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CRISTIANO DE ASSUMPÇÃO SANTOS

ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO AGROÍNDUSTRIAL


MBA GERENCIAMENTO DE PROJETOS
MESTRE EM ENGENHARIA DE ENERGIA NA AGRICULTURA

IMPACTO NA GERAÇÃO DE ENERGIA HIDRÍCA GERADO PELA


URBANIZAÇÃO NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

Projeto de pesquisa apresentado ao


Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Energia na Agricultura –
Doutorado – Universidade Estadual do
Oeste do Paraná, como requisito parcial
para participar da seleção de aluno regular
do programa.

Linha de pesquisa: - Fontes renováveis e


racionalização de energia na agroindústria
e agricultura.

CASCAVEL
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 2
2 OBJETIVOS .............................................................................................. 5
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................... 5
2.1.1 Objetivos Específicos ............................................................................. 5
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................... 6
3.1 HIDROLOGIA ............................................................................................ 6
3.2 BACIA HIDROGRÁFICA ........................................................................... 7
3.3 PLANICIE DE INUNDAÇÃO E NÍVEL DE MARGENS PLENAS DO RIO .. 7
3.4 FREQUÊNCIA DE UMA VAZÃO ............................................................... 8
3.5 GEOMETRIA HIDRÁULICA ...................................................................... 9
3.6 ENERGIA HIDRELÉTRICA ....................................................................... 9
3.7 GERAÇÃO ELÉTRICA NO BRASIL ........................................................ 10
3.8 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL................................. 11
3.9 REGIÃO OESTE DO PARANÁ ............................................................... 11
4 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................... 12
5 RESULTADOS ESPERADOS ................................................................ 15
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 16
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1 INTRODUÇÃO

Com o crescimento da população humana, de acordo com as suas


necessidades e características regionais, passou-se a ocupar parcelas cada vez
maiores e concentradas de solo. Este crescimento populacional, e devido às
necessidades das civilizações em produção de cada vez mais alimentos e bens,
aconteceram também avanços tecnológicos que transformaram os pequenos vilarejos
em grandes centros.
Com o passar do tempo o uso desenfreado do solo, a derrubadas de matas e
florestas ocasionou mudanças em sua estrutura, alterações nos cursos d’água,
modificando a sua paisagem até então natural para uma rural e urbana. Segundo
Santos (2016, p. 10) “A ação do homem acabou por moldar o meio ambiente e esta
modificação da natureza proporcionou grandes avanços para as civilizações, porém,
tem perturbado o equilíbrio natural dos ecossistemas.”
A velocidade do crescimento das cidades pode gerar uma urbanização sem
planejamento que também expõe o solo a uma diversidade de problemas, um deles,
é a impermeabilização do solo. As áreas impermeabilizadas impedem a infiltração da
água das chuvas e causam a minimização da recarga de água nos solos, reduzindo a
disponibilidade de água nas bacias hidrográficas nos períodos de baixa precipitação.
Deve se levar em consideração que, não apenas a impermeabilização do solo
nas cidades causa estes problemas, mas também o aumento de área de agricultável
para atendimento das necessidades de consumo por meio da derrubada de florestas
ou matas nativas, podem da mesma forma causar atraso na reposição de águas por
meio de percolação nas bacias hidrográficas. Outro fator que deve ser levado em
consideração é o crescimento populacional que também acarreta no aumento do
consumo de água potável, fato este que pode influenciar diretamente a quantidade de
água disponível.
O crescimento das cidades sem planejamento causa prejuízos não apenas
para as bacias hidrográficas, mas também para todo seu entorno. Os microclimas
urbanos influenciam os climas nas regiões agrícolas próximas as cidades. A redução
da área de percolação nas áreas urbanas proporciona também o aumento do
escoamento superficial, ou por meio de condutos, fazendo que as águas que deveriam
percolar em determinada área seja carreada para jusante das bacias ou ainda para
outras bacias. Estes fatos podem assorear rios, causar enchentes, gerar ilhas de calor
que aumentam o consumo de energia, entre outros fatores.
3
Em busca de soluções para este desequilíbrio, órgãos públicos têm adotado
soluções que, na maioria das vezes, são fundadas na utilização do princípio da
drenagem das águas das precipitações de forma rápida para jusante. Este conceito
de sistema apenas transfere a inundação de um ponto ao outro, resolvendo assim
parte do problema.
A utilização de tecnologias como pavimentos permeáveis, compõem parte das
ações que têm sido aplicadas no intuito de promover a infiltração da água, retardando
o tempo de escoamento superficial ou então, tentando devolver ao solo a capacidade
de infiltração anterior à urbanização.
O atual desafio é encontrar um modelo sustentável, e este problema não é
penas encontrado por organizações do ramo industrial e comercial. Acompanhando o
raciocínio de Boff (2012), a sustentabilidade pode ser dividida em três áreas sendo
elas, Sustentabilidade Econômica, Sustentabilidade Social e Sustentabilidade
Ambiental. Onde a sustentabilidade econômica visa a busca por um crescimento com
menor investimento possível e máxima rentabilidade, a sustentabilidade social deve
buscar o desenvolvimento das pessoas e das comunidades e a sustentabilidade
ambiental que necessita uma melhor utilização dos recursos naturais para permitir
acesso a estes pelas próximas gerações.
Buscando entender se há influencia direta ou indireta na capacidade de
geração de energia hídrica das bacias do Paraná 3, Piquiri e Iguaçu, causadas pelo
crescimento das áreas urbanas da região Oeste do Paraná, buscar-se-á dados
históricos referentes destas bacias, afim de comparar com dados do crescimento das
cidades.
Assim, a contribuição deste estudo é investigar e diagnosticar se há correlação
entre o crescimento populacional, impermeabilização das áreas urbanas, aumento da
área agricultável com a geração de energia hídrica na região Oeste do Paraná e de
posse destes dados apontar a utilização de tecnologias para recuperação das bacias
ora analisadas e permitir acesso as gerações futuras a este bem indispensável a vida.
Considerando como hipótese a caracterização da influência do crescimento
urbano na região na geração de energia hídrica, buscar-se-á indicar medidas
construtivas a serem adotadas pelos municípios afim de amenizar o problema. Deve-
se aventar a possibilidade de que os municípios já tenham em seus planos diretores
medida para esse fim, sendo este comprovado, este estudo deverá apontar quais
impactos tais medidas proporcionaram no objeto de estudo.
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Pode ocorrer da mesma forma que o estudo aponte que não houve decréscimo
na quantidade de energia gerada pelas bacias deste estudo, sendo então necessários
apontar se esse fato foi em decorrência de medidas hora adotadas pelos governos
locais e quais foram estas.
5
2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Verificar se o aumento da urbanização na região Oeste do Paraná impactou a


geração de energia, através da vazão dos rios, nas bacias do Paraná 3, Piquiri e
Iguaçu.

2.1.1 Objetivos Específicos

a) Analisar histórico das vazões dos principais rios das bacias em estudo;

b) Identificar a quantidade de energia geradas pelas principais UEH e


PCH nas bacias do estudo, no período em análise;

c) Verificar crescimento da área urbana na região das bacias no mesmo

período;

d) Comparar dados e apontar perfil hidrológico, a geração energética


versus crescimento urbano;

e) Apontar medidas de construção para áreas urbanas que preservem as

bacias do estudo;
6
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 HIDROLOGIA

Muito provavelmente grande parte desta pesquisa se dê em torno da hidrologia,


desta forma faz-se necessário discorrer brevemente sobre o assunto.
A Hidrologia é uma ciência interdisciplinar que nos últimos anos tem se
desenvolvido significativamente, em grande parte devido ao aumento do uso da água
e em função dos crescentes problemas decorrentes da ação antrópica nas bacias
hidrográficas e dos impactos que refletem sobre o meio ambiente.
Para Lima (2017), a hidrologia é a área da ciência que estuda as águas, nas
áreas da engenharia, este conceito é utilizado para elaboração de projetos de controle
e uso da água nestas operações. Para Coimbra e Tibúrcio (1995) o cliclo hidrológico
pode ser considerado o movimento continuo e fechado da água, sendo este
movimento impulsionado pela presença da força da gravidade e pela energia gerada
pelo sol.
Segundo Likens (2013) apud Silva (2018) “o fator mais importante dentro do
ciclo hidrológico é a manutenção e conservação dos lagos que servem de
armazenadores de energia para as usinas hidrelétricas” e também não menos
importante é a conservação e preservação da vegetação em torno dos rios e lagos,
pois estas garantem a manutenção da vazão dos mesmos de forma constante no
período estacional, citam os mesmos autores.
O U.S. Federal Council of Service and Technology, citada por Vilella e Mattos
(1975), define hidrologia como a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência,
circulação e distribuição, as suas propriedades físicas e químicas e sua reação com o
meio ambiente, incluindo sua relação com as formas vivas.
A hidrologia, como ciência, pode ser subdividida em diferentes áreas de
conhecimento associadas. Estão entre elas a hidrometeorologia (que estuda a água
na atmosfera), a limnologia (que está direcionada para o acompanhamento dos lagos
e reservatórios), e a hidrogeologia (que estuda as águas na crosta terrestre), entre
outras. Quando se trata de Engenharia de Recursos Hídricos a hidrologia também é
conhecida como Engenharia Hidrológica.
De acordo com Tucci (1995, p. 78):

“a hidrologia pode ser entendida como a área do conhecimento que


estuda o comportamento físico da ocorrência e o aproveitamento da água na
bacia hidrográfica, quantificando os recursos hídricos no tempo e no espaço
7
e avaliando o impacto da modificação da bacia hidrográfica sobre o
comportamento dos processos hidrológicos” (Tucci, 1995, p. 78).

Diante deste novo olhar, a ciência que estuda o comportamento das águas
pode se subdividir novamente em hidrometeorologia, geomorfologia de bacias
hidrográficas, escoamento superficial, interceptação, infiltração e escoamento em
meio não saturado, escoamento em meio saturado e evaporação e
evapotranspiração.
Dentre as áreas de estudo da hidrologia citadas anteriormente deverão ser
utilizadas para embasamento desta pesquisa a geomorfologia de bacias hidrográficas,
o escoamento superficial, a infiltração e escoamento em meios saturados e não
saturadas, a evapotranspiração e evaporação das águas.

3.2 BACIA HIDROGRÁFICA

Naghettini (2000), descreveu as bacias hidrográficas como unidades


fisiográficas, limitadas por divisores topográficos, que armazenam as precipitações
agindo como reservatórios de água e sedimentos, escoando-os por meio de seção
fluvial única.
Já de acordo com Villela e Mattos (1975) bacia hidrográfica é uma área onde a
precipitação é coletada e conduzida para seu sistema de drenagem natural. Cada
bacia hidrográfica é delimitada pelas linhas das cristas nas elevações que circundam
a seção do curso da água em estudo (PORTO, 2003).
Sobre o mesmo tema Tucci (2004) escreve que, uma “bacia hidrográfica é uma
área de captação natural da água da precipitação, que faz convergir os escoamentos
para um único ponto de saída, o seu exutório”.
Os autores citados concordam que bacia é uma determinada área onde ocorre
a captação da precipitação. Desta maneira faz-se necessário entender as
características físicas destas áreas, possibilitando assim, melhor conhecimento sobre
as mesmas.

3.3 PLANICIE DE INUNDAÇÃO E NÍVEL DE MARGENS PLENAS DO RIO

De acordo com Grison (2010, p. 31), “Nos leitos dos rios pode se observar em
uma seção transversal algumas planícies ou patamares de inundação, que são a
planície de inundação hidrológica e a planície de inundação topográfica. Quando o
8
nível das águas alcança o nível de margens plenas do canal, diz-se que a superfície
da água encontra-se no mesmo nível da planície de inundação hidrológica.
Wolman e Leopold (1957) apud Grison (2010), definiram como sendo o nível
de margens plena a mesma cota da planície de inundação. Os mesmos citam que é
nesta cota que a vazão das águas movimenta sedimentos, formando ou removendo
depósitos aluviais, formando ou mudando curvas e meandros.
A vazão das águas é mencionada por Silva (2018) como o movimento
necessário para geração de energia pelas usinas hidrelétricas, este movimento ocorre
devido ao escoamento superficial das águas em um determinado sentido. De acordo
com o autor a potência gerada por uma usina é proporcional a vazão disponível de
águas para as turbinas.
Lima (2017) cita que as vazões podem ser divididas em vazão afluente, vazão
de defluência, vazão vertida, vazão turbinada e a vazão natural.

3.4 FREQUÊNCIA DE UMA VAZÃO

A frequência de uma vazão é determinada pelo número de ocorrências ao


longo de um determinado período. A frequência de uma vazão ocorre em função das
características físicas da bacia. Na prática hidrológica esta frequência é chamada de
curva de duração de fluxo (Grison, 2010).
A habilidade de variar a sua frequência em uma determinada seção transversal
e na direção a jusante é importante devido as relações que possui com a erosão e o
transporte de sedimentos. Dessa forma torna um fator importante para o
estabelecimento das características da geometria hidráulica e implantação de obras
de engenharia (Christofoletti, 1981).
Surge também mencionar o tema vazão dominante, a qual é considerada vazaõ
modificadora ou modeladora de um canal fluvial. Pode-se estabelecer três categorias
de vazão dominante, são elas: vazão efetiva, vazão com determinado período de
retorno e vazão em nível de margens plenas (Huang & Warner, 1995).
A vazão efetiva foi definida por Carling (1988) como a que mais transporta
sedimentos do leito de um curso de água. Já o período de retorno da vazão dominante
que é de 1,0 a 2,5 anos foi definido por Leopold (1994) e o valor de 1,5 anos aparece
como sendo uma média razoável desse período sendo o período de 1,58 anos o mais
adequado para determinar o tempo de retorno de uma vazão dominante.
Segundo Grison (2010) a vazão dominante esta diretamente correlacionada
com a área de drenagem, que é um parâmetro simples de ser determinado. Além de
9
ser correlacionada com a área de drenagem a vazão dominante pode ser
correlacionada com as dimensões do canal em nível de margens plenas, segundo o
mesmo autor.
Dunne e Leopold (1978), definem que a vazão média anual pode ser
determinada pela média aritmética de todos os fluxos médios diários durante um ano
de registro. Leopold (1994) ainda aponta que a vazão média anual de um canal
geralmente preenche um canal em até um terço de sua profundidade, isso significa
que um rio flui até uma vazão menor que a média em 75% do período.

3.5 GEOMETRIA HIDRÁULICA

Segundo Grison (2010) a geometria hidráulica foi introduzida por Leopold e


Maddock (1953), “eles definiram a geometria hidráulica como uma medida quantitativa
das variáveis hidráulicas largura, profundidade média, velocidade e carga sedimentar
que ajudam a determinar a forma de um curso d’água natural.”
A geometria hidráulica pode ser estudada basicamente de duas maneiras: em
determinada seção transversal (ou estação de medição) onde esta prevê as
mudanças na largura, profundidade e velocidade com a variação da vazão e em
direção à jusante do rio onde prevê a adaptação do tamanho e da forma do canal para
uma vazão imposta (Ferguson, 1986).
Entre várias aplicações a geometria hidráulica pode ser utilizada no
monitoramento da vazão de um rio, na recuperação de rios em pontos de poluição,
projetos de canais de irrigação e canalização de rios, entre outros (Stout, 1979).
A geometria hidráulica é a teoria que investiga e analisa as características
geométricas que compõe os canais fluviais e essas características são determinadas
pela correspondência entre o perfil transversal e seu fluxo de água (Leopold e
Maddock, 1953).

3.6 ENERGIA HIDRELÉTRICA

De acordo com Kotz Kliemann e Delariva (2015), no Brasil 95% da energia


gerada é proveniente de hidrelétricas, isso pode ser explicado devido as
características geomorfológicas que contribuem para contribuem para a construção
destes tipos de empreendimentos.
10
As condições geográficas, disponibilidade e extensão territorial são condições
consideradas geram um potencial hídrico para geração de energia elétrica pode ser
considerada um privilégio para poucos países (NETO E CARVALHO, 2013).
Silva (2018) menciona que no ano de 2010 o Brasil ocupava a segunda posição
em geração de energia hidrelétrica ficando apenas atras da China, para esse dados a
quantidade gerada pela hidrelétrica de Itaipu que é exportada para o Paraguai.
Embora ser considerado um dos maiores geradores de energia provenientes de
hidrelétricas o Brasil não teve alteração no seu potencial instalado nos últimos anos.
Considerado o terceiro estado brasileiro com maior potencial de geração de
energia elétrica, o Estado do Paraná possui 16 bacias hidrográficas, totalizando uma
área aproximada de 199.852,20 km². O estado ainda apresenta as características
geomorfológicas com altos desníveis o que contribui para a instalação de usinas
hidrelétricas (Parolin, Volkmer-Ribeiro, Leandrini, 2010).
O modelo de geração de energia proveniente de PCHs tem recebido alto
incentivo para construção devido a provocar baixo impacto ambiental e ter um menor
custo de implantação. Com a facilidade da instalação de PCHs devido a facilidade de
para implantação, tem-se uma alta quantidade de PCHs construídas e em operação
nos rios do estado do Paraná (Kotz Kliemann e Delariva, 2015).

3.7 GERAÇÃO ELÉTRICA NO BRASIL

Segundo Silva (2018) em 2005 o Brasil contava com uma potência instalada
para geração de energia elétrica de 93 GW, onde destes 71 GW eram provenientes
de fontes hidráulicas, esse valor corresponde a 76,5% da capacidade de geração de
energia instalada. Já no ano de 2017 houve um crescimento de mais de 60% o país
teve um acréscimo de aproximadamente 60 GW em sua capacidade de geração.
Porem devido ao surgimento de novas formas de geração energética ocorreu uma
redução no aproveitamento hídrico na casa de 10% em relação as demais fontes.
No ano de 2018 o valor do aproveitamento hídrico para geração de energia
encontrava-se na casa de 99 GW, ainda com potencial de crescimento devido a
empreendimentos futuros à época.
O Estado do Paraná foi considerado no ano de 2005 o maior produtor de
energia elétrica da região sul e Mato Grosso do Sul, isso se deu devido a sua
capacidade instalada de 16 MW e pelo grande potencial hídrico onde sua principal
fonte foi o Rio Iguaçu (EPE, 2006).
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O Estado do Paraná é responsável por aproximadamente 16% da geração de
energia de fonte hidráulica do país e a sua matriz conta com 90% de fonte oriunda de
geração por meio de usinas hidrelétricas.

3.8 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL

Segundo a EPE (2016) apud Silva (2018) o consumo de energia elétrica no


Brasil tem se elevado ano após ano em função do desenvolvimento tecnológico e a
facilidade de acesso a boa parte da população a equipamentos eletrônicos e
eletrodomésticos.
Existe uma estimativa de que o consumo de energia elétrica alcance patamares
de aproximadamente 790 TWh, um aumento na casa de 33% levando em
consideração o ano Plano Decenal de Expansão de Energia 2024 (Silva, 2018).
Segundo Oliveira e Moura (2015), este aumento de consumo de energia
elétrica previsto tem um valor significativo, visto que nas últimas três décadas o
aumento anual médio no consumo de energia elétrica foi de 7,8%.
Outro estudo do Plano de Expansão de Energia apresenta uma estimativa
nacional para o aumento do consumo de energia elétrica com tendencia linear até o
ano de 2050 e valor aproximado de 1600 TWh (EPE, 2016).

3.9 REGIÃO OESTE DO PARANÁ

O Oeste do Estado do Paraná foi a ultima região a ser colonizada no estado,


este processo ocorreu em meados da década de 1940 (MAGALHÃES, 1998). A
urbanização nesta região ocorreu de forma mais intensa a partir do ano 2000,
consolidando Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo como cidades polos desta região
(RIPPEL, 2005).
Rippel (2005) ainda menciona que em relação ao desenvolvimento da região
Oeste do Paraná, a construção da Usina de Itaipu Binacional, interferiu de forma direta
na distribuição geográfica reservada ao espaço da população local, isto se deve
principalmente em função do lago que o processo de represamento do rio formou.
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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Características da área experimental

A área de estudo desta pesquisa envolve três bacias hidrográficas, Bacia do


Rio Iguaçu, Bacia hidrográfica do Rio Piquiri e Bacia do Paraná 3, situadas no Oeste
e Sudoeste do Paraná. Localizado na Região Sul do Brasil, o Estado do Paraná ocupa
uma área de aproximadamente 199.314 km².
A população a ser pesquisada será da região de Cascavel, Toledo e Foz do
Iguaçu, maiores municípios da região Oeste do Paraná, e que podem impactar
significativamente este- estudo.

4.2 Bacia do Rio Iguaçu

A bacia do Paraná 3 destaca-se pela usina de Itaipu na cidade de Foz do


Iguaçu. Seus principais afluentes são o Rio São Francisco Verdadeiro que nasce em
Cascavel, o Guaçu que nasce em Toledo, o São Francisco Falso que nasce em Céu
Azul e o Ocoí que nasce em Matelândia. (SEMA, 2010).
Vale ressaltar que a bacia Paraná 3 é sequência da Bacia do Rio Paraná que
tem como afluentes o Rio Tietê, Paranaíba e Paranapanema, dando grande vazão a
este rio.
As margens do rio Paraná, principalmente na região delimitada da bacia do
Paraná 3, sofreu grandes alterações após a inundação causada pela construção da
usina hidrelétrica de Itaipu, necessitando adaptações no meio físico, social e biológico.

4.3 Bacia do Rio Piquiri

O rio Piquiri faz a divisa da região Oeste com as regiões Noroeste e centro
ocidental, sendo que na região Oeste do Paraná estão os afluentes da margem
esquerda do rio Piquiri.
O rio Piquiri tem 485 quilômetros de extensão e tem como principal afluente os
rios Cantu, Goio-Bang e Goioerê em sua margem direita e o rio Cobre em sua margem
esquerda. O uso do solo na região da bacia do rio Piquiri está concentrado
principalmente na atividade agropecuária (SEMA, 2010).
13
4.4 Bacia do Paraná 3

O aproveitamento hidrelétrico da bacia se destaca pelas usinas de Salto Santiago, de


Segredo, de Salto Caxias e de Salto Osório. O rio Iguaçu é formado pelo encontro dos
rios Irai e Atuba em Curitiba, seguindo por 1320 quilômetros até desaguar no Rio
Paraná.
Seus principais contribuintes são o rio Atuba, Passaúna, Barigui, Verde, Passa Dois,
da Várzea, Chopin, Palmital, Cavernoso, Adelaide, Gonçalves Dias, Castro Alves,
Ampére e Silva Jardim (SEMA, 2010).

4.5 Obtenção de dados

Inicialmente os dados sobre a matriz energética brasileira, bem como a geração


de energia hidroelétrica, serão obtidos através do Balanço Energético Nacional (BEN),
ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), SIGEL (Sistema de informação da
ANEEL), ANA (Agência Nacional de Águas), órgãos ambientais, bem como produções
científicas acerca desse assunto.
Como abordagem neste projeto será utilizado uma pesquisa quantitativa, que
se destina a obtenção de dados para posterior análise, de acordo com Vergara (2000)
a pesquisa quantitativa emprega dados estatísticos como centro de análise de um
problema.

4.6 Análise de geração de energia hidrelétrica

Será feita uma relação entre a geração de energia elétrica com os aspectos
hidrológicos dos rios que contribuem para o potencial hidráulico de geração das usinas
pesquisadas.
Os dados de geração distribuída no Oeste e Sudoeste do Paraná serão obtidos
através da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Bem como a quantidade
de empreendimentos e a carga instalada.

4.7 Avaliação do crescimento urbano no Oeste e Sudoeste do Paraná

Com uma população estimada em cerca de 333.073 mil habitantes e localizado


na região Oeste do Paraná, o município de Cascavel compreende uma área de
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2.091,199 km², sendo 112 km² correspondente a área urbana (IBGEa, 2021). De
acordo com o censo de 2021 a população estimada de Cascavel era de 226.073 mil
habitantes. O solo é classificado como latossolo roxo, terra roxa estruturada,
apresentando solos profundos e de boa capacidade de retenção de água, aeração e
permeabilidade. O município de Cascavel é um importante divisor de águas,
abrangendo três bacias hidrográficas: Bacia Hidrográfica do Rio Piquiri, Bacia
Hidrográfica do Rio Iguaçu e Bacia Hidrográfica do Paraná III (Figura 1). Além disso,
é composto por um grande número de nascentes encontradas tanto na área rural,
quanto no perímetro urbano.
O município de Foz do Iguaçu conta segundo o IBGEb (2021), conta com uma
população estimada de 257.971 mil habitantes, contido em um território de
aproximadamente 618.057 km² e densidade demográfica de 414,58 habitantes por
quilometro quadrado. O solo do município de Foz do Iguaçu, segundo o EMBRAPA
(2017) é do tipo Latosso distroférrico de textura argilosa. Foz do Iguaçu esta localizado
na bacia do Rio Paraná 3.
Também localizado na bacia do Rio Paraná 3 o município de Toledo conta com
uma área de aproximadamente 1198.049 km² e uma população estimada de 144.601
pessoas, tendo densidade demográfica de 99,68 habitantes por quilometro quadrado.
Possui solo classificado como latossolo roxo, terra roxa estruturada, apresentando
solos profundos e de boa capacidade de retenção de água, aeração e permeabilidade.
Assim como o município de Cascavel conta com uma grande área rural (IBGEc, 2021).
Com relação ao objetivo desta pesquisa, estes são de caráter exploratórios e
descritivo, onde a exploratória pretende com este projeto tomar conhecimento de por
meio de uma abordagem qualitativa-quantitativa. Dessa forma inicialmente busca-se
à por meio de levantamento de produções científicas sobre a matriz energética
brasileira e os possíveis impactos da urbanização e crescimento das cidades na região
Oeste do Paraná nas bacias deste estudo.
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5 RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se identificar se houve perda de capacidade de geração de energia


hidrelétrica influenciado pela baixa vazão dos rios localizado nas três bacias
hidrográficas, Bacia do Rio Iguaçu, Bacia do Rio Piquiri e Bacia do Paraná 3.
Busca-se, também, verificar se existe uma correlação entre o aumento
populacional na região das três bacias com a queda de capacidade de geração de
energia elétrica, na região estudada.
Com esse resultado, será possível apontar medidas de construção para áreas
urbanas, que ajudem a preservar as bacias hidrográficas.
16

REFERÊNCIAS

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