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Fevereiro 2022
Maputo
Indice
1. Introdução...................................................................................................................3
2. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
(Eco-92)..........................................................................................................................4
2.1. Antecedentes do Rio-92............................................................................4
2.2. Conferência de Rio de 1992......................................................................4
3. A Eco-92 e seus objectivos........................................................................................4
3.1. Agenda 21..................................................................................................5
3.2. Convenção sobre a diversidade biológica.................................................5
3.3. Convenção do clima..................................................................................6
3.4. Carta da Terra............................................................................................6
3.5. Convenção de Mudanças Climáticas e Protocolo de Kyoto......................6
3.6.A Declaração de princípios sobre Florestas...............................................6
4. Importância da conferência de Rio.............................................................................7
5. Transação de Rio até Joanesburgo............................................................................7
6. Adesão da conferencia por Moçambique...................................................................8
7. Conclusão...................................................................................................................9
8. Bibliografia...............................................................................................................10
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1. Introdução
Na década de 1970, o pensamento global era de que o meio ambiente seria uma fonte
inesgotável de recursos e consequentemente, que as ações de aproveitamento da
natureza seriam infinitas.
No seguinte trabalho iremos debruçar sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92), sobre seus objectivos, resultados,
sobre a adesão de Moçambique ao Eco-92 e sobre sua importância.
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2. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento (Eco-92)
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proteção do ambiente : os países industrializados e os países em vias de
desenvolvimento .
Por outro lado, a Declaração proclamou que "para alcançar um desenvolvimento
sustentável e uma qualidade de vida mais elevada para todos os povos, os Estados
deverão reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e de consumo e
promover políticas demográficas adequadas".
Sendo assim, um dos objetivos foi a chamada de atenção de consumo intensificado
que domina os países desenvolvidos, o qual contribui sobre maneira para intensificar
o ritmo de exploração de recursos naturais, muito dos quais não renováveis.
Teve também como objetivo principal da Conferência a ideia de que se todos os
países buscassem o mesmo padrão de desenvolvimento dos países ricos (e tidos
como desenvolvidos) não haveria recursos naturais para todos sem que
ocorressem graves e irreversíveis danos ao meio ambiente.
3.1. Agenda 21
A Agenda 21 é um documento que foi elaborado durante a ECO-92 resultado de um
compromisso das nações para desenvolver suas economias sem prejudicar o meio
ambiente, com mais de 2500 recomendações práticas para executar tal esforço.
Cada país deveria elaborar, manter e atualizar sua própria Agenda 21 para garantir as
bases da sustentabilidade em seus territórios. Tal elaboração deve ser específica ao
contexto em que cada país se insere. Mas a Agenda 21 tratou não só questões
ambientais, houve uma preocupação direta em abordar os padrões de
desenvolvimento que causam danos ao meio ambiente que precisavam ser
combatidos, como:
a pobreza e a dívida externa dos países em desenvolvimento;
os padrões insustentáveis de produção e consumo;
as pressões demográficas e a estrutura da economia internacional;
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3.3. Convenção do clima
A Convenção do Clima foi um dos tratados internacionais acordado durante a Cúpula
da Terra ( eco-92), realizada em 1992. A proposta entre os signatários era de
estabilizar a concentração de gases do efeito estufa 3 na atmosfera, para evitar
interferências no sistema climático.A convenção entrou em vigor em 1994. Os países
considerados historicamente como maiores emissores deveriam ter o maior índice de
redução.
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O efeito estufa ou efeito de estufa é um processo físico que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha é
emitida pela superfície terrestre e absorvida por determinados gases presentes na atmosfera, os chamados gases do
efeito estufa ou gases estufa
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O Protocolo de Quioto constitui um tratado complementar à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima, definindo metas de redução de emissões para os países desenvolvidos e os que, à época,
apresentavam economia em transição para o capitalismo, considerados os responsáveis históricos pela mudança
atual do clima.
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O Grupo dos 77 nas Nações Unidas é um acordo de nações em desenvolvimento, que visa promover os interesses
econômicos coletivos de seus membros e criar uma maior capacidade de negociação conjunta na Organização das
Nações Unidas.
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4. Importância da conferência de Rio
A Conferência realizada no Brasil colocou o assunto ambiental na agenda pública de
uma maneira inovadora, sendo um importante passo e marco de como a humanidade
encara sua relação com o planeta.
Pode-se dizer que foi somente na Rio-92 que o assunto sobre a união entre meio
ambiente e desenvolvimento realmente avançou. Afinal, os chefes de governo e
comissões diplomáticas assumiram o compromisso de que temos de juntar os
componentes econômicos, ambientais e sociais ao debate e considerá-los como
essenciais a agenda de todos os países, pois se isso não for feito, não há como se
garantir a sustentabilidade do desenvolvimento.
A sua importância também possui relação com a criação da Comissão de
Desenvolvimento Sustentável (CDS) que é vinculada ao Conselho Econômico e
Social das Nações Unidas (Ecosoc). A CDS tem como finalidade, além de cooperar
com os países para que sejam atingidos os objetivos do Rio-92, a responsabilidade
pela organização das conferências da ONU que se realizaram desde então.
Em 2000 CDS10 sugeriu a realização de uma nova conferência mundial, desta vez
subordinada ao Desenvolvimento sustentável. Em Dezembro de 2000 a Assembleia-
Geral das Nações Unidas deliberou por resolução a realização da cimeira das Nações
Unidas sobre o desenvolvimento sustentável (conhecida por Rio10) na cidade de
Joanesburgo na África do Sul, cabendo a CDS10 a sua organização.
Nas vésperas da cimeira de Joanesburgo, um facto é dado como certo: decorreram 10
anos após a conferência do Rio de Janeiro sem que os Estados cumprissem a
totalidade dos compromissos aí assumidos o que era imperioso inverter o atual rumo
dos acontecimentos, dos riscos de virmos, num futuro breve a sofrer seriamente as
consequências dos erros cometidos no presente.
Em 1997 realizou-se na Cidade o Rio de Jeneiro uma sessão especial da Assembleia
Geral das Nações Unidas mais conhecidas por Rio +5 com a finalidade essencial de
avaliar e acelerar a implementação da Agenda 21, e que contou com a presença de 53
chefes de Estado "O encontro identificou lacunas importantes em especial no que se
refere à busca de equidade social e a redução da pobreza. Identificou, ainda a
necessidade de tornar mais eficiente a implementação da Agenda 21 e convenções
relativos ao ambiente e desenvolvimento.
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Aquecimento global é o processo de aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da Terra causado
por massivas emissões de gases que intensificam o efeito estufa
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6. Adesão da conferência por Moçambique
A conferência das nações unidas sobre ambiente e desenvolvimento, realizada no rio
de janeiro, Brasil, em junho de 1992 , adoptou a agenda 21 como instrumento de
promoção do desenvolvimento sustentável e aprovou a convenção das nações unidas
sobre a diversidade Biológica.
Estes dois instrumentos de direito internacional dão cobertura ao protocolo do
Cartagena sobre bio-segurança, cujo objetivo é contribuir para garantia de um nível
adequado de proteção no domínio de transferência, manuseamento e utilização segura
dos organismos geneticamente modificados resultantes da biotecnologia que podem
ter efeitos adversos sobre a conservação e utilização sustentável dos recursos
ambientais, tomando em conta os riscos para a saúde humana e com o particular
realce nos movimentos transfronteiriço Considerando que Moçambique ratificou a
convenção das nações unidas sobre a diversidade biológica pela resolução n° 2/94, 24
de agosto reconhecendo que a biotecnologia moderna constitui um enorme potencial
na promoção do bem-estar do homem e, em particular, na satisfação das necessidades
básicas relativas a alimentos, agricultura e cuidados de saúde.
Ciente da importância de que se reveste a estabelecimento de mecanismos legais e
institucionais tendentes a maximizar os benefícios da aplicação segura da
biotecnologia moderna, protegendo ao mesmo tempo a saúde humana, a diversidade
biológica e o ambiente em geral dos possíveis efeitos adversos dos organismos
geneticamente modificados.
Ao abrigo do disposto na alínea k) n°2 do artigo 135 da CRM de 1990. A assembleia
da república determinou:
Artigo 1:
é ratificado o protocolo de Cartagena7 sobre a bio-segurança, cujo texto em língua
portuguesa vai em anexo a presente resolução e dela é parte integrante.
Artigo 2;
a presente resolução entra imediatamente em vigor aprovada pela assembleia da
república, aos 20 de dezembro de 2001.
7
O Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança da Convenção sobre Diversidade Biológica é um acordo
internacional sobre biossegurança como complemento da Convenção sobre Diversidade Biológica, que entrou em
vigor em 2003
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7. Conclusão
Depois de uma pesquisa exaustiva sobre a Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento pode se concluir a Eco-92 foi um grande marco
em prol do meio ambiente, foi nesta conferência que os países admitiram claramente
que era preciso conciliar o desenvolvimento económico-social com a utilização dos
recursos da natureza. Dez anos depois do Eco-92 foi realizado o Rio-10 com a
finalidade de se verificar a implementação da agenda 21 pelos países signatários da
convenção
Durante a Rio-92 foi um dos momentos que o Brasil trocou a capital, o presidente
Fernando Collor de Mello transferiu temporariamente a capital federal para o Rio de
Janeiro. As forças armadas foram convocadas para fazer uma intensa proteção da
cidade, sendo responsáveis também pela segurança de todo o evento.
Moçambique ratificou duas das convenções formadas na Eco-92, a agenda 21 e
convenção das nações unidas sobre a diversidade Biológica.
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8. Bibliografia
SERRA, Carlos Manuel, Manual de Direito do Ambiente,Maputo,2009
LAGO, Andre Aranha Correa, Estocolomo, Rio e Joanesburgo o Brasil e as 3
conferencias ambientais das naçoes unidas, Brasilia, 2006
SIRVINSKAS, Luis Paulo, Manual de Direito Ambiental, São Paulo, 2018
Resolução numero 11/2001 de 20 de Dezembro
Constituição da Republica de Moçambique de 1990
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/eco-92
https://www.politize.com.br/eco-92/
https://www.em.com.br/app/noticia/especiais/rio-mais-20/eventos-paralelos/
2012/05/30/noticias_internas_rio_mais_20,297329/conheca-os-principais-
documentos-formulados-durante-a-eco-92.shtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/ECO-92
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