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VOLUME SÍNTESE
TEXTOS
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................... i
LISTA DE QUADROS
Quadro 1.1 Características Fisiográficas das Bacias 01
Quadro 1.2 Participação dos municípios na composição das áreas das bacias 04
Quadro 1.3 População total nas bacias dos rios em análise 05
Quadro 1.4 Estimativa de população nas bacias até 2023 06
Quadro 2.1 Taxas Geométricas de Crescimento da População, entre 1980 e 1995 (%) 13
Quadro 2.2 População dos Municípios que compõem a Área de Estudo, em 2000 14
Quadro 2.3 População nas Bacias em 2000 15
Quadro 2.4 Estimativas das populações nos municípios para 2000 e para os
horizontes de planejamento (2008, 2013 e 2023) 15
Quadro 2.5 População nas Bacias para os Diferentes Horizontes de Planejamento
(2008, 2013 e 2023) 16
Quadro 2.6 Coeficientes de Demanda para Abastecimento Urbano 17
Quadro 2.7 Rebanho em cada município em 2000 18
Quadro 2.8 Rebanho em cada bacia em 2000 19
Quadro 2.9 Projeções dos Rebanhos nas Bacias, para os diferentes Horizontes (2008,
2013, e 2023) 20
Quadro 2.10 Áreas Irrigadas Atualmente e no Horizonte de Longo Prazo 20
Quadro 2.11 Áreas Irrigadas para os Horizontes de Planejamento (ha) 21
Quadro 3.1 Demanda de Água para Abastecimento Urbano 24
Quadro 3.2 Demanda de Água para Abastecimento Rural 24
Quadro 3.3 Demanda de Água para Dessedentação Animal 25
Quadro 3.4 Demanda de Água para Irrigação 25
Quadro 3.5 Demanda de Água para o Setor Sucroalcooleiro 26
Quadro 3.6 Demanda de Água para o setor outras indústrias 27
Quadro 3.7 Síntese das Demandas Totais - Cenário 2008 28
Quadro 3.8 Síntese das Demandas Totais - Cenário 2013 28
Quadro 3.9 Síntese das Demandas Totais - Cenário 2023 29
Quadro 3.10 Síntese das Demandas Totais, nos Diferentes Horizontes de
29
Planejamento (m³/s)
Quadro 4.1 Parâmetros Quantitativos de Águas Subterrâneas das Bacias
32
Hidrográficas
Quadro 5.1 Síntese do Balanço Global dos Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica
do Rio São Miguel 36
Quadro 5.2 Síntese do Balanço Global dos Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica
do Rio Jequiá 37
Quadro 5.3 Síntese do Balanço Global dos Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica
do Rio Niquim 38
Quadro 5.4 Síntese do Balanço Global dos Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica
39
das Lagoas
Quadro 5.5 Síntese do Balanço Global dos Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica
do Rio Poxim 40
Quadro 5.6 Pontos Característicos da Bacia Hidrográfica do Rio São Miguel 43
Quadro 5.7 Pontos Característicos da Bacia Hidrográfica do Rio Jequiá 44
Quadro 5.8 Pontos Característicos da Bacia Hidrográfica do Rio Niquim 44
Quadro 5.9 Pontos Característicos da Bacia Hidrográfica das Lagoas 45
Quadro 5.10 Pontos Característicos da Bacia Hidrográfica do Rio Poxim 45
PLANO DIRETOR DE RECURSOS HIDRICOS DAS BACIAS DOS RIOS SÃO
MIGUEL, JEQUIÁ, NIQUIM, DAS LAGOAS E POXIM
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 Localização da Área de Estudo no Estado 02
Figura 1.2 Municípios que compõem a área de Estudo 02
Figura 1.3 Variabilidade da média da precipitação regional anual ao longo do anos 10
Figura 1.4 Precipitação média anual nos postos. Período: 1963 – 1991 10
Figura 1.5 Variação média mensal das precipitações nos postos. Período: 1963 – 1991 11
PLANO DIRETOR DE RECURSOS HÍDRICOS DAS BACIAS DOS RIOS SÃO
MIGUEL, JEQUIÁ, NIQUIM, DAS LAGOAS E POXIM
O Plano Diretor de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica do São Miguel tem por
objetivo o aproveitamento integrado das águas superficiais e subterrâneas das bacias
formadoras dessa região, dentro de uma visão dinâmica de planejamento de longo prazo, de
forma a permitir uma gestão compartilhada dos múltiplos usos da água.
i
1 – CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE ESTUDOS
A área em estudo, cuja superfície total é de 2.358km2, está situada na região sul do
Estado de Alagoas, e engloba as bacias hidrográficas dos rios São Miguel, Jequiá, Niquim,
das Lagoas e Poxim, sendo todas elas afluentes do oceano atlântico. Essa área é
considerada, para fins de gestão de recursos hídricos, pela SEMARHN, como a Região
Hidrográfica de São Miguel. A área limita-se, ao norte, com as bacias hidrográficas dos
rios Paraíba e Sumaúma, a oeste e mais ao sul, com a bacia hidrográfica do rio Coruripe e,
na parte leste, com o oceano atlântico. Todas as águas das bacias hidrográficas do presente
estudo são de dominialidade estadual, pois nascem e deságuam em território alagoano. As
características fisiográficas das bacias estão no Quadro 1.1. A Figura 1.1 mostra a localização
das bacias em relação ao Estado de Alagoas e a Figura 1.2 mostra as bacias e os municípios.
Anadia; Barra de São Miguel; Belém; Boca da Mata; Campo Alegre; Coruripe;
Limoeiro de Anadia; Jequiá da Praia; Marechal Deodoro; Maribondo; Roteiro; São Miguel dos
Campos; Tanque D’Arca; Taquarana; Mar Vermelho; Atalaia; Junqueiro e Teotônio Vilela.
Esses últimos três municípios têm pequenas áreas na região de estudo. A participação da
área de cada município no mosaico da região hidrográfica é apresentada no Quadro 1.2.
Na bacia do rio São Miguel, o crescimento total foi de 4,3% no mesmo período, com
14,2% para a zona urbana e – 4,0% na zona rural. Os municípios que se apresentaram com
redução da população rural foram: Boca da Mata, Anadia, Maribondo, Tanque d’Arca e
Belém.
O balanço populacional nas bacias do Jequiá, Poxim e das Lagoas, sofreu alterações
devido à criação de um novo município, emancipado em 2002, denominado Jequiá da Praia,
com frações populacionais de São Miguel dos Campos e Coruripe. As estimativas
populacionais, com a inclusão de Jequiá da Praia, aparecem no quadro abaixo, com
estimativa populacional para cada bacia até o ano de 2023.
b) condições precárias dos serviços públicos de saúde, que somadas à baixa expectativa
de vida, levam o índice IDHM dos municípios estudados para valores abaixo da
média nacional;
Sobre a questão da quantidade pode-se admitir, pelo lado das justificativas que, por
ocasião do maior avanço dos desmatamentos, se desconheciam as leis nacionais
estabelecendo valores-teto de áreas a serem desmatadas. Mas já se dispunha de
regulamentação das áreas que deveriam ser protegidas com a vegetação nativa. Como não
houve o esperado respeito àquela legislação, para este caso, a justificativa para a anterior
fica anulada. Se, como resultado, é constatado um valor muito abaixo dos 20% para
conservação, conforme estabelecidos pela Reserva Legal como objetivo a uma
compatibilização de uso e de proteção dos recursos hídricos, a problemática não é de modo
nenhum diferente.
Em vista dessas observações, é imperioso que o Plano Diretor estabeleça, como uma
das suas principais diretrizes, o zoneamento de todas as áreas cujo potencial produtivo, de
reserva ou de conservação das águas, tenha como uma das suas metas a rigorosa
conservação da vegetação original no seu estado ótimo. Seja por meio da proteção das
ainda existentes, ou através da recuperação das demais. Tanto pela forma natural, quanto
pelo reflorestamento com espécies nativas. Reflorestamentos com essências exóticas para
atender a outras necessidades que não a proteção dos recursos hídricos, não deverão de
modo nenhum ser estendidos a essas áreas de maior potencial.
2000
Precipitação (mm)
1500
1000
500
0
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995
Ano
1800
1600
1400
Precipitação média anual (mm)
1200
1000
800
600
400
200
0
Anadia Coruripe Atalaia F. Varrela L. Anadia M. Vermelho S. M. Campos T. D'arca U. Coruripe
Postos
Figura 1.4 – Precipitação média anual nos postos. Período: 1963 – 1991.
200,00
Precipitação (mm)
150,00
100,00
50,00
0,00
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Quadro 2.1 - Taxas Geométricas de Crescimento da População, entre 1980 e 1995 (%)
BACIA POP. URBANA POP. RURAL OBSERVAÇÕES
Dos 3 municípios desta bacia, apenas
Marechal Deodoro apresentou queda na
RIO NIQUIM 17 % - 1,1 %
população rural no período, que foi de –
8,8%.
Municípios com redução da população
RIO S. MIGUEL 14,2 % - 4,0 % rural: Boca da Mata, Anadia, Maribondo,
Tanque d´Arca e Belém
RIO JEQUIÁ, O balanço populacional sofreu alterações devido à criação de um novo município, em
DAS LAGOAS e 2002, denominado Jequiá da Praia, com frações populacionais de São Miguel dos
RIO POXIM Campos e Coruripe.
A distribuição da população nas bacias para o ano 2000 está no Quadro 2.3. As taxas
de crescimento das populações nos municípios adotadas no relatório de diagnóstico e
estudos básicos, baseando-se em estudos do IBGE, estão no Quadro 2.4.
A partir das taxas de crescimento mostradas no Quadro 2.4, foi obtida a população
nas bacias, para os horizontes definidos pelos anos de 2008, 2013 e 2023. Isto se encontra
no Quadro 2.5, logo em seguida. Assim é possível estimar as demandas nestes cenários, nas
áreas urbana e rural das bacias.
Quadro 2. 4. Estimativas das populações nos municípios para 2000 e para os horizontes de planejamento (2008, 2013 e 2023)
estimativas da população para os horizontes de planejamento taxas de crescimento
MUNICÍPIOS
2000 2003 2008 2013 2023 2000-2003 2003-2008 2008-2013 2013-2023
ANADIA 17849 18315 19600 20500 22000 2,6% 7,0% 4,6% 7,3%
BARRA DE S MIGUEL 6379 6819 7300 7800 9000 6,9% 7,1% 6,8% 15,4%
BELÉM 5919 5900 5915 5908 5919 -0,3% 0,3% -0,1% 0,2%
BOCA DA MATA 24227 24855 26300 27400 30000 2,6% 5,8% 4,2% 9,5%
CAMPO ALEGRE 41028 42340 44600 48000 52000 3,2% 5,3% 7,6% 8,3%
CORURIPE 48846 44387 44000 42800 40000 -9,1% -0,9% -2,7% -6,5%
LIMOEIRO DE ANADIA 24259 25747 26100 26700 28000 6,1% 1,4% 2,3% 4,9%
JEQUIÁ DA PRAIA 0 12897 13100 13500 14500 - 1,6% 3,1% 7,4%
MARECHAL DEODORO 35820 39272 45000 49600 60000 9,6% 14,6% 10,2% 21,0%
MARIBONDO 15145 15200 15350 15500 17000 0,4% 1,0% 1,0% 9,7%
ROTEIRO 6985 6843 6730 6450 7000 -2,0% -1,7% -4,2% 8,5%
SÃO M DOS CAMPOS 51456 43133 44000 42300 40000 -16,2% 2,0% -3,9% -5,4%
TANQUE D'ARCA 6594 6249 5960 5420 4800 -5,2% -4,6% -9,1% -11,4%
TAQUARANA 17046 17119 17050 17080 17000 0,4% -0,4% 0,2% -0,5%
MAR VERMELHO 4078 4113 4200 4150 4000 0,9% 2,1% -1,2% -3,6%
* ATALAIA 40552 40552 40552 40552 40552 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
* JUNQUEIRO 23832 23832 23832 23832 23832 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
* TEOTÔNIO VILELA 36881 36881 36881 36881 36881 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Para a estimativa de demanda de água doméstica rural, que compreende uma população em
geral de baixa renda e não habituada à utilização de água encanada, foi estabelecida a dotação de
100l/hab.dia.
Os municípios com maiores rebanhos bovinos se encontram nos altos vales das duas maiores
bacias; do rio São Miguel e do rio Jequiá. Eles são Maribondo, Tanque D´arca, Taquarana, Belém e
Para as projeções dos horizontes futuros, manteve-se a taxa de 5,56% a cada 5 anos, taxa
esta utilizada no relatório de diagnóstico e estudos básicos. Com esta taxa constante, a distribuição
do rebanho por município e por bacia será a mesma que ocorre no cenário do ano 2000. Estas
projeções estão indicadas no quadro 2.9 para as bacias.
É importante frisar que neste momento, no que diz respeito às demandas de água para
irrigação, exclusivamente, foi considerado como prioritário o uso para fins de cultivo da cana-de-
açúcar, a atividade agrícola preponderante no Estado.
O processo industrial do setor sucro-alcooleiro como um todo, requer para o sistema fechado
valores que variam de 2 até 19m³ de água por tonelada de cana esmagada. O coeficiente de
demanda adotado para se estimar os requerimentos de água do setor, admitiu um coeficiente de
consumo de 20% e, portanto, um retorno de 80%. Deve-se salientar que a demanda para as usinas
e destilarias concentra-se no período de moagem, isto é, no período de setembro a março.
O crescimento das demandas de 2008 a 2013 fica em torno de 20% para as bacias,
com exceção da bacia do rio Poxim, onde o decrescimento é de 12%. Para os anos entre os
horizontes de médio e longo prazo, a evolução das demandas fica em torno de 30%. A bacia
do rio Poxim novamente apresenta um decréscimo, e este é da mesma ordem do acréscimo
das outras bacias, como de acordo com o que foi mostrado no capítulo de cenários de
planejamento.
Quadro 3.10 - Síntese das Demandas Totais, nos Diferentes Horizontes de Planejamento (m³/s)
TOTAL TOTAL
horizonte ab. humano ab. rural dessedentação irrigação ind. sucro-alc. outras ind.
set-fev mar-ago
2008 0,2608 0,100 0,027 15,467 2,356 0,033 18,244 0,421
2013 0,2698 0,100 0,028 17,821 1,767 0,035 20,022 0,434
2023 0,2785 0,100 0,032 22,529 0,589 0,039 23,567 0,449
A versão Windows® atual do MODHAC foi concebida para servir de interface gráfica
para a versão MODHAC 97 para DOS, de forma que os esclarecimentos quanto à concepção
O saldo S2 leva em conta uma vazão mínima que deverá permanecer no rio para
manutenção da vida aquática, que foi considerada igual a uma fração da disponibilidade
representada pela Q90 (10%, 20%, 30% ou 50%). Se positivo, além de atender as
demandas Consuntivas, há também meios para manter uma vazão mínima no rio,
contribuindo para a preservação do ecossistema. Se negativo, indica que não existem
recursos suficientes para garantir o suprimento da totalidade das demandas, incluindo a
vazão mínima para manter no rio.
Nos quadros a seguir estão apresentados os resultados dos balanços hídricos para
cada uma das bacias hidrográficas analisadas e para os diversos cenários, sempre
considerando como disponibilidade a vazão Q90 e, na ausência de informações mais precisas,
considerou-se como a vazão mínima para ser mantida no rio 10%, 20%, 30% ou 50% da
disponibilidade.
Na bacia do rio Jequiá, cuja vazão de referencia Q90 é da ordem de 1,63m³/s, assim
como ocorre na bacia do rio São Miguel, é suficiente para atender o total das demandas nos
meses de abril a agosto, para qualquer um dos cenários testados, mesmo considerando
qualquer um das frações da Q90 para permanecer no rio. Porém, já na situação atual,
quando considerado o período mais crítico, setembro a março, essa disponibilidade é
insuficiente para atender a demanda total. Quando considerado o potencial da bacia,
também adotando 80% da vazão média de longo período, resulta em 2,80m³/s, também
insuficiente para atender plenamente as demandas nos meses mais críticos.
Observou-se que, no caso específico do terço superior da bacia do rio São Miguel, em
uma região de características tipicamente do agreste, a vazão específica é bastante reduzida
e não atende às projeções de demandas necessárias que foram consideradas. Problemas
Jequiá
A subdivisão baseou-se nos mesmos critérios utilizados na Bacia do São Miguel e
resultou na identificação de 22 trechos nos rios Jequiá e seus afluentes. O Quadro 5.7
apresenta a descrição dos pontos característicos considerados na bacia do rio Jequiá.
Niquim
O rio Niquim e seus afluentes foram subdividos em 7 trechos. O Quadro 5.8
apresenta a descrição dos pontos característicos considerados nessa bacia.
Das Lagoas
Os riachos formadores da bacia hidrográfica das Lagoas foram subdivididos em 7
trechos. O Quadro 5.9 apresenta a descrição dos pontos característicos considerados nessa
bacia.
Poxim
Na bacia hidrográfica do rio Poxim foram utilizados 14 pontos característicos. O Quadro 5.10
apresenta a descrição dos pontos característicos considerados nessa bacia.
Quadro 5.10 – Pontos Característicos da Bacia Hidrográfica do Rio Poxim
PC IDENTIFICAÇÃO/LOCALIZAÇÃO
PX 1 Riacho sem nome
PX 2 Riacho sem nome, no encontro com a Lagoa
PX 3 Riacho sem nome, no encontro com a Lagoa
PX 4 Rio Poxim
PX 5 Riacho Guaxuma
PX 6 Riacho sem nome
PX 7 Riacho sem nome
PX 8 Rio Poxim, após confluência com o Riacho Guaxuma
PX 9 Rio Poxinzinho
PX 10 Riacho Limão
PX 11 Rio Poxinzinho
PX 12 Riacho Poxim
PX 13 Rio Poxim, após confluência com o Riacho Limão
PX 14 Rio Poxim
Nota: Ponto de Coleta – local utilizado para coleta de água durante as campanhas de
amostragens realizadas durante a primeira etapa do presente estudo.
Para cada uma das bacias que compõem a área de estudo foi realizado, utilizando o
PROPAGAR, o confronto das vazões geradas nos pontos característicos com as demandas
estimadas nas sub-bacias. As simulações foram realizadas para o período de janeiro de 1963
a novembro de 1983 e os resultados obtidos para cada bacia são apresentados a seguir.
São Miguel
Os resultados da simulação mostram não haver restrições de atendimento às
demandas quantitativas de água na bacia do rio São Miguel, a não ser para os pontos
característicos SM 4, SM 6 e SM 10, onde foram identificadas falhas nos suprimentos. Isto é
válido tanto para a situação atual quanto para os cenários futuros. Neste confronto
entendeu-se que as captações deverão ser realizadas na rede de drenagem principal e que
as sub-bacias deverão ser supridas no trecho fluvial mais próximo ou a jusante deste.
Sendo respeitada a ordem de prioridade admitida nas simulações, que prevê primeiro
o atendimento da demanda da Usina, conforme ilustra o Quadro 5.13, mesmo considerando
os cenários futuros, praticamente, não haveria problema de suprimento para a Usina. No
entanto, o mesmo não ocorre para a irrigação, que teria problemas de suprimento em mais
de 56% dos intervalos simulados.
Dos pontos característicos (SM 04, 06 e 10), que apresentaram algumas dificuldades
para atenderem suas respectivas demandas, a situação mais grave é do SM 10, sendo
necessário. Em situações como essa deve-se analisar alternativas para reduzir as demandas
e/ou aumentar as disponibilidades. No quadro acima a vazão média de longo período indica
o potencial de regularização que poderia ser obtido com a construção de um reservatório. No
caso do SM 10, mesmo a construção de um reservatório não seria suficiente para garantir o
Jequiá
Os resultados da simulação mostram já haver algumas restrições de atendimento às
demandas quantitativas de água na bacia do rio Jequiá nos pontos característicos JQ 9 e JQ
18, onde foram identificadas falhas nos suprimentos. Isto é válido tanto para a situação
atual quanto para os cenários futuros. Todos esses pontos que apresentaram falhas de
atendimentos estão associados a demanda para irrigação.
Das Lagoas
As simulações realizadas não consideram a regularização que, eventualmente, as
lagoas podem propiciar. Foram consideradas apenas as estimativas de vazões que devem
transitar no curso d’água, ficando portando, a favor da segurança. Dessa forma, foram
identificados problemas de suprimento nos Pontos Característicos LG 01, LG 02, LG 03 e LG
04, todos os pontos da bacia hidrográfica das Lagoas onde foi prevista retirada de água para
atender a irrigação. Entretanto, é provável que o suprimento a essas demandas seja
completados com os volumes armazenados nas Lagoas, o que não foi objeto de análise do
presente estudo.
Poxim
Assim como nas simulações realizadas para a bacia hidrográfica das Lagoas, também
para a bacia do rio Poxim não foi considerada a regularização que, eventualmente, as lagoas
podem propiciar.Em função dessa simplificação, sabe-se que os volumes disponíveis são
maiores do que os considerados nessas simulações.
5.2.3 Conclusões
O confronto das vazões geradas nos pontos característicos com as demandas
estimadas nas sub-bacias mostra haver algumas restrições de atendimento às demandas
quantitativas de água em alguns dos pontos testados. Basicamente, as situações mais
graves acontecem no período de setembro a março, quando ocorre a irrigação e a moagem
da cana-de-açúcar pelas usinas. Isto é válido tanto para a situação atual quanto para a
projetada.
Na bacia hidrográfica do rio Jequiá os pontos que mereceram mais atenção, pelas
falhas de suprimentos apontadas nas simulações, foram o JQ 09 e JQ 18. Em ambos estão
previstas demandas importantes de irrigação. No ponto JQ 09, localizado no riacho
Mandante, na prática, provavelmente a captação deve acontecer em diferentes seções desse
riacho e no riacho Caboatão, o que deve reduzir as falhas de suprimentos inicialmente
apontadas.
A qualidade da água do Rio São Miguel vai se deteriorando ao longo do seu curso,
com valores de IQA reduzidos em 43% entre sua porção superior e inferior, o que reflete a
influência da atividade antrópica na bacia sobre os cursos d’água. Os índices calculados
demonstram as modificações ocorridas nas características limnológicas do rio São Miguel
após o município de São Miguel dos Campos, contudo, não foi possível identificar (a partir
dos resultados obtidos para as estações amostradas) a influência das usinas de açúcar
Rio Jequiá
Os índices de qualidade de água (IQA) calculados para as estações localizadas no rio
Jequiá estiveram entre 25 e 72, o que representa, em termos qualitativos, uma variação
entre água considerada “BOA” e água considerada “IMPRÓPRIA P/CONSUMO COM
TRATAMENTO CONVENCIONAL”.
Rio Niquim
Os índices de qualidade de água (IQA) calculados para as estações localizadas no rio
Niquim estiveram entre 57 e 74, o que representa, em termos qualitativos, que a água foi
considerada “BOA”.
Das Lagoas
Os índices de qualidade de água (IQA) calculados para as estações localizadas na
Lagoa Jacarecica estiveram entre 51 e 75, o que representa, em termos qualitativos, uma
variação entre água considerada “ACEITÁVEL” e água considerada “BOA”. O resultado obtido
para o período em que foi constatada a anoxia da água na Lagoa (maré baixa em junho/02)
obteve o menor índice, o qual, para as condições verificadas in situ, não representou os
problemas ambientais existentes à época.
Para a Lagoa Doce, os índices de qualidade de água (IQA) calculados estiveram entre
50 e 81, com a classificação da água como “BOA”, com altos índices, conforme avaliado
anteriormente e classificada como “ACEITÁVEL”, apenas, para a coleta realizada no período
de chuvas e maré baixa.
Rio Poxim
Os índices de qualidade de água (IQA) calculados para as estações localizadas no rio
Poxim estiveram entre 43 e 70, o que representa, em termos qualitativos, uma variação
entre água considerada “ACEITÁVEL” e água considerada “BOA”. O resultado obtido para o
período de chuvas permite inferir que ocorrem modificações na qualidade da água em
função do “run-off”, principalmente nos pontos 33 e 30, que tiveram suas classificações
reduzidas de “BOA” para “ACEITÁVEL”.
Para a expansão dessa cultura, foi necessária a retirada da Mata Atlântica, causando
um impacto com a alteração do ciclo hidrológico, aumentando o escoamento superficial e
diminuindo a infiltração ou recarga direta dos sistemas aqüíferos.
A Carta Magna Estadual é composta por 288 artigos, subdivida em nove títulos, além
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que por sua vez é composto por 43
artigos. O meio ambiente tem um capitulo específico e os recursos hídricos uma seção.
O Capitulo V, trata do meio ambiente, sendo composto por duas Seções, nas quais
estão inseridos os art. 217 a art. 228. A primeira dispõe sobre a proteção do meio ambiente,
estabelecendo as ações a serem realizadas pelo Poder Público no tocante à preservação da
natureza. A segunda Seção dispõe sobre os recursos hídricos, estabelecendo as obrigações
do Estado no processo de gerenciamento e preservação da água.
A Seção II – Dos Recursos Hídricos - é composta pelos art. 222 a art. 228 e
estabelece alguns fundamentos gerais para o gerenciamento das águas, bem como diretrizes
para a elaboração e implementação da política estadual de recursos hídricos.
O art. 222 diz que é dever dos cidadãos, da sociedade e dos entes estatais, zelar pela
preservação do regime natural das águas, afirmando que a mesma é imprescindível para a
manutenção da vida e indutora do desenvolvimento econômico e social.
O art. 223 determina que a lei estadual deverá instituir o Sistema Estadual de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, em compatibilidade com o Sistema Nacional, e definirá
critérios de outorga de direito de uso dos recursos hídricos. Para tanto deverão ser
Uma outra diretriz aponta para a gestão permanente e contínua dos recursos
hídricos, observado assim, a sua característica de bem natural, e, utilizando para tal, de
normas e procedimentos gerais que devem orientar as possíveis ações intervenientes ao
meio. Estabelecendo a necessidade de promulgar e implementar arcabouço legal-
institucional capaz de gerir os recursos hídricos no Estado.
Uma última diretriz faz menção à possibilidade do Estado, delegar aos municípios, ou
associações de usuários organizados, a gestão da águas de interesse exclusivamente local.
Vale destacar que algumas aqui, algumas questões. A primeira diz respeito ao processo de
descentralização da gestão para os municípios ou para as associações de usuários,
demonstrando assim, o caráter descentralizador a gestão das águas.
Ainda neste sentido, um outro principio determina a adequação dos recursos hídricos
das regiões áridas e semi-áridas ao processo de desenvolvimento econômico e social em
nível local, complementando assim, o principio anterior.
O art. 225 faz menção ao Plano Estadual de Recursos hídricos, o qual deverá
assegurar, prioritariamente, o abastecimento humano e a dessedentação dos animais,
conforme a legislação federal, e também prevê a preservação da saúde natural do meio-
ambiente.
A Lei Estadual esta estruturada em cinco grandes temas, sendo que o primeiro
refere-se a Política Estadual de Recursos Hídricos propriamente dita, contendo seus
fundamentos, o seu objetivo maior, as diretrizes gerais de ação, e também, ordena a ação
do Poder Público ao implementar a Política no âmbito do Estado.
Mas vale ressaltar que ainda nesse tópico, a Lei inova quando define as funções de
que a água poderá exercer. A primeira definição é a função natural, ou seja, á água como
elemento intrínseco ao meio ambiente. O segundo papel refere-se à questão social, ou seja,
quando a água exerce a sua função social, garantindo as condições mínimas de subsistência
humana e de dessedentação de animais, observados os princípios constitucionais. A terceira
e última função e a econômica que se refere aos demais usos.
Vale ressaltar que a legislação federal adota este tópico – instrumentos da política -
como integrante do primeiro, ou seja, inserido no âmbito da Política. O legislador estadual
compreendeu que este assunto necessitava de um destaque adicional.
Seguindo na mesma ordem da legislação federal, tem-se o quarto tópico que aborda
questões sobre Infrações e Penalidades, tipificando os casos que se constitui infração,
desenhando também as respectivas penalidades.
No art. 68 dessas disposições, prevê-se que a cobrança pelo uso dos recursos
hídricos deverá observar alguns preceitos e procedimentos para a sua implementação, entre
eles pode-se destacar um plano de comunicação social sobre a importância econômica,
social e ambiental da utilização racional dos recursos hídricos, implementação do sistema de
outorga de usos, compatibilizados com o licenciamento ambiental, cadastramento dos
usuários, articulação institucional para a gestão integrada das bacias transfronteiriças
estaduais.
1
A Lei nº 6.126 de 16 de dezembro de 1999, criou a Secretaria de Estado de Recursos Hídricos, a qual foi reformulada por
intermédio da Lei nº 6.145 de 13 de janeiro de 2000, que dispõe sobre as diretrizes básicas para a reforma e organização do
Poder Executivo do Estado de Alagoas. E por último reformulada pela Lei Delegada n.º 32, de 23 de abril de 2003,
regulamentou a estrutura da Secretaria Executiva de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Naturais, definindo suas
competências, atribuições, estrutura funcional e organizacional.
O CERH-AL deverá ser composto por vinte e cinco membros, sendo dezessete
representantes Governamentais, sendo nove do governo estadual, sete de autarquias
federais e um do Ministério Público, dois membros do seguimento dos usuários de águas,
dois representantes de municípios, dois integrantes de comitês de bacias hidrográficas e dois
representantes da sociedade civil.
Por último, o Decreto determina que os recursos do fundo deverão ser aplicados
observando as seguintes condições: Os recursos da cobrança deverão ser aplicados em
serviços e obras previstas no Plano Estadual de Recursos Hídricos, nas bacias hidrográficas
geradoras. Mas 30% (trinta por cento) desse valor poderá ser realocado para outras bacias
hidrográficas, desde que devidamente aprovado pelo CERH.
A natureza de quase todas as reclamações capturadas pela equipe deste trabalho são
daquelas cuja competência e responsabilidade são do poder público. Daí a cobrança por uma
maior presença deste na região.
Entre as atividades cobradas pela comunidade, destaca-se a que criação dos comitês
de bacias hidrográficas com a presença de todos os atores sociais e usuários para chamar a
atenção sobre o uso e conservação das águas e ainda a criação de comissões para a
promoção de eventos de divulgação, treinamentos e mutirões. Evidenciou-se a importância e
A região de estudo é marcada por uma frágil coesão social, onde as entidades da
sociedade civil são articuladas de forma precária. Destaque deve ser feito para o DLIS
(Fórum de Desenvolvimento Sustentável) que, apesar de já ter sido mais forte e atuante,
ainda é uma força destacada na região. Outro destaque deve ser feito aos conselhos
municipais de educação e aos ligados às questões da infância e adolescência.
Neste cenário, o comitê de bacias hidrográficas deve servir como mais uma força
para propiciar a aglutinação da população local em torno de temas de seu interesse.
Ressalta-se diante das fragilidades já apontadas que os comitês de bacias hidrográficas terão
um imenso trabalho pela frente.
Acontece que os valores de investimentos para algumas das ações são realmente
insuficientes para fazer frente ao enorme desafio que se tem pela frente. Convém destacar
que a prática de observar o PPA e buscar ver ao longe as ações do Governo, trata-se de
exercício novo, que ainda carece de amadurecimento daqueles que fazem o Governo e das
parcerias imaginadas entre o poder público e a iniciativa privada.
O Plano Diretor e o PPA deverão servir como balizadores de ações. O Plano numa
visão regional e com forte tendência para as interfaces dos recursos hídricos com o
crescimento sustentado da região de estudo. O PPA numa visão de integrar ações em todo
território com o desenvolvimento do Estado, compatibilizando os anseios de toda população
alagoana.
O exercício aqui desenvolvido corrobora com a assertiva que a gestão, por meio
planejamento dos recursos hídricos, é um instrumento importante para o tão desejado
crescimento sustentado para o Estado de Alagoas.
As propostas surgidas no âmbito das duas audiências são aqui relacionadas a seguir.
Sobre estas o Plano Diretor baseou suas propostas de ações, tanto as ações de
desenvolvimento, bem como as ações de apoio e implementação, conforme vê-se no itens
seguintes deste capítulo.
a) Ações de Desenvolvimento
• Complementação da Infra-estrutura Hídrica;
• Saneamento Básico dos Núcleos Urbanos e Meio Rural;
• Construção e Recuperação de Poços;
• Irrigação e Outras Atividades Rurais;
• Reflorestamento das Nascentes e Recomposição da Mata Ciliar dos rios;
• Prevenção e Controle de Inundações;
• Prevenção e Controle de Assoreamento;
No caso específico do terço superior da bacia do rio São Miguel, em que a bacia está
situada em uma região de características tipicamente do agreste, a vazão específica é
bastante reduzida e não atende às projeções de demandas necessárias, que foram
consideradas. Problemas semelhantes existem na bacia do rio Jequiá. Estes mananciais
apresentam boas condições de escoamentos médios, porém as variações de vazões são de
grande significância, fazendo com que as vazões mínimas não atendam as demandas já
instaladas, bem como as projetadas.
De acordo com os estudos de demandas pelo uso da água, realizado neste trabalho, a
disponibilidade destes mananciais, atualmente, é inferior à demanda que se apresenta. Isto
indica a necessidade emergente da SEMARHN iniciar trabalhos de gestão dos recursos
hídricos de tais bacias hidrográficas, para evitar futuros conflitos potenciais na região. Há a
necessidade da discussão das prováveis soluções juntamente com a sociedade, denotando a
carência de implementação dos instrumentos de gestão previstos em lei específica.
A partir da análise dos dados acima fica claro que, para possibilitar o atendimento das
demandas, pode-se considerar alternativas de implantação de barramentos nas bacias
hidrográficas, com vistas à regularização da vazão, compensando a defasagem temporal
entre as demandas e as disponibilidades hídricas, decorrente naturalmente da variação
sazonal de vazões nos rios ou mesmo uma revisão nos procedimentos de adoção da vazão
Abastecimento d’água
Considera-se adequado o abastecimento de água potável quando a maior
porcentagem da população urbana que vive em domicílios é beneficiada com rede geral e
canalização interna ou, através de poço ou nascente com canalização interna.
Sistema de Esgotos
Considera-se adequado o sistema de esgotos, se a instalação sanitária domiciliar não
for compartilhada com outro domicílio e apresentar seu escoamento através de fossa séptica
ou rede geral.
A situação dos domicílios por uso e escoadouro da instalação sanitária na bacia do rio
Niquim, segundo o Censo Demográfico do IBGE, 2000, retratou apenas a situação do
domicílio. No caso do uso de fossas sépticas, foram anotados dois casos: ligada à rede
pluvial e sem escoadouro. O primeiro total diz respeito a todos os domicílios da bacia e o
segundo reúne as alternativas de escoamento existentes no município.Segundo o conceito
acima, o esgotamento sanitário da bacia é bastante precário pois, só o município de São
Miguel dos Campos dispõe de rede geral, as cerca de 82 fossas sépticas existentes (cerca de
88% das quais localizadas em São Miguel dos Campos) não apresentam destino adequado
de seus efluentes, que são lançados na rede pluvial ou não dispõem de escoadouro. A fossa
rudimentar, fossa seca ou “casinha”, neste caso, é utilizada em cerca de 76% dos domicílios.
Na bacia do rio São Miguel, apenas cerca de 19% dos domicílios com escoadouro e
cerca de 11% do total de residências (cujo esgoto não é compartilhado) da bacia dispõe de
esgotamento sanitário adequado. Cerca de 75% dos domicílios possuem a fossa rudimentar
como o seu principal escoadouro de esgotos. Rede geral só existe em cerca de 14% do total.
Os municípios melhor atendidos da bacia são Anadia, Maribondo e São Miguel dos Campos.
Os de situação mais crítica são Barra de São Miguel, Roteiro e Belém. Não existe rede geral
em Barra de São Miguel, Anadia, Maribondo, Tanque d’Arca e Belém. Porém, em todos os
municípios da Bacia foi observado que na rede de águas pluviais do município, há ligações
clandestinas de esgoto, o que leva aos afluentes do rio São Miguel uma grande concentração
de águas servidas poluídas, com alto índice de coliformes fecais. Como pode se ver nas fotos
abaixo, não há estação de tratamento de esgoto nos municípios que compõem a bacia do rio
São Miguel, e a qualidade dá água lançada em seu afluentes não é boa.
A situação dos domicílios por uso e escoadouro da instalação sanitária na bacia do rio
Poxim, segundo o Censo Demográfico do IBGE, 2000, retratou apenas a situação do
domicílio. O esgotamento sanitário da bacia é bastante precário, não apresentando destino
adequado de seus efluentes, que são lançados na rede pluvial ou não dispõem de
escoadouro. A fossa rudimentar, fossa seca ou “casinha”, neste caso, é utilizada em cerca de
65% dos domicílios.
O número de domicílios por destino do lixo na bacia do rio Niquim, segundo o Censo
Demográfico do IBGE, 2000, era de cerca de 2.139, dos quais cerca de 1.014 ou 47%
apresentaram sistema de coleta de lixo, seja diretamente pela Prefeitura ou indiretamente.
Quase a metade dos domicílios (cerca de 42% do total) lança os seus resíduos em terrenos
baldios; cerca de 3% são queimados, 1% enterrado e 2% lançados nos cursos d’água.
Na bacia do rio São Miguel, a quantidade total de domicílios era de cerca de 11.203,
dos quais cerca de 4.410 ou 41% apresentaram sistema de coleta de lixo, seja diretamente
pela Prefeitura ou indiretamente. Mais da metade dos domicílios (cerca de 54% do total)
lançam os seus resíduos em terrenos baldios; em cerca de 2% é queimado; em 3% dos
Na bacia do rio Jequiá, cerca de 45% apresentaram sistema de coleta de lixo, seja
diretamente pela Prefeitura ou indiretamente. Quase a metade dos domicílios (cerca de 49%
do total) lança os seus resíduos em terrenos baldios; em cerca de 2% é queimado; em 4%
dos domicílios, há outra forma de destinação. Em números gerais, o destino do lixo na bacia
assim é configurado: cerca de 7 mil domicílios o lança em terrenos baldios; em cerca de 230
domicílios, é queimado; em 37 é enterrado; em 35 domicílios é jogado em mananciais de
água e em 532 é utilizada outra forma de destinação.
Na bacia do rio Poxim, 55% apresentaram sistema de coleta de lixo, seja diretamente
pela Prefeitura ou indiretamente. Cerca de 45% dos domicílios lançam os seus resíduos em
terrenos baldios; em cerca de 5% é queimado; em 15% dos domicílios, há outra forma de
destinação.
As prefeituras são encarregadas pela limpeza urbana das cidades, atividade que
compreende a varrição de ruas e poda de árvores, coleta e disposição final de resíduos
sólidos. Não raro o serviço é deficiente: a coleta demora e o resíduo entulha vários dias,
principalmente nas áreas mais distantes dos centros das cidades.
Uma estratégia como solução de imediato seria promover a coleta de lixo nos rios nos
de modo a evitar que estes alcancem as lagoas e a foz até que a regularidade da coleta e
Para tanto devem ser desenvolvidas atividades de campo e estudos que permitam
determinar:
Os valores captados para uso na indústria ainda são bastante elevados e é necessário
um gradativo programa de atualização da tecnologia existente com vistas à implantação de
uma redução no consumo de água. No tocante ao uso de água para o abastecimento
humano, o índice de perdas é também elevado e requererá investimentos para a redução,
principalmente na coibição dos desvios e perdas por vazamentos, requerendo a troca e a
atualização do sistema.
A educação ambiental deve ser orientada tanto pela educação formal como a não-
formal, devendo atingir pessoas de todas as idades, credos religiosos e classes sociais.
Nas escolas brasileiras, temas sobre meio ambiente são dados, geralmente, na
disciplina Ciências e/ou Geografia. Faz-se necessário adaptar os conteúdos dos livros à
realidade dos alunos, comparando com o que existem a sua volta. Para isso, recomenda-se
que os professores recebam treinamento a fim de facilitar a compreensão sobre o assunto e
a forma de abordagem. Esse treinamento deve ser dado por profissionais qualificados e que
tenham profundo conhecimento sobre meio ambiente, tais como paisagistas, engenheiros,
advogados, educadores, entre outros, que poderão ser contratados ou convidados pelos
municípios ou pelos comitês de bacia.
JOGAR LIXO E ANIMAIS MORTOS NOS RIOS FAZ MAL AO MEIO AMBIENTE!
Quanto às estratégias orais, seria interessante formar pequenos grupos de teatro nas
escolas para encenar temas ambientais (reciclagem do lixo, doenças por falta de tratamento
d’água, preservação da flora e fauna, etc); fazer um clip para ser veiculado na televisão
sobre como evitar poluição ambiental (caso os gerenciadores da área de estudos consigam
financiamento para esse fim) e pequenos anúncios, em estações de rádio, com textos
semelhantes aos da estratégia escrita.
Sabe-se que todas as cidades ao longo dos rios lançam esgotos in natura em suas
águas e que a população as utiliza para consumo próprio e em atividades de contato
primário com as águas, pondo em risco sua saúde.
Afora isso, uma região endêmica se constitui numa perda incalculável em potencial
turístico nos dias de hoje, pela fácil divulgação da notícia e a grande competitividade desse
mercado. A exemplo, encontram-se na rede mundial de computadores inúmeras páginas que
esclarecem aos viajantes os riscos que se expõem.