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DEFINIÇÃO DE NECTON
Formam parte do necton os animais pelágicos nadadores ativos que podem determinar sua
posição no oceano através da natação. Inclui adultos de cefalópodes e peixes, repteis e
mamíferos e, embora não seja necton, “sensu stricto” podemos adicionar a estes grupos as aves
marinhas, especialmente aquelas que tem adaptações para permanecer longos períodos em alto
mar.
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Necton MH
A natureza do movimento dos organismos aquáticos depende das características físicas da água.
Dois tipos de forças atuam sobre as moléculas dos líquidos:
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Necton MH
A resistência ao movimento de um organismo (drag) na água depende do número de Reynolds.
Para valores baixos predomina a fricção da pele com a água determinada pela viscosidade.
Para número de Reynolds altos, embora a resistência por fricção não desapareça, a resistência a
pressão ou forças inerciais, se torna mais importante. Como conseqüência as adaptações para
gerar menor turbulência aumentam a hidrodinâmica tornando os deslocamentos mais velozes ou
econômicos.
De um modo geral para R> 1000 predominam as forças inerciais a para R< 1000 as forças
viscosas
Outras propriedades da água:
densidade elevada: 1 g/cm3 à pressão aumenta >> com a profundidade
Alto calor especifico à pode absorver e ceder grandes quantidades de calor
Temperatura
Dois aspectos são importantes: o controle e a
tolerância
Em relação ao controle da temperatura, os
organismos nectônicos podem ser pecilotérmicos ou
apresentar diversos graus de homeotermia.
Em relação à tolerância, podem ser estentérmicos
tolerando baixas amplitudes de temperaturas
euritermicos.
Organismos nectônicos que habitam em ambientes
muito estáveis, tendem a ser pecilotérmicos e
estenotermicos. Exemplos: peixes e cefalópodes de
águas profundas.
Organismos que permanecem fora da água parte do
tempo realizam migrações verticais na coluna de
água tendem a ser homeotérmicos estentérmicos
com aves e mamíferos marinhos ou pecilotérmicos
euritérmicos como as lulas e lagartos que podem
alterar as taxas de metabolismo. Existem também
adaptações intermediarias como a dos atuns.
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Necton MH
Osmoregulação
Todos os organismos nectônicos marinhos estão adaptados a tolerar elevadas salinidades e a
ingerir água salgada. Alguns como os peixes diádromos que passam parte de seu ciclo de vida
em água doce e parte em água salgada são eurihialinos. Outros restritos a águas marinhas são
estenohialinos. Répteis e aves tem glândulas para secretar sais.
Obtenção de oxigênio
Répteis, aves e mamíferos marinhos respiram ar através de pulmões. Peixes marinhos e
cefalópodes extraem o oxigênio da água e respiram por brânquias e alguns tem também
respiração cutânea.
O ar tem mais de 20% de oxigênio em volume e os gases, devido a sua baixa viscosidade e
densidade se movimentam facilmente
A água de mar contem com máximo 6% e em geral menos de 4% de oxigênio dissolvido e os
esforço de ventilação e grande devido a sua viscosidade e densidade.
De um modo geral a capacidade de manter constante o meio interno num ambiente variável tem
um custo energético alto e consumo de oxigênio. Todos os organismos homeotérmicos (aves e
mamíferos) respiram ar.
Alguns organismos poicilotérmicos de vida ativa como atuns e lulas extraem o oxigênio da água
mas apresentam adaptações o estratégias de vida para minimizar o consumo de energia da
respiração.
Outros evoluíram no sentido de manter baixo o consumo de energia e consequentemente baixo o
consumo de oxigênio e ingestão de alimento, entre eles as tartarugas, que respiram ar e cações
ou peixes bentônicas de espreita ou polvos e cefalópodes gelatinosos etc que respiram águas.
Em cada caso vai ter adaptações da anatomia e fisiologia respiratória e circulatória consistentes
com a estratégia de vida adotada. Vai depender do meio onde respirarem (ar ou água) e da
anatomia e fisiologia respiratória e circulatória.
ESTRATÉGIAS DE VIDA
A seleção natural favorece os indivíduos que realizam a maior contribuição as gerações futuras.
O organismo ideal, seja ele um peixe ou um mamífero, tem que atingir um tamanho grande,
madurar sexualmente cedo, gerar um prole abundante ao longo de uma vida longa.
No mundo real, os recursos disponíveis são limitados e os organismos que alocam recursos para
aumentar sua competitividade em algum aspecto de sua estratégia de vida.
Crescimento rápido ou lento, alta ou baixa fecundidade, ciclo de vida longo ou curto,
territorialidade ou comportamento migratório, iteropariedade (vários ciclos reprodutivos
sazonais) e semelparidade (ciclo de vida com um único período reprodutivo) são exemplos de
estratégias contrastantes.
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Necton MH
A classificação dos organismos em r e k estrategistas oferece um modelo conceptual útil neste
sentido já que permite comparar espécies e deriva dos dois tipos básicos de crescimento
populacional: exponencial e logístico
Baleia Bacalhau Lula
T T T
1 1 1
F C F C F C
0 0 0
M L M L M L
modelo exponencial
dN
= r.N
dt
Bt = Bt0 .e r ( t −to )
modelo logístico:
dN N
= rk (1 − )
dt k
B∞
Bt =
1 + e − r ( t − tm )