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Sonangol.

Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS


CONSOLIDADAS 2019

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Data: 15-09-2020
" Sonangol
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS
CONSOLIDADAS 2019 Página: 1 de 174
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01

HISTÓRICO DE REVISÕES

Revisão Responsabilidades

Elaborado por: Verificado por: Aprovado por:

Edson FN Pongolola Josina Baião


Sebas ~ -Gaspar rtins
DPCG/DIR ADM Executiva
A
.., _
00 Ji
O 5P)Q-C
Data: Data: Data:

1
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Í NDICE GERAL RESUMIDO

1 SONANGOL E.P. 5
1.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P 5
1.2 GOVERNO CORPORATIVO 7
2 ANÁLISE DO CONTEXTO 10
2.1 CONTEXTO INTERNACIONAL 10
2.2 CONTEXTO NACIONAL 11
3 SÍ NTESE DO DESEMPENHO 15
3.1 SUMÁRIO EXECUTIVO 15
3.2 INVESTIMENTOS 16
3.2.1 PROJECTOS ESTRUTURANTES DO SEGMENTO DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO 17
3.2.2 PROJECTOS ESTRUTURANTES DO SEGMENTO DE REFINAÇÃO E TRANSPORTE 18
3.2.3 PROJECTOS ESTRUTURANTES DO SEGMENTO DE LOGÍ STICA E DISTRIBUIÇÃO 19
4 DESEMPENHO POR SEGMENTO DE NEGÓCIO 21
4.1 UPSTREAM 21
4.1.1 ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO 21
4.1.2 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO 22
4.1.3 PRODUÇÃO INTERNACIONAL DE PETRÓLEO BRUTO 24
4.1.4 PRODUÇÃO DE GÁS 25
4.2 MIDSTREAM 26
4.2.1 NEGÓCIO DE REFINAÇÃO 26
4.2.2 NEGÓCIO DE TRANSPORTE DE PETRÓLEO BRUTO, REFINADOS E GÁS 27
4.3 DOWNSTREAM 29
4.3.1 NEGÓCIO DE LOGÍ STICA 29
4.3.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO 30
4.3.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL 33
4.4 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES 37
4.4.1 AVIAÇÃO - SONAIR 37
4.4.2 TELECOMUNICAÇÕES - MSTELCOM 38
4.4.3 SAÚDE - CLÍNICA GIRASSOL 38
4.4.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA - SONIP 39
4.4.5 FORMAÇÃO - ACADEMIA SONANGOL 40
4.5 CORPORATIVO & FINANCEIRO 42
4.5.1 RECURSOS HUMANOS 42
4.5.2 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS CORPORATIVOS 44
5 COMPROMISSO COMA SOCIEDADE 47
6 PROGRAMA DE REESTRUTRAÇÃO 49

2
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

7 PERSPECTIVAS 52
8 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS A 31 DE DEZEMBRO DE 2019 55
9 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 58
10 ANEXOS 165
11 ACRÓNIMOS 172
12 LEGENDAS 173

3
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

01
Sonangol, E.P

4
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

1 SONANGOL E.P.

1.1 MODELO EMPRESARIAL DA SONANGOL, E.P.

No ano de 2019, a Sonangol E.P. desenvolveu a sua actividade em toda a cadeia de petróleo e gás e
outros negócios complementares, por intermédio de 18 empresas subsidiárias, tendo sido de um modo
geral responsável pela definição das principais linhas estratégicas, orientação metodológica,
supervisão e apoio à gestão especialmente no processo de tomada de decisão.

A Sonangol E.P., actua como uma empresa integrada de petróleo e gás, assumindo um papel de holding
operacional centralizadora, constituí da pelos seguintes segmentos de negócio e empresas na sua
cadeia primária de valor:

o Exploração e Produção (Upstrearril: constituí do por um conjunto de empresas


subsidiárias que têm como actividade principal a exploração, desenvolvimento e produção
de hidrocarbonetos (petróleo bruto e gás natural), nomeadamente:
✓ Sonangol Pesquisa e Produção;
✓ ESSA
✓ Sonangol Hidrocarbonetos Internacional;
✓ Sonangol Gás Natural.

o Refinação e Transporte (Midstream): congrega as empresas de refinação de petróleo


bruto, liquefação de gás natural, transporte marí timo de petróleo bruto e produtos
refinados e comercialização de petróleo bruto, nomeadamente:
✓ Sonangol Shipping Holdings Limited;
✓ Sonangol Refinação;
✓ Sonangol Gás Natural;
✓ Sonangol Comercialização Internacional;

o Logí stica e Distribuição (Downstream): integra as empresas subsidiárias da Sonangol


E.P. que se dedicam ao aprovisionamento, armazenagem, distribuição e comercialização
de produtos refinados de petróleo bruto e gás, nomeadamente:
✓ Sonangol Logí stica;
✓ Sonangol Distribuidora;
✓ Sonangol Comercialização Internacional;
✓ Sonangol Gás Natural.

5
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Figura 1 - Composição da Cadeia Primária de Valor e Negócios da Sonangol, E.P.

Upstream Midstream Downstream


•• •

Exploração Transporte Distribuição • Marketing


LNG / Refinaria
e Produção e Armazenamento - e Comercialização
) Log. Primária ) Log. Secundária

Trading
~eaui Sonangol
Sana nal
ComercializaçkAnternadonal
Outros
Operadores
1 1111"
Al2V Vagões Cisterna Aviação
Terminais t
• Instalações
do Arneasonansento Marinha

Plataformas Navios Refinaria

Ns,
Navios
~IP
Caminhões de Tanque
5211

111 Lubrificantes

Sonangol
mim /21
Pipitareis OPL
Gás Natural

Sonangol Sonangol Sonangol Sonangol Sonangol


Pesquisa E Produção Shipping Refinação Distribuidora Distribuidora

Sonangol
Hidrocarbonetos Sonangol Sonangol Sonangol Sonangol
Internacional Gás Natural Logística Gás Natural Gás Natural

Sonangol Finance Sonangol E.P.

Corporativo e Financeiro

Crude Derivados De Petróleo —3

• Adicionalmente a Sonangol actuou noutros dois segmentos de negócio, nomeadamente:


o Corporativo e Financeiro (Corporate & Finance): constituí do pelas funções corporativas
transversais, de suporte e monitoramento das empresas subsidiárias e pela actividade de
obtenção de financiamentos nos mercados internacionais.
✓ Sonangol E.P. e Sonangol Finance;

o Actividades Não Nucleares (Non-Core): constituí do pelo conjunto de empresas


subsidiárias cuja actividade principal visa dar suporte aos negócios nucleares da Sonangol,
E.P., assim como empresas que desenvolvem negócios de carácter social, relacionadas
com o desenvolvimento de capital humano, ou que têm como prioridade o apoio ao
desenvolvimento económico do Pai s.

✓ Sonair, MS Telecom, Sonangol Holdings, Sonangol Investimentos Industriais (SIIND),


Sonangol Imobiliária e Propriedades (SONIP), Clí nica Girassol, Academia Sonangol e
Sonangol Vida.

6
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1.2 GOVERNO CORPORATIVO

Sebastião Gaspar Martins

Administradores Executivos

Joaquim Fernandes Baltazar Miguel Jot-qc Vinhas Josina Baião Liis Maria Osvaldo Macaia

Administradores Não-Executivos

André Leio .ose Gime Looc do Nascimento Marcoimo Moco

7
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE PELOUROS DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA SONANGOL-E P


PRESIDENTE 00 CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO
(Sebastião Gaspar Martins)
Sonangol
Gabinete do Presidente do Conselho de Administrarão
IGPCAI Direcçao de Segurança E mpresarial IDSE I

Secretário do Conselho de Administração ISCA)


Off-Cl:Cã° de Recursos Humanos [DEMI

Onerou de Ouabdade, ~ama e Ambiente


(DOSAI Sonangol Pesquisa & Produçao IP&tI

SONANGOI I INANCI
Sonangol Ilidrocarbonetos Internacional ISM)

Sonangol Comercialtiaçao Internacional


ISONACII China Sonangol Internacional

ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR


'Joaquim Fernandes) (Baltazar Migucll (Jorge Vinhas' 'Luis Maria' Llosina Baião' 'Osvaldo Macaial

Sonangol Relinaçào ISONAREfl Ifirecçào de F manças IDE I Sonangol Shipping Floldongs I micted MS lelcom Do ecç ao de Planeamento 11)151 Direcção dos Serviços Jurldacos IDSJI

Empresa de Serviços de Sondagem de Angola ecçao de Auditoria e Controlo Interno


Direcçao de Gesta) de Ricas 106E11 SONAIR Sonangol Distribuidora Direcçao Central de I ogistica MCI I
II SSAI IDACII

Direcção de Administrara° e Intraesiruturas Gabinete de Relacoes com o E siado e


Direcçao do l aborat cario Central RAIEI Sonangol Gas Natural ISonagaisl Sonangol I ogistica Sonangol 'mobiliaria e Propriedades ISONIPI
(DAI) f iscalidade 101 VI

Direcçao de Gestão de Propinas Sonangol Integrated 1 ogist ICS Services


Fundo de Pensoes IF PI Angola I NG IAI NGI Sonangol Investimentos Industriais (SURDI Ihrecçao de f uca 1011
E struturantes IDGPI I ISONII. SI

Direcçao de Tecnologias de Informação 10111 fundo Social IF SI I LIXE RVI/A Direcção de Comunicaçao e Imagem IDCII Direcção de Propicio.. 1001 Academia Sonangol

Áreas transferidas para a Agencia Nacional Oiremao de Responsabilidade Social


Fundo de Abandono IF AI IA anubito, IDA Sonangol Floldings Centro Recreativo Paz Flor
de Petróleos, CM e ItiocombustNer; (ANPGI Corporatrva IDRSCI

Comitê de Coordenaçao dos Propicio.; Sociais


Clinica Girassol Programa de Reestruturac ao Sonangol Vida
do Soyo ICCPSSI

Centro de Apoio E mpresartal ICAE Área


Perro Allem° de L uanda Programa de Privabraçoes
transferida para a ANPGI

Cooperativa Cajueiro

Administradores Não Executivos


ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR ADMINISTRADOR
IMarcolino Moco) (Andre Lelo) [Lapa do Nascimento) (José Gime)
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

02
Análise
do Contexto

9 fr
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

2 ANÁLISE DO CONTEXTO
2.1 CONTEXTO INTERNACIONAL

Em 2019, o mercado petrolí fero atingiu o equilí brio entre a oferta e a procura, tendo sido
eliminado o excesso de oferta de 260 mil barris por dia que existia no ano anterior, resultado da
maior redução dos volumes produzidos implementada pelos membros da Organização de Paí ses
Exportadores de Petróleo (OPEP). A organização cortou cerca de 2 milhões de barris dia, o que
compensou o aumento de 1 milhão e 900 mil barris diários dos paí ses não-OPEP. Vale acrescentar,
que ocorreram também cortes involuntários em alguns dos seus membros, acrescidos aos efeitos
das sanções norte-americanas ao Irão e à Venezuela.

Assim, a procura global atingiu cerca de 99,74 milhões de barris por dia, superando a oferta
mundial de 98,99 milhões de barris dia.

Tabela 1 - Mercado Petrolí fero — Procura e Oferta

M Bbl/d
2018 2019*
Procura Global 98,84 99,74
OCDE 48,01 47,97
China 12,71 13,06
Outros 38,12 38,71
Oferta Global 99,10 98,99
OPEP LNG 4,76 4,80
OPEP Petróleo 31,86 29,85
Não OPEP 62,47 64,36
Excesso 0,26 -0,75
* Projecção
Fonte: OPEP

Relativamente à evolução dos preços, o Brent registou uma média anual de USD 64,20/barril, ao
passo que o WTI esteve cotado nos USD 57,19/barril, representando uma redução de 11% e 12%,
respectivamente, quando comparado ao ano de 2018. Alguns factores como a fraca perspectiva
para o crescimento da procura, o aumento médio de 6% em 2019 das reservas petrolí feras norte-
americanas, o aumento da instabilidade geopolí tica (ataque às instalações petrolí feras sauditas.
em Setembro de 20191, influenciaram na evolução dos preços.

Para fazer face à tendência de descida dos preços, a OPEP e outros paí ses produtores, com realce
para a Rússia, decidiram na reunião de Dezembro de 2019, por um alargamento dos cortes de
produção, passando de 1 milhão e 200 mil barris dia para 1 milhão e 700 mil barris dia, que passaria
a vigorar a partir de Janeiro de 2020.

Com relação aos mercados financeiros globais, o ano de 2019 ficou ainda caracterizado por elevada
incerteza e volatilidade devido, sobretudo, aos seguintes factores:

• Instabilidade na relação comercial entre os EUA e a China;

Devido a tais ataques, apesar de temporário, o preço do Brent chegou a ser negociado perto dos USD 70/barril no mês
de Setembro.

10 AL
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

• Incertezas quanto à efectivação da saí da do Reino Unido (Brexit) da União Europeia e o


alcance de um acordo entre as partes;
• Tensões geopolí ticas e sociais em diferentes partes do mundo, com destaque para os
protestos em Hong-Kong, um dos maiores mercados financeiros do mundo.

Quanto a outras commodities, destaca-se o Ouro, que valorizou 9% em média até o 3° trimestre
de 2019, devido à percepção de aumento de risco e volatilidade nos mercados financeiros. Os
preços do Ouro, que habitualmente registam aumentos em momentos de maiores incertezas,
atingiram máximos de mais de 3 anos, passando de USD 1.281/onça no final de 2018, chegando a
ser negociado a USD 1.468/onça no 1° semestre do ano findo. Para as commodities alimentares,
outra referência económica relevante, o í ndice da Organização das Nações Unidas para a
alimentação (FAO) que acompanha a evolução dos preços dos alimentos de uma cesta de cerca de
cinco bens essenciais, manteve-se estável comparativamente ao ano de 2018.

2.2 CONTEXTO NACIONAL

O mercado cambial tem conhecido mudanças estruturais, com a introdução pelo Banco Nacional
de Angola (BNA), de um conjunto de medidas visando a sua estabilização. A medida mais relevante
implementada neste domí nio em 2019 foi a eliminação do limite de margem de 2% da taxa de
câmbio praticada pelos bancos comerciais na venda de divisas aos seus clientes, operacionalizada
com o Instrutivo n.° 16/2019.

A negociação tem sido livre, podendo qualquer banco do sistema adquirir divisas a uma petrolí fera
que anuncie as suas vendas. Visando a melhoria da transparência das negociações, o BNA optou
pela utilização da Bloomberg como plataforma de negociação. A priori, como medida
complementar, o BNA emitiu o Aviso n.° 14/2019, que estabelece a redução do limite da posição
cambial dos bancos comerciais de 5% para 2,5%, de modo que os excessos de oferta de divisas
oriundas do BNA, ou das petrolí feras, sejam rapidamente cedidas ao Mercado Monetário
Interbancário (MMI) ou revendidos ao BNA.

Relativamente às receitas fiscais petrolí feras referentes ao ano de 2019, estas caí ram para o
equivalente a USD 11 mil milhões, comparadas ao valor de receitas de USD 13 mil milhões
arrecadadas em 2018. A maior parte deste montante correspondeu às receitas da Agência
Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustí veis (ANPG1, no valor de USD 7,2 mil milhões, ao passo
que os restantes USD 3,7 mil milhões resultaram fundamentalmente de impostos cobrados às
operadoras petrolí feras.

A queda das receitas resultou da diminuição da quantidade de petróleo exportado em 2019, na


ordem dos 7,4%. A exportação total foi de 492 milhões de barris, abaixo do pressuposto de uma
produção de 608,6 milhões de barris que constou da versão revista do Orçamento Geral do Estado
(OGE Revisto) de 2019. Já o preço médio de exportação do petróleo angolano, situou-se em USD
63/barril, superior ao pressuposto de USD 55/barril do OGE Revisto para 2019.

Os impostos cobrados às operadoras petrolí feras reduziram 16,7 % face ao ano passado e
situaram-se nos USD 3,7 mil milhões. A diminuição deveu-se, principalmente, a queda de 6% do
Imposto sobre o Rendimento de Petróleo para USD 2.899,3 milhões (o que representa 76% sobre
o total de impostos arrecadados). Registou-se também uma redução de 41% no Imposto sobre a
Produção de Petróleo e de 68% do Imposto sobre a Transação de Petróleo.

11 .
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Ainda em relação a produção de petróleo bruto, há a destacar a dos blocos 17 e 15, que continuam
a ser os mais produtivos do Pai s. A produção acumulada do Bloco 17 foi de 151 milhões de barris
e a do Bloco 15 foi de 79,1 milhões de barris. Todavia, a produção destes dois blocos acompanhou
a queda geral da produção, contraindo cerca de 22,8% e 8,4%, respectivamente.

Tabela 2 - Produção Petrolí fera por Blocos

M Bbls

Blocos 2018 2019 Exportação


Bloco O A 62,0 57,4 -7,4%
Bloco O B 25,5 23,0 -9,8%
Bloco 2/05 0,4 1,0 184,3%
Bloco 2/85 -
Bloco 3/05 A 0,0 -100,0%
Bloco 3/05 8,5 6,5 -20,1%
Bloco 4/05 1,0 1,9 104,3%
Bloco 14 22,9 17,8 -22,3%
Bloco 14 K/A-IMI 2,9 5,4 85,0%
Bloco 15 86,3 79,1 -8,4%
Bloco 15/06 49,7 47,8 -3,9%
Bloco 16 -
Bloco 17 196,2 151,5 -22,8%
Bloco 17/06 - -
Bloco 18 30,5 19,9 -34,7%
Bloco 25 - -
Bloco 31 40,8 29,4 -27,9%
Bloco FS/FST 1,0 0,6 -35,1%
Bloco 32 9,1 55,3 506,1%
Bloco 33 -
Bloco 39 -
Cabinda Sul 0,4 0,2 -46,6%
LNG (Taxa de Gás)
TOTAL 537 497 -8,2%
Fonte: Minfin

Para atenuar o decli nio da produção de petróleo bruto, as companhias petrolí feras apresentaram
o Plano de Medidas que se segue:

• Cumprimento rigoroso dos programas de manutenção e inspecção para garantir eficiência


operacional acima dos 95%;

• Realização de intervenções ligeiras nos poços de forma cont( nua e asseguramento dos
programas de revitalização dos campos Malongo West, Kungulo e Banzala, no Bloco 0, bem
como intervenções em poços nos Blocos 14, 15, 18 e 31;

• Restabelecimento e melhoramento da injecção de água em várias concessões;

• Mobilização de sondas para perfuração ou reparação de furos;

• Optimização dos trabalhos durante as paragens programadas;

12
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

• Optimização dos trabalhos durante as paragens programadas;

• Implementação de Estratégia de Desenvolvimento de Campos Marginais.

Devido ao seu peso relevante na estrutura do PIB, o sector petrolí fero continuou a ser o que mais
impactou no desempenho económico em 2019. A economia petrolí fera manteve, assim, a
tendência decrescente iniciada após o primeiro trimestre de 2016.

A evolução da inflação em 2019, situou-se em 16,9%, abaixo dos 18,69% observados em 2018. Com
tal taxa, a inflação acumulada dos últimos três anos baixou de 105% (2015-20181 para 75% (2016-
20191 e, portanto, Angola deixou de pertencera lista das economias hiperinflacionárias.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

03
Si ntese do
Desempenho

14
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

3 SÍNTESE DO DESEMPENHO

3.1 SUMÁRIO EXECUTIVO

O presente relatório espelha o desempenho da Sonangol, E.P. e suas Subsidiárias, durante o ano
de 2019, como resultado das actividades desenvolvidas na base dos segmentos de Exploração e
Produção de Petróleo Bruto e Gás Natural, Refinação e Transporte, Logística, Distribuição e
Comercialização, assim como nos Negócios Não Nucleares.

No decorrer do perí odo em referência, foram produzidos 84.767.638 barris de petróleo bruto,
correspondentes a uma média diária de 232.240 barris, registando-se uma redução de 3%,
comparativamente ao ano transacto.

Até 31 de Dezembro de 2019, a produção de LPG alcançada foi de 416.996 toneladas métricas.
Relativamente ao LNG, registou-se uma produção total de 1.040.157 toneladas métricas, superior
em 8% face ao ano 2018, resultado do bom desempenho da fábrica do ALNG.

A Refinaria de Luanda processou 18.313.342 barris de petróleo bruto (equivalente a uma média de
processamento de 51.848 barris de petróleo bruto por dia), resultado de uma taxa média de
utilização de cerca de 79,6% da capacidade instalada. Processamento este que permitiu a
produção de 2.471.561 toneladas métricas de produtos refinados (incluindo o LPG), quantidade
superior em 37% relativamente ao período homólogo.

No período em análise, a Sonangol transportou um total de 17.421.152 toneladas métricas de


produtos, dos quais 10.851.934 toneladas métricas de petróleo bruto e 6.569.218 toneladas
métricas de produtos refinados e LNG. As quantidades transportadas durante o período
representaram um acréscimo em 3%, face ao ano anterior.

Visando atender às necessidades internas, foram adquiridas no mercado externo 2.986.888


toneladas métricas de produtos refinados, tendo sido observado um decréscimo no volume de
importações em 4%, face ao ano de 2018.

Foram comercializadas 4.696.485 toneladas métricas de produtos refinados, sendo 3.359.139 no


mercado doméstico e 575.226 no mercado externo, correspondente a um decréscimo em 1% no
volume total de produtos comercializados, comparativamente ao ano de 2018.

Por outro lado, foram exportados 169.869.984 barris de petróleo bruto, tendo o preço médio das
ramas angolanas, ascendido aos USD 65,13/barril.

Ao final do exerci cio de 2019, a Sonangol registou um volume de negócios global de USD 10.231
milhões e custos operacionais avaliados em cerca de USD 5.550 milhões, tendo sido apurado um
Resultado Antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações (EBITDA) de cerca de USD
5.550 milhões. Em virtude da desvalorização do Kwanza, o resultado lí quido global foi
negativamente influenciado pelas diferenças cambiais avaliadas em cerca de USD 2.000
milhões.

15
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

3.2 INVESTIMENTOS

Em 2019, o Programa de Investimentos aprovado reflectiu o processo de reestruturação cujo


objectivo é tornar a Sonangol numa empresa focada na sua actividade nuclear. Neste contexto, o
Programa esteve orçado em USD 2.445.614.806, sendo 89,44% do orçamento alocado aos projectos
do segmento de Exploração e Produção, seguido do segmento de Refinação e Transporte com
5,33%, Logística e Distribuição com 2,52% e os negócios Não Nucleares com 2,71%.

No perí odo em análise registou-se uma execução na óptica de responsabilidade de USD


1.919.140.943, representado uma execução de 78,47% em relação ao orçamentado.

O segmento de Exploração e Produção contribuiu com 96,58% do valor executado, sustentado


substancialmente pelo pagamento à
Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME) pela construção e entrega dos dois navios-
sonda, bem como da execução dos investimentos na rubrica de desenvolvimento nos Blocos 15/06
e 32.

Outros desembolsos de menor dimensão foram realizados nos segmentos de Distribuição,


Refinação e Não Nucleares, visando o cumprimento das normas da International Air Transport
Association (IATA) para o projecto de reabilitação da aero-instalação no Aeroporto 4 de Fevereiro,
o MoU Eni, o projecto da unidade de Platforming da Refinaria de Luanda, melhoria dos sistemas
de segurança na Sonair, manutenção e conclusão das obras do Hotel Intercontinental Luanda
Miramar (vulgo Eixo Viário), o projecto MSTCIoud, bem como as obras de manutenção do 3° piso
da Clí nica Girassol, respectivamente.

Tabela 3 - Programa de investimentos da Sonangol E.P de 2019

Variação
Designaçãoms° 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Execução
Nom ólog_a
Corporativo e Financeiro - - - - - n.a
Exploração e Produção 1 114 754 1 106 693 248 474 170 607 327 749 1 853 523 66%
Sonangol E.P. - BLOCO O 164 536 26 428 21 283 26 690 99 789 174 191 6%
Sonangol Pesquisa e Produção 944 550 264 348 226 400 143 837 227 854 862 439 -9%
Sonangol Hidrocarbonetos Internacional 2 375 61 76 80 106 322 -86%
ESSA [Perfuração) 3 293 815 856 715 - - 816 571 n.a
Refinação e Transporte 14 654 2 358 10 103 4 778 15 420 32 660 123%
Sonangol Refinação 14 654 2 358 10 103 4 778 15 420 32 660 123%
Logística & Distribuição - - 244 1 464 1 708 n.a
Sonangol Distribuição 244 1 464 1 708
Negócios Não Nucleares 2 399 1 025 1 356 109 28 759 31 250 n.a
Sonair - 109 - 109 n.a
MSTelcom - 861 1 356 - 2 217 n.a
Clínica Girassol - 164 - - 164 n.a
Sonangol Imobiliária e Propriedades ISONIP) - - 28 759 28 759 n.a
Total 1 131 808 1 110 076 260 177 175 495 373 393 1 919 141 70%

16
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Gráfico 1 - Execução dos Investimentos por Segmento de Negócio

2.445.615
yjri: Mil USD

1.919.141 1.853.523
• Orçamento
Execução

32.660 31.250 1.708 O


FY19 2019 Exploração Refinação & Não Logística & Corp. & Fin
& Produção Transporte Nucleares Distribuição

3.2.1 PROJECTOS ESTRUTURANTES DO SEGMENTO DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO

i. Projecto Sanha Lean Gas Connection & Booster Compressor (Bloco 0)

■ Visa a criação de infraestruturas para permitir a despressurização (blowdown)


do reservatório do Sanha, acelerando a produção de lí quidos e fornecer cerca
de 1.3 BCF gás para a planta do Angola LNG (ALNG) até 2043 e mitigar o défice
no fornecimento de gás, previsto na referida planta, a partir de 2022/2023;
■ O projecto encontra-se na fase de conclusão do FEED, registando-se um avanço
geral do FEED de 98% a 30 de Dezembro 2019;
■ Conclusão da engenharia de base e iní cio da engenharia de detalhe pela EDG;
■ Realizado o concurso do EPCI (Engineering, Procurement, Construction e
Installation), e a adjudicação do referido contrato.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

■ Visita ao site com a empresa GEMCORP para a avaliação preliminar do terreno


e infraestrutura circundante;

■ Foram também realizados encontros de trabalhos com os potenciais parceiros,


empresas com expertise em EPC e fornecimento de petróleo-bruto,
infraestruturas de suporte (transporte, armazenagem e expedição de petróleo-
bruto e derivados), ministérios e governos das provi ncias;

■ Em curso também encontram-se as actividades de contratação para os serviços


de preparação e tratamento do terreno (desmatação, desminagem, limpeza),
estudo de impacto ambiental, EPC.

iii. Projecto Construção da Refinaria do Lobito

■ Foi elaborado o plano de acção para a manutenção preventiva dos equipamentos


do Terminal Marí timo;
■ Foram solicitadas propostas para a execução do estudo de viabilidade do
projecto;
■ Feita a onfirmação da intenção da JGC Corporation para participar no projecto
com EPC;
■ Retomada das actividades de revisão do FEED;

3.2.3 PROJECTOS ESTRUTURANTES DO SEGMENTO DE LOGÍ STICA E DISTRIBUIÇÃO

i. Terminal Oceânico da Barra do Dande

■ Foi assinado a 07/11/2019, o Memorando de Entendimento entre a Sonangol EP


e o Private Office of His Highness Sheikh Ahmed Dalmook Al Maktoum, para o
estabelecimento de uma parceria para o desenvolvimento do Terminal Oceânico
da Barra do Dande;

■ Foi aprovada a constituição da joint-venture e a assinatura do respectivo MoU;

■ Em curso os estudos de optimização do projecto por forma a assegurar a


rentabilidade máxima para os investidores;

■ Foi dado iní cio ao concurso para o EPC;

■ Foram preparadas as condições no terreno para a retoma das actividades de


construção;
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

04
Desempenho por
Segmento de
Negócio

20
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4 DESEMPENHO POR SEGMENTO DE NEGÓCIO

4.1 UPSTREAM

4.1.1 ACTIVIDADE DE EXPLORAÇÃO

Tabela 4 - Si smica 4D Processada

Variação
2018 2019
Sismica 3D/4D Processada Homóloga
Blocos Operados 310 - n.a

Bloco 4/05 310 - n.a


Blocos não Operados 665 100 -85%

Bloco 15/06 665 100 -85%


975 100 -90%

Durante o ano 2019, foi concluí do o processamento de 100 Km2 de sí smica 4D, no Bloco 15/06,
tendo sido alcançada a meta prevista.

Tabela 5 - Poços de Exploração

Variação
Poços de Exploração 2018 2019
Homóloga
Blocos Operados - 1 n.a
Bloco 4/05 - 1 n.a
Blocos não Operados 2 6 200%

Cabinda Onshore - 1 n.a

Bloco 15/06 2 5 150%


2 7 250%

Para o periodo em análise, foram perfurados sete (7) poços de exploração, dos quais, o poço
Olosaka-1 no Bloco 4/05 e seis (6) nos Blocos Não Operados, os poços Caxixi-1, Agogo-1, Ndungu-
1, Agidigbo-1, Berimbau-1 e Agogo-1 no Bloco 15/06 e o poço Dinge 20-8 no Bloco Cabinda
Onshore, resultando em duas descobertas comerciais de petróleo nos poços Caxixi-1 e Agogo-1.

Relativamente à actividade de sondagem da Sonangol P&P, o poço Olosaka-1 atingiu uma


profundidade final de 2.924 m. O poço atravessou vários corpos arenosos e foram recolhidas
amostras de gás e óleo leve. Devido a espessura reduzida do intervalo com óleo, o poço
foi considerado subcomercial.
Tabela 6 - Poços de Avaliação

Variação
Poços de Avaliação 2018 2019
Homóloga

Blocos Operados n.a


Blocos não Operados 1 n.a

Bloco 15/06 1 n.a


1 n.a

21
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

No que toca a actividade de sondagem de avaliação, no perí odo em referência foi perfurado o poço
Agogo 2, no Bloco 15/06.

Tabela 7 - Poços de Desenvolvimento

Variação
Poços de Desenvolvimento 2018 2019
Homóloga

Blocos Operados n.a


Blocos não Operados 19 21 11%
Bloco 15/06 6 5 -17%
Bloco 32 13 16 23%
19 21 11%

Na actividade de desenvolvimento, foram perfurados vinte um (21) poços, sendo, cinco (5) poços
no Bloco 15/06 e dezasses (16) poços no Bloco 32, representando um crescimento de 11% face ao
perí odo homólogo.

4.1.2 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO

Durante o perí odo em análise, a Sonangol teve uma quota de produção de 84.767.638 barris de
petróleo bruto, equivalentes à uma média diária de 232.240 barris.

Tabela 8 - Produção Nacional de Petróleo Bruto

2019

Associ ações & ocoss" 2018 1° Tri m 11° Tri m 111° Tri m 1V0 Tri m Total O

SM_ E. P 36.376.835 8.610.097 8.469.493 8.141.692 7.519.545 32.740.827 -10%


Bloco O 35.904.723 8.610.097 8.469.493 8.141.692 7.519.545 32.740.827 -9%
ALHO Condensado 472.112 -100%
SN_ P8P 50.641.899 11.760.901 13.439.095 13.047.620 13.779.196 52.026.811 3%
BI ocos Operados 5.110.541 884.252 892.012 887.902 766.163 3.430.328 -33%
Bloco 3/05 4.242.133 684.054 687.085 698.730 639.024 2.708.893 -36%
BI oco 3/05A n. a
BI oco 4/05 868.408 200.198 204.926 189.172 127.139 721.435 - 17%
BI ocos Não Operados 45.531.358 10.876.649 12.547.083 12.159.718 13.013.033 48.596.483 7%
Cabi nda Sul 73.699 11.839 10.896 10.432 10.211 43.378 -41%
Associ ação FS/FST 89.278 26.815 23.415 12.676 27.053 89.959 1%
BI oco 14 4.608.969 725.567 731.726 513.544 625.884 2.596.722 -44%
BI oco 14K 562.749 105.938 99.934 62.472 60.012 328.356 -42%
BI oco 15/06 18.159.347 4.229.596 4.234.718 3.952.760 3.627.762 16.044.835 - 12%
BI oco 31 18.046.478 3.343.084 3.272.823 2.167.113 3.187.010 11.970.031 -34%
BI oco 32 3.990.837 2.433.809 4.173.571 5.440.722 5.475.100 17.523.202 339%
Total 87.018.734 20.370.998 21.908.588 21.189.313 21.298.741 84.767.638 -3%
Nédi a Diária 238.407 226.344 240.754 230.319 231.508 232.240 -3%

Durante o perí odo foram verificadas perdas de produção na ordem dos 4,60 Bbl/d nos blocos
operados, essencialmente devido à constrangimentos operacionais decorrentes da maturidade
dos campos e do estado de degradação da infraestrutura de produção associada, resultando no
decréscimo de 3% na produção de petróleo bruto da Sonangol comparativamente ao perí odo
homólogo.

A quota parte de produção da Sonangol E.P no Bloco O foi de 32.740.827 Bbls, representando uma
queda de 10% face ao mesmo perí odo de 2018. Relactivamente a Sonangol P&P, a sua quota parte

22
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

de produção dos blocos operados foi de 3.430.328 Bbls, enquanto que para os blocos não operados
foi de 48.596.483 Bbls, resultados ligeiramente abaixo dos ojectivos, devido a vàrios
constrangimentos operacionais.

Gráfico 2 - Produção de Petróleo Bruto (Bbls)

+
87.019 21.299 84.768

20.53
21.189
—11E---"
20.301
21.909

2018 1 2 Trim19 I I2 Trim19 II 12 Trim19 IV2 Trim19 2019

Me Blocos Operados
• Blocos não Operados

4.1.2.1 OPEX POR BARRIL

Tabela 9- Custo Médio de Produção

Variação
OPEX por Barril USID/Bbl 2018 2019
Homóloga
Blocos Operados 27,06 23,12 -15%
Bloco 3/05 25,75 21,09 -18%
Bloco 3/05A - n.a
Bloco 4/05 31,59 30,74 -3%
Blocos não Operados 9,35 11,20 20%
Cabinda Sul 14,10 34,08 142%
Associação FS/FST 25,67 37,63 47%
Bloco 14 8,53 16,30 91%
Bloco 14K 3,78 7,23 91%
Bloco 15/06 13,19 12,57 -5%
Bloco 31 7,55 20,53 172%
Bloco 32 1,31 2,70 106%
Custo Médio de Produção 10,76 11,98 11%

O custo médio operacional da Sonangol referente ao ano 2019, e excluindo os custos de abandono,
foi de 23,12 USD/Bbl, um decréscimo de 15% face ao mesmo perí odo de 2018. O custo médio
cumulativo dos blocos em que a Sonangol participa foi de 11,98 USD/Bbl, mais 11% do que em
2018, resultante da da produção nos blocos não operados, com excepção do bloco 32.

23
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

O maior nível de eficiência verificou-se no Bloco 32, tendo apresentado o custo unitário de 2,7
USD/Bbl. Contrariamente, os menores níveis de eficiência observaram-se nas Associações
FS/FST, com um custo de 37,63 USD/Bbl, justificado pelo avançado estado de degradação das
instalações de produção.

4.1.3 PRODUÇÃO INTERNACIONAL DE PETRÓLEO BRUTO

Tabela 10 - Produção Internacional de Petróleo Bruto

Variação
Associações & BlocosBbts 2 018 2 019
Homóloga

Brasil
Blocos Operados 129 834 202 435 56%
Potiguar (POT-T-T-748) 67 197 133 587 99%
Potiguar (POT-T-T-749) 62 637 68 848 10%
Blocos Não Operados 5 304 4 229 -20%
Guanambi / HBV-1 3 446 3 053 -11%
Cambacica / MGB-01 1 858 1 177 -37%
Iraque 1 495 942 7 860 971 n.a
Qaiyarah 1 495 942 7 860 971 n.a
Total 1 631 080 8 067 635 n.a
Média Diária 4 469 22 103 n.a

No perí odo em análise, a quota parte da produção internacional da Sonangol foi de 8.067.635 Bbls,
equivalente a uma média diária de 22.103 Bbls, mais 6.436.556 comparativamente ao ano de 2018,
como resultado da entrada em produção do campo Qaiyarah no Iraque.

Contudo, foram registadas perdas de produção avaliadas em 27.573 Bbls, associadas a paragens
não previstas e a problemas operacionais para atender ao limite de queima de gás, imposto por
lei.

Os constrangimentos na expedição dos volumes de produção acentuaram-se no último trimestre


de 2019, causando uma redução considerável nos volumes produzidos, originando o fecho de
alguns poços, devido à limitada capacidade de armazenagem.

24
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.1.4 PRODUÇÃO DE GÁS


4.1.4.1 PRODUÇÃO DE LPG
Tabela 11 - Produção de LPG

2019
Variação
OrigemT" 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total
Homóloga
Sanha (41%) 175 470 40 515 47 868 43 569 24 424 156 376 -11%
Butano 64 589 12 416 18 397 12 527 6 420 49 760 -23%
Propano 81 735 15 848 18 067 15 219 8 226 57 360 -30%
Cabinda Gas Plant (41%) 26 363 6 231 6 630 4 349 3 195 20 405 -23%
Butano 11 623 3 019 2 791 1 986 1 393 9 189 -21%
Propano 14 740 3 212 3 838 2 363 1 802 11 215 -24%
Refinaria de Luanda (100%) 17 441 6 310 7 022 7 956 7 090 28 378 63%
ALNG (22,8%) 172 803 50 410 52 195 53 577 55 624 211 806 23%
Butano 69 177 18 863 20 708 21 323 22 348 83 242 20%
Propano 103 626 31 547 31 487 32 254 33 276 128 564 24%
Total 392 077 103 466 113 716 109 451 90 333 416 966 6%

Durante o ano de 2019, foram produzidas pela Sonangol 416.966 toneladas métricas de LPG, das
quais 223.846 de gás propano e 193.120 de gás butano. Desta produção, 51% teve origem no Angola
LNG, 38% no Sanha, 7% na Refinaria de Luanda e 5% no Cabinda Gas Plant. Relativamente ao ano
de 2018, verificou-se um aumento da produção em 6%.

4.1.4.2 PRODUÇÃO DE LNG

Tabela 12 - Produção de LNG

2019
Variação
Origemrm 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Produção
Homologa
ALNG
LNG 960 193 291 995 288 285 199 060 260 817 1 040 157 8%

No perí odo em análise, a Sonangol produziu um total de 1.040.157 toneladas métricas de Gás
Natural Liquefeito (LNG), resultante da sua participação de 22.8% na fábrica do Angola LNG.
Comparativamente ao ano transacto, verificou-se um aumento em 8%, pelas razões já
mencionadas no ponto anterior.

Gráfico 3- Produção de Gás

960 193 10 157

392 077 416 966

LNG LPG
lei 2018 2019
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.2 MIDSTREAM
4.2.1 NEGÓCIO DE REFINAÇÃO

Em 2019, a Refinaria de Luanda adquiriu 18.015.374 barris de petróleo bruto, dos quais 41,1% da
rama Palanca, 24,1% da rama Plutónio, 22,6% da rama Cabinda, 6,7% da rama Hungo e 5,5% da
rama Nemba.

Tabela 13 - Taxa Média de Utilização da Capacidade Instalada

2019
Variação
Processamento de Petróleo Bru 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total
Homóloga
——
Taxa de Utilização da
70% 77% 74% 81% 87% 80% 14%
Capacidade Instalada (130PD)

A taxa média de utilização cifrou-se em 80%, mais 14% que no mesmo perí odo de 2018, o que
representou uma taxa média de processamento diário de 51.848 barris, assumindo 359 dias de
produção.

Tabela 14 - Volume de Petróleo Bruto Processado

2019
Variação
RamasBm' 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total
Homóloga_
Palanca 5 988 617 2 022 479 1 878 787 1 866 372 1 658 863 7 426 501 24%
Plutónio 6 246 566 1 409 722 1 157 704 430 156 1 107 746 4 105 328 -34%
Cabinda 317 542 551 226 637 870 1 505 067 285 191 2 979 354 838%
Nemba 629 658 381 322 341 388 650 033 O 1 372 743 118%
Hungo 497 790 149 286 387 234 366 256 1 826 640 2 729 416 448%
Total 13 680 173 4 514 035 4 402 983 4 817 884 4 878 440 18 613 342 36%
Processamento Diário 49 566 50 156 48 384 52 368 56 726 51 848 5%

Para o processamento contou-se com 18.613.342 barris de petróleo bruto, registando um


crescimento de 36% face ao perí odo anterior, com a contribuição das ramas Palanca (40%),
Plutónio (22%), Cabinda (16%), Hungo (15%) e Nemba (7%).

Por indisponibilidade da rama Plutónio, durante o exerci cio de 2019 registou-se alguma
compensação pela rama Cabinda, porém em quantidades muito inferiores às previstas para o ano.

Tabela 15 - Produção de Refinados

2019
Variação
Produtos 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total
Homóloga
LPG 17 441 6 310 7 022 7 956 7 090 28 378 63%
Nafta 243 964 96 519 74 773 82 090 79 585 332 967 36%
Gasolina 5 466 O 6 515 14 405 18 127 39 047 614%
Querosene 35 607 5 181 3 952 7 188 7 228 23 549 -34%
Jet B 39 037 6 942 10 819 O 2 645 20 406 -48%
Jet Al 188 704 71 380 59 451 75 722 78 225 284 778 51%
Gasóleo 436 215 145 923 150 344 154 623 164 473 615 363 41%
Fuel Oil 613 884 205 983 185 081 193 068 235 994 820 126 34%
Ordoil 207 338 66 456 79 652 85 943 51 337 283 388 37%
Asfalto 1 749 8 771 10 197 2 752 23 469 n.a
Cutback 74 16 O n.a
Total 1 799 767 606 517 586 380 631 208 647 456 2 471 561 37%

26
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

A produção de derivados cresceu 37% face ao perí odo homólogo de 2018, ascendendo a 2.471.561
toneladas métricas, com maiores contribuições do Fuel Oil (33,2%1, Gasóleo (24,9%), Nafta (13,5%1,
Jet Al (11%) e Ordoil (11,5%).

Apesar do bom desempenho na produção de derivados, existiram alguns constrangimentos


associados ao não cumprimento da meta do perí odo em 12,7%.

A produção de Gasolina apesar do crescimento muito abaixo do previsto, devido a paragem da


unidade de produção diversas vezes resultante da substituição do permutador, enfrentou alguma
dificuldade de estabilização, acrescendo por compensação, a produção de Nafta em 36%. A
produção de Gasóleo e de Jet Al sofreu similar impacto, pois a falta de aditivos culminou na
introdução de Querosene na cadeia de produção, resultando na redução da extracção de Gasóleo
dentro das especificações, bem como na perda de produção equivalente a 2 dias.

Gráfico 4 - Perfil de Produção de Produtos Refinados

33%

25%

1
11%

2%
Ele 0%
Fuel Oi I Gasóleo Nafta Jet Al O rd oi I Gasolina LPG Querosene Asfalto Jet B Cutba c k

4.2.2 NEGÓCIO DE TRANSPORTE DE PETRÓLEO BRUTO, REFINADOS E GÁS

Em termos globais, durante o ano 2019, foram transportadas 17.421.152 toneladas métricas de
petróleo bruto e seus derivados.

Tabela 16 - Volume de Petróleo Bruto Transportado

2019

Frota de Petroleo Elruton" 2018 1° Trim. 11° Trim. 111° Trim. IV° Trim. Total Variação

Frota Suezmax 8 949 282 2 054 370 2 095 218 2 111 188 2 181 926 8 442 702 -6%
Frota Cabotagem 1 911 118 513 833 573 158 666 727 655 514 2 409 232 26%
Total 10 142 904 2 568 203 2 668 376 2 777 915 2 837 440 10 851 934 7%

Em termos de volume de petróleo bruto, foram transportadas 10.851.934 toneladas métricas,


verificando-se uma queda de 6% nos volumes transportados pela frota Suezmax, devido à
crescente instabilidade do mercado, influenciado em grande medida pela reintrodução das
sanções contra o Irão e a guerra comercial entre os EUA e a China.

A Frota Suezmax transportou o equivalente a 78% do volume total de petróleo bruto, enquanto que
a Frota de Cabotagem transportou os remanescentes 22%, verificando-se um acréscimo de 26%
que permitiu compensar a queda nos volumes transportados pela Frota Suezmax.

27
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Tabela 17 - Volume de Produtos Derivados Transportado Por Segmentos

2019

FrotaTM 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total Variação

Cabotagem 5 401 052 1 214 714 1 220 934 1 369 307 1 151 679 4 956 634 -8%
Consumo Doméstico 5 354 300 1 207 030 1 211 248 1 361 386 1 140 908 4 920 572 -8%
Gasóleo 3 161 292 712 175 682 838 869 721 484 058 2 748 792 -13%
Gasolina 1 814 945 417 461 451 568 409 108 569 472 1 847 609 2%
Kerosene - - - n.a
Jet Al 20 984 1 897 974 2 156 5 027 -76%
LPG 357 079 75 497 76 842 81 583 85 223 319 145 -11%
Exportação 46 353 7 684 9 686 7 921 10 771 36 062 -22%
Gasóleo 28 466 5 044 6 507 4 962 7 192 23 705 -17%
Gasolina 8 688 1 510 1 626 1 688 2 001 6 825 -21%
Jet Al 9 199 1 130 1 553 1 271 1 578 5 532 -40%
Importação 399 O O O O O -100%
Lubrificantes & Óleo 399 - - -100%
LNG 1 392 587 421 298 491 602 210 070 489 614 1 612 584 16%
Total 6 793 639 1 636 012 1 712 536 1 579 377 1 641 293 6 569 218 -3%

Foram transportadas 6.569.218 toneladas métricas de produtos refinados, um decréscimo de 3%


face ao ano anterior.

A frota de Cabotagem foi responsável por 75% do volume de refinados transportados, verificando
um decréscimo de 8% face ao perí odo homólogo.

À frota LNG, coube 25% do volume transportado, representando um acréscimo de 16%, face ao
mesmo perí odo de 2018.

Gráfico 5 - Transporte de Produtos Refinados e Gás

Jet A1 LPG

Em termos de produtos, o Gasóleo foi o


produto mais transportado, com 42,2%,
devido a sua múltipla utilização [transporte,
indústria e geração de energia), seguido da
Gasolina com 28,2%, do LNG com 24,6%, do
LPG com 4,9% e do Jet Al com 0,2%.

28
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.3 DOWNSTREAM
4.3.1 NEGÓCIO DE LOGÍSTICA
4.3.1.1 APROVISIONAMENTO

Tabela 18 - Aquisição de Produtos Refinados por Origem

2019

ProdutosTM Variação
2018 I° Trim. II° Trim. 1110 Trim. IV° Trim. Total
Homologa
Importação 3 119 439 567 629 885 723 956 805 576 385 2 986 541 -4%
Sonangol Logística 3 093 874 520 979 819 783 857 870 543 386 2 742 017 -11%
Gasóleo 1 887 559 314 082 465 762 664 586 201 980 1 646 411 -13%
Gasolina 1 111 796 206 896 354 021 193 283 341 406 1 095 606 -1%
Jet Al 94 520 - - - - O -100%
Sonangol Distribuidora 25 565 46 650 65 940 98 935 33 030 244 870 856%
Gasóleo [MG()) - 32 837 65 940 98 935 32 999 230 711 n.a
Asfalto 25 565 13 813 13 813 -46%
Gás de Aviação - - 31 31 n.a
Lubrificantes - 315 315 n.a
Refinaria de Luanda 684 736 228 966 243 250 223 405 260 120 955 742 40%
Gasóleo 402 678 139 476 145 884 140 059 156 181 581 601 44%
Gasolina 2 721 o 4 038 6 461 11 535 22 034 710%
Jet Al 187 064 70 451 71 786 64 560 76 508 283 306 51%
Jet B 42 381 12 872 10 694 39 2 574 26 179 -38%
Querosene 30 893 o 3 905 3 984 6 056 13 946 -55%
LPG 18 999 6 167 6 942 8 302 7 265 28 676 51%
Topping Cabinda 64 160 17 019 18 326 18 643 20 808 74 795 17%
Gasóleo 44 809 12 472 13 279 13 753 15 958 55 462 24%
Jet Al 3 599 805 976 1 049 1 122 3 953 10%
Querosene 15 752 3 742 4 071 3 840 3 727 15 381 -2%
Sanha Gás 25 152 28 264 36 464 27 746 14 646 107 120 326%
LPG 25 152 28 264 36 464 27 746 14 646 107 120 326%
Angola LNG 310 455 77 189 82 352 87 278 74 635 321 454 4%
LPG 310 455 77 189 82 352 87 278 74 635 321 454 4%
Total 4 203 942 919 067 1 266 115 1 313 876 946 593 4 445 652 6%

O aprovisionamento de produtos refinados no perí odo foi de 4.445.652 toneladas métricas, um


crescimento de 6% face ao ano anteriort, para garantir o abastecimento pleno do mercado, sem
restrições, e assegurar o ní vel estabelecido de autonomia operacional situado nos 15 dias.

Das aquisições, 33% são provenientes do mercado interno e 67% da importação. De realçar que a
aquisição à Refinaria de Luanda cresceu em cerca de 40% face ao ano anterior, fortemente
influenciada pela paragem programada da Refinaria em 2018.

Tabela 19 - Aprovisionamento de Produtos Refinados

2019
Variação
ProdutosT" 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total
Homologa
Gasóleo 2 335 045 498 867 690 865 917 334 407 118 2 514 184 8%
Gasolina 1 114 517 206 896 358 059 199 744 352 941 1 117 640 0%
Jet Al 285 182 71 256 72 762 65 609 77 631 287 259 1%
Querosene 46 645 3 742 7 977 7 825 9 784 29 327 -37%
Jet B 42 381 12 872 10 694 39 2 574 26 179 -38%
Asfalto 25 565 13 813 - 13 813 -46%
LPG 354 606 111 620 125 758 123 326 96 546 457 250 29%
Gás de aviação - - 31 31 n.a
Lubrificantes 315 315 n.a
Total 4 203 942 919 067 1 266 115 1 313 876 946 624 4 445 998 6%

Enquanto superintendente logí stico, a Sonangol importa para todos os operadores do mercado.

29
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Os produtos com maior volume aprovisionado foram o Gasóleo (57%) e a Gasolina (25%) totalizando
82% do total aprovisionado. Observaram-se ainda reduções consideráveis no aprovisionamento de
Querosene, Jet B e Asfalto face ao perí odo homólogo de 2018, em função da redução da procura.

4.3.1.2 ARMAZENAGEM

Tabela 20 - Capacidade de Armazenagem

2019
Vari ação
Capaci dade Wdi a de Ar nazenagem" 2018 1° Trim 11° Trim 111° Trim I V° Trim Total
1-101051 ova
Terra 358. 511 358. 511 358. 511 354. 252 354. 585 354. 585 -1%
Ft ut uant e 340. 170 340. 170 340. 170 340. 170 340. 170 340. 170 0%
Total 698. 681 698. 681 698. 681 694. 422 694. 755 694. 755 -1%

A capacidade de armazenagem de produtos refinados foi de 694.755 M3, dos quais 354.585 M3 em
terra e 340.170 M3 em navios de armazenagem flutuante, verificando-se uma ligeira redução de
3926 M3 face ao perí odo homólogo, resultante da saí da de operação de alguns tanques de
armazenagem, para efeitos de manutenção.

4.3.2 NEGÓCIO DE DISTRIBUIÇÃO


4.3.2.1 COMERCIALIZAÇÃO

A Sonangol comercializou, durante o ano 2019, 3.359.139 toneladas métricas de produtos


derivados de petróleo, um decréscimo de 3%, quando comparado ao mesmo perí odo do ano
anterior. Esta redução é explicada em grande parte pela contração da procura de Gasóleo (16%)
para geração de energia, em função da estabilização do fornecimento de energia gerada pelas
fontes convencionais.

Por outro lado, a indisponibilidade orçamental e a dificuldade de obtenção de divisas para


importação de derivados de petróleo, óleos bases, lubrificantes, gasóleo marinho (MGO) e matéria-
prima, dificultou o melhor desempenho comercial.

Tabela 21 - Quantidades de Produtos Refinados Comercializadas pela Sonangol

2019

ProdutosTM 2018 10 Trim. 11° Trim. 111° Trim. IV° Trim. Total Variação

Gasóleo 1 949 959 394 771 371 791 473 597 389 969 1 630 128 -16%
Gasolina 645 642 151 559 134 424 215 298 169 482 670 762 4%
LPG (Gás butano) 292 152 79 214 92 690 97 273 99 619 368 796 26%
Fuel Oil 1500 213 759 114 599 51 899 74 102 111 841 352 442 65%
Jet Al 265 576 64 238 60 245 58 673 57 484 240 640 -9%
Asfalto 26 945 13 180 6 763 26 259 2 817 49 019 82%
Jet B 44 206 13 650 8 468 2 135 1 270 25 523 -42%
Querosene 24 820 2 864 4 047 3 656 5 774 16 340 -34%
Lubrificantes 5 655 1 134 1 537 1 582 1 126 5 380 -5%
Cutback 63 34 96 n.a
Gás de aviação 21 2 2 4 6 13 -36%
Total 3 468 735 835 211 731 866 952 641 839 422 3 359 139 -3%

30
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Relativamente ao Segmento de Marinha, os preços praticados no mercado para os produtos de


Bunker, foram pouco atractivos, resultando na redução das quantidades vendidas e na fuga de
clientes para zonas com preços mais competitivos.

Gráfico 6 - Comercialização de produtos refinados por Segmento de Negócios

8%
Aviação
8%

18%
Marinha

32%
Retalho
37%

42%
Consumo
41%

II 2018 2019

Como resultado da migração de clientes, da redução da grelha de programação de voos da


companhia de bandeira nacional e da diminuição de consumo dos principais clientes, o segmento
de Aviação apresentou uma queda no desempenho.

Relativamente ao segmento de Retalho, a Sonangol Distribuidora operou com 457 Postos de


Abastecimento, dos quais 347 de construção de raiz e 110 contentorizados.

Em termos de produtos, o Gasóleo (48,5%), a Gasolina (20%), o Gás Butano (11%) e o Fuel Oil
(10,5%) foram os produtos mais comercializados pela Sonangol Distribuidora, que juntos
totalizaram 90%.

31
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Figura 2 - Comercialização de Produtos Refinados por Regiões

5,5%
Cabinda
(17)
4,7%
Zaire 1,0%
1141 Uige
(27)

574% 0,8% 0,9%


Luanda Cuanza Norte Lunda Norte
(108) (12) (13)
0,9% 1,6%
Bengo Malanje
(8) (181 0,5%
Lunda Sul
1,7% (10)
Cuanza Sul
(26)

3,6% 1,1%
7,2% Huambo Bié 2,6%
Benguela (52) (18) Moxico
(51) (10)

4,8%
Huila
(431
3,4%
Namibe
(16)
1,2%
Cuando Cubango
1,1% (6)
Cunene
(8)

5 Maiores centros de consumo 5 Menores centros de consumo


Outros centros de cor,su- (#) —Número de PA's operacionais

As provi ncias de Luanda, Benguela, Cabinda, Huí la e Zaire continuaram a liderar o consumo de
produtos refinados, representando no conjunto cerca de 79,6% do total registado no perí odo.

"CS4

32 fr
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.3.3 COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL

4.3.3.1 PETRÓLEO BRUTO

Tabela 22 - Exportação de Petróleo Bruto Por Rama

2019
mAs 2018 I° Trim II° Trim III° Trim IV° Trim Total
Ranms
Dália 40.237.470 8.292.181 7.563.609 6.391.747 7.349.896 29.597.433
Saturno 20.314.370 3.680.061 3.753.630 2.800.097 3.618.713 13.852.501
Cabinda 24.377.375 5.673.842 4.494.482 4.262.573 3.717.682 18.148.579
Nenba 17.428.306 4.708.501 4.913.476 3.757.962 4.582.376 17.962.315
Girassol 21.140.581 4.860.416 4.777.521 4.772.209 2.000.436 16.410.582
Paz-flor 8.385.655 2.817.986 1.901.518 950.960 1.815.498 7.485.962
Mbndo 7.447.955 1.844.244 1.939.082 904.117 1.851.541 6.538.984
Hungo 15.571.908 2.828.859 2.761.108 2.761.207 2.853.835 11.205.009
Sangos 9.952.359 1.815.045 2.723.915 2.730.154 1.816.818 9.085.932
Ki ssanj e 8.434.562 2.852.020 1.866.489 1.812.007 2.853.169 9.383.685
Ol onbendo 9.636.453 1.856.184 3.662.324 1.852.280 2.718.297 10.089.085
CLOV 5.915.722 1.000.501 955.640 1.003.197 998.580 3.957.918
Saxi -batuque 4.585.875 1.000.808 1.911.505 1.908.504 959.141 5.779.958
Palanca - 986.026 - - 986.026
Plutônio 1.953.630 - 895.042 - - 895.042
Gi ntoa 1.026.009 - 529.833 408.810 938.643
Li anzi 500.289 - - -
Gi ndungo 1.116.901 909.159 948.501 908.119 1.854.637 4.620.416
Pbst arda - - 123.677 1.858.220 950.017 2.931.914
Total 198.025.421 45.125.833 45.721.352 38.673.353 40.349.446 169.869.984

Foram exportados 169.869.948 barris de petróleo bruto, 14% abaixo do volume do perí odo
homólogo anterior. As ramas de maior peso foram a Dália com 17,4%, seguida da rama Cabinda
com 10,7% e da rama Nemba com 10,6%.

No mês de Maio de 2019, entrou em produção a rama Mostarda do Bloco 32, com um total de
produção acumulada de 2.931.914 barris.

De realçar não obstante a criação da Agência Nacional de Petróleo e Gás, aprovada pelo Decreto
presidencial n.° 49/19, de 6 de fevereiro, a tabela acima acumula toda a informação de exportação
de petróleo bruto da Sonangol e Concessionária Nacional. Em 2019 este serviço continuou a ser
prestado pela Sonangol, sendo que as exportações da Concessionária representaram 63% do
volume total exportado, menos 1% face a 2018.

33
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Gráfico 7 - Exportação de Petróleo Bruto por rama

17%

10%

4% 4%
3% 3%

1% 1% 1%
1111 0%
o > o

Saxi-batuque
.0o
o o ro
Olombendo

E
E cho
re 9 E ‘a' 2 c

o Á Ã (0
g
-o d
Le) 0. r.

As ramas Dália, Cabinda, Nemba e Girassol, foram as mais comercializadas, totalizando 48% do
total exportado. Por outro lado, as menos exportadas foram as ramas Lianzi, Plutónio, Gimboa e
Palanca, totalizando 2%.

Figura 3 - Destino do Petróleo Bruto

A China manteve-se no topo da lista dos pai ses de destino das exportações com 63,4% do volume
total exportado, seguido da í ndia (12,8%) e Espanha (6,6%).

34
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Tabela 23 - Exportação de Petróleo Bruto Por Destino

2019
Vari ação
Rarrasa" 2018 1° Tri m 11° Tri m 111° Tri m IV° Tri m Total
Ho mil og,g
Chi na 128. 367. 504 27.198.298 30.560.087 23.158.104 26.785.439 107.701.928 - 16%
EUA 7.475.114 - 903.882 906.980 902.210 2.713.072 -64%
i ndi a 21.220.916 7.641.679 5.653.924 5.282.816 3.174.917 21.753.336 3%
França 1.815.808 949.934 949.934 -48%
Port ugal 2.956.942 955.640 1.857.866 907.877 3.721.383 26%
Espanha 7.609.191 3.669.322 1.945.690 1.855.049 3.728.275 11.198.336 47%
Itália 1.858.335 949.961 1.902.641 950.188 950.018 4.752.808 156%
África do Sul 3.864.282 999.581 999.581 -74%
Canadá 6.142.866 952.966 952.966 -84%
Uruguai 949.850 906.099 949.638 1.901.433 3.757.170 296%
Tai 1 ândi a 3.851.060 994.189 2.898.998 3.893.187 1%
Japão 481.393 904.160 904.160 88%
Tai vten 904.309 904.309 n. a
Si nqapura 2.816.133 1.001.712 1.001.712 -64%
Corei a do Sul 951.743 951.743 n. a
Israel 906.250 904.658 1.810.908 n. a
Pol óni a 951.003 952.448 1.903.451 n. a
I ndonési a 6.635.634 n. a
Hol anda 906.699 n. a
Rei no Uni do 122.854 n. a
Rd ási a 950.839 n. a
Tot al 198.025.421 45.125.833 45.721.352 38.673.353 40.349.446 169.869.984 -14%

4.3.3.2 PREÇO DAS RAMAS ANGOLANAS

Gráfico 8 - Evolução do Preço do Brent e Ramas Angolanas USD/barril

74
72
70
68 65,40
65,45
66 64,84

64 61,67 62,53
64,10 60,31
62 64,10
63,02
60
58 59,40 59,00
56
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

- Preço do Brent Datado - Preço das Ramas Angolanas

Foram feitos 186 carregamentos, menos 29 carregamentos que no mesmo perí odo de 2018, em
função de uma ligeira queda dos Direitos da Sonangol, e dos constrangimentos verificados na
produção.

Durante o ano, as ramas angolanas atingiram o preço máximo de USD 74,65 USD por barril, na
rama CLOV em Maio, e o mi nimo de USD 54,46 na rama Sangos, no mês de Janeiro, perfazendo
um preço médio ponderado de USD 65,13 por barril e um diferencial positivo de USD 0,90 por barril.

Te_
35
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.3.3.3 EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS REFINADOS

Tabela 24 - Quantidade de Produtos Exportados

2019
Variação
Refinados"' 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total
Homóloga
Fuel Oil 629 070 176 106 171 162 230 322 161 872 739 462 18%
Nafta 246 221 67 043 54 974 108 101 100 896 331 014 34%
Gás Propano 258 027 O 53 642 20 055 O 73 698 -71%
Gás Butano 65 119 O 34 951 22 856 O 57 806 -11%
Condensados 32 556 34 121 32 655 O 32 539 99 314 205%
Gasóleo 30 145 5 044 6 508 4 965 7 168 23 684 -21%
Gasolina 9 196 1 510 1 628 1 690 2 005 6 831 -26%
Jet Al 6 589 1 129 1 555 1 272 1 580 5 536 -16%
Total 1 276 924 284 953 357 074 389 260 306 059 1 337 346 5%

Quanto aos produtos refinados, foram exportadas 1.337.346 toneladas métricas, 5% a mais que em
2018, tendo sido destinadas para os EUA (33%), Brasil (21%), Singapura (9%), Suí ça (8%), Holanda
(7%), Bélgica (4%), Panamá (4%), Offshore Lomé (3%), Indonésia (3%), China (3%), e São Tomé e
Prí ncipe (3%).

Gráfico 9 - Perfil de Exportação de Produtos Refinados

56%

Gasóleo
1 1
Gasolina LPG (Gás
butano)
11%

gg 2018
10%

Fuel Oil
1500

2019
8% 7%

Jet Al
3% 3%

Outros

36
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.4 NEGÓCIOS NÃO NUCLEARES


4.4.1 AVIAÇÃO — SONAIR

Tabela 25 — Mapa de Indicadores Operacionais da Sonair

2019
Variação
Indicadores Operacionais 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total
Homóloga
N° de Horas Voadas 11 430 4 013 2 913 2 393 2 066 11 385 -0,4%
N° de Horas Voadas- Asa Rotativa 1 108 100 143 170 128 542 -51%
Contratação Comercial 1 091 95 110 79 98 382 -65%
Não Contratualizadas 17 4 4 1 O 9 -45%
CSPR 390 O 30 90 30 150 -62%
N° de Horas Voadas- Asa Fixa 10 294 3 913 2 769 2 223 1 938 10 843 5%
Frota SonAir 488 72 55 68 33 229 -53%
Contratação Comercial 91 O O O O O -100%
Não Contratualizadas 397 72 55 68 33 229 -43%
Outras (I-1.E, Carreira, Spots Charter) 8 942 3 539 2 366 1 660 1 535 9 100 2%
MAT e ESTADO 864 302 348 495 369 1 515 75%
Houston Express (Load Factor) 32% 0% 0% 0% 0% 0% -100%
Carga Transportada (Ton) 40 O O O O O -100%
N° Passageiros Transportados 204 599 62 996 68 637 61 331 43 041 236 005 15%
Disponibilidade Média das Aeronaves 57% 64% 71% 69% 63% 67% 17%
Utilização Média das Aeronaves 131% 39% 30% 26% 28% 31% -76%

Em 2019, foram realizadas 11.385 horas de voo, menos 0,4% que no ano anterior. No segmento de
Asa Rotativa verificou-se um decréscimo de 51%, representando menos 566 horas, relativamente
ao ano anterior e um desvio face a meta na ordem dos 74%. De salientar que estava prevista a
aquisição de novas aeronaves do tipo Agusta Westand (AW139) a partir de Abril deste ano, tendo
acontecido apenas em Novembro, o que impactou a actividade, ficando a frota Sikorsky
responsável pelas operações totais do segmento. Associou-se a este facto ca baixa procura dos
clientes no perí odo.

No segmento de Asa Fixa, a realização de horas de vôo superou a previsão anual em 32% e a
execução de 2018 em 5%, essencialmente resultado das horas realizadas no serviço doméstico,
com uma contribuição de cerca de 78% do total de horas de voo, e no serviço Spot.

37
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.4.2 TELECOMUNICAÇÕES — MSTELCOM

Tabela 26 - Mapa de Indicadores MSTELCOM

2019
Variação
Indicadores Operacionais 2018 I° Trim. II° Trim. 111° Trim. IV° Trim. Total
Homóloga
1. Utilização da Capacidade Disponível (%)
1.1 Rede de Fibra Óptica (Mbits /Segl
A. Rede Metro IMbitsiseg)
Luanda 87% 100% 95% 63% 98% 98% 13%
Lobito - Benguela 158% 158% 266% 177% 98% 98% -38%
B.Redes Nacionais - (Mbits/seg)
Luanda-Malanje 0% 0% 0% 0% 0% 0% n.a
Luanda-Soyo 34% 35% 39% 39% 67% 67% 95%
Benguela - Huambo - Kuito 2% 2% 2% 2% 2% 2% 0%
Lobito-Lubango 41% 41% 41% 41% 16% 16% -61%
Luanda-Lobito 55% 55% 5% 80% 21% 21% -62%
1.2 Satélite - VSAT (MHZ)
A. Banda - C 85% 85% 88% 87% 98% 98% 16%
B. Banda - Ku 52% 52% 83% 70% 70% 70% 34%
2. Volume de Serviços Prestados
Telefonia (n° de linhas telefónicas) 35 460 35 474 35 484 35 397 35 416 35 416 0%
Tráfego de voz (minutos) 44 758 597 7 803 966 5 733 567 5 699 508 8 654 786 27 891 827 -38%

No período em análise, registaram-se diversos constrangimentos que influenciaram a


disponibilidade dos serviços na rede e, consequentemente, o desempenho dos serviços prestados
a ní vel das telecomunicações.

O número de linhas telefónicas manteve-se praticamente inalterado, tendo o Tráfego de Voz


reduzido 38%, face ao perí odo homólogo.

4.4.3 SAÚDE - CLÍNICA GIRASSOL

Tabela 27 - Mapa de Indicadores Operacionais da Clí nica Girassol

2019

Indicadores Operacionais 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total Variação

Número de pacientes atend.dcs 172 914 42 639 44 094 39 581 41 128 167 442 -3%
Número de internamentos 6 404 1 751 2 029 1 735 1 870 7 385 15%
Número de consultas ambulatoriais realizadas 98 565 23 701 24 728 23 422 24 712 96 563 -2%
Número de atendimento no banco de urgência 56 473 13 036 14 909 12 951 12 967 53 863 -5%
Número de exames laboratoriais 658 325 157 181 187 653 160 026 170 439 675 299 3%
Número de intervenções cirurgicas realizadas 887 265 437 246 276 1 224 38%
Número de procedimentos cirurgicos no CC ambulatorial (day clinic) 730 151 153 220 18 542 -26%
Taxa média de ocupação Hospitalar 46% 52% 59% 56% 63% 58% 25%
Número de Partos Realizados (Eutócicos e distocicos1 648 152 178 225 158 713 10%
Número de exames de imagiologia realizados 47 716 11 606 11 649 11 837 12 506 47 598 0%
Total de Cirurgias 1 617 416 437 429 383 1 665 3%
Tempo Médio de Permanência (em dia) 5,9 6,8 7,0 7,1 6,8 6,9 17%
Número de exames especializados realizados 118 398 27 654 25 798 13 809 6 947 74 208 -37%

Em 2019, foram atendidos um total de 167.442 pacientes, uma redução de 3% em relação ao


perí odo homólogo, o que resultou em 7.385 internamentos e uma taxa média de ocupação
hospitalar de 58%.

38
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

O banco de urgência atendeu 53.863 pacientes e em consequência foram realizadas 96.563


consultas ambulatoriais, realizados 675.299 exames laboratoriais, 47.598 exames de imagiologia
e 74.208 exames de outras especialidades.

4.4.4 GESTÃO IMOBILIÁRIA — SONIP

Tabela 28 — Stock Imobiliário Comercializado

Vendas % Por
Condomínio Stock Final
Efectivas Condomínio
M " bembo M 'bote - 19 0%
Mazozo 6 0%
Total 25 0%

No perí odo em referência registou-se um stock de 25 imóveis, dos quais 19 pertencentes ao


Condomí nio M'bembo M'bote (Cabinda) e 6 no Condomí nio Mazozo (Kwanza-Sul), que não foram
comercializados devido à Deliberação n.° 033/2016 de 28 de Junho do então Conselho de
Administração da Sonangol EP.

Para além das 19 habitações (stocks) disponíveis no condomí nio M'bembo M'bote (Cabinda),
existem 37 casas inacabadas de diversas tipologias (13 Casas — Tipologia C3, 14 Casas - Tipologia
C4 e 10 Casas - Tipologia C5) que não foram inicialmente concluí das pelo empreiteiro no âmbito
do contrato.

Visando a retoma da distribuição dos imóveis disponíveis, da contribuição na materialização da


satisfação das necessidades habitacionais dos colaboradores da Sonangol e sócios da Cooperativa
Cajueiro, em 2019 procedeu-se à elaboração de uma nova Poli tica Habitacional Sonangol (PHS)
consubstanciada na retirada do ônus geral da responsabilidade da empresa no custeio das
habitações, para uma comparticipação com a opção do colaborador obter crédito bancário e na
melhoria contí nua do modelo de distribuição

e$1
39
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.4.5 FORMAÇÃO — ACADEMIA SONANGOL

Tabela 29 — Principais Indicadores de Ensino e Formação

2019
Variação
Indicadores 2018 I° Trim. II° Trim. III° Trim. IV° Trim. Total
Homóloga
FORMAÇÃO
Número de Acções de formação realizadas 1 383 251 397 406 381 1 435 4%
Escola Petrotécnica e Engenharia 15 3 4 3 4 14 -7%
Escola de Gestão e Liderança 34 2 6 14 14 36 n.a
Escola de Segurança 1 311 246 387 389 363 1 385 6%
Laboratório - ISPTEC 23 - - -100%
Número de Horas de Formação 17 755 3 072 4 721 5 265 5 899 18 957 7%
Escola Petrotécnica e Engenharia 544 184 160 80 200 624 15%
Escola de Gestão e Liderança 3 222 300 585 1 031 1 855 3 771 n.a
Escola de Segurança 13 184 2 588 3 976 4 154 3 844 14 562 10%
Laboratório - ISPTEC 805 - - - -100%
Número de Cursos Ministrados 60 19 26 32 32 41 -32%
Escola Petrotécnica e Engenharia 8 4 4 6 5 7 n.a
Escola de Gestão e Liderança 26 2 4 7 8 11 n.a
Escola de Segurança 26 13 18 19 19 23 -12%
Número de Formandos 11 286 2 041 3 867 4 045 3 314 13 267 18%
Escola Petrotécnica e Engenharia 152 23 42 34 40 139 -9%
Escola de Gestão e Liderança 298 14 33 129 115 291 n.a
Escola de Segurança 10 634 2 004 3 792 3 882 3 159 12 837 21%
Laboratório - ISPTEC 202 - - - -100%
BOLSAS DE ESTUDOS
Número de Bolsas de Estudos Disponibilizadas 1 140 1 156 911 762 1 000 1 000 -12%
Internas 292 180 170 170 445 445 52%
Externas 848 976 741 592 555 555 -35%
ISPTEC 2 392 2 648 2 928 2 205 2 480 2 480 4%
Dpto. de Engenharias e Tecnologias 1 447 1 544 1 721 1 314 1 484 1 484 3%
Engenharia Civil 218 190 217 168 197 197 -10%
Engenharia Eléctrica 192 213 230 167 198 198 3%
Engenharia Informática 232 267 305 235 248 248 7%
Engenharia Mecânica 242 276 299 214 248 248 2%
Engenharia de Produção Industrial 268 256 289 228 261 261 -3%
Engenharia Química 295 342 381 302 332 332 13%
Dpto. de Ciências Sociais Aplicadas 797 869 959 700 785 785 -2%
Gestão 363 358 405 317 355 355 -2%
Gestão 332 354 389 265 304 304 -8%
Contabilidade 102 157 165 118 126 126 24%
Dpto. de Geociências 148 235 248 191 211 211 43%
Engenharia de Petróleo 105 180 186 144 155 155 48%
Geofísica 43 55 62 47 56 56 30%

Relativamente a responsabilidade de formação e capacitação dos recursos humanos internos, do


sector petrolí fero e no mercado em geral, foram realizadas no ano 2019, 1.435 acções de
formação, em 41 cursos, representando um acréscimo de 4% face ao mesmo perí odo do ano
anterior.

Em termos de carga horária, foram administradas 18.957 horas, para 13.267 formandos, sendo
que em relação ao pari odo homólogo de 2018, registou-se um aumento de 7% nas horas de
formação e 18% no número de formandos.

40
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

No ISPTEC, para o ano académico 2019 foram matriculados um total de 2.480 estudantes, sendo
1.484 nos cursos de Engenharia e Tecnologias, 785 de Ciências Sociais Aplicadas e 211 nos cursos
de Geociências.

No âmbito do programa de bolsas de estudo, no final do ano 2019, a Academia Sonangol tinha sob
sua gestão um total de 1.000 bolsas, das quais 445 internas e 555 externas. As bolsas externas
estiveram distribuí das, fundamentalmente, por 5 paí ses, nomeadamente, EUA, Reino Unido,
França, Brasil e Portugal.

A Escola de Segurança continuou a ministrar cursos de segurança marí tima e industrial para a
indústria petrolí fera, certificados por autoridades marí timas internacionais. De igual modo, o
material do seu centro de treinamento marí timo está integralmente certificado de acordo com a
norma ISO 9001:2015.

41 fr-
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.5 CORPORATIVO & FINANCEIRO

4.5.1 RECURSOS HUMANOS

4.5.1.1 COMPOSIÇÃO DO EFECTIVO

No perí odo em análise, a força de trabalho da empresa foi de 7.444 colaboradores activos, um
decréscimo de 1% em relação ao perí odo homólogo de 2018, justificado maioritariamente pela
saí da de colaboradores da função concessionária para a ANPG e pelo cumprimento do programa
de Reforma dos Trabalhadores.

Gráfico 10 - Número de Trabalhadores da Sonangol


Gráfico 11 - Força de Trabalho Efectiva por Segmento
3 000 de Negócio
2 636

2 500

2032
2 000 1 834 1 843

1 1
1 648 Corporativo
1 422
1 500 1 345 1 245 Financeiro;
19%
1 000

489 493
500

Corporativo e Exploração e Refinação e Logística e Negócios Não


Financeiro Produção Transporte Distribuição Nucleares

• 2018 • 2019
Refinação e
--ansporte
Logistica e
7%
Distribuição:
22%

A Clínica Girassol foi a empresa com maior representação, com 20% da força de trabalho activa,
seguida da Sonangol E.P. com 19%. Por segmento de negócio, a maior parcela da força do trabalho
esteve concentrada no segmento Não-Nuclear com 35%, seguido dos segmentos Logí stica e
Distribuição (22%), Corporativo e Financeiro (19%), Exploração e Produção (17%) e Refinação e
Transporte (7%).

A força de trabalho da Sonangol é constituí da por 64% de colaboradores do sexo masculino e 36%
do sexo feminino.

Gráfico 12 - Efectivo por Banda Funcional

Em termos de distribuição da força de


trabalho por banda funcional, 45,4%
écnico
étnico pertencem a categoria Técnica, 35,2% a
Apoio Oper. speciatista
e Admin. 9.3% categoria de Apoio Operacional e
352%
Administrativa, 10,1% a categoria de
Gestores e 9,3% a categoria de Especialistas.

42,
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

4.5.2 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS CORPORATIVOS


4.5.2.1 QSSA

Para assegurar a identificação de riscos operacionais e legais, bem como garantir a


implementação de medidas para a respectiva mitigação, foram levadas a cabo um conjunto de
iniciativas com impacto transversal a nível de todo o grupo Sonangol e seus funcionários:

• Qualidade:

o Foram realizadas formações de interpretação da ISO 9001:2015, dirigida a


Directores, gestores intermédios, técnicos séniores e analistas de desempenho;

o Foi feita a medição do Í ndice da Qualidade da Sonangol E.P, que representa o grau
de cumprimento dos requisitos da Qualidade, por cada uma das Direcções;

o Foi também levada a cabo a padronização das actividades e no tratamento das


acções correctivas identificadas na auditoria de Setembro de 2018.

• Segurança:

Em geral, o ponto de situação dos indicadores de segurança nas operações, para o perí odo
em análise, encontra-se resumido na tabela abaixo:

Tabela 30 - Indicadores de desempenho de Segurança da Sonangol EP e Subsidiárias

Indicadores de Desempenho 2018 2019 Variacão


Fatalidades 1 1 0%
Acidentes com Afastamento )LTI) 38 28 -26%
Acidentes com Restrição de Trabalho 2 2 0%
Acidentes Registáveis 66 44 -33%
Acidentes com Primeiros Socorros 63 37 -41%
Taxa de Acidentes com Afastamento [por 1.000.000 horas) 1,58 1,25 -21%
Taxa de Acidentes Registáveis 2,88 1,90 -34%

O quadro acima apresenta as seguintes situações:


o O registo de 1 (uma) fatalidade (nas operações) durante o perí odo em análise;
o O registo de 37 acidentes com primeiros socorros, dos quais 35 com tratamento
médico e 2 com restrição de trabalho.
o A diminuição no número de acidentes com afastamento registado devido a melhoria
do processo de comunicação e reporte, o que será reforçado com melhor
classificação dos acidentes por parte dos profissionais das instalações.

• Ambiente

Durante o ano de 2019, registou-se a ocorrência de 24 acidentes ambientais nas instalações


da Sonangol E.P e suas Subsidiárias, envolvendo prestadores de serviço e colaboradores,
conforme tabela abaixo:

44
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Tabela 31 - Indicadores de desempenho Ambiental da Sonangol EP e Subsidiárias

Indicadores de Desempenho 2018 2019 Variação


N° de Derrames 65 24 -63%
Volume Derramado (litros) 8 465 23 145 173%
Volume Combustível Utilizado em Geradores (litros) 8 568 895 3 938 151 -54%

O quadro acima apresenta as seguintes situações:

o a diminuição no número de derrames no transporte de derivados, apesar de se ter


verificado um aumento substancial nos volumes derramados em mais de 100%,
comparativamente ao mesmo perí odo do ano anterior;

o a diminuição no volume de produtos derivados derramados, ocorridos no


abastecimento de geradores nas operações da Sonangol E.P. e suas Subsidiárias,
em cerca de 54%, comparativamente ao perí odo homólogo.

45
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

05
Compromisso com
a Sociedade

46
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

5 COMPROMISSO COMA SOCIEDADE


5.1 TRANSFORMAR RECURSOS EM BEM-ESTAR SOCIAL

A Sonangol assume com elevado ní vel de comprometimento, a responsabilidade no


desenvolvimento dos seus colaboradores e da sociedade em geral, por meio de diversos
programas de acção social, no âmbito da Responsabilidade Social Corporativa e desenvolve
actividades que visam melhorar a sua relação com as diversas partes-interessadas, no quadro da
gestão diferenciada e de qualidade dos investimentos sociais. Durante o perí odo em análise, foram
realizadas as seguintes actividades:

• No âmbito do programa Natal Sem Fome, foi disponibilizada uma tonelada de produtos não
pereci veis e brinquedos, para mais de 200 crianças e jovens apoiadas por um lar na cidade
de Luanda;

• Foram disponibilizados agasalhos diversos, no âmbito da campanha Cacimbo Solidário,


tendo beneficiado 316 crianças de dois outros centros de apoio social da capital do pai s;

• Para apoio às ví timas da seca no sul do paí s, a empresa associou-se ao Governo da


Provi ncia de Luanda, com uma participação de 10.000.000 Akz;

• Foram ainda entregues ao Ministério da Educação 30.000 livros com conteúdos diversos e
mais 10.000 livros sobre a história de Angola em banda desenhada, ao Governo da
Provi ncia de Luanda, para entrega às escolas do ensino básico em todo o paí s;

• A Sonangol investiu também cerca de três milhões de dólares norte americanos, para a
restauração e fornecimento de equipamento ao Hospital Provincial de Cabinda,
reinaugurado a 26 de Fevereiro.

47
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

06
Programa de
Reestruturação

ge O

48
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

6 PROGRAMA DE REESTRUTRACÃO

Em 2018, o Conselho de Administração da Sonangol E.P. iniciou a Implementação do Programa de


Reestruturação do Grupo Sonangol (Sonangol Regeneração), aprovado pelo Accionista Único,
através do Despacho Presidencial n.° 146/18 de 25 de Outubro.

O programa visa reestruturar o Grupo Sonangol e maximizar o potencial dos seus activos com
maior foco na cadeia primária da indústria petrolí fera tendo por base a necessidade de tornar-se
mais competitiva, em particular nas actividades de prospecção, pesquisa e produção de petróleo
bruto e gás natural, refinação, liquefação de gás natural, transporte, armazenagem, distribuição e
comercialização de produtos derivados, criando oportunidades de melhoria internas e
potencializando os seus níveis de rentabilidade.

A 15 de Novembro de 2018, foram lançadas as bases para a reestruturação Organizacional da


Sonangol, com a duração estimada de 30 meses.

Durante o ano de 2019 concluiu-se a Fase I do Programa e deu-se iní cio da Fase II (fase final), que
se estende até ao final do ano 2020. A Reestruturação inclui, de entre outros, um programa de
gestão da mudança, digitalização e sistemas de informação e transferência de conhecimento
através da Academia Sonangol e, igualmente análise e avaliação de toda a cadeia do negócio de
exploração e produção de petróleo durante as fases I e II, com vista a atingir os objectivos
estratégicos para o quinquénio de 2018 a 2022, a saber:

a) Optimizar o desenvolvimento organizacional, do capital humano e tecnológico para


incremento da produtividade da empresa e melhoria do desempenho do sector petrolí fero
em Angola;

b) Impulsionar e intensificar a sua actividade que permita a substituição de reservas e


aumento da produção de hidrocarbonetos, a médio/longo prazo;
c) Promover a Prospecção, Pesquisa, Desenvolvimento e Produção de Gás Natural;
d) Promover a quota de produção interna do Petróleo Bruto, reforçando o papel da Sonangol
Pesquisa e Produção, tornando—a mais eficiente;
e) Consolidar a integração dos negócios de refinação, transporte, armazenagem e
comercialização de produtos refinados, com foco na promoção da eficiência e na
liberalização do mercado de combustíveis.

A estrutura aprovada mantém a gestão com base no Conselho de Administração, sendo que as
Direcções Corporativas deverão assegurar o suporte estratégico para a tomada de decisões. Neste
sentido, a estrutura organizacional será composta pelos seguintes blocos de actuação:

• Conselho de Administração que responde perante o accionista único e toma decisões


estratégicas, sendo suportado por um gabinete de apoio ao Presidente do Conselho de
Administração para temas de secretariado, gestão de agenda e assessoria de imprensa;
• Comités em número reduzido, focado naqueles que assumem responsabilidades
estratégicas e que asseguram a protecção dos interesses do poder executivo;

49
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

• Estruturas corporativas com visão de portfólio, orientadas à definição de poli ticas e à


supervisão, apensos a quatro principais temas — estratégia, finanças, risco e controlo e
imagem;
• Unidades de Negócio, focadas nos negócios nucleares por fase da cadeia de valor, através
da especificação de competências das quatro fases da cadeia de valor nuclear ("negócio
core") da Sonangol: Exploração e Produção, Refinação e Petroquí mica, Gás e Energias
Renováveis, Distribuição e Comercialização e a Trading & Shipping, e a transição de todos
os negócios não nucleares para uma Unidade apenas;
• Central de serviços partilhados que suporta a organização em processos transversais
(suporte e corporativos), tipicamente transacionais, libertando os negócios da carga
administrativa e focado na obtenção de ganhos de eficiência.

O Conselho de Administração, de acordo com o planeamento da implementação do Programa de


Reestruturação durante o ano de 2019 deu iní cio à Fase II (fase final), e prevê-se até ao final do
ano 2020, a conclusão do processo de transformação, que se traduz na materialização de todas as
iniciativas e processos definidos na Fase I e que tiveram o seu iní cio no segundo semestre do ano
2019, com destaque para:

a. Reajustamento Corporativo: sustentado pelo apoio à criação, reforço e operacionalização


da Agência Nacional de Petróleo e Gás, tendo sido transferidos activos, processos e
pessoas, e por outro lado, pela preparação dos processos e optimização dos negócios para
a abertura do capital, materialização do Programa de Privatizações e implementação do
reposicionamento estratégico das empresas Não Core;

b. Sustentabilidade Organizacional: relacionada às acções de preservação do meio


ambiente, crescimento e desenvolvimento dos seus colaboradores e parceiros e de
melhoria na gestão dos processos e riscos, acompanhados pela implementação em curso
nomeadamente i] Novo processo de compras; ii) Programa de desenvolvimento da cadeia
de Valor e, iii) Plano Estratégico de Comunicação, para o engajamento das linhas de
liderança e operacionais;

c. Empresas Não Nucleares: refere-se ao processo de reposicionamento estratégico e


competitivo de cada empresa grupo de empresas do segmento Não Nuclear, tendo em
conta a perspectiva da sua privatização futura ou integração nos serviços exclusivos às
empresas da cadeia primária de valor, nomeadamente i) Planos Estratégico e de Negócios
da Sonair, com foco no segmento da Asa Rotativa; ii) implementação da nova estratégia e
respectiva estrutura Orgânica da MSTelcom, tendo sido lançados novos serviços — Cyber
Security, Cloud Computing e Virtual Data Room; iii) Definição do reposicionamento
estratégico da Clí nica Girassol, com foco na humanização dos serviços e sua rentabilidade.

50
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

07
Perspectivas

51
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

7 PERSPECTIVAS

Para o alcance da visão corporativa de se tornar uma "Empresa de referência do sector petrolí fero
no Continente Africano, comprometida com a sustentabilidade", prevê-se alcançar as seguintes
metas prioritárias até 2027:
a. Taxa de Acidentes com Afastamento inferior a 0,5;
b. Quota-parte da produção como operador de 10% do volume total de Angola;
c. Despesas de Operação (OPEX) inferior a $15/barril;
d. Capacidade Nominal de Refinação em Angola de 425 Kbbl/d;
e. Presença no Mercado Regional de Distribuição;
f. Capacidade de Armazenagem em terra superior a 900.000 m3;
g. Energia produzida a partir de fontes renováveis superior a 50 MW;
h. Dispersão de até 30% do capital em bolsa.

As metas acima serão atingidas considerando a implementação dos objectivos prioritários, por
Unidades de Negócio:

• Exploração e Produção: i) Incrementar a actividade de exploração de hidrocarbonetos; ii)


Cumprimento do plano operacional e de investimentos para incremento da produção
operada.

• Refinação e Petroquí mica: Dar continuidade a implementação dos projectos de refinação,


para assegurar a autonomia interna na produção de refinados.

• Gás e Energia Renováveis: i) Implementar os projectos para assegurar o fornecimento de


matéria-prima ao ALNG; ii) Desenvolver projectos de gás e energias renováveis, para a
gradual substituição do gasóleo na produção de energia.

• Trading & Shipping: i) Dinamizar e rentabilizar o negócio de Trading & Shipping de formas
a absorver oportunidades de negócio e maior diversidade de clientes (25,5% de margem de
EBITDA); ii) Transporte de pelo menos 50% da produção total do petróleo bruto
comercializado pela Sonangol, iii) Transportar a totalidade de produtos refinados
importados ou exportados de e para o mercado Angolano; iv) Assegurar o
aprovisionamento de pelo menos 425 Kbpd de petróleo bruto para processamento das
refinarias locais; v) Maximizar a rentabilidade, com a comercialização no mercado
internacional, de pelo menos 10% do petróleo bruto produzido no paí s; vi) Optimizar a frota
de navios Suezmax, mantendo pelo menos 12 navios e 75% da frota de cabotagem; vii)
Expandir a comercialização de produtos refinados e gás para pelo menos 4 paí ses da
Região da SADC; Alcançar pelo menos 15% de quota do mercado de Shipping da região
Oeste de África.

• Distribuição e Comercialização: i) Optimizar a utilização da capacidade de armazenagem,


com execução dos investimentos previstos no plano de armazenagem; ii) Optimizar o
modelo operacional do negócio de distribuição.

52
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

• Negócios Não Nucleares: Dar continuidade aos processos de alienação de activos e


interesses participativos não nucleares

• Corporativo e Financeiro: i) Captar fundos no mercado nacional e internacional para


financiar o Programa de investimentos; ii) Optimizar e potencializar o capital humano da
empresa; iii] Adequar os processos financeiros e sistemas de controlo às melhores práticas
internacionais.

5,
53
rt. RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

09
Demonstrações
Financeiras
Consolidadas
2019

54
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

10
Notas às Demonstrações
Financeiras

57
Sonangol. Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS


CONSOLIDADAS 2019

to
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

11ACRÓNIMOS

N/O Acrónimo Significado


1 CON Congo Onshore
2 ALNG Fábrica de Gás Natural Liquifeito, localizada no Soyo
3 Bbl Barris (159 litros)
4 Bbls Barris de Petróleo Bruto
5 BOE Barril de Petróleo Equivalente
6 BOPD Barris de Petróleo por Dia
7 BCSF Bilion Standard Cubic Feet
8 EPC Engineering, Procurement, Construction
9 EPCI Engineering Procurement Construction and Installation
10 EPSCC Engineering, Procurement, Supply, Construction and Commissioning
11 ESSA Empresa de Serviços de Sondagem de Angola
12 FEED Front End Engineering Design
13 FPSO Floating Production, Storage and Offloading
14 FS Associação Fina Sonangol
15 FST Associação Fina Sonangol Texaco
16 Km2 Kilometros Quadrados
17 Km Kilometros
18 KON Kwanza Onshore
19 KWIP Kungulo Water Injection Platform
20 LNG Gás Natural Liquifeito
21 LPG Gás de Petróleo Liquifeito
22 M3 Metros Cúbicos
23 MAT Ministério da Administração do Território
24 MBbI Milhares de Barris
25 Mbits/seg Milhões de Bits por Segundo
26 MINPET Ministério dos Petróleos de Angola
27 ANPG Agencia Nacional de Petróleo e Gás
28 MSCF Thousand Standard Cubic Feet
29 MUSD Milhares de Dólares Norte Americanos
30 OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico
31 PSVM Plutão, Saturno, Vénus e Marte
32 SIS Sistema de Transmissão Inteligente de Segurança
33 TM Toneladas Metricas
34 U.M. Unidade de Medida
35 USD Dolar Norte Americano
36 USD/Bbl Dólares Norte Americanos por Barril
37 WHP Wellhead Platform
38 ICSS Integrated Control and Safety Systems
39 GASÓLEO (MGO) Marine Gasoil

172
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

12 LEGENDAS

GRÁFICOS:

Gráfico 1 - Execução dos Investimentos por Segmento de Negócio 17


Gráfico 2 - Produção de Petróleo Bruto (Bbls) 23
Gráfico 3- Produção de Gás 25
Gráfico 4 - Perfil de Produção de Produtos Refinados 27
Gráfico 5 - Transporte de Produtos Refinados e Gás 28
Gráfico 6 - Comercialização de produtos refinados por Segmento de Negócios 31
Gráfico 7 - Exportação de Petróleo Bruto por rama 34
Gráfico 8 - Evolução do Preço do Brent e Ramas Angolanas USD/barril 35
Gráfico 9 - Perfil de Exportação de Produtos Refinados 36
Gráfico 10 - Número de Trabalhadores da Sonangol 42
Gráfico 11 - Força de Trabalho Efectiva por Segmento de Negócio 42
Gráfico 12 - Efectivo por Banda Funcional 42

TABELAS:
Tabela 1 - Mercado Petrolí fero - Procura e Oferta 10
Tabela 2 - Produção Petrolí fera por Blocos 12
Tabela 3 - Programa de investimentos da Sonangol E.P de 2019 16
Tabela 4 - Sí smica 4D Processada 21
Tabela 5 - Poços de Exploração 21
Tabela 6 - Poços de Avaliação 21
Tabela 7 - Poços de Desenvolvimento 22
Tabela 8 - Produção Nacional de Petróleo Bruto 22
Tabela 9- Custo Médio de Produção 23
Tabela 10 - Produção Internacional de Petróleo Bruto 24
Tabela 11 - Produção de LPG 25
Tabela 12 - Produção de LNG 25
Tabela 13 - Taxa Média de Utilização da Capacidade Instalada 26
Tabela 14 - Volume de Petróleo Bruto Processado 26
Tabela 15 - Produção de Refinados 26
Tabela 16 - Volume de Petróleo Bruto Transportado 27
Tabela 17 - Volume de Produtos Derivados Transportado Por Segmentos 28
Tabela 18 - Aquisição de Produtos Refinados por Origem 29
Tabela 19 - Aprovisionamento de Produtos Refinados 29
Tabela 20 - Capacidade de Armazenagem 30
Tabela 21 - Quantidades de Produtos Refinados Comercializadas pela Sonangol 30
Tabela 22 - Exportação de Petróleo Bruto Por Rama 33
Tabela 23 - Exportação de Petróleo Bruto Por Destino 35
Tabela 24 - Quantidade de Produtos Exportados 36
Tabela 25 - Mapa de Indicadores Operacionais da Sonair 37
Tabela 26 - Mapa de Indicadores MSTELCOM 38
Tabela 27 - Mapa de Indicadores Operacionais da Clí nica Girassol 38
Tabela 28 - Stock Imobiliário Comercializado 39
Tabela 29 - Principais Indicadores de Ensino e Formação 40

173
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADAS 2019

Tabela 30 - Indicadores de desempenho de Segurança da Sonangol EP e Subsidiárias 44


Tabela 31 - Indicadores de desempenho Ambiental da Sonangol EP e Subsidiárias 45

FIGURAS
Figura 1 - Matriz Empresarial da Sonangol, E.P. 6
Figura 2 - Comercialização de Produtos Refinados por Regiões 32
Figura 3 - Destino do Petróleo Bruto 34

174
imã SonangoL Sociedade Nacional de Combustíveis de iam

Rua Rainha Ginga n. 29-31 Caixa Postal 1316


Luanda - República de Angola
Telf.: (0024421 226642010Fax: (002442) 3325781396496
E-mail: secretariageralffisonangol.co.ao

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Adi

filá‘t

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