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IMPACTO AMBIENTAL
Este documento traz o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, que integra processo de
licenciamento ambiental corretivo para a Obra Emergencial - Alteamento da Barragem El.
836m.
Relatório de impacto ambiental
O B R A E M E RG E N C I A L – A LT E A M E N T O DA B A R R A G E M D O
I TA B I RU Ç U E L . 8 3 6 M .
RIMA
Já o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) tem como objetivo apresentar de forma resumida e simples
todos os principais assuntos contidos no EIA. Para isso, ele deve estar acessível em meio físico (impresso)
às comunidades interessadas em conhecer o empreendimento. Este relatório foi produzido em uma
linguagem didática com diversos mapas e fotos, no intuito de facilitar a leitura e seu entendimento.
A seguir, você encontrará todas as informações necessárias para conhecer e entender claramente as
possíveis consequências socioambientais da Obra Emergencial do Alteamento da Barragem do Itabiruçu
El. 836m., pertencente à Vale S.A.
CURIOSIDADES...
O Licenciamento é um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela Lei Federal n°6.938,
de 31 de agosto de 1981, também conhecida como a Lei da Política Nacional de Meio Ambiente.
Fonte: http://www.fepam.rs.gov.br/central/licenciamento.asp Acessado em: 17/01/2017
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Relatório de impacto ambiental
No Diagnóstico Ambiental, é caracterizada a situação das áreas naturais antes da intervenção pelas
obras emergenciais.
Para mitigar e compensar esses impactos, são apresentadas as Medidas Ambientais e Compensatórias
implementadas.
Por fim, são apresentadas as Considerações Finais que atestam a viabilidade do empreendimento.
Boa leitura!
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Relatório de impacto ambiental
SUMÁRIO
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Relatório de impacto ambiental
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Nome do Empreendimento Obra Emergencial - Barragem Itabiruçu El. 836m
Razão Social VALE S.A.
Mina Cauê, Serra do Esmeril, S/N – Escritório Central,
Endereço
sala 22. Itabira/ MG CEP 35.900-900
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Relatório de impacto ambiental
APRESENTAÇÃO
A Vale S.A. elaborou o presente Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto
Ambiental – RIMA da obra implantada em caráter emergencial na Barragem Itabiruçu El. 836m, situada
na Mina de Conceição em Itabira, objetivando regularizar essa atividade por meio da solicitação de
Licença de Operação Corretiva - LOC.
O Complexo de Itabira está localizado no município de Itabira, porção central do estado de Minas
Gerais, situado a, aproximadamente, 104km de Belo Horizonte. A Barragem Itabiruçu está localizada
na Mina de Conceição e foi implantada para a contenção dos rejeitos gerados nas usinas dessa mina
e para acumulação de água para atendimento às demandas dos processos, em projeto concebido na
década de 1980.
CURIOSIDADES...
A mina de Conceição, localizada ao sul da propriedade da Vale, é formada pela Cava Conceição;
pelas Pilha de Estéril Canga, Canga Leste, Canga Superior, Maravilha, Pilha Itabirito Duro; pela
Unidade de Minerais Conceição I e II e pelas barragens Conceição, Rio do Peixe e Itabiruçu.
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Relatório de impacto ambiental
Devido a baixos os índices de chuva registrados na região, o nível do reservatório ficou abaixo das
medidas esperadas e houve um avanço dos rejeitos em direção ao maciço da barragem atingindo o
limite de distância mínima de praia projetada da estrutura. O avanço dos rejeitos resultou também em
represamento de volume de água significativo em dois braços na parte norte do reservatório.
No cenário descrito acima, caso não fossem implementadas as intervenções, na ocorrência de eventos
pluviométricos intensos, havia-se o risco de elevação do nível de água nos braços confinados, o que
poderia levar a erosão da praia de rejeitos e movimentação abrupta de água e massa de rejeitos
para junto do maciço, podendo comprometer a segurança da estrutura.
As áreas ocupadas pelas obras emergenciais totalizam 9,04ha e são mostradas no mapa a seguir:
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O aspecto ambiental considerado relevante para o processo em questão refere-se à supressão de
vegetação que ocorreu em área de 3,76ha na Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio e
em 0,2ha de reflorestamento (pinus), conforme tabela abaixo:
Total 9,04ha
Vale salientar que a Barragem Itabiruçu é uma estrutura necessária ao desenvolvimento e continuidade
das atividades minerárias da Mina Conceição e, portanto, se enquadra como empreendimento de
utilidade pública ou de interesse social.
Relatório de impacto ambiental
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
A Barragem Itabiruçu foi implantada para a disposição dos rejeitos gerados nas usinas da Mina
Conceição. A estrutura consiste de um aterro em solo compactado, com sistema de drenagem interna
(filtro e tapete sanduíche), em projeto concebido na década de 1980, prevendo sua execução em
etapas, com alteamentos pelo método de jusante.
A barragem inicial, referente à 1ª Etapa, foi implantada em 1980/1981 com a crista na EL 811 m e
implantação de um extravasor tipo torre (tulipa), implantado próximo à ombreira esquerda, com a
soleira vertente na El. 808,8 m, conectado a uma galeria extravasora sob o maciço da barragem. A
galeria implantada foi projetada com extensão suficiente a já atender à implantação da 1ª Etapa da
barragem. Em 2003, objetivando concluir a 1ª Etapa, foi implantado um coroamento de 2,0 m de aterro
compactado, com crista na EL. 813 m. Estas fases foram licenciadas na LOC de 2000 através do PA
COPAM N° 00119/1986/003 a 006/1996.
A 2ª Etapa foi implantada entre 2005 a 2011 com a crista na EL. 833 m, onde, num primeiro momento,
em 2005 / 2006 o aterro foi implantado numa fase intermediária na EL 817,50 m. Em 2008 as obras
de alteamento foram paralisadas devido ao momento econômico da mineração, na El. 823m. Esta fase
foi licenciada através do PA COPAM LI 00119/1986/081/2005.
As obras da 2ª Etapa foram retomadas em meados de 2010, com implantação do aterro até a El.833m
e as obras de adequação do sistema extravasor, que foi paulatinamente alteado. Das obras referentes
a adequação do sistema extravasor, implantadas nessa fase, destaca-se a implantação de novo sistema
operacional através de nova torre de tomada de água e galeria sobre o eixo do extravasor existente
na ombreira esquerda e o tamponamento em sua totalidade da galeria antiga.
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Relatório de impacto ambiental
Esta etapa teve a Autorização Provisória de Operação – APO concedida em 27/05/2015, sob PA
COPAM 00119/1986/107/2013.
Para o atendimento estratégico da Mina de Conceição e escala de geração de rejeitos até o final e
vida útil da mina (prevista para 2028) foi desenvolvido o projeto de Alteamento da Barragem de
Itabiruçu El.850m para atendimento a contenção de rejeitos e abastecimento hídrico das usinas. O
processo de licenciamento da estrutura encontra-se em análise no órgão ambiental, sob PA COPAM
00119/1986/111/2014.
ETAPA DE INSTALAÇÃO
1ª Etapa: Canais e Leiras Direcionadas dos Rejeitos: A intervenções da 1ª etapa tinham por função
reduzir o acúmulo de água confinada na parte norte do reservatório através da escavação de dois
canais em terreno natural e implantação de um aterro (dique) no interior do reservatório formando
leiras direcionadoras desviando o fluxo de rejeitos do lago principal para os lagos Norte, ocupando-
os e expulsando a água aprisionada para o lago principal.
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Relatório de impacto ambiental
Canal 2
Lago
Norte B
Canal 1
Lago
Norte A
Esquema do sistema de desvio dos rejeitos e expulsão da água represada nos braços Norte A e B. (Vale,2015)
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Relatório de impacto ambiental
Destaca-se que as estruturas são temporárias e tem por única função o direcionamento do fluxo dos
rejeitos para os braços norte A e B, até que o volume de água represada seja expulso. As estruturas
não têm por função armazenamento e/ou contenção de rejeitos, sendo naturalmente galgadas e
incorporadas no interior da praia de rejeitos ao longo de sua disposição.
O material proveniente da escavação dos canais composto por solo silte argiloso serviu de empréstimo
para a construção das leiras direcionadoras, conforme figuras abaixo:
Vista da escavação dos canais 1 e 2, respectivamente, que serviram também como área de empréstimo. (Vale, 2015)
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Relatório de impacto ambiental
Vista das leiras 1 e 2 implantadas, conforme figuras acima, concluindo assim a 1ª Etapa. (Vale, 2015)
Para a 2ª Etapa, o alteamento da crista da Barragem Itabiruçu em 3 metros foi concebido considerando
um incremento do ângulo dos taludes da barragem a partir da berma na El.823m, passando da
inclinação 1V:2H para a inclinação 1V:1,5H.
Para o encaixe do aterro do alteamento com o maciço da barragem foi prevista uma escavação para
rebaixamento da crista da barragem El.833 m em 3,0 m. A escavação em questão foi realizada até a
El. 830,00 m na região da crista e até a El. 823,00 m no talude de jusante, conforme figura abaixo:
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Relatório de impacto ambiental
Como as obras no maciço são em elevação superior ao nível de água operacional da barragem, não
há necessidade de instalação de sistema complementar de drenagem interna. O sistema de condução
do fluxo interno de drenagem utilizará o sistema existente na barragem, composto por filtro inclinado
e tapete drenante, o sistema de drenagem superficial da berma na El. 823m teve de ser removido,
sendo refeito ao final da obra, com a instalação de canaletas meia cana, direcionando para as decidas
de água já existentes na barragem, ilustradas abaixo:
Análise de Estabilidade
Em agosto de 2016 foi realizada a Inspeção de Segurança Regular na Barragem Itabiruçu, pela
empresa Leme Engenharia, sendo considerada adequada no tocante a estabilidade física do maciço e
ao dimensionamento das estruturas hidráulicas.
O canteiro foi construído conforme diretrizes da NR-18, ilustrado nas figuras apresentadas a seguir. Os
resíduos sólidos gerados durante a obra foram segregados e estocados em Depósito Intermediário de
Resíduos (DIR), para posterior disposição no Centro de Materiais Descartáveis (CMD). Os efluentes
sanitários foram tratados em fossa séptica instalada no próprio canteiro.
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Relatório de impacto ambiental
Cronograma
Na tabela abaixo pode ser observado que foram empregados, na média, 78 pessoas e no pico, 104
pessoas, considerando os 09 meses das obras emergenciais.
A premissa de implantação do projeto considera que a maior parte da mão de obra temporária foi
contratada em Itabira ou em municípios vizinhos. A partir desta mesma premissa, não foi necessária a
implantação de alojamentos no canteiro de obra, sendo fornecido diariamente o transporte à mão de
obra contratada.
Mobilização de Equipamentos
Para o controle de poeira, associadas ao deslocamento de veículos nas vias não pavimentadas do
entorno da barragem, foram utilizados caminhões pipa.
Na etapa de implantação, as fontes de emissão sonora foram restritas aos motores das máquinas e
veículos empregados na preparação do terreno - cortes; aterros; terraplenagem, e, no transporte de
insumos. Todavia, deve-se considerar que os veículos à serviço do empreendimento passam por
manutenção preventiva e, portanto, não emitem ruído acima do permitido pela legislação.
Insumos
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Relatório de impacto ambiental
ETAPA DE OPERAÇÃO
A Barragem Itabiruçu tem por função a acumulação dos rejeitos gerados no processo das Usinas de
Conceição I e II, contenção e sedimentos das Pilhas Maravilha e Itabiruçu (à margem esquerda do
reservatório) e acumulação de água. A barragem tem método de alteamento convencional, a jusante,
sobre terreno natural.
A disposição dos rejeitos em seu reservatório ocorre através de ponto único, no fundo do reservatório,
por gravidade, distante aproximadamente a 3km da estrutura do maciço e extravasor da barragem.
O rejeito disposto no reservatório sedimenta ao longo da praia, com ângulo previsto em projeto de 1%
emerso e 0,5% submerso, com formação de lago da água liberada dos rejeitos junto ao maciço da
barragem. O vertimento e controle operacional da barragem é realizado através do sistema
extravasor instalado junto a ombreira esquerda, composto por torre de tomada de água, galeria e
canal de dissipação.
Plano de Instrumentação
O sistema de esgotamento de água dos Braços Norte A e B são compostos apenas por canais e leiras
direcionadoras e o acompanhamento da eficiência da “expulsão” das águas aprisionadas pelos rejeitos
é realizado através de batimetrias.
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ASPECTOS AMBIENTAIS
Para aqueles aspectos que não puderam ser controlados, foi elaborado o diagnóstico ambiental e
avaliados os respectivos impactos e propostas medidas para mitigá-los e/ou compensá-los.
Segundo essa ótica, foi elaborada a tabela apresentada a seguir, que demonstra os aspectos
identificados e respectivas estruturas de controle ambiental implementadas. Apenas a supressão de
vegetação não teve controle associado, por isso, o diagnóstico ambiental contemplou apenas os temas
pertinentes ao meio biótico (flora e fauna). Após a elaboração do diagnóstico ambiental, procedeu-se,
então, a avaliação dos impactos e a elaboração dos planos e programas de mitigação e compensação
executados à época das obras emergenciais.
Exceção se faz à geração de empregos temporários, que por não se tratar de um aspecto significativo
(poucos empregos no período de 09 meses), não causou impacto positivo significativo na dinâmica
socioeconômica da região. Por isso, não foi desenvolvido diagnóstico socioeconômico e respectiva
avaliação de impactos.
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Etapa de Instalação
Etapa de Operação
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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
MEIO BIÓTICO
O Complexo de Itabira, da Vale, está localizado no perímetro definido por Lei como de abrangência
do bioma da Mata Atlântica, reconhecido como um dos 25 hotspots de biodiversidade do planeta.
Embora sua área de abrangência seja entre 1 e 1,5 milhão de km², restam apenas 7 a 8% da floresta
original.
CURIOSIDADES...
Hotspots são todas áreas prioritárias para conservação, isto é, de alta biodiversidade e
ameaçada no mais alto grau. Para ser considerada hotspot, uma área deve ter pelo menos
1.500 espécies endêmicas de plantas e, ao mesmo tempo, ter perdido mais de 3/4 de sua
vegetação original.
Fonte: 5 http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/biodiversidade-hotspots-
ambientais Acessado em: 17/01/2017
As florestas da Mata Atlântica de Minas Gerais são dominadas por espécies semideciduais, ou seja,
que perdem parte das folhas durante o inverno, de maneira a evitar a evapotranspiração e, assim,
sobreviverem ao período seco que dura cerca de cinco meses, característico do clima estacional que
predomina nessa porção do Estado.
Itabira possui 13,65% de sua área ocupada por áreas protegidas, equivalentes a 17.114,13ha. Desse
total, 3.951,204ha são áreas protegidas pela Vale. Além dessas áreas, Itabira conta com mais outras
modalidades de áreas protegidas, listadas na Tabela abaixo:
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Relatório de impacto ambiental
Espécies como Cedrela fissilis (cedro), Cecropia spp. (embaúbas), Cupania vernalis (camboatá), Hymenaea
courbaril (jatobá), Ocotea spp (canelas), Piptadenia gonoacantha (angico jacaré), Myrcia spp
(goiabinha), e Aspidosperma spp (perobas, guatambus) são algumas das espécies encontradas nas
matas locais.
FLORA
Considerando que a intervenção ambiental se deu para a implantação das obras emergenciais, o
diagnóstico regional de flora das áreas onde ocorreu a supressão da vegetação foi elaborado
utilizando informações de estudos anteriores realizados nesta mesma região, além das informações
obtidas através da execução da atividade de resgate de flora para implantação das obras.
Desta forma, o volume de madeira das áreas suprimidas foi quantificado através da medição das toras
de madeira e lenha, após a supressão vegetal, quando já empilhadas em campo.
Foram realizadas amostragens nas formações florestais nativas e em plantios de Pinheiros: qualitativo
(levantamento florístico) e quantitativo (levantamento fitossociológico).
Durante o inventário florestal realizado na borda da Barragem Itabiruçu identificou cerca de 160
espécies de árvores na região, em uma área de estudo de 120,26 ha. Destas espécies algumas estão
em alguma categoria de ameaça como o Jacarandá da Bahia, a Braúna e o Cedro. O Ipê-amarelo é
protegido por Lei e é considerado de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte.
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Resgate de Flora
Durante a execução do resgate de flora foram coletadas plântulas, indivíduos adultos e sementes, no
intuito de se obter plantas saudáveis e viáveis para produção de mudas em viveiro, sendo utilizadas
formas de resgate específicas para cada propágulo.
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Relatório de impacto ambiental
O resgate de flora é uma alternativa indispensável para a conservação da diversidade da flora frente
às autorizações de supressão de vegetação, principalmente de espécies raras, endêmicas e ameaçadas
de extinção. O resgate integrado permite abranger espécies com diferentes características de
propagação, aumentando a diversidade de espécies para produção de mudas, sendo esta uma forma
rápida, barata, simples e direta de conservação do patrimônio genético destas espécies de plantas.
Após a supressão da vegetação, o material lenhoso resultante foi empilhado e mensurado, totalizando
970 m³ referente à Floresta Nativa – Mata Atlântica e 116,43 m³ do plantio de Pinheiro, conforme
tabela abaixo.
ÁREAS VOLUMES
ÁREAS ha m³ Mdc
St (metro
(metro (metro de
estéreo)
cúbico) carvão)
FAUNA
A devido ao longo período de extração mineral nesta região e das grandes dimensões atingidas pelo
beneficiamento do minério de ferro no Complexo Minerador de Itabira, os resultados gerais obtidos
especificamente para a fauna de aves nestes estudos apontam para comunidades com características
significativamente positivas.
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O município de Itabira, local onde estão localizadas as minas do Complexo Itabira, apresenta alta
importância biológica para a conservação de aves e também para conservação de répteis e anfíbios
de Minas Gerais, na área são encontrados remanescentes de vegetação em vários estágios de
regeneração, eucaliptais com e sem sub-bosque e florestas em estágio médio nas serras e propriedades
industriais, compondo ou não, Reservas Legais e/ou RPPN’s, que garantem territórios para a fauna e
certa conectividade entre as unidades de conservação da Vale. Porém, algumas barreiras físicas para
dispersão da fauna são encontradas na região, como os núcleos urbanos, rodovias e ferrovias.
O BDBio é composto por um banco de dados da fauna e da flora, constituindo uma coleção de
informações inter-relacionadas e organizados sobre diversos temas oriundos de estudos ambientais,
inventários, monitoramentos ambientais e outros.
Nas campanhas, a área amostrada situada à margem esquerda da barragem e é denominada ICO4
– Depósito Maravilha e compreende a AID (áreas de influência direta) da barragem do Itabiruçu. A
área de estudo foi delimitada fisicamente sob forma de transecto, para todos os grupos terrestres,
melhorando a eficiência das amostragens e permitindo a comparação dos resultados obtidos em
relação a essa área. Para isso foi estabelecido um transecto de um quilômetro de extensão na área,
representando diferentes fitofisionomias de vegetação na barragem do Itabiruçu. O transecto foi
medido e marcado a cada 50 metros, com as coordenadas de seu traçado registradas para confecção
dos mapas.
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Relatório de impacto ambiental
Para a amostragem dos mamíferos de médio e grande porte, foram utilizadas três metodologias
distintas: Censos populacionais diurnos nos transectos, visando os registros diretos (visualizações) e
indiretos (vocalizações, pegadas, fezes e carcaças); Instalação de armadilhas fotográficas ligadas
continuamente do primeiro até o quinto dia de amostragem (duas armadilhas por trilhas), além de
registros ocasionais diretos e indiretos fora dos transectos.
BUSCA ATIVA MÉDIOS E GRANDES MAMÍFEROS. (VALE, 2016) INSTALAÇÃO DE ARMADILHA FOTOGRÁFICA. (VALE, 2016)
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Relatório de impacto ambiental
sendo uma no chão e a outra no sub-bosque (cerca de 1,5 metros de altura) distanciados em 20 metros.
O método de armadilha de interceptação-e-queda (Pitfall Traps) consiste em uma linha de baldes
interligadas por cercas-guia, com baldes de 60 litros, dispostos ao longo de 100 metros, dispostos a
cada 10 metros, num total de 10 baldes por linha. Durante este monitoramento também foi aplicado o
método captura/marcação/recaptura (CMR).
GAMBÁ CAPTURADO EM GAIOLA. (VALE, 2015) RATO DO MATO CAPTURADO EM PITFALL. (VALE, 2015)
Para o monitoramento dos morcegos (quirópteros) são instaladas 10 redes de interceptação de voo
(redes-de-neblina). A atividade foi realizada no período noturno (18 às 21 horas), totalizando um
esforço de três horas de amostragem por noite. As redes foram vistoriadas em intervalos de 15-30
minutos, evitando que os animais capturados se machucassem. A metodologia utilizada foi a de captura,
marcação e recaptura (CMR). Os animais capturados nas redes eram retirados das mesmas e
acomodados em sacos de pano para posterior biometria e marcação.
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Relatório de impacto ambiental
A primeira consiste na procura direta de indivíduos, onde os principais tipos de microambientes são
investigados, tais como cavidades no solo, rochas, ocos de árvores, troncos caídos, em meio ao folhiço
e galhos, com o objetivo de detectar indivíduos estáticos ou hábitos secretivos e crípticos, agregações
reprodutivas (brejos, riachos, lagoas, etc.) ou refúgios (sob troncos caídos, pedras, entulhos ou restos de
habitações humanas, etc.). Esta metodologia é desenvolvida nos períodos diurno e noturno, em parte do
transecto de monitoramento. Esta ação também visa reconhecer as espécies ocorrentes nesses tipos de
ambientes, sua distribuição pelos microhabitats e sua abundância, através da contagem de indivíduos
observados, além da audição de machos em atividade de vocalização.
A segunda metodologia consiste em amostragens pontuais em poças e lagoas. Essas amostragens têm
o mesmo objetivo da metodologia descrita anteriormente, mas é aplicada para detecção de espécies
com distribuição limitada aos ambientes aquáticos lênticos. Essa metodologia permite a contagem de
indivíduos visualizados e também aqueles registrados a partir das vocalizações (no caso, de anfíbios).
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Relatório de impacto ambiental
locais, duas linhas contínuas foram instaladas em cada remanescente, totalizando 20 baldes na área.
As armadilhas foram abertas no primeiro dia de amostragem e fechadas no último, sendo durante toda
a campanha inspecionadas no período matutino.
O monitoramento das aves visa avaliar as tendências das populações de aves nos locais onde os
empreendimentos estão inseridos e os possíveis fatores que possam estar impactando as espécies, além
de contribuir para o conhecimento científico das aves da Mata Atlântica.
Para este grupo são utilizados dois métodos de amostragem de censo: Ponto de escuta e observação
em transectos. As capturas ocorrem com a utilização de redes-de-neblina e também são anotados
registros ocasionais.
Censo por ponto de escuta: A amostragem da ornitofauna através deste método apresenta vantagens
como a facilidade de ajustes às condições locais da área de estudo, a possibilidade de coleta de um
número relativamente alto de amostras, a identificação acústica em tempo real e o fato de não causar
perturbação aos indivíduos, tendo em vista que estes não são manipulados. Uma vez que o observador
fica imóvel e em silêncio, a identificação de espécies pouco conspícuas ou ariscas é mais fácil, tornando-
se o método mais adequado para amostragens em ambientes florestais, onde a maior parte dos
contatos é auditivo através do canto das aves.
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Relatório de impacto ambiental
Para o censo (ponto de escuta e observação em transectos) são amostrados cerca de cinco pontos por
transecto. Em cada ponto, distanciados em média 200 metros, são realizadas amostragens com duração
de 20 minutos, registrando-se todas as espécies e indivíduos visualizados e/ou escutados.
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Relatório de impacto ambiental
Para captura das espécies são utilizadas 10 redes com malha 20mm (ou malha menor que 20 mm),
12m de comprimento e altura de 2,5 m no transecto. As redes-de-neblina são montadas numa série de
10 redes, totalizando 120 metros de rede de captura. As redes são abertas nas primeiras horas do
dia, permanecendo assim no período da manhã por pelo menos 3 horas de amostragem no transecto
da AID da barragem do Itabiruçu.
CURIOSIDADES...
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Relatório de impacto ambiental
Espécies como a Onça-parda, Jaguatirica e o Gato-do-mato são animais de topo de cadeia alimentar,
cuja presença indica uma comunidade bem estruturada, normalmente com abundância em espécies de
pequeno porte que se apresentam como fonte alimentar destes predadores.
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Este grupo contempla animais de pequeno porte, como ratos, cuícas e gambás e subsidiam a
sobrevivência de animais carnívoros de médio e grande porte nesta região.
Os pequenos mamíferos habitam tanto o chão das matas quanto as copas das árvores e possuem
algumas adaptações para sobreviverem nestes ambientes, como o caso do rato-d’água (Nectomys
squamipes) que possui membranas interdigitais nas mãos e pés que o auxilia no deslocamento nos cursos
d’água e o rato-da-taquara (Kannabateomys amblyonyx) que possui o dedo polegar disposto de forma
oponível, que o favorece no deslocamento em bambús, taquaras e copas de árvores.
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Os morcegos possuem grande importância biológica por possuírem relações diretas com outras espécies,
tanto da fauna quanto da flora, auxiliando na polinização e dispersão de sementes de espécies de
plantas, além do controle de populações de insetos.
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Relatório de impacto ambiental
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Este grupo contempla espécies consideradas bioindicadores de qualidade ambiental (sapos, rãs e pererecas)
e outras com importância para a saúde pública (cobras peçonhentas). Além destas, os anfíbios e répteis
auxiliam no controle de populações de insetos e roedores.
Os répteis e anfíbios também são importantes na manutenção da cadeia alimentar, sendo consideradas presas
comum de diversas espécies carnívoras.
As espécies registradas na região são, em sua maioria, espécies comuns, ecologicamente generalistas,
registradas nos biomas Mata Atlântica e Cerrado.
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ENTOMOFAUNA
Durante as campanhas de monitoramento de insetos nesta região foram registradas 187 espécies,
sendo 127 da ordem Diptera (mosquitos e pernilongos) e 60 da ordem Coleoptera (Besouros).
Dentre os Dípteros (Mosquitos e pernilongos), algumas espécies possuem importância médica por serem
transmissores de doenças aos seres humanos e poderem ocasionar problemas de saúde pública, como
exemplo o mosquito-da-dengue (Aedes aegypti), o mosquito transmissor da febre amarela (gêneros
Haemagogus e Sabethes) e o mosquito transmissor da malária (gênero Anopheles).
Nenhuma das espécies de insetos inventariadas nas campanhas de monitoramento desta região se
encontra descrita nas listas de espécies ameaçadas de fauna, sendo todas elas comuns para áreas
vegetadas.
CULEX MELANOCONION – PERNILONGO (VALE, 2015) PSYCHODOPYGUS LLOYDI, POPULARMENTE CONHECIDO COMO
PERNILONGO (Vale, 2015)
ICTIOFAUNA
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Relatório de impacto ambiental
ASTYANAX BIMACULATUS – LAMBARI-DO-RABO-AMARELO (VALE, 2015) AUSTRALOHEROS IPATINGUENSIS - CARÁ-PRETO (VALE, 2015)
HOPLIAS INTERMEDIUS – TRAIRÃO (VALE, 2015) POECILIA RETICULATA - BARRIGUDINHO (VALE, 2015)
RHAMDIA QUELEN – MANDI (VALE, 2015) TRICHOMYCTERUS ALTERNATUS – CAMBEVA (VALE, 2015)
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Relatório de impacto ambiental
A supressão da cobertura vegetal nas áreas de florestais acarreta na redução dos habitats da fauna
silvestre e consequentemente a diminuição de biodiversidade.
A necessidade de supressão vegetal para obras de melhoria como o alteamento de barragens acarreta
na perda de habitats, promovendo a fuga de espécimes da fauna silvestre encontradas nestas áreas.
A elevação da cota de inundação é lenta e normalmente animais se dispersam devagar para as cotas
superiores, ocupadas por mata. Há conexão entre as florestas da área e as Reservas Legais da
propriedade, possibilitando a absorção da fauna de grande porte por áreas florestais vizinhas.
Para minimizar este impacto, sempre que ocorre a atividade de supressão vegetal é realizado o
acompanhamento de supressão da vegetação. Este, aliado a ações de eventual salvamento de fauna,
visa a diminuir a morte de espécimes durante o desmate e a conduzir seu deslocamento para
remanescentes florestais próximos.
As ações de salvamento e de relocação de fauna são pertinentes para alguns grupos de espécies da
herpetofauna e da mastofauna, especialmente aquelas que possuem dificuldade em se deslocar da
área em supressão.
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Relatório de impacto ambiental
Os impactos do meio biótico identificados nas áreas de influência da barragem do Itabiruçu são:
A área onde está inserida a barragem do Itabiruçu apresenta-se descaracterizada em relação à sua
formação original, tendo sofrido impactos provenientes de atividades minerárias, urbanização e
atividades agrossilvopastoris que desfiguraram a fisionomia outrora presente na área de estudo. Por
se tratar de uma área com cobertura florestal e apresentar fragmentos florestais próximos, é esperado
que espécies da fauna com alta resiliência ambiental habitem a ADA da barragem do Itabiruçu ou a
utilizem como conexão para deslocamento entre os fragmentos.
Assim, o impacto de redução e perda de habitat para a fauna ocorreu na fase de implantação das
obras emergenciais da barragem do Itabiruçu. A retirada da cobertura vegetal gera um efeito direto
sobre a fauna presente na AID/ADA. A supressão vegetal implica em impacto negativo e contínuo para
a fauna. As populações das espécies com menor capacidade de locomoção, como anfíbios, pequenos
lagartos e pequenos mamíferos poderão perder indivíduos em consequência da diminuição de habitat,
sendo a duração do impacto indicada como permanente e de abrangência pontual.
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Relatório de impacto ambiental
Este impacto é avaliado como de curto prazo, pois se manifesta imediatamente após a ocorrência da
supressão. Em relação à magnitude, é classificado como moderada, visto que a supressão de vegetação
não representará perdas expressivas de qualidade ambiental por se tratar de uma área relativamente
pequena. Ainda que este impacto resulte na retirada da cobertura florestal, potencial fonte de recursos
ou como conexão para dispersão da fauna entre áreas próximas, este é considerado de baixa
importância.
Como forma de controle para o impacto da supressão de vegetação, deve ser executado o Programa
de acompanhamento de supressão com eventual salvamento de Fauna, visto a provável ocorrência de
ninhos de aves ou de espécimes da fauna de menor porte com baixa capacidade de dispersão.
A vegetação nativa encontrada na ADA é composta por espécies pioneiras, normalmente oportunistas
e de fácil propagação. Dessa maneira, nota-se que a relevância desta vegetação para o cenário de
conservação regional é limitada, ainda que sua composição possa incluir algumas espécies que
fornecem alimento para a fauna. A supressão da cobertura vegetal pode significar a redução das
populações de algumas espécies vegetais, ainda que estas sejam bastante comuns e de características
notadamente pioneiras. A supressão da vegetação pode acarretar a perda de sementes de espécies
autóctones presentes no solo. O impacto causado pela supressão vegetal nativa na ADA é de natureza
negativa, já que é um impacto adverso ao meio, e de incidência direta. A manifestação do impacto é
contínua, e sua manifestação é de curto prazo, com duração de caráter permanente.
Desde o ano de 2010 são realizadas campanhas de monitoramento semestrais para cada grupo
faunístico de ocorrência na área de influência direta da Barragem do Itabiruçu, pertencente ao
Complexo Minerário de Itabira, com as mais diferentes metodologias, com métodos diretos e indiretos
de registros e campanhas com duração aproximada de cinco dias/quatro noites. A supressão vegetal
para as obras emergenciais ocorreu em 2015 e todo o desmate foi realizado com acompanhamento
de supressão vegetal e eventual salvamento da fauna pela empresa Bioma Meio Ambiente.
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Relatório de impacto ambiental
Apesar das atividades minerárias nas Minas do Complexo de Itabira, permanece elevada a
diversidade e abundância de espécies para os grupos faunísticos existentes nas áreas em seu entorno.
CURIOSIDADES...
Os Fragmentos Florestais são as áreas de mata fechada isoladas, que permanecem intactas em
meio a uma
MEDIDAS plantação, EumCOMPENSATÓRIAS
AMBIENTAIS pasto ou uma área desmatada ou ainda podem ter sido interrompidas
por barreiras antrópicas ou naturais.
Fonte: 8 http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/entenda-o-que-e-efeito-de-
borda-nos-fragmentos-florestais/Acessado em: 16/01/2017
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Relatório de impacto ambiental
CURIOSIDADES...
MEDIDAS COMPENSATÓRIAS
Previsão Legal Art. 36 da Lei do SNUC e Decretos 6.848/09 e 4.340/02; Conceito: Instrumento de
política pública que intervém junto aos agentes econômicos para a incorporação dos custos sociais da
degradação ambiental e da utilização dos recursos naturais dos empreendimentos licenciados, em
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Relatório de impacto ambiental
benefício da proteção da biodiversidade. Natureza Jurídica: Indenizatória; Minas Gerais Decreto /09;
Valor: Até 0,5% do valor de referência do empreendimento (investimento).
MEDIDA COMPENSATÓRIA Intervenção em APP Previsão Legal Lei Estadual /02 e Resolução CONAMA
369/06; Incidência Quando houver intervenção em Áreas de Preservação Permanente; Quantum A
legislação não estabelece; Aplicação Sempre na regeneração ou recomposição de APPs; Sempre na
mesma bacia hidrográfica e, prioritariamente, na área de influência do empreendimento ou nas
cabeceiras dos rios; cabe compensação florestal quando houver intervenção em APPs com ocupações
antrópicas consolidadas.
MEDIDA COMPENSATÓRIA Lei da Mata Atlântica Previsão Legal Lei Federal /06 e Decreto 6.660/08;
Incidência Quando houver corte ou supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio
ou avançado de regeneração no Bioma Mata Atlântica; Quantum 1 ha para cada ha impactado;
Aplicação Destinação de área equivalente à extensão da área desmatada (RPPN ou servidão
florestal); doar ao Poder Público área equivalente no interior de UC de Proteção Integral; reposição
florestal com espécies nativas em área equivalente à desmatada. Sempre na mesma microbacia
hidrográfica ou, na impossibilidade, na mesma bacia hidrográfica.
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Relatório de impacto ambiental
Para os Programas e Ações Ambientais referentes a cada um deles listamos e descrevemos logo abaixo:
A Vale desenvolve um programa de resgate de flora nas áreas de intervenção. Sob enfoque da flora,
o viveiro de Conceição atende ao Complexo de Itabira. Nele são cultivadas mudas de resgate de flora,
que são posteriormente plantadas pela Vale nas áreas visando a sua recuperação. Apresenta como
uma possibilidade de salvamento de flora, de suas espécies raras, a produção de mudas e a formação
de coleções, priorizando as espécies de interesse, climáticas, raras, endêmicas e ameaçadas da região,
que serão suprimidas para implantação do empreendimento. São coletados também frutos e sementes;
plântulas de espécies arbóreas; indivíduos adultos de espécies herbáceas e arbustivas; espécies
vegetais, colônias de liquens e fungos; espécies epífitas de indivíduos adultos e jovens; espécies de
relevância ecológica, econômica, paisagística e cientifica. Com o Programa de Resgate de Flora
espera-se conservar a diversidade genética das populações da flora nativa encontradas na área
afetada pelas intervenções emergenciais da barragem Itabiruçu El. 836m.
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Relatório de impacto ambiental
acompanhamento é feito por um biólogo, que é responsável pela captura e/ou afugentamento dos
animais e coleta de frutos, sementes e espécies de plantas epífitas (orquídeas, bromélias e cactus).
Os animais destinados à soltura serão devidamente registrados e podem ser marcados de acordo com
os métodos recomendados para cada grupo taxonômico, pesados e mensurados, visando subsidiar a
realização de monitoramentos futuros.
A Vale emprega o método mecanizado de supressão vegetal, com equipamentos florestais do tipo
Feller-buncher que possuem acessórios de corte tipo disco ou sabre e realiza o desmate das árvores
buscando aproveitar ao máximo o comprimento dos troncos. O tombamento das árvores acontece de
forma organizada, visando favorecer a próxima atividade que é o traçamento mecanizado dos fustes
das árvores. É importante salientar que o resgate da flora (sementes/mudas/propágulos)antecede os
serviços de supressão vegetal.
CURIOSIDADES...
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Relatório de impacto ambiental
especificidade de cada grupo, em pontos amostrais selecionados pelo grau de conservação dos
fragmentos ainda existentes, pelas possíveis fisionomias ambientais associadas à presença de
determinado grupo e pela presença de ocupação humana em suas proximidades.
A partir dos resultados obtidos com o programa de monitoramento de fauna, espera-se gerar produtos
que subsidiarão planos de ação dirigidos para conservação. Espera-se também, obter bases que
componham avaliações e comparações do estado de conservação tanto do ambiente quanto das
espécies monitoradas, através do diagnóstico realizado, propondo medidas mitigadoras para reduzir
os impactos que venham a ser causados pelo empreendimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme descrito anteriormente, as obras emergenciais se fizeram necessárias para garantir o volume
de amortecimento da estrutura e borda livre adequada, visando manter as condições de segurança e
integridade em caso de eventos pluviométricos intensos.
Vale salientar que a Barragem Itabiruçu é uma estrutura necessária ao desenvolvimento e continuidade
das atividades minerárias da Mina Conceição e, portanto, se enquadra como empreendimento de
utilidade pública ou de interesse social.
Dessa forma, conforme os dados apresentados nesse EIA, as alterações que ocorreram na Barragem
Itabiruçu não afetaram de forma significativa o meio ambiente da região, uma vez que as ações
ambientais realizadas se mostraram inteiramente adequadas e eficazes para controlar os aspectos e
mitigar e compensar os impactos ambientais deles decorrentes. Assim, os estudos ambientais atestam a
viabilidade ambiental das obras emergenciais e consequente operação da Barragem Itabiruçu na El.
836, em conformidade com a legislação vigente e apto a requerer a regularização ambiental.
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Relatório de impacto ambiental
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BICHO DO MATO, 2016. Estudo de impacto ambiental (EIA), Projeto PDE Canga Sudeste, Mina de
Conceição. Complexo Minerador de Itabira, Vale S.A.
BIOMA MEIO AMBIENTE. 2014. Relatório de Monitoramento de Fauna DIFS, Complexo Itabira,
Itabira, MG. Relatório Técnico.
BIOMA MEIO AMBIENTE. 2015. Relatório de Monitoramento de Fauna DIFS, Complexo Itabira,
Itabira, MG: Relatório Técnico.
BDBIO – BANCO DE DADOS DA BIODIVERSIDADE VALE. 2016. BDFauna - Banco de Dados da Fauna
- Versão 2.0.0. Compilação de Dados Brutos.
Imagens:
Curiosidades:
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Relatório de impacto ambiental
1. https://www.organicsnewsbrasil.com.br/meio-ambiente/o-que-e-barragem-de-rejeitos.
2. http://www.reporterbrasil.org.br/documentos/bertin/bertin-estudo4.1ao4.3.pdf.
3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Litologia
4. https://www.infopedia.pt/$pedologia
5. http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/biodiversidade-hotspots-ambientais
6. http://www.geotecbr.com.br/site/campos-de-atuacao/?id=17
7. https://pt.wikipedia.org/wiki/Itabira
8. http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/entenda-o-que-e-efeito-de-borda-nos-
fragmentos-florestais
9. http://www.ief.mg.gov.br/compensacao-ambiental
10. http://www.ecotonus.com.br/supmatanativa.htm
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