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DEPARTAMENTO DE OBRAS PÚBLICAS DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

M AN U AL D E N O R M AS P AR A E L AB O R AÇ Ã O D O S
SERVIÇOS TÉCNICOS E PROJETOS

3ª Edição

Fevereiro/2016
MANUAL DE NORMAS PARA ELABORAÇÃO DOS SERVIÇOS TÉCNICOS E
PROJETOS.

BELO HORIZONTE, JULHO DE 2015.

FLAVIO GÓES MENICUCCI DIRETOR-GERAL

ALEXANDRE DE OLIVEIRA FORTES VICE DIRETOR

CLAUDIO PIMENTA MURTA CHEFE DE GABINETE

JOSÉ DE FABRINO BRAGA NETO DIRETOR DE PROJETOS E CUSTOS

PAULO ROBERTO TAKAHASHI DIRETOR DE OBRAS

CARLOS GUÍLLEN TABOADA ELABORAÇÃO 1ª EDIÇÃO

ELABORAÇÃO 2ª EDIÇÃO

DÉBORA DIAS DO CARMO ELABORAÇÃO 3ª EDIÇÃO

ALEXANDRE REZENDE ROCHA,


CLEBER JOSE COSTA, ERBANIO PINTO
DA SILVA, LAURA AGUIAR, MARIA
AMELIA VIEIRA MAIA, NAÉLIA COLABORADORES DEOP
PORTUGAL PIRES, RONALDO
GOODSON DO NASCIMENTO, THAIS
FERREIRA PROCÓPIO
ANTÔNIO FRANCISCO FORTES,
CLERMONT GOMES OLIVEIRA,
COLABORADORES HOLOS (1ª EDIÇÃO)
DEOCLIDES DE FREITAS MAIA, MARIA
LUIZA QUEIROZ HORTA

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APRESENTAÇÃO DA 1ª EDIÇÃO

Na ambiência atual das organizações - públicas e privadas - e dos cidadãos imperam as


máximas da globalização econômica, da modernização e da competitividade dos
diversos agentes do sistema exigindo um reposicionamento dos papéis e ações destes
diversos agentes.

Assim é que o DEOP-MG, antevendo e buscando se alinhar com esse atual e futuro
momento, definiu por estabelecer os padrões de qualidade para fornecimento de
serviços e obras à Entidade. Desse modo, capacitam-se ao pleno exercício das novas
funções públicas coerentes à nova ambiência referida, quais sejam as de gerenciar e
auditar a qualidade da execução das atividades que tem sob seu comando.

Os padrões de qualidade estabelecidos voltam-se à plena satisfação dos usuários


diretos e indiretos dos serviços e obras públicas sob gestão da Entidade, à
maximização do uso dos recursos públicos, à garantia da vida útil dos equipamentos e
bens públicos, à transparência e aprimoramento do relacionamento entre os diversos
agentes do sistema, observados ainda os critérios ambientais e sociais destes
empreendimentos.

No intuito de colocar os conhecimentos técnicos desenvolvidos à disposição da


sociedade, assegurando a todos os agentes da mesma o compromisso de
aperfeiçoamento das sistemáticas de trabalho concebidas, é que a Entidade apresenta
o alicerce de seus trabalhos: os padrões de qualidade para elaboração de projetos de
obras civis do Estado de Minas Gerais.

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APRESENTAÇÃO DA 3ª EDIÇÃO

A presente edição deste Manual de Normas para Elaboração dos Serviços Técnicos e
Projetos, 3ª Edição – Fevereiro/2016, é uma revisão elaborada pelos técnicos das
gerências de projeto com coordenação geral da Diretoria de Projetos e Custos do
Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais – DEOP-MG.

As nomenclaturas utilizadas nas definições dos serviços técnicos e de elaboração de


projeto deste manual estão em consonância com a legislação e normas técnicas
pertinentes, tais como, a Lei Federal n 8.666, de 21 de junho de 1993, e alterações
posteriores, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, as
Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e as
Orientações Técnicas do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (IBROP).

Cleber Jose Costa

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 7

I. DIRETRIZES BÁSICAS 8

1. GENERALIDADES 8
2. ATRIBUIÇÕES DAS PARTES ENVOLVIDAS 10
3. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS PROJETOS 15

II. SERVIÇOS TÉCNICOS 18

1. RECONHECIMENTO DO TERRENO - CARACTERÍSTICAS E CONDICIONANTES 19


2. LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO 22
3. CADASTRO DE EDIFICAÇÕES 26
4. SONDAGEM DO TERRENO 30
5. TRABALHO TÉCNICO SOCIAL – TTS 32
6. ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA/RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA – EIV/RIV 37
7. ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E FINANCEIRA (EV) 42
8. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL/RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA/RIMA 45
9. PROJETO TÉCNICO DE RECONSTITUIÇÃO DA FLORA (PTRF) 58
10. PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA (PRAD) 60
11. RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL/PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (RCA/PCA) 62
12. LEVANTAMENTO DE FLORA E FAUNA (LFF) 69
13. PLANO DE UTILIZAÇÃO PRETENDIDA (PUP) 74

III. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS 77

1. PREMISSAS DO PROJETOS ARQUITETÔNICOS. 79


1. PROJETOS DE IMPLANTAÇÃO 85
2. PROJETOS DE REFORMA E DE ACRÉSCIMO 86
3. ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE - EAS 88
4. ESCOLAS 90
5. ESTABELECIMENTOS PENAIS DE SEGURANÇA 97
6. ESTABELECIMENTOS DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO 99
7. PROJETOS DE INFRAESTRUTURA 101

IV. ESPECIFICAÇÃO DE PROJETO DE EDIFICAÇÕES 102

1. PROJETO DE ARQUITETURA (ARQ) 107


2. PROJETO DE IMPLANTAÇÃO E MOVIMENTO DE TERRA (IMP OU MOV) 117

5
3. PROJETO DE FUNDAÇÃO (FUN) 121
4. PROJETO DE ESTRUTURA DE CONCRETO (EST) 125
5. PROJETO DE ESTRUTURA METÁLICA (MET) 129
6. PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (ELE) 132
7. PROJETO DE TELECOMUNICAÇÕES (TEL) 140
8. PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRO SANITÁRIAS (HID) 144
9. PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E ANTIPÂNICO (PCI) 158
10. PROJETO DE SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPD) 162
11. PROJETO DE GÁS LIQÜEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) 165
12. PROJETO DE GASES MEDICINAIS (GAS) 169
13. PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO (IMP) 173
14. PROJETO DE DRENAGEM (DRE) 177
15. PROJETO DE PAISAGISMO (PSG) 181
16. PROJETO DE VENTILAÇÃO MECANICA (CLIMATIZAÇÃO) E EXAUTÃO (CLI) 184
17. PROJETO DE LAYOUT (LAY) 190
18. PROJETO DE COMUNICAÇÃO VISUAL (COM) 193
19. PROJETO DE INSTALAÇÕES ESPECIAIS (ESP) 196
20. PROJETO DE ACÚSTICA (ACU) 201
21. PROJETO DE ACESSOS/PAVIMENTAÇÃO (PAV) 203

V. DEMOSTRAÇÃO ENERGÉTICA DA EDIFICAÇÃO 204

VI. ANEXOS 206

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INTRODUÇÃO

O presente “Manual de Normas para Elaboração de Serviços Técnicos e de


Projetos” destina-se a orientar a execução de serviços desta natureza; constituindo -
para todos os profissionais envolvidos neste trabalho - fonte obrigatória de consulta.

O “Manual” encontra-se estruturado em 5 (cinco) partes. A primeira delas, Diretrizes


Básicas que contem orientações gerais de balizamento da execução dos trabalhos
constantes do documento; a segunda, Serviços Técnicos com orientações específicas
para execução destes serviços; a terceira, os Critérios para Elaboração dos Projetos
de Arquitetura que especificam, por áreas temáticas, as particularidades e premissas
dos projetos arquitetônicos; a quarta - Especificação de Projetos de Edificações –
descrevem os norteamentos para correta elaboração dos mesmos e; e por último, a
Demonstração energética da edificação, que apresentam a normatização de
etiquetagem das edificações públicas.

Este documento tem por objetivos:

1. Caracterizar o objeto a ser contratado;

2. Estabelecer as normas, especificações e procedimentos, que orientem os


processos de desenvolvimento, avaliação e aprovação de projetos, que se
constituem neste Manual de Normas, Caderno de Encargos e Planilha Geral do
DEOP-MG e Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT;

3. Estabelecer a metodologia de planejamento gerencial das atividades de projeto,


conforme termo de referência ou especificação de serviços constantes do
processo licitatório de projetos;

4. Estabelecer o nível de qualidade desejada para o projeto, com base nos


elementos que constituem esse Edital de Licitação;

5. Estabelecer os critérios de medição para os serviços a serem desenvolvidos


durante o cumprimento do contrato.
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I. DIRETRIZES BÁSICAS

1. Generalidades

Sempre que este Manual mencionar o termo "Projeto" estará se referindo ao projeto
executivo completo. O projeto é considerado completo, quando dele fizerem parte
integrante o projeto de arquitetura e os seus respectivos complementares. O Projeto
Básico de Arquitetura e demais matérias, após aprovação, serão a referência para a
elaboração e compatibilização dos Projetos Executivos e de Instalações Prediais. É
necessária a elaboração, em conjunto, com toda a equipe técnica responsável pelo
projeto, a fim de, minimizar as possíveis inconsistências.

O Projeto deve obedecer às disposições e orientações do CADERNO DE ENCARGOS


e PLANILHA GERAL DO DEOP-MG e as de ordem legal e técnica determinadas pelos
poderes públicos e entidades abaixo relacionadas:

a) Município, Estado e União, através de legislação própria pertinente ao assunto,


caso houver. Embora exista uma hierarquia entre as três esferas consideradas, o
autor do projeto deverá considerar, para casos específicos, a prescrição mais
exigente, que eventualmente pode não ser do órgão de hierarquia superior;

b) Órgãos e concessionárias locais de prestação de serviços públicos;

c) Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

É de fundamental importância que a todos os participantes do processo tenham


conhecimento do local do Empreendimento/Obra, para que tenha melhores condições
de avaliar toda a complexidade e exigências mínimas dos projetos.

Na concepção de uma edificação pública é necessário observar os seguintes aspectos:

a) O licenciamento ambiental junto aos órgãos responsáveis será realizado a partir


das orientações do DEOP.

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b) Social: o projeto deve atender o órgão solicitador e como consequência os
anseios e expectativas da população/usuários; atender às necessidades de
acessibilidade do indivíduo portador de necessidades especiais; responder
adequadamente ao fluxograma e ao programa arquitetônico através do
aproveitamento racional do espaço e da sua funcionalidade;

c) Padrões: deverão ser utilizados, sempre que possível, os projetos padrão do


DEOP-MG;

d) Custo/Benefício: prever técnicas construtivas adequadas que visem durabilidade


e facilidade de manutenção, promovendo o conceito de economia de soluções
que permitam a otimização no emprego dos recursos materiais e humanos, e a
redução do custo posterior de conservação e operação;

e) O Projeto, uma vez aceito, será registrado no arquivo técnico e passará a ser de
propriedade do DEOP-MG ou do Cliente;

f) Caberá ao DEOP-MG o direito de implantar o Projeto em outro local, se assim


achar conveniente, resguardados os procedimentos legais;

g) Qualquer modificação no Projeto só deverá ser feita com a anuência do seu autor
e/ou responsável técnico. Caso não seja possível o contato com estes, o DEOP-
MG assumirá tal modificação;

h) Os serviços e projetos que possuam características de excepcionalidade por


exigirem técnicas especiais e sofisticadas, ou que sejam de aplicabilidade restrita
e esporádica, não serão aqui detalhados. Estes trabalhos terão sua elaboração
embasada em critérios específicos e com forma de apresentação própria. Caso
venham a ser contratados, deverão ser estabelecidas, previamente, na proposta
técnica, todas as suas peculiaridades.

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2. Atribuições das Partes Envolvidas

A contratação dos projetos pressupõe a existência de três partes interessadas, a saber:


o DEOP-MG, nas figuras do GERENTE, GESTOR e ANALISTA, o CLIENTE e a
PROJETISTA. Para o bom desenvolvimento do trabalho a participação e
responsabilidade de cada um destes elementos devem ficar bem definidas, assim como
o seu inter-relacionamento. Desta maneira, estão descritas, a seguir, as principais
atribuições e competências de todos os envolvidos:

Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (DEOP-MG)

Entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia


administrativa e financeira, patrimônio e receita própria, vinculada à Secretaria de
Estado de Transportes e Obras Públicas do Estado de Minas Gerais-SETOP.

O DEOP-MG conta com corpo técnico para atender às diversas demandas dos órgãos
e entidades da administração estadual, apresentando soluções de natureza técnica de
engenharia e arquitetura. No processo de contratação de projetos e serviços técnicos
trabalha com basicamente três entes, o gerente, o gestor e o analista, que serão
detalhados a seguir.

Gerente

Gerente é o profissional responsável pela Gerência de Projetos (GP) do DEOP-MG.


Caberá ao gerente:

a) Coordenar os trabalhos junto aos Clientes, Gestores e Contratadas;

b) Fazer advertências e notificações quanto a qualquer falta da CONTRATADA e


demais ações necessárias ao bom andamento dos serviços;

c) Convocar para reuniões os demais envolvidos, assumindo a função de


mediador e orientando a aprovação das questões tratadas, sendo o responsável pela
aprovação do projeto conjuntamente com o Cliente;

10
d) Representar o elo entre o Cliente e o Contratado, gerenciando as atividades
entre as partes;

e) Decidir sobre as dúvidas referentes a este Manual e ao Projeto.

f) A Gerência discutirá a concepção do projeto, caso seja necessário;

g) A Gerência poderá solicitar formalmente a CONTRATADA a substituição de


membros de sua equipe técnica, assim como acrescer profissionais na mesma, a
qualquer momento que julgar necessário.

Gestor

Gestor é um profissional da Gerência de Projetos (GP) do DEOP-MG ou contratado por


ele. Caberá ao Gestor:

a) Verificar se os serviços especificados estão executados de acordo com o


previsto;

b) Analisar e decidir sobre proposições da CONTRATADA que visem melhorar o


projeto;

c) Decidir sobre as dúvidas referentes a este Manual e ao Projeto;

d) O Gestor, juntamente com o Gerente, discutirá a concepção do projeto.

e) Aprovar o projeto conjuntamente com o Cliente e o Gerente.

Analista

Analista é um profissional da Gerência de Projetos de Apoio Técnico do DEOP-MG ou


contratado por ele. Caberá ao Gestor:

a) Analisar e avaliar tecnicamente os projetos complementares de acordo com as


normas técnicas brasileiras e boas práticas construtivas, sempre visando à
redução no custo da obra e o menor impacto no meio ambiente;

b) Elaborar relatórios técnicos, para as áreas do DEOP-MG.

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c) Analisar e decidir sobre proposições da PROJETISTA que visem melhorar o
projeto;

d) Participar das reuniões e visitas técnicas convocadas pelos gestores do DEOP-


MG para elucidar dúvidas levantadas nos projetos;

e) Fazer as alterações e/ou correções solicitadas dentro dos prazos estabelecidos,


quando os projetos forem desenvolvidos pelo DEOP-MG.

f) Aprovar o projeto conjuntamente com os gestores, na supervisão dos projetos.

Cliente

É considerado Cliente o órgão ou entidade de administração pública que solicitou ao


DEOP-MG a execução do serviço, objeto do instrumento contratual, tendo as
atribuições de:

a) Elaborar o programa pretendido ou fornecer ao Gestor todos os elementos


necessários para esta finalidade.

b) Apresentar ao Gerente todos os dados necessários à execução dos trabalhos;

c) Acompanhar e aprovar as diversas etapas do projeto: estudo preliminar, projeto


básico e projeto executivo, em tempo hábil.

Projetista

Projetista é a pessoa jurídica signatária do contrato com o DEOP-MG, representada por


uma empresa de projetos e de serviços técnicos, responsável pela elaboração do
projeto, um servidor ou profissional responsável pelo projeto. A projetista tem por
competência e obrigações, além das previstas no contrato e regimentos, discriminados
a seguir:

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a) Garantir que os profissionais especializados integrantes de seu corpo técnico e
relacionados no procedimento licitatório realizem pessoal e diretamente os serviços
objeto do contrato;

b) Participar das reuniões convocadas pelo Gerente do DEOP-MG para elucidar


dúvidas levantadas, para formalizar a entrega de documentos, para recebimento de
informações ou para tratar de assuntos diversos;

c) Submeter cada etapa do projeto à Supervisão e aos profissionais/analistas


envolvidos no processo;

d) Fazer as alterações e/ou correções solicitadas dentro dos prazos estabelecidos;

e) Fazer a compatibilização entre todas as disciplinas de um Projeto de forma a


não haver nenhuma interferência entre elas, que possa prejudicar a elaboração da
planilha orçamentária, prejudicar ou mesmo inviabilizar a execução da obra;

f) Entregar uma cópia do Projeto para análise e, após a sua aprovação final, o seu
original, completo;

g) Garantir que os projetos obedeçam às posturas e aos parâmetros urbanísticos


do município, adotando os equivalentes estabelecidos para Belo Horizonte ou
municípios similares, na ausência de legislação especifica, bem como às normas
técnicas pertinentes a cada disciplina.

h) Pesquisar junto à Prefeitura local, às concessionárias de água e esgoto, energia


elétrica, telefonia, aos órgãos ambientais, de trânsito, de preservação do patrimônio,
vigilância sanitária e demais entidades envolvidas, todas as normas aplicáveis aos
projetos;

i) Aprovar cada disciplina do projeto na respectiva concessionária prestadora do


serviço em referência ou no órgão público responsável, como exemplo: CEMIG,
COPASA, IEPHA-MG, Prefeitura Municipal, Corpo de Bombeiros, dentre outras;

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j) Fazer os respectivos registros de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
no CREA-MG, dos projetos elaborados;

k) Consultar o Gestor para esclarecer eventuais dúvidas de aplicação ou de


interpretação do presente Manual de Normas.

É de responsabilidade da Projetista qualquer divergência entre projetos,


especificações técnicas, planilha de orçamento, compatibilização, memória de
cálculo, que possa acarretar prejuízo ou mesmo inviabilizar a execução das
obras, estando a Projetista sujeita às penalidades legais.

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3. Representação Gráfica dos Projetos

A representação gráfica relaciona-se, exclusivamente, aos aspectos da apresentação,


sendo, os aspectos técnicos específicos de cada disciplina, tratados em seus capítulos
correspondentes. A terminologia adotada neste “Manual de Normas” servirá como
referência para os títulos de desenhos e para as partes descritivas dos serviços
técnicos e projetos.

Para a análise do Projeto, em qualquer uma de suas fases de elaboração, a Contratada


deverá fornecer cópias em papel sulfite, dos desenhos originais e parte descritiva em
conjunto com a Planilha de Controle Físico de Entregas de Projetos e Serviços - Anexo
1.

O trabalho a ser apresentado não poderá ter manchas ou rasuras, facilitando a leitura e
interpretação do seu conteúdo, cabendo ao Gestor exigir uma nova apresentação, caso
a apresentada não se enquadre nos parâmetros aqui estabelecidos.

Ao final, a PROJETISTA fará a entrega final dos projetos executivos, conforme o


especificado a seguir:

a) Projetos plotados em papel sulfite assinados. Os projetos aprovados nas


concessionárias ou órgãos públicos deverão ser entregues encadernados em papel
sulfite com as respectivas aprovações.

b) 02 conjuntos completos em volumes e impressos no formato A4, com cópias de


todos os documentos, acondicionado em caixa box de plástico ou em pasta com
elástico de polipropileno, tamanho A4: Estudos, Memoriais Descritivos, Justificativos e
de Cálculo, Planilhas, Laudos, Relatórios, ART’s conforme os critérios e normas fixadas
pelo DEOP-MG.

c) Um volume (formato A4) contendo exclusivamente a planilha de quantitativos


precificada, especificação técnica, conforme Planilha Padrão DEOP-MG, e referencia de
preço unitário de acordo com a Planilha de Preços Setop, em conjunto com as
memórias de cálculo dos quantitativos apresentados, com ART ou RRT.

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d) Relatório de conclusão do projeto – Anexo 2

e) CD, e relação de todos os documentos e desenhos, contendo:

 Todos os projetos em arquivos eletrônicos, versão atualizada em AUTOCAD


2000 (versão compatível) ou em formato “Industry Foundation Classes” - IFC
(versão compatível), nomeados conforme os critérios e normas fixadas pelo DEOP-
MG - Anexo 3;

 Todos os demais arquivos digitalizados, e versão PDF;

 Planilha de quantitativos e de orçamento, lista de materiais, em arquivos


eletrônicos extensão XLS, conforme Planilha Padrão DEOP-MG;

 Memorial descritivo, Caderno de Especificações de Materiais e Boletins de


Sondagens em DOC.

Caso sejam solicitadas outras formas complementares de apresentação do


trabalho, como por exemplo: maquetes eletrônicas, plantas humanizadas, banner
de fotografias, etc., estas poderão ter, forma individualizada, conforme acordado
com o Gestor.

3.1. Desenhos

A representação gráfica será de acordo com o Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos do DEOP-MG - Anexo 4. O projeto será composto
de formatos de mesmas dimensões, e preferencialmente, o padrão A1.
Excepcionalmente, será aceito o padrão A1 alongado. A utilização de outros formatos
deverá ser discutida com a Supervisão.

a) As representações gráficas de desenhos fora dos padrões e das escalas


convencionadas deverão ter aprovação do Gestor do DEOP-MG, conforme
Padronização.

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b) Cada formato conterá o maior número possível de desenhos, dentro da clareza
necessária à sua compreensão, facilitando a consulta e reduzindo quantidade de
formatos.

c) As cópias solicitadas à Contratada deverão ser entregues devidamente


dobradas conforme a NBR 6.492/1994 – ”Representação de projetos de arquitetura”,
salvo indicações do Superior.

d) Informar nos arquivos eletrônicos a configuração de plotagem (cor e espessura


de linhas e textos).

3.2. Parte Descritiva

Os projetos e serviços técnicos terão, além de sua parte de desenho, um memorial


descritivo contendo conceitos e justificativas, planilhas de quantitativos, listas de
materiais, memórias de cálculo, relatórios, pareceres, etc. Os memoriais serão
elaborados por ambiente, inclusive considerando as áreas externas, e por disciplina.

Para apresentação destes documentos deve-se utilizar papel no formato A4, conforme
modelos de formulários próprios adotado pelo DEOP-MG, quando houver.

Os originais da parte descritiva do trabalho serão entregues ao DEOP-MG,


devidamente numerados e classificados em cadernos. Estes terão, externamente, uma
capa com o título de identificação do serviço ou projeto a que se refere e, internamente,
uma folha índice com a relação de seu conteúdo e o correspondente número de
páginas. Além da versão original, deverá ser encaminhado um cd contendo toda a
documentação digitalizada, conforme especificação de cada formato.

3.3. Documentação Fotográfica

A determinação da quantidade de fotografias, dos objetos a serem retratados, bem


como, dos seus ângulos visados, fica condicionada ao assunto e objetivos a serem
alcançados. As fotos deverão ser digitais, a cores, (10 x 15) cm e resolução mínima de
96 dpi. As mesmas serão inseridas no formulário próprio e com legendas explicativas -
Anexo 5
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II. SERVIÇOS TÉCNICOS

São considerados como Serviços Técnicos, neste Manual de Normas, os trabalhos


profissionais especializados na área da engenharia, arquitetura e áreas coletadas,
relacionados ao terreno, levantamentos e estudos prévios, cuja execução está atrelada
ao desenvolvimento do projeto, a saber:

1. Reconhecimento do Terreno - Características e Condicionantes

2. Levantamento Planialtimétrico

3. Cadastro de Edificações

4. Sondagem do Terreno

5. Trabalho Técnico Social - TTS

6. Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV

7. Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA

8. Licenciamento Ambiental

9. Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF)

10. Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD)

11. Relatório de Controle Ambiental/Plano de Controle Ambiental – RCA/PCA

12. Levantamento de Flora e Fauna

13. Plano de Utilização Pretendida - PUP

18
1. Reconhecimento do Terreno - Características e Condicionantes

1.1. Objetivo

Este serviço refere-se, especificamente, aos terrenos a serem edificados e deve ser
feito, de preferência, pelo arquiteto contratado para a elaboração do projeto de
arquitetura. Através deste reconhecimento, este profissional deverá obter no próprio
local as informações básicas para o desenvolvimento do trabalho.

1.2. Detalhamento do Serviço

No reconhecimento do terreno deverá se verificar e avaliar as possíveis interferências


nos aspectos físicos e socioeconômicos do projeto com o projeto, tais como:

Condições físicas do terreno e da região:

a) Topografia, vegetação e tipo de solo;

b) Clima e índices pluviométricos;

c) Drenagem superficial, possibilidade de alagamento e cotas de máxima cheia;

d) Córregos, ribeirões e rios;

e) Norte verdadeiro;

f) Ventos dominantes (direção predominante e secundária; velocidades


estimadas1);

g) (Ocorrência de efeitos meteorológicos sazonais);

h) Insolação e salubridade;

1
Caso não existam dados locais medidos de velocidade de ventos, esta deverá ser estimada através da
Tabela de Beaufort durante visita ao local onde o Projeto será implantado. É desejável verificar se há
mudanças significativas na velocidade média e direção dos ventos no verão e no inverno.

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i) Servidões;

j) Elementos construídos;

k) Situação em área urbana ou rural;

l) Tipo de construções vizinhas;

m) Serviços públicos (energia elétrica, água, esgoto e telefone);

n) Tipo e pavimentação dos logradouros públicos de acesso;

o) Proximidade com rodovias e ferrovias.

Condições socioeconômicas da região:

a) Mercado de materiais de construção;

b) Jazidas de minerais e pedreiras;

c) Matérias-primas comumente empregadas;

d) Categoria e qualidade da mão-de-obra;

e) Tipo e padrão econômico das edificações.

1.3. Apresentação

Deverão ser apresentados, minimamente, os três documentos a seguir:

a) Relatório de Reconhecimento do Terreno, em formato A4 com os dados do


terreno em referência.

b) Croquis de Localização com a situação do terreno na cidade, indicando as vias


de acesso e os logradouros com as principais construções como edifícios públicos,
hospitais, indústrias, etc., que estejam localizados num raio inferior a 200 m. Fornecer
as distâncias aproximadas ao centro da cidade, à estação rodoviária e à rodovia.

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c) Relatório Fotográfico contendo fotografias toda a área, particularmente os
detalhes de maior interesse, levando em consideração a qualidade de iluminação,
sombra, sol, foco, referências comparativas, enquadramento, dentre outros. Deverá ser
acompanhado de um croqui do terreno com a localização dos pontos de tomada de
cada foto com o sentido de sua respectiva visada, para melhor entendimento.

1.4. Condições Gerais

Deverão ser consideradas as especificidades a seguir:

a) Verificar quais as tensões disponíveis no fornecimento de energia elétrica e,


caso necessário, estudar a possibilidade de ampliação da rede.

b) Com referência à rede pública de abastecimento de água, verificar a sua vazão


e se existe continuidade no seu fornecimento.

c) Quando as redes públicas de energia elétrica, de abastecimento de água, de


esgoto ou de telefone, não atingirem o terreno, mas existirem em suas imediações,
estudar a possibilidade de viabilizar a sua extensão para atender a futura edificação.
Isto deverá ser feito junto aos escritórios regionais das concessionárias de prestação
destes serviços públicos.

21
2. Levantamento Planialtimétrico

2.1. Objetivo

Este serviço refere-se, especificamente, aos terrenos a serem edificados e deve ser
feito, de preferência, pelo arquiteto contratado para a elaboração do projeto de
arquitetura. Através deste reconhecimento, este profissional deverá obter no próprio
local as informações de altimetria do relevo natural do terreno e da drenagem natural
para o desenvolvimento do trabalho.

2.2. Detalhamento do Serviço

Levantamento Planimétrico

O levantamento planimétrico será representado por uma poligonal implantada, seguindo


os limites da área determinada ou o perímetro das divisas do terreno. O levantamento
deverá ser estadimétrico com o emprego de teodolito de precisão mínima de 20" ou
Estação Total.

O início do serviço deverá partir do Norte Magnético e um ou mais de seus vértices que
deverão ser amarrados por estadimetria, constando o azimute e o ângulo interno com
referência a um ponto de segurança (PS). Este ponto deverá ser externo a área
levantada, facilmente identificável e permanente como, por exemplo, a interseção dos
eixos de duas vias públicas confluentes ou um marco de concreto, cravado nas
proximidades, ao lado de locais notáveis e imutáveis como postes, quinas de muros,
construções sólidas, torres de alta tensão, árvores de porte, etc.

A poligonal demarcatória do limite do terreno deverá ser cotada em toda sua extensão e
piquetada a cada 10 metros. Quando houver mudança de rumo da poligonal será
colocado um marco de concreto neste local e indicado o ângulo interno do seu vértice.
Nos trechos curvos da poligonal devem-se levantar os pontos de tangência (PT, PC), o
ângulo central e o raio de curvatura, piquetando-se a curva.

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Todos os marcos empregados nos levantamentos serão de concreto e terão uma seção
de 8 x 8 cm e comprimento de 50 cm, sendo cravado no chão até uma profundidade de
45 cm e procedendo-se a uma limpeza à sua volta num raio aproximado de 50 cm.

Estabelecer linhas básicas paralelas e ortogonais, constituindo um sistema rígido de


coordenadas, que servirão para demarcação de subáreas internas e como referência
para a implantação da edificação no terreno. Estas linhas serão locadas pela colocação
de piquetes e terão uma distância de 10 metros umas das outras. Este espaçamento
deverá ser reduzido se a topografia do terreno for bastante acidentada. Fornecer os
arquivos de dados levantados em campo, em meio eletrônico.

Levantamento Altimétrico

O nivelamento será feito a partir de um ponto de referência de nível (RN), representado


por um marco de concreto cravado em local facilmente identificável e que não seja
atingido pela futura terraplanagem. Este marco será locado estadimetricamente com
azimute a um dos vértices do perímetro ou ao ponto de segurança (PS), determinado no
levantamento planimétrico. O RN, uma vez determinado, será mantido para todos os
projetos.

Toda a área será levantada através de seções determinadas pelas linhas básicas, as
quais serão niveladas e contraniveladas. As seções serão prolongadas além dos limites
do terreno, principalmente as que seccionam as vias públicas adjacentes. Nos terrenos
onde o espaçamento entre as curvas de nível for muito grande, sua altimetria será
representada, ainda, por piquetes intermediários devidamente cotados e locados.

Serão determinadas as altitudes de quaisquer elementos significativos que se


encontrem em seu interior, sobretudo a base das árvores, postes e muros ao longo de
sua extensão e a cada 5 m. Caso exista córrego, ribeirões ou rios nas proximidades da
área, o seu nível d'água (NA) na máxima cheia deverá ser indicado.

2.3. Apresentação

23
Os levantamentos planimétrico e altimétrico serão representados conjuntamente num
mesmo desenho. A escala adotada deve ser compatível com as dimensões do terreno e
o formato empregado, podendo ser 1:100, 1:200 ou 1:500. O desenho das seções
transversais e longitudinais do terreno coincidirá com as linhas básicas. A escala será a
mesma da planta do levantamento.

O levantamento planialtimétrico deverá ser fornecido em arquivo eletrônico, em 2D,


extensão DWG, ou 3D, extensão IFC, nomeado conforme os critérios e normas fixadas
pelo DEOP-MG - Anexo 3. Será plotada uma via em papel sulfite devidamente dobrada
e uma via plotada em papel sulfite e assinada.

No memorial descritivo deverá constar a descrição das divisas do terreno com seu
perímetro, área em metros quadrados e demais dados complementares que não foram
informados no desenho em planta.

Na representação gráfica do levantamento deverá constar, também, a locação de


elementos significativos existentes na área e a citação de outros dados de interesse,
como por exemplo:

a) Norte verdadeiro;

b) Ventos dominantes;

c) Curvas de nível traçadas de metro em metro;

d) Árvores de porte com sua denominação e diâmetros do tronco e da copa;

e) Acidentes topográficos notáveis como afloramento de rochas, barrancos, grotas,


lagoas, curso d'água, etc.;

f) Edificações, caracterizando o seu tipo de construção, a sua área de projeção, o


número de pavimentos, o seu perímetro e a cota altimétrica das soleiras externas;

g) Construções diversas como muros, cercas, torres de alta tensão, etc.;

24
h) Nomes dos proprietários dos imóveis confrontantes;

i) Nomes dos logradouros públicos adjacentes ao terreno com indicação de sua


largura e dos passeios e tipo de pavimentação;

j) Redes de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, energia elétrica e


telefone, com seus respectivos elementos como postes, canalizações, bueiros, caixas
de passagem, poços de visita, tubulações, etc., seus alinhamentos cotados e suas
profundidades;

k) Faixa de domínio de rodovia e de rede de alta tensão.

2.4. Condições Gerais

Todos os projetos desenvolvidos, posteriormente, terão seus respectivos formatos de


implantação desenhados a partir deste levantamento Planialtimétrico, adotando-se,
inclusive, a mesma escala. Isto permitirá fazer a justaposição entre os desenhos, o que
facilitará a transcrição dos dados de relevância de cada projeto especificamente, além
de padronizar a apresentação final.

25
3. Cadastro de Edificações

3.1. Objetivo

Este serviço refere-se às edificações existentes e consiste, principalmente, no seu


levantamento planialtimétrico, que será representado por desenhos em plantas, cortes,
elevações, e, em algumas situações, os detalhes arquitetônicos para assinalar os
efeitos danosos provocados pelo tempo e pelo uso em suas instalações e estruturas.

Este cadastro fornecerá as informações necessárias para a elaboração dos projetos de


reforma e/ou acréscimo. Para um projeto de restauração este Cadastro de Edificações
terá uma metodologia própria de estruturação, conforme explicitado no item
Estabelecimentos de Patrimônio Histórico do capítulo referente aos. CRITÉRIOS PARA
ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS

3.2. Detalhamento do Serviço

No cadastro de uma edificação, além de se proceder às medições propriamente ditas,


outros aspectos terão que ser observados e relatados com referência as suas
condições físicas. Para tanto, será feito um Relatório de Avaliação do Estado de
Conservação onde, além da descrição dos problemas e das deficiências constatadas,
serão preenchidos formulários próprios que expressarão os dados relativos ao grau de
deterioração e o índice percentual de reaproveitamento de seus elementos. Estes
dados servirão, mais tarde, como subsídio essencial para determinar as ações que
visem à recuperação ou substituição destes elementos. A seguir, será descrito o roteiro
para o desenvolvimento deste serviço:

Fundação

Verificar a existência de recalques de fundação ou abatimento de terreno. Caso


necessário, poderão ser solicitados serviços de prospecções.

Estrutura

26
Determinar o tipo de sistema estrutural e as suas condições de solidez e estabilidade.
Caso seja justificável, poderá ser solicitada prova de carga sobre lajes, vigas e pilares.

Alvenaria

Verificar se as paredes são de vedação ou estrutural e de que tipo de alvenaria é feitas.


Observar se os paramentos estão devidamente aprumados e alinhados ou se
apresentam trincas.

Revestimentos

Os aspectos referentes à sua conservação e manutenção serão considerados,


apontados os defeitos de sua superfície como desgaste e fissuramento, de forma a
quantificar o seu reaproveitamento. Após diagnóstico deverá ser preenchido o Quadro
de Acabamentos no formato que contém a planta do Cadastro de Edificações.

Esquadrias

Testar o seu funcionamento e apontar os serviços de recuperação a serem feitos,


inclusive, com relação à substituição de elementos danificados ou faltantes. Após
diagnóstico deverá ser preenchido o Quadro de Esquadrias.

Cobertura

Detectar possíveis problemas de infiltração de água. A cobertura com telhas será


desenhada em planta mostrando o seu engradamento em madeira ou estrutura
metálica, com suas respectivas peças devidamente identificadas e cotadas em suas
seções. Complementar as informações da cobertura com o preenchimento das Fichas
de Vistoria referentes ao telhado e sua estrutura. No caso de lajes planas
impermeabilizadas, deverão ser indicados os sentidos das inclinações e seu percentual,
os pontos de descida de água pluvial, o estado de conservação inclusive do teto abaixo
deste.

Instalações Hidro sanitárias, Elétricas e Telefônicas.

27
Vistoriar as instalações internas da edificação, anotar a posição das redes públicas de
fornecimento destes serviços, a vazão e a continuidade do fornecimento de água, a
tensão de entrada de energia elétrica e o posicionamento da rede de telefonia, quanto
ao lado da rua em relação à edificação e se a rede é aérea ou subterrânea.

Aparelhos e Equipamentos

Verificar o estado de conservação de cada um dos aparelhos e equipamentos das


diversas instalações, levando-se em conta se está com defeito, no final de sua vida útil
ou se tornaram obsoletos. Após a avaliação destes elementos, determinar os que
necessitam serem reparados, substituídos ou mesmo instalados outros novos.

3.3. Apresentação

Desenhar o Cadastro de Edificações em formatos, adotando-se as mesmas escalas


estipuladas para cada um dos desenhos, preferencialmente 1:50. Apresentar, também,
o Relatório de Avaliação do Estado de Conservação, em formato A4, constando, além
do parecer técnico, as Fichas de Vistoria devidamente preenchidas.

Fotografar toda a edificação e o terreno remanescente, indicando nas plantas do


levantamento a localização dos pontos de tomada de cada foto com o sentido de sua
respectiva visada, para melhor entendimento.

A entrega final do cadastro de edificações deverá ser conforme o especificado a seguir:

a) Desenhos plotados em papel sulfite devidamente assinados.

b) 01 conjunto completo encadernado em volume e impresso no formato A4, com


cópias de todos os documentos: Memoriais Descritivos, Justificativos e de Cálculo,
Laudos, Relatórios, ART’s conforme os critérios e normas fixadas pelo DEOP-MG.

28
c) CD, e relação de todos os documentos e desenhos, contendo todos os
desenhos em arquivos eletrônicos, versão atualizada em extensão DWG ou IFC,
nomeados conforme os critérios e normas fixadas pelo DEOP-MG - Anexo 3;

29
4. Sondagem do Terreno

4.1. Objetivo

A finalidade deste procedimento é fornecer aos engenheiros calculistas de estrutura e


da fundação os dados da natureza do terreno que possibilitem determinar o tipo de
fundação a ser empregado para suportar as cargas estáticas da obra.

4.2. Detalhamento do Serviço

Servirá de base para estipular as cotas altimétricas da sondagem, o mesmo RN do


levantamento topográfico. O tipo de sondagem e o número de furos necessários serão
definidos conforme norma técnica e de acordo com o tipo da obra a ser construída e a
uniformidade apresentada pelo subsolo após o início do serviço de sondagem, não
devendo, contudo, ser inferior a dois 2 (dois).

No caso de ocorrência de formações rochosas, devem-se fazer prospecções para


determinar a sua constituição, estabilidade e dimensionamento. Quanto aos furos de
sondagem à percussão, o DEOP-MG definirá a melhor alternativa a ser empregada:

a) A contratada definirá previamente a locação dos furos através de croquis


apresentado à firma que fará a sondagem;

b) A sondagem fará parte do escopo do projetista, sendo esta a responsável pela


locação dos furos.

4.3. Apresentação

O resultado obtido deste processo será apresentado em forma de um relatório técnico,


o Relatório de Sondagem, contendo os dados básicos, a seguir:

a) Data em que foi iniciado e concluído o trabalho de campo;

b) Planta de locação dos furos com respectivas cotas altimétricas;

30
c) Perfil individual de cada sondagem, em escala, representado por um gráfico;

d) Identificação das diversas camadas do subsolo com suas respectivas


profundidades;

e) Classificação tátil-visual dos materiais perfurados;

f) Cota do lençol freático, quando encontrado;

g) Outras ocorrências ou achados dignos de notificação.

4.4. Condições Gerais

O Gestor, caso julgue oportuno, poderá solicitar, como complementação ao serviço de


sondagem, a abertura de poços de exploração donde serão retiradas amostras
representativas das camadas do subsolo para análise. As amostras representativas dos
tipos de solos deverão ser devidamente acondicionadas e conservadas pelo período
mínimo de 30 (trinta) dias após a entrega dos resultados, ficando à disposição do
DEOP-MG ou Contratante para eventuais ensaios de verificação de seu comportamento
mecânico ou de suas características físicas.

31
5. Trabalho Técnico Social – TTS

5.1. Objetivo

O Trabalho Técnico Social tem a finalidade de criar um o conjunto de ações que visam
à participação dos beneficiários afetados nos processos de decisão, implantação e
manutenção dos bens/serviços públicos.

5.2. Detalhamento do Serviço

O Trabalho Técnico Social (TTS) nas intervenções relacionadas ao desenvolvimento


urbano devem ter enfoque multidisciplinar, fundamentando-se nos princípios de
participação comunitária, sustentabilidade dos empreendimentos e preservação
ambiental. Embora a implantação do TTS tenha caráter processual, para fins didáticos
pode ser pensado em três fases: planejamento, implementação e avaliação.

Planejamento

Corresponde à fase de elaboração do Projeto de Trabalho Técnico Social (PTTS) que


compreende a sistematização do diagnóstico da área e a caracterização da população
beneficiária. Com base nas especificidades das pessoas e do território e nos resultados
pretendidos são definidas as atividades do projeto, a metodologia, as formas de
acompanhamento e avaliação, bem como o orçamento e o cronograma.

Implantação

Consiste no desenvolvimento das atividades previstas no cronograma de execução.

Avaliação

Procedimento que ocorre em todas as etapas do projeto, principalmente no final,


considerando sempre a visão dos beneficiários, através de seus grupos representativos
e da equipe técnica.

32
Há necessidade de remanejamento/reassentamento quando as famílias estiverem
enquadradas nos seguintes casos: implantação de infraestrutura ou sistema viário,
áreas não passíveis de regularização, expostas a riscos, em áreas não passiveis de
regularização (ex.: ambiental) ou em áreas imprescindíveis à regularização urbanística
da área. No caso de reassentamento ou remanejamento decorrente das intervenções, o
TTS deverá contemplar atendimento específico. Devem-se considerar as seguintes
ponderações:

a) Estudo de todas as alternativas que minimizem a necessidade de


remanejamento/reassentamento de famílias;

b) O custo do remanejamento/reassentamento deverá ser incluído no projeto,


devendo ser avaliada sua viabilidade econômica;

c) O local de reassentamento deverá ser, sempre que possível, próximo à área


original. A área receptora, neste caso, deverá ser servida de infraestrutura básica e
equipamentos comunitários, já existentes ou a serem executados.

d) Medidas compensatórias (outra unidade e/ou indenização) para todas as


famílias que na área original possuíam imóveis quer seja para uso misto (residência e
comércio), para que não haja diminuição de suas condições de sobrevivência;

5.3. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em forma de relatórios, sendo o primeiro o


Projeto de Trabalho Técnico Social (PTTS); os produtos intermediários os relatórios de
acompanhamento e, ao final, o documento conclusivo com os processos sintetizados e
com avaliações, conforme as normativas federais. Todos os documentos deverão ser
entregues em formato A4 e devidamente assinados. As fontes de comprovação das
atividades deverão ser originais e anexadas aos relatórios.

O PTTS deve conter, minimamente, as seguintes informações:

33
a) Identificação do Projeto, contendo: dados cadastrais; localização (endereço);
previsão de início e término; número de famílias beneficiárias; responsável técnico pelo
Projeto de Trabalho Social;

b) Diagnóstico Socioeconômico, resultado dos levantamentos realizados na área e


com a população e caracterização da área e entorno, onde estejam especificados:

 A definição do perfil de renda e do comprometimento médio mensal com o


pagamento de encargos, impostos, taxas, moradia e transporte da família selecionada;

 A escolaridade dos membros da família, a profissão e situação de emprego dos


que percebem renda;

 A composição familiar;

 A situação de saúde, deficiências físicas e idosos da comunidade;

 As necessidades apontadas pela comunidade, em termos de equipamentos


sociais públicos;

 Informações sobre a organização comunitária;

 Identificação dos serviços públicos existentes informando seu raio de


abrangência e sua capacidade de atendimento à demanda;

 Caracterização das habitações existentes, identificando tipo de uso, área,


material construtivo, número de cômodos, serviços internos – água, luz, destino dos
dejetos; e.

 Indicação da necessidade ou não da reassentamento ou remanejamento de


famílias.

 Informações sobre a vivência em organização comunitária dos moradores e a


organização presente no entorno.

34
c) Justificativa das intervenções propostas.

d) Objetivos gerais e específicos do Projeto de Trabalho Social.

e) Forma de implementação do projeto. Nesse item deverão ser descritas ações


por fases e eixos, descrevendo os mecanismos, bem como metodologia, técnicas e
instrumentos; a sequência de operacionalização das atividades, parcerias e outras
ações, descrevendo a participação das entidades envolvidas na execução do projeto
(secretarias de saúde, educação, trabalho, social e outras entidades que atuem junto à
comunidade); as ações e cronogramas por fases (pré-obra, obra e pós-obra).

f) Custos do projeto;

g) Cronograma de atividades;

h) Cronograma de desembolso;

i) Equipe técnica: descrição da equipe responsável pela implementação do


Projeto, sua formação profissional e experiência na temática;

j) Plano de reassentamento ou remanejamento, explicitando mecanismos, formas,


ações preparatórias, processo e cronograma compatível com o das obras;

k) Avaliação: explicitando os mecanismos que serão utilizados, destacando os


meios e os prazos da avaliação final.

Nos relatórios de acompanhamento devem ser registradas as atividades desenvolvidas


no período, conforme cronograma de desembolso do projeto. Desta forma, o material de
apoio utilizado, tais como atas de reuniões, registros, listas de presença, cartilha, dentre
outros, devem ser anexados ao relatório, comprovando a execução.

Ao final será elaborado o relatório conclusivo contendo informações de todo o processo,


além da avaliação do trabalho técnico social, incluindo o impacto pós-execução. Deve
conter, minimamente, as seguintes informações:

35
a) Identificação do Projeto, contendo: dados cadastrais; localização (endereço);
previsão de início e término; número de famílias e pessoas beneficiárias (prevista e
atendida); responsável técnico pelo Projeto de Trabalho Social;

b) Prazos;

c) Principais atividades desenvolvidas do TTS, incluindo descrição, período de


realização e público participante;

d) Ações previstas e não realizadas durante a execução do PTTS, incluindo


descrição, justificativa e impactos;

e) Avaliação técnica do projeto;

f) Avaliação pela população das atividades desenvolvidas;

g) Detalhamento das despesas.

36
6. Estudo de Impacto de Vizinhança/Relatório de Impacto de
Vizinhança – EIV/RIV

6.1. Objetivo2

O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) é um documento que precede à emissão de


licenças ou autorização de intervenções nas áreas urbanas, cujo objetivo é informar e
avaliar a abrangência, magnitude dos impactos (positivos ou negativos), as medidas
preventivas aos impactos, a fim de evitar o desequilíbrio no meio urbano, além da
garantia das condições mínimas do entorno.

O Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) é um relatório sobre as repercussões


significativas dos empreendimentos sobre o ambiente urbano, apresentado através de
documento objetivo e sintético dos resultados do estudo prévio de impacto de
vizinhança (EIV).

6.2. Detalhamento do Serviço

O EIV/RIV deverá ser elaborado por equipe multidisciplinar, cujos membros deverão
estar devidamente credenciados na sua área de atuação, que se responsabilizarão
pelas informações, resultados e conclusões apresentadas. O relatório de impacto de
vizinhança (RIV) conterá as repercussões significativas do empreendimento sobre a
vizinhança, apresentando de forma objetiva e sintética os resultados do estudo prévio
de impacto de vizinhança (EIV), em linguagem adequada e acessível à compreensão
dos diversos segmentos sociais.

6.3. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em forma de relatórios. Todos os


documentos/produtos deverão ser entregues em formato A4 e devidamente assinados.

2
Estes conceitos foram extraídos da Lei Municipal nº 5386/ 2012 do município de Betim/MG.

37
As ilustrações, mapas, plantas e desenhos que não puderem ser apresentados desta
forma deverão constituir um volume anexo. O EIV deve conter, minimamente, as
seguintes informações:

a) Informações gerais: Identificação do empreendimento; Identificação e


qualificação do empreendedor (nome ou razão social, endereço e contato dos
responsáveis legais); Identificação do profissional técnico responsável pelo EIV/RIV,
incluindo ART; Motivo e Porte do empreendimento;

b) Caracterização do Empreendimento: Local proposto para o empreendimento,


com mapa ou croqui, em escala adequada, incluindo as vias de acesso;

c) Descrição do empreendimento e sua finalidade: Descrição das atividades


desenvolvidas pelo empreendimento, número de funcionários, horário de
funcionamento, público alvo do empreendimento.

d) Da Vizinhança e Área de Influência: Caracterização social, econômica e cultural


da vizinhança afetada e definição dos limites da vizinhança a ser afetada, direta
ou indiretamente, pelos possíveis impactos. As áreas de influência de um
empreendimento correspondem aos espaços físico, biótico e de relações sociais,
políticas e econômicas passíveis de sofrer os potenciais efeitos das atividades
decorrentes de sua implantação. Toda a área e seu entorno deverá ter registro
fotográfico para melhor entendimento do local e da área de influência. Considera-
se para efeitos desta Lei:

 Área de Influência Direta: aquela imediatamente circunvizinha ao


empreendimento com raio de até 300m (trezentos metros) de distância do
mesmo, correspondendo à área que sofrerá os impactos diretos do
empreendimento, durante as fases de implantação e operação.

 Área de Influência Indireta: aquela com raio superior a 300m (trezentos metros),
em relação ao empreendimento, correspondendo à área que sofrerá os efeitos
indiretos da implantação e operação do empreendimento.

38
e) Apontamentos e Análises: Avaliação dos efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade sobre as áreas de influência observando no mínimo os
seguintes aspectos, conforme artigo 123 da LC nº170/06:

 Aspectos do sistema viário: efeitos sobre a geração de tráfego e na demanda


por transporte público, identificando a respectiva localização e os acessos gerais;
entradas, saídas, geração de viagens e distribuição no sistema viário; sistema
viário e de transportes coletivos do entorno; demarcação de melhoramento
público, em execução ou aprovados por lei, na vizinhança; compatibilização do
sistema viário com o empreendimento; a extensão das vias públicas que
circunscrevem o empreendimento considerado e a extensão das vias de acesso
até os “nós” de tráfego mais próximo, para avaliação de impactos sobre os
sistemas viários e de transportes públicos;

 Aspectos da infraestrutura urbana: capacidade de atendimento das redes de


água, esgoto cloacal, esgoto pluvial, energia elétrica, telefonia e outros serviços
públicos municipais para a demanda prevista e o seu respectivo mapeamento;

 Aspectos ambientais: impermeabilização excessiva do terreno; aumento de


temperatura; efeitos sobre a ventilação e iluminação nos edifícios e terrenos
circunvizinhos; potencial de poluição sonora; geração de lixo e demais formas de
poluição; produção e volume de partículas em suspensão e de fumaça; destino
final do material resultante do movimento de terra; destino final do entulho da
obra; existência de recobrimento vegetal de grande porte no terreno; produção e
destino final do lixo gerado pelo empreendimento; desmatamentos necessários e
formas de recuperação da área degradada;

 Aspectos paisagísticos: interferências na paisagem urbana e no patrimônio


natural, paisagístico, histórico e cultural; a quadra do empreendimento, mais as
vias públicas lindeiras, mais os imóveis lindeiras a estas vias públicas, para a
avaliação de impactos sobre paisagem, sobre atividades humanas instaladas, e
sobre os recursos naturais;

39
 Aspectos econômicos: impactos sobre o comércio, serviços e produção local,
como também sobre os efeitos no valor dos imóveis das quadras circunvizinhas;

 Aspectos sociais: perda de empregos ou renda; sobrecarga de equipamentos


públicos; alteração no adensamento populacional no lote, quadra ou rua;
alterações possíveis no uso e ocupação do solo, decorrentes do
empreendimento ou atividade; apropriação e fruição do espaço construído e dos
recursos naturais e dos seres vivos que convivem com a população humana;

 Aspectos gerais: avaliação das atividades previstas; análise das áreas,


dimensões e volumetria do empreendimento; levantamento planialtimétrico do
imóvel; e levantamento dos usos e volumetria de todos os imóveis e construções
existentes, localizados nas quadras limítrofes à quadra ou quadras onde o imóvel
está localizado. Se houver necessidade, em razão de características especiais
do empreendimento, atividade ou projeto em análise, poderá exigir-se que o
EIV/RIV aborde outros aspectos específicos.

f) Síntese dos Resultados: O RIV conterá uma parte conclusiva, onde serão
apresentados, de forma objetiva e de fácil compreensão, os resultados das atividades
técnicas, bem como as vantagens e desvantagens do empreendimento.

 Síntese dos resultados: Demonstração do grau de compatibilidade do


empreendimento frente à capacidade das redes de infraestrutura urbana,
incluindo vias e sistema d transporte público ou proposta para a sua adequação,
além das atividades humanas vizinhas, por similaridade e por
complementariedade;

 Avaliação dos impactos: Avaliação de possíveis impactos positivos e negativos,


diretos e indiretos, imediatos, a médio e longo prazo, temporários e permanentes
sobre a área de influência do projeto.

g) Proposta de Medidas Mitigadoras e/ou Compensatórias: As medidas


mitigadoras compreendem ações que visam dirimir ou minimizar a ocorrência de
impactos ambientais negativos; já as medidas compensatórias servem para compensar
impactos ambientais significativos e irreversíveis, impactos estes que não podem ser

40
minimizados. O EIV/RIV deverá propor medidas mitigadoras e/ou compensatórias dos
impactos negativos, avaliando a eficiência de cada uma delas. O órgão municipal
competente deverá aprovar ou rejeitar as medidas propostas, devendo propor
alterações em caso de desacordo.

h) Matriz de impactos: O RIV deverá conter uma Matriz de Impactos que trate de
forma sintética da apresentação e dimensionamento dos impactos identificados
no levantamento sistêmico. A Matriz de Impactos deverá apresentar as
ocorrências impactantes identificadas, definindo e classificando, segundo os
critérios a seguir expostos, os impactos possíveis, relacionando, ainda, os
elementos impactantes e as medidas compensatórias e mitigadoras sugeridas,
conforme critérios abaixo:

 Consequência: indica se o impacto tem efeitos benéficos/positivos (P),


adversos/negativos (N) ou adversos/negativos independente da implantação do
empreendimento (NI).

 Abrangência: indica os impactos cujos efeitos se fazem sentir na área do


empreendimento e da vizinhança: direto (D) ou que podem afetar áreas geográficas
mais abrangentes: indiretos (I).

 Intensidade: refere-se ao grau do impacto sobre o elemento estudado, podendo


ser alta (1), média (2) ou baixa (3), segundo a intensidade com que as
características ambientais possam ser modificadas.

 Tempo: refere-se à duração do impacto, podendo ser permanente (P),


temporário (T) ou cíclico (C).

41
7. Elaboração de Estudo de Viabilidade Técnica e Financeira (EV)

7.1. Objetivo

O Estudo de Viabilidade (EV) visa à análise e escolha da solução que melhor responda
ao Programa de Necessidades do órgão ou entidade, sob os aspectos legal, técnico e
financeiro do empreendimento.

7.2. Detalhamento do Serviço

Além de estudos e desenhos que assegurem a viabilidade técnica, o Estudo de


Viabilidade deve ser constituído por um relatório justificativo, contendo a descrição e
avaliação da alternativa selecionada, as suas características principais, os critérios,
índices e parâmetros utilizados, as demandas a serem atendidas e o pré-
dimensionamento dos sistemas previstos. Deverão ser consideradas as interferências
entre estes sistemas e apresentada a estimativa de custo do empreendimento. Segundo
a Lei Federal nº 8.666/93, art. 6º, inciso IX, é necessário e obrigatório estudos
preliminares.

a) estudo de viabilidade, contendo as indicações dos estudos


técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e
econômica e, quando necessário, o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento (BRASIL, 1993).

O Estudo de Viabilidade é aquele que fará análises e avaliações do ponto de vista


técnico, legal e financeiro e que promove a seleção e recomendação de alternativas
para a concepção dos projetos. Permite verificar se o programa, terreno, legislação,
custos e investimentos são executáveis e compatíveis com os objetivos do órgão. É
necessário nesse momento realizar uma estimativa de custos, a relação custo
benefício, o prazo para a elaboração dos projetos e para a execução da obra, a origem
dos recursos para realizá-los, a verificação quanto à previsão orçamentária.

42
7.3. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em forma de relatórios, mapas, fotografias e


como documento conclusivo o EV. Todos os documentos deverão ser entregues em
formato A4 e devidamente assinados. As ilustrações, mapas, plantas e desenhos que
não puderem ser apresentados desta forma deverão constituir um volume anexo. O EV
deve conter, minimamente, as seguintes informações:

a) Informações Gerais: Identificação do empreendimento; Identificação e


qualificação do empreendedor e do ente responsável pelo desenvolvimento dos estudos
(nome ou razão social, endereço e contato dos responsáveis legais); Identificação dos
profissionais técnicos responsáveis pelo EV, incluindo ART;

b) Descrição do empreendimento e sua finalidade: Tipo de atividade e o porte do


empreendimento; síntese dos objetivos do empreendimento, sua justificativa e a análise
de custo-benefício; contabilidade do projeto com os planos e programas de ação
federal, estadual e municipal; Levantamento da legislação federal, estadual e municipal
incidente sobre o empreendimento; Indicação, em mapas, de Unidades de Conservação
e Preservação Ecológica, existentes na área de influência do empreendimento;
declaração da utilidade pública ou de interesse social da atividade do empreendimento,
quando existente.

c) Caracterização do Empreendimento: objetivos e justificativas da implantação do


empreendimento; localização geográfica do empreendimento; rede hidrográfica
(descrição da bacia hidrográfica e cursos d’água diretamente afetados pelo
empreendimento); localização e dimensões das áreas (indicação dos locais com maior
potencialidade de exploração, descrição das condições locais como vegetação,
declividade do terreno, proximidade com cursos d’água, com apresentação em mapas
em escala compatível e croquis de acesso);

d) Estudo de viabilidade técnica do empreendimento: informar sobre a concepção


tecnológica escolhida, a sua adequação ao processo produtivo e aos produtos; informar

43
sobre a concepção tecnológica escolhida, a sua adequação ao processo produtivo e
aos produtos; comentar sobre o grau de modernidade dessa tecnologia; informar sobre
a procedência e a disponibilidade da tecnologia para o projeto (se de domínio público,
se fornecida pelos fabricantes dos equipamentos, se será adquirida por contrato, etc.);
detalhar o processo produtivo a ser empregado, o ciclo de produção, o fluxo de
materiais e os coeficientes de entradas e saídas por fase da produção; informar sobre a
competência da empresa com vistas ao emprego e absorção da tecnologia a ao “Know-
how” para operacionalizar o processo produtivo; comentar sobre alternativas
tecnológicas justificando a escolha feita para o projeto.

e) Estudo de viabilidade financeira do empreendimento: Detalhar os investimentos


a serem realizados; justificar os valores desses investimentos com plantas/orçamentos
das obras e instalações, e com propostas de fornecimento de equipamentos, móveis,
etc.; especificar as fontes de recurso e respectivos valores pretendidos para financiar os
investimentos previstos para o projeto; detalhar, cronograma com base nos
investimentos e nas fontes de recursos previstos, vinculado ao cronograma de
realização (os cronogramas poderão ser mensais, bimestrais ou trimestrais); quadro
detalhado de mão-de-obra; custos tributários; despesas administrativas; etc.

44
8. Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental -
EIA/RIMA

8.1. Objetivo

Estudo de Impacto Ambiental (EIA): Estudo para demonstrar a viabilidade ambiental


do empreendimento ou atividade a ser instalada.

Relatório de Impacto Ambiental (RIMA): Relatório que explicita as conclusões do EIA


e que sempre o acompanha.

8.2. Detalhamento do Serviço

Os produtos deverão apresentar a descrição do empreendimento nas fases de


planejamento, de implantação, de operação e, se for o caso, de desativação. Quando a
implantação for por etapas, ou quando forem previstas expansões, as informações
deverão ser detalhadas para cada uma delas. Apresentar também a previsão das
etapas em cronogramas detalhados da implantação do empreendimento. O estudo é
solicitado durante a Licença Prévia (LP). No artigo 6° dessa resolução define que o EIA
desenvolverá as seguintes atividades técnicas:

I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise


dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a
situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:
a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais,
a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o regime hidrológico, as
correntes marinhas, as correntes atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando as
espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e
ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;

45
c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a
socioeconômica, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e
culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os
recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.

II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de


identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis
impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazo, temporários e
permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas;
a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os
equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência
de cada uma delas.

IV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactos


positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados).

O relatório de impacto ambiental, RIMA, refletirá as conclusões do estudo de impacto


ambiental (EIA). O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua
compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas
por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de
modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como
todas as consequências ambientais de sua implementação. Dessa forma, o Relatório de
Impacto Ambiental deverá conter os seguintes itens:

I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas


setoriais, planos e programas governamentais;

46
II - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando
para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as
matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica
operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos
diretos e indiretos a serem gerados;

III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de


influência do projeto;

IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da


atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de
incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua
identificação, quantificação e interpretação;

V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando


as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a
hipótese de sua não realização;

VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos


impactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de
alteração esperado;

VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de


ordem geral).

8.3. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em forma de relatórios, mapas, fotografias, e


como documento conclusivo, o RIMA, com os processos sintetizados e com as

47
avaliações conforme normativas. Todos os documentos deverão ser entregues em
formato A4 e devidamente assinados. As ilustrações, mapas, plantas e desenhos que
não puderem ser apresentados desta forma deverão constituir um volume anexo. O
EIA/RIMA deve conter, minimamente, as informações abaixo. Cabe à empresa
responsável por sua elaboração justificar a exclusão de alguns itens previstos, bem
como a inclusão de outros considerados importantes para a discussão e avaliação da
qualidade ambiental do empreendimento.

a) Informações Gerais: Identificação do empreendimento; Identificação e


qualificação do empreendedor e do ente responsável pelo desenvolvimento dos estudos
ambientais (nome ou razão social, endereço e contato dos responsáveis legais);
Identificação dos profissionais técnicos responsáveis pelo EIA/RIMA, incluindo ART;

b) Descrição do empreendimento e sua finalidade: Histórico do empreendimento;


nacionalidade de origem das tecnologias a serem empregadas; Tipo de atividade e o
porte do empreendimento; síntese dos objetivos do empreendimento, sua justificativa e
a análise de custo-benefício; contabilidade do projeto com os planos e programas de
ação federal, estadual e municipal, Levantamento da legislação federal, estadual e
municipal incidente sobre o empreendimento em qualquer das suas fases, com
indicação das limitações administrativas impostas pelo Poder Público; Indicação, em
mapas, de Unidades de Conservação e Preservação Ecológica, existentes na área de
influência do empreendimento; declaração da utilidade pública ou de interesse social da
atividade do empreendimento, quando existente.

c) Caracterização do Empreendimento: objetivos e justificativas da implantação do


empreendimento; localização geográfica do empreendimento, com identificação dos
núcleos urbanos com interferência direta no empreendimento; rede hidrográfica
(descrição da bacia hidrográfica e cursos d’água diretamente afetados pelo
empreendimento); localização e dimensões das áreas (indicação dos locais com maior
potencialidade de exploração, descrição das condições locais como vegetação,
declividade do terreno, proximidade com cursos d’água, com apresentação em mapas
em escala compatível e croquis de acesso); descrição das características dos materiais,

48
volume disponível e previsto de ser utilizado; Distâncias médias das áreas aos locais de
aplicação. Deverão ser considerados também:

 Caracterização, localização e quantificação das áreas de bota-fora: Identificação


e localização das possíveis áreas dos bota-foras com apresentação em mapas em
escala compatível e croquis de acesso, estimativas de volumes e classificações dos
materiais que serão destinados às áreas de bota-foras e distâncias médias das
frentes de trabalho aos bota-foras.

 Caracterização e localização dos canteiros de obras: Indicações de alternativas


possíveis para instalação dos canteiros de obras com descrição das condições
locais como vegetação e declividade do terreno, proximidade com núcleos urbanos,
cursos d’água e indicação de possíveis usos futuros (Apresentação em mapas em
escala compatível e croquis de acesso);

 Descrição dos requisitos necessários à implantação das estruturas: controle para


usinas e centrais no caso de pavimentação (asfalto, britagem, concreto e solos),
oficinas, administração, alojamento, refeitórios e sistema de saneamento básico
(abastecimento d’água, tratamento de efluentes domésticos e industriais, sistema de
coleta, disposição de resíduos sólidos), caso seja necessário.

 Identificação dos insumos necessários à construção: Estimativa dos insumos


construtivos a serem utilizados, métodos de exploração e ou aquisição, condições
de armazenamento, volumes a serem transportados, equipamentos a serem
utilizados;

 Descrição da mão-de-obra necessária à construção do empreendimento:


Estimativa de alocação da mão de obra de pessoal para a construção do
empreendimento com indicação dos níveis superior, médio e operário.

 Descrição das máquinas e equipamentos necessários à construção do


empreendimento: Estimativas e descrição das máquinas e equipamentos
necessários à construção, suas finalidades e períodos de utilização, nas frentes de
trabalho.

49
d) Área de Influência do Empreendimento: Deverá ser apresentada em memorial
descritivo e em forma cartográfica, devendo ser identificada a área de influência direta e
indireta, contendo o traçado existente, o traçado proposto, os núcleos urbanos e a rede
hidrográfica. A área de influência deverá conter as áreas de incidência dos impactos,
abrangendo os distintos contornos para as diversas variáveis enfocadas. Deverá ser
apresentada, também, a metodologia utilizada e a justificativa para a delimitação das
duas áreas de influência citadas e incidência dos impactos, acompanhada de
mapeamento, em escala adequada.

e) Diagnóstico Ambiental da Área de Influência: Os estudos para a realização do


diagnóstico ambiental da área de influência deverão ser realizados em função das
características do empreendimento a serem estruturados através dos meios e
compartimentos ambientais. Os levantamentos devem ser elaborados buscando
respostas claras e objetivas para os pontos de interferência do empreendimento com o
meio ambiente. Os diagnósticos deverão ser acompanhados de mapas em escala
compatível com o nível de detalhamento dos fatores ambientais estudados, gráficos,
fotos etc. visando otimizar o entendimento e facilitar sua análise e uso posterior. Os
meios a serem considerados são: o meio físico, meio biótico e o meio socioeconômico
(ou antrópico).

Meio físico: Os itens a serem abordados serão aqueles necessários para a


caracterização do meio físico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e
segundo as características da região. Entre os aspectos cuja consideração ou
detalhamento podem ser necessários, incluem-se:

 Geologia: Identificar as principais características geológicas que estejam


diretamente associadas a potenciais de riscos e danos ambientais, indicando as
unidades estratigráficas, estruturas, características geotécnicas e de estabilidade
das encostas e a identificação dos recursos minerais exploráveis.

50
 Geomorfologia: Identificar as principais características geomorfológicas que
estejam diretamente associadas a potenciais de riscos e danos ambientais,
indicando as feições geomorfológicas e a susceptibilidade erosiva.

 Pedologia: Identificar os tipos de solos ocorrentes e suas características físico-


químicas que possam subsidiar os processos de reabilitação das áreas impactadas.

 Clima: Caracterização do clima e das condições meteorológicas, enfocando a


precipitação total média (mensal e anual), definição do regime de chuvas, número
médio de dias com chuva ao mês, delimitação do período seco e chuvoso,
temperaturas, umidade do ar, ventos (intensidade e direção), insolação,
nebulosidade e classificação climática.

 Hidrologia: Caracterização hidrográfica com a utilização de dados obtidos em


séries históricas ou no mínimo, através de observações pluviométricas e
fluviométricas relativas a um ciclo hidrológico; delimitação das bacias de drenagem,
identificação dos corpos d’água e suas relações de proximidade com o
empreendimento, possíveis captações para abastecimento comunitário a jusante do
empreendimento e a delimitação das vertentes naturais e nascentes.

 Hidrogeologia: Descrição dos aquíferos, áreas de ocorrência, inventários dos


pontos de surgência d’água na área diretamente afetada e caracterização dos
processos de recarga e descarga na área de influência direta.

 Qualidade das Águas: Identificação das características físico-químicas e


biológicas dos corpos d’água que estejam sobre influência direta do
empreendimento, principalmente os que apresentarem captações para
abastecimento comunitário (a jusante).

 Qualidade do Ar: Deverão ser avaliadas qualitativamente as condições de


qualidade do ar nas áreas próximas a núcleos urbanos e unidades de conservação,
associados às áreas potenciais de instalação de canteiros de obras.

51
 Ruídos: Identificação dos níveis de ruídos, com maior ênfase às áreas urbanas
e próximas de unidades de conservação, com apresentação cartográfica dos pontos
de medição.

 Vibrações: Caso sejam detectadas áreas de patrimônio naturais (arqueológico,


paleontológico e espeleológico) ou edificações de relevante valor histórico e
arquitetônico nas áreas de influência direta do empreendimento, deverão ser
verificados os níveis de vibrações provocados pelo tráfego, possíveis desmonte de
rocha, etc. e avaliada a sensibilidade e o comportamento das estruturas existentes
frente a tais vibrações.

Meio biótico: Os itens a serem abordados serão aqueles que caracterizam o meio
biótico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as características
da região. Deverá ser apresentada a caracterização dos ecossistemas da área que
pode ser atingida, direta ou indiretamente, pelo empreendimento. Além dos mapas
referentes aos temas relacionados anteriormente, deverão ser apresentados os mapas
das unidades de conservação na área de influência do empreendimento. Entre os
aspectos cuja consideração ou detalhamento podem ser necessários, incluem-se:

 Flora: Descrição das fisionomias vegetacionais ocorrentes, apresentando uma


análise crítica do seu estado de conservação, incluindo aquelas já submetidas a
algum tipo de alteração; apresentação de levantamentos Florístico das fisionomias
identificadas com indicação daquelas de maior relevância ecológica, tais como as
ameaçadas de extinção; apresentação de inventário da biomassa lenhosa a ser
suprimida com estimativa de volume x espécies.

 Fauna: Apresentação das espécies da mastofauna, avifauna e herpetofauna


com ocorrência na área de influência do empreendimento, identificando as espécies
raras (local e regionalmente) e ameaçadas de extinção. Outros grupos taxonômicos
deverão ser considerados quando houver relação de importância entre esses grupos
e as futuras modificações ambientais advindas com o empreendimento;

52
apresentação de análise crítica da situação da fauna ocorrente na área de influência
direta, considerando inclusive as áreas já alteradas.

Meio Socioeconômico: Serão abordados aqueles itens necessários para caracterizar o


meio socioeconômico, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as
características da região. Deverá ser apresentada a caracterização do meio
socioeconômico a ser potencialmente atingido pelo empreendimento, através das
informações listadas a seguir, e considerando-se basicamente duas linhas de
abordagem descritiva, referente à área de influência. Uma, que considera aquelas
populações existentes na área atingida diretamente pelo empreendimento, outra que
apresenta as inter-relações próprias do meio socioeconômico regional e passíveis de
alterações significativas por efeitos indiretos do empreendimento. Quando procedentes,
as variáveis enfocadas no meio socioeconômico deverão ser apresentadas em séries
históricas, significativas e representativas, visando à avaliação de sua evolução
temporal. Entre os aspectos, cuja consideração e detalhamento podem ser necessários,
incluem-se:

 Demografia: Tamanho e composição das populações dos núcleos urbanos e


rurais que sofram interferências diretas do empreendimento, evolução da população,
populações economicamente ativas, taxa de desemprego e identificação de
movimentos migratórios; verificação e identificação da presença de populações
tradicionais (aldeias indígenas, quilombos, etc.), com descrição de suas
características, costumes, localização e possibilidade de sofrer interferência do
empreendimento.

 Economia: Identificação das atividades produtivas, tipos e relação de trabalho,


valor e destinação da produção na área de influência do empreendimento.

 Uso e ocupação do solo: Apresentação do histórico da ocupação da área de


influência, forma de ocupação, estrutura fundiária e condições legais de ocupação.

53
 Infraestrutura: Interferências do empreendimento nos núcleos urbanos;
descrição das condições de habitação, saúde, educação e saneamento básico,
organização e segurança social nos núcleos urbanos diretamente afetados.

 Patrimônio natural e cultural: Descrição e caracterização das áreas de


patrimônios natural (arqueológico, paleontológico e espeleológico) e cultural (áreas
com edificações de relevante valor histórico e arquitetônico).

f) Qualidade Ambiental: Em um quadro sintético, expor as interações dos fatores


ambientais físicos, biológicos e socioeconômicos, indicando os métodos adotados para
análise dessas interações, com o objetivo de descrever as inter-relações entre os
componentes bióticos, abióticos e antrópicos do sistema a ser afetado pelo
empreendimento, inclusive as tendências evolutivas dos fatores importantes para a
caracterização da interferência do empreendimento. A análise também deverá contem
os seguintes tópicos:

 Identificação dos problemas ambientais decorrentes da implantação do


empreendimento (erosões, voçorocas, deslizamentos, assoreamentos e
inundações);

 Identificação dos problemas ambientais relacionadas às atividades de terceiros;

 Identificação de áreas anteriormente utilizadas para acampamentos, usinas,


pedreiras, jazidas de empréstimo e bota-foras, dentre outros.

g) Avaliação dos Impactos Causados pelo Empreendimento: Deve ser apresentada


uma análise dos prováveis impactos nas fases de planejamento, implantação e
operação, abrangendo a identificação, a interpretação dos fenômenos, a magnitude e
importância de cada fenômeno, e ainda, a determinação e a justificativa dos horizontes
de tempo considerados. Os impactos deverão ser avaliados para cada uma das áreas
definidas no “Diagnóstico Ambiental da Área de Influência do Empreendimento”,
considerando os impactos diretos e indiretos, benéficos e adversos, temporários e

54
permanentes, de caráter local, regional e estratégico. Como resultado desta avaliação,
deverá ser apresentada uma descrição detalhada dos impactos sobre cada um dos
fatores ambientais diagnosticados como relevante.

Deverá ser apresentada a metodologia de identificação dos impactos, as técnicas de


previsão da magnitude e os critérios adotados para a interpretação e a análise de suas
interações. Com base nessas análises de impactos, serão desenvolvidos os
prognósticos da qualidade ambiental da área de influência do empreendimento
rodoviário. A avaliação da qualidade ambiental deverá ser apresentada em quadro
síntese, expondo as interações entre os fatores ambientais físicos, bióticos e
socioeconômicos da área de influência do empreendimento e uma síntese conclusiva
dos impactos relevantes de cada fase prevista para o empreendimento (planejamento,
implantação, operação e desativação) e, para o caso de acidentes, acompanhada da
análise (identificação, previsão da magnitude e interpretação) de suas interações.
Deverão ser identificadas as tendências evolutivas dos principais fatores que
caracterizam o sistema afetado pelo empreendimento. É preciso mencionar os métodos
de identificação dos impactos, as técnicas de previsão da magnitude e os critérios
adotados para a interpretação e análise de suas interações.

h) Conformidade Legal: Deverá ser realizada uma avaliação da compatibilidade


entre o empreendimento com as matérias legais relacionadas ao assunto, apresentando
os fatos e evidências que demonstrem a compatibilidade, ou não, do empreendimento
com a legislação ambiental.

i) Medidas Mitigadoras: As medidas mitigadoras deverão ser previstas para


minimizar os impactos adversos identificados e quantificados na “Avaliação dos
Impactos Causados pelo Empreendimento”. Estas medidas deverão ser apresentadas e
classificadas quanto: à sua natureza: preventiva ou corretiva (inclusive os equipamentos
de controle de poluição, avaliando sua eficiência em relação aos critérios de qualidade
ambiental e aos padrões de disposição de efluentes líquidos, emissões atmosféricas e

55
resíduos sólidos); à fase do empreendimento em que deverão ser adotados:
planejamento, implantação, operação e desativação, e para o caso de acidentes; ao
fator ambiental a que se destina: físico, biótipo ou socioeconômico; ao prazo de
permanência de sua aplicação: curto, médio ou longo; à responsabilidade por sua
implementação: empreendedor, poder público ou outros; à avaliação de custos das
medidas mitigadoras.

No caso de áreas de reabilitação de locais específicos, deverão ser apresentadas


medidas que contemplem: estabilidade das escavações, aterros e bota-foras;
suscetibilidades dos solos a processos erosivos; proteção dos cursos d’água quanto
aos processos de assoreamento e qualidade das águas; conformação topográfica e
paisagística, principalmente das áreas de empréstimos e taludes; projetos de
revegetação considerando as condições locais, de segurança e estéticas, com
utilização preferencial de espécies nativas;

Para os casos em que o empreendimento apresente áreas anteriormente degradadas


(passivo ambiental), além dos itens acima mencionados, deverão ser apresentados:
identificação e mapeamento das diferentes áreas a serem reabilitadas; definição do uso
da área, justificando a escolha do método de reabilitação. Para os casos de
desapropriação habitacional, deverá ser elaborado o plano de reassentamento
involuntário.

j) Cronograma de Elaboração dos Projetos e Plano de Controle Ambiental: Caso


seja necessário, deverá ser elaborado cronograma com a previsão de apresentação dos
Projetos de Engenharia e Plano de Controle Ambiental - PCA, em conformidade com os
prazos vigentes de validade das licenças.

k) Cronograma de Implantação do empreendimento e das Medidas de


Recuperação: Deverá ser apresentado cronograma preliminar previsto de implantação
das obras e de reabilitação das áreas impactadas, com a descrição das atividades a

56
serem desenvolvidas, etapas construtivas e período de implementação, localização das
frentes de trabalho e identificação dos responsáveis pela implementação.

l) Programa de Acompanhamento e Monitoramento Ambiental: O monitoramento


deverá abranger as condições de reabilitação física, revegetação, qualidade das águas,
evolução dos processos de reassentamento, etc. Deverão ser apresentados os
programas de acompanhamento da evolução dos impactos positivos e negativos
provocados pelo empreendimento, considerando as fases de implantação e operação,
incluindo os seguintes itens: indicação e justificativa dos parâmetros selecionados sobre
cada um dos fatores ambientais considerados; dimensionamento e distribuição da rede
de amostragem; métodos de coleta e análise das amostras; periodicidade de
amostragens para cada parâmetro; métodos a serem empregados no processamento
das informações levantadas, visando retratar o quadro evolutivo e realizar comparação
com os resultados finais esperados (projetado); previsão de entrega de informes
periódicos de acompanhamento das atividades desenvolvidas, acompanhados de
relatórios fotográficos, boletins de análises, laudos técnicos, etc.

m) Comunicação e Meio Ambiente: Em algumas situações há necessidade da


realização das audiências públicas como parte do processo de licenciamento. Nessa
ocasião reúne-se o Poder Público o empreendedor, entidades civis e os cidadãos em
grupo de cinquenta ou mais para discutir, criticar, sugerir informações sobre o projeto no
intuito de subsidiar a decisão quanto ao seu licenciamento.

n) Bibliografia: Deverá ser apresentada toda relação de documentos consultados


para elaboração dos documentos relativos ao EIA/RIMA.

57
9. Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF)

9.1. Objetivo

O Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF) é um documento exigido pelo


Instituto Estadual de Florestas (IEF) para todo e qualquer projeto de desmate de áreas
de proteção permanente, principalmente em casos de exploração do subsolo, como na
mineração. Como o próprio nome diz, esse projeto tem como objetivo a apresentação
de medidas que vise à reconstituição da flora, baseado em estudos prévios das
características físicas das áreas em questão. É exigida sua elaboração para a obtenção
da Autorização Para Exploração Florestal – APEF, concedida pelo IEF, regulamentada
pela Deliberação Normativa nº. 76/2004 que dispõe sobre interferência em áreas
consideradas de Preservação Permanente e dá outras providências.

9.2. Detalhamento do Serviço

Considera as características bióticas e abióticas para o planejamento da reconstituição


da flora em determinada área de preservação permanente. Considera-se
particularmente o bioma e a fisionomia específica (por exemplo, mata ciliar, entorno de
nascentes). Sua necessidade está condicionada em acordo com os critérios do IEF na
ocasião de manejo das APP’s.

9.3. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em forma de relatórios, mapas, fotografias e


como documento conclusivo o PRTF. Todos os documentos deverão ser entregues em
formato A4 e devidamente assinados. As ilustrações, mapas, plantas e desenhos que
não puderem ser apresentados desta forma deverão constituir um volume anexo. O
PRTF deve conter, minimamente, as seguintes informações:

a) Informações Gerais: Identificação do empreendimento; Identificação e


qualificação do empreendedor e do ente responsável pelo desenvolvimento dos estudos
ambientais (nome ou razão social, endereço e contato dos responsáveis legais);
Identificação dos profissionais técnicos responsáveis pelo PRTF, incluindo ART;

58
b) Descrição do empreendimento e sua finalidade: Objetivo geral e especifico;
histórico do empreendimento; área total da propriedade e da intervenção; indicação em
planta topográfica do empreendimento, incluindo a metodologia de levantamento;
localização geográfica em coordenadas; indicação, em mapas, de Unidades de
Conservação e Preservação Ecológica, existentes na área de influência do
empreendimento; caracterização edáfica, hídrica e climática; inventário qualitativo da
fauna e quali-quantitativo da flora; descrição das alterações no meio ambiente, danos
físicos (edáficos e hídricos) e danos biológicos (fauna e flora).

c) Justificativas de locação do PTRF.

d) Descrição da Reconstituição da flora: definição da área a ser reconstituída;


coordenadas geográficas; formas da reconstituição (reflorestamento ou regeneração
natural); detalhamento das espécies indicadas (pioneiras; secundárias; clímax;
frutíferas; exóticas).

e) Descrição da Implantação e medidas preventivas: combate à formiga; preparo


do solo; espaçamento e alinhamento; coveamento e adubação; plantio; coroamento;
tratos culturais; replantio; práticas conservacionistas de preservação de recursos
edáficos e hídricos.

f) Cronograma de execução física.

g) Metodologia de avaliação de resultados.

h) Literatura Consultada.

59
10. Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD)

10.1. Objetivo3

O Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) deverá reunir informações,


diagnósticos, levantamentos e estudos que permitam a avaliação da degradação ou
alteração e a consequente definição de medidas adequadas à recuperação da área.

10.2. Detalhamento do Serviço

10.3. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em forma de relatórios, mapas, fotografias e


como documento conclusivo o PRAD. Todos os documentos deverão ser entregues em
formato A4 e devidamente assinados. As ilustrações, mapas, plantas e desenhos que
não puderem ser apresentados desta forma deverão constituir um volume anexo. O
PRAD deve conter, minimamente, as seguintes informações:

a) Informações Gerais: Identificação do empreendimento; Identificação e


qualificação do empreendedor e do ente responsável pelo desenvolvimento dos
estudos ambientais (nome ou razão social, endereço e contato dos responsáveis
legais); Identificação dos profissionais técnicos responsáveis pelo PRAD, incluindo
ART;

b) Descrição do empreendimento e sua finalidade: Objetivo geral e especifico; área


total da propriedade e da área a ser recuperada; mapa de localização no município;
localização geográfica em coordenadas; levantamento topográfico ou planialtimétrico;
caracterização da área degradada (tipo de degradação); descrição da cobertura vegetal
e das condições do substrato; características geológicas; características
geomorfológicas e topográficas; características hidrológicas.

c) Dinâmica da degradação;

d) Previsão de Evolução;

60
e) Ações de Recuperação: Procedimentos técnico-operacionais para recuperação
de áreas degradadas; recomposição topográfica e/ou reafeiçoamento topográfico;
dispositivos de drenagem; definição dos sistemas de revegetação
implantação/enriquecimento, seleção de espécies pioneiras e secundárias nativas;
abertura de covas; correção dos solos e adubações Ações de plantio e tutoramento;
isolamento (cercamento) da área.

f) Elaboração de Croqui apresentando as fases de recuperação da área.

g) Quantificar a recuperação (Quadro de Quantidades)

3
ABNT NBR 13.030:99

61
11. Relatório de Controle Ambiental/Plano de Controle Ambiental
(RCA/PCA)

11.1. Objetivo

O Relatório de Controle Ambiental (RCA) é um dos documentos que acompanha o


requerimento do licenciamento quando não há exigência de EIA/RIMA. Sua elaboração
se dá durante a Licença de Instalação (LI). Seu conteúdo constitui-se numa série de
informações, levantamentos e estudos que visam à identificação de não conformidades
legais e de impactos ambientais, efetivos ou potenciais, decorrentes da instalação e do
funcionamento do empreendimento para o qual está sendo solicitada a licença.

O Plano de Controle Ambiental (PCA) é um estudo que tem por objetivo identificar e
propor medidas mitigadoras aos impactos gerados por empreendimentos. O PCA é
sempre necessário, independente da exigência ou não de EIA/RIMA, sendo solicitado
durante a Licença de Instalação (LI). O Plano deverá expor, de forma clara, o
empreendimento e sua inserção no meio ambiente com todas as suas medidas
mitigadoras e compensatórias, bem como corrigir as não conformidades identificadas.

11.2. Detalhamento do Serviço

O Relatório de Controle Ambiental (RCA), em cumprimento às resoluções CONAMA nº


237/97 e a Deliberação Normativa COPAM nº 074/04, é necessário instruir o processo
de licenciamento ambiental junto ao órgão licenciador. Cabe à empresa responsável por
sua elaboração justificar a exclusão de alguns itens previstos, bem como a inclusão de
outros considerados importantes para a discussão e avaliação da qualidade ambiental
do empreendimento.

O RCA deverá ser elaborado por equipe técnica habilitada, devendo constar a Anotação
de Responsabilidade Técnica (ART) de cada profissional. Todas as ilustrações, cartas,
plantas, desenhos, mapas e fotografias deverão ser perfeitamente legíveis em todas as
cópias do documento. De acordo com as características e a localização do
empreendimento, a FEAM poderá solicitar informações complementares julgadas

62
necessárias à análise da proposta, bem como dispensar o atendimento às exigências
constantes deste documento, que a seu critério não sejam aplicáveis.

11.3. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em forma de relatórios, mapas, fotografias,


em formato digital e impresso, e como documento conclusivo o RCA/PCA. Todos os
documentos deverão ser entregues em formato A4 e devidamente assinados. As
ilustrações, mapas, plantas e desenhos que não puderem ser apresentados desta forma
deverão constituir um volume anexo.

O RCA deve conter, minimamente, as seguintes informações:

a) Informações Gerais: Identificação do empreendimento; identificação e


qualificação do empreendedor e do ente responsável pelo desenvolvimento dos estudos
ambientais (nome ou razão social, endereço e contato dos responsáveis legais);
Identificação dos profissionais técnicos responsáveis pelo RCA, incluindo ART;

b) Descrição do empreendimento e sua finalidade: Objetivo geral e especifico; tipo


da obra; área total, área útil e área construída do empreendimento; mapa de localização
no município; localização geográfica em coordenadas; levantamento topográfico ou
planialtimétrico; caracterização da área; justificativa da localização. E apresentação dos
seguintes produtos:

 Mapa de situação do empreendimento, em escala regional, delimitando o


mesmo e indicando o posicionamento frente à divisão político-administrativa, áreas
ocupadas, rede hidrográfica regional, Unidades de Conservação ou outras áreas de
relevância ambiental, sistema viário principal, bairros, distritos e povoados, e outros
elementos que mereçam destaque;

 Mapa, em escala 1:10.000, indicando a localização do empreendimento frente à


rede hidrográfica local, às Unidades de Conservação do entorno (raio de 10 Km), às
áreas tombadas, às áreas de interesse cultural e/ou etnológicas da comunidade, a

63
sítios naturais ou monumentos arqueológicos, articulação com o sistema viário do
entorno, indicando ainda, áreas rurais, urbanas e de expansão urbana;

 Planta de uso do solo do empreendimento e seu entorno imediato, delimitando a


área do mesmo, indicando cursos d´água, áreas úmidas, áreas vegetadas e tipo de
vegetação, áreas ocupadas e o tipo de ocupação, sistema viário existente, além de
outros itens considerados relevantes;

 Planta do empreendimento, identificando as edificações, atividades e usos,


sobre base plani-altimétrica com curvas de nível de metro em metro, apresentando
traçado das vias internas (veículos e pedestres), acessos, e sua articulação com
arruamentos contíguos, indicação de áreas verdes, áreas “non aedificandi”, áreas de
preservação permanente (APP), áreas de uso comum, etc.;

 Mapa de declividades da área, identificando os intervalos de 0 a 5%, 5% a 30%,


30% a 47%, 47% a 100% e acima de 100%;

 Mapa geológico-geotécnico da área, com caracterização do solo quanto à


estabilidade e susceptibilidade a erosão, incluindo laudo de risco geológico-
geotécnico comprovando a segurança para ocupação das áreas acima de 30% e as
diretrizes para ocupação dessas áreas;

Obs.: Os mapas e plantas a que se referem os itens acima deverão ser


apresentados na mesma escala e em papel sulfite e vegetal, de forma a
possibilitar a superposição dos mesmos.

 Quadro estatístico de áreas do empreendimento, apresentando as áreas


construídas, áreas verdes, áreas das vias, e áreas dos diversos usos propostos;

 Estudos do meio socioeconômico: caracterização geral do município do ponto


de vista das condições sociais e econômicas, principais atividades, saneamento
básico, sistema viário e de transportes, uso e ocupação do solo no entorno.
Relacionar estes estudos com a área do empreendimento, visando verificar a
viabilidade da integração do mesmo com a infraestrutura existente no município;

64
 Estudos florísticos e faunísticos da área, e apresentação de dados referentes à
qualificação e dimensão das áreas a serem submetidas à supressão vegetal;

 Indicação das espécies a serem utilizadas na arborização do sistema viário, em


espaços de uso comum e na recuperação de áreas porventura degradadas;

 Esclarecimentos sobre como será feita a segurança do empreendimento e de


seu entorno, incluindo anuência do serviço policial local (civil e militar);

 Manifestação da empresa concessionária de energia elétrica na região, sobre a


capacidade de atendimento à demanda a ser gerada pela implantação do
empreendimento, ou descrição de solução própria para o fornecimento de energia;

 Estudo para o sistema de drenagem pluvial, identificando as prováveis sub-


bacias de drenagem, e os dispositivos destinados à dissipação de energia e
amortecimento de cheias. Deverão também ser avaliadas as consequências para as
áreas de jusante decorrente da concentração de vazões promovida pelo sistema de
drenagem, pela impermeabilização do solo e pela remoção da vegetação;

 O estudo deverá conter uma solução para armazenamento e disposição final


dos resíduos sólidos. No caso da utilização do sistema público de limpeza urbana,
apresentar termo de anuência do órgão responsável por sua operação;

 Apresentação de solução para o suprimento de água potável, observadas as


diretrizes municipais ou de sua concessionária. No caso de abastecimento por
terceiros, apresentar manifestação destes atestando viabilidade do abastecimento.
Na hipótese de adoção de sistema próprio apresentar a caracterização e justificativa
da escolha do manancial selecionado, responsabilidade pela operação do sistema e
outorga para o uso da água concedida pelo órgão competente (IGAM);

 Descrição do sistema de coleta, tratamento e lançamento dos efluentes;


justificativas quanto à alternativa escolhida e os parâmetros de projeto adotados,
sob os aspectos técnicos e ambientais. Identificação das entidades responsáveis
pela operação e manutenção do sistema, com manifestação anuente em caso de
terceiros. Demonstrar a capacidade do corpo receptor – solo ou água – à luz do

65
disposto na DN COPAM nº10/86 para receber os efluentes. No caso de utilização do
solo para infiltração do esgoto, apresentar sondagens identificando características
do solo e nível do lençol freático. Incluir solução para tratamento/destinação da fase
sólida;

 Apresentação de cronograma físico de implantação do empreendimento,


compatibilizado com o desenvolvimento dos projetos ambientais que deverão
compor o Plano de Controle Ambiental – PCA. Este cronograma deverá apresentar
as seguintes informações sobre cada etapa de execução:

• Descrição das ações de limpeza do terreno, remoção de vegetação e


espécies da fauna;

• Localização proposta para as instalações do canteiro de obras e medidas


de controle dos efluentes gerados no canteiro;

• Indicação, localização e caracterização da movimentação de terra, áreas


de empréstimo e bota-fora a serem utilizados nas obras de instalação do
empreendimento, conforme previsão de terraplanagem;

• Descrição sucinta das ações de controle de resíduos sólidos, resíduos de


construção civil (RCC), efluentes líquidos e gasosos gerados durante a
execução das obras.

c) Prognóstico dos Impactos Ambientais: Identificar e analisar os efeitos


ambientais da implantação do empreendimento considerando os aspectos estudados,
no sentido de orientar a adoção de medidas de prevenção, controle, mitigadoras e
compensatórias, nas fases de planejamento, implantação e operação do
empreendimento. A avaliação de impactos ambientais deverá permitir a determinação
da magnitude e da importância dos impactos. A síntese dos impactos ambientais,
positivos e negativos, previstos em cada fase do empreendimento, deverá permitir o
prognóstico da qualidade ambiental na área de influência do empreendimento.

d) Medidas Mitigadoras e Compensatórias: Apresentação das medidas,


equipamentos ou procedimentos, de natureza preventiva, corretiva ou compensatória

66
que serão utilizadas para mitigação, compensação ou redução da magnitude dos
impactos negativos sobre os fatores físicos, bióticos e socioeconômicos, em cada fase
do empreendimento.

 Instalação do empreendimento: redução das interferências e transtornos à


população, no que se referem às emissões atmosféricas, ruídos e tráfego de
máquinas; controle dos impactos resultantes das obras de terraplanagem (erosão e
instabilidade do solo); mitigação da retirada de cobertura vegetal; proteção a
nascentes, cursos d’água e lagoas existentes no local e seu entorno; proteção ao
patrimônio histórico e paisagístico; mitigação do incremento da impermeabilização
do solo; mitigação dos efeitos do lançamento das águas pluviais; destinação final
adequada para efluentes sanitários e resíduos sólidos gerados no canteiro de obras
e demais instalações de apoio administrativo.

 Operação do empreendimento: garantia de segurança à população do entorno;


garantia de atendimento de transporte coletivo ao empreendimento; tratamento e
disposição final de efluentes sanitários do empreendimento; coleta e destino final de
resíduos sólidos; arborização do sistema viário e espaços de uso comum;
recuperação e revegetação das áreas degradadas.

e) Planos de monitoramento: Deverá abordar, no mínimo, os planos de: avaliação


das obras destinadas a contenção de encostas e drenagem pluvial; acompanhamento
do desenvolvimento da arborização; monitoramento do sistema de abastecimento e da
qualidade da água; monitoramento do sistema de tratamento de efluentes líquidos.

O PCA deve conter, minimamente, as seguintes informações:

a) Informações Gerais: Identificação do empreendimento; identificação e


qualificação do empreendedor e do ente responsável pelo desenvolvimento dos
estudos ambientais (nome ou razão social, endereço e contato dos responsáveis
legais); Identificação dos profissionais técnicos responsáveis pelo PCA, incluindo
ART;

67
b) Descrição do empreendimento e sua finalidade: Objetivo geral e especifico; tipo
da obra; área total, área útil e área construída do empreendimento; mapa de
localização no município; localização geográfica em coordenadas; levantamento
topográfico ou planialtimétrico; caracterização da área; justificativa da localização;
projeto urbanístico e arquitetônico (planta geral do empreendimento, contendo
edificações, acessos e circulações e outras informações consideradas necessárias);
projeto de saneamento básico (abastecimento de água e esgotamento sanitário).

c) Detalhamento das medidas mitigadoras e compensatórias e projetos de controle


ambiental, que devem abordar, no mínimo, os seguintes aspectos: Ruídos; Efluentes
atmosféricos; Efluentes líquidos; Resíduos sólidos; Drenagem pluvial; Contenção de
encostas/aterros; Recomposição paisagística; Preservação do patrimônio cultural e
paisagístico; Sistema viário; Segurança do empreendimento e de seu entorno.

d) Planos de Monitoramento abordando no mínimo, os seguintes fatores, entre


outros: Obras destinadas à contenção de encostas e drenagem pluvial;
Acompanhamento do desenvolvimento da área revegetada e paisagismo; Plano de
monitoramento do sistema de abastecimento e da qualidade da água; Plano de
monitoramento do sistema de tratamento de efluentes líquidos.

e) Cronograma de execução

68
12. Levantamento de Flora e Fauna (LFF)

12.1. Objetivo

O Levantamento Flora e Fauna (LFF) é um importante instrumento para avaliação da


diversidade biológica que abrange a variabilidade de organismos vivos de todas as
origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos,
aquáticos; compreende ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de
ecossistemas.

12.2. Detalhamento do Serviço

O Levantamento Flora e Fauna (LFF) é utilizado nos trabalhos de Estudos de Impactos


Ambiental (EIA) de uma determinada área tendo como finalidade a verificação das
espécies presentes no local, para orientação da tomada de decisão. O LFF é realizado
por equipe multidisciplinar, sendo necessário para o estudo de fauna um biólogo. É
realizado por meio de observação em campo, diurna e noturna, identificação e
quantificação de espécies vegetais bem como seu status de conservação.

As espécies coletadas nesse levantamento serão registradas e catalogadas de forma


científica e apresentada em relatório final, de acordo com o conjunto de espécie
encontrada. A partir deste cenário serão elencadas as ações necessárias para uma
efetiva conservação do ecossistema local.

O LFF deverá detalhar a metodologia utilizada no registro de dados primários. Deve-se


demostrar o plano amostral para cada grupo em cada fitofisionomia, contemplando a
sazonalidade para cada área amostrada. Deverão ser apresentados mapas, imagens de
satélite ou foto aérea, inclusive com avaliação batimétrica e altimétrica, contemplando a
área afetada pelo empreendimento com indicação das fitofisionomias, localização e
tamanho das áreas a serem amostradas.
Em caso de ocorrência, no local do empreendimento, de focos epidemiológicos, fauna
potencialmente invasora, inclusive doméstica, ou outras espécies oficialmente

69
reconhecidas como ameaçadas de extinção, estas devem ser incluídas na lista
apresentada.
Deverão ser considerados e detalhados os seguintes aspectos
a) Inventário de fauna e flora da(s) área(s) da soltura e áreas de influência direta e
indireta;
b) Descrição detalhada da metodologia a ser empregada no afugentamento e
resgate, tipo de marcação, métodos de eutanásia, procedimentos a serem
adotados para os exemplares capturados ou coletados e quantificação de todos
os equipamentos que irão compor o material a ser usado;
c) Descrição detalhada dos equipamentos que serão utilizados para captura e
coleta;
d) Descrição dos animais a serem capturados, considerando os que poderão ser
soltos, os que serão coletados e os que poderão ser encaminhados para
zoológicos, criadouros, etc.
e) Identificação das espécies chaves, raras, ameaçadas, endêmicas, em processo
de extinção e de valor econômico;
f) Levantamento sobre a existência de espécies que utilizam o local como rota
migratória.

12.3. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em forma de relatórios, mapas, fotografias,


em formato digital e impresso, e como documento conclusivo o LFF. Todos os
documentos deverão ser entregues em formato A4 e devidamente assinados. As
ilustrações, mapas, plantas e desenhos que não puderem ser apresentados desta forma
deverão constituir um volume anexo.

a) Informações Gerais: Identificação do empreendimento; Identificação e


qualificação do empreendedor e do ente responsável pelo desenvolvimento dos
estudos ambientais (nome ou razão social, endereço e contato dos responsáveis

70
legais); Identificação dos profissionais técnicos responsáveis pelo LFF, incluindo
ART;

b) Descrição do empreendimento e sua finalidade: Tipo de atividade e o porte do


empreendimento; síntese dos objetivos do empreendimento, sua justificativa;
Levantamento da legislação federal, estadual e municipal incidente sobre o
empreendimento em qualquer das suas fases, com indicação das limitações
administrativas e ambientais impostas pelo Poder Público; Indicação, em mapas,
de Unidades de Conservação e Preservação Ecológica, existentes na área de
influência direta e indireta do empreendimento; declaração da utilidade pública ou
de interesse social da atividade do empreendimento, quando existente.

c) Caracterização do Empreendimento: localização geográfica do empreendimento,


com identificação das espécies com interferência direta e indireta no
empreendimento; rede hidrográfica (descrição da bacia hidrográfica e cursos
d’água diretamente afetados pelo empreendimento); localização e dimensões das
áreas (indicação dos locais com maior potencialidade de exploração, descrição
das condições locais como vegetação, declividade do terreno, proximidade com
cursos d’água, com apresentação em mapas em escala compatível e croquis de
acesso); descrição das características dos materiais, volume disponível e
previsto de ser utilizado.

d) Estudo de vegetação: Deverá realizar o estudo da vegetação com o objetivo de


caracterizar as fitofisionomias da área, relacionando as principais espécies
arbóreas de todos os habitat encontrado, considerando principalmente as
espécies que fornecem alimento para a fauna silvestre ou a possibilidade de
nidificação, e a ocorrência de espécies exóticas por amostragem. Caso seja
necessário, apresentar também proposta de enriquecimento com espécies
atrativas à fauna. Todas as informações geradas nesse item devem ser
consolidadas em relatório detalhado

e) Levantamento de fauna: Levantamento da fauna silvestre, por


amostragem, incluindo apenas vertebrados, coletando todos os dados

71
necessários para subsidiar análise da adequabilidade da área à soltura de
animais silvestres. O levantamento da fauna será georreferenciado
(obrigatoriamente da avifauna, mastofauna e herpetofauna), local (dados
primários) e registro da fauna descrita para a localidade ou região (dados
secundários), detalhada a partir da metodologia empregada. O levantamento de
fauna deverá conter:

 Levantamento secundário de avifauna, herpetofauna e mastofauna (médios e


grandes mamíferos) nas áreas ou região;

 Levantamento primário de avifauna nas duas áreas, com esforço amostral


mínimo, em cada área, de 5 dias efetivos de amostragem por Ponto Fixo,
visando à avaliação quali e quantitativa da comunidade (abundância relativa);

 Levantamento primário de anfíbios nas duas áreas, com esforço amostral


mínimo, em cada área, de 5 dias efetivos de amostragem por busca ativa,
associada à zoofonia;

 Levantamento primário de répteis nas duas áreas, com esforço amostral


mínimo, em cada área, de 5 dias efetivos de amostragem por busca ativa;

 Levantamento primário de mastofauna de médio e grande porte nas duas áreas,


com esforço amostral mínimo, em cada área, de 5 dias efetivos de amostragem
por busca ativa por vestígios, com execução de transecto específico em busca
por primatas caso sejam encontrados na área, e armadilhas fotográficas;

f) Metodologia: Deverá propor os atributos ecológicos a serem estudados


para cada grupo faunístico, incluindo como atributos mínimos a riqueza de
espécies e a abundância relativa (exceto para mamíferos e herpetofauna, cuja
riqueza de espécies é o atributo mínimo).

g) Análise integrada de fauna e flora: Com base nas informações do


estudo da vegetação e do levantamento de fauna, deverá ser analisada a
qualidade ambiental das áreas e a adequabilidade à soltura de animais silvestres.
Com base em dados bibliográficos, a análise deverá contemplar, também, a

72
utilidade das espécies da flora pelos diferentes grupos faunísticos, como
alimentação, ninhos, dormitório, entre outros usos.

73
13. Plano de Utilização Pretendida (PUP)

13.1. Objetivo

O Plano de Utilização Pretendida (PUP) deverá reunir informações, diagnósticos,


levantamentos e estudos que permitam a avaliação da área desmatada e a
consequente definição de medidas adequadas à recuperação da área.

13.2. Apresentação

O resultado do processo será apresentado em formulário, padronizado pela Resolução


Conjunta SEMAD/IEF nº 1905 de 12/08/2013, anexo III, e suas respectivas
atualizações. Todos os documentos deverão ser entregues em formato A4 e
devidamente assinados. As ilustrações, mapas, plantas e desenhos que não puderem
ser apresentados desta forma deverão constituir um volume anexo. O PUP deve conter,
minimamente, as seguintes informações:

a) Informações Gerais: Identificação do empreendimento; Identificação e


qualificação do empreendedor e do ente responsável pelo desenvolvimento dos
estudos ambientais (nome ou razão social, endereço e contato dos responsáveis
legais); Identificação do profissional técnicos responsável pelo PUP, incluindo ART;

b) Descrição do empreendimento: Denominação, localização geográfica, número


de matricula.

c) Objetivos e Justificativas do Desmatamento: discorrer sobre a finalidade da


intervenção requerida e os objetivos propostos do Plano de Desmatamento.

d) Caracterização do Projeto: Caracterização do meio físico (clima, solos,


hidrografia e topografia); caracterização do meio biótico (Meio biótico, Vegetação:
Fauna e Meio socioeconômico) – vide definições e caracterizações em EIA/RIMA.

e) Desmatamento:

 Planta planimétrica ou planialtimétrica da propriedade, contendo: Área total da


propriedade; Área de Preservação Permanente e Reserva Legal; Área com
cobertura vegetal nativa; Área a ser desmatada e sua localização; Área de

74
pastagem, agricultura, reflorestamento, infraestrutura, hidrografia, rede viária
e rede de alta tensão; Localização das unidades amostrais (planilha com as
coordenadas dos vértices das parcelas); Localização, se for o caso, de
Unidades de Conservação adjacentes ou inclusas à propriedade;
Confrontantes; Coordenadas geográficas - UTM da área a ser desmatada e
da Reserva Legal, informando o fuso, o Datum Horizontal e a identificação da
carta

 Inventário Florestal - Metodologia: Devem ser mensurados os indivíduos com


DAP (diâmetro à altura do peito) maior ou igual a 5,0 cm: Relações
volumétricas utilizadas; Definição do método de amostragem utilizado;
Definição da intensidade amostral; Método de cubagem rigorosa utilizado e
apresentação dos dados obtidos; Método utilizado para cálculo de estimativas
de volume (equação volumétrica); Processo de amostragem; Descrição e
justificativas do processo de amostragem utilizado; Tamanho e forma das
unidades amostrais; Análise estrutural da floresta contendo: perfil da floresta,
dados de abundância, dominância, frequência e índice de valor de
importância;

 Análise dos dados estatísticos de amostragem: Estimativa da média


volumétrica por unidade amostral/hectare em m3; Estimativa do volume total
da população em m3 e st; Variância; Desvio-padrão; Volume médio; Valor de
“T” de student a 90% de probabilidade; Erro-padrão da média; Coeficiente de
variação; Limite do erro de amostragem admissível de 10%, ao nível de 90%
de probabilidade; Erro calculado de amostragem; Intervalos de confiança;
Outros dados pertinentes; Listagem das espécies florestais (nome regional e
nome científico) - Numero de árvores: por espécie, por classe diamétrica e
por hectare; Área basal, volume e frequência: por espécie, por classe
diamétrica, por unidade amostral e por hectare; Relatório final contendo
tabela de DAP médio, área basal, altura média, número de árvores por
hectare e volume em m3 e em st por parcela, por hectare e volume total em
m3 e em st.

75
 Sistema de exploração: Planejamento da exploração; Volume a ser explorado
por classe de DAP, por espécie, por hectare e por talhão ao ano;
Apresentação da metodologia das operações de exploração florestal quanto à
derrubada, baldeio e transporte; Cronograma de execução das operações de
exploração; Planta topográfica contendo a locação de talhões de exploração,
estrutura de estradas, pátios de estocagem e baterias de fornos (se for o
caso).

f) Planilhas de campo: As planilhas de campo contendo os dados necessários


para cálculo de volume, cubagem rigorosa e fatores de conversão, obrigatoriamente
devem ser entregues no formato digital, compatível com Excel.

g) Parcelas Amostrais: As parcelas amostrais utilizadas para o inventário florestal


devem ser corretamente demarcadas em iguais dimensões, identificadas e
preservadas.

h) Análise dos Impactos Ambientais Prováveis de Propostas Mitigadoras.

76
III. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS
ARQUITETÔNICOS

Este capítulo tem como objetivo estabelecer as diretrizes e critérios básicos a serem
seguidos nos Projetos de Implantação, Reforma e Acréscimo e no desenvolvimento dos
Projetos Arquitetônicos por natureza, para que se enquadrem nos padrões de qualidade
do Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais - DEOP-MG.

A concepção de um Projeto de Arquitetura inicia-se com a adoção de parâmetros que


visem contribuir para a boa qualidade de sua elaboração, dentro de critérios de
economia, de adequabilidade, de segurança, de durabilidade e, de integração à
edificação existente, se for o caso de acréscimo.

O projeto arquitetônico está diretamente relacionado à obtenção das condições


ambientais adequadas à realização das atividades previstas nas edificações, à
racionalização do uso de recursos, tais como água e energia, ao longo da vida útil da
edificação, bem como à racionalização do uso de materiais construtivos e o controle de
impactos socioambientais durante a construção e manutenção do edifício. Desse modo,
deve ser considerada, para fins de abordagem de sustentabilidade ambiental, a
capacidade do projeto arquitetônico em promover um ambiente saudável, seguro quanto
ao uso e econômico aos usuários, além de seu papel tradicional de organizar espacial e
culturalmente um determinado programa de necessidades.

Para viabilizar esta abordagem, este Manual fixa as condições ambientais de referência
para a concepção e dimensionamento de aspectos concernentes ao desempenho
térmico, luminoso e acústico das edificações, define as taxas de renovação para a
manutenção da qualidade do ar que deverão ser satisfeitas para cada tipo de ambiente,
estabelece os limites mínimos de qualidade da envoltória para eficiência energética e
impõe mecanismos mais efetivos para a comprovação da conformidade com relação às
normas técnicas vigentes e ao Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência

77
Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C), conforme
estabelecido pela Portaria INMETRO n.º 53, de 27 de fevereiro de 2009.

78
1. Premissas dos Projetos Arquitetônicos

O projeto arquitetônico está diretamente relacionado à obtenção das condições


ambientais adequadas à realização das atividades previstas nas edificações, à
racionalização do uso de recursos, tais como água e energia, ao longo da vida útil da
edificação, bem como à racionalização do uso de materiais construtivos e o controle de
impactos socioambientais durante a construção e manutenção do edifício. Desse modo,
deve ser considerada, para fins de abordagem de sustentabilidade ambiental, a
capacidade do projeto arquitetônico em promover um ambiente saudável, seguro quanto
ao uso e econômico aos usuários, além de seu papel tradicional de organizar espacial e
culturalmente um determinado programa de necessidades.

Para viabilizar esta abordagem, este Manual fixa as condições ambientais de referência
para a concepção e dimensionamento de aspectos concernentes ao desempenho
térmico, luminoso e acústico das edificações, define as taxas de renovação para a
manutenção da qualidade do ar que deverão ser satisfeitas para cada tipo de ambiente,
estabelece os limites mínimos de qualidade da envoltória para.

Eficiência energética e impõe mecanismos mais efetivos para a comprovação da


conformidade com relação às normas técnicas vigentes e ao Regulamento Técnico da
Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
(RTQ-C), conforme estabelecido pela Portaria INMETRO n.º 53, de 27 de fevereiro de
2009.

1.1 Condições Locais

Deverão ser observadas, para a abordagem da realidade a ser trabalhada, algumas


condições locais, como:

a) Conhecimento sobre os materiais de construção e as técnicas construtivas


condizentes com a região;

79
b) Conhecimento da área onde haverá a implantação da edificação, quanto à topografia,
à drenagem natural, às leis de uso e ocupação do solo, código de obras, plano diretor,
etc. Deverão ser adotados as posturas e parâmetros urbanísticos equivalentes aos
estabelecidos para cidades correlatas àquele município onde ainda não tenham sido
definidos;

c) Dados do subsolo e histórico de inundações;

d) Dados referentes à altitude, norte verdadeiro, temperatura, umidade relativa do ar,


ventos, chuvas;

e) Dados sobre níveis e fontes de ruído nas proximidades do local;

f) Dados sobre a poluição do ar;

g) Conhecimento do extrato vegetal e possíveis áreas a serem preservadas;

h) Infraestrutura e serviços existentes e os necessários ao empreendimento


(eletricidade, água, esgoto, lixo e outros) e suas capacidades;

i) Serviços locais de transporte, comércio, policiamento, bombeiros, saúde e os serviços


socioculturais e esportivos;

j) Condições de tráfego local, quanto ao tipo, frequência e velocidade, bem como


condições urbanísticas da área em questão;

k) Sempre que possível, tirar partido da vegetação existente;

l) A paisagem natural deverá ser preservada na medida do possível;

m) Onde não houver possibilidade da preservação da vegetação local, deverá ser


elaborado um projeto de paisagismo, conforme recomendado pelas posturas legais e/ou
plano diretor de cada município;

n) Procurar utilizar espécies disponíveis de mudas dos viveiros da Prefeitura local;

80
o) Zona bioclimática do Estado onde o Projeto será implantado.

1.2 Parâmetros para os Projetos

a) O projeto deverá garantir uma área livre compatível com o uso da edificação
conforme os parâmetros definidos no item acima, caso as posturas municipais não
indiquem as taxas e coeficientes de ocupação.

b) Para os acessos e circulações prever, no mínimo, as seguintes condições:

 Fluxos predominantes (externos e internos);

 Hierarquia dos acessos e circulação de veículos e de pedestres;

 Acessos de serviços;

 Atendimento às pessoas portadoras de necessidades especiais - conforme


legislação vigente;

 As dependências que demandam acentuado contato com o público deverão,


preferencialmente, estar localizadas no térreo (nível da calçada) da edificação.
Se tais dependências forem localizadas acima ou abaixo do nível da calçada,
deverão ser servidas por rampa de acordo com a lei específica em pelo menos
uma entrada da edificação;

 Os elementos e vias de acesso ao edifício deverão obedecer às dimensões


mínimas, compatíveis com os fluxos de pessoas e veículos, conforme as
normas da ABNT;

 As rampas deverão ter as inclinações compatíveis com normas específicas e


as de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais.

c) O projeto da edificação deverá levar em conta as necessidades de conforto acústico,


térmico e de iluminação; oferecendo, sempre que possível, soluções através de meios
naturais:

81
 Apresentar vedações, coberturas e estruturas que proporcionem desempenho
térmico compatível com as condições climáticas locais.

 Deve-se procurar formas de controle da radiação social e da temperatura no


interior da edificação, proporcionando conforto térmico aos seus usuários.

 Dimensionar os sistemas de iluminação de modo a não alterar ou agravar as


condições de conforto térmico.

 Deve-se privilegiar a ventilação cruzada nos ambientes de maior ocupação,


possibilitando a constante renovação no ar.

 Apresentar tratamento acústico compatível com a necessidade do ambiente


quando houver fontes de ruído interno.

 Isolamento adequado para partes da edificação que produzam ou transmitam


vibrações e/ou ruídos a outros ambientes.

d) A escolha de materiais e técnicas construtivas deverá adequar-se às condições


ambientais e de desempenho, manutenção e conservação da edificação levando em
consideração:

 A representatividade do edifício, objetivando resultado visual adequado;

 Aproveitamento dos materiais em suas dimensões de fabricação;

 Características funcionais da edificação;

 Condições climáticas locais, principalmente quanto ao regime de chuvas;

 Durabilidade das partes componentes da edificação em harmonia com o todo;

 Facilidade de conservação e manutenção dos materiais escolhidos;

 Possibilidade de modulação e padronização dos componentes construtivos;

82
 Implicações com chuva, vento, insolação e agentes agressivos;

 Condições de higiene compatíveis com o ambiente e atendendo às normas da


Vigilância Sanitária;

 Desempenho adequado ao tipo de utilização do ambiente (molhado, abrasivo,


ácido e outros), fornecendo proteção de partes da edificação contra ações
decorrentes da sua utilização normal, tais como tráfego de equipamentos,
mudanças de mobiliário, agentes químicos de limpeza, equipamentos de
faxina, manutenção geral, etc.;

 Padronização dos materiais de revestimento, sempre que possível;

 Economia quanto ao custo inicial e ao de manutenção;

 Segurança no desempenho térmico e acústico da cobertura;

 Proporcionar estanqueidade e segurança das funções;

 Permitir acomodações para as diferenças de dilatação dos materiais;

 Compatibilizar materiais diferentes que não podem ser ligados diretamente,


sem interferir no desempenho do sistema.

e) A escolha de equipamentos físicos ou móveis, incluindo mobiliário convencional ou


não, e acessórios, deverá considerar:

 Os equipamentos necessários ao desenvolvimento de atividades específicas,


tais como laboratórios, cozinhas, lavanderias, dentre outras, implicarão na
execução dos projetos específicos;

 Especial atenção para com as dimensões, localizações (Layout), formas e


operações de equipamentos por pessoa portadora de necessidades especiais.

83
f) A impermeabilização, quando necessário, será adequada a cada caso (coberturas,
fundações, reservatórios de água, pisos laváveis e outros) e deverá ser escolhido em
função de:

 Sistema estrutural adotado;

 Tipo de utilização da superfície (passagens, acessos para manutenção da


edificação, terraços, jardins e outros);

 Tipo de movimentação quer seja por efeitos das cargas atuantes (fixas e
móveis), quer seja por efeitos de dilatação térmica;

 Cuidados especiais com cargas fixas (de compressão) e móveis (de atrito) que
possam danificar o sistema de impermeabilização;

 Variação térmica e higroscópica local;

 Vida útil dos sistemas de impermeabilização;

 Resistência dos materiais (capacidade elástica);

 Proteção térmica e mecânica dos sistemas impermeabilizantes;

 Cuidados com detalhes e arremates especiais (rodapé, rufos, juntas de


dilatação, juntas anti-compressão, juntas de enfraquecimento e outros) desde
a concepção estrutural à limpeza final da obra.

g) O projeto deve contemplar os aspectos ambientais e do entorno, principalmente os


parâmetros de zoneamento bioclimático estabelecidos em legislação específica e
normas técnicas, considerando a incidência solar, direção dos ventos, desempenho das
envoltórias, proteção das aberturas, microclima, dentre outros.

84
2. Projetos de Implantação

A edificação deverá localizar-se no terreno, adequando-se às condições topográficas


existentes e considerando, no mínimo, as seguintes condições:

 Viabilizar economicamente e em termos executivos os cortes em relação aos


aterros;

 Aproveitar a camada superficial do terreno, quando a sua qualidade justificar o


uso em ajardinamento;

 Utilizar, sempre que possível, taludes em lugar de arrimos;

 Adotar cotas de níveis indicadas no levantamento planialtimétrico.

85
3. Projetos de Reforma e de Acréscimo

Dentro do conjunto das edificações públicas do Estado de Minas Gerais há várias


categorias de edificações (se não todas) as quais são frequentemente reformadas.
Dentro dessa dinâmica surge uma questão que se torna de fundamental importância, a
de se estabelecer critérios para conduzir este processo de forma a preservar a memória
do Estado e garantir a manutenção do seu patrimônio.

Um aspecto fundamental é o levantamento planialtimétrico e cadastral, o qual deve ser


elaborado criteriosamente. A elaboração de projetos de reforma e acréscimo de prédios
públicos deverá considerar sempre as respectivas identidades arquitetônicas, como
fator de preservação e resgate da memória cultural.

Os materiais de reposição de acabamentos deverão ser compatíveis com aqueles


existentes, de forma a manter as características iniciais do edifício. Os prédios
tombados pelo patrimônio público, quando forem alvos de reformas e ampliações,
merecerão cuidados e intervenções especiais.

86
Projetos Arquitetônicos por categoria

De acordo com as finalidades a que se destinam, os Projetos Arquitetônicos estão


divididos em categorias para, através desta organização, aumentar a compreensão dos
vários critérios que os compõem.

As categorias que mais estão presentes nos projetos elaborados pelo DEOP-MG estão
divididas de acordo com suas finalidades, nas áreas de saúde, de educação, de
saneamento, de segurança, dentre outros.

87
4. Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - EAS

Todos os projetos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - EAS - terão que ser


elaborados em conformidade com as disposições e prescrições estabelecidas em
Códigos, Leis e Normas pertinentes ao assunto e vigentes no local da execução da
edificação, quer da esfera Municipal, Estadual ou Federal. Embora exista uma
hierarquia entre as três esferas consideradas, o autor do projeto deverá considerar,
para casos específicos, a prescrição mais exigente, que eventualmente pode não ser do
órgão de hierarquia superior.

As instalações nestes estabelecimentos deverão ser elaboradas em conformidade com


as normas pertinentes ao assunto e vigentes no local da execução da edificação.

a) Legislação Específica do Ministério da Saúde, em especial:

 Sobre Elaboração de Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de


Saúde;

 Sobre a necessidade de disposição de resíduos sólidos de saúde;

b) Legislação Específica do Ministério do Trabalho, em especial:

 Relativa à Segurança e Medicina do Trabalho;

 Normas Regulamentadoras - NR - Relativas à Segurança e Medicina do


Trabalho;

 Portarias, Leis e Decretos complementares.

c) Normas Técnicas Brasileiras (ABNT), em especial:

 Saídas de Emergência em edifícios altos;

 Cálculo do tráfego de elevadores;

88
 Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço,
mobiliário, e equipamentos urbanos;

 Instalações centrais de ar condicionado para conforto - parâmetros básicos de


projetos;

 Tratamento de ar em unidades médico-assistenciais.

d) Normas e Padrões de Construções e Instalações de Serviços de Saúde da


Vigilância Sanitária.

e) Códigos, Leis, Normas Municipais, inclusive regulamentação de


concessionárias.

f) Códigos, Leis, Normas Estaduais inclusive:

 Sobre funcionamento e instalações físicas e operacionais de estabelecimento


de radiodiagnóstico médico e odontológico.

g) Códigos, Leis, Normas Federais.

89
5. Escolas

Serviram como principais subsídios para elaboração destes critérios os trabalhos


técnicos correlatos da extinta - CARPE.

Feita uma compilação e depuração das informações contidas naqueles documentos,


objetivando preservar a valiosa e importante memória técnica legada a seu órgão
sucessor, o DEOP-MG, apresentamos a seguir os principais critérios específicos às
escolas, sem minimizar aqueles gerais anteriormente demonstrados.

a) Aspectos Conceituais

1) Projetos de Reforma

Trata-se da reconstrução de uma edificação, visando à reorganização dos espaços


internos, com a criação ou não de novos ambientes, a recomposição ou a substituição
de elementos de acabamento e outros, etc.

 Deverão ser preservadas e recompostas as características e proporções do


prédio, através de demolição de elementos e volumes estranhos à composição
da unidade arquitetônica original.

 Recuperação de elementos construtivos e ambientes deteriorados.

 Atualização dos ambientes didáticos, necessários à evolução da pedagogia,


sem ferir a unidade construtiva.

 Prever acessos para portadores de necessidades especiais.

2) Projetos de Acréscimos

Trata-se do aumento da área construída do prédio, cuidando-se para que haja uma
harmonia entre as partes (novas e velhas).

90
Há que observar que a harmonia poderá ser de partes análogas ou de partes
contrastantes; dentro dos conceitos de forma, função e conteúdo da edificação.

3) Aspectos Construtivos (Projetos Novos, de Reforma ou de Acréscimo).

Deverão ser utilizados, sempre que possível, os projetos padrões adotados pelo DEOP-
MG. Devido à especificidade dos projetos arquitetônicos de escolas públicas para o
ensino médio, eles serão tratados de forma individualizada em relação a sua locação no
terreno, além de obedecer aos parâmetros de ordem geral descritos neste documento.
Assim, serão, a seguir, abordados os aspectos e critérios particulares referentes a esta
implantação:

As proporções de recreio coberto, cantina-palco e instalações sanitárias, serão flexíveis


no caso da utilização dos padrões.

As edificações deverão ser locadas de modo que as salas de aula sejam


prioritariamente orientadas para SE, S, SO.

Os afastamentos estar de acordo com a legislação municipal ou, no mínimo, deverão ter
as seguintes dimensões ou quando possível:

 em relação ao alinhamento das ruas: 4,00 m;

 em relação às divisas do terreno: 2,00 m para as extremidades dos blocos, e


4,00 m para as faces;

 em relação ao bloco existente: 10,00 m (eixo a eixo das estruturas) para


blocos paralelos, e 3,50 m para blocos perpendiculares.

Os pátios pavimentados deverão ser locados contiguamente ao recreio coberto.

As quadras de esportes, quando descobertas, deverão ser locadas de modo a haver


continuidade do ambiente do recreio coberto e tendo seu eixo longitudinal segundo a

91
direção Norte-Sul preferentemente, admitindo-se em casos especiais variação de até
15º.

Em casos de exiguidade de terreno serão dispensadas as quadras de esportes, caso


seja definido pela SEE.

Os platôs destinados às quadras de esportes deverão prever acesso, por meio de


tampas e escadas pavimentadas, as áreas do recreio coberto, conforme normas
técnicas.

As bases dos taludes, os topos e os platôs deverão receber canaletas para águas
pluviais, desviando-as e lançando-as na rede pública, caso haja. Esta água também
poderá ser utilizada na própria edificação, conforme normativas de eficiência do uso da
água.

Todo o terreno remanescente deverá receber arborização e outras vegetações,


inclusive de floração, visando:

 ambientação e sombreamento;

 proteção de taludes;

 correção de isolamento.

As salas de aulas deverão ter sempre iluminação natural, através de janelas à esquerda
dos quadros negros. Para possibilitar à ventilação cruzada as janelas deverão estar à
direita do quadro negro, acima de 2 metros de altura.

A área das janelas corresponderá sempre a 1/6 da área das salas, no mínimo.

As lajes utilizadas serão de preferência pré-fabricadas.

A área das salas de aulas deverá ser calculada tomando-se 1,25 m² por aluno e
considerando-se uma variação de 36 a 40 alunos por sala.

92
As cozinhas deverão conter bancas para pia e para tanque, prevendo-se o espaço para
fogão e geladeira, conforme normativas da vigilância sanitária. O espaço mínimo entre
as bancas será de 1,20 m.

No caso de acréscimos projetados em continuação ao existente, eles deverão ter as


mesmas características, assim como:

 dimensões e acabamento dos beirais;

 altura e arremates de vergas, janelas e peitoris;

 esquadrias com os mesmos detalhes.

Os blocos e os pavimentos serão interligados por circulações cobertas, de acordo com


a topografia. Deverá ser previsto o acesso aos portadores de necessidades especiais,
assim como os ambientes para seu uso específico.

As ligações externas aos prédios, entre plataformas com níveis diferentes serão em
forma de escadas e rampas conforme as normas técnicas e de acessibilidade.

Quando a implantação da escola exigir composição de blocos para atender à demanda


de um determinado número de salas de aulas, estes deverão ter suas posições fixadas
em função, principalmente, da insolação.

O pátio cimentado será previsto contíguo ao recreio coberto tendo como base de
cálculo para a área total 20,00 m² para cada sala de aula.

Prever a colocação de bancos modulados de concreto armado, no pátio descoberto.


Para cada sala de aula corresponderá um módulo de 1,50 m de comprimento.

Prever a construção de arquibancadas em concreto na lateral da quadra esportiva, de


preferência aproveitando talude, com 6,00 m lineares para cada sala de aula.

Cada estabelecimento terá três mastros para bandeiras, cada um de altura de 9,00 m,
situado de modo a permitir cerimônias cívicas e ser visto do exterior.

93
Além das áreas pavimentadas, prever o plantio de grama em torno do prédio até uma
distância de 10,00 m, no mínimo.

Prever o plantio de árvores evitando localizá-las nas proximidades da construção ou nas


áreas de possível ampliação.

As divisas do terreno terão uma vedação em muro de alvenaria

O passeio público em toda a extensão do alinhamento do terreno será cimentado,


quando houver meio fio na rua.

Os prédios serão dotados de reservatórios subterrâneos de 5,00 m³ para prédio com


até 5 salas; prédios de 6 salas, reservatórios de 10.000 l e assim por diante, conforme
demanda (população da escola).

4.1 Projeto de Escolas Públicas

Os projetos arquitetônicos de prédios escolares serão tratados de forma própria,


complementando as diretrizes, de ordem geral, estabelecidas no subitem referente ao
seu conteúdo. A seguir, estão discriminadas as características e orientações
particulares que serão consideradas na concepção arquitetônica destas escolas.

4.2 Coordenação Modular

Considerando ser a sala de aula o cômodo de maior repetição nas edificações


escolares, o seu dimensionamento servirá de base para a determinação da modulação.
Também se deve levar em conta duas outras variáveis - sistema estrutural e tipo de
cobertura. A modulação proposta respondendo satisfatoriamente a estes aspectos
definirá o dimensionamento de todos os outros ambientes, pelo agrupamento ou
fracionamento dos módulos.

4.3 Agrupamento de Atividades

As atividades escolares podem ser agrupadas em cinco conjuntos funcionais:

94
(A) direção: setor responsável pelo controle e coordenação de todas as atividades
administrativas da escola e do seu relacionamento com a comunidade local;

b) apoio técnico: tem como função o planejamento, a coordenação e a supervisão das


atividades pedagógicas;

c) pedagógico: está ligado, essencialmente, às atividades curriculares; (sala de aula,


laboratório).

d) vivência: trata da recreação, saúde, alimentação e atividades extracurriculares;

e) serviços gerais: cuida da limpeza, conservação e manutenção do prédio e da guarda


de materiais de consumo.

4.4 Dimensionamento dos Ambientes

O dimensionamento dos ambientes será definido em função da população escolar, do


mobiliário, dos equipamentos e das atividades neles desenvolvidas. A população
escolar é representada pelos alunos, professores, pessoal administrativo e de apoio
operacional, e está determinada no programa arquitetônico, bem como, as suas
atividades.

4.5 Aspectos Relativos ao Conforto Ambiental

Para que os ambientes possibilitem o desenvolvimento pleno das atividades


pedagógicas devem ser consideradas as seguintes recomendações que propiciam o
conforto ambiental:

a) Tratamento Acústico

Considerar os ambientes que necessitam de silêncio, as salas de aula e a biblioteca, em


relação aos ambientes com atividades ruidosas, como o recreio coberto e quadras de
esporte. Considerar um afastamento conveniente entre os blocos e destes em relação
às ruas e construções vizinhas.

95
b) Tratamento Térmico

Deve-se procurar formas de controle da radiação solar e da temperatura no interior da


edificação, propiciando um maior conforto térmico aos seus usuários.

c) Iluminação e Ventilação Naturais

A aeração natural dos ambientes de maior ocupação deve ser assegurada através de
um sistema de ventilação cruzada, que possibilite a renovação constante do ar.

A iluminação natural das salas deve ser feita por janelas colocadas à esquerda dos
quadros de giz evitando-se, a incidência direta de raios solares sobre sua superfície e,
também, sobre as carteiras procurando evitar problemas de ofuscamento e desconforto
térmico para os alunos.

4.6 Detalhes Arquitetônicos

Os elementos arquitetônicos de utilização específica para as escolas públicas foram


devidamente projetados, constituindo-se num acervo de detalhes padrões que foram
catalogados através de códigos próprios. Nos projetos arquitetônicos que constarem
estes elementos, o seu detalhamento pode ser prescindido resumindo-se, apenas, na
citação (referência) dos seus respectivos códigos e alguma especificação
complementar.

96
6. Estabelecimentos Penais de Segurança

O Projeto de arquitetura de estabelecimento penal ou de segurança deve ser elaborado


a partir dos elementos fornecidos pela Secretaria de Estado da Defesa Social de Minas
Gerais, obedecidas as normas e os programas específicos, atendendo-se ao número de
vagas pretendidas pela Secretaria conforme a população a ser atendida. Por sua vez,
para os projetos de estruturas de concreto e de instalações elétricas deverão ser
atendidas orientações específicas do DEOP-MG e/ou do Cliente.

As instalações nestes estabelecimentos deverão ser elaboradas em conformidade com


as normas pertinentes ao assunto e vigentes no local da execução da edificação, em
especial:

a) Legislação e programas específicos do Ministério da Justiça, principalmente


do seu Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), com
destaque para:

 Plano Nacional de Política Criminal, se suas respectivas alterações;

 Resolução Nº 09/2011, que dispõem sobre as Diretrizes Básicas para


arquitetura penal.

b) Legislações, diretrizes e programas específicos do Departamento


Penitenciário Nacional (DEPEN);

c) Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

d) Normas do Ministério do Trabalho;

e) Lei do Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo dos respectivos municípios,


Plano Diretor, Códigos de Obras, legislação arquitetônica, urbanística e
correlacionadas ao sistema prisional que incidem sobre o local, fornecida por
órgãos municipais de controle de melhorias públicas, desapropriação, sistema
viário, áreas verdes e operações urbanas, dentre outros.

97
f) Todas as legislações de âmbito federal, estadual e municipal vigente,
incluindo-se as de caráter ambiental referente ao sistema prisional;

g) Todas as normas e diretrizes para elaboração de projetos complementares a


serem aprovadas nos respectivos órgãos oficiais e concessionárias de
serviço público.

h) Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

98
7. Estabelecimentos de Patrimônio Histórico

Refere-se a edificações com características que as enquadrem como um monumento


do patrimônio histórico e artístico e, portanto, subordinadas às ações preservacionistas
dos organismos oficiais responsáveis pela guarda e proteção deste acervo cultural.
Desta forma, o projeto de restauração obedecerá às diretrizes estabelecidas por estes
órgãos e, no mínimo, o projeto de restauração deverá seguir o seguinte roteiro básico:

a) Pesquisa Histórica;

b) Levantamento Cadastral;

c) Diagnóstico;

d) Proposta de Intervenção.

As duas primeiras etapas são investigatórias e consistem no estudo da evolução


histórica da edificação; caracterização tipológica; levantamento físico para a
identificação dos materiais, sistema construtivo e organização espacial na sua medição
para a representação gráfica de seus elementos construtivos, na prospecção e vistoria
minuciosa de suas instalações, visando à obtenção de dados para elaboração do
diagnóstico. Este será abrangente abordando os aspectos relativos às caracterizações
tipológicas, as alterações arquitetônicas mapeamento de danos e ao estado de
conservação.

Essas etapas do projeto possibilitam o conhecimento aprofundado da edificação,


indispensável à elaboração de uma proposta de intervenção adequada, que contemple,
ao mesmo tempo, a recuperação de suas características originais e a adaptação de
seus espaços às funções que vão se impondo pela adoção de novos usos.

Os projetos deverão necessariamente, obedecer às normas, especificações e


procedimentos que orientam os processos de concepção, desenvolvimento, aprovação

99
e avaliação de projetos, estudos, diagnósticos, relatórios e serviços de intervenção no
Patrimônio Cultural, dentro de sua esfera de tombamento:

- Cadernos Técnicos, manuais e guias do Programa Monumenta/Unesco/IPHAN/Minc;

- Recomendações para Análise, Conservação e Restauração do Patrimônio


Arquitetônico (ICOMOS);

- Normas para Apresentação de Projetos de Restauração do Patrimônio Edificado;

- Normas para Apresentação de Projetos de Conservação - Restauração de Elementos


Artísticos Móveis e Integrados;

- Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

- Normas do Ministério do Trabalho;

- Lei do Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo dos respectivos municípios, Plano


Diretor, Códigos de Obras, legislação arquitetônica, urbanística e correlacionadas ao
patrimônio histórico que incidem sobre o local, fornecida por órgãos municipais de
controle de melhorias públicas, desapropriação, sistema viário, áreas verdes e
operações urbanas;

- Todas as legislações de âmbito federal, estadual e municipal vigente, incluindo-se as


de caráter ambiental e de preservação e proteção cultural;

- Todas as normas e diretrizes para elaboração de projetos complementares a serem


aprovadas nos respectivos órgãos oficiais e concessionárias de serviço público.

100
8. Projetos de Infraestrutura

Inicialmente, entendem-se como projetos de infraestrutura os correlacionados a obras


de engenharia de drenagem, contenções, obras viárias e obras aeroviárias. Neste
sentido, todos os projetos deverão ser elaborados em conformidade com as normativas
existentes e em consonância com os Códigos, Leis e Normas pertinentes ao assunto.
No caso de obras aeroviárias, deverão também atender as normativas estabelecidas
pela Infraero.

101
IV. ESPECIFICAÇÃO DE PROJETO DE EDIFICAÇÕES

As conclusões contidas nos Serviços Técnicos serão repassadas aos profissionais


responsáveis pela elaboração dos projetos, no que concerne a área de atuação
específica de cada um deles. O objetivo destes projetos é gerar todas as informações
que assegurem a viabilidade executiva da edificação e possibilite, previamente, a
avaliação detalhada de seu custo e do seu prazo de realização.

Etapas de Elaboração de Projeto

A compatibilização dos projetos deverá ser iniciada na fase de definição das premissas
dos projetos e sequencialmente em todas as fases de desenvolvimento dos serviços
contratados, no estudo preliminar, no projeto básico, no projeto executivo, nas
especificações técnicas, nas memórias de cálculo e na planilha orçamentária com as
emissões de relatórios técnicos periódicos e desenhos, inclusive gerenciando as
revisões necessárias em função das incompatibilidades e com a emissão de documento
final conclusivo. Os projetos serão desenvolvidos em três principais etapas sequenciais
ao longo das quais se pretende atingir os objetivos previamente estabelecidos. A
descrição de cada uma delas encontra-se a seguir:

1ª Etapa - Estudo Preliminar: Consiste na representação gráfica da solução resultante


do processo de ordenação dos dados disponíveis, dos parâmetros definidos pelo
programa de necessidades, pelo fluxograma e pelas condicionantes ambientais e do
terreno. Cada projeto terá uma exigência, de acordo com o grau de detalhamento da
edificação.

2ª Etapa - Projeto Básico de Arquitetura: Considera-se projeto básico, o conceito


descrito no art. 6º, inciso IX Lei Federal nº 8.666/93:

“Conjunto de elementos necessários e” suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a
obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado

102
tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a
definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os
seus elementos constitutivos com clareza;

b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a


necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de
realização das obras e montagem;

c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem
como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar
o caráter competitivo para a sua execução;

d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias


e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua


programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em
cada caso;

f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e


fornecimentos propriamente avaliados.” (BRASIL, 1993).

O projeto básico consiste no desenvolvimento do estudo preliminar aprovado, com as


adequações propostas do Gestor. Nesta etapa, a equipe de profissionais responsáveis
pela elaboração dos projetos complementares, desenvolverá, conjuntamente com o
arquiteto, as soluções a serem adotadas de estrutura e de instalações. O projeto básico
de arquitetura, uma vez concluído, será repassado aos outros projetistas, para que
cada um, dentro de suas atribuições, desenvolva o seu trabalho específico de maneira
compatibilizada com as demais disciplinas. Cabe destacar que todas as matérias devem
apresentar o projeto básico, integrando a base do projeto passível de ser licitado.

3ª Etapa - Projeto Executivo: Nessa etapa, serão elaborados, a partir do projeto


básico e complementares, os detalhes construtivos referentes ao projeto. A
compatibilização dos projetos complementares entre si e destes com o projeto de

103
arquitetura, será ratificada nesta fase do trabalho. Caso seja necessário, em função de
divergências entre eles outras modificações poderão ser efetuadas. Cabe destacar que
a compatibilização deverá ser feita durante todo o projeto, principalmente no
desenvolvimento do projeto básico.

Ao término desta etapa, com a entrega final do Projeto, nenhuma dúvida mais deverá
persistir acerca da sua interpretação. Nele estarão contidos todos os dados necessários
e suficientes para a elaboração dos serviços posteriores como o orçamento e o
cronograma da obra, além de sua execução.

Serão entregues, ao final de cada matéria, no mínimo, os seguintes documentos, a


saber:

Desenho

Representação gráfica do objeto a ser executados, elaborados de modo a permitir sua


visualização em escala adequada, demonstrando formas, dimensões, funcionamento e
especificações, perfeitamente definida em plantas, cortes, elevações, esquemas e
detalhes, dentre outros, obedecendo às normas técnicas pertinentes.

Memorial Descritivo por ambiente

Descrição detalhada do objeto projetado por ambiente, na forma de texto, onde são
apresentadas as soluções técnicas adotadas, bem como suas justificativas, necessárias
ao pleno entendimento do projeto, complementando as informações contidas nos
desenhos referenciados no desenho.

Caderno de Especificação Técnica por ambiente

Texto no qual se fixam todas as regras e condições que se devem seguir para a
execução da obra ou serviço de engenharia, caracterizando individualmente os
materiais, equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem
aplicados e o modo como serão executados cada um dos serviços apontando, também,

104
os critérios para a sua medição. Tal como o memorial, deverá ser especificado por
ambiente.

Planilha de Quantitativo

A Planilha de Quantitativo sintetiza o quantitativo e deve conter a discriminação de cada


serviço, conforme Planilha Setop, unidade de medida, quantidade.

Seguem os projetos desenvolvimento no Departamento de Obras Públicas de Minas


Gerais, subordinados à supervisão da Gerência de Projetos (GP) do DEOP-MG. Caso o
projeto contemplado não esteja na listagem abaixo, será especificado em edital:

1. Projeto de Arquitetura

2. Projeto de Implantação e Movimento de Terra

3. Projeto de Fundação

4. Projeto de Estrutura de Concreto

5. Projeto de Estrutura Metálica

6. Projeto de Instalações Elétricas

7. Projeto de Telecomunicações

8. Projeto de Instalações Hidro sanitárias

9. Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e AntiPânico

10. Projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

11. Projeto de Gás Liquefeito de Petróleo

12. Projeto de Gases Medicinais

105
13. Projeto de Impermeabilização

14. Projeto de Drenagem

15. Projeto de Paisagismo

16. Projeto de Ventilação Mecânica e Exaustão

17. Projeto de Layout

18. Projeto de Comunicação Visual

19. Projeto de Instalações Especiais

20. Projeto de Acústica

21. Projeto de Acessos/Pavimentação

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1. Projeto de Arquitetura (ARQ)

Projeto Específico

É o projeto de uma edificação que tem por objetivo o atendimento às suas funções
específicas, definidas pelo CLIENTE. O partido arquitetônico deverá ser condizente com
tais funções e com uma implantação adequada ao terreno e à zona bioclimática onde
será construído.

Projeto Padrão

Como o projeto padrão será implantado em diferentes localidades do estado, deverá ser
levada em consideração na sua concepção às diversificadas condições de viabilidade,
bem como o zoneamento bioclimático do estado de Minas Gerais, com suas respectivas
indicações para o desempenho termoenergético da edificação. Para cada situação de
locação, fazer uma implantação e as necessárias adaptações no projeto, em função das
particularidades do terreno e do clima.

Projeto de Ampliação e Reforma

O acréscimo é a criação de novas dependências ou anexos à edificação existente, com


o consequente aumento de sua área. A reforma é a modificação de espaços com a
execução e/ou demolição de elementos de vedação e estrutura, no corpo da edificação
existente sem acréscimo de área. Poderá ser ainda a recuperação ou substituição de
elementos e/ou acabamentos.

OBSERVAÇÃO: Independentemente do tipo de projeto (específico, padrão, de reforma e


acréscimo ou implantação), este deverá ser elaborado considerando a ABNT NBR-9050,
que dispõe sobre a acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais a
edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos.

107
Conteúdo

Estudo Preliminar

a) Planta do terreno com indicação dos acessos, locação da edificação,


determinação dos níveis altimétricos, destinação de áreas remanescentes e livres
com previsão de futuras expansões, logradouros, norte verdadeiro ou geográfico,
direção predominante do vento, áreas da edificação e do terreno.

b) Planta dos diversos pavimentos, cortes e fachadas.

c) Dimensionamento dos ambientes devidamente identificados; metragens


quadradas, determinação dos fluxos de circulações e do sistema estrutural.

d) Planta de cobertura

e) Planta de layout

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos e memória de calculo.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

108
e) ARTs;

f) Aprovações;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4 e a cópia será em papel sulfite.

Estudo Preliminar

O estudo preliminar se fará acompanhar por um memorial justificativo das soluções


adotadas e, ainda, caso se faça necessário por uma maquete eletrônica volumétrica de
conjunto. A representação gráfica será em forma de desenhos esquemáticos na escala
1:200. Submeter o Estudo Preliminar à análise e aprovação do Cliente e do DEOP-MG,
como condição para o início da 2ª etapa.

Projeto Básico

Submeter o Projeto Básico de Arquitetura à análise e aprovação pelo Gestor do DEOP-


MG, como condição para o início da 3ª etapa.

1) Planta de Situação: com curvas de nível existentes e projetadas, além de eventual


sistema de coordenadas referenciais; vias de acesso ao conjunto, arruamento e
logradouros; adjacentes com os respectivos equipamentos urbanos; indicação das
áreas a serem edificadas, com o contorno esquemático da cobertura das
edificações; denominação dos diversos edifícios ou blocos; construções existentes,
demolições ou remoções futuras, áreas non aedificandi e restrições governamentais.

2) Plantas de Implantação e Movimento de Terra.

3) Planta de Locação: sistema de coordenadas referenciais do terreno, curvas de nível


existentes e projetadas; indicação do norte; indicação das vias de acesso, vias
internas, estacionamentos, áreas cobertas, platôs e taludes; perímetro do terreno,

109
marcos topográficos, cotas gerais e níveis principais; indicação dos limites externos
das edificações: recuos e afastamentos; eixos do projeto; amarração dos eixos do
projeto a um ponto de referência; denominação das edificações.

4) Plantas de Pavimentos: eixos do projeto; sistema estrutural; indicação das cotas


entre os eixos, cotas parciais e totais; caracterização dos elementos do projeto
(fechamentos externos e internos; circulações verticais e horizontais;
cobertura/telhado e captação de águas pluviais; acessos e demais elementos
significativos); marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do
plano de corte; indicação dos níveis de piso acabado; denominação dos diversos
compartimentos e respectivas áreas úteis; marcação de cortes e fachadas.

5) Cortes: eixos do projeto; sistema estrutural; indicação das cotas verticais; indicação
de cotas de nível em osso e acabado dos diversos pisos; caracterização dos
elementos do projeto (fechamentos externos e internos; circulações verticais e
horizontais; áreas de instalações técnicas e de serviços; cobertura/telhado e
captação de águas pluviais; forros e demais elementos significativos); denominação
dos diversos compartimentos seccionados; marcação dos cortes transversais nos
cortes longitudinais e vice-versa, podendo ainda ser indicadas as alturas das seções
horizontais (planta da edificação).

6) Fachadas: eixos do projeto; indicação de cotas de nível acabado; marcação dos


cortes longitudinais ou transversais.

7) Cobertura;

8) Quadro de Esquadrias;

9) Quadro de Especificações de Acabamentos;

10) Memorial Descritivo, contendo: Programa e Escopo; Parâmetros de


Dimensionamento dos Ambientes; Fluxograma; Conceitos; Critérios; Forma; Função;
Conteúdo; Comunicação adequada; Demonstração de que o projeto atende aos

110
critérios estabelecidos para o conforto ambiental e eficiência energética das
instalações e equipamentos, bem como, no caso de submissão ao processo de
etiquetagem de conservação de energia (ENCE, ver item 4); tabelas de
levantamento de dados do projeto necessárias à avaliação de conformidade.

11) Caderno de Especificação Técnica.

12) Planilha de quantitativo precificada

Projeto Executivo

Os desenhos seguirão as seguintes diretrizes:

1) Planta de Situação com representação do terreno e respectivas dimensões,


áreas vizinhas, logradouros limítrofes, projeção da edificação, amarrações, tabela
com áreas de pavimentos projetados, área total projetada e área do terreno;
indicação do norte verdadeiro ou geográfico e da direção predominante dos ventos.

2) Plantas de Implantação (Detalhamento em Projeto de Implantação)

3) Plantas de Pavimentos com todos os dados e cotas planimétricas, enquadrados


em malha de coordenadas alfanumérica, conforme estipulado a seguir:

a) Representar a planta na escala 1:50; excepcionalmente será aceito desenho na


escala 1:75 ou 1:100, após a aprovação do Gestor do DEOP-MG.

b) Caso o dimensionamento do desenho seja superior ao do próprio formato,


deve-se recorrer ao desmembramento deste desenho em partes devidamente
setorizadas e articuladas.

c) Cotar os cômodos internos, as espessuras das paredes, os diversos elementos


construtivos além de cotas parciais e totais da planta.

d) Transcrever os principais elementos estruturais quando necessário.

111
e) Codificar as portas e as janelas conforme o Manual de Padronização da
Apresentação Gráfica de Projetos do DEOP-MG - Anexo 4.

f) Dar a designação dos cômodos e especificar os seus materiais de revestimento


preenchendo o Quadro de Especificação de Acabamento, conforme o Manual de
Padronização da Apresentação Gráfica de Projetos do DEOP-MG.

g) Calcular a área total construída considerando as suas áreas parciais referentes


a cada pavimento e a cada bloco, indicando-as no quadro de observações
existente no selo do formato.

h) Nos projetos de acréscimo e reforma indicar a área das construções existentes.


Fazer, também, legenda contendo a forma de representação das paredes
conforme o Manual de Padronização da Apresentação Gráfica de Projetos do
DEOP-MG.

4) Planta de Cobertura

a) Representar a planta na escala 1:75 ou 1:100, conforme o seu grau de


complexidade e dimensionamento, enquadrada no sistema de coordenadas
alfanumérico.

b) Determinar o tipo de telhado utilizado com seus respectivos elementos:


cumeeiras, rufos, rincões, espigões e telhas, no caso de estrutura de madeira.

c) Indicar o caimento das águas do telhado com suas respectivas declividades


expressas em termos percentuais.

d) Especificar as peças em chapa galvanizada como rufos, rincões, calhas e


condutores, com o desenvolvimento de suas seções transversais detalhadas e
cotadas.

e) Detalhar os arremates dos rufos e calhas junto às paredes e platibandas.

112
f) Desenhar a estrutura do telhado, representando em planta o posicionamento
das peças devidamente cotadas, de eixo a eixo.

g) Desenhar um corte transversal desta estrutura, em detalhe na escala 1:20,


mostrando tesouras ou sistemas de apoio, os encaixes e/ou emendas das peças
de madeira dando as suas bitolas e indicando os seus respectivos reforços, no
caso de estrutura de madeira.

h) A cobertura em laje impermeabilizada terá um projeto específico. Representar o


sentido de escoamento da água em direção aos ralos, devidamente locados, e as
linhas de concordância dos planos inclinados, como cumeeiras, espigões e
rincões.

i) A cobertura em estrutura metálica deverá ser representada apenas em suas


peças básicas. Esta estrutura será objeto de um projeto específico, conforme
estipulado em Diretrizes Básicas.

j) Quando se empregar telhas de fibrocimento em que haja o seu recobrimento


longitudinal, deverá ser obedecida a orientação técnica do fabricante.

5) Cortes conterão todos os dados do projeto referentes à sua altimetria,


enquadrados no sistema de coordenadas alfanumérico, além dos citados abaixo:

a) Serão representados um mínimo de dois cortes, um longitudinal e o outro


transversal, na escala 1:50 ou 1:75.

b) Os principais aspectos a serem considerados referem-se às alturas de peitoris,


de vergas de aberturas, de janelas, de portas, de guarda-corpos, de prateleiras,
de bancas, de escadas, platibanda, cumeeira, etc.

c) Fornecer as cotas altimétricas dos pisos já revestidos, tomando-se por base o


RN, assinalando as diferenças de nível entre eles e a medida de pé direito dos
cômodos.

113
6) Fachadas/Elevações

a) Todas as fachadas, enquadradas no sistema alfanumérico, serão desenhadas


adotando-se a escala 1:50, 1:75 ou 1:100, e conter as informações abaixo:

b) Especificar os códigos dos diversos materiais de revestimento de suas


superfícies.

c) As esquadrias externas serão representadas de forma esquemática, porém


mostrando suas divisões ou quadros.

d) Desenhar as molduras e frisos indicando as suas saliências ou reentrâncias em


detalhes específicos.

e) Detalhar os elementos decorativos.

f) Detalhar a paginação da elevação quando se empregar peças cerâmicas como


revestimento ou, quando se utilizar elementos modulados.

7) Ampliações: As áreas de sanitários, cozinhas, vestiários e outras áreas


molhadas, deverão ser ampliadas em desenhos na escala 1:20 ou 1:25 a partir dos
quais serão representadas seções e/ou vistas, na mesma escala, indicando as
peças sanitárias, as divisórias, os acessórios, bancas, a paginação de revestimentos
e pisos, níveis de pisos acabados, etc.

8) Detalhes Arquitetônicos serão representados na forma e escalas adequadas


1:20, 1:10, 1:5, 1:2, permitindo a sua perfeita compreensão executiva. Serão
detalhados, sobretudo:

a) As peças de serralheria e de estrutura metálica como janelas, portas, portões,


gradis, guarda-corpos, alçapões, etc., sendo desenhadas as suas elevações nas
escalas 1:10 ou 1:20 e suas seções nas escalas 1:1, 1:2 ou 1:5.

b) Os arremates entre piso e parede e entre a parede e o teto.

114
c) As peças de carpintaria e as esquadrias em madeira sendo desenhadas as
suas elevações na escala 1:20 e suas seções na escala 1:2, inclusive os marcos,
batentes e peças de acabamento.

d) Soleiras de portas e peitoris de janela.

e) A paginação de acabamentos em pedra serrada.

f) Os forros rebaixados, com seu sistema próprio de fixação quando necessário e


com seus materiais constitutivos, de acabamento e de arremate.

9) O Memorial Descritivo, já apresentado em fase de anteprojeto, deverá ser


complementado, se for o caso.

10) Caderno de Especificações Técnicas deve ser apresentado impresso.

a) Conterá a especificação técnica dos acabamentos, materiais, equipamentos,


mobiliários e acessórios previstos para a obra de forma mais ampla e detalhada,
em complementação à codificação de acabamentos adotada nos desenhos. O
trabalho deverá ser agrupado por tipo de serviço mantendo estreita correlação
com a Planilha Geral do DEOP-MG.

b) Na especificação de um produto, quando constar a sua marca comercial ou for


citado nominalmente o seu fabricante, deve-se ter em conta que se trata, de uma
referência à sua qualidade técnica ou de acabamento, não excluindo a
possibilidade de se utilizar outro material de características rigorosamente
equivalentes e não, apenas, similar. Todos os materiais obedecerão às
prescrições da ABNT e deverão ser aprovados pelo DEOP-MG.

c) Caso ocorra, em um projeto, alguma divergência de informações, deve-se


obedecer à relação de prevalência de cotas escritas sobre medidas em escala.

115
d) No caso de divergências de informações de projetos, especificações,
denominações e métodos são de responsabilidade da PROJETISTA o
esclarecimento das dúvidas e a elaboração das revisões necessárias.

e) Forma de apresentação: Introdução. Sistema de Codificação adotado (conforme


o Manual de Padronização da Apresentação Gráfica de Projetos do DEOP-MG);
Especificação de Acabamentos; Especificação de Materiais; Especificação de
Louças e Acessórios; Especificação de Ferragens; Especificação de Metais;
Especificação de Equipamentos; Especificação de Mobiliário.

11) Caderno de Encargos: Será adotado para todos os projetos e obras o Caderno
de Encargos do DEOP-MG. Qualquer item de projeto que não conste do mesmo
deverá ser apresentado pelo Contratado, contendo a descrição completa da
especificação técnica, definição da unidade e quantitativo levantado, acompanhado
de três orçamentos, em papel timbrado do fornecedor, devidamente assinado,
anexado junto ao Caderno de Especificações Técnicas.

12) As sugestões de complementação de especificações e/ou métodos executivos


poderão ser encaminhadas oficialmente ao Gestor do DEOP-MG.

116
2. Projeto de Implantação e Movimento de Terra (IMP ou MOV)

A implantação de um projeto padrão será aqui tratada de forma diferenciada da


implantação de projeto de arquitetura. A razão deste tratamento diferenciado é atender
às necessidades do projeto padrão, que será implantado em terrenos diversos.

Conteúdo

O projeto de implantação será representado graficamente em, pelo menos, dois


formatos contendo, respectivamente, as plantas de locação e de movimento de terra.
Caso necessário, desenhar outros, conforme detalhamento.

O projeto de implantação e movimento de terra deverá ser compostos de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

Projeto Executivo

b) Desenhos;

c) Memorial Descritivo;

d) Caderno de Especificações Técnicas;

e) Planilha de quantitativos;

f) ARTs.

Apresentação

A apresentação deste será em cópias em papel sulfite, encaminhado para análise. A


representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da
Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. Os desenhos seguirão as seguintes
diretrizes:

117
Projeto Básico

1) Desenho

a) Planta de movimento de terra com indicação prioritária dos dados envolvendo a


altimetria do terreno como a referência de nível (RN), as curvas de nível e as
cotas dos pontos notáveis;

b) Planta de locação com os principais elementos construtivos.

Projeto Executivo

1) Planta de Movimento de Terra será representada na mesma escala do


levantamento topográfico, ou seja, 1:100, 1:200 ou 1:500; contendo:

a) indicação prioritária dos dados envolvendo a altimetria do terreno como a


referência de nível (RN), as curvas de nível e as cotas dos pontos notáveis;

b) representação das plataformas devidamente dimensionadas e cotadas em sua


altimetria, com a indicação de sua forma de arremate, ou de concordância com
outros planos de terreno, seja através de muros de contenção ou de taludes;

c) determinação das declividades, em termos percentuais, dos taludes e das


plataformas, considerando a necessidade de escoamento de água pluvial
superficial, prevendo a construção de sarjetas e canaletas para drenagem;

d) representação do terreno natural remanescente;

e) indicação das seções;

f) indicação das demolições, quantificando as metragens quadradas;

2) Seções do Terreno

a) Representação altimétrica das seções definidas na planta de movimento de


terra, conforme escalas adotadas naquela planta, inclusive representando

118
esquematicamente as edificações a serem construídas e as existentes, se
houver.

b) Indicação dos níveis das plataformas definidas na planta de movimento de terra.

c) As seções possibilitam o cálculo de volume de corte e aterro, os volumes a


serem deslocados dentro do próprio terreno, tirados como bota-fora ou trazidos
como empréstimo.

d) Caso o espaço no formato da planta de movimento de terra seja insuficiente


para conter, também, as seções do terreno, estas poderão ser representadas em
outro formato.

3) Planta de Locação

a) Representar a planta de locação a partir da planta de movimento de terra, na


mesma escala adotada, contendo:

b) A planta da edificação no terreno devidamente amarrada ao ponto de segurança


(PS) e às divisas do mesmo.

c) Cotas de amarração dos principais elementos construtivos externos como, por


exemplo, placas, pedestais, postes, mastros de bandeira, arquibancadas e
bancos de concreto, jardineiras, etc., quando estes não constarem na planta da
arquitetura.

d) Dimensões e amarrações dos passeios, quadras esportivas, pátios, escadas,


rampas e acessos pavimentados externos, das áreas de estacionamento e vias
internas de trânsito de veículos e dos seus arremates como meios-fios, as juntas
de dilatação, as sarjetas e as canaletas de drenagem.

e) Cotas e ângulos do perímetro do terreno, especificando e detalhando, em outro


formato se for o caso, o tipo de vedação empregado, os acessos e portões.

119
f) Indicação das redes públicas de água potável, água pluvial e esgoto sanitário e
das entradas padrão de água, energia elétrica e telefone deverão constar dos
projetos de implantação específicos de cada disciplina.

g) Representação das quadras poliesportivas e as áreas de lazer detalhando, em


outro formato, seus respectivos equipamentos esportivos e lúdicos.

h) Especificação de tinta apropriada para piso, linhas demarcatórias das quadras,


das vagas de estacionamento de veículos e disciplinadoras do fluxo de trânsito
interno.

i) Nomes dos proprietários dos imóveis confrontantes e dos logradouros públicos


adjacentes ao terreno.

j) Complementação da locação com o traçado das linhas básicas e a transcrição


dos dados de relevância do levantamento planialtimétrico, como, por exemplo, a
indicação do norte verdadeiro e as locações da arborização existente e dos
acidentes naturais notáveis.

k) Definição do paisagismo adotado e/ou outra forma de tratamento quando não


for contratado um projeto específico de paisagismo. Levando em consideração a
representação das áreas livres a serem ajardinadas ou pavimentadas.
Especificação das espécies vegetais a serem conservadas ou plantadas,
considerando, principalmente, a ambientação e harmonia estética de plantas
ornamentais de diferentes florações; proteção de taludes com a utilização de
forrações; sombreamento e correção da insolação com o plantio de árvores de
porte e copa variados.

120
3. Projeto de Fundação (FUN)

Este projeto terá por base o projeto de arquitetura e será, totalmente, compatibilizado a
ele em todas as suas etapas de elaboração. No projeto padrão, o projeto de fundação
ficará restrito às vigas de cintamento inferior, uma vez que a escolha do tipo de
fundação dependerá das características particulares de cada terreno, onde será
implantada a obra. Neste caso, a complementação do projeto, referente à sua
infraestrutura, dependerá das conclusões dos estudos técnicos preliminares.

Conteúdo

A definição do tipo de fundação dependerá do resultado da sondagem e das demais


condições do terreno, e considerando-se as cargas da edificação e sua distribuição.
Devem-se verificar, também, as interferências que o tipo e a locação das fundações
possam provocar nas instalações prediais e nas construções vizinhas.

Analisar e verificar quanto à adequabilidade e conformidade, em função da carga


atuante dos pilares e do resultado das prospecções efetuadas no terreno, considerando
o seguinte:

 As cargas transmitidas pela superestrutura às camadas do subleito;

 As deformações das camadas subjacentes à fundação e as


admissíveis/permitidas pela superestrutura;

 Os efeitos/danos às estruturas vizinhas e à estabilidade das encostas ou dos


maciços em que as mesmas se apoiam.

 Analisar e verificar quanto à adequabilidade e conformidade da modalidade de


fundação selecionada:

 -Fundações Diretas, considerando as características do solo, em termos de


resistência e uniformidade das camadas constituintes;

121
 -Fundação Profunda, considerando as fundações em estacas e as fundações
em tubulões e caixões.

O projeto de fundação deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs.

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto estrutural terá sua
representação gráfica distribuída em formatos conforme detalhado a seguir. Adotar-se a
escala 1:50 em todos os desenhos, salvo os detalhes que terão uma escala compatível
com o nível de clareza pretendido, e excepcionalmente na escala 1:75 ou 1:100.
dependendo da aprovação do Gestor do DEOP-MG.

No primeiro formato do projeto, apresentar um quadro de quantitativos constando os


volumes totais de concreto e de escavação e a área total de forma.

Projeto Básico

122
1) Desenhos

a) Locação das fundações

b) Armação e formas

2) Memorial descritivo

a) Descrição do método construtivo

b) Cálculo do dimensionamento

Projeto Executivo

1) Locação das Fundações refere-se às fundações profundas através de tubulões


e estacas pré-fabricadas, hélice ou moldadas "in loco". Será representada em
planta com os dados abaixo:

a) medidas de distância entre os eixos;

b) cotas de arrasamento das estacas ou tubulões;

c) numeração das estacas e tubulões com a indicação, num quadro, da carga de


trabalho de cada um deles, de forma sequencial da esquerda para a direita e de
cima para baixo, a partir do canto superior esquerdo do formato.

d) detalhamento dos blocos de coroamento ou das sapatas isoladas e das vigas de


cintamento ou de equilíbrio, com suas respectivas cotas altimétricas.

e) Para o caso de prédios modulados o projeto deverá contemplar eixos numéricos


e alfanuméricos, objetivando a coincidência das ligações entre eles.

f) Armação e Formas de Infraestrutura: Elaborar as armações e formas dos


elementos componentes da fundação como sapatas corridas ou isoladas, blocos
de coroamento, radiers, estacas, tubulões, vigas baldrame e vigas de cintamento
inferior.

123
2) Memorial descritivo

a) Descrição do método construtivo

b) Cálculo do dimensionamento

3) Memória de Cálculo: Todo o projeto deve vir acompanhado de sua Memória de


Cálculo apresentada em formato A4 e arquivo eletrônico, onde constarão os dados
referentes às cargas, as condições de apoio, aos esforços encontrados, etc. Além
disso, especificar a tensão de ruptura do concreto expressa na unidade MPa (mega
pascal) e calcular o volume de cada tipo de concreto empregado por formato, em
particular;

124
4. Projeto de Estrutura de Concreto (EST)

Este projeto terá por base o projeto de arquitetura e será, totalmente, compatibilizado a
ele em todas as suas etapas de elaboração. Os demais projetos de estruturas como as
especiais em madeira, as de perfis metálicos para telhado e as coberturas espaciais,
considerando o seu caráter não convencional, serão tratadas como tal, conforme
previsto no item Diretrizes Básicas/Generalidades. Neste momento será contemplado
apenas o concreto armado, juntamente com as paredes autoportantes.

No projeto padrão, o projeto estrutural ficará restrito à superestrutura e às vigas de


cintamento inferior, uma vez que a escolha do tipo de fundação dependerá das
características particulares de cada terreno, onde será implantada a obra. Neste caso, a
complementação do projeto, referente à sua infraestrutura, dependerá das conclusões
dos estudos técnicos preliminares.

Conteúdo

Os aspectos técnicos a serem considerados na elaboração deste projeto estão


relacionados a seguir:

1) Para os prédios de dois ou mais pavimentos recomenda-se que sejam


estruturados e para os de um pavimento aceita-se o emprego de paredes portantes,
desde que isso resulte numa solução tecnicamente apropriada e economicamente
vantajosa.

2) Para as estruturas mistas, assim denominadas aquelas cujas vedações em


alvenaria são aproveitadas para resistir aos esforços de compressão transmitidos
pelas lajes, impõem-se as seguintes condições:

a) Embora não sendo necessário, teoricamente, para suportar as cargas estáticas,


empregar pilares de concreto armado visando o travamento de paredes de 1/2 ou
de 1 tijolo, quando o seu comprimento total exceder a 6,00 m ou a 8,00 m,
respectivamente.

125
b) Paredes de 1/2 tijolo deverão ter altura inferior a 3,00 m. Para suportar carga de
laje e para paredes acima desta altura, prever uma amarração por meio de uma
viga de cintamento.

c) A espessura mínima admitida para as paredes portantes é de 15 cm, depois de


revestidas.

O projeto de estrutura de concreto deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Especificações.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs.

Apresentação

Projeto Básico

1) Desenho

a) Planta baixa com lançamento da estrutura com cortes e elevações, se


necessários.

126
2) Especificação de materiais e componentes.

3) Memorial Descritivo

a) Método construtivo

b) Cálculo do dimensionamento

Projeto Executivo

a) Planta baixa com lançamento da estrutura com cortes e elevações, se


necessários.

b) Formas da Superestrutura: Elaborar as plantas de forma dos diversos


pavimentos, dos níveis mais baixos para os mais altos e de maneira que o
observador esteja sobre a laje que se está representando. Indicar as cotas
altimétricas dos rebaixos e dos ressaltos da estrutura. Além da laje, representar,
também, em cortes e vistas os demais elementos: pilares, vigas, escadas e caixas
d'água com suas respectivas numerações.

c) Escoramento: Para as estruturas mais complexas, elaborar projeto específico de


escoramento.

d) Armações da Superestrutura: No cálculo das armaduras para os projetos em


concreto armado convencionais adotar as seguintes categorias de aço: CA-50A, CA-
50B e CA-60B.

e) Concreto Protendido: Nos projetos em concreto protendido detalhar,


convenientemente, o sistema especificado com seus elementos: bainhas,
cordoalhas RB e RN, tirantes, ancoragem, etc.

f) Elementos Construtivos sobre Terreno: Fazem parte destes elementos os


muros de arrimo em concreto armado ou ciclópico, pilaretes para sustentação de
gradis ou travamento interno de muros de alvenaria com respectiva fundação,

127
reservatórios d'água subterrâneos, escadas, quadras de esporte, pátios
pavimentados e lajes sobre o solo.

g) Peças Pré-moldadas em Concreto: Detalhar os elementos pré-moldados, que


serão fabricados no próprio canteiro de obras como painéis de vedação, brise-soleil,
placas de piso, bancos, etc.

h) Memória de Cálculo: Todo o projeto deve vir acompanhado de sua Memória de


Cálculo apresentada em formato A4 e arquivo eletrônico, onde constarão os dados
referentes às cargas, as condições de apoio, aos esforços encontrados, etc. Além
disso, especificar a tensão de ruptura do concreto expressa na unidade MPa (mega
pascal) e calcular o volume de cada tipo de concreto empregado por formato, em
particular;

i) Listagem de Ferragem: Apresentar listagem de ferros em cada formato de


armações, constando o seu tipo, o seu diâmetro, a sua quantidade e os seus
comprimentos unitários e totais. Elaborar, também, um quadro resumo da ferragem
efetivamente necessária, considerando um valor percentual a ser acrescido a título
de perda de material, durante o serviço de corte.

j) Observações: Nos serviços de recuperação de peças estruturais ou de


tratamento de concreto aparente detalhar todo o procedimento a ser seguido e
especificar os materiais a serem aplicados. E nos serviços de controle de abatimento
das fundações ou de sua estabilização estrutural, determinar as ações necessárias e
os processos a serem adotados.

128
5. Projeto de Estrutura Metálica (MET)

Conteúdo

O projeto deverá ser compatibilizado com os demais projetos, principalmente com o


projeto de estruturas, instalações elétricas e telecomunicações. O projeto de estrutura
metálica deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Especificações.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado através de
desenhos em plantas, de toda a área a ser trabalhada e de detalhes de setores, quando
necessário, além da parte descritiva. Serão utilizados, preferencialmente, os formatos
A1 para os desenhos e A4 para os demais documentos. Todas as médias serão
cotadas em milímetros.

129
Projeto Básico

1) Desenho

a) Planta baixa com lançamento da estrutura com cortes e elevações, se


necessários.

2) Especificação de perfis, materiais e componentes.

3) Memorial Descritivo

a) Método construtivo

b) Cálculo do dimensionamento

Projeto Executivo

1) Desenhos

a) Deverão ser usadas as escalas 1:15, 1:20, 1:50 e 1:100. Serão permitidas
alterações nas escalas desde que as proporções gerais não sejam
comprometidas. Para detalhe de solda deverão ser usadas as escalas 1:2 e 1:5.

2) Diagrama de Montagem: Os diagramas apresentam conjuntos parciais de


determinada obra e fornecerão ao montador todos os elementos necessários para a
montagem das estruturas.

3) Desenhos de Fabricação: desenho de fabricação fornecerá ao fabricante todos


os elementos necessários para que de um material qualquer - isolado ou em
combinação com outros - seja elaborada uma determinada peça que corresponde
exatamente à função a ela atribuída pelo projeto, qual seja, de viga, tesoura, coluna,
etc.

4) Listas Complementares:

130
a) Listas de Parafusos: Relacionam tipos e quantidades de parafusos, porcas e
arruelas necessárias à montagem de campo.

b) Listas de Tirantes: Relação dos tipos de tirantes e sua localização na estrutura.

c) Listas de Telhas e Acessórios: Quantidades necessárias de telhas e seus


elementos de fixação.

5) Memória de Cálculo: Todo o projeto deve vir acompanhado de sua Memória de


Cálculo apresentada em formato A4 e arquivo eletrônico, onde constarão os dados
referentes às cargas, as condições de apoio, aos esforços encontrados, etc.

131
6. Projeto de Instalações Elétricas (ELE)

Projeto Novo

Será elaborado um projeto próprio em função de suas características particulares e da


localização do terreno.

Projeto Padrão

Quando a obra se tratar de um projeto padrão, este ficará restrito às soluções internas à
edificação, uma vez que a locação do quadro medidor e a ligação deste aos quadros de
distribuição dependerão das condições de cada local. Neste caso, será contratado um
projeto específico de implantação, que obedecerá ao estipulado no capitulo
ESPECIFICAÇÃO DE PROJETO DE EDIFICAÇÕES.

Projeto de Acréscimo e Reforma

O projeto deve prever o aproveitamento da instalação elétrica existente, conforme


parecer técnico expresso no Relatório de Avaliação do Estado de Conservação do
Cadastro de Edificações e dentro de certos parâmetros como, por exemplo, não causar
prejuízo ao bom funcionamento do sistema, não colocar em risco a segurança e manter
o conforto dos seus usuários e visar o uso racional da energia. Deverá ser feito um
estudo no padrão entrada de energia existente se comporta o aumento de carga, caso
contrário redimensioná-lo, apresentando relação de carga atual e do acréscimo
separadas.

Conteúdo

Deverá, na concepção do projeto, colher subsídios fornecidos pela concessionária local,


além de atender as suas especificações. A partir desta etapa serão definidas as
premissas do projeto, tais como índice de iluminamento, circuito, dentre outros. O
projetista deverá conhecer com profundidade todas as técnicas usadas pela engenharia
elétrica, bem como toda a normatização aplicável, devendo estar familiarizado com o

132
projeto que irá executar, utilizando-as devidamente com a preocupação constante em
propiciar o uso racional da energia elétrica.

Uma vez definido o índice de iluminamento de um ambiente, o tipo, o número, a posição


e a altura que serão montadas as luminárias, bem como a especificação das lâmpadas,
tendo como prioridade o uso de sistemas mais eficientes de iluminação. Prever também,
as alturas de instalação dos aparelhos elétricos, como interruptores, tomadas, cigarras,
botoeiras de campainhas, chuveiros, caixas diversas, etc., visando à comodidade dos
usuários e as normas de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais.

Os circuitos dos sistemas de iluminação deverão ter seccionamento local através de


interruptores na entrada dos ambientes, para todos os ambientes. Nos ambientes com
mais de 30m2 e próximos a fachadas envidraçadas, deverão ser previstos circuitos
independentes que permitam o desligamento das lâmpadas próximas às janelas, nos
momentos de maior iluminação natural. Os circuitos de iluminação externa deverão ser
acionados de forma setorizada, visando o uso noturno de segurança, sem a
necessidade de acionamento completo das lâmpadas. Deverão estar previstos
sensores de movimento no acionamento de setores, conforme análise de viabilidade e
segurança. O acionamento deverá ser projetado para propiciar o uso racional da
energia, sem comprometimento da segurança da edificação.

A iluminação externa deverá ser desligada automaticamente por sensores de claridade.


A alimentação e controle de equipamentos de ar condicionado deverão permitir o
acionamento local em cada ambiente, de forma visível.

Indicar as alturas de instalação dos aparelhos elétricos, como interruptores, tomadas,


cigarras, botoeiras de campainhas, chuveiros, caixas diversas, etc., visando à
comodidade dos usuários e atendendo as normas de acessibilidade aos portadores de
necessidades especiais.

Quando o projeto envolver instalações de força do tipo industrial, será admitido o


emprego de eletrocalhas, tubulações aparentes e demais componentes apropriados

133
para este uso. Em casos especiais, será admitido fazer a instalação elétrica de um
prédio, total ou parcialmente, de forma aparente, desde que se utilize para isto recursos
e materiais apropriados a este fim. O projeto deverá levar em consideração este fato e,
assim, prever um detalhamento exclusivo.

A carga das instalações deverá ser distribuída tão igualmente quanto possível entre os
diversos circuitos em que foi subdividida, de forma a equilibrar da melhor maneira a
carga entre os condutores alimentadores de energia, Para a divisão da carga deve-se
levar em consideração, além da potência dos equipamentos, o regime de
funcionamento das mesmas. Prever circuitos independentes para cada tomada e/ou
ponto de força que alimentarão máquinas ou outros equipamentos com potência
superior a 600 watts.

Os eletrodutos serão instalados de modo a constituir uma rede contínua de caixa a


caixa, na qual os condutores possam ser enfiados com facilidade, sem obstruções de
qualquer natureza. Os eletrodutos, quando ficarem aparentes, serão em tubos de aço
galvanizado ou em conduletes, fixados com braçadeiras apropriadas ou PVC, mas com
prévia aprovação do Gestor do projeto.

Todos os aparelhos e partes metálicas componentes das instalações elétricas


suscetíveis de provocar choque, inclusive as carcaças de motores elétricos, serão
permanentemente ligados a terra, através de um eficaz sistema de aterramento.

Os condutores que passam em pisos sujeitos à umidade e/ou subterrâneo devem ser
isolados com PVC - 70ºC para 0,6/1kV e atender as demais exigências das normas
técnicas vigentes. O condutor neutro deve ser identificado com fita isolante na cor azul.

Caso seja necessário o uso de tomada de piso, deverá ser fornecido o detalhe de sua
instalação.

Equipamentos e Projetos: Atentar para a existência de equipamentos especiais e que


serão considerados neste projeto, para efeito de detalhamento de sua instalação ou que
necessitam de projetos específicos para a sua operacionalização.

134
Câmara Transformadora e Subestação Abrigada: A alimentação em alta tensão com o
emprego destes equipamentos terá um projeto próprio e obedecerão as instruções
normativas da concessionária local de fornecimento de energia elétrica.

Geradores ou baterias: grupos geradores, bem como baterias de acumuladores deverão


ser instalados em local apropriado obedecendo a rígidos critérios; e no caso de grupos
geradores deverá ser analisado cuidadosamente o armazenamento de combustível.

Proteção contra Descargas Atmosféricas (Para-raios): Quando não for contratado o


projeto de sistema de proteção contra descargas atmosféricas, mas se constatar a real
necessidade de se instalar um para-raios, este será previsto e devidamente detalhado,
neste projeto e deverá atender as exigências das normas técnicas vigentes.

Iluminação de Emergência: Conforme a destinação do prédio, projetar um sistema de


iluminação de emergência alimentado a partir de um grupo gerador estacionário ou de
baterias apropriadas, quando constar do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio.

Intercomunicação: Poderá ser feito através de interfone. As edificações que


demandarem este tipo de sistema serão equipadas com alto-falantes na área específica
e operação em área definida pelo Cliente juntamente com o Gestor do DEOP-MG.

Ligação de Equipamentos e Motores: Deverá ser prevista a ligação elétrica de


equipamentos e motores diversos, com respectivos comandos para acionamento e um
circuito próprio.

Interfone / Campainha Sonora: Deverá ser previsto sistema de comunicação com a


portaria e em área definida pelo Cliente juntamente com o Gestor do DEOP-MG.

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

135
c) Especificações.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto de instalações elétricas será
representado graficamente em formatos de desenho, como se segue.

Projeto básico

1) Desenho

a) Planta com localização dos pontos de consumo de energia elétrica, com suas
respectivas cargas, seus comandos e indicações dos circuitos a que estão
ligados.

b) Diagrama unifiliar

2) Especificação de materiais e componentes.

3) Memorial Descritivo

a) Calculo de dimensionamento

Projeto Executivo

136
1) Plantas

a) Representar as plantas na escala 1:100 ou, excepcionalmente, 1:75.

b) As plantas serão desenvolvidas a partir de uma matriz do desenho


arquitetônico, constando todas as linhas que definem os ambientes, com as
respectivas identificações.

c) Indicar a localização dos pontos de consumo de energia elétrica, com suas


respectivas cargas, seus comandos e indicações dos circuitos a que estão
ligados.

d) Cotar em milímetros os diâmetros dos eletrodutos e em milímetros quadrados as


seções transversais dos condutores elétricos.

e) Locar os QDCs (quadros de distribuição de circuitos) em áreas coletivas de fácil


acesso, indicando o seu dimensionamento e a sua altura em relação ao piso (no
caso de escola ou estabelecimento penal ou de segurança consultar o DEOP-
MG).

2) Planta de Situação

a) Representar a Planta de Situação na escala 1:100 ou 1:200.

b) Locar o padrão de entrada de energia e sua interligação ao primeiro quadro de


distribuição ou ao QGBT (Quadro Geral de Baixa Tensão).

c) Especificar o tipo de ligação do padrão de entrada de energia elétrica à rede


pública, indicando se a alimentação geral será aérea ou subterrânea.

d) Prever a iluminação externa ao prédio que deverá destacar os pontos e ângulos


visuais de maior interesse. Da mesma maneira, alguns elementos construtivos
serão realçados como os pedestais, as placas comemorativas, informativas e de
identificação do prédio público.

137
e) Projetar a iluminação das áreas externas do entorno da edificação,
principalmente, os acessos, os estacionamentos de veículos, as passarelas
pavimentadas, os caminhos, as áreas ajardinadas, os recantos de estar, os
pátios descobertos, as áreas de lazer, as quadras esportivas e as
arquibancadas.

3) Diagrama Unifilar: Os diagramas unifilares deverão apresentar os circuitos


alimentadores de distribuição de luz e força, contendo a capacidade dos disjuntores
de proteção e a especificação do barramento de cobre quando se fizer necessário.

4) Detalhes: Detalhar as soluções não padronizadas de instalações de aparelhos


ou equipamentos, entre os quais citamos algumas luminárias especiais.

5) Relação de Cargas: Apresentar quadro resumo da relação de cargas para cada


quadro de distribuição de circuitos (QDC.). As cargas serão apresentadas de modo
a se ter a relação em cada circuito considerando-as de forma parcial e global
constando os seguintes dados:

a) descrição;

b) quantidade;

c) potência instalada em W ou KW;

d) potência instalada em VA ou KVA;

e) fator de potência dos equipamentos;

f) equilíbrio de fases;

g) bitola dos condutores.

6) Convenções e Simbologia: Empregar as convenções gráficas normalizadas pela


ABNT, nos casos em que estas se aplicarem; ou criar outros símbolos para

138
identificar novos equipamentos ou sistemas, mas sempre em conformidade com os
demais projetos.

7) Memorial Descritivo: Conterá a relação completa dos desenhos integrantes do


projeto, as normas adotadas, a justificativa das soluções propostas, a memória de
cálculo, a descrição detalhada do projeto e os requisitos, obrigações e deveres do
ponto de vista técnico referentes à execução das instalações.

8) Lista de Material: Apresentar a lista dos equipamentos e materiais elétricos


especificados, com respectivos quantitativos.

9) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados, os


equipamentos e aparelhos elétricos cujas especificações envolvem a escolha de um
modelo ou um padrão de acabamento, como por exemplo, as luminárias serão feita
no capítulo referente às instalações elétricas do Caderno de Especificações
Técnicas do Projeto de arquitetura.

139
7. Projeto de Telecomunicações (TEL)

Conteúdo

Na concepção do projeto, buscar junto à concessionarias de energia os subsídios locais


dos serviços, além de atender as suas especificações técnicas. A competência quanto à
análise e aprovação do Projeto de Telecomunicações é da concessionária local,
devendo o projeto ser submetido a essa concessionária, além da submissão ao DEOP-
MG.

E por fim, O projeto de Telecomunicação deve prever o aterramento de todo o sistema,


inclusive, dos equipamentos, e de forma independente dos demais.

O projeto de telecomunicação deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Especificações

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

f) Aprovações;

Apresentação

140
A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da
Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado graficamente
em formatos, como se segue:

Projeto Básico

1) Desenhos

a) Definir a localização dos pontos de ligação dos aparelhos de telecomunicações a


partir do projeto de Layout.

b) Projetar a tubulação com sua respectiva cabeação secundária interligando as


diversas caixas e equipamentos e determinando toda a rede telefônica e de
lógica ou cabeamento estruturado no pavimento.

c) Locar as caixas de distribuição geral em áreas coletivas de fácil acesso,


indicando o seu dimensionamento e a sua altura em relação ao piso, se for
embutida na alvenaria.

2) Especificações de materiais e equipamentos.

Projeto Executivo

1) Planta

a) Representar a planta em escala 1:50 ou 1:75 exceto em casos de prédios


escolares, a escala deve ser 1:100 ou conforme orientação do Gestor do
projeto.

b) A planta será desenvolvida a partir de uma matriz do desenho arquitetônico,


constando todas as linhas que definem os ambientes, com suas respectivas
identificações.

c) Definir a localização dos pontos de ligação dos aparelhos de


telecomunicações a partir do projeto de Layout.

141
d) Projetar a tubulação com sua respectiva cabeação secundária interligando as
diversas caixas e equipamentos e determinando toda a rede telefônica e de
lógica ou cabeamento estruturado no pavimento.

e) Locar as caixas de distribuição geral em áreas coletivas de fácil acesso,


indicando o seu dimensionamento e a sua altura em relação ao piso, se for
embutida na alvenaria.

f) Prever a interligação das caixas de distribuição situadas em pavimentos


diferentes através de tubulação embutida na alvenaria ou passando no interior
de "shaft".

2) Planta de Situação

a) Representar a Planta de Situação na escala 1:100 ou 1:200.

b) Caso a edificação possua apenas um pavimento, o projeto se restringirá na


representação conjunta em uma única planta.

c) Determinar o tipo de entrada, se aérea ou subterrânea, com sua respectiva


tubulação e cabeação primária ligada a primeira caixa, devidamente locada.

3) Detalhes: Caso necessário, para o entendimento, fazer o detalhamento dos


seus elementos constitutivos.

4) Memorial Descritivo: Contendo os conceitos e critérios das soluções adotadas.

5) Lista de Material: Apresentar a lista dos materiais e equipamentos fixos, com


respectivos quantitativos, empregando formulário próprio, conforme modelo DEOP-MG.

6) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados, dos


equipamentos e dos aparelhos cujas especificações envolvem a escolha de um
modelo ou um padrão de funcionamento, será feita no capítulo referente às
instalações de telecomunicações do Caderno de Especificações Técnicas do Projeto

142
de Arquitetura. No caso de especificação de equipamento, deverá ser feito em
consonância com o cliente e conforme o padrão de telecomunicação.

143
8. Projeto de Instalações Hidro sanitárias (HID)

O projeto de instalações hidro sanitárias deverá ser elaborado de forma integrada com
todos os demais projetos do edifício ou local (arquitetura, estrutura, elétrico, etc.).

O projeto de instalações hidro sanitárias deverá atender às indicações do projeto


arquitetônico, normas e especificações da ABNT, da Concessionária local de Água e
Esgoto e, em especial, deverá atender às normas e as orientações específicas do
CLIENTE e do GESTOR do DEOP-MG.

O projeto de instalações hidráulicas deve ser desenvolvido de modo atender á demanda


de água e esgotamento para as diversas aplicações e necessidades dos usuários das
edificações. É objetivo de o projeto limitar ao máximo reduzir a circulação de água
(bruta, tratada, potável, pluvial ou de serviço) e esgotamento sanitário através de meios
mecânicos.

Projeto Novo

Terá um projeto próprio em função de suas condições específicas.

Projeto Padrão

Este se restringirá, unicamente, à edificação não se se incluindo a área externa da


mesma. Neste caso, a ligação do ramal de alimentação d'água dos reservatórios e de
irrigação à respectiva rede de fornecimento público ou a qualquer outra fonte alternativa
de abastecimento, será detalhada no projeto de implantação, bem como o que se refere
ao lançamento de esgoto ou água pluvial.

Projeto de Acréscimo e Reforma

O reaproveitamento total ou parcial da instalação hidro sanitária existente fica


condicionado ao parecer técnico de avaliação de suas condições físicas e expresso no
relatório próprio do Cadastro de Edificações. Verificar, também, se a capacidade da

144
rede pública e da instalação hidráulica interna suporta o acréscimo da demanda, tanto
de consumo d'água potável como de seu posterior despejo.

Prever a interligação do sistema projetado ao existente com o detalhamento das


transições ou acoplamentos entre eles e a identificação precisa dos seus elementos
construtivos.

Conteúdo

Os Projetos de Instalações hidro sanitárias deverão ser elaborados em conformidade


com as Normas Técnicas Brasileiras – ABNT – pertinentes ao assunto e também as
orientações da concessionária local. Em especial atender, também, às Normas e as
orientações específicas do Cliente e do DEOP-MG principalmente para os
estabelecimentos Assistenciais de Saúde – EAS, estabelecimentos penais e de s
segurança e edificações tombadas por órgãos de proteção do patrimônio. Concluindo o
projeto de deverá ser compatível com as soluções adotadas pelos demais projetos, a
fim de que não haja interferências danosas entre eles.

Inicialmente o Relatório de Vistoria de Terreno ou do Cadastro de Edificações, deverá


indicar as condições locais da rede pública de abastecimento de água, com referência a
regularidade, a vazão e a pressão de fornecimento d'água, de esgotamento sanitário e
de drenagem pluvial. A partir desta informação será calculada a necessidade de
reservação necessária para o atendimento do consumo diário d'água, o que o levará a
determinar a quantidade e o volume dos reservatórios a serem instalados,
resguardando as necessidades especificas de cada tipo de projeto. Considerar,
também, a previsão da reserva para combate a incêndio conforme normativa.

Rede de Irrigação: Projetar as tubulações para atender as áreas externas à edificação,


sobretudo as áreas verdes. Colocar as torneiras de irrigação espaçadas 20 m, umas
das outras, e de preferência, junto aos pontos de escoamento natural d'água, como, por
exemplo, as canaletas e caixas coletoras com grelha.

145
Cisterna ou Poço Artesiano: Quando não houver rede pública de abastecimento, deve-
se prever outro tipo alternativo de captação d'água como cisterna ou poço artesiano.
Para tanto, devem ser feitos testes de potabilidade d'água e verificação das condições
de vazão. Estas fontes serão locadas no próprio terreno devendo, porém, ficar a uma
distância mínima de 20 m da fossa e do sumidouro, e de 10 m da edificação. Neste
caso, será eliminada a construção do reservatório inferior, sendo os superiores
abastecidos diretamente destas fontes, através de conjunto elevatório.

Reservatório Inferior: A caixa d'água poderá ser subterrânea ou semienterrada e


executada em alvenaria ou em concreto armado, bem como, o compartimento que
abrigará as bombas de recalque.

Reservatório Superior: Instalar, preferencialmente, caixas industrializadas, sobretudo,


se a capacidade de acumulação d'água for pequena ou se forem bem distribuídos os
pontos de consumo devendo, entretanto, as mesmas serem interligadas. Caso
contrário, prever um reservatório elevado em concreto ou metálico. Em qualquer dos
dois casos, dividir internamente o reservatório, transformando-o em duas câmaras
contíguas e de igual volume. A finalidade é possibilitar a limpeza de cada uma destas
câmaras, separadamente, sem interromper a distribuição d'água.

Rede de Distribuição d'Água Fria: A alimentação da rede de distribuição interna será


indireta, isto é, por meio da gravidade a partir dos reservatórios elevados, mesmo que
as condições de vazão, pressão e continuidade de abastecimento da rede pública
permitam distribuição direta. Os tubos serão em PVC rígido rosqueável e as conexões
em ferro galvanizado, quando a tubulação for embutida na alvenaria. Quando ficarem
expostos eles serão convenientemente apoiados e fixados.

Rede de Distribuição d'Água Quente: A distribuição de água quente deve estar bem
integrada às demais instalações hidráulico sanitárias e ao sistema gerador de água
aquecida. Para tanto devem ser tomados cuidados especiais na concepção e execução
das linhas hidráulicas de água quente, pontos com interface da linha hidráulica de água
fria e controles dos sistemas de recirculação ou retornos.

146
As tubulações devem ser isoladas termicamente e posicionadas de forma a não permitir
acúmulo vapor e dispor de válvulas para eliminação das bolhas. As tubulações externas
deverão ser de cobre ou de PVC compatível com temperatura de operação de 100°C e,
obrigatoriamente, deverão ter isolamento térmico para a as tubulações externas.

Esgoto Secundário: As tubulações e conexões do esgoto secundário serão em PVC


rígido, do tipo ponta e bolsa, e de junta soldável. Não será admitida a utilização de
tubulação metálica que seja passível de corrosão. A utilização de tubos especiais de
plástico, fibras ou qualquer outro polímero só se dará mediante autorização expressa da
equipe técnica do DEOP-MG.

a) Os tubos serão posicionados com a bolsa voltada em sentido contrário ao do


escoamento.

b) Como regra geral, a tubulação deverá ser construída com tubos de diâmetro de
100 mm. Caso seja necessário e havendo justificativa técnica, podem-se usar
diâmetros diferentes. A concessionária da rede externa deverá ser informada
sempre que se utilizar diâmetro superior a 100 mm.

c) os trechos em espaços horizontais devem possibilitar o escoamento dos


efluentes por gravidade, devendo, para isso, a tubulação apresentar uma
declividade constante, não podendo ser superior a 5%, exceto quando houver
justificativa técnica indicada no Projeto.

d) A declividade mínima da rede de esgoto deve ser de 2% para tubulações com


diâmetro nominal igual ou inferior a 75 mm e de 1% para tubulações com diâmetro
nominal igual ou superior a 100 mm.

e) Toda a canalização de esgoto deverá ser construída em trechos retos. Nos


locais onde ocorrerem mudanças de inclinação ou de direção devem ser previstas
caixas de passagens ou peças apropriadas, com tampa, permitindo inspeção e
desentupimento.

147
f) A ligação dos ramais de esgoto internos aos prédios à rede interna de
esgotamento será feita através de caixas de gordura e de passagem, interligando-as
com tubulação de 100 mm de diâmetro.

g) A água usada nas pias e pisos de copas e cozinhas deve passar por caixa de
gordura sifonada. A água de tanques onde haja lavagem de objetos gordurosos
também deve passar pela caixa de gordura. As ligações restantes de esgoto (vasos
sanitários, banheiros, lavatórios, lavanderias, etc.) devem ser feitas através de
caixas de passagem, localizadas em pontos abaixo das caixas de gordura.

h) No caso em que peças sanitárias não tenham sifão próprio, deve ser instalado
um sifão antes da sua ligação às caixas.

i) Os sifões e válvulas dos lavatórios serão em metal, com acabamento cromado,


conforme especificação técnica. As tubulações das louças sanitárias serão ligadas a
uma caixa sifonada hermética, também em pvc, no caso de locação interna.

j) Os mictórios terão tubulação em PVC que será ligada a uma caixa sifonada
hermética, também em PVC, quando for locada internamente à edificação.

k) Aparelhos sanitários que necessitem de ventilação para desviar odores


desagradáveis dos ambientes em que estejam instalados deverão possuir exaustão
adequada com esta finalidade. Um projeto detalhado deverá ser desenvolvido para
cada caso específico, como vasos sanitários, cozinhas, etc., observando normas
que garantam o funcionamento adequado do sistema de ventilação e exaustão.

Rede de Esgoto Primário: As tubulações e conexões do esgoto primário serão em PVC


rígido, do tipo ponta e bolsa, e de junta elástica com virola para anel de borracha.
Deverão ser previstos caixas de passagem, de inspeção, de gordura e de limpeza, em
alvenaria ou concreto.

148
As redes de esgoto, sempre que possível, deve ser projetadas, em terrenos firmes com
inclinação máxima indicada pela legislação vigente, evitando assim a sua localização
sobre aterros, taludes e a existência de elevatórias.

Nos trechos situados em áreas edificadas, deverá ser prevista a necessária folga nas
passagens das tubulações pela(s) fundação(ões) para que eventual recalque do(s)
edifício(s) não venha a prejudicá-las.

A ligação do coletor predial de esgoto à rede pública será, imediatamente, precedida por
uma caixa de passagem e de poço luminar colocados no passeio. Neste sentido, deverá
ser certificar-se, através do conhecimento dos dados do Levantamento Planialtimétrico,
as cotas altimétricas da rede pública de esgoto e a possibilidade de emissão, por
gravidade, do esgoto. Na impossibilidade da emissão do esgoto por gravidade, deverá
verificar com o Gestor do DEOP a possibilidade de instalações de elevatórias.

h) As tubulações enterradas devem atender aos seguintes requisitos:

• As valas terão largura (L) igual à soma do diâmetro (D) da canalização mais os

espaçamentos de 15cm de cada lado; a profundidade (H) deverá ser definida no projeto
específico. A profundidade mínima da vala será de 30 cm;

• Em locais em que a canalização estiver sujeita à carga de rodas ou de fortes


compressões, deverá ser indicada uma proteção adequada, com uso de lajes que
impeçam a ação desses esforços sobre a canalização.

i) É vedado o escoamento de água pluvial pelo ramal de esgoto sanitário, através de


caixas, ralos, grelhas ou processo semelhante.

j) As tubulações apoiadas na estrutura dos prédios, na posição vertical, devem ser


fixadas através de braçadeiras distanciadas, no máximo, de 2m.

k) As tubulações aéreas deverão ter apoios posicionados a distâncias máximas que


garantam a sua rigidez e estabilidade estrutural.

149
l) Ligação externa: a ligação da rede interna de esgoto ao sistema externo da
concessionária de água e esgoto vai até o passeio ultrapassando a testada do terreno
em 70 cm, na profundidade máxima de 1,0m. A ligação do coletor predial de esgoto à
rede pública será imediatamente precedida por uma caixa de passagem e de poço
luminar colocados no passeio. O projetista deverá se certificar através do conhecimento
dos dados do Levantamento Planialtimétrico relativos às cotas altimétricas da rede
pública de esgoto, a possibilidade de emissão, por gravidade, do esgoto.

Na ausência de rede pública de esgoto, deverá ser previsto fossa séptico-


diluidora com sumidouro ou vala de absorção, com dimensionamento compatível
com as características locais. No caso de tratamento no local, o lançamento do
efluente de fossa diretamente em águas superficiais dependerá da aprovação e
autorização das autoridades sanitárias competentes.

Rede de Água Pluvial: As tubulações e conexões do de água pluvial serão em PVC


rígido, do tipo ponta e bolsa, e de junta elástica com virola para anel de borracha. Por
sua vez, os tubos de queda das redes pluvial e de esgoto, e de ventilação serão,
preferencialmente, em PVC embutidos na alvenaria ou passando por "shaft". Entretanto,
deverá ser previsto um tratamento especial ou substituição da tubulação caso a mesma
venha a ser locada externamente à edificação.

Quando for implantada uma rede de canalização pluvial, envolvendo a elaboração de


um projeto de Drenagem específico, prever a sua interligação às caixas de passagem
do sistema de drenagem das áreas internas da edificação e que recolhem, também, as
águas da cobertura.

Na ausência de redes públicas de água pluvial, (sarjeta).

Não será permitido o despejo de águas pluviais à rede pública de esgotos.

Equipamentos

150
Os equipamentos para instalações hidráulico-sanitárias devem ser selecionados
objetivando o atendimento das necessidades específicas e de segurança, com o menor
consumo de água e a maior eficiência energética possível. Todos os materiais e
equipamentos aplicados devem ser novos, de qualidade reconhecida e, sempre que
disponível, ter certificação do INMETRO.

Além das exigências legais e de normas técnicas aplicáveis, as recomendações dos


fabricantes, quanto a armazenamento, instalação e manuseio, devem ser fielmente
obedecidas. Cada equipamento ou material deverá ser especificado com todas as
informações necessárias e deverá ser um produto de linha normal de fabricação de
firma estabelecida no mercado, com experiência comprovada, que garanta a qualidade
e durabilidade necessárias. Toda a tubulação deve ser dimensionada para menores
perdas de carga dentro de um critério técnico-econômico. Deve-se buscar eliminar as
perdas de carga desnecessárias, reduzindo-se o uso excessivo de acessórios
(reduções curvas, etc.).

Equipamentos consumidores de energia, especialmente as bombas, devem ser


dimensionados a partir das estimativas de vazão e pressão requeridas, objetivando um
baixo consumo energético. A especificação de metais e peças sanitárias deve priorizar
os que apresentam menor consumo de água para as funções pretendidas.

Os reservatórios devem ser dimensionados para garantir o fornecimento de água à


instalação por um período mínimo de doze horas consecutivas sem depender de
bombeio mecânico. O arranjo dos equipamentos em bateria, permitindo o seu rodízio,
deve ser priorizado. Cada equipamento deve ser dimensionado para vencer
individualmente as alturas manométricas projetadas.

Todos os equipamentos com acionamento elétrico ou mecânico devem ser testados sob
carga, verificando-se o desempenho (vazão e pressão), tensões e correntes, isolamento
de carcaças e conformidade a ensaios previstos no projeto.

Instalação de Equipamentos

151
a) Motobomba:

A instalação do conjunto moto-bomba deverá obedecer às indicações e características


constantes do projeto de instalações elétricas e hidráulicas e seu equipamento incluirá
todos os dispositivos necessários à perfeita proteção e acionamento: chaves térmicas,
acessórios para comando automático de boia, etc..

A instalação de bomba de recalque para abastecimento dos reservatórios superiores a


partir do reservatório inferior ou da cisterna e poço artesiano, exigirá um comando
elétrico com acionamento automático.

Conexões deverão ser evitadas na instalação, dando preferência a curvas em lugar de


joelhos.

Deverão ser instaladas uniões na canalização de sucção e recalque próximo à bomba


para facilitar sua montagem e desmontagem.

Deverão ser previstos apoios para canalização de sucção e recalque, evitando-se,


assim, que o conjunto moto-bomba suporte os pesos das mesmas.

b) Ar condicionado: A instalação de equipamento de ar condicionado central, com


refrigeração à água, deverá prever os respectivos pontos de alimentação e
esgotamento. Deve-se obrigatoriamente prever o aproveitamento da água não potável
condensada no resfriamento do ar ambiente ao passar pelo resfriador da instalação de
ar condicionado central quando sua potência for igual ou superior a 10 TR (toneladas de
refrigeração). Este projeto será detalhado no item “Ventilação Mecânica (Climatização)
e Exaustão”.

O projeto de instalações hidro sanitárias deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

152
b) Memorial Descritivo;

c) Especificações.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

f) Aprovações;

Apresentação

Todos os desenhos deverão apresentar as convenções e símbolos gráficos


padronizados pela ABNT ou criar outros para identificar elementos da instalação que
não foram normalizados, mantendo, porém, a necessária correspondência com os
empregados nos demais projetos. O projeto de instalações hidro sanitárias será
representado graficamente em formatos, como se segue:

Projeto Básico

1) Desenho

a) Traçar a rede de distribuição de água fria e quente a partir da coluna de


alimentação até as peças de utilização.

b) Projetar a rede de esgoto a partir das peças sanitárias até as caixas de


passagem e inspeção externas.

153
c) Locar os pontos de subida das colunas de ventilação da rede de esgoto e de
descida dos tubos de queda, inclusive de água pluvial.

d) Esquema de distribuição vertical.

2) Especificação de materiais, componentes e equipamentos.

3) Memorial Descritivo

Projeto Executivo

1) Desenho

a) Representar a planta na escala 1:50 ou 1:75.

b) A planta será desenvolvida a partir de uma matriz do Projeto de arquitetura,


constando todas as linhas que definem os ambientes e a representação das
peças sanitárias e demais pontos de consumo, com suas respectivas
identificações.

c) Traçar a rede de distribuição de água fria e quente a partir da coluna de


alimentação até as peças de utilização. Indicar o diâmetro das seções das
tubulações e os registros de fechamento ou de controle de vazão d'água.

d) Projetar a rede de esgoto a partir das peças sanitárias até as caixas de


passagem e inspeção externas. Considerar as tubulações internas com
respectivas conexões, caixas e ralos secos e sifonados.

e) Locar os pontos de subida das colunas de ventilação da rede de esgoto e de


descida dos tubos de queda, inclusive de água pluvial, com respectivos
diâmetros das tubulações.

2) Planta de Situação

a) Representar a Planta de Situação na escala 1:100 ou 1:200.

154
b) Projetar a entrada d'água a partir da ligação à rede pública de abastecimento,
com a instalação de um padrão munido de hidrômetro, conforme a norma do
concessionário local de fornecimento deste serviço.

c) Caso não exista rede pública d'água, prever a construção de cisterna ou de


poço artesiano.

d) Projetar rede de irrigação.

e) Indicar o reservatório d'água inferior, tanques, poços, chafarizes e fontes


ornamentais, piscinas e seus respectivos equipamentos, tais como, bombas
centrífugas, filtros de limpeza, extravasores, saídas para limpeza, etc..

f) Projetar a rede de esgoto primário, a partir das caixas coletoras externas até a
ligação com a rede pública de esgoto ou ao sistema de fossa séptica com
sumidouro ou vala de absorção ou estação de tratamento de esgoto. Indicar o
dimensionamento da tubulação com o seu sentido de fluxo e declividade.

g) Prever um conjunto de caixas coletoras d'água pluvial e sua emissão na rede


pública de drenagem ou, na sua falta, prever outro sistema de absorção ou
dissipação.

h) Projetar um sistema de drenagem superficial do terreno, sobretudo, das áreas


pavimentadas externas, prevendo as caixas com grelha, canaletas e sarjetas
para condução d'água, e respectiva tubulação.

3) Planta de Cobertura

a) Indicar nos reservatórios d'água superiores as respectivas tubulações de


alimentação, distribuição, extravasor, limpeza e o sistema de combate a
incêndio.

b) Prever barrilete de distribuição d'água sobre a laje.

155
c) No caso de adoção de um sistema de aquecimento d'água, prever as
tubulações de alimentação e distribuição com seus respectivos pontos terminais
de entrada e saída d'água. Se o equipamento utilizado for uma caldeira de
acumulação d'água, levar em consideração a sua fonte de alimentação e se for
através de coletores de energia solar, especificar e detalhar convenientemente
a sua instalação.

d) Prever os arremates de acabamento nos tubos de ventilação emergentes na


cobertura.

e) Dimensionar as calhas e condutores d'água pluvial. Compatibilizar estes


elementos com os previstos na planta de cobertura do Projeto de arquitetura.

4) Diagrama da Tubulação de Água: Representar seção vertical da edificação, de


forma esquemática, e mostrar toda a rede de distribuição d'água fria e/ou quente, a
partir dos reservatórios superiores até as peças de utilização.

5) Diagrama da Tubulação de Esgoto: Representar seção vertical da edificação, de


forma esquemática, e mostrar todo o sistema de esgoto.

6) Diagrama D'água Pluvial: Indicar no mesmo desenho do diagrama da tubulação


de esgoto, o de água pluvial.

7) Isométrico da Tubulação de Água: Representar em isométrico o desenho das


redes de distribuição d'água fria ou quente, com a indicação das conexões, derivações,
válvulas, registros e ligações às peças de utilização, com suas respectivas alturas em
relação ao piso acabado do pavimento em referência.

8) Detalhes da Tubulação de Esgoto: Representar em planta, na escala 1:20, os


cômodos mostrando os aparelhos sanitários, tubulações, conexões, caixas e ralos,
devidamente detalhados, inclusive com a utilização de gabaritos apropriados, as
tubulações de esgotamento internas a edificação deverão ser cotadas em relação ao
eixo das peças sanitárias, caixas sifonadas e ralos, e em relação às paredes fixas.

156
9) Detalhes Complementares: Serão feitos desenhos, em planta ou corte,
detalhando os elementos da instalação hidráulica, sobretudo, os confeccionados de
alvenaria como caixas de passagem de esgoto ou água pluvial, caixas de gordura,
caixas de areia, canaletas, etc.

10) Memorial Descritivo: deverá apresentar as características principais do sistema,


justificativa do sistema de controle adotado e as recomendações para a execução da
instalação. Deverá conter as premissas de integração com sistema de distribuição de
água e de gerenciamento ou automação de energia da edificação (se houver), de forma
a garantir um uso eficiente de energia elétrica aplicada à distribuição de água e demais
tratamentos necessários como aquecimento, circulação, filtração, etc. Deverá também
apresentar o fluxograma de instalação do sistema e seus esquemas de funcionamento e
operação. Todos os parâmetros, ábacos, tabelas, normas, leis e outros recursos
utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser relacionados no memorial. Não é
admitida a referência a outro projeto para justificar a aplicação de qualquer informação
no memorial.

11) Lista de Material: Apresentar a lista dos aparelhos sanitários e dos materiais
hidráulicos especificados, com respectivos quantitativos. Empregar formulário adotado
pelo DEOP-MG.

12) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados, os


equipamentos, aparelhos e metais sanitários cuja especificação envolve a escolha de
um modelo ou um padrão de acabamento, será feita no capítulo referente às
Instalações Hidro sanitárias do Caderno de Especificações do Projeto de arquitetura,

157
9. Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e AntiPânico (PCI)

O Projeto e Combate a Incêndio e AntiPânico (PCI) é o conjunto de medidas que visam


evitar que os sinistros surjam, mas não havendo essa possibilidade, que sejam
mantidos sob controle, evitando a propagação e facilitando o combate. O projeto de
proteção contra incêndios deve nascer juntamente com o projeto de arquitetura, levando
em conta as distâncias para serem alcançadas as saídas, as escadas (largura,
dimensionamento dos degraus, controle de fumaça, corrimãos, resistência ao fogo etc.),
a combustibilidade e a resistência ao fogo das estruturas e materiais de acabamento, a
vedação de aberturas entre pavimentos adjacentes, as barreiras para evitar propagação
de um compartimento a outro, o controle da carga incêndio e a localização dos demais
sistemas contra incêndios.

O projeto do Sistema de Proteção contra Incêndios deverá ser elaborado de forma


integrada com todos os demais projetos do edifício ou local (arquitetura, estrutura,
elétrico, etc.). O Sistema de Proteção contra Incêndios é constituído pelas instalações
de prevenção e combate a incêndio, estabelecidas de acordo com as diretrizes básicas
e prescrições do Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais, Esta norma fixa as
condições mínimas exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação
e manuseio, bem como as características dos componentes de sistemas de combate a
incêndio por hidrantes e mangotinhos para uso exclusivo de combate a incêndio em
edificações com área construídas superior a 750m2 e/ou altura superior a 12m.

Conteúdo

Projeto elaborado a partir do Projeto de arquitetura, conforme as normas do Corpo de


Bombeiros Militares do Estado de Minas Gerais deverão contemplar as seguintes
características:

a) Características arquitetônicas da edificação que permitam à sua população


abandoná-la com segurança ou se protegerem, em caso de incêndio.

158
b) Meios físicos que retardem ou evitem a propagação das chamas.

c) Dispositivos e equipamentos fixos ou móveis que auxiliem o combate ao fogo


extinguindo-o.

d) Sensores e instrumentos de controle e de sinalização sonora e visual que


detectem a presença de fumaça ou de calor, facilitando a operação de
salvamento das pessoas como: alarmes de incêndio automáticos; sirenes de
acionamento manual; sinais luminosos de aviso; placas ou pictogramas
convencionais indicativos de equipamentos de combate ao fogo e de delimitação
de áreas com risco de incêndio.

Além disso, o PCI deverá atender às orientações e demandas específicas do Cliente e


do Gestor do DEOP-MG, principalmente para os Estabelecimentos Assistenciais de
Saúde – EAS, Estabelecimentos Penais e de Segurança e as edificações tombadas por
órgãos de proteção do patrimônio. O projeto deverá, ainda, estar perfeitamente
compatibilizado, principalmente com as interligações entre os Projetos de Instalações
Hidro sanitárias e Elétricas. Após o projeto finalizado, o mesmo deverá ser aprovado,
apresentado ART de responsável legal devidamente habilitado, pelo Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais.

O projeto de PCI deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Especificações

Projeto Executivo

a) Desenhos;

159
b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) ARTs;

e) Aprovações;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado graficamente
em formatos, como se segue:

Projeto Básico

1) Desenhos;

a) Planta baixa indicando tubulações, prumadas, reservatório, caixas de hidrante


e/ou equipamentos.

2) Memorial Descritivo;

a) Cálculo do dimensionamento das tubulações e reservatório

3) Especificações de materiais e equipamentos

Projeto Executivo

1) Plantas:

a) adotar a mesma escala utilizada no Projeto de arquitetura;

b) localizar na planta dos pavimentos a posição dos extintores, dos hidrantes e


dos "sprinklers" com respectivas tubulações d'água;

160
c) apresentar um diagrama vertical indicando as prumadas das tubulações
d'água, desde o reservatório superior até os hidrantes e "sprinklers";

d) descrever e detalhar os dispositivos e equipamentos aprovados para a


proteção e combate a incêndio, em função dos tipos de riscos verificados;

e) apresentar quadro com a simbologia e as convenções adotadas.

2) Memorial Descritivo: Preencher os impressos próprios do CBM/MG, contendo os


dados referentes à edificação e a memória de cálculo do projeto, propriamente dito.

3) Lista de Material: Apresentar a lista dos materiais e equipamentos fixos, com


respectivos quantitativos, empregando formulário próprio, conforme modelo DEOP-MG.

4) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados, os


equipamentos cujas especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão de
funcionamento, será feita no capítulo referente às instalações de Prevenção e Combate
a Incêndio e AntiPânico do Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de
Arquitetura.

161
10. Projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
(SPD)

Conteúdo

O projeto de telecomunicação deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Especificações

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

f) Aprovações;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado graficamente
em formatos, como se segue:

Projeto Básico

162
Desenho

1) Planta baixa indicando tubulações, prumadas, reservatório, caixas de hidrante


e/ou equipamentos.

2) Especificação de Materiais e • Equipamentos

3) Memorial

a) Cálculo do dimensionamento das tubulações e reservatório

Projeto Executivo

1) Planta de Situação da edificação, em escala reduzida e de forma esquemática,


indicando os elementos Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas;

2) Cortes longitudinal e transversal da edificação, em escala reduzida e de forma


esquemática indicando os elementos Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas;

3) Detalhamento do sistema de todo o Sistema de Proteção contra Descargas


Atmosféricas envolvendo a instalação do equipamento de captação, a fixação dos
condutores e o sistema de aterramento.

4) Memorial Descritivo: Deverá constar da descrição do sistema adotado e a


memória de cálculo do projeto.

5) Lista de Material: Apresentar a lista dos materiais e equipamentos fixos, com


respectivos quantitativos, empregando formulário próprio, conforme modelo DEOP-
MG.

6) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados, os


equipamentos cujas especificações envolvem a escolha de um modelo ou um
padrão de funcionamento, será feita no capítulo referente às instalações de

163
Prevenção e Combate a Incêndio e AntiPânico do Caderno de Especificações
Técnicas do Projeto de Arquitetura.

164
11. Projeto de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

Conteúdo

Os projetos de arquitetura, estrutura e instalações, dentre outros, deverão ser


integrados e harmonizados o projeto das instalações de gás combustível com os demais
sistemas. O “layout” dos equipamentos que utilizam gás combustível deve definir o
caminhamento da rede adequado.

Deve-se considerar que os materiais básicos recomendados para este tipo de


instalação são o cobre, para as tubulações de centrais de GLP de pequeno porte, e o
aço carbono, para os demais casos. As tubulações deverão situar-se preferencialmente
em locais ventilados naturalmente, ou embutidos, com fácil acesso para a manutenção.

As tubulações de ferro galvanizadas, embutidas ou enterradas, deverão receber


proteção anti-ferruginosa adequada. As tubulações internas devem ser embutidas até o
ponto de consumo. Caso a edificação tenha acesso ao gás de rua, o projeto deverá
incluir o abrigo e as tubulações, a partir do ramal de entrada na edificação.

A pressão máxima na rede de distribuição de GLP deverá ser preferencialmente de 254


mm.c.a., prevendo-se uma reguladora de pressão única, situada na saída dos cilindros
de GLP, a montante da rede de distribuição. Se a rede de distribuição for extensa,
admite-se a pressão máxima de 1,5 kgf/cm², prevendo-se uma reguladora de pressão
de 1º estágio na saída dos cilindros, e outra de 2º estágio, próxima aos pontos de
consumo. Posicionar os cilindros de GLP (central de GLP) e aquecedores a gás a uma
distância mínima de 2,0 m, medida horizontalmente, de ralos, poços, canaletas e
quaisquer aberturas situadas em nível inferior ao dos recipientes.

Adotar, sempre que possível, os seguintes critérios de projeto:

 utilização de soluções de custos de manutenção e operação compatíveis com o


custo de instalação do sistema;

165
 dimensionamento dos equipamentos do sistema dentro dos padrões disponíveis
no mercado nacional;

 disposição dos componentes do sistema de modo a: minimizar a ocupação de


espaços; adequar a instalação ao desempenho dos equipamentos; adotar as
normas de segurança das concessionárias locais; ventilar naturalmente os
compartimentos de equipamentos que consomem e/ou armazena gás.

O projeto de GLP deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Especificações.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado graficamente
em formatos, como se segue:

166
Projeto Básico

1) Desenho

a) Planta de situação da edificação ao nível da rua indicando a localização de todas


as tubulações e instalações externas, redes existentes da concessionária;

b) Planta de cada nível da edificação, na escala do projeto arquitetônico, contendo


indicação das tubulações quanto a dimensões, diâmetros e elevação; localização
dos pontos de consumo e outros elementos;

c) Fluxograma do sistema (GLP);

2) Memorial Descritivo;

3) Especificações de equipamentos e materiais

Projeto Executivo

1) Planta de situação da edificação ao nível da rua, em escala não inferior a 1:500,


indicando a localização precisa de todas as tubulações e instalações externas, redes
existentes da concessionária, inclusive cavalete para medidores de consumo (gás
de rua) e outros componentes do sistema, com dimensões, comprimentos, elevação;

2) Planta de cada nível da edificação, preferencialmente em escala 1:50, contendo


indicação das tubulações quanto a dimensões, diâmetros e elevação; localização
precisa dos pontos de consumo e outros elementos;

3) Fluxograma do sistema (GLP);

4) Plantas, cortes e detalhes da central de GLP, com a indicação do “layout” dos


equipamentos;

5) Detalhes de todos os furos necessários nos elementos da estrutura, para


passagem e suporte da instalação;

167
6) Quantitativos e especificações técnicas de materiais, serviços e equipamentos;

7) Desenhos isométricos das linhas de gás combustível, apresentando todos os


componentes e acessórios de tubulação, com indicação de diâmetro nominal,
dimensões e elevações;

168
12. Projeto de Gases Medicinais (GAS)

Conjunto de elementos gráficos que visa definir e dimensionar as instalações dos


componentes e dispositivos das instalações de gases medicinais,

Conteúdo

O projeto deverá ser compatibilizado com os demais projetos, principalmente com o


projeto de GLP, instalações elétricas e hidro sanitárias. Os aspectos técnicos a serem
considerados na elaboração do projeto de gases medicinais:

a) Verificar os ambientes que necessitam de instalações para os gases,


observando os leiautes dos mesmos para um bom desempenho do sistema;

b) Considerar previsão de área para abrigo para os sistemas de armazenamento,


nos casos de instalação central para a edificação ou de instalação setorial.

c) Determinar as dimensões dos abrigos dos sistemas de armazenagem, de modo


a garantir as características de desempenho, bem como permitir o livre acesso para
inspeção, manutenção e remoção dos equipamentos, levando em consideração as
especificações técnicas dos fabricantes.

d) Considerar a necessidade de utilização de sistemas reservas;

e) Prever o espaço mínimo necessário para a passagem das tubulações sobre


vigas do teto, sobre o forro ou sob pisos falsos.

f) Determinar em função de pontos de consumo, as vazões e pressões a serem


mantidas, a fim de efetuar o dimensionamento da rede de distribuição.

g) Prever, nas linhas de distribuição, todos os dispositivos e acessórios


necessários à operação e manutenção do sistema, tais como medidores, válvulas e
outros.

169
h) Prever proteção e acionamento elétrico nos equipamentos das centrais, caso
seja necessário.

O projeto de gases medicinais deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Especificações.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

f) Aprovações;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado através de
desenhos em plantas, de toda a área a ser trabalhada e de detalhes de setores, quando
necessário, além da parte descritiva.

Projeto Básico

1) Desenho

170
a) Planta de situação da edificação ao nível da rua indicando a localização de todas
as tubulações e instalações externas, redes existentes da concessionária;

b) Planta de cada nível da edificação, na escala do projeto arquitetônico, contendo


indicação das tubulações quanto a dimensões, diâmetros e elevação; localização
dos pontos de consumo e outros elementos;

c) Fluxograma do sistema (GLP);

2) Memorial Descritivo;

3) Especificações de equipamentos e materiais

Projeto Executivo

1) Planta

a) Planta de situação, na escala de 1:250, com indicação da localização de todas


as tubulações e instalações internas e componentes do sistema com dimensão,
comprimento e elevação.

b) Planta de cada nível da edificação, na escala 1:50, com indicação de


ampliações, cortes e detalhes de todos os dispositivos, suportes e acessórios;

c) Desenhos isométricos das linhas de gás, apresentando todos os componentes e


acessórios de tubulações, com indicação de diâmetro, especificações dos materiais,
dimensões, elevações e consumo.

2) Fluxograma do sistema, se adotado sistema centralizado.

3) Memorial descritivo

4) Caderno de especificação técnica

5) Planilha de quantitativo

171
6) Anotação de responsabilidade Técnica - ART

172
13. Projeto de Impermeabilização (IMP)

Conteúdo

O projeto de impermeabilização deverá atender ao disposto nas Normas Técnicas


Brasileiras pertinentes ao assunto. O projeto de impermeabilização deverá ser
composto de, no mínimo:

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

f) Aprovações;

Apresentação

Todos os desenhos deverão apresentar as convenções e símbolos gráficos


padronizados pela ABNT ou criar outros para identificar elementos da
impermeabilização que não foram normalizados, mantendo, porém, a necessária
correspondência com os empregados nos demais projetos. O projeto será apresentado
graficamente através de desenhos e acompanhado de uma parte descritiva, conforme
se segue.

1) Plantas: A planta será desenvolvida a partir de um desenho matriz do Projeto de


arquitetura e na mesma escala deste, envolvendo todos os pavimentos com áreas
úmidas e sujeitas a ação direta das águas de chuva ou de lavagem. Nesta planta serão
indicados os dados a seguir:

173
a) áreas a serem impermeabilizadas.

b) legenda com os produtos e sistemas impermeabilizantes adotados;

c) áreas úmidas ou sujeitas à ação de águas de lavagem, mas que não serão
impermeabilizadas possuindo, apenas, camada de regularização com caimentos
em direção aos ralos;

d) caimentos dos pisos e lajes de concreto com respectivas inclinações e cotas de


nível;

e) linhas formadas pelo encontro de planos inclinados como as cumeeiras, os


espigões e os rincões;

f) calhas de alvenaria, canaletas, ralos e drenos.

2) Detalhes Específicos: Apresentar o detalhamento, com representação em planta


ou corte, e em escala apropriada, dos elementos constitutivos da obra e que sejam
impermeabilizados como, por exemplo:

a) abóbadas, cúpulas, marquises, beirais e lajes de cobertura;

b) lajes de piso sujeitas a trânsito;

c) platibandas, muretas e vigas invertidas;

d) piscinas e tanques;

e) reservatórios d'água subterrâneos e superiores;

f) caixas de passagem em alvenaria;

g) juntas estruturais de dilatação;

h) muros de arrimo;

174
i) galerias e túneis subterrâneos;

j) jardineiras e floreiras.

3) Detalhes Genéricos: Este detalhamento refere-se aos arremates de


concordância ou de acabamento a serem executados no encontro do sistema
impermeabilizante com os elementos interferentes a ele, tais como:

a) rodapés, encontros de superfícies horizontais com verticais e bases de pilares;

b) soleiras de vãos abertos e em desníveis de piso;

c) arestas e quinas vivas;

d) cantos de paredes;

e) ralos, drenos e bocas de condutores d'água pluvial;

f) tubulações ou elementos passantes;

g) suportes metálicos diversos e bases de concreto para fixação de equipamentos.

4) Memorial Descritivo: Este documento abrangerá a descrição dos sistemas de


impermeabilização, bem como, do respectivo memorial descritivo, contendo os
conceitos e critérios adotados. Abaixo, encontram-se relacionados os principais
procedimentos a serem adotados em um serviço de impermeabilização e que devem
ser abordados no detalhamento deste memorial descritivo, a título de recomendações
técnicas de execução:

a) correções de concretagem;

b) correções de fissuras e trincas;

c) camada de regularização da superfície;

d) método de aplicação do impermeabilizante;

175
e) tratamento de juntas de dilatação;

f) camada de proteção mecânica;

g) tratamento termo acústico.

5) Lista de Material: Apresentar devidamente quantificado, a relação dos materiais


a serem utilizados.

6) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados será


feita no capítulo referente à Impermeabilização do Caderno de Especificações Técnicas
do Projeto de arquitetura.

176
14. Projeto de Drenagem (DRE)

A indicação dos componentes do sistema de drenagem se baseará no estudo do


Projeto de Implantação e no Topográfico Planialtimétrico, que fornecerá os dados
relativos às plataformas, aos taludes, às áreas pavimentadas, etc. e seus respectivos
caimentos. Também, se constitui numa fonte importante de informação para o projeto o
levantamento de dados do terreno, que precisará outras áreas de contribuição vizinhas
e o caminhamento natural seguido pelas águas pluviais. Estes dados deverão ser
analisados em função do movimento de terra a ser procedido na implantação da obra,
evitando-se que o mesmo se constitua em uma barreira que se interponha ao fluxo
normal das águas ou, então, se prevendo estas interferências, possam ser propostas as
concordâncias necessárias.

Projeto de Rebaixamento de Lençol Freático

O Projeto de Rebaixamento do Lençol D’Água envolve a definição, através de cálculos


específicos, quando houver nível da edificação igual ou inferior ao nível máximo do
lençol freático. O Projeto constará de todos os elementos necessários tais como drenos,
filtros, coletores, mangotes, conexões, válvulas, registros, bombas centrífugas e de
vácuo, dispositivos de condução de água, etc.

Conteúdo

O projeto de drenagem deverá atender ao disposto nas Normas Técnicas Brasileiras


pertinentes ao assunto. O projeto de drenagem deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Especificações.

177
Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

f) Aprovações;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4 e será representado através de desenhos
documentos em formatos com as características e conteúdo descritos a seguir:

Projeto Básico

1) Desenhos;

a) Plantas e desenhos-tipo dos diversos dispositivos de drenagem utilizados;

b) Planta esquemática da localização das obras de drenagem.

2) Memorial Descritivo;

a) Relatório do Projeto contendo: concepção, quadro de quantidades,


discriminação de todos os serviços e distâncias de transporte;

b) Justificativa das alternativas aprovadas;

178
c) Plano de Execução, contendo: relação de serviços, cronograma físico; relação
de equipamento mínimo e layout do canteiro de obras, posicionando as
instalações, jazidas, fontes de materiais e acessos.

3) Especificação de materiais e serviços

Projeto Executivo

2) Planta

a) adotar como desenho matriz a planta do Projeto de Implantação e na mesma


escala em que este foi representado;

b) indicar o plano geral de escoamento d'água;

c) verificar os locais de afluência d'água e prever seu caminhamento com seu


posterior recolhimento através de elementos como canaletas, sarjetas, bueiros,
bocas de lobo, etc.;

d) projetar a rede de canalizações, para condução d'água, considerando todos os


seus elementos como tubulações, poços de visita, caixas de passagem, etc.;

e) projetar as obras de lançamento e de dissipação de energia no corpo receptor;

f) detalhar todos os componentes do sistema de drenagem, sobretudo, os


confeccionados no local em alvenaria ou concreto, como caixas de passagem,
poços de visita, bocas de lobo, canaletas, sarjetas, dissipadores, etc.;

g) detalhar a execução da tubulação indicando as suas cotas de profundidade, as


suas declividades e a sua forma de assentamento no fundo das valas;

h) apresentar quadro com as legendas adotadas.

3) Memorial Descritivo contendo os conceitos e critérios adotados, bem como a


memória de cálculo e a descrição os processos e métodos de execução.

179
4) Lista de Material: Apresentar devidamente quantificado, a relação dos materiais
a serem utilizados.

5) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados, os


equipamentos e aparelhos cujas especificações envolvem a escolha de um modelo
ou um padrão de funcionamento, serão feita no capítulo referente à Drenagem do
Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de Arquitetura.

180
15. Projeto de Paisagismo (PSG)

Conteúdo

O Projeto de Paisagismo (PSG) iniciará com a verificação das condições locais de


umidade, de insolação, tipo de espécime para o tipo de solo. A partir da análise do solo
verifica-se se o PH está controlado, e quando for o caso, propor ações corretivas. Além
disso, é necessário também averiguar as possíveis interferências das copas e raízes
das árvores sobre as edificações, instalações, áreas pavimentadas e muros de
vedação.

O projeto deverá ser compatibilizado com os demais projetos, principalmente com o


projeto de instalações hidro sanitárias, com destaque para os sistemas de irrigação, e
com o projeto de instalações elétrica, devido ao projeto luminotécnico.

O projeto de paisagismo deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

d) Desenhos;

e) Memorial Descritivo;

f) Especificações.

Projeto Executivo

d) Desenhos;

e) Memorial Descritivo;

f) Caderno de Especificações Técnicas;

g) Planilha de quantitativos;

h) ARTs;

181
Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado através de
desenhos em plantas, de toda a área a ser trabalhada e de detalhes de setores, quando
necessário, além da parte descritiva. A vegetação será representada por convenções
que permitirão visualizar o tratamento paisagístico adotado.

1) Planta

a) Na planta serão delimitadas as áreas, canteiros ou jardineiras de plantio,


devidamente cotados.

b) Indicar todos os espécimes que compõem as unidades de vegetação, a saber:


árvores, arbustos, folhagens, floríferas e forrações.

c) As árvores e arbustos serão locados individualmente. Apresentar quadro, onde


constará, além, da convenção adotada, designação e os dados referentes à sua
altura, diâmetro da copa, tipo de raiz, época de floração e cor e quantidades de
mudas.

d) As folhagens, floríferas e forrações, serão locadas através de um sistema de


coordenadas cartesianas ortogonais indicando, ainda, o número de mudas a
serem plantadas por unidade de área considerada.

e) Quando forem previstos caminhos e áreas de lazer com equipamentos, serão


detalhados.

2) Memorial Descritivo contendo os critérios adotados. Dentre os aspectos


abordados incluir, obrigatoriamente, as orientações e observações a seguir:

a) abertura das covas de plantio;

182
b) adubação do solo;

c) forma de plantio ou de transplante de mudas;

d) métodos de irrigação;

e) tutoramento, ceifas ou podas;

f) cuidados gerais.

3) Caderno de Especificações: Fornecer a designação usual ou popular


acompanhada do nome científico dos espécimes. A especificação dos materiais
empregados e espécies serão feita no capítulo referente ao Paisagismo do Caderno
de Especificações Técnicas do Projeto de Arquitetura.

4) Lista de Material: Quantificar os espécimes vegetais a serem plantados.


Considerar, também, os materiais e produtos como estacas, adubo orgânico e
químico, calcário dolomítico, etc.

183
16. Projeto de Ventilação Mecânica (Climatização) e Exaustão (CLI)

Ar Condicionado: Será escolhido o sistema mais adequado à edificação, mediante o


estudo e a análise dos fatores condicionantes e determinantes relacionados a seguir:
localização e vizinhança; características e particularidades; carga instalada de energia
elétrica; custo; manutenção e durabilidade e confiabilidade e flexibilidade.

Ventilação Mecânica (VEN): A natureza dos agentes poluidores, nos ambientes,


determinará o sistema de ventilação mecânica a ser adotado, podendo ser uma
ventilação mecânica geral diluidora ou local exaustora.

Conteúdo

O projeto de instalações de ar condicionado e/ou de ventilação mecânica deverá ser


elaborado de forma integrada com todos os demais projetos do edifício (arquitetura,
estrutura, elétrico, etc.). Os projetos de condicionamento de ar e ventilação mecânica
deverão obedecer às normas da ABNT e ser compatibilizados com os demais projetos.

Prever no projeto os elementos descritos a seguir:

a) Casas de Máquinas: Sempre que possível, os condicionadores serão instalados


no interior da casa de máquinas, situada próxima ao local a ser beneficiado e
numa posição central para a redução dos custos com a distribuição de ar.
Prever, ainda, alimentação de água e esgotamento para instalação de
equipamentos.

2) Tomadas de Ar Exterior

a) Serão dotadas, no mínimo, de veneziana, tela metálica, registro e filtro.

b) Verificar a queda de pressão máxima admissível de forma a garantir a


passagem de ar.

184
c) No caso de utilizar dutos, estudar a necessidade de ventilador para forçar a
renovação de ar.

3) Distribuição de Ar

a) Serão adotados sistemas de insuflamento e retorno, através de dutos aparentes


ou embutidos, construídos em chapas de aço galvanizado ou em alumínio.

b) As grelhas e difusores possuirão registros para regulagem de vazão.

c) Os dutos serão revestidos com materiais isolantes térmicos nas passagens por
áreas não condicionadas.

4) Quadros Elétrico

a) Para interligação dos pontos de força aos equipamentos será previsto, no


interior da casa de máquinas, um quadro elétrico dotado de seccionamento geral
e parcial dos circuitos, com respectivos dispositivos de proteção. Cada
condicionador será alimentado por um circuito parcial.

b) Será previsto um eletroduto independente para passagem da fiação de


intertravamento dos elementos do sistema como, torres, bombas, condensadores
remotos, etc.

c) Caberá a projetista de ar condicionado fornecer o diagrama de comando e força,


contendo a lógica e sequência de funcionamento das proteções e
intertravamentos do sistema do quadro elétrico.

d) As carcaças de máquinas, equipamentos, quadros elétricos e dutos serão


aterrados.

5) Torres de Arrefecimento

185
a) Levar em consideração na localização destes equipamentos os dados
referentes ao seu peso, e as suas interferências na edificação relativas,
principalmente, às vibrações causadas e ao nível de ruído gerado.

b) Para operacionalização das torres, levar em consideração as suas exigências


funcionais em relação a sua interligação ao sistema hidro sanitário.

c) Bombas: O conjunto Motobomba será montado sobre base rígida com


tratamento anti-vibratório, com previsão e bomba reserva.

d) Condensadores: Serão aceitos condensadores a ar ou água. Para instalações


sujeitas a grande variação de temperatura externa, adotar um dispositivo para
regulagem de vazão do agente de condensação.

6) Unidades Resfriadoras de Líquido: Possuirão circuitos frigorígenos


independentes, modulação de capacidade, termostato de anti-congelamento, partida
sequencial, dispositivo de anti-reciclagem e válvula solenoide.

7) Unidades Condicionadoras de Expansão Direta: Possuirão circuitos frigorígenos


independentes para capacidades superiores a 7,5 TR.

O projeto de climatização deverá ser composto de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Especificações.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

186
c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

Apresentação

Apresentar os desenhos em formatos com as características citadas a seguir:

Projeto Básico

1) Desenho

a) Planta baixa com marcação de dutos e equipamentos fixos

2) Especificação de materiais e equipamentos

3) Memorial

a) Cálculo do dimensionamento dos equipamentos e dos dutos

Projeto Executivo

1) Plantas

a) Projetar os elementos constituintes do sistema em plantas e cortes, a partir do


desenho matriz do Projeto de Arquitetura.

b) Detalhar a casa de máquinas em planta e em cortes, longitudinal e transversal,


na escala 1:20.

c) Representar o fluxograma do sistema.

d) Detalhar os elementos básicos, sobretudo suas fixações.

187
e) Indicar o esquema elétrico da instalação, com trifilar de força e comando,
contendo proteções e intertravamentos.

2) Memorial Descritivo: Conterá os conceitos e critérios das soluções propostas e


a memória de cálculo, constando de um quadro resumo com os cálculos de carga
térmica discriminando, por ambiente, o calor sensível, o calor latente, o calor total,
as vazões de ar exterior e insuflamento.

3) Especificações: Especificar todos os elementos do sistema. Quanto aos


equipamentos, constar os dados referentes à sua capacidade nominal, a tensão de
funcionamento, o número de fases, a frequência e a potência, inclusive com os
respectivos prospectos fornecidos pelos fabricantes.

4) Lista de Material: Apresentar a lista de material com respectivos quantitativos.

5) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados, os


equipamentos e aparelhos cujas especificações envolvem a escolha de um modelo
ou um padrão de funcionamento, serão feita no capítulo referente à Climatização do
Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de Arquitetura. 4.4.6 Eficiência
mínima de equipamentos

6) A definição dos níveis de eficiência a serem adotados foi feita tendo como base
o Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQC).

Tabela 1 - Níveis mínimos de eficiência de equipamentos a serem adotados


Nível de
Eficiência Referência
Tipo de Equipamento
Sistemas
Sistema Reformas
Novos
Aparelhos de Janela A A Tabela 3 – INMETRO a
Mini – Multi / Split B B Tabela 4 – INMETRO a
Condicionadores de Ar B B Tabela 5.1, do RTQ-C
Resfriadores de Líquidos B B Tabela 5.2, do RTQ-C
Condensadores B B Tabela 5.3, do RTQ-C
Torres de arrefecimento B B Tabela 5.3, do RTQ-C

188
Notas: a) As tabelas atualizadas com classes de eficiência energética com os requisitos mínimos de eficiência para cada categoria
encontram-se no site do INMETRO: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp;
b) veja no Anexo 4 as Tabelas 5.1 a 5.3.

Nota importante: para que um sistema de condicionamento de ar central possa atingir a


classificação “A”, além de atender aos requisitos mínimos de eficiência das Tabelas 5.1
à 5.3, todo o sistema deverá respeitar os requisitos estabelecidos nos itens 5.4.1 à 5.4.8
do RTQ-C.

189
17. Projeto de Layout (LAY)

Conteúdo

O Projeto de Layout (LAY) deverá adotar como parâmetros para elaboração do Layout
as condições ambientais necessárias aos vários espaços. Também deverá ser
compatível com todas as matérias, principalmente os Projetos de Instalações Elétricas,
Hidro sanitário, de Telefonia e de Informática, observando-se, principalmente, a posição
das luminárias em relação às subdivisões do ambiente e a locação das tomadas
elétricas e pontos de telefone e pontos para computadores. Além disso, deverá ser
considerado às exigências operacionais dos equipamentos com os projetos de
instalações. O projeto de Layout deverá ser composto de, no mínimo:

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado através de
desenhos em plantas, de toda a área a ser trabalhada e de detalhes de setores, quando
necessário, além da parte descritiva. O mobiliário será representado por convenções
que permitirão visualizar o fluxo adotado.

1) Plantas de Layout

a) representar em desenho, a partir do Projeto de Arquitetura, as plantas dos


ambientes ou pavimentos a serem considerados, adotando-se as escalas 1:20,

190
1:50 e 1:100, conforme o seu dimensionamento e o número de elementos a
serem representados;

b) locar em planta os diversos equipamentos considerando-se o atendimento ao


fluxograma determinado e as exigências funcionais e operacionais dos mesmos;

c) locar em planta o mobiliário em função da demanda de seus usuários e


determinado por suas atividades funcionais;

d) prever as subdivisões ou a setorização de ambientes, através da colocação de


divisórias;

e) apresentar legenda dos equipamentos e do mobiliário, conforme os códigos


adotados em planta indicando, ainda, sua especificação sumária e a sua
quantidade e, inclusive, fornecer os prospectos fornecidos pelos fabricantes dos
equipamentos.

2) Memorial Descritivo: Conterá os critérios das soluções adotadas.

3) Especificações:

a) especificar todo o equipamento, seja fixo ou móvel, conforme determinado no


escopo do trabalho;

b) especificar todo o mobiliário, fornecendo a descrição detalhada dos seus


materiais constitutivos, do seu acabamento, do seu dimensionamento podendo-
se citar o nome de alguma linha comercial de produto e de seu fabricante, a título
de orientação e determinação do padrão de qualidade pretendido;

c) especificar as divisórias, determinando os materiais de sua parte estrutural e de


vedação, a sua forma de fixação, as suas características físicas e o seu
acabamento final;

191
d) a especificação do mobiliário e dos equipamentos e aparelhos cujas
especificações envolvem a escolha de um modelo ou um padrão de
funcionamento serão feita no capítulo referente ao Layout do Caderno de
Especificações Técnicas do Projeto de arquitetura.

4) Lista de Material: Apresentar a lista de material com os quantitativos


respectivos.

192
18. Projeto de Comunicação Visual (COM)

Conteúdo

O projeto deverá contemplar 04 (quatro) tipos ou classes de placas indicativas,


constituindo-se em grupos de informações, a saber:

a) educativas;

b) de emergência e advertência;

c) de identificação dos ambientes;

d) indicativos de fluxos de acesso e de circulação.

Na edificação pública, sua designação ou denominação deverá ser identificada de forma


visível, em sua fachada ou área externa. O projeto de comunicação deverá ser
composto de, no mínimo:

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado através de
desenhos em plantas, de toda a área a ser trabalhada e de detalhes de setores, quando
necessário, além da parte descritiva.

1) Plantas

193
a) representar em desenho as plantas dos pavimentos, adotando-se a mesma
escala do Projeto de arquitetura;

b) nomear ou numerar os diversos ambientes do projeto e designar os que


receberão identificação através de placas, letreiros ou símbolos;

c) as placas indicativas instaladas externamente à edificação serão representadas


na planta de situação;

d) detalhar as placas indicativas, internas e externas, desenhando-as em escalas


compatíveis, devidamente cotadas, contendo os pictogramas modelos e o tipo de
letra adotado com suas respectivas cores, inclusive, a de fundo, se houver;

e) indicar o material das placas, das letras, tipo de pintura e tipo de adesivo;

f) detalhar a forma de fixação das placas, indicando a sua locação;

g) apresentar uma legenda dos pictogramas adotados e das placas indicativas


contendo o seu código, dimensões, título, altura de fixação, material,
acabamentos, etc.

2) Memorial Descritivo: Conterá os critérios das soluções adotadas.

3) Especificação:

a) apresentar a caracterização dos pictogramas, símbolos, letras e números;

b) de acordo com o Projeto de Arquitetura as áreas de circulação, de


estacionamento e manobra, deverão ser caracterizadas através de faixas
demarcatórias e setas pintadas no piso, além de placas indicativas ou de
sinalização;

c) quando utilizar letreiros luminosos prever a sua interligação ao sistema elétrico;

194
d) a especificação dos materiais utilizados será feita no capítulo referente à
Comunicação Visual do Caderno de Especificações Técnicas do Projeto de
Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo.

4) Lista de Material: Apresentar lista de material com respectivos quantitativos.

195
19. Projeto de Instalações Especiais (ESP)

Alarme: Caso haja indicação expressa neste sentido, prever um alarme contra incêndio
ou invasão por arrombamento, ativado automaticamente através de sensores capazes
de detectar a presença de fumaça e/ou pessoa no ambiente. O alarme, uma vez
acionado, permitirá operar diversos dispositivos de proteção como válvulas hidráulicas,
sirenes, avisos luminosos, travas de segurança, etc., conforme a anormalidade
constatada e seu tipo.

Sinalização Sonora: Prever a instalação de cigarra e botoeira de campainha. As


edificações que demandarem este tipo de sistema serão equipadas com sirene em área
específica e acionamento na administração.

Circuito Fechado de TV (CFTV): O projeto de CFTV deverá prever as tubulações para o


caminhamento dos cabos que interligarão as câmeras e sistema receptor de imagens.
As localizações das câmeras deverão ser definidas juntamente com o Gestor do DEOP-
MG e o Cliente e indicadas em planta conforme a matriz do Projeto de Arquitetura. O
cômodo que abrigará a central receptora das imagens será definido pelo projetista de
Arquitetura juntamente com o Gestor do DEOP-MG e o Cliente. Os equipamentos e
cabos que compõem o sistema serão adquiridos e instalados posteriormente à obra
pelo proprietário. Sendo assim a lista de materiais ficará restrita às tubulações e caixas.

Sonorização: O projeto de Sonorização deverá prever as tubulações para o


caminhamento dos cabos que interligarão as caixas acústicas, amplificadores e central
de som. As localizações das caixas acústicas deverão ser definidas juntamente com o
Gestor do DEOP-MG e o Cliente e indicadas em planta conforme a matriz do Projeto de
Arquitetura. O cômodo que abrigará a central de som será definido pelo projetista de
Arquitetura juntamente com o Gestor do DEOP-MG e o Cliente. Os equipamentos e
cabos que compõem o sistema serão adquiridos e instalados posteriormente à obra
pelo proprietário. Sendo assim a lista de materiais ficará restrita às tubulações e caixas.

196
Elevadores: Nas edificações com elevadores e sistema de sonorização, será previsto
um terminal de som na sua casa de máquinas para interligação com as cabines.

Transporte Vertical: projeto do sistema de transporte vertical deverá seguir as


indicações do projeto arquitetônico, as normas abaixo relacionadas e as leis federais,
estaduais e municipais que legislem sobre o mesmo. Quando solicitado, o profissional
deverá fornecer os dados e informações relacionados com os projetos estrutural e
elétrico da edificação. O projeto deverá ser realizado em sintonia com os demais
projetos, buscando as melhores alternativas.

O projetista deverá apresentar estudo de viabilidade técnica e econômica, considerando


diferentes arranjos de equipamentos de alta eficiência energética em função do tráfego
previsto, considerando os diferentes dispositivos de controle e investimentos e
benefícios correspondentes.

4.5.2 Controle de tráfego

Se a edificação possuir mais de 1 (um) elevador, o projetista deverá projetar o sistema


de controle de tráfego levando em consideração:

a) Segregação de pavimentos por elevador ou grupo de elevadores;

b) Divisão da capacidade prevista por diferentes elevadores, com recurso de


desligamento de parte dos equipamentos nos horários de menor tráfego;

c) A utilização de comando em grupo é obrigatória para projetos onde há mais de um


equipamento atendendo os mesmos pavimentos.

Em projeto de Auditório, ou quando houver previsão na edificação, o projeto de


sonorização será específico.

Projeto Básico

a) Desenhos;

197
b) Especificações.

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

Conteúdo

O projeto deverá ser compatibilizado com os demais projetos, principalmente com o


projeto de estruturas, instalações elétricas e telecomunicações. Os projetos de
instalações especiais deverão ser compostos de, no mínimo:

Projeto Básico

a) Desenhos;

b) Especificações de materiais e equipamentos

Projeto Executivo

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

198
Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado através de
desenhos em plantas, de toda a área a ser trabalhada e de detalhes de setores, quando
necessário, além da parte descritiva.

Projeto Básico

1) Desenhos;

a) Planta baixa com marcação dos pontos e tubulações

2) Especificações de materiais e equipamentos

Projeto Executivo

1) Plantas

a) representar em desenho as plantas dos pavimentos do Projeto de arquitetura


que servirá como matriz escala 1:100;

b) determinar os cômodos e locais que conterão os equipamentos das centrais de


som, alarme e CFTV e as caixas acústicas, câmeras, sirenes e avisos luminosos
conforme orientação do Gestor dos projetos e do Cliente;

c) detalhar a instalação dos diversos equipamentos com suas fixações e alturas


correspondentes;

d) indicar a simbologia de equipamentos e as legendas das convenções adotadas.

e) Memorial Descritivo conterá a descrição do sistema adotado;

2) Lista de Material: apresentar a lista dos materiais serem utilizados com


respectivos quantitativos.

199
3) Caderno de Especificações: A especificação dos materiais empregados será
feita no capítulo referente às Instalações Especiais do Caderno de Especificações
Técnicas do Projeto de Arquitetura.

200
20. Projeto de Acústica (ACU)

Conteúdo

O projeto deverá ser compatibilizado com os demais projetos, principalmente com o


projeto de estruturas, instalações elétricas e telecomunicações. O projeto de acústica
deverá ser composto de, no mínimo:

a) Desenhos;

b) Memorial Descritivo;

c) Caderno de Especificações Técnicas;

d) Planilha de quantitativos;

e) ARTs;

Apresentação

A representação gráfica dos desenhos obedecerá ao Manual de Padronização da


Apresentação Gráfica de Projetos - Anexo 4. O projeto será apresentado através de
desenhos em plantas, de toda a área a ser trabalhada e de detalhes de setores, quando
necessário, além da parte descritiva.

1) Plantas

a) a representação se baseará em desenhos em plantas, cortes e elevações dos


ambientes, a partir da matriz do Projeto de arquitetura, contemplando as
superfícies dos pisos, paredes e tetos;

b) detalhar os arremates, as formas de fixação e os acabamentos dos materiais


especificados.

201
2) Memorial Descritivo: Conterá os conceitos e critérios das soluções adotadas,
bem como a memória dos cálculos de tempo de reverberação e isolamento acústico.

3) Especificação: Deverá conter a especificação dos materiais de acabamento e de


revestimento, a serem utilizados, compatibilizado com o Projeto de arquitetura e será
feita no capítulo referente à Acústica do Caderno de Especificações Técnicas do
Projeto de Arquitetura, conforme disposto no item 1.4.3-c.3 deste capítulo

4) Lista de Material: Apresentar lista de material com respectivos quantitativos e


especificações.

202
21. Projeto de Acessos/Pavimentação (PAV)

Os projetos de pavimentação seguirão as diretrizes estabelecidas pelo Departamento


de Estradas de Rodagem – DER-MG, com destaque para o Manual de Procedimentos
para Elaboração de Estudos e Projetos de Engenharia Rodoviária do DER/MG - 2013,
Volumes I a XI, disponível no endereço eletrônico
http://www.der.mg.gov.br/institucional/legislacao/normas-tecnicas-dermg.

203
V. DEMOSTRAÇÃO ENERGÉTICA DA EDIFICAÇÃO

Embora existam vários padrões internacionais de certificação é recomendável adotar


um sistema nacional, desenvolvido com base no estudo dos vários tipos climáticos
brasileiros, bem como no tipo de edifício e sistemas construtivos normalmente adotados
no país.

A certificação de eficiência energética para as edificações públicas do estado de Minas


Gerais deverá ser feita, quando for o caso, pela aplicação do Regulamento de
Avaliação da Conformidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais,
de Serviços e Públicos (RAC-C). O RAC-C é o documento que apresenta o processo de
avaliação das características do edifício para etiquetagem junto ao Laboratório de
Inspeção acreditado pelo INMETRO. Através desse processo, o edifício poderá obter a
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE). O processo estabelecido pelo
RAC-C é formado por duas etapas de avaliação: etapa de projeto e etapa de inspeção
do edifício construído, onde se obtém a autorização para uso da etiqueta do INMETRO.

A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) é obtida através de avaliação


dos requisitos contidos no Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência
Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) para o edifício
usando o método descrito no RAC-C. A etiquetagem do edifício é, por enquanto,
voluntária e aplicável a edifícios com área útil superior a 500 m² ou atendidos por alta
tensão (grupo tarifário A). Pode ser fornecida uma etiqueta para o edifício completo ou
para parte deste. Ela é dita parcial quando referente à envoltória ou combinando a
envoltória com um dos outros dois sistemas – iluminação artificial ou condicionamento
de ar.

A aplicação do RAC-C poderá ser feita pela PROJETISTA para a elaboração do projeto
de arquitetura e coordenação dos projetos complementares, ou por consultoria técnica
específica para este fim.

204
A certificação de eficiência energética deverá ser prevista, quando for o caso, nos
editais e licitações para projeto de edificações públicas, devendo o DEOP-MG e o
CLIENTE decidirem sobre o nível de classificação pretendida, seja nos sistemas
individuais, seja no edifício completo. Tal previsão se faz de fundamental importância
para que os estudos de viabilidade do empreendimento possam levar em consideração
os parâmetros necessários para se atingir a conformidade ao nível pretendido, assim
como os projetos de arquitetura, de instalações e complementares.

205
VI. ANEXOS

Anexo 1 – Planilha de Controle Físico de Entregas de Projetos e Serviços


Anexo 2 – Relatório de Conclusão de Projeto
Anexo 3 – Metodologia de Identificação de Arquivos
Anexo 4 – Manual de Padronização da Apresentação Gráfica de Projetos
Anexo 5 – Relatório de vistoria

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