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Educação Ambiental para professores:

Práticas e Projetos

Wanderson Renato Silva de Jesus

Formação Inicial e
Continuada

+
IFMG
Wanderson Renato Silva de Jesus

Educação ambiental para professores: práticas e projetos


1ª Edição

Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
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reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do
Instituto Federal de Minas Gerais.

Pró-reitor de Extensão Carlos Bernardes Rosa Júnior


Diretor de Programa de Extensão Niltom Vieira Junior
Coordenação do curso Wanderson Renato Silva de Jesus
Arte gráfica Ângela Bacon
Diagramação Eduardo dos Santos Oliveira

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Índice para catálogo sistemático:
1. Não preencher

Não preencher

2021
Direitos exclusivos cedidos ao
Instituto Federal de Minas Gerais
Avenida Mário Werneck, 2590,
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG,
Telefone: (31) 2513-5157
Sobre o material

Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático,


incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de
forma autônoma e suficiente.
Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade
de acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR
disponível no fim deste livro.
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para
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Sugestões

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Palavra do autor

Prezado professor, prezada professora,

Vivemos em um mundo em constantes transformações graças às


ações antrópicas sobre o meio ambiente. As preocupações com as questões
ambientais são recentes, se compararmos com o tempo histórico da nossa
presença na Terra. E, a cada dia que passa, precisamos não só refletir, mas
agir com urgência para cuidar do nosso planeta e de nós mesmos, pois esta é
a nossa casa que, como disse certa vez um sábio nativo norte-americano, nós
tomamos de empréstimo das futuras gerações.
Você, como educador (a), será convidado a conhecer e discutir
um pouco mais sobre questões prementes, que estão no nosso cotidiano e
que afetam a nossa forma de viver em harmonia com o ambiente. Vamos
repensar sobre atitudes e práticas que podem ser agregadas à nossa prática
docente a fim de causar impactos positivos nos nossos alunos e alunas. A
responsabilidade é de todos nós e os discentes são potenciais multiplicadores
de boas práticas que podem ser compartilhadas com seus familiares. Assim,
a comunidade como um todo pode ser alcançada e os grandes
influenciadores serão os nossos alunos e alunas. Não é motivador?
Por fim, entendo que o aprendizado é uma construção coletiva e,
este curso é um espaço para a ampliação do debate. Ele não está fechado
em si mesmo, pelo contrário, está aberto para a contribuição de cada
professor e professora. Utilize, sempre que tiver dúvidas e sugestões, os
canais de comunicação para enriquecer a nossa caminhada. Vamos juntos!

Bons estudos!
Wanderson Renato Silva de Jesus.
Bons estudos!
Wanderson Renato Silva de Jesus.
Apresentação do curso

Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são
apresentados, sucintamente, a seguir.

Conhecer o histórico, a importância da educação ambiental


SEMANA 1
e legislações pertinentes.

Apresentar práticas em educação ambiental e discuti-las


SEMANA 2 com a preocupação da redução dos impactos da ação
antrópica.

Conhecer ferramentas e estratégias em projetos


SEMANA 3
relacionados à educação ambiental.

Carga horária: 30 horas.


Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais).
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento


quando eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância


no texto.

Dica do professor: novas informações ou


curiosidades relacionadas ao tema em estudo.

Atividade: sugestão de tarefas e atividades


para o desenvolvimento da aprendizagem.

Mídia digital: sugestão de recursos


audiovisuais para enriquecer a aprendizagem.
Sumário

Semana 1 – Importância da Educação Ambiental ......................................... 15


1.1. Educação Ambiental: breve histórico ................................................. 15
1.2. Educação Ambiental: Ações Políticas e Educação............................. 17
Semana 2 – Educação ambiental na prática ................................................. 19
2.1 Por que a educação ambiental deve ser uma prática? ....................... 19
2.2 O que deve ser praticado então? ....................................................... 20
2.3 Relatos de experiências de EA fora do ambiente escolar................... 21
Semana 3 – Educação ambiental e projetos ................................................. 29
3.1 O uso da compostagem no Campus Ibirité......................................... 29
3.2 O manejo de pombos na Escola Municipal Elisa Buzelin ................... 30
3.3 Visita virtual na Gruta Rei do Mato ..................................................... 33
Referências ................................................................................................... 37
Currículo do autor.......................................................................................... 39
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 41
Semana 1 – Importância da Educação Ambiental Plataforma +IFMG

Objetivos
Conhecer o histórico, a importância da educação ambiental e
legislações pertinentes.

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala


virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”.

1.1. Educação ambiental: breve histórico

Como ponto de partida do nosso curso vamos citar eventos importantes


relacionados à Educação Ambiental. Tais eventos são necessários para situarmos nossa
reflexão no espaço e no tempo.
O primeiro marco significativo data de 1962 quando Rachel Carson lança o livro
Primavera Silenciosa. A autora apresenta uma série de consequências desastrosas sobre
o uso abusivo de produtos químicos que impactavam negativamente o ambiente. A
sociedade passou a usar a ecologia para criticar a civilização industrial. As pessoas
começaram a se preocupar ainda mais com a poluição que afetava a qualidade de vida.
Cidades como Londres e Nova York sofriam com a poluição atmosférica advinda da
queima de combustíveis fósseis.
Em 1968 foi fundado o Clube de Roma, que tinha como objetivo elaborar um projeto
sobre o dilema da humanidade. Um grupo de pessoas ligadas a grandes indústrias e
institutos de pesquisa discutiam a característica global dos problemas ambientais e o ritmo
exponencial do seu crescimento, se medidas urgentes não fossem tomadas. Era
necessário impor limites para o desenvolvimento e crescimento da economia mundial. Em
1972 o grupo publicou o trabalho “Os Limites do Crescimento”.
Uma resposta a tais preocupações foi a Conferência de Estocolmo, ocorrida em
1972. Nesta reunião foram discutidas questões sobre desenvolvimento e ambiente e surgia
o termo eco desenvolvimento. Foi a primeira vez que políticos, sociedade civil e ONU se
reuniram para discutir os problemas ambientais oficialmente.
No Brasil, em 1973, foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) o
que mostrava a preocupação do país com as questões discutidas nos encontros
anteriores.

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Plataforma +IFMG

Em 1975, na cidade de Belgrado, a UNESCO, em colaboração com o Programa das


Nações Unidas para o Meio Ambiente, criou o Programa de Internacionalização de
Educação Ambiental.
A globalização das discussões sobre Educação Ambiental (EA) alcançou outro
patamar em 1977, quando ocorreu a Conferência Intergovernamental de Tbilisi, na
Geórgia. Neste encontro foram estabelecidas prioridades para aplicação da EA, com
caráter mais educativo. O documento produzido nesta ocasião tornou-se referência para os
responsáveis pela EA em todos os âmbitos, com finalidades, princípios e estratégias para
seu desenvolvimento.
Em nosso país, o governo publica o Decreto número 88.351/83 determinando a
necessidade da inclusão da Educação Ambiental nos currículos escolares nos ensinos
fundamental e médio.
No início dos anos 90 foi realizada a Conferência Internacional sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro. O objetivo central
era estabelecer estratégias e acordos globais para a proteção do meio ambiente em sua
integralidade. Neste encontro 176 países enviaram representantes e as desigualdades
entre eles ficaram evidente: países ricos e pobres tinham interesses contraditórios. Alguns
países do hemisfério Norte não assumiram responsabilidades quanto ao investimento de
recursos financeiros para proporcionar o desenvolvimento sustentável que se buscava. O
principal documento produzido neste encontro foi a “Agenda 21”, um programa de ação
que procurava viabilizar um novo padrão de desenvolvimento.
Ainda nos anos 90 foram realizadas outras reuniões importantes, como o I
Congresso Ibero-americano de Educação Ambiental, em Guadalajara, México (1994) e a
Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização
Pública para a Sustentabilidade, Grécia (1997).
No Japão, em 1997, a ONU reuniu os seus países integrantes em Kyoto para firmar
acordo relacionado à redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa. A
preocupação em tela era o aumento da temperatura média da Terra, também conhecido
como aquecimento global. Foram criadas diretrizes para amenizar este impacto, que
obviamente se relaciona aos modos de produção industrial da sociedade mundial. Os
Estados Unidos, por exemplo, não aprovaram o protocolo proposto.
Dez anos após a ECO-92 foi realizada a Rio+10, em Johanesburgo, África do Sul
(2002). Também conhecido como Encontro da Terra teve a finalidade de avaliar as
decisões tomadas no Rio de Janeiro. A ideia era verificar o que havia sido realizado na
década passada e renovar os compromissos. Era preciso traçar formas de alcançar os
objetivos definidos no Brasil.
A reunião Rio+20 foi realizada em 2012, novamente no Brasil. De acordo dom o
Ministério do Meio Ambiente, 183 países se inscreveram para o encontro organizado pela
ONU e o objetivo seria a tomada de decisões sobre o desenvolvimento com inclusão.
Tratava-se, pois de uma geopolítica do desenvolvimento. As questões centrais deste
encontro foram a economia verde, a sustentabilidade e o combate a pobreza.

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1.2. Educação ambiental: ações políticas e educação

Segundo Cruz e Maia (2015) a década de 1990 consolidou a preocupação do


mundo com as questões ambientais, notadamente com o desenvolvimento sustentável.
Neste contexto surge a EA como estratégia para a ampliação de ações capazes de mitigar
os impactos causados pelo homem na natureza.
Como vimos no histórico apresentado, a EA já estava presente nas conferências e
congressos anteriores, mas a Agenda 21 elevou a discussão para outro patamar. Este
documento traz um capítulo com o título “Promoção do Ensino, da Conscientização e do
Treinamento”, no qual podemos achar a valorização das atitudes, dos valores e das ações
voltadas para o desenvolvimento sustentável.
Mas afinal, o que é o desenvolvimento sustentável? Na década de 1980, o relatório
“Nosso Futuro Comum” produzido pela Comissão de Brundtland durante a Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento apresenta as seguintes definições que
nortearão nossas discussões:

“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as


necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de
atender suas próprias necessidades.”

“Um mundo onde a pobreza e a desigualdade são endêmicas estará sempre


propenso às crises ecológicas. O desenvolvimento sustentável requer que as
sociedades atendam às necessidades humanas tanto pelo aumento do potencial
produtivo como pela garantia de oportunidades iguais para todos.”

“Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos
padrões de consumo de energia... No mínimo, o desenvolvimento sustentável não
deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera,
as águas, os solos e os seres vivos.”

“Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no


qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação
do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e
reforçam o atual e o futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades
humanas.”

- do Relatório Brundtland, “Nosso Futuro Comum.”

Retomando a Agenda 21 no nosso país, encontramos o estímulo ao debate para a


educação voltada para a sustentabilidade. Aqui temos que convergir para um pensamento
em torno da temática “educação para a sustentabilidade”. Esta questão, suscitada pelos
autores Cruz e Maia (2015) se desdobra em outras que eles nos convidam às seguintes
reflexões: Que sustentabilidade? De quê? Para quem? Para o quê?

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Plataforma +IFMG

Pessoa e Braga (2010) associam a garantia da melhoria de qualidade de vida com a


percepção do indivíduo e da sociedade para a manutenção das condições ambientais. Os
autores afirmam que a Educação ambiental pode ser um meio que permita aos sujeitos a
busca pela sensibilização e responsabilização pela construção de melhores condições de
vida. Isto só será possível com a participação de indivíduos politizados e com uma visão
mais ampla do ambiente em que estão inseridos.
Na Lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental no Brasil (n° 9795/99),
temos a garantia de que todos têm direito à EA. O primeiro artigo da lei traz a seguinte
redação:

“Entendem-se por Educação Ambiental os processo por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”

E, para assegurar este direito o governo coloca a responsabilidade na sociedade


como um todo. De fato, se pensarmos no nosso país que tem dimensões continentais,
vamos nos deparar com distintas realidades e problemas ambientais. De acordo com Dias
(2003) apud Pessoa e Braga (2010) as propostas de EA resultantes de todos os encontros,
congressos, conferências e debates podem ser agrupadas em três pilares fundamentais:
abordagem interdisciplinar, práticas educativas permanentes e busca constante de
mitigação dos problemas ambientais.
Cruz e Maia (2015) problematizam a questão da padronização apresentada nos
vários documentos, a partir do período conhecido como Década para o Desenvolvimento
Sustentável (2005-2014).

Atividade: Para concluir a primeira semana de


estudos, vá até a sala virtual e participe do Fórum “Meu
curso”. Inicie uma nova publicação ou contribua com a
publicação de algum outro colega, considerando a
seguinte questão: por que é importante conversar sobre
educação ambiental?

Nos encontramos na próxima semana.


Bons estudos!

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Semana 2 – Educação ambiental na prática Plataforma +IFMG

Objetivos
Apresentar práticas em educação ambiental e discuti-las com
a preocupação da redução dos impactos da ação antrópica.

2.1 Por que a educação ambiental deve ser uma prática?

Na primeira semana do nosso curso vimos um pouco sobre o histórico da EA e um


pouco sobre a legislação que a cerca. Agora vamos perceber que a EA é um conceito
amplo e que depende do contexto no qual as pessoas estão inseridas. De acordo com o 2o
artigo das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, ela é uma
atividade intencional da prática social que visa potencializar a ação humana com finalidade
de torna-la plena de prática social e ética ambiental. Assim, cada indivíduo envolvido é
responsável por observar e refletir sobre as questões que o cerca e que impacta em sua
qualidade de vida. Todos somos igualmente capazes de propor mudanças naquilo que nos
afeta, buscando caminhos que possam conduzir outros a tornar-se sensíveis na
construção de caminhos mais sustentáveis.
De acordo com Meyer (1991) para começar um trabalho de educação ambiental é
necessário estimular as pessoas a observar e fazer suas leituras dos ambientes em que
vivem. Os alunos podem aprender e construir seu conhecimento a partir de suas vivências
individuais e coletivas, o que pode inclusive contribuir para a transformação de suas
realidades. A autora sugere ainda que visitar locais que podem servir de campo de
trabalho ou pesquisa permite aos envolvidos obter informações diretamente da fonte, algo
que não acontece apenas com o uso de livros didáticos. Faz-se, portanto, necessário que
o docente estenda a sua sala de aula para além das paredes físicas da escola.
Uma estratégia pedagógica que a autora sugere para concretizar uma prática é a
construção de um MAPEAMENTO AMBIENTAL, o que ela define como:

“(...) um inventário, um levantamento e um registro da situação ambiental do bairro


e da cidade em seus múltiplos aspectos como: saneamento (água, esgoto e lixo),
energia elétrica, transporte, tipos de moradia e materiais de construção, flora e
fauna, recursos hídricos e minerias, indústria e comércio, organização social do
trabalho, serviços de saúde, patrimônio histórico, artístico, arquitetônico, áreas de
lazer, agricultura, pecuária, hábitos alimentares e crenças’.

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Plataforma +IFMG

A partir da estratégia de mapeamento ambiental percebemos que não existe uma


fórmula mágica para produzir uma prática. Por outro lado, não é algo extremamente
complexo, embora haja a necessidade capacitação e dedicação de quem se propõe a
investigar o seu ambiente. Uma premissa básica seria a identificação das origens e
consequências dos problemas que são significativos para aquela comunidade onde se
deseja atuar. Por isto Meyer (1991) acredita que através do mapeamento ambiental os
docentes e os alunos têm a possibilidade de construir um aprendizado focado em suas
escolas, bairros ou cidades.

2.2 O que deve ser praticado então?

Conforme vimos, cada contexto determinará o que melhor se aplica, ou seja, não
existe uma fórmula rígida. Um exemplo de plano de EA apresentado pela EMAS
consultoria (2020) coloca como ponto de partida a visita ao local em que o projeto será
aplicado. Acrescenta-se ainda que o público alvo e outras variáveis precisam ser
consideradas no primeiro momento, também conhecido como RECONHECIMENTO.
Perguntas que podem ser levantadas, de acordo com EMAS consultoria (2020) seriam:

- Quais problemas ambientais a cidade/bairro possui no momento?


- O que os alunos sabem a respeito?
- O que ainda não trabalharam em sala?
- Qual o comportamento deles em relação às questões ambientais?

A partir do primeiro levantamento o profissional passa a definir a temática a ser


trabalhada com os alunos. Por isto é importante obter o máximo de informações na fase
inicial. Apenas como exemplo, podemos citar as seguintes temáticas:

- Causas e efeitos das mudanças climáticas;


- EA e saúde;
- Políticas públicas, programas e ações,
- Impactos, riscos e desastres ambientais;
- Gestão dos recursos hídricos;
- Tratamento de resíduos e saneamento.

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Plataforma +IFMG

Muitas também são as metodologias que podem ser empregadas para se alcançar
os objetivos que se pretende. Aqui a escolha depende de fatores como: habilidades e
aptidões do profissional, faixa etária do público alvo, espaço e recursos disponíveis, dentre
outros. Exemplos de estratégias que podem ser usadas são: oficinas, teatro, feiras,
construção de hortas e jardins, compostagem, hidroponia, maquetes, produção de vídeos e
palestras.
Após definição da temática e da metodologia, devem-se planejar as ações e
executa-las. Para o planejamento recomenda-se faze-lo com antecedência e prever
possíveis ajustes durante o processo. Caso a prática escolhida envolva construção de
estruturas, o monitoramento e acompanhamento são necessários para a manutenção e
avaliação constantes.

2.3 Relatos de experiências de EA fora do ambiente escolar

Uma das minhas experiências profissionais fora do ambiente formal de sala de aula
ocorreu em um Jardim Zoológico. Trabalhei por sete anos na Fundação
Zoobotânica de Belo Horizonte (FZB-BH). Naquela ocasião fiz parte do Serviço de
Educação Ambiental (SEA), setor que desenvolve atividades de EA no Jardim Zoológico,
no Jardim Botânico, no Aquário da Bacia do Rio São Francisco e no Parque Ecológico
Promotor José Lins do Rego, na orla Pampulha. Além do público geral, o atendimento
também é agendado para grupos diversos, com maior procura por escolas do ensino
fundamental das redes públicas e privadas do Estado de Minas Gerais.

O Jardim Zoológico de Belo Horizonte foi fundado em 1959 e desde o século


passado muitas mudanças aconteceram, inclusive na concepção da exposição dos
animais em recintos. Não havia, no inicio, a preocupação com EA. A ideia básica era a
contemplação dos animais em recintos. Com o passar das décadas, já no final dos anos 90
foi criado o SEA, responsável por desenvolver estratégias para auxiliar na sensibilização
dos visitantes para o cuidado e preservação das espécies, com a ideia fundamental de que
o homem só é capaz de amar e cuidar daquilo que ele conhece.

Um dos focos da FZB-BH é a preservação das espécies animais e vegetais a partir


de uma visão holística, integrando o ser humano ao meio ambiente. Os desafios e as
possibilidades são diversos e os técnicos e estagiários do SEA utilizam muitas estratégias
para levar informação e conhecimento para o público. Passaremos a citar algumas delas,
sem esgotar o assunto, que por si só é muito vasto e dinâmico.

O primeiro relato que vamos expor aqui refere-se ao equipamento conhecido como
Aquário da Bacia do Rio São Francisco. Lá foram realizadas diversas exposições e oficinas
temáticas. Tudo foi planejado para representar a bacia hidrográfica: o plantel, tanques,
cenografia, painéis e auditório para receber os visitantes. As próximas duas fotos mostram
diferentes momentos de um mesmo tanque. Com isto quero exemplificar que mais importa
a criatividade e as ideias do professor do que ter recursos mirabolantes. Muitas vezes, com
materiais simples, reciclados, reaproveitados ou reutilizados podemos desenvolver uma
oficina que nos permitirá boas discussões com os alunos. Nos dois casos citados foram

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Plataforma +IFMG

usados materiais bem simples: no primeiro, resíduos coletados na orla da Lagoa da


Pampulha para a primeira exposição e, no segundo, varas de bambu, linhas de náilon,
pedaços de arame, peixes de plástico e banners sobre os animais. Todos estes materiais
podem ser adaptados ou substituídos por outros que os docentes tenham disponíveis na
escola.

Figura 1 – Tanque de contato na FZB-BH.


Fonte: o próprio autor.

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Figura 2 – Oficina de pesca na FZB-BH


Fonte: o próprio autor.

Figura 3 – Oficina de pesca em Ipatinga-MG.


Fonte: o próprio autor.

As ideias básicas de uma prática educativa podem ser replicadas, com as


adaptações necessárias, em ambientes distintos, permitindo boas reflexões e aprendizado.
Como se vê na figura 3, um espaço com peixes feitos em material plástico (PVC) e
plotados com as imagens dos animais encontrados no Rio São Francisco foi reproduzido
em um espaço educativo na cidade de Ipatinga-MG. A exposição foi construída após uma
visita ao Aquário da Bacia do Rio São Francisco em Belo Horizonte. Os responsáveis
fizeram uma visita técnica prévia a FZB-BH, trocaram ideias, pediram sugestões aos
biólogos da fundação e decidiram reproduzir a oficina para atender as escolas da região do
Vale do Aço, Leste de Minas Gerais.

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Figura 4 – Exposição de banners sobre os peixes da oficina.


Fonte: o próprio autor.

Figura 5 – Painel com informações sobre a bacia hidrográfica do Rio São Francisco.
Fonte: o próprio autor.

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Na escola, o professor pode trabalhar esta temática a partir das vivências dos
alunos e dos seus familiares: podem ser feitas entrevistas com os adultos sobre suas
lembranças afetivas dos rios que conheciam na infância, por exemplo. Realizar visitas
técnicas nos cursos d’água da cidade, ver as condições de poluição ou não, saber sobre a
existência de redes de tratamento de esgoto, registrar em foto ou vídeo, produzir relatórios,
discutir em sala, produzir cartazes e folhetos, divulgar na comunidade, enfim, cabe ao
educador escolher as estratégias que melhor se encaixam na sua realidade.

Parte do processo de aprendizado do professor depende da constante ida a campo


em busca de novas informações para soluções de temas que são condizentes com sua
turma. Muitas vezes as instituições oferecem atividades voltadas para um conjunto de
professores. O Jardim Botânico de Belo Horizonte oferece cursos para os professores que
querem trabalhar com as plantas. Visitas orientadas aos espaços de produção de mudas,
de coleções botânicas, de composteira, conversas com os técnicos e jardineiros ajudam a
preparar para uma futura visita com os alunos. Desta forma, ao agendarem a atividade
conhecida como “oficina de plantar”, no qual os alunos aprendem a preparar um substrato,
como se repica uma espécie ornamental, eles já estarão aptos a conversar sobre a
importância de se viver em uma cidade arborizada. Além disto, a atividade pode despertar
o interesse em todos, a partir do simples ato de colocar a mão na terra, preparar o solo ou
um vaso para receber um ser vivo, que contribui para a melhoria do clima e qualidade do
ar do planeta.

Figura 6 – Professores caminham na área do Jardim Botânico de BH.


Fonte: o próprio autor.

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Figura 7 – Capacitação para professores na FZB-BH.


Fonte: o próprio autor.

O Parque do Sumidouro, localizado na cidade de Lagoa Santa oferece atividades


para visitantes com a inserção de temas relacionados à arqueologia. As crianças são
convidadas a participar de trilhas interpretativas, fazer escavações em tanques de areia e
pinturas rupestres em um muro. Atividades semelhantes também são desenvolvidas, por
exemplo, no Museu de História Natural da PUC-MG. Em ambos os espaços os materiais
usados também são simples de ser encontrados, tais como papel, tinta guache, moldes
gesso, tanque de areia, muro, painel ou flip-chart.

Trabalhar em grupos, trocar experiências com professores de outras instituições,


conhecer sobre as atividades que podem ser agendadas em espaços de visitação,
envolver-se com a comunidade na qual a sua escola está inserida são atitudes que ajudam
a potencializar as nossas ações. As práticas das quais nos apropriamos precisam fazer
sentido para os alunos, se não correm o risco de ser uma mera repetição de conteúdos ou
um simples cumprimento de atividade direcionada pelo professor. É importante que o
docente esteja sempre atento às oportunidades que espaços públicos e privados
oferecem. Cursos teóricos de capacitação e atualização são muito valiosos para o
professor, mas não substituem a experiência em campo.

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Plataforma +IFMG

Figura 8 – Muro para crianças simularem pinturas rupestres.


Fonte: o próprio autor.

Figura 9 – Pintura de “fósseis” produzindo em gesso.


Fonte: o próprio autor.

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Plataforma +IFMG

Mídia digital: Assista a videoaula da Semana 2.

Atividade: Para concluir a segunda semana de


estudos, vá até a sala virtual e participe do Fórum “Meu
curso”. Descreva para os seus colegas uma experiência
prática de educação ambiental que você já desenvolveu
em sua escola.

Até a próxima semana!

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Semana 3 – Educação ambiental e projetos

Objetivos
Conhecer ferramentas e estratégias em projetos
relacionados à educação ambiental.

3.1 O uso da compostagem no Campus Ibirité

Primeiro precisamos ter em mente que um projeto envolve algumas etapas que
precisam ser mais bem elaboradas do que uma prática, embora ambos sejam importantes.
Vimos que as práticas surgem em nosso ambiente de acordo com as nossas necessidades
de mudanças para uma vida mais saudável. Muitas vezes a elaboração de um projeto
começa com uma atitude prática que surge após um processo reflexivo de um indivíduo ou
de um coletivo. O primeiro exemplo que vamos discorrer é sobre a compostagem realizada
no Campus Ibirité.
A atividade foi desenvolvida por uma docente do Campus Ibirité e a prática da
compostagem foi seguida por um projeto, o que envolveu etapas como: revisão de
literatura, metodologia, objetivos e resultados. No projeto da professora Thaís Felicori
intitulado “A prática da compostagem como agente de educação ambiental transformadora
no Instituto Federal de Minas Gerais – campus Ibirité”, os alunos do ensino médio técnico
participaram de uma pesquisa de campo qualitativo-descritiva para fins de investigação da
percepção ambiental dos mesmos, a partir dos compostos orgânicos gerados na própria
escola.
No contexto em questão, a professora envolveu os alunos e demais servidores do
campus em práticas relacionadas à gestão dos resíduos sólidos. Desde a sua
inauguração, a coleta seletiva é uma realidade no campus. Para se consolidar como um
projeto, após perceber que os alunos já tinham desenvolvido autonomia para executar as
atividades, a docente aguardou o decorrer de um ano para seguir para as etapas de
observação, coleta de dados e registros de variáveis. Ao final, ela verificou que os alunos
que participaram tiveram uma mudança em seu comportamento e um novo olhar sobre o
tratamento de resíduos sólidos.

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Pró-Reitoria de Extensão 29
Figura 10 – Alunos trabalhando com compostagem.
Fonte: www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5789 (acesso em 21/10/2020).

3.2 O manejo de pombos na Escola Municipal Elisa Buzelin

Em muitas escolas temos a convivência, nem sempre harmônica, entre comunidade


escolar e os animais. Os vertebrados mais comuns nas regiões metropolitanas, que
causam algum tipo de transtorno nas atividades diárias são os cães, os gatos e os
pombos. Algumas práticas podem mitigar a presença dos animais, outras tendem a
agravar os problemas. Em um projeto desenvolvido na Escola Municipal Elisa Buzelin, em
Belo Horizonte, houve a necessidade da prática de manejo dos pombos que
compartilhavam com professores e alunos as edificações. Para tal, foram seguidas as
etapas básicas de um projeto, tais como revisão de literatura, metodologia, objetivos e
resultados. O projeto teve a abrangência além dos muros da escola pois envolveu a
comunidade do seu entorno. Os professores envolvidos no projeto conversaram com
biólogos e veterinários para busca de orientação quanto ao tratamento daquela realidade.
A partir de então orientaram os discentes e demais profissionais da escola. Os alunos
produziram materiais como folhetos e cartazes para divulgação da situação-problema. Os
professores se envolveram com a atividade e levaram os alunos em uma caminhada pelas
ruas do bairro para informar e conscientizar a população sobre as consequências dos
animais no interior da escola. Sensível ao movimento que emergiu no local a direção ouviu
as soluções apontadas pela comunidade e conseguiu recursos para instalação de telas
nos telhados para impedir a nidificação e a reprodução das aves.
A atividade foi apresentada como requisito para conclusão do curso de
especialização em Educação Ambiental com o título “As consequências das relações
humanas com os pombos urbanos”. Como toda intervenção é dinâmica, seus
desdobramentos devem ser acompanhados ao longo do tempo. Neste caso específico
houve impactos positivos nesta escola e em outras que receberam a notícia da redução da

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presença de pombos no ambiente escolar. Contudo, foi verificado que eles deslocaram o
nicho reprodutivo e passaram a nidificar em residências próximas às escolas, aumentando
a densidade populacional nas casas.

Figura 11 – Presença de pombos no telhado da escola.


Fonte: o próprio autor.

Figura 12 – Faixa produzida para conscientizar a comunidade.


Fonte: o próprio autor.

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Figura 13 – Alunos divulgando o projeto nas ruas do bairro Piratininga, BH.
Fonte: o próprio autor.

Figura 14 – Viseira produzida pelos alunos durante o projeto.


Fonte: o próprio autor.

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Figura 15 – Atividades desenvolvidas em sala de aula.
Fonte: o próprio autor.

3.3 Visita virtual na Gruta Rei do Mato

A educação ambiental também precisa ser inclusiva. Espaços de visitação pública


têm esta consciência e várias práticas são adotadas, desde a produção de material em
Braile como os exemplares que estão disponíveis na Zooboteca do Jardim Zoológico de
BH até a trilha interpretativa adaptada, na Usina Hidrelétrica de Peti (CEMIG) em Santa
Bárbara-MG. Esta última, criada com o apoio do Instituto São Rafael de Belo Horizonte,
permite incluir pessoas portadoras de deficiência visual ao apresentar uma corda com
diversos nós ao longo do caminho: nos locais sinalizados há placas em Braile. Ali existem
árvores, folhas ou sementes que permitem sua percepção através de sentidos como o tato
e o olfato.
Um projeto que foi desenvolvido com a preocupação de inclusão de visitantes foi
apresentado na gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, Minas Gerais. Com o título “Uso da
realidade virtual como ferramenta tecnológica para apoio de visitantes no Monumento
natural Estadual Gruta Rei do Mato”, ele foi desenvolvido como requisito para obtenção do
título de Mestre no Centro Universitário de Sete Lagoas (UNIFEMM).
Neste projeto nós partimos da prática da visitação pública em grutas no Estado de
Minas Gerais. O campo de trabalho escolhido foi o Monumento Natural Estadual Gruta Rei
do Mato, em Sete Lagoas. A preocupação foi incluir os visitantes que não conseguiam
acessar os espaços de visitação devido à dificuldade de locomoção. A estratégia adotada
foi usar recursos tecnológicos para imersão das pessoas em um ambiente que reproduz o
interior dos espaços de visitação. Para a construção do projeto foi necessário realizar

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Pró-Reitoria de Extensão 33
revisão da literatura, estabelecer metodologias, objetivos e produzir resultados. Por se
tratar de uma atividade de um curso de mestrado profissional, o produto final foi a
apresentação do vídeo em 360 graus com a visita virtual da gruta, para ser assistido com o
uso de óculos especiais (realidade virtual).
A partir da pesquisa da literatura sobre o tema, constatamos escassez de artigos
produzidos sobre realidade virtual e educação ambiental. A riqueza das formações
espeleológicas e a degradação dos ambientes causada pela ação antrópica é algo que
precisa ser discutido com os alunos, mas devido aos declives e degraus presentes nestes
espaços, alguns não conseguem acessar o interior das cavernas. Existe um risco muito
grande de acidente ao se carregar uma pessoa que precisa se deslocar com o auxílio de
uma cadeira de rodas, por exemplo. No momento em que tomamos ciência destas
situações, buscamos recursos tecnológicos viáveis e desenvolvemos uma atividade capaz
de mostrar a gruta Rei do Mato para todos.
Devido à pandemia do Covid-19, o projeto não foi executado in loco no ano de 2020.
Como os espaços físicos ficaram fechados para a visitação pública durante vários meses,
surgiu a ideia de apresentar o vídeo desenvolvido na página oficial do Instituto Estadual de
Florestas (IEF) no Youtube. Assim, mesmo com a gruta fechada, muitas pessoas puderam
participar de uma visita em 360 graus, em seus computadores e celulares.

Figura 16 – Criança realizando visita virtual à gruta.


Fonte: o próprio autor.

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Figura 17 – Formações espeleológicas da gruta Rei do Mato.
Fonte: o próprio autor.

Mídia digital: Assista a videoaula da Semana 3.

Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu


certificado, vá até a sala virtual e responda ao
Questionário “Avaliação geral”.
Este teste é constituído por 10 perguntas de múltipla
escolha, que se baseiam em assuntos tratados no
nosso curso.

Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco.

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Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco!

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Referências

BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 02/07/2020.
CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. São Paulo: Editora Melhoramentos, 1969.

COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD).


Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1988.

CRUZ, L.G.; MAIA, J.S.S. Educação ambiental na prática dos professores da educação
básica: políticas públicas e desenvolvimento sustentável. Ambiente & Educação, v. 20, n.1,
p. 4-16, 2015. Disponível em <https://periodicos.furg.br/ambeduc/article/view/5775>.
Acesso em 02/07/2020.

EMAS JR CONSULTORIA. PEA como solução para a educação ambiental na escola.


Disponível em <http://materiais.emasjr.com.br/plano-de-educacao-ambiental>. Acesso em
07/07/2020.

FELICORI, T. C.; FRANCO, R. A. S. R. A prática da compostagem como agente de


educação ambiental transformadora no Instituto Federal de Minas Gerais – campus Ibirité.
Research, Society and Development, v. 09, n. 08, p. e597985789, 2020. Disponível em
<http://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5789>. Acesso em 21/10/2020.

MEYER, M. A. A. Educação ambiental: uma proposta pedagógica. Disponível em


<https://cursoeduambientalifbaiano.files.wordpress.com/2012/08/texto-meyer-sobre-
mapeamento-ambiental.pdf>. Acesso em 05/07/2020

PESSOA, G. P.; BRAGA, R. B. Educação Ambiental escolar e qualidade de vida: desafios


e possibilidades. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 24, p. 142-
155, 2010. Disponível em <https://periodicos.furg.br/remea/article/view/3882/2319>.
Acesso em 02/07/2020.

37
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Currículo do autor

Wanderson Renato Silva de Jesus: Licenciado em Ciências Biológicas pela


Universidade Federal de Minas Gerais (2003), especialista em Ensino de
Ciências pela FaE / UFMG (2005), em Educação Ambiental pela UEMG (2014) e
mestre em Biotecnologia e Gestão da Inovação pela UNIFEMM (2019).
Atualmente é técnico em assuntos educacionais no IFMG - Campus Ibirité (MG),
lotado na Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão (DEPE), com atuação na área
pedagógica do instituto. Possui experiência de 10 anos na docência nos níveis
fundamental e médio de ensino formal nas redes pública e privada. Desenvolveu
atividades profissionais na área de educação ambiental na Fundação Zoo-
Botânica de Belo Horizonte durante 7 anos e na área de hidrobiologia, com ênfase em algas e
cianobactérias durante 3 anos na bacia do Rio Doce. Tem conhecimento nos seguintes temas: ensino
formal de Ciências e Biologia, educação ambiental e ensino não-formal principalmente em espaços como
em jardins zoológicos, aquários temáticos, jardins botânicos, museus, parques e grutas.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0340238000655691

Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão

Wanderson Renato Silva de


30/10/2020 Joice Rocha 27/05/2021 1.0
Jesus

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Glossário de códigos QR (Quick Response)

Mídia digital
Mídia digital
Apresentação do Semana 2
curso

Mídia digital
Nome do vídeo

41
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Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano


de 2020 concentrou seus esforços na criação do Programa
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG
cumprir seu papel na oferta de uma educação pública, de
qualidade e cada vez mais acessível.
Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe
multidisciplinar, contando com especialistas em educação,
web design, design instrucional, programação, revisão de
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais.
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos
setores institucionais e também com a imprescindível
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de
atuação.
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex
adquiriu estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de
iluminação e isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG.
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem,
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos.
Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado.

O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você!

Professor Carlos Bernardes Rosa Jr.


Pró-Reitor de Extensão do IFMG
Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

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