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Resumo
Este artigo aborda o percurso histórico da educação ambiental. E detém-se em fazer um
levantamento bibliográfico para contextualizar os procedimentos metodológicos da
pesquisa e, na sequência, traça-se uma trilha histórica da Educação Ambiental, delimitada
por marcos legais de suas acções a anos. A seguir, apresenta-se, com uma profunda analise
dos dados biográficos. Conforme o apanhado histórico procedido nos diversos
documentos, eventos, acordos e programas internacionais em relação a Educação
Ambiental, algumas conclusões ficam bastante evidentes. Com efeito, é a partir de
movimentos sociais internacionais organizados que a Educação Ambiental surge como
uma resposta da sociedade civil às constantes ameaças ambientais provocadas pela acção
humana predatória.
Palavras-Chave: Percurso Histórico, Educação ambiental, Acções Ambientais.
Abstract
This article discusses the historical path of environmental education. And it stops at
making a bibliographic survey to contextualize the methodological procedures of the
research and, next, it traces a historical track of Environmental Education, delimited by
legal marks of its actions for years. Next, it is presented, with a deep analysis of the
biographical data. According to the historical background made in the various documents,
events, agreements and international programs in relation to Environmental Education,
some conclusions are quite evident. Indeed, it’s from organized international social
movements that Environmental Education emerges as a response from civil society to the
constant environmental threats caused by predatory human action.
Keywords: Historical Forward, Environmental Education, Environmental Actions.
Como metodologia básica adoptou-se uma revisão de literatura, cuja análise dentro do
escopo do artigo possibilitou com que fossem escolhidos os tópicos que o compõem e que
os assuntos a ser discutidos.
De acordo com RIBEIRO (2001) Citado por MOURA e HIRATA (2013:3), afirma
que “constatamos que os primeiros acordos, criados a partir do início do século XX,
visavam regular a acção das metrópoles imperialistas no continente africano, que tinham
nos safaris de caça, uma forma de diversão ou obtenção de lucros”.
O autor citado acima, faz compreender que com a criação da Organização das Nações
Unidas (ONU), no pós-guerra, surgem propostas mais eficazes de acções relacionadas ao
meio ambiente. Com a criação da Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO), juntamente com organismos mistos (Estados, Grupos
privados e Organizações não-governamentais), liberam-se financiamentos para
implementar projectos conservacionistas em vários países do mundo.
Segundo BRUNO et al. (2017:115), defendem que “em 1962 a publicação do livro
Primavera Silenciosa, de Rachel Carson, foi um grande alerta sobre a questão ambiental
que alcançou certa publicidade, e, em1965, a expressão Educação Ambiental
(Environmental Education) é utilizada na Conferência de Educação, realizada na
Universidade de Keele, na Grã-Bretanha”.
Nas linhas citadas acima, leva-nos a compreender que foi reconhecido que,
passados cinco anos da Rio 92, o desenvolvimento da EA foi insuficiente. Como
consequência, configura-se a necessidade de uma mudança de currículo, de forma a
contemplar as premissas básicas que norteiam uma educação “em prol da sustentabilidade,
motivação ética, ênfase em acções cooperativas e novas concepções de enfoques
diversificados.
Por seu turno, PELICIONE (2011), diz que “em 2000, a Educação Ambiental
integra, pela segunda vez, o Plano Plurianual (2000-2003), agora na dimensão de um
Programa, identificado como 0052, Educação Ambiental, e institucionalmente vinculado
ao Ministério do Meio Ambiente”.
3. Análise de dados
A proposta do artigo desejou uma adaptação baseada no campo recente da História por
entender que dessa forma pode-se desconstruir o paradigma de imunidade humana com os
factos naturais como explicitou José Augusto Drummond, um dos principais nomes da
História ambiental no Brasil.
Nesta conferência foi recomendado que a prática da E A deve ser visto numa visão
sistémica.
PELICIONE (2011) e MCCORMICK (1992), dentre outros autores, ressaltam que por
meio do livro Primavera Silenciosa, introduziu o debate público acerca dos impactos
ambientais resultantes da actividade humana, destacando como a contaminação advinda da
utilização de vários tipos de substâncias tóxicas coloca em risco a existência de todos os
seres vivos, dentre eles os próprios homens. PELICIONI (2011), foi utilizado, pela
primeira vez, o conceito de Educação Ambiental; conceito esse que surgiu como uma
resposta da sociedade civil às constantes ameaças ambientais provocadas pela acção
humana predatória.
Pois, vimos a partir das décadas de 60 e 70, as questões do meio ambiente ganhar as
agendas políticas e se tornar temática de discussões internacionais, a exemplo da ECO 92
ou Rio 92. Pois os movimentos ambientalistas e as crises ambientais, passam a ser um
desafio as ciências sociais, contudo verificamos que os homens, capacitados a construir
civilizações também foram influenciados pelos factores naturais. Portanto a História
Ambiental passa a ter uma importância grande na compreensão da questão ambiental
actual e diante das novas visões económicas e políticas sobre o Desenvolvimento
Sustentável assim como a área de Responsabilidade Social características do mundo de
hoje.