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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

1. Introdução ----------------------------------------------------------------------------03
2. Introdução e evolução da preocupação ambiental----------------------------04
3. A Problemática Angolana sobre o meio Ambiente ------------------ --------06
3.1. Constituição de 1975 -------------------------------------------------- --07
3.1.1. Constituição de 1992 --------------------------------------------07
3.1.2. Constituição de 2010 -------------------------------------------07
3.2. Lei de base do Meio Ambiente -----------------------------------------08
4. Gestão Ambiental -------------------------------------------------------------------10
4.1. Desenvolvimento Sustentável (DS) ------------------------------------10
5. Desequilíbrio Ecológico ------------------------------------------------------------12
5.1. Fatores Desequilíbrio de Naturais -------------------------------------12
5.1.1. Fatores antrópico de desequilíbrio ----------------------------13
5.1.2. Poluição Hídrica -------------------------------------------------14
5.1.3. Poluição do solo -------------------------------------------------18
5.1.4. Poluição Atmosférica (Ar) -------------------------------------21
6. Avaliação Impacto ambiental (AIA) --------------------------------------------25
6.1. Estudo de Impactos Ambiental (EIA) ---------------------------------25
6.2. Relatório de Impactos Ambientais (RIMA) --------------------------27
6.3. Licenciamento Ambiental ----------------------------------------------27
7. Aspectos Ambientais e Impactos Ambientais ---------------------------------28
7.1. Classificação dos impactos segundo sua característica -------------30
7.2. Indicadores ambientais --------------------------------------------------32
7.2.1. Método Ad Hoc ou espontâneo ------------------------------- 32
7.2.2. Listagens de controle (checklist -------------------------------33
7.2.3. Matrizes de interação--------------------------------------------34
8. Mitigação dos Impactos Ambientais --------------------------------------------35
8.1. A refinaria de petróleo ---------------------------------------------------35
8.2. Impactos ambientais e ações mitigadoras em hidroelétricas--------36
8.3. Etanol ----------------------------------------------------------------------37
8.4. Mineração -----------------------------------------------------------------38
8.5. Aterros sanitários ------------------------------------------------------ --38
9. Economia do Meio Ambiental ----------------------------------------------------39
9.1. Aplicação da contabilidade ambiental ---------------------------------39
10. Sistema de Gestão Ambiental -------------------------------------------------- --40
10.1. Selo Verde ---------------------------------------------------------------- 40
10.2. Ciclo PDCA --------------------------------------------------------------- 41
11. Sistema de Gestão Ambiental Norma ISO 14001:2015 ----------------------41
12. Breve Considerações -------------------------------------------------------------- -42
13.Referências Bibliográfica ---------------------------------------------------- 43

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FICHA TÉCNICA
Titulo

Manual de Gestão ambiental

Autor

Justino Januário – Eng.º Ambiental, Formador externo.

Contribuições

Joaquim Tandala – Especialista em Qualidade e Segurança no trabalho-CINFOTEC

Ilda Quianica – Engª Ambiental CINFOTEC

Carla Garcia – Engª Ambiental CINFOTEC

Propriedade

Centro integrado de formação tecnológica - CINFOTEC

Emitido

18-10-2018

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1. Introdução

Caro formando partindo do princípio de que conhecimento se constrói, se adquirir, se


desenvolve etc., vamos todos construir e desenvolver conhecimento sobre a natureza. O
meio ambiente é a nossa casa comum e tem servido como fonte de alimento e de matéria-
prima para o homem e ele explorava sem ter noção ou sem se importar com as
consequências das suas acções sobre o meio ambiente causando varias alterações
adversas no ambiente.

Durante muito tempo o homem preocupava se simplesmente com questões económicas e


extraia da natureza vários recursos naturais sem se importar com os danos que esta ação
representava para o ambiente. As alterações ambientais foram se intensificando ao longo
dos tempos e o homem foi buscando a compreensão dos fenómenos naturais e antrópicos e
compreendeu que deve- se agir como parte integrante do sistema natural de forma a
proteger melhor a natureza.

O homem deu conta de que estas práticas degradavam significativamente o ambiente não
só em escala local mais também em uma escala global então foram realizados em quase
todo o mundo reuniões com objetivo de proteger o meio ambiente, desta reuniões surgiram
várias contribuições, recomendações, princípios e diretrizes para a elaboração de leis para a
proteção do meio ambiente e desta forma surgiu a GESTÃO AMBIENTAL e convido-lhe
caro formando e publico em geral para juntos desenvolvermos habilidades, conhecimento,
atitudes para a proteção do meio ambiente.

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2. Introdução e evolução da preocupação ambiental

2.1.Evolução histórica da preocupação ambiental

A preocupação com os efeitos dos impactos ambientais, decorrentes das acções humanas
na natureza, passou a ter maior relevância a partir da década de 1950 motivada pela queda
da qualidade de vida em alguns pontos do globo. Nesta época surgiram vários movimentos
ambientalistas.

Década de 1960

A década de 1960 foi conhecida pelo conflito entre preservação e desenvolvimento. O


debate iniciou com a publicação do livro primavera Silenciosa de Rachel Carson em 1962,
que alertou sobre a utilização de pesticidas na agricultura. Esse facto levou a preocupações
ambientais inéditas para uma parcela da opinião pública americana., que visualizaram o
impacto das atividades antrópicas sobre o meio ambiente. O livro impulsionou uma
inversão na politica nacional sobre os pesticidas levando a uma proibição nacional sobre
diclorodifeniltricloroetano (DDT) e outros pesticidas.

• Criação de Environmental Protection Agency-EPA

Em 1968 o professor Paul R. Ehrlich fez uma previsão catastrófica. O Mundo tem pessoas
de mais, e milhões morreriam de fome, se não houvesse um controle do aumento
populacional. A teoria era parte do livro Population Bomb. Por suas previsões alarmista,
ele ocupou o posto de principal seguidor do inglês Thomas Malthus.

Também, em 1968 foi criado o clube de Roma. Uma organização independente sem fins
lucrativos em que participaram empresários, cientistas e políticos, com o objetivo de
discutir e analisar os limites do crescimento econômico às custas do uso crescente dos
recursos naturais. Seus membros são personalidades de origem distintas: cientifica,
académica, politica, empresarial, financeira, religiosa e cultural.

A década de 1970

Em 1972, um grupo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology- MIT, que


assessorava o Clube de Roma, advertiu sobre os riscos econômico contínuo baseado na
exploração de recursos naturais não renováveis. Utilizando modelos matemáticos, o MIT
chegou à conclusão de que o Planeta Terra não suportaria o crescimento populacional
devido à pressão gerada sobre os recursos naturais energéticos, e o aumento da população,
mesmo tendo em conta ao avanço tecnológico. As projeções afirmavam o esgotamento
desses recursos em poucas décadas. O Relatório afirmava que somente o crescimento zero
e a gestão do recurso finito poderia salvar o planeta.

Houve grande reação da comunidade internacional, principalmente dos países em


desenvolvimento, que sentiam-se impedidos de atingir o mesmo grau de desenvolvimento
dos países desenvolvido, visto que esses foram os mais extraíram recursos naturais e
degradaram a natureza. A proposta beneficiaria apenas os países ricos.
Muitas das precisões do relatório não se concretizaram, e outros permanecem como um

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cenário possível, pelo qual a humanidade ainda não encontrou soluções. No entanto, o
documento foi importante para a chamar a atenção sobre o impacto da exploração dos
recursos e degradação do meio ambiente, despertando a consciência ecológica mundial.

A I Conferência Mundial sobre meio Ambiente, organizada pela Organização das


Nações Unidas ONU.

A década de 1970 ficou conhecida como a da regulamentação e do controle ambiental.


Após a conferência de Estocolmo as nações começaram a estruturar seus órgãos ambientais
e estabelecer suas legislações. Depois desta conferência poluir passou a ser crime em
diversos países.

A crise energética, causada pelo aumento do preço do petróleo levou a discussão sobre a
racionalização do seu uso e à busca por combustíveis de valorização energética dos
resíduos, unindo meio ambiente e conservação da energia, resultando em um resumo do
conceito de desenvolvimento sustentável.

Em 1978, na Alemanha, surgiu o primeiro selo ecológico, o Anjo Azul, destinado a rotular
produtos considerados ambientalmente corretos.

A década de 1980

No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais. Gró
Herlem Brundtland, primeira-ministra da Noruega, foi indicada pela ONU para chefiar a
comissão Mundial sobre o meio ambiente e desenvolvimento com o objetivo de estudar o
assunto. Criou se um documento chamado nosso futuro comum, também conhecido como
relatório Brundtland, apresentado em 1987, põem o desenvolvimento sustentável que é
aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.

A década de 1990

Na década de 1990, já havia uma consciência coletiva sobre a importância da preservação


e o equilíbrio ambiental. A conferência das nações unidas sobre o meio Ambiente e
desenvolvimento, conhecida também como Cúpula da Terra ou Rio 92, realizada na cidade
do Rio de Janeiro, resultou em importantes documentos como a carta da Terra (Declaração
do Rio) e a Agenda 21.

Em 1997, no Japão, na Conferência das nações Unidas Mudanças Climáticas, foi


anunciado um tratado internacional chamado protocolo de Kyoto que estipulava metas para
redução de emissões de gases do efeito estufa.

A década de 1990 levou a uma mudança em relação aos problemas ambientais. o foco
passou a ser otimização do processo produtivo e a redução do impacto ambiental. O
conceito de preservação ganhou destaque e aumentaram os esforços para difusão de
tecnologias mais limpas e menos poluentes. Surgiu o conceito de ciclo de vida do produtos,
que busca a torná-los ecologicamente corretos desde a fase de conceção até o descarte ou
reaproveitamento.

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Na década de 1990 também entraram em vigor as normas britânicas BS 7750 Specification
for Environment Management Systems, que serviram de base para a elaboração de um
sistema de normas ambientais a nível mundial, a Série ISO 14000.

Século XXI

Em 2002 dez anos mais tarde da realização do Rio 92, foi realizada pela ONU, em
Joanesburgo, na Africa do Sul, a cúpula mundial sobre o desenvolvimento sustentável,
também conhecida como Rio + 10. As discussões englobaram, além da preservação do
meio ambiente, também aspectos sociais. Um dos pontos mais importantes da conferência
foi a busca por medidas para reduzir em 50% o número de pessoas que vivem abaixo da
linha da pobreza (com menos d 1 Dólar por dia) até 2015. Foram debatidas questões sobre
fornecimento de água, saneamento básico, energia, saúde, agricultura e biodiversidade,
além de cobrar atitudes com relação aos compromissos firmados durante a Eco-92 e
principalmente colocar em prática a Agenda 21.

No entretanto, os resultados da Rio + 10 não foram muito significativos. Os países


desenvolvidos não cancelaram as dívidas dos países mais pobres. Os países integrantes da
OPEP (organização dos Países Exportadores de Petróleo), justamente como Estados
Unidos não assinaram o acordo que prévia o uso de 10% de fontes energéticas renováveis
tais como eólica, solar, geotérmica, biomassa etc.

Um dos resultados positivos da Rio + 10 foi relacionado ao abastecimento de água. Os


países concordaram como meta de reduzir pela metade, o número de pessoas que não têm
acesso à água potável e nem a saneamento básico até 2015.

O Rio + 20 é o nome da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento


Sustentável, que ocorreu na cidade do Rio de janeiro em 2012. Participaram líderes dos
193 países que fazem parte da ONU. O principal objetivo da Rio + 20 foi renovar e
reafirmar a participação dos líderes dos países com relação ao desenvolvimento sustentável
do planeta Terra. Foi, portanto, uma segunda etapa da Cúpula da Terra (Eco-92) que
ocorreu há 20 anos na cidade do Rio.

A Rio+20 teve dois temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento


sustentável e a erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento
sustentável.

Assim ficou evidente que a questão ambiental ultrapassou os limites das acções isoladas e
localizadas. Otimização do uso matérias-primas escassas e não renováveis, racionalização
do uso da energia, combate ao desperdício e redução da pobreza convergem para uma
abordagem mais ampla do tema ambiental, que pode ser resumido em qualidade ambiental.

3. A problemática angolana sobre o meio ambiente

3.1 Constituição de 1975

A constituição angolana de 1975 não dedicava qualquer artigo à protecção do ambiente,


mau grado a recente irrupção da temática na agenda internacional da conferência de
Estocolmo, que imortalizou a primeira Bíblia de princípios de direito ambiental na

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Declaração de Estocolmo. Apenas havia artigos relacionados com a económica e utilização
dos bens naturais (que são de titularidade estatal: artigo 11 e artigo 8).

3.1.1. Constituição de 1992

Com à revisão/transição constitucional de 1992, a protecção do ambiente é acolhida numa


dupla vertente, no artigo 24 :

• por um lado, afirma-se o ―direito ao ambiente‖ de todos os cidadãos, no numero 1;


• por outro lado, entrega-se a tarefa de proteção do ambiente e de gestão do
equilíbrio ecológico ao Estado, no numero 2;
• e ainda se determina a repressão dos comportamentos que, directa ou
indiretamente, causem dano ao ambiente no numero 3.

Assembleia Nacional vê-se atribuída competência (relativa) para elaboração de uma lei de
bases de protecção da natureza, de salvaguarda do equilíbrio ecológico e do património
cultural, no artigo 90 linha h).

Esta visão do ambiente como realidade portadora de um valor intrínseco convive,


no entanto, com a perspectiva do ambiente enquanto conjunto de recursos naturais
geradores de riqueza, sublinhando-se a necessidade de gestão racional da sua utilização
(artigo 9), reafirmando-se a titularidade estatal mas também a liberdade de determinação
dos modelos, públicos ou privados, da sua exploração (artigo 16). É a Constituição de
1992, com efeito, que marca o despertar do novo posicionamento do Estado angolano face
à realidade ambiental.

Quanto ao estado, a aprovação da Lei de bases do ambiente, em 1998 (lei 5/98, de 19 de


Junho = LBA), assinala a primeira pedra do edifício de Direito Ambiental, que desde
então, embora lentamente e não sem alguns equívocos, se vem erigindo vários diplomas
relacionado com o meio ambiente.

3.1.2 Constituição de 2010

É introduzida no texto da lei fundamental, dois artigos que abordam de uma forma mas
ampla a proteção do ambiente. Em 2010 a proteção do ambiente e dos recursos naturais
tornou se tarefa fundamental do Estado, por força da inscrição desta missão no artigo 21,
alínea m). Deve-se também sublinhar que esta tarefa tem a sua execução repartida entre
estado e municípios, nos termos do artigo 219. Porém, as duas alterações mais
significativas são:

• Dever de defender e preservar o ambiente‖ ao ―direito a viver num ambiente sadio


e não poluído‖ – artigo 39 no nº1
• a inserção de uma norma dedicada à ação popular, no artigo 74, que confere à
proteção ambiental um sentido mais pleno.

Exemplos :

• Artigo 95

• Artigo 28/2

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• Artigo 39/2

Alguns decretos de proteção do meio ambientais:

• Decreto 39/00, de 10 de Outubro (Regime da protecção do ambiente no


âmbito da actividade petrolífera),
• Decreto 51/04, de 23 de Julho (Regime da avaliação de impacto ambiental =
RAIA),
• Lei 6-A/04, de 8 de Outubro (Lei dos recursos biológicos aquáticos, ou nova
Lei das Pescas),
• Decreto 59/07, de 13 de Julho (Regime da licença ambiental = RLA),
• Decreto presidencial 194/11, de 7 de Julho (Regime da responsabilidade por
danos ambientais = RRDA), entre outros são fruto da força motriz da LBA.

3.2.LEI DE BASE DO MEIO AMBIENTE

Lei nº 5/98 de 19 de Junho


Artigo 3º
(Princípios gerais)

Todos os cidadãos tenhem direito a viver num ambiente sádio e aos benefícios da
utilização racional dos recursos naturais do país, decorrendo daí as obrigações em
participar na sua defesa e uso sustentado, respectivamente.

É devido o respeito aos princípios do bem-estar de toda a população, à proteção,


preservação e conservação do ambiente e ao uso racional dos recursos naturais, cujos
valores não podem ser subestimados em relação a interesses meramente utilitários.

Ao estado compete implantar um programa nacional de gestão ambiental para atingir os


objectivos preconizados anteriormente, criando para o efeito as necessárias estruturas e
organismos especializados e fazendo publicar legislação que permita a sua exequibilidade.

Artigo 4º
(Princípios específicos)

Com base nos princípios gerais previstos no artigo 3º que retrata (da presente lei devem ser
observados os seguintes princípios específicos:

a) da formação e educação ambiental — todos os cidadãos têm o direito e o dever de


receberem educação ambiental por forma a melhor compreenderem os fenómenos do
equilíbrio ambiental, base essencial para uma atuação consciente na defesa da política
ambiental nacional;

b) da participação — todos os cidadãos têm o direito e o dever de participar no controlo


da execução da política ambiental quer através de órgãos coletivos onde estejam
representados, quer através de consultas públicas de projetos específicos que interfiram
com os seus interesses ou do equilíbrio ambiental;

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c) da prevenção — todas as ações ou atuações com efeitos imediatos ou a longo prazo no
ambiente, devem ser consideradas de forma antecipada, por forma a serem eliminados ou
minimizados os eventuais efeitos nocivos;

e) Da unidade de gestão e Acão — deve ser criado e dinamizado um órgão nacional


responsabilizado pela política ambiental, que promova a aplicação dos princípios para a
melhoria da qualidade ambiente e de vida em todos os sectores da vida nacional, organize e
administre uma rede de área de proteção ambiental e incentive a educação ambiental de
forma sistemática e permanente;

f) Da cooperação internacional — determina a procura de soluções concertadas com


outros países, com organizações regionais, sob regionais e internacionais, quanto a
problemas ambientais e à gestão de recursos naturais comuns.

g) Da responsabilização - confere responsabilidade a todos os agentes que como


resultado das suas acções provoquem prejuízos ao ambiente, degradação, destruição ou
delapidação de recursos naturais, atribuindo-lhes a obrigatoriedade recuperação e/ou
indemnização dos danos causa dos, sendo para os casos anteriores à publicação da presente
lei, aplicado o previsto no artigo desta mesma lei;

h) Da valorização dos recursos naturais - atribui um valor contabilizável a todos os


recursos naturais destruídos ou utilizados nas várias ações, como matéria-prima ou matéria
subsidiária. Vato (a ser incorporado no produto final e que deve ser objeto de cobrança a
favor de fundos de gestão ambiental;

i) Da defesa dos recursos genéticos — confere ao Estado a responsabilidade da defesa


dos recursos genéticos nacionais em todas as suas vertentes incluindo a sua preservação
dentro do nacional.

Artigo 5º
(Objetivos e medidas)

Para a manutenção de um ambiente propício à qualidade de vida da população,


é necessária a adopção de medidas que visem nomeadamente:

a) Alcançar de forma plena um desenvolvimento: sustentável em todas vertentes da vida


nacional;

b) Manter um equilíbrio entre a satisfação das necessidades básicas dos cidadãos e a


capacidade de resposta da natureza;

c) Garantir o menor impacto ambiental das acções necessárias ao desenvolvimento do país


através de um correcto ordenamento do território e aplicação de técnicas e tecnologias
adequadas;

d) Prestar a maior atenção à qualidade do ambiente urbano através de uma eficaz aplicação
da administração local e municipal;

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e) Constituir, consolidar e reforçar uma rede de áreas de protecção ambiental por forma a
garantir a manutenção da biodiversidade, aproveitando essas áreas para a educação
ambiental e recreação da população;

f) Promover acções de investigação e estudo científico em todas as vertentes da ecologia,


aproveitando as capacidades nacionais principalmente dos centros universitários e de
pesquisa;

g) Promover a aplicação de normas de qualidade ambiental em todos os sectores


produtivos e de prestação de serviços, com base em normas internacionais adaptadas à
realidade do país;

h) Garantir a participação dos cidadãos em todas as tomadas de decisão que impliquem


desequilíbrios ambientais e sociais.

4. Gestão ambiental

Meio ambiente : Atualmente o conceito moderno de meio ambiente envolve tudo o que é
vivo e que compõe e permite a vida os quais são reunidos no conjunto de fatores
interdependente fator biótico, fator abiótico e fator culturais humano

Gestão ambiental: é um sistema de administração empresarial que dá ênfase na


sustentabilidade. Desta forma, a gestão ambiental visa o uso de práticas e métodos
administrativos que reduz o máximo os impactos ambientais das atividades econômicas na
natureza.

A prática da gestão ambiental introduz a variável ambiental no planeamento empresarial, e


quando bem aplicada, permite a redução de:

• Custos diretos é a diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada


vez mais escassos e mais dispendiosos, como agua e energia.

• Custos indiretos representados por sanções e indeminização relacionadas a danos


ao meio- ambiente ou à saúde de funcionários e da população de comunidades que
tenham proximidade geográfica com as unidades de produção da empresa.

4.1.Desenvolvimento sustentável (DS)

É o desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a


capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que
as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de
realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e
preservando as espécies e os habitats naturais.

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História de DS

Em 1983, é estabelecida a Comissão Mundial das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente.
Esta comissão foi incumbida de investigar as preocupações levantadas nas décadas
anteriores acerca dos graves e negativos impactos das atividades humanas sobre o planeta,
e com os padrões de crescimento e desenvolvimento poderiam se tornar insustentáveis caso
os limites dos recursos naturais não fossem respeitados. O resultado desta investigação foi
o Relatório "Nosso Futuro Comum" publicado em abril de 1987.

O documento ficou conhecido como Relatório Brundtland, em referência à Cro Harlem


Brundtland, ex-primeira ministra norueguesa e médica que chefiou a comissão da ONU
responsável pelo trabalho. O Relatório Brundtland formalizou o conceito de
desenvolvimento sustentável e o tornou conhecido publicamente.

O conceito de desenvolvimento sustentável se tornou o fundamento da conferência das


nações unidas sobre o meio ambiente (ECO 92). O encontro foi um marco internacional,
que reconheceu o desenvolvimento sustentável como o grande desafio dos nossos dias, e
também assinalou a primeira tentativa internacional de elaborar planos de ação e
estratégias neste sentido.

Componentes do desenvolvimento sustentável

Desenvolvimento sustentável divide-se em quatro componentes:

• sustentabilidade ambiental;
• sustentabilidade econômica;
• sustentabilidade sociopolítica.

• A sustentabilidade sociopolitica é orientada para o desenvolvimento humano, a


estabilidade das instituições públicas e culturais, bem como a redução de conflitos
sociais. É um veículo de humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pretende
desenvolver o tecido social nos seus componentes humanos e culturais. Vê o ser
humano não como objeto, mas sim como objetivo do desenvolvimento. Ele participa na
formação de políticas que o afetam, decide, controla e executa decisões.

• A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes


dos ecossistemas para assegurar que continuem viáveis capazes de se auto-reproduzir e
se adaptar a alterações, para manter a sua variedade biológica. É também a capacidade
que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os
outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua
função como fonte de energias renováveis.

• A sustentabilidade econômica é um conjunto de medidas e politicas que visam a


incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. O lucro passa a ser
também medido através da perspetiva social e ambiental, o que leva à otimização do
uso de recursos limitados e à gestão de tecnologias de poupança de materiais e energia.
A exploração sustentável dos recursos evita o seu esgotamento.

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• Consumo de forma Sustentável é adotar a prática dos 6R:

1. Reduzir: A própria palavra já diz é a redução do consumo do lixo, isso significa que
podemos diminuir tudo o que é jogado no meio ambiente. Seja papel, vidro, plástico metais
e outros objetos que poderiam ser reutilizados.

2. Reutilizar: Muitos materiais que são jogados no lixo, poderiam ser reutilizados e ter
outras finalidades.

Por exemplo: embalagens podem ser recriadas e receber um novo tratamento para um novo
tipo de uso tanto em casa quanto no trabalho, na escola ou em qualquer outro lugar. E
aquele sapato que não cabe mais no seu pé? Aquela calça que está apertada? Não jogue
fora, faça doação. Assim você estará reutilizado e ajudando.

3.Reciclar: Reciclagem é o reprocessamento de materiais, quando esses são recicláveis. Os


exemplos mais conhecidos são: papel, vidro, latas de alumínio e até mesmo matéria
orgânica. A reciclagem reduz impactos ambientais, consome menos matérias-primas
extraídas da natureza e diminuem o consumo de energia que seria destinadas à confeção de
um novo produto.

4. Repensar: Na prática é o R que precede todos os outros. Ou seja, antes de reduzir o


consumo, as pessoas deveriam repensar sobre suas atitudes consumistas. Quando você for
comprar algo faça essa pergunta a si mesmo " Preciso mesmo comprar esse produto?".

5. Recuperar: É a parte do processo que vem antes da reciclagem: os catadores de lixo são
considerados agentes de recuperação de materiais, pois recolhe tudo e manda para uma
indústria específica.

6. Recusar: É você dizer não a tudo que não for necessário, ou seja aquilo que não irar
usar!

5. Desequilíbrio ecológico

Existe na natureza um equilíbrio dinâmico entre os organismos vivos e o ambiente


e que vivem, formando os ecossistemas, com suas trocas e influência entre organismo e
entre o meio. Pode ser considerado como fator de desequilíbrio qualquer acontecimento ou
evento que venha a perturbar as características naturais de um ecossistema.

Conceitos ecológico

Ecologia: é uma ciência (ramo da biologia) que estuda os seres vivos e suas interações
com o meio ambiente onde vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde ―oikos‖
significa casa e ―logos‖ significa estudo. Esta palavra foi criada no ano de 1866 pelo
biólogo e naturalista alemão Ernst Heinrich Haeckel.

Individuo: é um ser de uma determinada espécie.

População: é um conjunto de individuo de uma espécie.

Comunidade: é o conjunto composto por várias populações.

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Ecossistema: Sistema onde se vive designa o conjunto formado por todas as
comunidades bióticas que vivem e interagem em determinada região e pelos factores
abióticos que atuam sobre essas comunidades.

• Fatores bióticos: são as diversas populações de animais, plantas e bactérias


umas como as outras.
• Fatores abióticos são a água, o sol, o solo, o gelo, o vento.

Habitat: lugar onde o organismo vive (morada).

Nicho ecológico: papel que o organismo exerce no ecossistema (profissão).

Biosfera é o conjunto de ecossistemas e biomas que formam o planeta terra.

5.1.Fatores de desequilíbrio naturais

São eventos muito imprevisíveis tais como:

• Vulcão
• Terramotos
• Tempestade
• Maremotos
• Vendavais

5.2.Fatores antrópico de desequilíbrio

Nesta categoria encontramos todas as atividades humana que causam um impacto adverso
no meio ambiente.

Ex : poluição do solo, hídrica (água) e atmosférica (ar).

Poluição : É a degradação da qualidade do meio ambiente resultante da atividade direita ou


indiretamente :

• Prejudicam a saúde, a segurança e o bem-estar da população ;



• Afetam desfavoravelmente a bióta ;
• Afetam as condições de estéticas ou sanitárias do meio ambiente ;
• Lançam matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecido.

Poluente: É uma substância ou um conjunto de substância que não são do sistema ou ainda
que são do sistema mais estão em quantidade excessiva.

Ex: Não existe partícula de carbono no ar mas devido as queimas


estas partículas são libertadas no ar. Existe dióxido de carbono no

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ar mas a partir de queimas em quantidades excessivas.

É preciso compreender que poluição ocorre quando a ação antrópica ou natural atenta os
padrões e parâmetro do meio ambiente.

Parâmetro: É um valor de qualquer variável de um componente ambiental (temperatura,


nível de ruído, pH entre outros).

Padrão: É o nível ou o grau de qualidade de um elemento (ar, água, vegetação etc. por
exemplo padrão da água).

Contaminação: É quando um determinado poluente resulta em


prejuízo à saúde humana e de outros organismos vivos.

Qualidade ambiental: É o equilíbrio e a sanidade do ambiente, incluindo a


adequabilidade dos seus componentes as necessidades do homem e de outros seres vivos.
Decreto Nº 194/11 Artigo 2 alinha (i

Degradação da qualidade ambiental: É a alteração adversa das características do meio


ambiente e inclui, entre outras, a poluição, a desertificação, a erosão e desflorestamento.
Decreto Nº 194/11 Artigo 2 alinha (g

5.3.Poluição Hídrica

É o lançamento dos efluentes domésticos, agrícolas e industrias em rios mares sem prévio
tratamento.

Esses despejos podem conter amônio, acido sulfúrico, detergentes, corantes, substâncias
orgânicas e inúmeros outros poluentes.

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As consequências da poluição hídrica são:

• Mortandade de organismos vivos;


• Alteração e desequilíbrio das comunidades aquáticas, bem como doenças nos seres vivos
aquáticos e naqueles que dele se alimentam;
• Inviabilização da água para o consumo humano;
• Perda paisagística;
• Perdas econômicas.

Poluentes hídricos mais perigosos

São os metais pesados tais como: chumbo, mercúrio, cobre, cádmio, cromo, níquel,
zinco e estrôncio. Estes elementos de elevado peso atómico, podem causar diversos
problemas ambientais e prejuízos na saúde do homem, quando são utilizados e descartados
de forma inadequada na natureza.

Ex: no ser humano pode causar lesões nos rins, perda de coordenação de movimento,
dificuldade de fala e audição atrofia nervosa, debilidade mental e má formação congénita.

Saneamento básico

Saneamento Básico é o conjunto de serviços relacionados ao abastecimento de água


potável, a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e
das águas pluviais urbanas, bem como sua drenagem, cuja finalidade principal promover a
saúde e o bem-estar da comunidade.

Os principais serviços que compõem o saneamento básico são:

a) Abastecimento de água potável – constituído pelas atividades, infraestruturas e


instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as
ligações prediais e respectivos instrumentos de medição.

b) Esgotamento sanitário – constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações


operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados aos esgotos
sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente.

c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos – conjunto de atividades,


infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e destino final
do lixo doméstico e do lixo originário da variação e limpeza de vias públicas.

d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas – conjunto de atividades,


infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e
disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

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Indicadores físico-químicos e biológicos da água potável

• Indicadores físicos

Temperatura – Está relacionada à medida da intensidade de calor; é um parâmetro


importante, pois está diretamente ligado a algumas propriedades da água, como densidade,
viscosidade e oxigénio dissolvido.

Sabor e odor – Está relacionados a presença de poluentes industriais, a decomposição da


matéria orgânica, a presença de algas, etc.

Cor – Está relacionado a presença da existência de substâncias em solução, na maioria


matéria orgânica.

Turbidez – É propriedade de desviar raios luminosos decorrentes da presença de matéria


em suspensão na água (como argila e silte) divididas em organismos microscópicos.

• Indicadores químicos

pH (potencial hidrogeniónico) – pH baixo tem que ver com a água corrosiva; pH alto
forma incrustações nas tubulações. O pH da água geralmente é pela introdução de resíduos.
Na vida aquática o pH ideal é na faixa de 7.

Salinidade – formados pelos bicarbonatos, cloretos, sulfatos. Confere a água sabor salino e
o alto teor de cloreto pode indicar a poluição por esgotos domésticos.

Alcalinidade – Decorrente da presença de bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos e sais


alcalinos como o sódio e o cálcio. A presença destas substâncias proporciona sabor
desagradável á água, influenciando os processos de tratamento da água.

Dureza – Característica resultante da presença de sais alcalinos terrosos (cálcio, magnésio,


etc.), e outros metais de menor intensidade. Provoca sabor desagradável, causa a extinção
da espuma do sabão; provoca incrustações nas tubulações de água quente etc.

Ferro e manganês – É oriundo da dissolução de compostos do solo ou de despejos


industriais. Causam manchas nas roupas durante a lavagem, além de mancharem os
aparelhos sanitários e causam maus odores, coloração á água e obstruem as canalizações.

Fósforo, nitrogênio e cloretos – o fósforo e nitrogénio podem ocasionar um exagerado


desenvolvimento de algas provocando fenómeno chamado de eutrofização; o cloreto
confere sabor salgado á água ou propriedades laxativas.

Compostos tóxicos – Alguns componentes inorgânicos como o arsénio, cádmio, cromo,


chumbo, mercúrio, prata, cobre, zinco e os cianetos, quando presentes na água, a tornam
tóxicas através de despejos industriais ou a partir das atividades agrícolas, de garimpo e de
mineração.

Fenóis – Causam problemas em sistemas de tratamento de água, pois ao combinar-se com


o cloro produzem odor e sabor desagradáveis.

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Componentes orgânicos – Os agrotóxicos e alguns tipos de detergentes na presença da
água são resistentes. degradação biológica, acumulando-se na cadeia alimentar, o que
provoca a mortalidade de peixes e prejuízos ao abastecimento público.

• Indicadores biológicos

Algas – São importantes para o equilíbrio do meio aquático e por liberarem o oxigénio
presente na água (produzido pela fotossíntese). Ainda podem ser responsáveis pela
eutrofização e a formação de grande massa orgânica, o que leva a formação de quantidade
excessiva de lodo, trazendo alguns inconvenientes: sabor, odor, toxidez, turbidez e cor.
Isso
provoca o entupimento de filtros de areia em estações de tratamento de água e a corrosão
de estruturas de ferro e de concreto.

Microrganismos patogênicos – podem ser bactérias, vírus e protozoários e geralmente


estão presentes nos dejetos de pessoas doente. As bactérias usadas como indicadores de
poluição da água são os coliformes fecais, microrganismos patogénicos na água. Os
coliformes fecais existem nas fezes humanas e apresentam um grau de resistência ao meio,
além de serem causadores de doenças.

Esgoto

Efluente ou águas servidas é o termo usado para caracterizar todos resíduos líquidos provenientes
de comércios, indústrias e domicílios. Essas águas apresentam características próprias e necessitam
de tratamento adequado para que sejam removidas as impurezas e assim, possam ser devolvidos á
natureza sem causar danos ambientais e á saúde humana.

Classificação dos esgotos

Os esgotos podem ser classificados tecnicamente da seguinte forma:

• Esgoto sanitário ou doméstico – Constitui de efluentes gerados em uma residência, tais


como lavagem de piso e de roupas, lava louça, lavatórios, bacias sanitárias e de chuveiro.

• Esgoto industrial – Resultante das atividades industriais, comerciais ou de prestação de


serviço, com características muito especificas (físico-químicas), distintas do esgoto
doméstico.

• Esgoto pluvial ou de infiltração – É constituído a partir da coleta de águas de


escoamento superficial das chuvas e, em alguns casos, lavagem das ruas e de drenos
subterrâneos ou de outro tipo de precipitação atmosférica.

Caracterização dos esgotos

É por aproximadamente 99,9% de água, e apenas 0,1% de sólidos que os esgotos


domésticos são formados. A fração de 0,1% de sólidos é devido a problemas de poluição
das águas.

A característica dos efluentes gerados por uma comunidade consiste em função dos usos
em que a água foi submetida. Sendo assim, os esgotos podem ser caracterizados como:

18
• Físicos – Corresponde a matéria sólida, temperatura, odor, cor e turbidez.

• Químicos – Os principais parâmetros utilizados são: pH, demanda bioquímica de


oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio DQO, Nitrogénio e Fósforo.

• Biológicos – Importante no controle da poluição e tratamento dos esgotos. Entre os


principais organismos encontrados nos rios e esgotos estão: as bactérias, os fungos, os
protozoários, os vírus, as algas e grupos de plantas e de animais. O organismo mais
utilizado como indicador de poluição é do grupo das bactérias coliformes.

Sistemas de esgotos sanitários

Os sistemas de esgotos sanitários são constituídos de um conjunto de canalizações e obras


cuja função é afastar o esgoto das águas residuais. São eles:

Coletor predial – Canalização que conduz os esgotos de um ou mais edifícios á rede


coletora.

Coletor de esgoto ou coletor – É a tubulação que recebe efluentes dos coletores prediais.

Coletor tronco – Canalização principal, de maior diâmetro, que recebe apenas os efluentes
de vários coletores de esgoto, conduzindo-os a um interceptor ou emissário.

Interceptor – São canalizações de grande porte que recebe a contribuição dos coletores
troncos e de alguns emissários.

Emissário – É o conduto final de um sistema de esgoto sanitário, destinado ao afastamento


dos efluentes da rede para o ponto de lançamento (descarga) ou de tratamento, recebendo
contribuições apenas na extremidade de montante.

Estação elevatória – Instalações eletromecânicas equipadas de forma a poder transportar o


esgoto do nível de sucção ou de chegada, ao nível de recalque ou saída, acompanhando
aproximadamente as variações das vazões afluentes.

Poço de visita – É uma câmara de inspeção onde, através de abertura em sua parte
superior, permite a reunião de duas ou mais canalizações, bem como a realização de
serviços de manutenção.

Tanque fluxível – Dispositivo destinado a darem descargas periódicas de água para


limpeza de coletores (atualmente em desuso).

Sifão invertido – Canalizações rebaixadas funcionando sob pressão, destinadas á travessia


de canais, obstáculos, etc.

Estação de Tratamento de Esgotos (ETEs) – São instalações que tem por objetivo a
purificação ou depuração dos efluentes, para que tenham qualidade compatível com o
corpo receptor (Figura 6.3).

19
Obras de lançamento final – Canalizações destinadas a conduzir o efluente final das
estações de tratamento de esgotos, ou esgoto bruto, ao ponto de lançamento em rios,
oceanos ou lagos.

Medidas Mitigadoras da poluição hídrica

• Desenvolver novas tecnologias industriais que não utilizam poluentes no processo


produtivo, reduzindo ou até eliminando subprodutos e resíduos poluidores;
• Tratar de forma adequada os efluentes domésticos e industrial, antes de lança-los
em cursos de água;
• Proibir a lavagem de tangues e embalagens de agrotóxicos e fertilizantes agrícolas
em rios e lagos;
• Utilizar alternativas para substituir o uso de agrotóxicos e fertilizantes, tais como:
controle biológico, agricultura orgânica e a compostagem.

5.4.Poluição do solo

É quando são depositados de forma inadequada os resíduos sólidos no solo, causando


assim a degradação ou a alteração das características do solo.

• Resíduos
Substância ou objecto de que o detentor se desfaz, ou tem intenção ou obrigação de se
desfazer, que contêm característica de riscos tóxicos, inflamáveis, explosivas, corrosivas,
infecciosas, radioativas ou que apresentam qualquer característica perigosa na saúde das
pessoas e para o ambiente e que podem ser recolhidos, transportados e processados.

Estes resíduos são provenientes das atividades antrópicas, como:

• Doméstico;
• Industrial;
• Da construção civil e;
• Agrícolas.

Um dos maiores poluentes do solo são os resíduos sólidos, os quais podem ser:

• Servíveis- quando eles possuem valor econômico agregado, ou seja, podem ser
reciclados ou reaproveitados. Ex: lata de alumínio

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• Inservíveis- Quando não possuem pelo menos até o momento, valor econômico
agregado, por Ex: fraldas descartáveis. Este poluente são popularmente chamado de
lixo.

As consequências da poluição do solo são:


• Desfertilização do solo
• Saturação do solo
• Deposição ou infiltração no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes
• Contaminação do solo com metano e dióxido de carbono
• Perda das funções e qualidades do solo devido à introdução de poluentes
• Perda da fauna
• Alteração da densidade e consistência do solo
• Alteração da aptidão para drenagem natural
• Alteração do solo em profundidade
• Alterações da qualidade da água à superfície e em correntes
• Lixiviação de contaminantes de instalações, em particular lixiviados de aterros
• Deposição com impregnação de líquidos poluentes
• Aplicação direta de resíduos da terra, como por exemplo lamas de esgoto
• Produção e migração de gás nos aterros conduzindo ao aumento de temperatura dos solos
• Contaminação dos solos através do movimento ascendente dos lixiviados por ação capilar, sob
determinadas condições climatéricas

Algumas iniciativas param controlar a poluição do solo e a construção de aterros sanitários


usinas de reciclagem e incineradores. Mais e preciso pensar, agir na prevenção do
problema, ou seja, usar ações que visem a minimização de resíduos.

Medidas mitigadoras da poluição do solo

Coleta seletiva: é o recolhimento dos resíduos orgânicos e inorgânicos, secos ou húmidos,


recicláveis e não recicláveis que são previamente separados na fonte geradora, recolhidos e
levados para seu reaproveitamento.

Reciclagem: é um processo de reaproveitamento das matérias descartadas de forma a


reduzir a quantidade de lixo.

21
Aterro Sanitário: consiste em aterrar os resíduos em camadas alternadas de resíduos na
terra, evitando assim o mau cheiro e a proliferação de animais.

Incineração: e o processo da queima dos resíduos em aterros sanitário de forma


controlada voltada a redução de volume do mesmo.

A incineração dos resíduos é feita principalmente quando eles são contaminantes, como os
resíduos hospitalares. É um processo que, apesar de ser executado em incineradores
apropriados, sempre gera poluição da emissão de fumaça.

Compostagem: e a utilização de composto orgânico ou resíduo orgânico de forma a


reutilizar como adubo.

É uma das melhores alternativas para os resíduos orgânicos. Ela consiste em transformar a
parte orgânica em um composto, que pode servir de fertilizante para o solo. É bastante útil,
pois além de ser uma solução para o lixo orgânico, contribui para a agricultura e participa
de reciclagem da matéria orgânica.

5.5.Poluição atmosférica (Ar)

É a presença ou o lançamento no meio ambiente atmosférico de substância em


concentração suficiente que interfiram, direita ou indiretamente, na saúde, segurança e no
bem-estar do homem e dos demais organismos vivos.

A qualidade do ar é produto da interação de um complexo conjunto de fatores, dentre os


quais se destacam a qualidade e a quantidade das emissões das fontes móveis (Veículos) e
estacionários (industria, queimadas, postos de gasolina etc.)
A poluição do ar provoca uma série de consequência para o ambiente que são:

22
Desequilíbrio do efeito de estufa

Efeito de estufa

Efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra. É imprescindível


para manter a temperatura do planeta em condições ideais de sobrevivência. Sem ele, a
Terra seria muito fria, dificultando o desenvolvimento das espécies.

Aquecimento global

É um fenómeno que é provocado pelas atividades antrópicas a partir de queima de


combustíveis fosseis que emitem gases como CH4 e CO2 na atmosfera causando um
aumento dos mesmo no ar, estes gases em contacto com raios ultravioleta do sol
transforma se em calor aumentando a temperatura do globo terrestre.
I SERIE nº 37 de 28 de Agosto de 1998

Antes
Depois

As mudanças climáticas implicam em diversas consequências :

• Afetam agricultura
• Destruição de ecossistemas, devido às mortes de varias espécies animais e vegetais.
• Expansão termal dos oceanos o que aumentaria o nível do mar, possivelmente afetando
longas áreas das costas.
• Aumento das regiões desérticas.
• Ondas de calor.
• Aumento de furacões, tufões e ciclones
• Inversão termal

23
Precipitação

A precipitação consiste na água que chega à superfície terrestre, proveniente do vapor


d’água na atmosfera, sob a forma de chuva, granizo, neve, orvalho, etc.

CO2 + H2O----------H2CO3
Dióxido de carbono + água = Acido carbónico

Chuvas Ácidas

As chuvas ácidas são precipitações na forma de água, granizo, neve e neblina que contêm
ácido nítrico e sulfúrico.

Elas decorrem devido a queima de enormes quantidades de combustíveis fósseis,


como petróleo e carvão, utilizados para a produção de energia nas refinarias e usinas
termoelétricas, e também pelos veículos.

A precipitação das chuvas ácidas ou químicas em algumas regiões do planeta é uma das
consequências da poluição atmosférica, principalmente devido à interferência humana nos
ciclos da biosfera.

Uma chuva é considerada ácida quando o seu pH é inferior a 5,6. Uma vez precipitada no
meio ambiente, atacam as florestas, corroem monumentos e alteram a saúde do homem e
dos ecossistemas.

Os principais gases envolvidos nos processos são os óxidos de enxofre (SO2) e os óxidos
de nitrogênio (NO), ambos provenientes principalmente da queima de combustíveis
fósseis, como os derivados do petróleo e do carvão.

24
Estes óxidos, quando na presença da radiação solar e de catalisadores, formam, na
atmosfera, os ácidos sulfúrico e nítrico, respectivamente. Ácido clorídrico e outros ácidos
orgânicos são também formados. Entre os catalisadores, os metais e os hidrocarbonetos são
essenciais ao processo.

S + O2 ---------SO2
Enxofre oxigénio oxido de enxofre

SO2 + 1/2O2-----------SO3

Oxido de enxofre agua trióxido de enxofre

SO3 + H2O ---------------- H2SO4


Trióxido de enxofre agua acido sulfúrico

N 2O 4 + h2O -------- HNO3 + HNO2


Ox. de Nitrogénio água acido nítrico acido nitroso

Quando caem em forma de chuva ou neve, os ácidos formandos provocam uma série de
danos ao homem, ao organismo, ao meio ambiente natural ou construído:

• Danos no solo visto que a chuva ácida traz clareiras matando as árvores.
• Danos na água devido a acidificação podendo haver mortalidade de seres aquáticos.
• Danos na fauna e na flora.
• Danos na agricultura, prejudicando as plantações e alterando as propriedades do solo
• Deterioração de monumentos históricos e demais construções, construções devido correção
das matérias usadas nas suas construções.
• Descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais.
• No homem, pode causar conjitevite, desenvolver ou agravar doenças em pessoas menos
sensíveis especialmente as que sofrem de asma e sinusite e contribuir para a redução do
mecanismo de defesa contra infeções, predispondo ao aparecimento de broncopneumonias.

Depleção do escudo de ozono (O3)

Camada de Ozono

É uma camada que encontra se na estratosfera e que é responsável de filtrar os raios solares
que o sol emite na terra. E uma capa de gás que envolve a terra e a protege de vários tipos
de radiação, inclusive a radiação ultravioleta, a principal causadora de câncer.

Depleção: É fenómeno que ocorre na estratosfera de destruição da camada de ozono.

A diminuição da densidade da camada de ozono levara o aumento dos casos de câncer de


pele e de catarata e o enfraquecimento das defesas imunológica das alterações na
reprodução das plantas e na morte dos fitoplanctos.

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Processo de depleção ou destruição da camada de Ozôno

Nos últimos séculos devido o desenvolvimento industrial passaram a ser utilizado produtos
que emitem clorofluorcarbono (CFC) é um gás quando emitido na atmosfera destrói as
moléculas que formam (O3) causando assim a sua depleção.

6. Avaliação de impacto ambiental (AIA)

É um instrumento da gestão ambiental preventiva e consiste na identificação e análise


prévia, qualitativa ou quantitativa dos efeitos ambientais benefícios e perniciosos de uma
actividade proposta. Decreto lei 57/04 artigo 03

Objetivos da avaliação dos impactos ambientais (AIA)

• Proteger o ambiente para as futuras gerações;


• Garantir a segurança, saúde e produtividade do meio ambiente, assim como seus
aspectos estéticos e culturais;
• Garantir a maior amplitude possível de usos, benefícios dos ambientes não degradados,
sem riscos ou outras consequências indesejáveis;
• Preservar importantes aspectos históricos, culturais e naturais de nossa herança natural;
• Manter a diversidade ambiental;
• Garantir a qualidade dos recursos renováveis, introduzir a reciclagem dos recursos não
renováveis;
• Permitir uma ponderação entre os benefícios de um projeto e os seus custos ambientais,
normalmente não computados nos seus custos econômicos.

26
O AIA deve conter:

a) um resumo não técnico do projeto;


b) uma descrição das atividades a desenvolver;
c) uma descrição geral da situação ambiental do local de implementação da atividade
d) um resumo das opiniões e críticas resultantes das consultas pública;
e) uma descrição das possíveis mudanças ambientais e sociais aprovada
Pelo projeto;
f) indicação das medidas previstas para eliminar o minimizar os efeitos sociais e
ambientais negativos;
g) Identificar os sistemas previstos controlo e acompanhamento da atividade.
Decreto lei 57/04 artigo 09

6.1.Estudo de impactos ambiental (EIA)

É a componente do processo de avaliação de impacto ambiental que analisa técnica e


cientificamente as consequências da implantação de atividades de desenvolvimento sobre o
ambiente. Decreto lei 57/04 artigo 03

É entendido como uma modalidade de impacto ambiental, obrigatório antes da instalação


da obra ou atividade potencialmente causadora da degradação significativa e um tipo de
avaliação ambiental exigível quando houver impactos ambientais significativos.

Etapas do EIA

• Objetivos (propósito)

• Fatores ambientas a serem considerado e o grau de controlo ambiental que quer


alcançar.

• Termos de referência

• Informação sobre os aspectos técnicos relacionados a elaboração e a condução do


EIA ou outro estudo ambiental,

• Finalidade de especificar os elementos que devem ser comtemplados na elaboração


dos estudos ambientais.

Elaboração do termo de referência

• O principal agente envolvido na elaboração do termo de referência são:

Empreendedor: quando requerido pelo órgão ambiental, elabora o TR diretamente ou


através de consultores ou de empresas de consultoria contratadas, e o submete ao órgão
ambiental competente.

Outros agentes: deve-se buscar o envolvimento de outros agentes sócias que possam
contribuir na elaboração de termo de Referência tais como:

27
• Equipas técnica de outros órgãos da administração pública, diretamente relacionados
com o topo de atividade considerada;

• Especialistas diversos (pesquisador e professores);

• Empresas públicas e privada com atuação na área de influência do empreendimento


proposto;

• Entidades civis que sejam detentores de informações específicas sobre o


empreendimento informações sobre a realidade ambiental de área de influência do
empreendimento proposto.

Estudos de Impactos Ambientais (EIA)

Os estudos de impacto ambientais além de atender à legislação, obedecerá as seguintes


diretrizes gerais:

• Comtemplar todas as alterações tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-


as com a hipótese de não execução do projeto.

• Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de


implementação e operação da atividade;

• Definir os limites da área geográfica a ser diretamente ou indiretamente afetada pelos


impactos, de nominada área de influência do projeto, considerado, em todos os casos a
bacia hidrográfica na qual se localiza;

• Considerar os planos e os programas governamentais, propostos e em implementação


na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.

Atividades técnicas do EIA:

I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos


recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação
ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:

a) o meio físico
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais
c) o meio socioeconómico

II - Análise dos impactos ambientais do projeto.


III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos.
IV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento.
Decreto-lei 57/04 Artigo 07

28
6.2.Relatório de impactos ambientais (RIMA)

Definição é um documento que refletirá as conclusões do EIA e deve ser apresentado de


forma objetiva e adequada para facilitar a sua compreensão.

As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas,
quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam
entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências
ambientais de sua implementação.

RIMA refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental e deverá conter:

I - Os objetivos e justificativas do projeto,


II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas,
III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambientais da área de influência do
projeto,
IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade,
considerando o projeto,
V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência,
VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos
negativos, mencionando aqueles que não poderão ser evitados, e o grau de alteração esperado;
VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem
geral).

6.3.Licenciamento ambiental

É o procedimento pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, a


implementação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividade utilizados
ambientais, consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras, ou aqueles que sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental considerado as disposições legais e
regulamentares e as normais técnicas aplicáveis ao caso.

Decreto nº 59/07 artigo 1 alinha a).

Licença ambiental — documento emitido pela entidade responsável pela política do


ambiente que estabelece as condições, restrições e medidas de controlo ambiental que
devem ser observadas pelo empreendedor, pessoa singular ou coletiva. Decreto-lei nº
59/07 artigo 1 alinha b).

Tipos de licenças:

• Licença de instalação
Documento emitido pela entidade responsável pela política do ambiente com a finalidade
de autorizar a implantação e alteração da obra, de acordo com as especificações constantes
do projecto executivo.

29
• Licença operacional

Documento emitido pela entidade responsável pela política do ambiente, com a finalidade
de dar início a operação do empreendimento ou das unidades, instalações e sistemas
integrantes da actividade na área de interesse, após a verificação do cumprimento de todos
os requisitos constantes do estudo de avaliação de impacte ambiental.

• Pedido de licenciamento ambiental deve conter o seguinte:

a) Descrição da instalação, da natureza e da extensão das suas actividades;

b) Certidão do Governo Provincial, declarando que o local e a instalação ou actividade estão em


conformidade com a legislação sobre a ocupação do solo;

c) Resumo não técnico do estudo de avaliação de impacte ambiental;

d) Parecer vinculativo da entidade que tutela a respectiva actividade.

7. Aspectos ambientais e impactos ambientais

Aspectos ambientais

Aspectos ambientais são as atividades, serviço e produtos de uma organização que


interagem como o meio ambiente.

Impactos ambientais

Qualquer alteração física, química e biológica do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia resultante da atividade humana que direita ou indiretamente
afeta:

• Saúde, a segurança e o bem-estar da população;


• As atividades sócias económicas;
• A biota;
• As condições de estética e sanitárias do meio;
• A qualidade dos recursos ambientais.

Os impactos ambientais são gerados há muito tempo no mundo a revolução industrial foi
um fator principal para o aumento dos impactos ambientais, alterando o modo de vida da
população mundial, trazendo inúmeros benefícios e malefícios ao homem.

Como benefícios temos alguns exemplos:

• Progressos na agricultura, indústria e transporte melhoraram substancialmente a


vida do homem no ocidente;
• As possibilidades de falhas nas colheitas e fome foram reduzidas como uma melhor
agricultura;
• As melhorias nas condições sanitárias auxiliaram na redução das taxas de
mortalidade, assim como o conhecimento do papel das bactérias na infeção e o
advento das vacinas;

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• A regulamentação das horas de serviço, bem como a criação de salários foram
também característica da revolução industrial, que determinaram melhores
condições de vida;
• O aumento progressivo do conforto das pessoas;
• Avanços tecnológico incríveis, em benefícios do bem-estar humano;
• O homem passou a dominar os fatores de resistência ambientais por meio de
antibióticos, inseticidas, medicina moderna avanços no diagnóstico e prevenção de
doenças.

Como malefícios temos alguns exemplos:

• A ocupação humana desordenada;


• A utilização de agrotóxico e culturas agrícolas degradantes e intensas;
• Libertação de poluentes e a poluição dos recursos ambientais;
• surgimento do consumismo;
• A desertificação.

Atividades com impactos ambientais significativo:


• Construção de rodovias;
• Construção de Ferrovias;
• Construção de Portos e terminais;
• Construção de Aeroportos;
• Instalação de oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgoto;
• Obras hidráulicas para fins de saneamento, drenagem, irrigação, retificação de curso de
água, transposição de bacias, canais de navegação, barragens hidrelétricas;
• Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão, gás natural);
• Extração de minério;
• Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
• Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloro
químicos);
• Distritos industriais e zonas estritamente industriais (ZEE);
• Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou
menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do
ponto de vista ambiental;
• Projetos urbanísticos (acima de 100 ha), ou em áreas consideradas de relevante interesse
ambiental;
• Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por
dia.

Atributos principais dos impactos ambientais (IA) são:

Magnitude: é a medida de um impacto em termos absolutos, uma alteração do valor de um


fator ou parâmetro ambiental em termos quantitativos ou qualitativos.

Importância: é a ponderação do grau de significação de um impacto em relação ao factor


ambiental afetado e a outros impactos.

31
7.1.Classificação dos impactos segundo sua característica

Valor

• Impacto positivo ou benéfico – Quando a acção resulta na melhoria da qualidade


de um fator ou parâmetro ambiental (ex: Alojar a população em zona devidamente
urbanizada);

 Impacto negativo ou adverso – Quando a ação resulta em um dano à qualidade de


um fator ou parâmetro ambiental (ex.: Lançar os efluentes no meio hídrico sem
devido tratamento);

Característica de ordem ou incidência

• Impacto direto – Resultante de uma simples relação de causa e efeito (ex.: Perda
de diversidade biológica por causa do desmatamento);

• Impacto indireto – Resultante de uma reação secundária em relação à ação, ou


quando é parte de uma cadeia de reações (ex.: Formação de chuvas ácidas);

Caraterística espácias

• Impacto local – Quando a ação afeta apenas o próprio sítio e suas imediações (ex:
Mineração);

• Impacto regional – Quando o impacto se faz sentir além das imediações do local
onde se ocorre a ação (ex.: abertura de uma Estrada);

• Impacto estratégico – Quando o componente ambiental afetado tem relevante


interesse coletivo ou nacional (ex.: Implantação de projetos de fornecimento de
água no Cunene onde há seca);

Tempo de ocorrência

• Impacto imediato – Quando o efeito surge no instante em que se ocorre a ação (ex.:
Mortandade de peixes devido ao lançamento de produtos tóxicos);

• Impacto a médio prazo – Quando o impacto se manifesta certo tempo após a ação (ex.:
Lançamento de partícula na atmosfera);

• Impacto temporário – Quando seus efeitos têm duração determinada (ex.: Vazamento de
óleo no mar);

Quanto a sua reversibilidade

• Impacto reversível – De acordo com a possibilidade do fator ambiental afetado poder


retornar às condições de origem; (ex.: poluição do ar pela queima de pneus).

32
• Impacto Permanente – Quando uma vez executada a ação, os efeitos não cessam de se
manifestar num horizonte temporal conhecido (ex.: Bomba de hiroshima );

7.2.Indicadores ambientais

Identificação dos impactos ambientais

Identificar os principais impactos que poderão ocorrer em funções das ações previstas para
a implantação e operação do empreendimento:

• Conflito de uso do solo e da água;


• Intensificação de tráfico na área;
• Valorização/desvalorização imobiliária;
• Interferência com a infraestrutura existente;
• Desapropriamento e realocação de população
• Remoção de cobertura vegetal;
• Alteração no regime hídrico;
• Possibilidade de provocar erosão assoreamento entre outros.

Indicadores ambiental

São ferramenta utilizadas para o desempenho ambiental ou impacto gerado por uma
determinada atividade. São parâmetros físico-químico, biológico, comportamentais sócias
entre outros. Podem ser:

• Indicadores de qualidade ambiental


• Indicador ecológico
• Indicador de impacto
• Indicador de resposta social

Ex: de indicador ambiental são:

Meio físico: contaminação dos metais pesados no solo, o pH nos lagos índice de
coliformes na água.

No meio biótipos: o número individuo de umas espécies de valor económico, a presença


ou ausência de determinadas populações de vegetais e animais.

No meio antrópico: os índices de mortalidade e incidência de doenças.

Métodos de avaliação de impactos ambiental

Método: é o meio ou o processo de atingir um determinado objetivo, ou, ainda, os


procedimentos técnicos, modos de pesquisa e investigação previamente estabelecidos
próprios de uma ciência ou disciplina empregados para alcançar um determinado fim.

Metodologia: e o estudo sistemático e lógico dos principais que dirigem o estado


científico dos métodos.

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7.2.1. Método Ad Hoc ou espontâneo

Conhecido como painéis ou reuniões de especialistas, consistem na criação de grupos de


trabalho formados por profissionais e cientistas de diferentes disciplinas de acordo com as
características do projeto a ser avaliado. Os impactos são identificados, geralmente, através
de brainstroming (tempestade de ideias, caracterizando-os sintetizando-os, e por meio de
tabelas ou matrizes.

Exemplo da Aplicação do método Ad Hoc


Áreas Ambientais Impacto Ambiental
SE EP EN B A P CP LP R I
Vida Selvagem
Espécies ameaçadas
Vegetação
Água Subterrânea
Ruido
Poluição do Ar
Saúde e Segurança
Legenda:
SE- Sem efeitos; EP-Efeito positivo; EN-Efeito negativo; B-Benéfico; A-Adverso ;
P-Problemático ; CP- Curto Prazo ; LP- Longo Prazo R-Reversível I-Irreversível

7.2.2. Listagens de controle (checklist)

• Relação de fatores e parâmetros ambientais que servem de lembrete do que se deve


controlar num determinado estudo.

• Identificação e enumeração dos impactos realizada por especialistas dos meios físicos,
biótico e socioeconômico.

Factor propriedade Acção/processo Impacto Valor


Queima de combustível
Ar fóssil por motores de Emissão de poluente
combustão (automóvel) atmosférico
Assoreamentos de rios Diminuição do caudal
Decrescimento das espécies
Água aquática
Físico Poluição pore fluentes e Contaminação do corpo
compostos químicos hídrico
Compactação Diminuição da
permeabilidade
Solos Terraplanagem Alteração do panejamento
Remoção linear de Redução da fertilização do
cobertura vegetal/ solo de sustentar
erosividade

Alteração composição flora


Fauna Desmatamento local

Biótico desaparecimento das espécies

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nativas
Diferencial de temperatura
Flora Retirada das plantas Perda de variedade de
ocasião das obras espécies
Geração de emprego
Demanda da mão de obra Aumento da demanda de
Das relações serviço publico
Sócio humanas Disposição de resíduos Saúde pública
Económico
Diagnostico dos sectores Realocação da população
habitacional

Impactos ambientais Caraterização Qualitativa Caraterização


passiveis de avaliação Quantitativa
Meio Fauna/flora Ar Água solo Magnitude Importância
antrópico
Emissão de
Implementação poluente
atmosférico
Assoreamento
de rios
Diminuição
da
permeabilidad
e
Alteração da
flora local
Possibilidade
d e incendio
Saúde pública
Operação Emissão de
poluente
atmosférico
Saúde publica
Diferência de
temperatura
Riscos de
acidente
Manutenção Riscos de
acidente
Saúde pública
Lançamento
de efluente no
meio hídrico
Legenda:
P= positivo; N= negativo; D= Direto; IN= Indireto; R= Regional; E= Estratégico; MP= Médio prazo; I=Imediato;
T= Temporário; L= Local; PE= Permanente; REV= Reversível; IR= Irreversível;

Magnitude: Não existe =0; desprezível =1; baixo grau =2; médio grau =3; alto grau =4; muito alto =5.
Importância: > importante; >> muito importante; < importante; << desprezível

7.2.3. Matrizes de interação

As matrizes de interação são largamente utilizadas na etapa de identificação dos impactos


do EIA.

35
Relacionam as diversas ações do projeto ambientais pela interação das linhas e colunas
representa-se o impacto de cada ação sobre determinado fator ambiental.

Os impactos positivos e negativos de cada meio (físico, biótico e socioeconômico) são


alocados verticalmente na matriz, de acordo com a fase em que se encontrar o
empreendimento (implantação e/ou operação) e com as áreas de influência (direita ou
Indireta), sendo que alguns impactos podem ser alocados, tanto nas fases de
implementação e/ou operação como áreas direita e/ou indireta do projeto, com valores
diferentes para alguns de seus atributos respetivamente.

8. Mitigação dos impactos ambientais

Mitigar: é tomar medidas de forma a reduzir a degradação ou operação de determinada


atividade humana sobre o meio ambiente, estas podem ser comercial, industrial, etc.

Vamos tratar de alguns casos específicos.

8.1.A refinaria de petróleo:


Impactos ambientais Medidas Mitigadoras
Contaminação hídrica devido ao lançamento de Tratamento das águas residuárias antes do seu
efluente, água de lavagem, águas de lançamento no meio hídrico.
resfriamento e lixiviação das áreas de depósito
de materiais rejeitos

As emissões de partículas podem ser controladas pelo


Emissão de particulas para a atmosfera uso de equipamentos específicos como : filtros de
manga.

Liberação casual de solvente e materiais ácidos Manutenção preventiva de equipamentos e áreas de


ou alcalinos potencialmente perigosos. armazenamento, para se evitar fugas casuais.
Instalação de diques e bacias de conteção ao redor ou
ajusante dos tanques de armazenamento de produtos
perigos ou que possam apresentar riscos para o meio
ambiente.

Contaminação do solo e/ou de águas Os resíduos sólidos que não possam ser recuperados e
superficiais ou subterrâneas pela disposição reaproveitados devem ser tratados adequadamente
inadequada de resíduos sólidos resultantes dos antes da disposição final.
processos, nos quais se incluem também os
todos de tratamento de efluentes hídricos e Para escolha do tratamento adequado, deve ser
gasosos e partículas sólidas dos coletores de observada e classificação de resíduo, de acordo com a
poera. norma de ABNT- NBR 10004.

De acordo com a natureza do resíduo, as

36
possibilidades de tratamento incluem: incineração,
disposição em aterro industrial controlado, ,
disposição química, encapsulamento, queima em
forma de produção de cimento etc.

8.2.Hidroelétricas

Impactos ambientais Medidas Mitigadoras


Alteração do ambiente durante a obra : Controle dos movimentos de terra.
Mudança de topografia. Controle do desmatamento.
Erosão do solo. Proteção do solo durante as obras.
Problema de drenagem Observação da drenagem natural das águas.

Assoreamento do reservatório. Monitoramento e controle da erosão do solo.


Proteção da vegetação a margem do rio e do
reservatório.
Proteção de drenagem natural das águas.
Controle de uso/ocupação do solo e conscientização
dos proprietários de terrenos.

Danos à fauna e a flora: Programa de realocação dos animais.


Alteração da fauna Estudos, científicos das espécies e repovoamento.
Desmatamento

Danos a fauna aquática Programa de biomonitóramento da fauna aquática.


Mudança hidrogeológicas, regularização do Preservação do caudal necessária aos usos de bacia
caudal. hidrográfica.
Redução da fertilidade do solo Gerenciamento integrado dos recursos hídricos.
Programas de recuperação do solo.

Impactos socioeconômico e cultural: Conscientização da população afetada.


Deslocamento da população. Indenização justa das propriedades.
Inundações de propriedades e edificações Programa de reassentamento populacional.
Desagregação familiar. Preparação da população às novas condições de vida.
Mudança de atividades. Melhorias das condições de habilitação, saúde,
Inundação de áreas de valor efetivo, histórico, educação etc.
paisagístico e ecológico. Lavamento epidemiológico e programas de contrôle de
Propagação de doenças endemias.

Redes de distribuição: Criação de áreas de proteção ambiental e corredores


Desmatamento. ecológico.

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Impermeabilidade do solo Reflorestamento.
Perigo de acidentes devido a queda de cabos de Projeto de drenagem das águas.
transição Restrição de acesso às áreas

8.3.Etanol
• A produção do álcool constitui um dos principais agentes causadores de impacto
ambiental.
• Os impactos podem ocorrer na fase de plantação, colheita, no processo de
fabricação do álcool, no seu transporte e armazenamento.
Um dos graves problemas das usinas de álcool é a produção de resíduos líquidos (vinhoto)
• Alta demanda de oxigênio para sua biodegradação – provoca grande impacto sobre
os recursos hídricos recetores;
• Elevado consumo de oxigénio da água com consequente a mortandade de
organismo aeróbios.

Impactos ambientais Medidas Mitigadoras


Prática de monocultura: Programa de monitoramento da qualidade do solo
Esgotamento do solo

Queima do canavial: Queima controlada.


Poluição atmosférica

Refinamento (produção de efluentes líquidos Implantação de estações de tratamento de efluentes


vinhoto, águas de lavagem): (ETE)
Poluição da água Programa de bio monitoramento do curso da água
recetor.

Transporte e armazenamento: Utilização, nos veículos de transporte combustível


Poluição do ar pelos veículos de transporte menos poluentes.
Perdas de álcool nas manobras de descarregamento Impermeabilidade do solo em áreas de risco de
derramamento ocasionais devido ao
descarregamento para armazenamento.

8.4.Mineração

Impactos Ambientais Medidas Mitigadoras


Limpeza da área : Remoção de realocação de animais.
Destruição de nichos ecológicos

Extração de beneficiamento: Avaliação geotecnológica para evitar rupturas de


Erosão solo.
Mudanças da cor, turbidez e outras caraterísticas Avaliação das melhores tecnologias de extração de

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organoléticas da água. minérios aplicáveis ao projeto.

Refinamento ( produção de efluentes líquidos : Programa de biomonitoramento da bacia


Vinhoto águas de lavagem) : hidrográfica.
Poluição da água

8.5.Aterros sanitários

Impactos ambientais Medidas Mitigadoras


Desvalorização imobiliária na área adjacente Escolha de área despovoada ou com baixo valor
imobiliário

Contaminação do solo e lenços freático Estudos geotécnicos da área.


Impermeabilidade do solo com geo-membrana e
argila.

Contaminação dos cursos da água Recolhimento do chorume e tratamento em ETE


antes do lançamento do curso recetor.

Proliferação vetores de doenças : insetos, roedores e aterro, evitando deixar células descobertas.
aves carniceiras

Poluição do ar através da liberação de gases oriundo Captação dos gases para geração de energia.
da decomposição dos RS

9. Economia do meio ambiental


Introdução a contabilidade ambiental.

A contabilidade: estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante a registo, a


demonstração expositiva e a interpretação dos gastos efetuado na organização.

• Débito/ativo, o que pertence a empresa, bens e direitos

• Crédito/passivo: origem, precedência dos bens e obrigações

• Balanço: Lançamentos de ativos e passivos.

Contabilidade ambiental: Visa registrar, organizarem analisar os eventos internos e


externos pertinentes as ações que envolvem relações com o meio ambiente e os recursos
naturais, inseridas nas práticas de uma empresa ou negócio.

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Objetivos: A contabilidade deve assegurar

Custos e relações de impactos ambientais: positivo (ativos) ou negativos (passivos).


Registro analítico do desempenho ambiental: transparente e acessível.

Custos Ambiental: é o esforço aplicado na produção + prejuízos ambientais causados pela


actividade que serão somados a outros factores na formação de preços.

• Custos interno: absorvidos pela empresa.

• Custos externo: não absorvidos pela empresa.

9.1.Aplicação da contabilidade ambiental

A conscientização que os recursos naturais são finitos e que a preservação dos mesmos é
necessária para a continuidade que as gestões dos processos produtivos devem ser
sustentáveis.

As empresas podem prestar conta a sociedade através:

Capacidade da empresa em gerir as questões ambientais em seus processos;


Demonstrar o progresso e ganhos ambientais ao longo de períodos;
Controlar os potenciais riscos ambientais que o processo produtivo da empresa está
envolvido.

Resistência e obstáculos:

Gradualmente as empresas estão a implementar a contabilidade ambiental, porém nas


pequenas e médias empresas ainda há muita resistência:

• Não querem revelar o impacto ambiental das suas atividades;


• Pouca habilidade gerências para estruturação de uma contabilidade mais
especializada;
• Não há cultura de registro adequadamente os passivos ambientais

Logo, a contabilidade ambiental é uma ferramenta nova e necessária para garantir a gestão
plena e compatível com os preceitos do conceito de desenvolvimento sustentável.

Ativo ambiental: São decorrentes de ações de recuperação ambiental que minimizam ou


neutralizam um impacto ambiental negativo.

Passivo ambiental: Obrigação decorrente de ato degradador ao meio ambiente que gera
custos para reabilita-lo.

Valoração ambiental

Valor económico total: é um a forma de estrutura que auxilia na identificação dos diversos
valores (valor de uso ou de não uso) que estão ou que possam estar associados ao recurso
natural.

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Valor de uso

• Direito: quando indicador utiliza direitamente o recurso: extração, caça, pesca,


ou outra atividade de consumo direito.
• Indireto: quando o benefício atual decorre de funções ecossistemática, ex.
proteção do solo.
• Opção: quando a preservação do recurso natural pode estar ameaçado, sendo
possível a necessidade de utiliza-lo no futuro.

10.Sistema de gestão ambiental


10.1. Selo Verde

O Primeiro selo verde surgiu na Holanda em 1972 mais só na década de 90 quando a


questão ambiental começou a ser considerada um diferencial competitivo no mundo dos
negócios e teve o maior incentivo na criação dos selos em diversos países.

Rotulagem ambiental ou selo verde

O que é selo verde?

E a certificação de produtos adequados ao uso que apresentam menor impacto no meio


ambiente em relação a outros produtos comparáveis disponíveis no mercado.

Objetivo

Promover a melhoria da Qualidade Ambiental de produtos e processos mediante a


mobilização das forças de mercado pela conscientização de consumidores e produtores.

10.2. Ciclo PDCA

A maioria dos Sistema de Gestão baseia-se no ciclo do Dr. Edwards Deming também
conhecido como PDCA, que é considerado por muitos como o pai do controle de qualidade
moderna.
A imagem a seguir representa o círculo.

41
11.Sistema de gestão ambiental norma ISO 14001

42
12. Breve considerações

Pensar que o problema do meio ambiente e simplesmente da responsabilidade dos


especialista da aria do ambiente ou dos governantes ou ainda pensar que simplesmente
responsabilidade do ministério do meio ambiente, é um pensamento negativo;

Porque o meio ambiente a casa de todos nos e por isso devemos cuidar dele como nosso
bem mais precioso. Qualidade de vida esta intrinsecamente ligada com a saúde ambiental
vamos evitar as ações que degradam o meio em que vivemos de forma a temos um meio
mais sadio para vivermos.

Temos visto em países mais desenvolvido reuniões sobre a problemática do aquecimento


global e do fenómeno de depleção ouvimos eles a dizer que a defesa da terra esta cada vez
mais fraca achar que é simplesmente problemas desses países é uma atitude muito errada.

Primeiro é que estes fenómenos são de escala global segundo como já frisei no principio
que a questão do meio ambiente não só problema dos Governantes ou dos estudiosos desta
aria mais sim um problema de todos nos.

É comum vermos nos nosso (município, distrito ou bairro) quando há precipitação (chuva)
a população tem o habito de deitar os resíduos que produzimos em nossas casas nas
correntezas das cargas pluviométrica esquecendo se que estas correntezas vão para os
mares e rios algumas pessoas fazer sem saber as consequências desta ação outras por
ignorância dizer que as consequências desta ações são adversas para o ambiente tais como:
poluição do solo tornando o solo impróprio para a agricultura; por sua vez a poluição
hídrica tem com consequências a poluição dos rio, mares e lagos afetando os ecossistema
aquático, lembrar que os mares, rios, e lagos servem como fonte de alimentação para a
população pelo que, recomendo au ministério do ambiente a criar condições necessárias
para munir a população de conhecimento, habilidade, atitude, responsabilidade e
capacidade sobre o nosso planeta implementando a educação ambiental nos planos
curricular.

E forma que a população começa a cultivar pensamento ecológico como isso respeitaremos
mais, protegeremos mais e passaremos a ter uma atitude responsável em prol da natureza.

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13.Referências Bibliográfica
1. Constituição de Angola de 1975
2. Constituição de Angola de 199.
3. Lei de base do Ambiente
4. Constituição de Angola de 2010
5. Conferências das Partes (COP) I SERIE Nº 37 De 28 de Agosto de 1998
6. Avaliação de Impactos Ambientais I SERIE Nº 57 DE 23 DE JUNHO 2004
7. Regulamento Sobre a Responsabilidade por danos Ambientais I SERIE Nº 128 DE 07
DE JULHO DE 2011

8. ECO 92: (Carta da Terra, Fonte: http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html


9. Agenda 21, Convenção das Mudanças Climaticas, Convenção da Biodiversidade)

10. Conferencia da EcoAngola de 5 de junho de 2016

11. CONFERÊNCIA INTERGOVERNAMENTAL SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


12. Tbilisi, Geórgia, ex-URSS, de 14 a 26 de outubro de 1977

13. A CARTA DE BELGRADO

14. ECOLNEWS. Dicionário ambiental. São Paulo: Ecomensagem Sistema Editorial S/C
Ltda. Disponível em: <http://www.ecolnews.com.br/dicionarioam- biental/>.
15. VIVATERRA - Sociedade de Defesa, Pesquisa e Educação Ambiental. Disponível em:
<http://www.vivaterra.org.br/vivaterra_glossario.htm>.
16. UNEP/UNESCO. Methodological Guidelines for the Integrated Environmental
Evaluation of Water Resources Development. Paris, 1987. Disponível em:
<http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000897/089740eb.pdf>.
17. VIVATERRA - Sociedade de Defesa, Pesquisa e Educação Ambiental. Disponível em:
<http://www.vivaterra.org.br/vivaterra_glossario.htm>.
18. VERDUM, R. RIMA- Relatório de Impacto Ambiental. 5 ed. Porto Alegre: Editora
da Universidade/UFRGS, 2006. 254 p.
19. ISO 14001
20. www. educação.cc

21. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mudan%C3%A7a_do_clima
http://www.thalamus.org.br/zeko/dpv/agua_6.html
http://www.cfh.ufsc.br/oceano/documents/ApostilaFISQUIM.pdf
http://www.agua.bio.br/botao_d_I.htm

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