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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO MARANHÃO

JÉSSICA FERREIRA DA SILVA

 RESUMOS

SÃO LUIS – MA

2018
Comunidade de Macrófitas Marinhas

As macrófitas aquáticas são plantas que apresentam grande capacidade de


adaptação e amplitude ecológica, habitando ambientes variados de águas
doce, salobra e salgadas, ambientes de água estacionária e corrente. Em sua
maioria, são capazes de suportar longos períodos de seca. Estas plantas são
essenciais ao perfeito equilíbrio do ambiente aquático, sustentando um elevado
número de organismos, diminuindo a turbulência das águas e,
consequentemente, sedimentando os materiais em suspensão, principalmente
naqueles pontos onde a mata ciliar foi suprimida. São também utilizadas como
substrato para a desova e refúgio de vários organismos aquáticos, como peixes
e insetos.

Com a interferência humana no represamento dos corpos d´água e seu


enriquecimento pela erosão do solo agricultável, além do aporte de esgotos de
origem doméstica e industrial, tem ocorrido a eutrofização dos recursos
hídricos. Devido a isso, há o desequilíbrio do ambiente aquático, causando a
depleção da quantidade e qualidade da água dos mananciais e o
comprometimento da fauna e flora associadas a eles.Um dos sintomas deste
processo é a elevada proliferação das macrófitas aquáticas, que podem
impedir os múltiplos usos dos recursos hídricos como, por exemplo, geração de
energia elétrica, irrigação, navegação por hidrovias, pesca e recreação.

A elodea (Egeria densa) e o candelabro-aquático (Ceratophyllum


demersum) são duas espécies que têm causado grande prejuízo em
reservatórios de usinas hidrelétricas. A primeira é uma planta daninha
medianamente freqüente que infesta mananciais de água parada como lagos,
lagoas e pequenas represas, e de pequena movimentação, como os canais de
drenagem. Elas se desenvolvem abundantemente em ambientes eutrofizados,
sendo que o candelabro-aquático é, ainda, tolerante a flutuações do nível de
água, podendo atingir vários metros de profundidade.O capim-angola
(Brachiaria mutica) é muito abundante em baixadas úmidas e de brejos,
infestando canais de drenagem, beira de estradas e culturas perenes; é
hospedeiro alternativo do agente causador da bruzone do arroz. Já o Tanner-
grass (Brachiaria subquadripara), que também infesta lavouras cultivadas em
locais úmidos como arroz irrigado e beira de canais, se ingerido por longos
períodos, pode causar intoxicação severa no gado e levá-lo ao óbito em
poucas semanas.A planta daninha aquática que causa mais problemas no país
é o aguapé (Eichhornia crassipes), uma espécie muito vigorosa que dobra sua
área a cada 6-7 dias, quando em condições ótimas de crescimento, chegando
a produzir 480 toneladas de massa verde/ha/ano. Em segundo lugar aparece a
alface d’água (Pistia stratiotes), uma espécie que cobre totalmente o ambiente
aquático, desenvolvendo-se rapidamente nos ambientes poluídos e
provocando profundas alterações no ecossistema.
A cataia-gigante (Polygonum lapathifolium) e o capim-de-peixe (Echinochloa
polystachya) crescem nas margens e leitos semi-secos de rios, lagoas e lagos;
em ambientes turbulentos, desprendem-se do sedimento, formando ilhas
flutuantes gigantescas, que oferecem grande perigo à navegação.

Finalmente, o carrapatinho (Salvinia auriculata), uma espécie muito


freqüente em mananciais de água parada ou pouco movimentada e que, assim
como a alface d’água, cobre toda a sua superfície, bloqueando a passagem de
luz solar e interferindo no ambiente aquático; chega a produzir 650g de
biomassa seca/m2/ano.

Como o intuito de diminuir sua abundância, as grandes biomassas de


macrófitas aquáticas têm sido combatidas utilizando o controle mecânico,
químico e biológico, pois ainda não há legislação específica para seu manejo
em sistema aberto. No controle mecânico as plantas precisam ser coletadas,
transportadas e depositadas em local adequado, o que torna o processo
oneroso e com eficácia de curto prazo, pois em pouco tempo os reservatórios
são novamente colonizados. A retirada manual é eficiente apenas em
ambientes menores e mais rasos.O controle químico das macrófitas aquáticas
tem sido feito basicamente com o uso de herbicidas. É um método bastante
empregado em todo o mundo, porém, no Brasil, o único herbicida registrado no
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para controle de macrófitas
aquáticas das espécies Egeria densa e Egeria najas, em reservatórios de
hidrelétricas, é o fluridone. Outros ingredientes ativos têm sido testados
experimentalmente em sistemas fechados, porém seu uso não é permitido no
país.

A eficiência do controle químico varia entre aplicações e dependerá de


fatores da qualidade da água como turbidez, pH, condutividade elétrica e
temperatura. Nos corpos d´água de maior profundidade, como lagoas e
represas, melhores resultados são obtidos com aplicações setorizadas em
baixas doses, o que permite um controle das plantas daninhas mais eficiente e
com menor risco para espécies não-alvo e a fauna associada.Segundo os
defensores deste método, o controle químico promove resultado rápido, com
baixo investimento econômico e especificidade. Entretanto, já se observou que
o glyphosate, uma das moléculas mais empregadas no mundo todo e um
herbicida pós-emergente de amplo espectro e baixa persistência no ambiente
(cerca de 47 dias), pode promover mutações genéticas em tilápias (Tilapia
rendalli) e mudanças comportamentais em peixes como o mato-grosso
(Hyphessobrycon eques) e o paulistinha (Danio rerio).

Do ponto de vista ambiental, o controle biológico é o mais recomendável,


pois possibilita a incorporação da biomassa de macrófitas aquáticas por
animais herbívoros, como peixes e mamíferos, que podem ser aproveitados
pelo homem. No Brasil, bons resultados foram obtidos com peixes como a
carpa-capim (Ctenopharyngodon idella), a tilápia (Tilapia rendalli) e o pacu
(Piaractus mesopotamicus)
Eutrofização Artificial

Eutrofização é o aumento da concentração de nutrientes, especialmente


fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos, que tem como consequência
o aumento de produtividade primária, principalmente algas e fitoplâncton.
Apesar de geralmente estar associado à ação humana, também pode
acontecer de forma natural, o chamado “envelhecimento natural do lago”, que é
um processo lento e contínuo e os nutrientes são trazidos pelas chuvas que
lavam a superfície terrestre.

O despejo de esgoto doméstico (principalmente produtos de limpeza e


excrementos humanos), dejetos industriais (principalmente das indústrias de
processamento de alimentos) e fertilizantes químicos causam a eutrofização
artificial, que tem a mesma consequência da eutrofização natural, porém em
uma escala bem mais rápida e mais nociva. O aumento da produtividade
primária aumenta a turbidez da água impossibilitando a entrada de luz solar,
impedindo que algas, plantas e fitoplâncton localizados nas camadas mais
profundas realizem fotossíntese. Com isso, tem-se a morte das plantas e toda
a cadeia alimentar subsequente, causando aumento de matéria orgânica em
decomposição que consome o oxigênio presente na água afetando várias
espécies de peixes e mamíferos. Na ausência de oxigênio a decomposição da
matéria orgânica produz gases tóxicos.

A eutrofização artificial é um processo que pode tornar um rio ou um lago


inaproveitável para o abastecimento, geração de energia e como área de lazer.
Dependendo da intensidade dos danos causados pela eutrofização, a
restauração ecológica é praticamente impossível e somente com muito dinheiro
e energia esse ecossistema pode voltar a ser um ambiente equilibrado e útil
para o homem e para a própria natureza.
Comunidade Comunidade Nectônica Marinha

O nécton marinho é composto por uma grande variedade de animais


vertebrados e invertebrados providos de órgãos de locomoção bastante uteis
que permitem que eles possam se locomover no meio aquoso. A maior parte
do nécton é composta pelos peixes, porém também fazem parte desse grupo
os grandes crustáceos, cefalópodes, répteis e mamíferos marinhos que
possuem uma grande importância em determinadas regiões.

Foram citados alguns organismos da comunidade nectônica como os


crustáceos com nome cientifico Euphausia superpa mais conhecido como “Krill”
, trata-se de um crustáceo cujo comprimento varia de 7 a 8 cm de
comprimento. O krill vive em mar aberto e constitui um elemento importante
na cadeia alimentar. Devido à sua abundância, o krill é o alimento principal da
baleia, que pode consumir até duas toneladas de uma só vez.

E também os Cefalópodes como as Lulas, todos os animais dessa classe


são predadores marinhos. Diferentemente dos animais das outras classes que
se locomovem pelos pés musculares, os cefalópodes se movem expelindo
água por um funil ou pelo sifão.

Foram também citados os répteis marinhos como as tartarugas, serpentes e


uma espécie de lagarto, e alguns crocodilos, onde foram citados os seus
hábitos, ambientes em que vivem e alguns fatores que estão os levando á
extinção, no caso das tartarugas foram citados os seus tipos, nas quais são as
tartarugas verdes, tartaruga couro, tartaruga cabeçuda, tartaruga pente,
tartaruga oliva (sendo essas três últimas encontradas aqui no Brasil).

Dos mamíferos marinhos desse grupo existem 3 ordens, Cetacea, Pinnipedia e


Sirenia. Na ordem Cetacea forma destacadas as baleias de barbatana que sua
principal fonte de alimento são os “Krill” como citado inicialmente.

Algumas curiosidades sobre os cetáceos é que eles consomem uma maior


quantidade de presas que toda a frota pesqueira do mundo. A ordem
Pinnipedia inclui focas, leões marinhos e as morsas onde reúnem 32 espécies
encontradas em todos os oceanos do planeta. A ordem Sirenia é classificada
por 3 espécies marinhas de peixe-boi, e uma espécie de dugongo.

As aves marinhas também se encontram como sendo parcialmente um


organismo bentônico, pois ao buscar suas presas elas podem tanto nadar na
superfície como mergulhar no mar para captura-las que é o caso dos pelicanos
e biguás que mergulham em pleno voo. Maioria dessas aves sofrem grandes
danos causados principalmente pelo derramamento de petróleo causando uma
alta taxa de mortalidade das espécies, chegando até mesmo á sua extinção.

Nessa comunidade também fazem parte os peixes marinhos, como por


exemplo os da ordem Chondrichtyes , como os peixes cartilaginosos, os
tubarões, as raias... E os da ordem Osteichthyes que possui os Teleósteos que
são subdivididos em epipelágicos, mesopelágicos, e batipelágicos.

Como maioria das coisas, o homem se utiliza dos seres marinhos para
consumo, comercialização, etc... e assim surge a pesca que é uma atividade
milenar, onde as principais formas de pesca são a rede de arrasto que
capturam não somente os peixes, mas por acidente as vezes outros seres
marinhos e isso acaba prejudicando muito eles, pois quando são devolvidos ao
mar, maioria já vai sem vida.

Um fator que traz bastante preocupação atualmente é a pesca predatória, aqui


no Brasil ela é baseada na retirada dos recursos excessivos do meio ambiente,
desrespeitando inclusive, o tempo de reprodução natural das espécies.
Comunidade Bentônica Marinha

O domínio bentônico compreende a totalidade do substrato oceânico, e


pelágico que corresponde a massa d'água total situada acima do leito
submarino.

Esses organismos bentônicos podem viver na zona entremarés ou litoral, na


zona sublitoral e nas sucessivas batibentonicas e hadobentonicas, cada vez
mais profundos. O domínio bentônico é subdividido em zona entremarés, zona
litoral (que divide-se em piso litoral, e piso cirralitoral), zona profunda(que pode
ser dividida em (piso abissal, piso bagual e piso hadal).

A comunidade bentônica é muito complexa e inclui uma grande diversidade de


organismos que podem ser classificados quanto ao seu tipo, e tamanho, como
por exemplo, as bactérias, os fungos, as plantas e os animais.

Dentre as classificações por tipo temos os Fitobentos que abrange os


organismos que pertencem ao reino vegetal, são autotróficos e que vivem no
substrato dos ecossistemas aquáticos. Muitos tipos de algas e as plantas
enraizadas.

Também podem se classificados por tamanho, como microbentos,


macrobentos e meiobentos. Há também a classificação por posição ocupada
no substrato. A infauna inclui todos os organismos que escavam ou se
encontram enterrados no sedimentos ou nas rochas. A epifauna inclui espécies
que vivem ou se deslocam sobre o substrato e são mais adaptadas a viver em
substratos não consolidados. Quanto a sua distribuição pode ser latidunal e
vertical. Esses organismos são encontrados em uma grande variedade de
habitats sobre ou dentro do substrato e sua diversidade é principalmente
controlada pela temperatura, pelas correntes e pela energia das ondas. Os
fundos não consolidados nascimento quais são encontrados é a água fina,
grossa e o lodo. Comunidade entremarés é o nome dado aos ambientes á zona
do substrato litoral que fica exposta ao ar apenas durante a maré baixa, ficando
submersa com subida da maré. A comunidade sublitoral vai da linha da maré
baixa até a extremidade da plataforma continental. A comunidade de mar
profundo é caracterizada por animais que se alimentam de depósitos de
sedimentos. Nós costões rochosos podemos encontrar as crianças, os
mexilhões, os ouriços do mar e os moluscos gastrópodes. Os costões rochosos
podem ser divididos em zonas meso-litorais, supra-litoral e infra-litoral.

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