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Laura Magalhães Ferri

Thales Samir Jesus Andrade

RELATÓRIO DE ANÁLISE DO EIA-RIMA


TERRAS ALPHA

Relatório referente à atividade 4


equivalente à prova 2 da disciplina
Avaliação de Impactos Ambientais, análise
de EIA-RIMA municipal, Terras Alpha, disponível
em SEMADUR Campo Grande - MS.
Pela Universidade Federal do Mato
Grosso do Sul, curso de Engenharia Ambiental.

Prof. Júlio César Gonçalves

Campo Grande
2020
1. Sumário
Sumário 2
Objetivos 3
Introdução 4
Resultados e Discussão 5

Apresentação do empreendimento 5

Cumprimento de Resolução n° 02, de 18 de abril de 1996 e Compensação Ambiental 5

Método de Avaliação de Impactos Ambientais 6

Empreendimentos impactantes, impactos ambientais e medidas mitigadoras 6

Programas de Monitoramento e Controle Ambiental foram definidos 16

Audiência Pública 16

Análise pessoal do RIMA 16


Conclusão 18
Referências Bibliográficas 19

2
2. Objetivos

O presente trabalho tem como objetivo analisar o EIA/RIMA das


atividades do empreendimento do projeto Terras Alpha Campo Grande,
instalado no município de Campo Grande MS.

Dentre os objetivos específicos temos:

➔ Apresentar dados básicos do desenvolvimento do empreendimento


(nome, tipo e local do empreendimento);
➔ Verificar o cumprimento ou descumprimento da RESOLUÇÃO N° 02, DE
18 DE ABRIL DE 1996;
➔ Verificar se houve de fato uma Compensação Ambiental por parte da
empresa ou órgão responsável pelo empreendimento;
➔ Identificar no EIA e/ou RIMA qual o tipo de Método de AIA utilizado para
análise;
➔ Identificar os empreendimentos impactantes e quais impactos
ambientais (positivos e negativos) foram levantados;
➔ Identificar quais medidas mitigadoras foram adotadas para minimizar os
impactos ambientais negativos;
➔ Identificar quais Programas de Monitoramento e Controle Ambiental
foram definidos;
➔ Verificar a solicitação da Audiência Pública para análise e sugestões;
➔ Realizar uma análise crítica pessoal sobre o RIMA do empreendimento.

3
3. Introdução
O presente trabalho aborda a análise de um projeto de empreendimento,
mais especificamente do Terras Alpha Campo Grande, a partir dos conceitos já
conhecidos dos processos envolvendo licenciamento ambiental e avaliação de
impactos ambientais. Para a aprovação desse tipo de empreendimento em
questão é necessário que haja uma Avaliação de Impactos Ambientais(AIA).

A AIA envolve um conjunto de métodos e técnicas de gestão ambiental,


sendo os necessários envolvendo o empreendimento apresentado, o Estudo de
Impactos Ambientais(EIA) e o Relatório de Impactos Ambientais(RIMA).

O EIA é um tipo de estudo elaborado pelo próprio empreendedor, feito


para uma determinada atividade que seja utilizadora de recursos ambientais,
podendo ser potencial causadora de poluição ou de outra forma de degradação
do meio ambiente. O EIA é fundamental, pois é realizado previamente para a
análise de viabilidade ambiental, sendo sucedido obrigatoriamente por uma
Audiência Pública. O EIA geralmente é um documento mais técnico, e em
grande parte de difícil entendimento de um público mais leigo, nele são
apresentados detalhes de levantamentos técnicos que devem ser realizados
por especialistas das áreas correspondentes e do meio ambiente, contendo
geralmente o diagnóstico ambiental da área a ser utilizada, a análise dos
impactos positivos e negativos, além de suas medidas mitigadoras e
apresentar um programa de monitoramento. Através de cada estudo realizado
são coletados dados que são passados para uma espécie de laudo ou
relatório.

O Relatório de Impactos Ambientais (RIMA) é, como o nome já diz,


basicamente um relatório referente ao EIA, sendo uma apresentação de uma
conclusão para esse estudo em uma linguagem mais acessível, necessário
para o alcance de um possível público que esteja interessado ou relacionado
com o empreendimento de certa forma, de modo que possam entender a
vantagens e desvantagens da atividade, assim como suas consequências
ambientais para a implantação.

O EIA/RIMA se torna necessário na dependência do porte do


empreendimento, já que a variação do faturamento, número de funcionários e
tamanho da empresa dependem do tamanho do empreendimento, além de
obviamente ser um estudo essencial na evidência de um possível poluidor ou
degradador presente na atividade.

O EIA/RIMA pode ser solicitado na fase de licença prévia, etapa inicial


do licenciamento ambiental, antes do início da implantação do
empreendimento, porém como vemos no caso do EIA Terras Alpha Campo
Grande foi considerado a adição dos estudos com os empreendimentos dos
Alphaville Campo Grande 1, 2, 3 e 4 já implantados e em operação.

4
4. Resultados e Discussão

a. Apresentação do empreendimento

O empreendimento em análise faz parte do terreno de implantação,


localizado às margens do Rodoanel Rodoviário na BR 163 - Km 488 Norte,
com 94,3892 hectares de área desmembrada da Fazenda Botas.

Nome: Terras Alpha Campo Grande 01


Tipo de empreendimento: Loteamento
Localização: Rodoanel Rodoviário – BR-163, município de Campo
Grande, estado do Mato Grosso do Sul
Localização geográfica: Coordenadas UTM Fuso 21 Sul, Datum SIRGAS
2000 Xmin 755.371m W, Xmax 757.116m W, Ymin 7.740.902m S e Ymax
7.741.847m S
Área: Gleba com 277.850,77m², em processo de desmembramento de
um terreno de 943.892,00m² - Matrícula nº 264.354 (Anexo IV)

b. Cumprimento de Resolução n° 02, de 18 de abril de 1996 e


Compensação Ambiental

Considerando que as Unidades de Conservação implantadas como


critério compensatório para reparação de danos ambientais no município de
Campo Grande - MS possuem territórios definidos, podemos analisar que o
loteamento do empreendimento analisado se encontra distante de todas as
Unidades em questão, como pode ser analisado no mapa a seguir.

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De acordo com o EIA analisado, nas bases cartográficas consultadas,
disponibilizadas no Sistema Municipal de Indicadores de Campo Grande
(SISGRAN) as Unidades de Conservação do município estão à distância
mínima de 3 km do estabelecimento. Os Parques Estaduais do Prosa e Mata
do Segredo têm Zonas de Amortecimento que não atingem o terreno, segundo
os planos de manejo disponíveis no site do IMASUL. Com relação às Áreas
Prioritárias para Conservação da Biodiversidade, não há incidências destas no
terreno avaliado, segundo base oficial consultada.

Na análise dos impactos decorrentes da implantação do


empreendimento foi identificado apenas a Perda de Recursos Vegetais,
referente ao corte de árvores isoladas. Tendo apenas uma espécie
especialmente protegida na AID, que não será suprimida dentro da implantação
do empreendimento. Fazendo com que o empreendimento se enquadre no
Critério Ambiental II do Quadro 6 do Decreto nº 12.851, de 2016: “Ocorrência
de espécies de flora ameaçadas de extinção - Área Indiretamente Afetada
(AID)”, sendo o fator de compensação para o mesmo de 0,1% a ser aplicado
no valor de investimento.

Sendo assim, para o empreendimento total de R$14.853.536,50 ; temos


o valor de compensação ambiental de R$14.853,54 . É importante destacar
que na instalação dos empreendimentos do Alphaville Campo Grande 1 e 2,
dentre outras ações, houve a contribuição de um valor de R$100.000,00 ao
município que iria utilizar esse recurso na obra de regularização da erosão.

c. Método de Avaliação de Impactos Ambientais


Em relação ao EIA, está em destaque a utilização do método de Leopold
(1971). No caso, por ser um empreendimento imobiliário, é desenvolvida a
metodologia de qualificação e valoração de magnitude de impactos ambientais
baseada na matriz de Leopold (1971).

d. Empreendimentos impactantes, impactos ambientais e


medidas mitigadoras
Os empreendimentos impactantes em questão abrangem tanto a prévia
construção dos Alphaville Campo Grande 1, 2, 3 e 4 quanto a mais recente
Terras Alpha Campo Grande 01. Ao analisar de forma mais próxima, é possível
dividir os impactos ambientais identificados na tabela abaixo:

Impactos Impactos Medidas mitigadoras para Impactos


Ambientais Ambientais Negativos
Positivos Negativos

Alteração da Dispersão de Manutenção periódica dos equipamentos;

6
Paisagem local poluição sonora Lubrificação e silenciadores conforme
em fase de especificação do fabricante;
Operação Utilização de barreiras, como cortinas
vegetais e arborização;
Para os funcionários em atividade direta,
fornecer e fiscalizar o uso de EPI como o
protetor auricular, conforme intensidade do
ruído produzido pelo equipamento operado.

Incremento ao Dispersão de Umectação constante do solo nas áreas de


conhecimento material intervenção, com frequência
técnico/científico particulado em pré-determinada, para abatimento na
com os dados suspensão origem das emissões de material para a
obtidos no EAP e atmosfera;
do Programa de Utilização de cobertura nos caminhões por
Gerenciamento meio do recobrimento das carrocerias com
Ambiental lonas, quando do transporte de materiais
granulados;
Controle de velocidade dos veículos em
toda a área dos empreendimentos;
Realizar a revegetação e/ou ajardinamento
de áreas desprovidas de vegetação e que
não foram imediatamente edificadas, após
a conformação de quadras e taludes,
deixando o solo sempre protegido;
Em relação aos colaboradores, demandar e
fiscalizar a utilização de EPIs.

Mobilização Compactação do Evitar o tráfego intenso de máquinas e


sociopolítica da solo equipamentos em locais onde não estava
população local sendo realizada nenhuma atividade;
Evitar tráfego com o solo em “capacidade
de campo” – solo úmido, favorecendo ainda
mais a compactação do solo;
Não sobrecarregar as máquinas e
equipamentos de modo a causar maior
pressão sobre a superfície do solo.

Dinamização da Perda de solos As obras de terraplenagem foram


oferta de por processos desenvolvidas de forma setorizada, tendo
empregos e erosivos início nas porções de cotas mais elevadas
aumento das em direção às mais baixas;
atividades Realização de abertura de acessos
econômicas temporários, em pontos menos favoráveis
ao desencadeamento de erosões;
A profundidade e largura das valas para
assentamento das tubulações de
drenagem, água, esgoto, telefone e outros,
se limitaram às dimensões necessárias e
estabelecidas pelo projeto de engenharia;
Se evitou deixar o solo sem sua devida
cobertura; também se buscou
compatibilizar o período de obras
(terraplenagem) com as épocas de menor

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pluviosidade;
O processo construtivo buscou reduzir ao
mínimo o período de tempo em que os
solos tiveram que permanecer expostos e
priorizou as obras de terraplenagem na
estação mais seca do ano;
O processo de pavimentação e paisagismo
foi iniciado o mais breve possível,
reduzindo-se o período em que o solo ficou
exposto à ação das águas pluviais;
Foram construídas canaletas e outros
dispositivos de drenagem que evitaram o
aumento das velocidades de escoamento
superficial que pudessem causar erosão;
A saída das águas das vias de circulação
foi encaminhada para estruturas de
dissipação de energia. No sopé das
estruturas de dissipadores poderia ser
instaladas sistemas de contenção de
sólidos e redução do impacto das águas e
evitar disposição de material terroso junto
às linhas preferenciais de escoamento das
águas pluviais;
Projetou-se e construiu-se adequadamente
os sistemas de drenagem de águas
pluviais;
Se adotou sistemas de conservação de
solos para a redução das perdas; uso de
estradas em nível e aterradas, caixas de
contenção e cobertura vegetal,
preferencialmente gramíneas, em função
de seu rápido desenvolvimento e
capacidade de fixação.

Valorização Diminuição da Criação de bacias de infiltração;


Imobiliária do permeabilidade Utilização de canaletas de escoamento
Entorno e do solo superficial e infiltração permeável;
Expectativa do Utilização de drenagem vertical abaixo de
Mercado canaletas; Utilização de drenagem vertical
na porção final dos diques de arruamentos;
Manutenção de áreas vegetadas no interior
do empreendimento, auxiliando na
infiltração da água no solo e na alimentação
dos cursos hídricos;
Previsão nos projetos dos lotes de
destinação de maior superfície à
manutenção de áreas permeáveis,
regradas pelo regulamento da futura
associação de moradores.

Aumento da Alteração no Preservação da cobertura vegetal de modo


arrecadação de padrão de a favorecer a infiltração das águas pluviais
impostos escoamento de e manter boas condições de recarga do
água aquífero; Rápida remoção de materiais

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acumulados resultantes das obras de
escavação e movimentação de solo;
Implantação de obras de drenagem, de
proteção superficial e de contenção no
decorrer da implantação do projeto
urbanístico;
Revegetação de áreas desnudadas, cortes
e aterros;
Execução de obras e adoção de
procedimentos que visaram manter
estabilizada a condição de escoamento das
águas superficiais;
Implantação sistema para dissipação da
energia da água no sistema de drenagem
pluvial dos empreendimentos.

Alteração no Redução na Adoção de ações conservacionistas com o


Padrão de qualidade da intuito de reduzir a energia da enxurrada e
Escoamento de água dos corpos consequentemente o seu poder de arraste
Água Superficial hídricos na AID de partículas para as porções mais baixas
do terreno e os corpos hídricos;
Evitou-se, sempre que possível, a remoção
da cobertura vegetal sob o solo, a fim de
reduzir a velocidade da enxurrada e o
carreamento de sedimentos para os corpos
hídricos;
Os efluentes produzidos, em especial os
oleosos oriundos das atividades de
manutenção de equipamentos, foram
armazenados em recipientes especiais e
coletados por empresas especializadas e
licenciadas que destinou de forma
adequada em aterros específicos e também
licenciados;
De forma a se evitar acidentes com
produtos perigosos que pudessem
contaminar o ambiente terrestre na região
das obras, a estocagem de óleos
lubrificantes e quaisquer outras substâncias
químicas foi realizada em locais distantes
de qualquer corpo d' água e dispostos no
interior de bacia de contenção;
O comboio móvel utilizado nos serviços de
abastecimento das máquinas ao longo das
obras, era dotado de equipamentos de
segurança em caso de acidentes e coleta
de resíduos, bem como seu pessoal
treinado para o uso adequado dos mesmos;
Na manutenção dos equipamentos nas
frentes de obras foram utilizadas mantas
oleofílicas, recobrindo o solo nos locais de
manutenção. Os óleos lubrificantes usados
foram armazenados adequadamente até
serem retirados da ADA e encaminhados

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para re-refino por meio de empresa
devidamente licenciada para esta atividade;
Para evitar que restos de lubrificantes e
resíduos diversos gerados na obra viessem
contaminar o ambiente terrestre, os
mesmos receberam tratamento, reciclagem
ou disposição final conforme as regras
estabelecidas pelo gerenciamento de
resíduos;
Houve o treinamento dos colaboradores
das empresas contratadas no âmbito do
Programa de Educação Ambiental para os
Trabalhadores, destacando a importância
da proteção ao meio ambiente,
principalmente no que concerne à geração
e disposição de resíduos e efluentes;
Houve o monitoramento periódico da
qualidade dos corpos hídricos influenciados
pelos empreendimentos, concentrados na
AID, em sua fase de instalação.

Melhoria da Assoreamento de Implantação das obras de proteção


Qualidade das corpos hídricos superficial onde a drenagem e cobertura
Águas Superficiais na AID vegetal com gramíneas agem
funcionalmente no sentido de retardar ou
eliminar o processo de erosão pela água;
A cobertura vegetal além de melhorar a
infiltração de água no solo aumenta a
resistência deste pela presença de raízes e
protege contra a erosão; Implantação
sistemas de contenção de sedimentos com
dissipadores de energia;
Adequar o cronograma de obras
especialmente de atividades que
demandem movimentação do solo em
relação aos períodos de menor índice
pluviométrico, definido pelo período de
maio a setembro.

Enriquecimento e Perda de Manutenção e proteção dos recursos


Adensamento da Recursos naturais remanescentes na AID e AII;
Flora Local Vegetais Valorização dos recursos naturais
remanescentes na AID pela sua
incorporação ao projeto paisagístico e de
lazer que foi oferecido aos futuros
moradores dos Empreendimentos.

Crescimento da Perturbação da -
Receita Pública Fauna
Municipal

Recuperação Alteração da Evitar cortes profundos no relevo ou,


Ambiental de Área Paisagem local quando impossibilitado, houve a
de Preservação em fase de recomposição da paisagem topográfica nas

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Permanente Instalação áreas mais intensamente modificadas;
Externa Promoção de ações de contenção para a
formação de possíveis sulcos de erosão.

Incremento ao Incremento na -
Conhecimento demografia e
Técnico / migração de
Científico com os pessoas
Dados dos
Estudos
Ambientais

Modelo de Incômodos à Umectação do solo quando necessário ou


Indução para a população do que as condições climáticas exigiram
Melhoria na entorno evitando a dispersão dos particulados;
Urbanização Realização da inspeção e manutenção dos
Regional veículos utilizados durante a instalação dos
empreendimentos, de forma a manter os
motores regulados e intervir sempre que foi
constatada a emissão de fumaça fora do
normal;
Possibilidade na melhoria da infraestrutura
local por meio dos investimentos públicos
gerados pela tributação gerada pelos
empreendimentos.

Variação do Valor Geração de Elaboração de Programa de Gestão de


Financeiro de Resíduos Sólidos Resíduos Sólidos dos empreendimentos,
Imóveis Prediais e considerando um sistema de coleta,
Territoriais no separação, armazenamento e destinação
Entorno da ADA final adequada com sua natureza;
Educação ambiental através de treinamento
dos trabalhadores para a correta separação
do lixo e recolhimento adequado, no
cotidiano da obra;
Colocação de lixeiras seletivas distribuídas
no canteiro de obras e em locais de
concentração de resíduos;
Utilização, quando possível, de embalagens
retornáveis e, na falta dessas,
biodegradáveis ou recicláveis;
Disposição final de resíduos da construção
civil em aterros privados próprios para este
material ou destinado para reciclagem.

Incremento na Aumento no Avaliação e proposição de rotas


Geração de volume de alternativas aos usuários verificando
Empregos Diretos tráfego eventuais conflitos existentes propondo
e Indiretos realocação do fluxo de veículos e/ou
Durante as Fases mudanças de direção de fluxos sempre que
de Instalação e necessário visando a otimização e
Operação eficiência da capacidade operacional do
sistema viário;
Planejamento dos serviços a serem

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realizados nas vias em operação visando
causar o mínimo possível de interferências;
Proposição de algumas medidas ao
Município, como forma de melhoria de toda
a região onde se inserem os
empreendimentos, favorecendo não apenas
os novos proprietários, como também toda
a população residente nessa região;
Implantação de dispositivos de controle
visando desviar da malha urbana os fluxos
rodoviários de cargas que cruzam a região
com destino ou origem no sistema
rodoviário da região norte do estado que
utilizam esta via como corredor de
passagem;
Proposição para o redimensionamento das
fases semafóricas, tempo de ciclo, tempo
de verde se necessário.

- Uso de Recursos Gestão ambiental da obra, prevendo


Naturais procedimentos que auxiliaram no uso
sustentável dos recursos;
Água de abastecimento fornecida pela
operadora de saneamento de Campo
Grande;
Ligação dos efluentes sanitários à rede de
saneamento público municipal;
Gestão de resíduos durante a obra e a
operação dos empreendimentos.

- Alteração da Promover ações de contenção de formação


Paisagem Local de possíveis processos erosivos;
Retirada da vegetação estritamente
necessária para a implantação de
infraestrutura com licença do órgão
ambiental competente;
A alteração paisagística resultante da
implantação da infra-estrutura deverá ser
mitigada por meio da recuperação das
áreas após a instalação do
empreendimento, bem como por meio do
projeto de paisagismo;
As medidas preventivas e mitigadoras
devem ser tomadas para minorar ou
eliminar a possibilidade de sua ocorrência,
muito semelhantes aos demais impactos
sobre o solo e a vegetação;
Criação, manutenção e preservação de
espaços verdes dando preferência a faixa
marginal ao curso hídrico existente na área
pretendida para se instalar o
empreendimento proposto.

- Dispersão de Utilizar equipamentos com baixa geração

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Poluição Sonora de ruídos; Realizar as obras apenas em
na Fase de horário comercial;
Instalação Fornecimento de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI) adequados ao
trabalho;
Manter os veículos com seus motores
desligados durante a inatividade do
processo ou no descarregamento dos
materiais de construção diversos;
Sinalização adequada das vias.

- Dispersão de Evitar excessiva circulação de veículos em


Material áreas não pavimentadas durante a fase de
Particulado instalação do empreendimento;
Sólido em Observar a necessidade de realizar
Suspensão aspersão com água sempre que houver
necessidade, principalmente em períodos
prolongados de estiagem ou baixa umidade
relativa do ar, durante a estação seca.

- Diminuição da Evitar o tráfego intenso de máquinas e


Permeabilidade equipamentos em locais onde não está
do Solo sendo realizada nenhuma atividade;
Não sobrecarregar as máquinas e
equipamentos de modo a causar maior
pressão sobre a superfície do solo;
Implantação de áreas permeáveis.

Para manutenção da qualidade ambiental


no empreendimento proposto e das taxas
de permeabilidade previstas, recomenda-se
as seguintes medidas mitigadoras:
- Criação de dispositivos de
amortecimento de cheia, com
criação de bacias e/ou canais de
infiltração/escoamento;
- Utilização de canaletas de
escoamento superficial e infiltração
permeável durante a fase de obras
e outras medidas de proteção ao
corpo hídrico da ADA considerando
cada etapa executiva das obras de
infraestrutura;
- Manutenção de áreas vegetadas no
interior do empreendimento (ADA),
auxiliando na infiltração da água no
solo e na alimentação dos cursos
hídricos.

- Perda de Solos As obras de terraplenagem devem ser


por Processos desenvolvidas de forma setorizada, tendo
Erosivos início nas porções de cotas mais elevadas
em direção às mais baixas;
A profundidade e largura das valas para

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assentamento das tubulações de
drenagem, água, esgoto, telefone e outros,
deverão se limitar às dimensões
necessárias e estabelecidas pelo projeto de
engenharia;
As obras de drenagem deverão ser
executadas no sentido de jusante para
montante;
O processo construtivo deverá reduzir ao
mínimo o período de tempo em que os
solos tenham que permanecer expostos e
priorizar as obras de terraplenagem na
estação mais seca do ano;
Deverão ser construídos terraços ou outros
dispositivos de drenagem que evitem o
aumento da velocidade do escoamento
superficial que possa causar erosão;
Encaminhar a saída das águas das vias de
circulação para estruturas de retenção e de
dissipação de energia. No sopé das
estruturas de dissipadores poderão ser
instaladas caixas para contenção de
sólidos, redução do impacto das águas e
evitar disposição de material terroso junto
às linhas preferenciais de escoamento das
águas pluviais;
Projetar, construir e operar os sistemas de
drenagem de águas pluviais.

- Assoreamento de Implantação das obras de proteção


Corpos Hídricos superficial onde a drenagem e cobertura
vegetal com gramíneas agem
funcionalmente no sentido de retardar ou
eliminar o processo de erosão pela água;
A cobertura vegetal melhora a infiltração de
água no solo e aumenta a resistência deste
pela presença de raízes, protegendo contra
a erosão;
Implantação dos sistemas de contenção de
sedimentos com dissipadores de energia;
Adequar o cronograma de obras
especialmente de atividades que
demandem movimentação do solo em
relação aos períodos de menor índice
pluviométrico.

- Perda de Restrição da supressão vegetal a áreas


Recursos estritamente necessárias e autorizadas;
Vegetais Solicitação, pelo empreendedor, de
autorização de supressão de vegetação
para a fase de implantação do
empreendimento, como forma de regular e
orientar o processo de supressão;
Recuperação das áreas degradadas em

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APP no interior da ADA;
Realizar como medida preventiva o
cercamento prévio das APPs com sua
metragem exigida por lei, durante a fase de
implementação do empreendimento
licenciado.

- Distúrbios à Reduzir a iluminação às proximidades do


Fauna fragmento florestal adjacente ao
empreendimento;
Evitar o direcionamento de luzes àquele
fragmento (sobretudo no âmbito
paisagístico);
Implantar um programa de Educação
Ambiental, para a sensibilização dos
trabalhadores envolvidos com a obra;
A atividade de educação ambiental também
deverá buscar conscientizar os
trabalhadores da obra sobre o risco de
atropelamento de animais, silvestres ou
não;
Execução do projeto urbanístico, que prevê
a locação de áreas verdes e de áreas a
serem arborizadas com espécies nativas;
Criação, manutenção e preservação de
espaços verdes (remanescentes de
vegetação nativa) dando preferência as
faixas marginais aos cursos hídricos
existentes na ADA (canal de drenagem
fluvial com APPs objeto de PRAD);
Buscar elaborar paisagismo que se preste
como barreira sonora e luminosa nas
adjacências do remanescente florestal;
Implementação de um Programa de
Afugentamento e Resgate da Fauna.

- Incômodos à Umectação do solo sempre que necessário


População do ou que as condições climáticas exigirem
Entorno evitando a dispersão dos particulados;
Realização da inspeção e manutenção dos
veículos utilizados durante a instalação do
empreendimento, de forma a manter os
motores regulados e intervir sempre que for
constatada a emissão de fumaça fora do
normal;
Implementação do programa de
Comunicação Social.

- Aumento do Avaliação contínua das condições de


Tráfego de segurança;
Veículos e Implementar um programa de sinalização
Máquinas de vias internas com placas e em menor
intensidade nas vias externas próximo ao
empreendimento alertando sobre as obras,

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risco de acidentes, inclusive com a fauna;
Caso necessário, implementar mecanismos
de controle de velocidade, como por
exemplo, redutores de velocidade, visando
à mitigação deste impacto e a prevenção
de outros, como o risco de acidentes.

e. Programas de Monitoramento e Controle Ambiental foram


definidos
Para atributos de quantificação e mitigação dos impactos ambientais
potenciais negativos e positivos, foram propostas as seguintes Medidas e
Programas Ambientais:

- Programa de Monitoramento Ambiental;


- Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do
Empreendimento;
- Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da Obra;
- Programa de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD;
- Programa de Comunicação Social;
- Programa de Monitoramento de Recursos Hídricos;
- Programa de Controle de Processos de Erosão e Assoreamento;
- Programa de Monitoramento da Qualidade dos Recursos Hídricos;
- Programa de Resgate de Salvamento da Fauna / Programa de
Monitoramento e Conservação da Fauna;
- Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil.

f. Audiência Pública
Sim, a Audiência Pública foi divulgada por meio da Secretaria Municipal
de Meio Ambiente e Gestão Urbana (SEMADUR) através do Edital n° 01, de 17
de maio de 2021. A apresentação e discussão acerca da implantação do
loteamento Terras Alpha Campo Grande 01.

Ela ocorreu no dia 17 de junho de 2021, às 18h, de forma virtual e


transmitida ao público através da plataforma de streaming YouTube. Além
disso, para quem não possuísse internet, foram disponibilizados dois locais
para acompanhar a Audiência, sendo esses: Escola Alceu Viana, na Avenida
Senhor do Bonfim, n. 655, Parque dos Novos Estados e no Centro Comunitário
da Associação de Moradores do Conjunto Mata do Jacinto, Rua Wilsom
Mangini Marquês, Mata do Jacinto.

g. Análise pessoal do RIMA

Como documento de disponibilidade livre ao público, o RIMA do


empreendimento em questão pode ser considerado completo, sem dispensar

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explicações teóricas e de apresentação dos tópicos. Porém como documento
de análise governamental, este deve conter informações com organização
muito superior à apresentada, descrição de resultados feita de forma mais
visível e dinâmica.

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5. Conclusão
No presente trabalho foi abordado os estudos de Avaliação de Impactos
Ambiental(AIA), Estudo de Impacto Ambiental(EIA) e Relatório de Impacto
Ambiental(RIMA), do empreendimento Terras Alpha Campo Grande,
verificando os principais aspectos desses estudos referente ao cumprimento
dos requisitos, compensações ambientais, programas de monitoramento,
verificação da audiência, além da análise do RIMA. Pode-se concluir a partir da
análise desses documentos alguns aspectos negativos para a aprovação das
atividades realizadas, foi perceptível a falta de impactos positivos que
valorizassem os meios físico e biótico, que por sua vez valorizam o meio
ambiente, ou seja, o estudo apresenta um empreendimento com valor
majoritariamente antrópico, dando uma prioridade maior ao desenvolvimento
humano naquele espaço do que ambiental. Além disso, para alguns impactos
negativos apresentados pelo estudo, houve uma falta de medidas mitigadoras.
No presente trabalho foram cumpridos todos os objetivos propostos,
como apresentado no desenvolvimento do mesmo apresentando o
cumprimento da RESOLUÇÃO N° 02, DE 18 DE ABRIL DE 1996; a
Compensação Ambiental por parte da empresa ou órgão responsável pelo
empreendimento; o tipo de Método de AIA utilizado para análise; os
empreendimentos impactantes e quais impactos ambientais (positivos e
negativos) foram levantados; as medidas mitigadoras que foram adotadas para
minimizar os impactos ambientais negativos; os Programas de Monitoramento
e Controle Ambiental; a solicitação da Audiência Pública para análise e
sugestões; e a análise crítica pessoal sobre o RIMA do empreendimento.
É notável a importância do estudo de um EIA/RIMA de um determinado
empreendimento para a Avaliação de Impactos Ambientais, sendo essencial
para compreensão e aprofundamento de forma prática do funcionamento das
ferramentas e estudos que funcionam nessa área.

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6. Referências Bibliográficas
ANDREOLI AMBIENTAL (Brasil). ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA, Terras
Alpha Campo Grande. SEMADUR Campo Grande, dez. 2020. Disponível em:
https://prefcg-repositorio.campogrande.ms.gov.br/wp-cdn/uploads/sites/24/2020/01/Alp
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