, a autonomia prevalece, sem
desconsiderando que o Poder de Polícia que regula as atividades do Estado, é instrumento
indispensável à que o Direito Ambiental tenha sua operabilidade respeitada e comprida.

Direito Civil – Esta disciplina sedimenta um dos principais, senão, o principal princípio do Direito
Ambiental, a Função Social da propriedade, restringindo os direitos e liberdades do indivíduo em
relação à sua propriedade, objetivando um bem maior, qual seja, a satisfação do interesse público.

Direito Penal – A relação é clara, quando se observam as normas que criminalizam as condutas nocivas
ao meio ambiente, por exemplo, a Lei de Crimes Ambientais, bem como a Responsabilidade das
Pessoas Jurídicas.

Direito do Trabalho – A proteção à qualidade de vida do trabalhador no ambiente laboral deixa


evidente a relação entre os ramos. Notadamente a CLT em seu capítulo V, onde normatiza quanto à
saúde e a segurança no trabalho, bem como a Constituição Federal, em seu artigo 200, inciso VIII, ao
tratar do mesmo tema.

Direito Tributário – De maneira à fazer justiça frente ás peculiaridade do propriedade rurais e urbanas,
o Direito Tributário apresenta regime fiscal diferenciado às propriedades ambientalmente protegidas
por lei, com o intuito sempre em desestimular condutas nocivas com meio ambiente, a fim de alcançar
um equilíbrio.

Direito Internacional – As Convenções, Tratados e Declarações de direitos, traçam de modo claro a


relação entre os ramos.

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