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Brasília
2002
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Fernando Henrique Cardoso
CHEFE DE GABINETE
Marcus Aurelius Minervino
2
AVALIAÇÃO DAS ÁGUAS DO BRASIL
Brasília
2002
3
SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS
SGAN 601 , Lote I, Edifício Sede CODEVASF, 4º andar, Brasília/DF
CEP: 70830-901. Tel.: 61 - 317 1291 Fax: 61 – 225 6359
http://www.srh.gov.br
Tiragem: 50 exemplares
Grupo de Trabalho:
Roberto Moreira Coimbra, coord. (Portaria nº 01/2002)
Jörgen Michel Leeuwestein (Portaria nº 01/2002)
Martha Maria Fialho Pedrosa (Portaria nº 01/2002)
Colaboradores:
Ana Cristina Monteiro Mascarenhas (Portaria nº 01/2002)
Antônio Paulo Vieira
Arnóbio Viana David
Carlos Antônio de Novaes Lima (Portaria nº 01/2002)
Celina Xavier de Mendonça (Portaria nº 01/2002)
Demetrios Christofidis
Francisco Evandro Parreira (Portaria nº 01/2002)
Geraldo Gomes Figueiredo
Gustavo Oliveira Campos
Luciene Sousa de Carvalho
Luiz Amore
Luiz Cláudio de Castro Figueiredo
Maria Manuela Martins Alves Moreira
Marco José Melo Neves
Máximo Luiz Pompermayer
Ricardo Crema dos Santos
Roberto Alves Monteiro (Portaria nº 01/2002)
Wilton Oliveira Arruda
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
APRESENTAÇÃO, 8
1. CONTEXTO, 9
3.1 Status, 16
3.2 Pressões, 23
3.2.1 Crescimento Populacional, 23
3.2.2 Pressões Setoriais, 23
3.2.2.1 Saneamento Básico, 24
3.2.2.2 Agropecuária, 31
3.2.2.3 Energia Hidrelétrica, 37
3.2.2.4 Transporte Hidroviário, 40
3.2.3 Eventos Críticos, 42
3.2.4 Águas Subterrâneas, 44
3.3 Respostas, 46
3.3.1 Política Nacional de Recursos Hídricos, 46
3.3.1.1 Aspectos Legais e Institucionais, 47
3.3.1.2 Instrumentos da Gestão, 47
3.3.1.3 Sistema Nacional de Gerenciamento, 53
3.3.2 Indicadores de Desempenho, 57
3.3.3 Governança, 57
3.3.4 Reuso de Água, 59
3.3.5 Ações Setoriais, 58
3.3.5.1 Saneamento Básico, 58
3.3.5.2 Irrigação, 63
3.3.5.3 Energia Hidrelétrica, 64
3.3.5.4 Transporte Hidroviário, 66
3.3.6 Eventos Críticos, 67
3.3.7 Águas Subterrâneas, 68
3.3.8 Monitoramento dos Recursos Hídricos, 71
3.3.9 Principais Programas e Projetos, 72
5
3.3.9.1 Avança Brasil, 72
3.3.9.2 Proágua Nacional, 73
3.3.9.3 Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água - PNCDA, 73
3.3.9.4 Projeto Qualidade das Águas e Controle de Poluição Hídrica - PQA, 74
3.3.9.5 Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas, 74
3.3.9.6 Programa Nacional de Meio Ambiente II, 74
3.3.9.7 Programa Pantanal, 75
3.3.9.8 Projeto Conservação e Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco, 75
3.3.9.9 Gestão Integrada das Bacias Hidrográficas do Alto Paraguai e do São
Francisco (GEF), 76
3.3.10 Metas Orientadoras e Propostas Indicativas Regionais, 76
3.3.11 Agenda 21 Brasileira, 78
4. AVALIAÇÃO E RECOMENDAÇÕES, 80
BIBLIOGRAFIA, 84
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
6
Quadro 6 - Evolução da Cobertura dos Serviços de Água e Esgotos no Brasil
(%), 24
Quadro 7 - Distribuição Regional dos Déficits em Saneamento Básico, 25
Quadro 8 - Saneamento e Pobreza, 1992 e 1999, 28
Quadro 9 - Distribuição da Freqüência e Proporção das Internações
Hospitalares por DRSAI (1996 a 2000), 28
Quadro 10 - Saneamento Básico nos Municípios - 1989 e 2000, 29
Quadro 11 - Volume de Água Distribuído por Região - 1989 e 2000, 30
Quadro 12 - Participação e Crescimento do PIB por Setor, 32
Quadro 13 - Participação das Exportações Brasileiras nas Exportações Mundiais
(US$ bilhões), 32
Quadro 14 - Agrotóxicos em Linha de Comercialização por Classes
Toxicológicas, 37
Quadro 15 - Unidades em Operação (dezembro de 2001), 38
Quadro 16 - Participação das hidrelétricas na capacidade instalada de geração
de energia elétrica no Brasil, 38
Quadro 17 - Áreas Afetadas pela Desertificação no Nordeste, 44
Quadro 18 - Principais Resoluções do CNRH, 54
Quadro 19 - Investimentos necessários à universalização - 1999/2010 (R$
milhões), 59
Quadro 20 - Empréstimos Contratados, Investimentos, Famílias Beneficiadas e
Empregos Gerados (1995 a 1998), 61
Quadro 21 - Recursos do OGU Autorizados e Contratados do PASS/OGU, 61
Quadro 22 - Objetivo e Metas do PROSEGE, 62
Quadro 23 - Metas Físicas do PROSEGE, 63
Quadro 24 - Previsão da Matriz Energética, 65
Quadro 25 - Tendências globais no consumo de energia (1990 -2000), 66
Quadro 26 - Metas Indicativas para Implementar a Gestão de Recursos
Hídricos no Brasil, 82
7
APRESENTAÇÃO
8
1. CONTEXTO
Na área rural, a disputa pela água acentua-se cada vez mais, em face do
desenvolvimento e do crescimento da agricultura irrigada, cuja técnica de
uso vem demandando uma quantidade significativa de água.
9
Então, em 1995 foram criados, pelo Governo Federal, o Ministério do
Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal e a Secretaria
de Recursos Hídricos - SRH, dada a importância do recurso água. A
primeira atividade da SRH foi trabalhar, junto ao Congresso Nacional, o
projeto de lei da Política Nacional de Recursos Hídricos.
Código de Águas
10
Quadro 1 - Resumo da Legislação Federal
Antes de Estocolmo 1972
1603 - Ordenações Filipinas Instituíam dispositivos específicos sobre a gestão da água.
1930 - Revolução Esboçou-se uma nova política para a exploração das riquezas naturais.
1934 - Constituição Abordou pela primeira vez o tema água considerando os aspectos
econômicos e de desenvolvimento.
1934 - Código de Águas Principal instrumento que trouxe uma profunda alteração dos dispositivos
do Código Civil.
1937 - Constituição Atribuiu competência privativa à União para legislar sobre os bens de
domínio federal, águas e energia hidráulica.
1964 - Lei nº 4.466 Determinou a arborização das margens das rodovias do nordeste, bem
como a construção de aterros-barragem para represamento de águas.
1967 - Lei nº 5.357 Estabeleceu penalidades para embarcações e terminais marítimos ou
fluviais que lançarem detritos ou óleo em águas brasileiras.
De Estocolmo 1972 até Eco 1992
Dispunha sobre a fluoretação da água em sistemas de abastecimento
1974 - Lei nº 6.050
quando existir estação de tratamento.
1976 - Portaria GM-0013 do Estabeleceu o primeiro sistema de classificação das águas interiores e
Ministério do Interior determinou o enquadramento das águas federais.
1979 - Lei nº 6.662 Institui a Política Nacional de Irrigação.
1981 - Lei nº 6.938, de 31/Ago Estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente.
1986 - Resolução n° 20 do Estabelece os padrões de qualidade de água dos corpos hídricos. Revoga
CONAMA, de 18 /Jun a Portaria GM-0013, de 1976.
1988 - Constituição Federal Traz uma profunda alteração em relação às Constituições anteriores,
caracterizando a água como um recurso econômico.
De Eco 1992 a Joanesburgo 2002 (Rio+10)
1996 - Lei nº 9.427, de 26/Dez Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, disciplina o
regime das concessões de serviços públicos de energia .
1997 - Lei nº 9.433, de 8 de Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional
janeiro de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
2000 - Lei nº 9.984, de 17 de Cria a Agência Nacional de Águas – ANA, entidade federal de
julho implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos.
11
regulamentos administrativos. Impede a derivação das águas públicas
para aplicação na agricultura, indústria e higiene, sem a existência de
concessão, no caso de utilidade pública, e de autorização nos outros
casos; em qualquer hipótese, dá preferência à derivação para
abastecimento das populações.
12
A referida Constituição veio determinar que "são bens da União os lagos,
rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, que ou
banhem mais de um estado, ou sirvam de limites com outros países, ou
se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, os terrenos
marginais e as praias fluviais". Estabelece como bens dos estados, “as
águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da
União".
13
dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das
águas; a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da
Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos; a gestão dos recursos hídricos deve
ser descentralizada e contar com a participação do poder público, dos
usuários e das comunidades.
14
Quadro 2 - Resumo da Evolução Institucional.
Antes de Estocolmo 1972
1920 - Criação da Comissão de Estudos de Forças Hidráulicas, no âmbito do Serviço Geológico e
Mineralógico do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, que se constitui no núcleo do qual
se originaram os futuros órgãos nacionais dedicados à hidrometria.
1933 - Criação da Diretoria Geral de Pesquisas Científicas, absorvendo o Serviço Geológico e Mineralógico
sob o nome de Instituto Geológico e Mineralógico do Brasil.
1933 - Criação da Diretoria de Águas no Ministério da Agricultura, logo transformada em Serviço de
Águas.
1934 - Transferência da atividade de hidrologia para a Diretoria Geral da Produção Mineral que se
transformou no Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM.
1940 - Transformação do Serviço de Águas em Divisão de Águas, quando da reestruturação do DNPM.
1945 - Criação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF) e criação do Departamento Nacional
de Obras Contra Secas (DNOCS).
1948 - Criação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF).
1952 - Criação das Centrais Elétricas de Minas Gerais (CEMIG).
1953 - Criação das Usinas Hidroelétricas do Paranapanema S.A. - USELPA.
1953 - Criação do Fundo Federal de Eletrificação.
1957 - Criação das Centrais Elétricas S.A. de Furnas.
1960 - Criação das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás).
1962 - Criação do Ministério das Minas e Energia - MME, que incorporou na sua estrutura todos os órgãos
do DNPM, inclusive a Divisão de Águas.
1965 - Transformação da Divisão de Águas no Departamento Nacional de Águas e Energia - DNAE, com
oito Distritos vinculados, descentralizando as atividades de hidrologia, incluindo os serviços de
hidrometria.
1968 - Alteração da denominação do órgão DNAE para Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
- DNAEE.
1969 - Criação das Companhias Estaduais de Saneamento.
De Estocolmo 1972 até Eco 1992
1973 - Criação da Secretaria Especial de Meio Ambiente - SEMA no âmbito do Ministério do Interior e
início da criação de órgãos estaduais de meio ambiente.
Criação do Ministério Extraordinário da Irrigação com o Programa Nacional de Irrigação - PRONI e
1985 - do Programa de Irrigação do Nordeste - PROINE.
De Eco 1992 a Joanesburgo 2002 (Rio+10)
1995 - Criação da Secretaria de Recursos Hídricos.
2000 - Criação da Agência Nacional de Águas.
15
Além disso, a SRH desempenha um papel relevante no que concerne à
gestão das águas de mananciais, no acompanhamento da implementação
legal e institucional dos estados, assim como desenvolver ações visando
disseminar o conhecimento científico e tecnológico voltado à Política
Nacional de Recursos Hídricos.
3.1 Status
A água é essencial à vida. O seu acesso fácil para todos, bem como
suprimento adequado e seguro, tratamento e destino adequados dos
efluentes, devem ser uma meta universal e permanente. Todavia, neste
terceiro milênio, uma grande parte da população do planeta não dispõe
de água potável e saneamento apropriado.
16
São poucos os recursos essenciais à vida quanto os recursos hídricos. A
garantia de acesso à água em quantidade suficiente e com qualidade
adequada vem adquirindo contornos estratégicos.
A AGUA NO MUNDO
17
regiões possuem disponibilidade suficiente para garantir a demanda de
água para irrigação, abastecimento doméstico e industrial. Entretanto, a
ausência de saneamento e o lançamento de efluentes sem tratamento
provocam extensa degradação da qualidade dos corpos d’água, causando
um quadro paradoxal de escassez.
18
Na bacia do rio Amazonas, encontram-se afluentes volumosos, drenando
bacias hidrográficas de baixa ocupação do solo e reduzida utilização
econômica da água: Negro (28.400 m³/s), Madeira (31.200 m³/s),
Tapajós (13.500 m³/s) e Xingu (9.700 m³/s).
19
Sudeste, onde se localizam 85,5% da população e 90,8% da demanda de
água do Brasil.
A qualidade dos recursos hídricos brasileiros é regulamentada por
padrões ambientais, avaliados por parâmetros e indicadores
estabelecidos na Resolução n° 20 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA/86.
20
Os dados do Quadro 5 indicam que as reservas permanentes de água
subterrânea dos principais contextos hidrogeológicos do Brasil variam de
80 km3 nos 600.000 km2 do domínio semi-árido de rochas de idade Pré-
cambriana do Nordeste, principalmente a 10.000 km 3, nos quase
4.000.000 km2 de rochas cristalinas e metamórficas do embasamento
Pré-cambriano coberto por um manto de rochas alteradas de espessura
média de 50 metros (Rebouças, 2002).
Por sua vez, as vazões mais freqüentes obtidas pelos poços já perfurados
variam entre menos de 1 m3/h nas zonas aqüíferas das rochas fraturadas
praticamente impermeáveis do embasamento geológico de idade Pré-
cambriana do Nordeste semi-árido, até mais de 1.000 m 3/h nas bacias
sedimentares sob condições de clima úmido.
21
No Brasil, os potenciais hidrogeológicos referidos em termos de vazão
(m3/h), que é obtida de cada poço por metro de rebaixamento (m -1) do
respectivo nível d’água, são apresentados na Figura 3.
22
3.2 Pressões
23
3.2.2.1 Saneamento Básico
24
A situação atual do saneamento no Brasil (Quadros 6 e 7) apresenta
alguns dados e informações do Censo de 2000 que merecem destaque,
porque permitem o conhecimento da atual situação brasileira,
potencialidades, déficits, necessidades de investimento, bem como as
áreas e regiões onde deveriam ser priorizadas essas ações.
25
Figura 4 - Abastecimento de Água na Zona Urbana - 2000.
26
Figura 5 - Esgotamento Sanitário na Zona Urbana - 2000.
27
Quadro 8 - Saneamento e Pobreza, 1992 e 1999.
ACESSO AOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO PELOS 40% MAIS
REGIÕES POBRES E 10% MAIS RICOS
ANOS 40% mais pobres 10% mais ricos
Norte 1992 6,6 0,6
1999 5,8 23,4
Nordeste 1992 7,4 42,9
1999 11,5 53,6
Centro- 1992 17,9 59,3
Oeste 1999 22,6 60,4
Sudeste 1992 52,9 91,3
1999 66,7 93,7
Sul 1992 22,8 60,6
1999 30,9 70,6
BRASIL 1992 26,3 76,5
1999 32,3 80,1
Fonte: IBGE, Indicadores Sociais, 2000.
TOTAL 712 982 100 662 207 100 578 824 100 592 323 100 565 560 100
Fonte: Sistema de Informações Hospitalares/SUS (2001).
28
Com relação aos óbitos causados por diarréia, registrou-se também uma
diminuição do índice, com redução de 9.252 óbitos (56,99%) para 7.309
(53,50%).
29
Fonte: Censo 2000, IBGE.
30
Sul (25,4%), Mato Grosso do Sul (24,6%), Bahia (24,3%), Acre (22,7%)
e Pernambuco (22,7%). As causas principais apontadas pelos municípios
foram as seguintes: obstrução de bueiros (51%), adensamento
populacional (31,6%), obras inadequadas (27,9%) e dimensionamento
inadequado de projeto (27,4%).
Com base nesse quadro, pode-se concluir que houve no Brasil uma
melhoria quantitativa na prestação dos serviços de saneamento (água,
esgotamento sanitário, lixo e drenagem). Entretanto, a melhoria
qualitativa foi relativamente pequena.
3.2.2.2 Agropecuária
31
alimentar é a redução de terras com cultivos pela degradação, erosão e
escassez de água.
32
Mundiais Brasil % Mundiais Brasil %
1992 3.658,0 36,1 0,99 354,8 8,7 2,45
1993 3.764,2 38,7 1,03 335,8 9,5 2,83
1994 4.283,1 43,5 1,02 380,3 12,4 3,26
1995 5.011,5 46,5 0,93 417,8 13,5 3,23
1996 5.150,0 47,7 0,85 463,7 14,3 3,08
1997 5.325,0 53,0 1,00 462,3 18,8 4,07
1998 5.434,0 51,1 0,94 465,9 17,1 3,67
1999 * 5.611,0 48,0 0,86 417,3 16,5 3,95
Fonte: FAO - Food and Agriculture Organization (www.fao.org) - Atualizado em 01/06/2001; FMI -
Fundo Monetário Internacional. (www.imf.org).
*Valores previstos.
33
IRRIGAÇÃO
Como os usos domésticos, a irrigação também é uma forma de uso
consuntivo da água, isto é, parte da água utilizada para este fim não
retorna imediatamente ao seu curso original, havendo redução efetiva da
disponibilidade do manancial.
34
O uso potencial de irrigação em terras altas é estimado em 14,6 milhões
de hectares, sendo que, atualmente, estão sendo explorados
aproximadamente 3.113.000 ha. Esses dados somados aos demais das
áreas disponíveis atingem um total de 29,6 milhões de hectares,
representando, aproximadamente, 3,5 % do território nacional, que
necessita de uma quantidade para irrigação em torno de 33.777.297.000
m3/ano de água (Christofidis, 1999). Na figura 7, encontra-se a
distribuição de áreas irrigadas no ano de 1999.
Uso de Agrotóxicos
35
Figura 7 - Distribuição de Áreas irrigadas - 1999.
Figura 8 - Consumo de defensivos agrícolas - kg/ha
(http://www.sindag.com.br)
Total 172 179 198 125 128 138 164 176 212 34 33 32 36 40 43 531 556 623
Por muitos anos, o Brasil conviveu com a impressão de que suas fontes
energéticas hidrológicas eram inesgotáveis. Entretanto, o Brasil passou
por uma crise energética, em 2001, provocada pelos seguintes fatores:
Um dos piores regimes pluviométricos nas últimas décadas no Brasil;
O aumento da demanda da energia elétrica pelo crescimento
populacional e pelas atividades industriais e agropecuárias;
A falta de investimentos necessários para atualizar o parque
energético motivada pelo regime inflacionário até 1995.
Como medida para reverter a situação, foi imposta uma redução de 20% do
consumo para a população, calculada em relação ao consumo médio de
maio, junho e julho de 2000. A adesão das famílias, empresas e demais
instituições foi surpreendente. No primeiro mês do racionamento - em
que não houve cobrança das metas - o programa já atingia seus
objetivos.
No dia 19 de fevereiro de 2002, os dados fornecidos pelo Operador
Nacional do Sistema (ONS), mostravam que os reservatórios haviam
atingido um nível satisfatório, e assim, foi encerrado o programa de
racionamento, no dia 28 de fevereiro de 2002.
3.3 Respostas
Agências de Água
Avaliação da implementação
3.3.3 Governança
Embora o reuso da água não seja uma prática difundida no Brasil, alguns
estados do Nordeste, por iniciativa de pesquisadores das universidades
locais, já promoveram estudos. Destaque-se, como exemplo, a aplicação
de efluentes urbanos, que recebem tratamento primário na região do
Seridó, no Rio Grande do Norte, para irrigação de capineiras nas
vizinhanças da área urbana (Guidolin, 2002).
Programa Pró–Saneamento
Fonte: DESAN/SEPURB.
PASS/OGU
PROSEGE
3.3.5.2 Irrigação
Fonte: www.energiabrasil.gov.br
PROÁGUA - Semi-Árido
Aspectos econômicos
- Saúde e ambiente
vi) Implementar políticas e planos para reduzir os riscos ambientais
que causam danos à saúde, em especial os de transmissão hídrica,
por vetores, por contaminação atmosférica e por exposição a
sustâncias químicas.
4. AVALIAÇÃO E RECOMENDAÇÕES