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(RIMA)
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Resumo das informações sobre o Projeto C1 – Santa Luz.
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Considerando-se a cotação do dólar em 13/07/2009 a R$ 1,98, segundo o Banco Central.
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
1. INTRODUÇÃO 2
1.1 O que é o EIA e o RIMA? 2
1.2 Por que realizar um EIA e um RIMA? O que diz a legislação sobre o
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licenciamento de projetos como o C1-Santa Luz?
1.3 Objetivo do empreendimento 6
1.4 Justificativa do empreendimento e alternativas locacionais 6
1.5 Quem é a Yamana/MFB 12
1.6 Compatibilidade do Projeto com os Planos e Programas de Ação Federal,
13
Estadual e Municipal da região
2. DESCRIÇÃO DO PROJETO 15
2.1 Como foram escolhidas as alternativas tecnológicas e locacionais do Projeto C1
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Santa Luz?
2.2 Alternativa do Processo de Beneficiamento 28
2.3 Como será o Projeto C1-Santa Luz? 31
2.4 Área de Influência do Empreendimento 45
3 ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS ÁREAS EM ESTUDO 50
3.1 Aspectos Físicos 50
3.2 Aspectos Bióticos 54
3.3 Aspectos Socioeconômicos 62
4 ALTERAÇÕES AMBIENTAIS 68
5. AÇÕES DE GESTÃO 84
5.1 Ações de monitoramento 84
5.2 Ações de controle ambiental 85
5.3 Ações de mitigação 87
5.4 Ações de compensação ambiental 88
6. POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DA YAMANA 89
7. CONCLUSÃO E PROGNÓSTICO 92
8. GLOSSÁRIO 94
8.1 Termos Técnicos 94
8.2 Siglas 96
9. EQUIPE TÉCNICA 97
ANEXOS 99
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
1. INTRODUÇÃO
Este Relatório de Impacto Ambiental - RIMA tem por objetivo subsidiar o
processo de licenciamento ambiental da atividade de extração de ouro no
empreendimento, situado no município de Santa Luz, denominado Projeto C1 -
Santa Luz, da Mineração Fazenda Brasileiro S.A., em atendimento ao Art. 2o da
Resolução CONAMA 001/86 e ao Termo de Referência elaborado pelo CRA –
Centro de Recursos Ambientais do Estado da Bahia (Processo CRA nº 2006-
005472/TEC/LL-0057).
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
1.2 Por que realizar um EIA e um RIMA? O que diz a legislação sobre o
licenciamento de projetos como o C1-Santa Luz?
A legislação atual exige a elaboração de estudos ambientais, para que seja
autorizada a implantação de empreendimentos com potencial para causar
impactos ao meio ambiente. Enquadram-se nessa exigência, por exemplo,
indústrias, minerações, rodovias, ferrovias, loteamentos, aeroportos, entre
outros.
Assim, o Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo Relatório de Impacto
Ambiental (EIA/RIMA) do Projeto C1 - Santa Luz atende às determinações das
Resoluções Nº 001/86 e Nº 237/97, do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) e ao Termo de Referência elaborado pelo CRA.
O objetivo maior desses estudos é avaliar os impactos ambientais que um
empreendimento pode ocasionar e propor medidas não só para reduzir, mitigar e
compensar os impactos negativos como também para ampliar os efeitos
positivos causados pela implantação e operação do projeto.
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Quadro 1.2-2 Situação dos processos do Projeto C1 Santa Luz no DNPM
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
1.3 Objetivo do empreendimento
O empreendimento denominado Projeto C1 - Santa Luz, da Mineração Fazenda
Brasileiro S.A., tem como objetivo realizar a atividade de extração de ouro no
distrito de Maria de Preta, município de Santa Luz, estado da Bahia, localizado
no nordeste baiano e distante cerca de 240 km ao norte de Salvador.
Para se chegar ao local do projeto por via terrestre, parte-se de Salvador por
meio da BR 324. A partir de Feira de Santana, chega-se à cidade de Serrinha
pela BR 116 e de Serrinha a Santa Luz através da rodovia estadual BA 120. A
partir de Santa Luz, o acesso à área do Projeto é realizado por estrada de terra,
em um trajeto de 33 km, que interliga as cidades de Santa Luz e Cansanção.
PROJETO C1
O Projeto C1 Santa Luz pretende extrair, durante os 9,5 anos de vida útil, 22,2
milhões de toneladas de minério de ouro presente em um depósito mineral
principal denominado C1/Antas I – já explorado parcialmente no passado – e de
outros depósitos periféricos menores, conhecidos como Antas II e Antas III.
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
refletir calor fazem com que ele seja cada vez mais utilizado nas indústrias
eletrônicas e elétricas.
São exemplos de uso industrial do ouro os circuitos semicondutores e
impressos, os equipamentos de vácuo, os satélites, os cabos submarinos e os
capacitores. Outras aplicações do ouro que merecem destaque são as
encontradas na odontologia, na indústria de essências para perfumarias, na
construção civil, na indústria têxtil e na fabricação de medalhas.
Os investimentos que serão feitos no Projeto C1 - Santa Luz colocará
novamente a região no mapa das grandes produtoras de ouro do Brasil e trarão
sensíveis benefícios econômicos à região. Atualmente, a produção de ouro no
país é bastante organizada e as empresas que atuam no setor estão fazendo
fortes investimentos em pesquisa, tecnologia e mecanização. Todas essas
mudanças contribuem para que o Brasil volte a ocupar um lugar destacado no
importante mercado internacional do ouro. Isso beneficia a região e também a
economia nacional.
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Sondagens geotécnicas para as fundações;
Decapeamento;
Regularização do terreno - movimentação de terra para implantação de sistema
viário de circulação local e acesso à mina, bem como para a instalação das
edificações de apoio e infra-estrutura;
Construção de barragem de contenção de rejeitos;
Preparação da área da cava e implantação das áreas de disposição de material
estéril e britagem, planta de beneficiamento e planta de eletrorrecuperação.
Uma vez instaladas as unidades pode-se iniciar a Fase de Operação do
empreendimento, consistindo literalmente em:
Extração do minério;
Disposição do material estéril;
Encaminhamento para britagem
Beneficiamento;
Transporte e comercialização
No contexto ambiental a fase de operação contempla as atividades necessárias
para o funcionamento do empreendimento, sendo desenvolvidas dentro dos
padrões e parâmetros constantes da legislação vigente e propostas no Estudo
de Impacto Ambiental – EIA - e apresentadas neste relatório, contemplando as
formas e locais adequados para o desempenho da atividade.
A Fase de Desativação compreende os serviços de recuperação ambiental da
área afetada pelo empreendimento, incluindo a remoção da infra-estrutura de
apoio e serviços utilizada durante a operação da mina.
Figura 1.4-2 - Situação de parte da área do Projeto C1 - Santa Luz após paralisação em
1995.
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Figura 1.4-3 - Panorama geral das pilhas de material estéril e prédios administrativos no
local do Projeto C1.
Figura 1.4-4 - Detalhe das pilhas de estéril dos prédios administrativos ao fundo.
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Figura 1.4-5 - Cava C1/ Antas I, que será novamente lavrada, e pilha de estéril ao fundo.
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Figura 1.4-6 - Pilhas de minério extinto e área desativada da antiga planta industrial da
CBPM.
Introdução
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Operações
Projetos
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
- Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica.
Os Planos e Programas levantados visam o desenvolvimento socioeconômico
aliado à preservação ambiental, principalmente dos recursos hídricos. Como
pode ser observada através deste relatório, principalmente no item 2, o projeto
de mineração da Yamana tem estas premissas como referência para sua
implantação, operação e desativação. Também buscou-se alinhar as ações de
gestão para o empreendimento a estas questões socioambientais que estão sob
atenção dos governos na região.
Além disso, o projeto do empreendimento caminha na mesma direção dos
esforços do governo da Bahia para colocar o Estado entre os três maiores
estados produtores de minério do Brasil.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
2. DESCRIÇÃO DO PROJETO
Alternativa 1
Inicialmente, avaliou-se a possibilidade de lavra a céu aberto convencional
combinada com lavra subterrânea.
A lavra a céu aberto seria explorada até uma profundidade estimada de 130
metros, com rampas de 10% com 13 metros de largura e ângulo de talude geral
estimado em 55º.
Após esta profundidade seria iniciada a mina subterrânea que tem uma variação
de métodos dependendo das características geomecânicas encontradas nas
rochas locais.
A Figura 2.1-1 apresenta o layout desta alternativa locacional.
Para a extração do minério os métodos utilizados são os seguintes:
Método por subníveis para camada de baixa inclinação;
Método de subníveis com abatimento;
Câmara e pilares, com enchimento.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Para o desmonte do minério/estéril utiliza,-se perfuratrizes hidráulicas com
diâmetro de 5 polegadas, e explosivo tipo ANFO, quando houver existência de
água haverá o uso de emulsões.
Para o carregamento é utilizada pá escavadeira de 4,5 m³, carregando
caminhões rígidos de 30 t de capacidades.
Para esta alternativa estima-se uma vida útil de 7,7 anos, sendo que as
extensões em profundidade dos recursos podem indicar uma vida útil maior.
Estima-se que seriam minerados por céu aberto 9,7 milhões de toneladas com
uma relação estéril para minério de 7:1. Os atuais recursos indicam 15,5 milhões
de toneladas com teor de corte de 1 g/t. Logo tem-se uma estimativa de reservas
de 9,7 Mt para a mina a céu aberto e 5,8 Mt para mina subterrânea.
Pilha de Estéril
O estéril seria disposto em uma única pilha localizada a leste da cava C1, com
capacidade de 67,9 Mt. O material mineralizado seria transportado por
caminhões para a área de britagem, na planta industrial.
Barragem de Rejeito
Os rejeitos seriam depositados em duas barragens, sendo a primeira do rejeito
da flotação, com capacidade de 15,12 Mt, e a segunda com rejeito da
hidrometalurgia, com capacidade de 2,88 Mt.
A barragem de rejeitos de flotação seria construída a norte da cava C1.
A barragem de rejeitos especiais, contendo cianeto, seria construída a leste
planta de beneficiamento, em terreno levemente ondulado e sem a presença de
qualquer corpo d’água, mesmo que intermitente, aproveitando-se uma
depressão ampla para reduzir a extensão e o volume da barragem de terra.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Unidade de Geração de Energia
Uma linha de transmissão de 124 km, com 138 kv, partirá da Subestação Senhor
do Bonfim, em um circuito único, para fornecer energia para a Subestação
Principal do Projeto C1 Santa Luz. Dois transformadores de MVA 138 kV/13.8 kV
serão instalados no local e um disjuntor a vácuo será instalado na Subestação
Senhor do Bonfim pela COELBA.
A Subestação Principal do Projeto C1 Santa Luz estará localizada nas
coordenadas 467759E e 8783231N, próxima à barragem de rejeito.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Alternativa 2
Visando compensar a redução nas reservas lavráveis, apresentada na
Alternativa 1 e manter as demais características de projeto, o estudo de
viabilidade indicou a necessidade de incorporar ao projeto as reservas de corpos
menores, denominados corpos-satélite Antas II e Antas III.
Deste modo, foi estudada a alternativa de lavra a céu aberto, pelo método de
cava no Corpo C1-Antas1 e nos corpos satélites, como identificados na Figura
2.1-2.
As operações unitárias de lavra iniciam com a remoção da vegetação, quando
existente, e a retirada e armazenamento temporário de solo vegetal a ser
utilizado na recuperação ambiental das áreas lavradas. Em seguida é realizado o
desmonte do capeamento através de escavação mecânica. O decapeamento é
realizado com trator de esteira ou retro-escavadeira, com carregamento por pá
carregadeira e transporte por caminhões basculantes. O material é levado até o
depósito de estéril.
O desmonte do minério é realizado predominantemente com o emprego de
explosivos. Neste caso, é inicialmente efetuada a perfuração primária da rocha,
através de perfuratriz pneumática. A perfuração primária obedece ao plano de
fogo definido. Os furos são carregados com explosivos à base de nitrato de
amônia e ligados por cordel detonante, sendo utilizadas ainda espoletas de
retardo. Deste modo, ocorre o desmonte do minério no banco. A extração é
conduzida através de bancadas simples com 10 m e bancadas duplas com 20 m
de largura, ambas com taludes com ângulo de face de 60º e ângulo geral médio
de 45o. As bermas terão largura de 5 m (lado oeste) e 10 m (lado leste), as
rampas de acesso apresentarão largura de 15 m com 10% de inclinação.
Por último, acontece o carregamento e transporte do minério para a unidade de
beneficiamento.
Uma programação preliminar de lavra deslocando 151 Mt de estéril para
recuperar 23,9 Mt de minério em uma usina de processo nomeada com
capacidade de 2,5 Mt/a sugere uma noção de vida de mina de aproximadamente
9,5 anos.
Pilha de Estéril
O estéril é disposto em 3 pilhas localizadas próximas às cavas. O material
mineralizado é transportado por caminhões para a área de britagem, na planta
industrial.
As 3 pilhas totalizarão um volume de, aproximadamente, 151 Mt, sendo
Pilha de estéril C1/Antas I – 49,5 Mt.
Pilha de estéril Antas II – 3,1 Mt
Pilha de estéril Antas III – 98,8 Mt
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
qualquer corpo de água. Esta barragem também serve para a retenção de
sólidos eventualmente carreados da pilha de estéril.
A infraestrutura de fornecimento de água inclui uma captação e bombas
localizadas no rio, um tanque de concreto de 500 m³, dutos de água em aço e
um reservatório de 930.000 m³.
Barragem de Rejeito
Os rejeitos da hidrometalurgia, após sua detoxificação ou neutralização, bem
como os rejeitos da flotação seguem para barragem de rejeitos. A opção de
abater o cianeto na saída do circuito de hidrometalurgia vai ao encontro da
disposição da política ambiental da empresa no sentido de se evitar barragens
que sirvam para estocar cianeto.
Neste contexto, os rejeitos combinados serão dispostos em uma barragem
projetada considerando a recirculação máxima de água no processo, para que
não ocorram transbordamentos.
A barragem terá capacidade de 15.700.000 m³ de rejeito e será construída a
sudeste da planta de beneficiamento, em terreno levemente ondulado e sem a
presença de qualquer corpo d’água, mesmo que intermitente, aproveitando-se
uma depressão ampla para reduzir a extensão e o volume da barragem de terra.
Programação de Lavra
Uma programação preliminar de lavra deslocando, aproximadamente, 151 Mt de
estéril para recuperar 23,9 de minério em uma usina de processo nomeada com
capacidade de 2,5 Mt/a sugere uma noção de vida de mina de aproximadamente
nove anos e meio. Uma programação preliminar de mineração e processo está
apresentada na tabela seguinte.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Cava Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
C1+A1 Mineral (kt) 923 923 923 923 923 923 923 923
teor (Au g/t) 2.06 2.06 2.06 2.06 2.06 2.06 2.06 2.06
Estéril (kt) 5000 5550 5550 5550 5550 5550 5550 5550 5550
Antas 3 Mineral (kt) 1552 1552 1552 1552 1552 1552 1552 1552 776 776
teor (Au g/t) 1.70 1.70 1.70 1.70 1.70 1.70 1.70 1.70 1.70 1.70
Estéril (kt) 5000 9454 9454 9454 9454 9454 9454 9454 9454 4727 4727
Antas 2 Mineral (kt) 632
teor (Au g/t) 1.5
Estéril (kt) 3163
Corpo k Mineral (kt) 684
teor (Au g/t) 1.8
Estéril (kt) 776
Corpo M10 Mineral (kt) 332 996
teor (Au g/t) 1.52 1.52
Estéril (kt) 1992 5976
Total Mineral (kt) 2475 2475 2475 2475 2475 2475 2475 2475 2424 1772
teor (Au g/t) 1.83 1.83 1.83 1.83 1.83 1.83 1.83 1.83 1.65 1.60
Estéril (kt) 10000 15004 15004 15004 15004 15004 15004 15004 15004 10658 10703
E/M 6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 6.1 4.4 6.0
Produção kOz 113 113 113 113 113 113 113 113 100 70
Rec = 80%
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Alternativa 3 – Alternativa Selecionada
A Alternativa 3 foi desenvolvida a partir da Alternativa 2. A mão de obra,
empregos diretos e indiretos, fontes de energia, emissões e resíduos
apresentam-se iguais nas duas alternativas.
As pilhas de estéril foram modificadas de forma a minimizar o impacto ambiental
na área, afastando a pilha C1/Antas I do rio Itapicuru e diminuindo a distância de
transporte de estéril até as pilhas.
As cavas, principalmente Antas III, foram rearranjadas visando à otimização do
minério recuperado e diminuindo a relação minério/estéril, mudando assim o
plano de lavra.
Estas modificações podem ser observadas na Figura 2.1-3 e 2.1-4.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Cavas
As cavas C1/Antas I, Antas II e Antas III sofreram modificação geométrica em
relação à Alternativa 2. Estas modificações deram-se principalmente visando à
otimização da relação minério /estéril e aproveitamento do minério.
Pilhas de Estéril
O deslocamento da pilha de estéril C1/Antas I visou um maior distanciamento da
pilha em relação ao rio Itapicuru, em torno de 500 metros, minimizando possíveis
impactos ambientais.
Devido ao afastamento da pilha de estéril C1 / Antas I do rio Itapicuru, ocorreu
um rearranjo na forma de distribuição do estéril, sendo que o estéril da cava
C1/Antas I também será disposto na pilha localizada ao lado da cava Antas II.
Além disso, levou-se em consideração a menor distancia de movimentação do
transporte de estéril das cavas até as pilhas.
As três pilhas totalizarão um volume de, aproximadamente, 141 Mt, sendo
Pilha de estéril C1/Antas I – 66,6 Mt, proveniente da cava C1/Antas I;
Pilha de estéril Antas II – 44,3 Mt, proveniente das cavas C1/Antas I e Antas II;
Pilha de estéril Antas III – 30,2 Mt, proveniente da cava Antas III.
Barragem de Rejeito
Os rejeitos da hidrometalurgia, após sua detoxificação ou neutralização, bem
como os rejeitos da flotação seguirão para barragem de rejeitos. A opção de
abater o cianeto na saída do circuito de hidrometalurgia vai ao encontro da
disposição da política ambiental da empresa no sentido de se evitar barragens
que sirvam para estocar cianeto.
Neste contexto, os rejeitos combinados serão dispostos em uma barragem
projetada considerando a recirculação máxima de água no processo, para que
não ocorram transbordamentos.
A barragem terá capacidade de 14,8 Mm³ de rejeito e será construída a sudeste
da planta de beneficiamento, em terreno levemente ondulado e sem a presença
de qualquer corpo d’água, mesmo que intermitente, aproveitando-se uma
depressão ampla para reduzir a extensão e o volume da barragem de terra.
A jusante da barragem de rejeitos está prevista implantação de tanque para a
coleta, armazenamento e recirculação do percolado através do maciço da
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
barragem. Deste tanque, o percolado será novamente bombeado para a
barragem de rejeitos.
Programação de Lavra
Uma programação preliminar de lavra deslocando, aproximadamente, 138,7 Mt
de estéril para recuperar 22,2 Mt de minério em uma usina de processo
nomeada com capacidade de 2,5 Mt/a sugere uma noção de vida de mina de
aproximadamente nove anos e meio.
A lavra foi programada para ser operada em sete fases, conforme o Quadro
abaixo.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Período 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Total
Dias 175 350 350 350 350 350 350 350 350 350
Au (Gr/t) 1.67 1.67
Estéril (kt) 1,123 1,123
Total (kt) 1,750 14,629 9,542 4,947 30,868
Antas 3 Mineral (kt) 79 1,247 1,577 1,697 4.600
Fase 2 Au (Gr/t) 1.04 1.22 1.31 1.20 1.24
Estéril (kt) 1,671 13,382 7,965 3,250 26,268
Total (kt) 1,750 2,557 4,307
Antas 2 Mineral (kt) 117 544 661
Fase 1 Au (Gr/t) 1.41 1.55 1.52
Estéril (kt) 1,633 2,013 3,645
Fase1
Fase4
Fase1
Fase2
Fase3 Fase2
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Ensaios físicos com o minério do Projeto C1 Santa Luz foram conduzidos
focando um circuito convencional de britador com 3 fases, moagem grosseira e
jigagem. Psteriormente foi considerada a opção de moagem semi-autógena
considerando um fluxograma de processo com utilização de pré-concentração
por flotação.
Outros ensaios físicos incluíram Bond Work Index (estudo de um método
simplificado para determinação do "índice de trabalho" e sua aplicação à
remoagem) que estimou um índice médio de 16 kWh/t.
Testes de espessamento específicos também foram conduzidos para os
concentrados carbonosos e sulfetados.
Para determinar a melhor alternativa do Processo de Beneficiamento foram
realizados os seguintes ensaios:
- Ensaios de Pré-Concentração realizados pela Fundação de Gorceix – 2006;
- Ensaios de Gravidade – Jigagem;
- Ensaios de Flotação;
- Ensaios de Lixiviação pelo LCT USP – 2006;
Lixiviação de Concentrado
Lixiviação do Minério Inteiro
- Ensaios realizados pela IML (Independent Metallurgical Lab) - 2006 (Perth -
Australia);
Caracterização do Minério
Lixiviação por cianeto do minério inteiro
Lixiviação por cianeto e flotação do concentrado
- Ensaios de Flotação Adicionais- 2007;
- Programa IML 2007.
O ensaio preliminar conduzido pela IML em 2006 apoiou o conceito da lixiviação
total do minério inteiro ou a lixiviação do concentrado de flotação. A opção
posterior do fluxograma de processo a ser utilizado foi escolhida pela Yamana
baseado no impacto ambiental mais aceitável considerando que haveria
necessidade de uma barragem menor de rejeitos especiais.
Para a avaliação econômica dos custos operacionais do projeto, determinou-se
um programa de ensaios adicionais para definir melhores consumos de
reagentes e critérios do processo, onde foram estudados a gravimetria em
rejeitos de flotação, o concentrado de flotação unitária, a otimização de
reagentes de flotação e os níveis de cianeto de lixiviação (minério inteiro).
Deste modo, os resultados de todos estes ensaios indicaram quais métodos
eram mais vantajosos, do ponto de vista econômico e ambiental, de serem
utilizados para a lavra e beneficiamento do minério, quais tecnologias deveriam
ser adotadas e quais os melhores (menores) consumos de reagentes e de
energia para que não haja desperdício de insumos e perdas de energia,
chegando-se às alternativas selecionadas.
O método selecionado neste processo é o de moagem seguida de Flotação e
Lixiviação em tanques com carvão ativado (Carbon in Leach - CIL).
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Está prevista a utilização dos métodos mais modernos atualmente disponíveis,
métodos estes que acompanharão o desenvolvimento tecnológico durante a
vida útil da mina, inclusive com o reinvestimento de parte das receitas geradas
em programas de pesquisa e desenvolvimento.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Porém, foram verificados os seguintes empecilhos quanto à realização da
hidrometalurgia na MFB, sendo:
• Aumento dos custos operacionais, devido à necessidade de duas frentes de
trabalho e ao alto custo de transporte do minério até a MFB;
• Aumento do risco de perda de concentrado com elevado teor de ouro e
diminuição da recuperação do ouro, devido à planta de beneficiamento da MFB
não ter sido originalmente concebida para o tipo de material encontrado no
Projeto C1 Santa Luz (dacítico e carbonoso), podendo ocorrer em médio prazo a
necessidade da construção de uma planta de beneficiamento em Santa Luz;
• Investimento na adequação da planta da MFB para receber o material do
Projeto C1, situações que reduz muito a rentabilidade do Projeto.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
bombeiros, oficinas, estações de tratamento de água e esgoto, portaria e pátio
de gerenciamento de resíduos.
Figura 2.3-1 - Edifícios administrativos que serão utilizados pelo Projeto C1 – Santa Luz.
Lavra
Os locais de onde o minério será retirado, chamados de corpos de lavra, são
denominados Corpo C1/Antas I, Antas II e Antas III. Estima-se que, juntos, os
três corpos tenham reservas de minério lavrável em torno de 22,2 milhões de
toneladas, com um teor médio de ouro de 1,55 g/t, ou seja: a cada tonelada de
minério retirado, 1,55 grama será de ouro. Isso possibilitará uma produção média
de 891,728 onças de ouro ao longo dos 9,5 anos de vida útil do projeto.
A lavra dos três depósitos de minério ocorrerá, em termos operacionais, de
forma bastante simplificada, em sete fases.
Inicialmente será lavrada a cava C1/Antas I, seguido da cava Antas III e por
ultimo a cava Antas II.
O método utilizado será a lavra a céu aberto em bancadas, constando das
seguintes etapas:
1) Desmatamento da vegetação existente, remoção e armazenamento
temporário do solo vegetal, que será utilizado na recuperação ambiental das
áreas lavradas e das pilhas de estéril.
2) Desmonte mecânico do minério e do material estéril, predominantemente com
o uso de explosivos.
3) Carregamento e transporte do minério para a unidade de beneficiamento. O
material estéril, estimado em 141,1 milhões de toneladas, será transportado e
disposto em três depósitos de estéril, situados próximos às cavas.
Descrição do Projeto
32
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Figura 2.3-2 - Exemplo de mina com lavra a céu aberto em bancadas, conforme será
executado no Projeto C1-Santa Luz.
Descrição do Projeto
33
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Figura 2.3-4 - Exemplo de caminhão que será utilizado para o transporte do minério das
áreas de lavra para as pilhas de estéril ou para a Unidade de Beneficiamento.
Unidade de Beneficiamento
O processo de beneficiamento do minério visa à separação do ouro dos demais
elementos minerais, a partir de uma série de operações físico-químicas. O
método utilizado neste processo é o de Moagem seguida de Flotação e
Lixiviação em tanques com carvão ativado (Carbon in Leach - CIL).
Descrição do Projeto
34
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Figura 2.3-6 - Exemplo de Tanques que serão utilizados no beneficiamento do minério de
ouro.
Descrição do Projeto
35
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Figura 2.3-7 - Fluxograma Simplificado
Descrição do Projeto
36
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Cominuição (britagem primária, SAG tubular)
O processo de cominuição consiste de um britador primário e de um SAG tubular
rodando a 80% da velocidade crítica, carga de bolas em 20% e coeficiente de
enchimento do moinho em 35 %.
A moagem semiautógena (SAG) é a cominuição de material num moinho rotativo
utilizando o material de alimentação acrescido de um meio suplementar de
moagem, geralmente bolas de aço.
O minério vem da mina (ROM) e é alimentado na moega do britador primário
pelos caminhões e por uma pá carregadeira que movimenta material da pilha de
estoque locada ao lado do britador primário. Parte das viagens dos caminhões
carregados é desviada para manutenção do volume da pilha ao lado do britador
primário. O ritmo da moagem é mantida por conta da otimização da britagem
primária,
O produto do SAG é bombeado para a classificação primária, em hidrociclones.
O “underfow” dos ciclones é dividido, dirigindo-se cerca de 60% da massa à
célula unitária e 40% diretamente à alimentação do moinho. O rejeito da célula
unitária possui dois fluxos, o primeiro de alta densidade é dirigido à alimentação
do moinho enquanto o segundo, com baixa concentração de sólidos, retorna à
caixa de descarga do produto do moinho.
A qualidade da moagem é assegurada quando a curva granulométrica estiver
com 80 % passante em 75 µm.
Flotação
O circuito de flotação é composto de célula unitária (flash flotation), que receberá
o underflow da ciclonagem (classificação) do circuito de moagem e do clássico
arranjo “rougher” + “scavenger” que deverão responder por cerca de 12% do
total da massa recuperada.
A adição dos reagentes será na caixa de descarga do moinho e também nos
fluxos do “overflow” e “underflow” da ciclonagem, como é usual em instalações
deste tipo
O rejeito do “flash flotation” é composto por dois fluxos. Um dos fluxos, o de
baixa concentração de sólidos retorna à caixa de descarga do moinho. O outro
fluxo do rejeito se dirige à alimentação, com alta concentração de sólidos. O
concentrado da célula unitária se dirige ao estágio de limpeza e de lá para
remoagem.
O concentrado de flotação é bombeado para o espessador de concentrado. O
rejeito de flotação é bombeado para as centrífugas, responsáveis pelo desbaste
final da pré-concentração para recuperação de sulfetos com ouro associado.
O concentrado será espessado com adição de um sal orgânico para ajudar a
flocular os finos e melhorando a recuperação de água dentro da unidade
industrial.
Descrição do Projeto
37
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Concentração Gravimétrica no rejeito da flotação.
Centrífugas serão inseridas para tratamento do rejeito da flotação objetivando a
recuperação de sulfetos grossos (falhas no controle de moagem) e eventual ouro
livre que, por efeito de curto-circuito, não foi recuperado na flotação. As
centrífugas serão responsáveis por cerca de 2 % da recuperação em massa e
cerca de 3 % do total do ouro recuperado pré-concentração. O concentrado das
centrífugas será dirigido ao circuito de remoagem. O rejeito das centrífugas é
destinado à barragem de rejeitos.
Manuseio do Concentrado
Remoagem do concentrado
O concentrado da célula unitária (flash flotation) é grosso (20% retido em 120
µm). Para maximizar a extração de ouro é necessária a remoagem deste
concentrado e do produto das centrífugas a fim de atingir uma qualidade de
concentrado no qual 80% do material seja inferior a 45 µm.
A remoagem destes concentrados deve ocorrer em um circuito convencional de
moinho de bolas operando em circuito reverso com 7 ft x 13 ft com uma potência
instalada de 200 kw.
Espessamento de Concentrado
Todos os fluxos de concentrados, incluindo o que vier da remoagem, devem ser
destinados a um peneiramento para retirada de plásticos, madeiras e outras
“sujeiras” antes de alcançar o espessador. Trata-se de um espessador de
mecanismo central com 14 m de diâmetro a fim de espessar o “underflow” do
espessador a 55% de sólidos. Isto reduz a demanda de “tancagem” no circuíto
de lixiviação.
Todos os tanques deste circuito foram dimensionados de forma a oferecer 48
horas de tempo de residência. O tempo de residência em cada tanque será de
6,8 horas e o total de permanência no circuito será de 61,7 horas se incluídos os
tempos de pré-condicionamento.
Lixiviação - CIL
O circuito de lixiviação, cujo arranjo é conhecido como CIL (“carbon in leach”),
utiliza tanques metálicos no processo e consiste em dois estágios de pré-
condicionamento com querosene. No primeiro estágio é adicionado querosene
para apassivar a matéria orgânica que age como restritor da extração do ouro e
no segundo estágio é feito a adsorção do excesso de querosene por “carvão
ativado de sacrifício”. Seguem-se setes estágios de lixiviação concomitante com
a adsorção.
O “underflow” do espessador com uma concentração de sólidos de 55% é
bombeado aos tanques de pré-condicionamento onde é adicionado querosene.
A polpa segue para o segundo tanque de pré-condicionamento após 6,8 horas.
Lá o excesso de querosene é retirado por carvão ativado carregado de ouro que
avança a partir do primeiro tanque do CIL. O ajuste do pH também é feito neste
estágio.
Descrição do Projeto
38
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
A polpa avança do primeiro tanque CIL, onde será adicionado cianeto na forma
de solução no circuito (tanques 1 e 3). O cianeto poderá ser recebido na forma
sólida ou em solução 30 - 35%. A dosagem de cianeto no circuito é de cerca de
4 kg/tonelada de concentrado (e não de ROM - minério alimentado), sua
dosagem é controlada em tempo real por analisador automático. Antes de sua
descarga na barragem de rejeito o cianeto residual será abatido.
O rejeito será bombeado para a barragem e depositado num dos braços da
barragem de forma que o material sedimente e a água forme uma lagoa de onde
será recuperada para a planta para reutilização. Apesar da polpa chegar com
41% de sólidos, a maior parte da água é recuperada, ficando o sólido depositado
com uma umidade residual de 20 a 25%.
Carvão ativado entra no circuito de lixiviação e é movimentado em contra-
corrente até alcançar o tanque “scavenger” que retira o excesso de querosene. É
estimada uma movimentação de 3 toneladas de carvão por dia para cada
tanque. O carvão é transferido em contra corrente por bomba centrífuga de rotor
recuado para minimizar a perda de carvão por atrição.
O carvão é retido do peneiramento e se dirige ao tanque da frente enquanto que
a polpa, sem carvão, retorna ao seu tanque de origem. O carregamento de ouro
no carvão deve atingir cerca de 4000 g/t antes de ser transferido ao tanque de
pré-condicionamento para adsorver o excesso de querosene. A peneira que
separa o carvão para produção é uma peneira com dois módulos para exercer
duas funções, a primeira de separar o carvão e a segunda de lavá-lo.
Os tanques são arranjados de forma que o processo não tenha problemas de
continuidade diante da eventual parada de um deles para manutenção. Peneiras
interestágios em cada tanque serão aplicadas para reter o carvão. O oxigênio
para complexação de ouro nos tanques será fornecido por injetores de ar.
Carvão Tratamento
O processo de desorção é conhecido como (AARL). Este processo oferece
ciclos curtos de eluição e flexibilidade para variação dos ciclos de eluição.
Eluição de Carvão
O carvão retirado do circuito carrega uma coluna de 3 t de capacidade para
lavagem ácida e eluição. A lavagem ácida será realizada em um tanque de fibra
sintética. De lá será transferida para a coluna onde se dará a eluição. A lavagem
ácida ocorre em ácido clorídrico diluído a 3% por 30 minutos. Após a lavagem
ácida, ocorre a lavagem por água em dois ciclos e então o carvão é transferido
para a coluna de adsorção construída com liga metálica para suportar alta
temperatura. O carvão será submetido aos seguintes estágios:
Pré-aquecimento do carvão ativado
Pré-ensopamento (pre-soak) do carvão com solução alcalina e cianeto
Eluição
Esfriamento do carvão.
Transferência do carvão.
Descrição do Projeto
39
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Durante a fase de eluição a solução com o ouro dessorvido do carvão é coletada
no tanque de solução rica, do qual é bombeado para as células eletrolíticas onde
o ouro é eletrodepositado nos cátodos de aço inoxidável. A solução rica ficará
recirculando na célula eletrolítica até a solução conter um teor de ouro solúvel
inferior a 5 mg/l. Esta solução é então transferida ao circuito de lixiviação. Os
cátodos carregados são lavados com água sob pressão e a lama gerada é
filtrada, secada e misturada com fluxos de fundentes para fusão da barra de
ouro.
Reativação do Carvão
A solução estéril é transferida a partir da coluna de eluição para uma peneira de
desaguamento e subseqüentemente para um tanque que alimenta o forno de
regeneração de carvão. O forno de regeneração é aquecido a gás a uma
temperatura de 700°C. O carvão passa através do tanque tubular do forno e
retorna ao circuito de lixiviação.
Abatimento do Cianeto
O rejeito do circuito de lixiviação é descarregado a partir do último tanque de
lixiviação sobre uma peneira de segurança para reter carvão ativado. A polpa
então se dirige aos tanques de destruição de cianetos. Este processo (SO2/ar)
tem sido utilizado por várias empresas e é considerado hoje, por muitas
agências regulamentadoras, como sendo a melhor técnica disponível para a
eliminação do cianeto. Esta tecnologia está presente em aproximadamente 80
operações em cerca de 20 países. Como exemplos, temos as seguintes
unidades que operam com esse sistema:
Descrição do Projeto
40
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Na presença de hidróxidos o íon férrico é oxidado enquanto que os íons de
cobre são reduzidos. Os íons de cobre removem cianeto livre precipitando-os
como insolúveis. A formação de complexos de cianetos cupríferos leva a novas
remoções de cianetos através da dissolução de complexos de cobre, zinco e
níquel em simples cianetos que serão abatidos e íons metálicos. Se necessário é
adicionado algum peróxido para acelerar o abatimento do cianeto.
A precipitação do arsênio solubilizado durante o processo de lixiviação será feita
com a adição de sulfato ferroso na polpa do rejeito, após a remoção do cianeto,
em dois reatores. No primeiro reator será adicionado o sulfato férrico e ácido
sulfúrico e no segundo reator será adicionado o leite de cal para neutralização
da polpa a pH=7. Neste processo o excesso de Fe3+ promove a estabilidade do
As precipitado. As principais equações envolvidas são:
Barragem de Rejeito
Os rejeitos da hidrometalurgia após sua detoxificação ou neutralização bem
como os rejeitos da flotação seguirão para barragem de rejeitos. A opção de
abater o cianeto na saída do circuito de hidrometalurgia vai ao encontro da
disposição da política ambiental da empresa no sentido de se evitar barragens
que sirvam para estocar cianeto.
Neste contexto, os rejeitos combinados serão dispostos em uma barragem
projetada considerando a recirculação máxima de água no processo, para que
não ocorram transbordamentos.
A barragem terá capacidade de 14,8 Mm³ de rejeito e será construída a sudeste
da planta de beneficiamento, em terreno levemente ondulado e sem a presença
de qualquer corpo d’água, mesmo que intermitente, aproveitando-se uma
depressão ampla para reduzir a extensão e o volume da barragem de terra.
A barragem será construída em duas etapas: a primeira etapa (barragem inicial)
irá até a elevação 255,00 m e tem previsão de atender aos dois primeiros anos
de operação; a segunda etapa consiste em 4 alteamentos de 5 metros. Com isto
a barragem chegará à cota 275,0 m ao final de sua vida útil.
Não haverá necessidade de área de empréstimo para a barragem de rejeitos da
flotação, uma vez que esta estrutura será constituída de enrocamento (estéril) e
rejeito ciclonado.
A jusante da barragem de rejeitos, no ponto mais baixo, está prevista
implantação de tanque para a coleta, armazenamento e recirculação do
percolado pelo maciço da barragem. Este tanque tem capacidade de 65 m³.
Deste tanque, o percolado será novamente bombeado para a barragem de
rejeitos.
Descrição do Projeto
41
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Tratamento e Disposição de Efluentes e Resíduos
As águas pluviais serão captadas e conduzidas até a barragem de
armazenamento de água de processo e/ou diques de contenção, enquanto os
esgotos domésticos serão enviados para uma estação compacta de tratamento
de esgoto.
A estação de tratamento de esgoto proposta será capaz de tratar de forma
econômica e segura os efluentes recebidos, de forma a atingir os padrões de
qualidade apropriados para posterior encaminhamento para a Barragem de
Rejeito.
Os lodos gerados no processo de tratamento serão estabilizados atingindo as
condições correspondentes à Classe II A e dispostos em aterro sanitário ou
compostagem.
Os resíduos sólidos não perigosos (lixo doméstico e sucatas) serão
armazenados temporariamente e dispostos em área adequada pelo
empreendedor. Os resíduos perigosos serão armazenados temporariamente em
um Depósito Temporário de Resíduos Perigosos até serem coletados por
empresa especializada e devidamente licenciada para disposição final em local
adequado.
Figura 2.3-9 Exemplo de barragem de rejeitos que será utilizada no Projeto C1.
Balanço Hídrico
Para o balanço hídrico do Projeto C1 Santa Luz foram consideradas a
recirculação de 376,4 m³/h de água nos espessadores e na barragem de rejeito.
Neste sentido a demanda total para abastecimento do processo é de 712,8 m³/h.
Descontando-se os 179,8 m³/h recirculados nos espessadores e a recirculação
de 196,6 m³/h na barragem de rejeitos, esse valor cai para 336,4 m³/h de água
nova.
Descrição do Projeto
42
RIMA – Projeto C1 Santa Luz
A água nova será armazenada na Barragem de Água bruta que está localizada
imediatamente a leste da pilha de estéril C1/Antas I, com capacidade de 930.000
m³.
Energia Elétrica
O fornecimento de energia elétrica será feito por meio de uma linha de
transmissão de 124 km, em circuito único, com 138 kV, que partirá da
subestação de Senhor do Bonfim até a subestação que abastece o Projeto C1.
Esta linha será implantada pela COELBA.
Emissões
Haverá emissão de poeiras pela circulação de veículos no empreendimento.
Para controlar e diminuir esta emissão, as vias serão umectadas por caminhões
pipa periodicamente e os acessos não pavimentados serão recobertos.
Os gases de exaustão de motores de equipamentos e veículos e os de
explosivos serão gerados apenas a céu aberto e sofrerão rápida dispersão pelos
ventos, não havendo quaisquer emissões em espaços confinados que possam
propiciar concentrações de gases que causem mal à saúde dos trabalhadores.
Para controle da emissão dos motores, os equipamentos e veículos passarão
por manutenções periódicas para operarem sempre nas condições ideais de
funcionamento, evitando-se o aumento das emissões de gases da queima de
combustível (constituídos majoritariamente por monóxido de carbono e óxidos de
nitrogênio).
Em relação ao ruído que será gerado pelo funcionamento de equipamentos e
veículos, não há qualquer tipo de incômodo a ser gerado, devido à inexistência
de aglomerados urbanos no entorno próximo, ficando as medidas de controle
restritas ao uso de EPIs (equipamentos de proteção individual) por parte dos
funcionários do complexo, obedecendo-se os programas de segurança do
trabalho.
Desativação
Desde o início da operação do empreendimento serão postas em prática as
ações previstas no Plano de Fechamento da mina. Elas têm como objetivo a
recuperação ambiental da área e a resolução de eventuais problemas
ambientais decorrentes da desativação da mina. Entre as ações previstas,
destacam-se: execução de um plano de comunicação social relativo ao
fechamento da mina; remoção das estruturas da planta de beneficiamento,
recuperação da área da barragem de rejeitos; recuperação das pilhas de estéril;
e revegetação de todas as áreas alteradas pelo funcionamento da mina e
demais áreas de apoio.
A barragem de água bruta, incluindo o sistema de bombeamento de água do rio
Itapicuru, será preservada, sendo que sua utilização será definida durante a
desativação da mina.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Mão-de-obra
O Projeto C1 – Santa Luz, caso seja implantado, terá grande importância para o
desenvolvimento socioeconômico da região e em particular para os municípios
circunvizinhos. Somente durante a fase de implantação, prevista em 20
meses, estima-se que serão contratados diretamente até 1.000
trabalhadores.
A maior parte dos funcionários envolvidos na implantação do projeto deverá ser
recrutada em Santa Luz e nos municípios vizinhos, o que irá dinamizar o
comércio local. Também contribuirá para isso o fato de que parte dos materiais e
serviços necessários à implantação e oferecidos na região deverão ser
adquiridos de fornecedores locais.
Durante a fase de implantação, os trabalhadores serão alojados na cidade de
Santa Luz e se deslocarão diariamente para o canteiro das obras, o que
contribuirá para a aquisição de bens e serviços locais e dispensará a construção
de alojamentos na área da mina.
Após a fase de implantação, o projeto irá demandar um quadro de pessoal
permanente para sua operação, estimado em aproximadamente 332 pessoas.
Entre elas estarão profissionais de nível superior e técnico e pessoal sem
especialização, distribuídos em diversas categorias.
Além dos empregos diretos, estima-se que sejam gerados 996 empregos
indiretos na fase de operação através da contratação de prestadores de
serviços terceirizados, como limpeza, vigilância e fornecimento de refeições, etc.,
sempre priorizando as empresas da região.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
• Área de Influência Direta (AID): área onde podem ocorrer alterações nos fatores
do meio ambiente que resultam clara e diretamente das implantação e operação
do empreendimento. Os limites dessa área variam conforme os aspectos
ambientais analisados.
• Área Diretamente Afetada (ADA): área de implantação física do
empreendimento, onde as alterações no ambiente são intensas.
Considerando-se o porte, tipo de empreendimento e as alternativas tecnológicas
descritas foram delimitadas as Áreas de Influência para este estudo, como
apresenta o Quadro 2.4-1.
Aspectos
AII AID ADA
Ambientais
Nota-se que para cada meio analisado – meios físico, biótico e antrópico – são
apresentados diferentes limites para as áreas de influência, uma vez que os
impactos potenciais manifestam-se diferentemente em cada um deles. As
Figuras 2.4-1 a 2.4-3 apresentam a localização das áreas de influência dos
meios físico, biótico e antrópico.
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz
Descrição do Projeto
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RIMA – Projeto C1 Santa Luz