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Recuperacçõo de Áreas

Degradadas

Degradação do Solo

09/12/2021 DISCIPLINA: RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS 1


Objectivos

- Caracterizar as áreas degradadas.

- Identificar as causas da degradação dos solos

- Consequências da degradação dos solos

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Introdução
A degradação do solo é o resultado de factores naturais e da má conservação e
preservação por parte das atividades humanas. Suas causas e consequências ocorrem
por vários motivos, provocando a perda a produtividade agrícola e impactos ambientais.

Um solo degradado pode sofrer perda de nutrientes e estrutura, acidificação,


salinização e redução de matéria orgânica e permeabilidade.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 33% da terra encontrada
no planeta já é considerada infértil pela sua degradação, um índice alto, que merece
nossa atenção.

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Caracterização das áreas degradadas:

• Menor diversidade de espécies;

• Ausência de estrutura vegetal;

• Ausência de solo;

• Baixíssima ou ausente capacidade de regeneração natural.

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 Degradada – sofreu distúrbios intensos por isso NÃO POSSUI meios de
regeneração natural.

 Perturbada - sofreu distúrbios de menor intensidade por isso POSSUI meios de


regeneração natural.

Solo degradado pode ser:


 Aquela que, após o distúrbio, teve eliminado, juntamente com a vegetação, os
seus meios de regeneração bióticos, como o banco de sementes, banco de
plântulas, chuvas de sementes e rebrota, apresentando baixa capacidade de voltar
ao seu estado anterior;
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 Áreas estragadas ou desgastadas, ou seja, áreas que perderam boa parte ou toda
sua capacidade produtiva;

 Redução da quantidade e qualidade da capacidade atual e futura do solo para


produção vegetal.

 Aqueles cujas acções do homem modificaram o ecossistema de tal maneira que


os mecanismos naturais são perdidos e, por isso, há necessidade de nova
intervenção humana para reversão da situação presente.

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Causas da degradação do solo

• Mineração;

• Uso intensivo do solo para fins agropecuários ( herbicidas, salinização do solo,


superpastejo, etc);

• Queimadas consecutivas;

• Desmatamento (Desflorestação);

• Poluição e degradação ambiental;

• Erosão.

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A desertificação

Desertificação é o fenômeno de degradação física e química dos solos que acontece


principalmente pela ação antrópica, como através de práticas agrícolas inadequadas,
uso intensivo do solo, mineração e outras. Esse processo é agravado pelas condições
climáticas secas.

A desertificação causa grande mudança na paisagem e é o processo de degradação e


esgotamento do solo, que também ocorre em regiões de clima árido e semiárido.
Nesses locais, a baixa taxa de pluviosidade faz com que a evaporação seja maior que
a infiltração.
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Embora tenha causas naturais, os principais determinantes da desertificação estão
associados com práticas antrópicas, como as queimadas, o desmatamento, a
mineração, a irrigação incorreta e o uso intensivo do solo pela agropecuária. Ex de
áreas desertas:

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Na Mineração, os impactos ambientais podem ser gerados desde o planejamento do
projeto, perpassando as etapas de implantação, operação e desativação. Por isso é
necessário, antes de qualquer implementação da atividade mineradora, avaliar quais
são os possíveis impactos negativos que podem ser causados ao meio ambiente na
área a ser explorada.

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os principais impactos da degradação do solo causados pela mineração:

 Degradação da paisagem;

 Desmatamento;

 Poluição e contaminação dos recursos hídricos;

 Poluição, contaminação e compactação do solo;

 Redução da biodiversidade;

 Redução da disponibilidade de minerais no solo.

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Herbicidas

Herbicidas são defensivos que controlam plantas daninhas. São agentes, geralmente
químicos, usados para controlar ou inibir o crescimento de plantas indesejadas, como
ervas daninhas residenciais ou agrícolas e outras espécies invasoras. São utilizados
em culturas agrícolas, aquáticas, florestais e silvestres.

 Os agrotóxicos possuem um papel importante na agricultura brasileira, sendo o país


responsável por cerca de 10% do uso mundial. O uso indiscriminado de agrotóxicos é o
principal responsável pela contaminação do solo e águas superficiais e subterrâneas.

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Degradação química é um dos principais problemas ambientais da atualidade. As principais
consequências desse processo são a improdutividade e infertilidade do solo e a provável perda
da fauna local. Além dos problemas já citados, esse tipo de degradação pode afectar
negativamente o lençol freático e a vegetação local, prejudicando o funcionamento e as
interações de todo o ecossistema.

Herbicidas Destino dos herbicidas no ambiente


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Lixiviação: Processo que causa a diminuição de nutrientes na terra levando à sua
infertilidade. Ocorre pela lavagem superficial dos sais minerais do solo, podendo
causar a formação de voçorocas (grande buracos de erosão), grandes e extensos
sulcos (abertura de terra). Pode ser provocada pelo desmatamento, chuvas
intensas ou uma conjugação destes dois fatores.

Acidificação: ocorre quando há diminuição do pH no solo, aumento do alumínio


tóxico e diminuição da saturação por bases. A terra ácida limita produtividade de
culturas e dificulta o crescimento de vegetação, uma vez que a disponibilidade dos
nutrientes essenciais às plantas é reduzida em pH baixo, além de também ser
prejudicial aos micro-organismos presentes no solo.

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Compactação
A compactação é caracterizada pelo aumento da densidade do solo. Consequentemente, ocorre
a redução da sua porosidade e da permeabilidade, causada pelo grande atrito da superfície ou
pela pressão contínua que ela recebe. Os principais motivos para isso são o pisoteio do gado, o
tráfego de máquinas agrícolas e o manejo do solo em condições inadequadas de umidade.

Esse processo faz com que as características físicas e químicas do terreno sejam alteradas,
influenciando negativamente no crescimento e desenvolvimento de plantas, por exemplo. Ele
também reduz a movimentação da água na subsuperfície, o que resulta em menos trocas
gasosas, pouco deslocamento de nutrientes e baixa taxa de infiltração.

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salinização

A salinização também ocorre naturalmente e é intensificada


especialmente pela aplicação de métodos incorretos de agricultura,
como uma má irrigação. O fenômeno é caracterizado pelo acúmulo
de sais minerais no solo.

A baixa eficiência da irrigação e a drenagem insuficiente nessas


áreas contribuem para a aceleração do processo de salinização,
tornando-as não produtivas num curto espaço de tempo

Esse problema acontece quando a taxa de evaporação da água é


muito alta, o que ocorre com mais frequência em regiões de clima
árido ou semiárido. Além disso, a pouca intensidade das chuvas
prejudica a dessalinização da superfície.
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Superpastejo

A degradação das pastagens decorre de diversos fatores, como: uso de solos inapropriados do

ponto de vista da sua aptidão agrícola, uso de forrageiras inadequadas para a área em questão,

falta de medidas conservacionistas, superpastejo, não reposição de elementos químicos

limitantes, compactação do solo, erosão, queimadas, pragas, etc.

O resultado é uma pastagem sem capacidade de manter o número mínimo admissível de

animais por área, com rebrota e recuperação lenta, mesmo após longos períodos de vedação.

Tanto a pastagem degradada como a pastagem em processo de degradação têm baixa

capacidade de produção de forragem, comportam menor lotação do que anteriormente e

proporcionam menor ganho de peso animal.


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O capim permanece baixo, mesmo quando vedado, e a pastagem apresenta manchas de solo

descoberto, geralmente compactado, infestação de plantas invasoras e de pragas (cupim,

formiga) e erosão. Quando atinge esse estágio, a pastagem não tem mais capacidade de

recuperação natural.

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Queimadas consecutivas

A prática das queimadas como alternativa de limpeza da área e preparação da terra para plantio é uma
técnica aplicada pelos produtores. Só que, apesar de ser um recurso fácil e de baixo custo, pesquisas
da já provaram que o fogo pode comprometer a qualidade e a produtividade do solo em longo prazo.
Isso sem contar os riscos que as queimadas representam à saúde e ao meio ambiente.

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Quando é que as queimadas são permitidas?

Quando tem como objetivo eliminar pragas e doenças que devastaram uma lavoura ou,
desde que fora do período de estiagem, estejam relacionadas a atividades de criação
ou plantio. Mas é preciso que sejam rigorosamente controladas e previamente
autorizadas pelos órgãos ambientais. Sem a devida licença, o produtor comete crime
ambiental.

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Mesmo quando controladas e autorizadas pelos órgãos ambientais, as queimadas
recorrentes podem danificar a terra e, com isso, aumentar os custos de produção. Veja
alguns dos motivos:

•    Degradação: o fogo provoca alterações físicas, químicas e biológicas no solo,


eliminando nutrientes, como nitrogênio, potássio e o fósforo. Elementos essenciais para o
desenvolvimento da planta;

•    Compactação: as queimadas contribuem para a redução da umidade e compactação da


terra, que fica suscetível a processos erosivos e outras formas de degradação;

•    Eliminação da biodiversidade: o fogo destrói a biodiversidade do micro, meso e


macrofauna, que é importante para o controle de pragas e doenças, além de preservar a
fertilidade da terra.

Além dos danos ao solo, as queimadas também trazem outras sérias consequências ao
meio ambiente. Entre elas, a liberação de gases de efeito estufa, poluição de nascentes,
rios e águas subterrâneas e destruição de habitats naturais.
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Desmatamento
Desmatamento, também chamado de desflorestamento, consiste na retirada da
cobertura vegetal parcial ou total de um determinado lugar. Desmatamento é
atualmente um dos maiores desafios da humanidade. Crescente em muitas regiões do
planeta, a retirada da cobertura vegetal tem preocupado o mundo todo.

Enquanto alguns distinguem essa prática como uma ação necessária ao suprimento
das necessidades do ser humano, outros apontam o desmatamento como um dos
maiores problemas ambientais da atualidade. A retirada da cobertura vegetal está
relacionada a diversas causas, como a urbanização, mineração e expansão do 
agronegócio, e seus impactos são inúmeros.

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Erosão

A erosão é um processo natural, porém pode ser intensificado pela atividade humana.
Ela ocorre pela transformação e pelo desgaste do terreno devido à ação de agentes
externos, como chuvas, vento e sol.

A destruição da vegetação natural remove a proteção do solo e resulta em um maior


desgaste da superfície.

Deslizamentos das encostas e morros podem aumentar e a desertificação, o que torna


o solo ainda mais infértil.

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Como consequência, esse fenômeno também provoca uma série de outros problemas
ambientais, iniciando com a intensificação da lixiviação e podendo resultar em
voçorocas (as grandes escavações do solo provocadas pelas águas das chuvas. É
um tipo de erosão tão acentuado que acaba expondo o lençol freático, isto é, a água
que corre debaixo do solo) e obstrução.

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Conclusões
A desertificação é caracterizada como o processo de degradação da terra nas
zonas áridas, semiáridas e sub-úmidas secas, resultantes das atividades humanas
ou de fatores naturais (variações climáticas).

Entre as principais causas responsáveis pela desertificação estão:


- Desmatamento de áreas com vegetação nativa;
- Uso intenso do solo, tanto na agricultura quanto na pecuária;
- Práticas inadequadas de irrigação;
- Mineração.

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As principais consequências da desertificação são:

- Eliminação da cobertura vegetal;


- Redução da biodiversidade;
- Salinização e alcalinização do solo;
- Intensificação do processo erosivo;
- Redução da disponibilidade e da qualidade dos recursos hídricos;
- Diminuição na fertilidade e produtividade do solo;
- Redução das terras agricultáveis;
- Redução da produção agrícola;
- Desenvolvimento de fluxos migratórios.
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Exercícios

Quais são as principais causas da degradação das pastagens e como se reconhece


uma pastagem degradada ou em processo de degradação?

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