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Meio ambiente: Conceitos:

• Constituição Federal (CF/88):

• Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

• Politica Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81):

• Preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no


País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à
proteção da dignidade da vida humana.

• Busca harmonizar a defesa do meio ambiente, desenvolvimento econômico e justiça social.

• Politica Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81):

• O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

• Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (Estocolmo, 1972):

• O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de


causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades
humanas.

• Dashefsky (2001):

• Meio ambiente são todos os componentes vivos ou não, assim como todos os fatores que existem
no local em que um organismo vive. As plantas, os animais, as montanhas, os oceanos, a
temperatura e a precipitação, tudo faz parte do meio ambiente.

• Sauvé (1996) e Sauvé et all (2000):

• identificam sete representações paradigmáticas sobre o ambiente: ambiente como natureza, como
recurso, como problema, como meio de vida, como sistema, como biosfera e ambiente como projeto
comunitário.

Meio ambiente como natureza

• “Puro”, do qual os seres humanos estão dissociados e no qual devem aprender a relacionar-se.

• A natureza é como uma catedral, um monumento, que devemos admirar e respeitar

Meio ambiente como recurso

• O ambiente percebido como recurso é aquele que precisa ser gerenciado/administrado.

• Nesta ótica, os recursos naturais (água, ar, solo, fauna, bosque, enfim, o patrimônio natural), limitados e
degradados, são percebidos como nossa herança coletiva biofísica, que sustenta a qualidade de nossas vidas

Meio ambiente como problema

• Gerado pela crescente urbanização, industrialização acelerada, monocultura, modos de vida e hábitos de
consumo da população vinculados ao tipo de desenvolvimento vigente.

• Tais atividades vêm sendo apontadas como responsáveis por catástrofes ambientais, rompendo com as
dinâmicas ecológicas naturais.

Meio ambiente como meio de vida


• É o nosso ambiente cotidiano (a escola, a casa, o bairro, o lugar de trabalho, etc.), envolvendo os aspectos
naturais e culturais, bem como os vínculos entre estes.

Meio ambiente como sistema

• Ideia de espécie, população, comunidade biótica, ecossistema, equilíbrio ecológico, relações ecológicas,
relações ambientais.

Meio ambiente como biosfera

• Foi provocada pela globalização do mercado, pela informação e também pela percepção sobre as inter-
relações dos fenômenos ambientais locais e globais, o organismo Gaia.

Meio ambiente como projeto comunitário

• Nesse enfoque, o ambiente faz parte da coletividade humana, é o lugar dividido, o lugar político, o centro da
análise crítica.

Sociedade: conceitos

• Reunião de homens e/ou animais que vivem em grupos organizados; corpo social.

• Conjunto de membros de uma coletividade subordinados às mesmas leis ou preceitos.

• Cada um dos diversos períodos correspondes à evolução da espécie humana: sociedade primitiva, feudal,
capitalista.

• União de várias pessoas que acatam um estatuto ou regulamento comum: sociedade cultural.

Dicionário Aurélio

• A palavra vem do Latim societas, que significa "associação amistosa com outros".

• Uma sociedade humana é um coletivo de cidadãos de um país, sujeitos à mesma autoridade política, às
mesmas leis e normas de conduta, organizados socialmente e governados por entidades que zelam pelo
bem-estar desse grupo.

• Em termos biológicos, a sociedade é uma relação ecológica intraespecífica harmônica em que organismos
unem-se e trabalham juntos de modo cooperativo.

Sociedade e Meio ambiente: um histórico do caos

• O crescimento econômico tem repousado no uso insustentável de recursos não renováveis, na destruição da
diversidade biológica e na emissão de gases de efeito estufa que aceleraram as crises ambientais globais,
além de ter gerado fossos cada vez maiores entre ricos e pobres.

• A ciência já determinou de forma incontestável que várias fronteiras ecológicas globais estão sendo
ultrapassadas, abrindo a probabilidade de transformações bruscas e incontroláveis na esfera planetária se
não houver mudanças significativas e urgentes na trajetória da nossa civilização. O atual momento histórico,
marcado por profundas crises ecológicas, econômicas e sociais, exige repensar essa situação à luz dos limites
que estão sendo impostos pela própria natureza.

Marttine; Alvez, 2015.

Sociedade e Meio ambiente: um histórico do caos Século 19

• Thomas Robert Malthus (1766-1834)

• defendia os interesses dos proprietários de terra, da nobreza e do clero, sem qualquer intenção de
defender o meio ambiente ou a preservação da natureza.

• a população tendia a crescer em progressão geométrica em função de uma suposta correlação


direta entre fecundidade e renda.
• Karl Marx (1818-1883)

• “excesso” de população era resultado não das leis naturais, como afirmava Malthus, mas sim da
dinâmica capitalista que produzia uma “superpopulação relativa” com dois objetivos principais:
regular a oferta e a demanda de trabalhadores e colocar o estoque humano à disposição da
expansão do capital.

• John Stuart Mill (1806-1873)

• precursor na consideração da relação entre população, desenvolvimento e ambiente.

• O crescimento econômico e populacional também tem limites.

• O fim do crescimento e da competição econômica desenfreada e ao defender a natureza.

Sociedade e Meio ambiente: um histórico do caos Século 20

• Paul R. Ehrlich (Ecologista)

• Limites de ecossistemas naturais.

• Ele acreditava que qualquer espécie que se multiplicasse excessivamente seria fadada à miséria, ou
mesmo à extinção.

• Meta seria igualar as taxas de natalidade e mortalidade para se chegar ao crescimento populacional
zero (ZPG).

• Paralelamente, deveria haver ações para reverter a deterioração do meio ambiente.

• “O desenvolvimento é o melhor contraceptivo” (1947)

• Desdobramentos:

• China, 1979, uma rígida política coercitiva de filho único.

• EUA deixaram de lado a defesa do controlismo e passaram a defender o laissez-faire populacional e


a prevalência da lei da oferta e da procura também para as questões reprodutivas.

• National Academy of Sciences dos Estados Unidos

• 1971, ofereceu uma postura bastante equidistante com relação aos impactos do crescimento
populacional, mas foi interpretado na mídia como sendo mais neomalthusiano.

• 1986, foi descrito como “revisionista”, pois sustentava claramente a ideia de que as forças do
mercado e o desenvolvimento tinham capacidade para resolver tais questões populacionais.

• Julian Simon (1932-1998)

• defendeu a ideia de que não há limites ambientais para o desenvolvimento econômico e nem
problemas de escassez.

• Cada novo bebê é como um bem de capital que vai produzir mercadorias e trazer riqueza para as
famílias e a sociedade.

• Oferta de petróleo era infinita e criticava os autores da escola da economia ecológica.

Sociedade e Meio ambiente: um histórico do caos Século 21

• David Lam (2011)

• Defendia basicamente a ideia de que o progresso extraordinário observado durante os últimos 50


anos demonstrava a capacidade humana para lidar com os desafios futuros.

• Fome, depleção dos recursos não renováveis e pobreza.


• Fome teria sido fortemente reduzido pela revolução verde.

• Quanto à depleção dos recursos naturais não renováveis, o autor mostra que os principais recursos
não renováveis custam aproximadamente o mesmo hoje em relação há 50 anos, apesar do
acréscimo de 4 bilhões de pessoas.

• Queda vertiginosa da pobreza e relaciona três fatores econômicos (respostas do mercado, inovação
e globalização) e três demográficos (urbanização, declínio da fecundidade e investimento nas
crianças)

• Dois fatores negativos: o aquecimento global e os níveis de consumo insustentáveis.

• O autor também admite que há muito que se preocupar nas próximas décadas, pois o mundo vai
adicionar 2 bilhões de pessoas entre 2011 e 2050, mas se considera otimista tendo em vista a
capacidade humana demonstrada para enfrentar tais desafios.

• Stan Becker (2013)

• abordou justamente as limitações ambientais do “desenvolvimento” e do crescimento econômico


via mercado.

• XXVII Conferência da IUSSP – International Union for the Scientific Study of Population (2013)

• “Para os países em desenvolvimento, o desenvolvimento econômico precisa ser uma prioridade


maior do que a proteção do ambiente e a conservação dos recursos naturais”.

• No final, foi feita uma votação com as, aproximadamente, 500 pessoas presentes. O resultado foi um
empate.

• Marcia McNutty (2015) editora-chefe da Science

• “we face a slowly escalating but long-enduring global threat to food supplies, health, ecosystem
services, and the general viability of the planet to support a population of more than 7 billion
people… The time for debate has ended. Action is urgently needed”

(McNUTTY, 2015, p. 7)

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