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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em ensino de Geografia

Dinâmica da Evolução Demográfica da População Moçambicana e Suas


Implicações

Juvêncio Morais Subuhana: 71210304

Quelimane, Agosto de 2022


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em ensino de Geografia

Dinâmica da Evolução Demográfica da População Moçambicana e Suas


Implicações

Trabalho de campo a ser submetido


a coordenação de curso de
licenciatura em ensino de geografia
da UniSCED

Tutor: Msc Heitor Sima Mafanela

Juvêncio Morais Subuhana: 71210304

Quelimane, Agosto de 2022


Índice
1. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivos....................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo Geral........................................................................................................4
1.1.1.1. Objectivos Específicos......................................................................................4
2. Revisão de Literatura............................................................................................................5
2.1. População.....................................................................................................................5
2.2. Natalidade....................................................................................................................5
2.3. Fecundidade.................................................................................................................5
2.4. Taxa de mortalidade.....................................................................................................5
2.5. Movimentos Migratórios..............................................................................................5
3. Dados estatísticos da População...........................................................................................6
3.1. Período Colonial...........................................................................................................6
3.2. Período pós-colonial.....................................................................................................7
4. Factores do comportamento demográfico da população moçambicana................................8
5. Impactos socioeconómicos e ambientais da dinâmica demográfica da população
moçambicana...............................................................................................................................8
5.1. Sócio-Economicos........................................................................................................8
5.1.1. Serviços de saúde.................................................................................................8
5.1.2. Serviços de Educação...............................................................................................9
5.1.3. Demanda de emprego.........................................................................................10
5.1.4. Ambientais.............................................................................................................11
6. Política de população......................................................................................................12
7. Finalidade da Política de população...................................................................................12
8. Objectivos da política de população...................................................................................12
9. Conclusão...........................................................................................................................14
10. Referência bibliográfica.................................................................................................15
1. Introdução

Moçambique vive desde 1975 uma transformação com precedentes históricos no


que tange a sua revolução demográfica. Uma transformação que dificulta a
disponibilidade dos trabalhadores na área de saúde e Educação que são sectores
necessários para uma cobertura eficaz das necessidades da população. A dinâmica da
população em Moçambique, é caracterizada por um crescimento elevado devido a
permanência de uma fecundidade elevada e uma continua Diminuição da mortalidade
coloca grandes desafios ao país devido à demanda dos serviços básicos como a saúde,
Educação e Emprego.

O presente trabalho debruça-se em torno da Dinâmica da Evolução Demográfica


da População Moçambicana e Suas implicações, que serve de trabalho de campo na
cadeira de Geografia da População, nos cursos de Licenciatura em Geografia, 2º Ano.
Em concernente as elaborações do mesmo usaram-se vários artigos publicados na
internet, livros, e entre outros, no que culminou a uma pesquisa bibliográfica.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar o impacto da dinâmica da evolução demográfica da população
moçambicana e suas implicações.
1.1.1.1. Objectivos Específicos
 Identificar os factores de comportamento demográfico da população
moçambicana;
 Descrever os Impactos socioecónomicos e Ambientais da dinâmica da
população moçambicana;
 Diferenciar os dados estatísticos da população no período colonial e pôs
colonial.

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2. Revisão de Literatura
2.1. População

Segundo Dima e Júnior (2011:44), “população é o conjunto de habitantes que


vivem num determinado lugar. E acrescentam que neste, é importante que existam
condições básicas para sua sobrevivência, tais como: campos de produção agrária,
hospitais, escolas, etc.”.

Ismael e Nanjolo (2010:68) conceituam população como sendo “o conjunto de


todos habitantes de uma área específica; grupo de indivíduos que coexistem num dado
momento e num determinado lugar”.

2.2. Natalidade

É o número de nascimentos que se regista num determinado lugar durante um


ano;

2.3. Fecundidade

Segundo Ismael e Nanjolo (2010), afirma que “a taxa de fecundidade é o número


de nascimento por ano em cada mil mulheres com idade entre 15-49 anos. O
comportamento da natalidade reflecte as condições socioeconómicas que influenciam a
fecundidade”.

2.4. Taxa de mortalidade

Refere-se ao número de óbitos verificados em um ano num universo de mil


habitantes.

2.5. Movimentos Migratórios

Considera-se como migração o movimento de entrada e saída, com ânimo


permanente ou temporário e com a intenção de trabalho e/ou residência, de pessoas ou
populações, de um país para outro.

Imigração – entrada de pessoas de um país ou região;

Emigração - saída de pessoas de um país ou região.

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3. Dados estatísticos da População
3.1. Período Colonial

“O ano 1891 é escolhido como referência inicial, por ser a data em que a
configuração territorial do que passou a ser conhecido por Moçambique foi estabelecida
definitivamente” (Newitt, 1997, p. 291).

Tal acontecimento histórico deu origem ao nascimento de Moçambique como


Estado moderno, de natureza colonial, que durou 84 anos.

Segundo Newitt (1997, p. 294), afirma que “Além disso, a delimitação


fronteiriça de Moçambique passou a fornecer enquadramento estruturante, para muitos
aspectos demográficos, sociais e económicos, nomeadamente: tamanho, estrutura e
dinâmica populacional, bem como distribuição geográfica, movimentos migratórios e
urbanização, entre outros”.

Em Moçambique, a população rondaria os 50 mil habitantes, no início do


milénio, tendo multiplicado seis vezes, até ao fim do 1º Milénio.

Newitt (1997, p. 295), enfatiza que:

“No 2º Milénio, as evidências indicam uma visível aceleração do


crescimento populacional, tanto mundial como africano e em
Moçambique. A população mundial aumentou 22 vezes, enquanto em
África aumentou 25 vezes e em Moçambique 59 vezes. No ano 1500 a
população em Moçambique terá atingido um milhão de habitantes; em
1820, ultrapassou os dois milhões de habitantes”.

Em 1891, a quando do nascimento do Estado moderno (colonial), Moçambique


possuía quase quatro milhões de habitantes. Desde 1891, Moçambique registou duas
duplicações da sua população total.

A primeira duplicação ocorreu no início da década de 1960, ao totalizar 7,6


milhões habitantes em 1961. A segunda duplicação ocorreu no período pós- colonial,
por volta de 1995, ao atingir 15,8 milhões de habitantes. Ou seja, foram precisos 70
anos para que a população duplicasse, entre 1891 e 1961, resultando num acréscimo
absoluto de 6,6 milhões de pessoas.

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Muanamoha (1995), afirma que “ao analisar a evolução das taxas de crescimento
observadas para Moçambique entre 1900 e 1970, constatou oscilações nas tendências do
crescimento. Enquanto de 1900 a 1910 a população tinha crescido anualmente a uma
taxa média de 2,1%, ela decresceu para 1,4% no período entre 1910 e 1920”.

Este declínio, de acordo com o Departamento de História da UEM (1993),


estaria associado a fugas maciças para as colónias vizinhas, causadas pela ocupação
militar e a imposição do imposto de palhota, por um lado, e, por outro, a uma emigração
de milhares de moçambicanos para o mercado de trabalho na África do Sul, Rodésia do
Sul e São Tomé e, ainda, a epidemias, fomes e ao recrutamento militar para as
campanhas no Norte do país, que, durante a I Guerra Mundial, causaram milhares de
mortes.

3.2. Período pós-colonial

“Entre 1974 e 1975, a taxa média anual desceu de 2,8% para 0,6%,
respectivamente. Desde a Independência, em 1975, a população duplicou até 2009, ano
em que atingiu 21,7 milhões de habitante” (INE, 1999).

Segundo INE (1999), afirma que “Nos últimos dois séculos, a população de
Moçambique aumentou 10 vezes, mas metade do referido aumento ocorreu nos últimos
35 anos (um quinto do período, apenas). Porém, na segunda duplicação, entre 1961 e
1995, apenas foram precisos 34 anos, resultando num acréscimo absoluto de 8,2
milhões de pessoas”.

Até meados do século XX, a taxa média de crescimento foi inferior a 1% ao ano
(0,87%, no período 1891-1950). No último meio século, observa-se uma aceleração
persistente na taxa de crescimento, superior a 2% ao ano. Todavia, a aceleração da taxa
de crescimento populacional sofreu quebras substanciais, em alguns períodos.

INE (1999), afirma que “Quebras que parecem ser devidas a mudanças mais
conjunturais (ex. políticas e sociais) do que estruturais. Nos anos seguintes a taxa
retomou níveis superiores a 2%, mas só até 1981. Nos anos seguintes, regista-se outra
quebra brusca, atingindo níveis negativos, com o pico mais baixo (-2,9%), em 1988”.

Desde 1991, observa-se a reposição dos níveis elevados, com um pico


excepcional em 1994, com um crescimento anual de 7,7%.
7
4. Factores do comportamento demográfico da população moçambicana

Segundo Santos (1996), afirma que “O crescimento de uma população é


resultado de três factores ou processos demográficos: natalidade, mortalidade e
migração. A natalidade é responsável pela adição da população via nascimentos, a
mortalidade pela subtração via morte, e a migração pela adição via imigração e
subtração via emigração”.

Santos (1996), afirma que “No período colonial os factores que explicam o
comportamento demográfico da população de moçambique são os seguintes”:

 A redução da corrente de trabalhadores migrantes moçambicanos para a


África do Sul, como consequência da redução da demanda de mão-de-
obra;
 A introdução de inovações tecnológicas na agricultura e o aumento da
produtividade agrícola;
 O aumento considerável da penetração administrativa na esfera da
produção;
 introdução, no sistema educacional de Moçambique, do “ensino
rudimentar”, obrigatório e destinado exclusivamente à população negra;
 O início de um desenvolvimento real dos serviços de saúde e assistência
sanitária no território, com a criação dos primeiros organismos
especializados no estudo e tratamento de doenças tropicais (Spence,
1965).
5. Impactos socioeconómicos e ambientais da dinâmica demográfica da
população moçambicana
5.1. Sócio-Economicos
5.1.1. Serviços de saúde

O rápido crescimento da população pode dificultar a, disponibilidade de


trabalhadores de saúde necessários para uma cobertura eficaz das necessidades da
população.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2006, 2010), afirma


que “países com menos de 25 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e parteiras)

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por 10000 habitantes geralmente não conseguem atingir o pacote das necessidades
essenciais de saúde e podem ter dificuldades em alcançar os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio nesta área”.

“Por exemplo, países nestas condições não conseguem atingir 80% dos partos
assistidos por profissional de saúde, nem de imunização contra o sarampo” (WHO,
2006: 11).

Em Moçambique, as implicações do elevado crescimento populacional nos


serviços de saúde, em particular a saúde materno-infantil, podem ser inferidas, em parte,
a partir da análise de alguns indicadores de cobertura dos serviços de saúde. O primeiro
indicador é o rácio de habitantes por médico.

Dada a actual dinâmica demográfica, caracterizada por elevadas taxas de


crescimento populacional, actualmente, a relação entre o número de habitantes e o de
médicos, no país, indica um rácio de 0.3 médicos por cada 10 mil habitantes.

“Este número é mais baixo, quando comparado, por exemplo, com o de Cabo
Verde, que é de 1 médico por cada dez mil habitantes (Rádio Moçambique, 2010), ou
com o da União Europeia, em 2001, que era de 1 médico por cada 283 habitantes”
(Grosse-Tebbe & Figueras, 2005).

Isto reflecte a escassez de médicos que o país enfrenta, num contexto de


crescimento contínuo da sua população, apesar dos avanços conseguidos nos últimos
anos (de 1980 a 2009, o país passou de 323 para 1042 médicos).

Durante os últimos 30 anos, Moçambique triplicou o número de médicos,


representando um crescimento médio anual de 4,0%. Assumindo que este número
cresça ao mesmo ritmo nos próximos 30 anos, o número de médicos em 2040 será
pouco mais de 3000 e, tendo em conta o crescimento da população dado pelas projeções
do (INE, 2010), este aumento só poderá representar um rácio de 1 médico para 15000
habitantes.

5.1.2. Serviços de Educação

“O rápido crescimento da população moçambicana e a consequente estrutura


etária jovem constituem um desafio para a capacidade do Estado de satisfazer as
necessidades de educação a muitas pessoas que anualmente procuram estes serviços. A

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educação representa um dos mais importantes custos de uma distribuição etária jovem,
em particular do ponto de vista de famílias individuais” (van de Walle, 1975).

Uma rápida expansão da população conduz à necessidade de investimentos


adicionais na área da educação e pode tornar difícil o alcance dos objectivos na área de
educação, quer sejam de cobertura, quer sejam de níveis de sucesso escolar.

Em Moçambique, devido ao elevado nível de fecundidade e à diminuição


contínua da mortalidade, a população em idade escolar cresce a um ritmo difícil de
acompanhar com investimentos capazes de satisfazer totalmente a demanda.

Devido ao facto de a mortalidade ser mais baixa na faixa etária escolar (6-12
anos) em relação à população como um todo, o seu ritmo de crescimento é mais rápido
do que o da população no geral. Por exemplo, no período 1950-2007, enquanto a
população total crescia a uma taxa anual de 2,0%, a população em idade escolar cresceu
a uma taxa de 2,3% ao ano.

Esta diferença é mais acentuada se considerarmos o último período


intercensitário, 1997-2007, onde a população total cresceu a 2,7% ao ano e a em idade
escolar a 3,6%.

No entanto, a comparação entre a população em idade escolar (6-12) e os


registos anuais do Ministério da Educação em relação à população em idade escolar a
frequentar a escola, de acordo com o levantamento de 3 de Março, mostra que a
percentagem de crianças fora da escola tem estado a diminuir significativamente.

Os dados dos últimos dois censos, revelam que a percentagem da população em


idade escolar básica, que no momento dos censos estava a frequentar uma escola,
aumentou de 40,2%, em 1997, para 64,5%, em 2007, representando um aumento a uma
taxa média anual de 8,3%.

No entanto, este aumento assinalável da cobertura escolar só conseguiu reduzir


a população em idade escolar fora da escola a uma taxa média anual de apenas 1,6%
cerca 1,5 milhões de crianças em idade escolar estavam fora da escola em 2007.

5.1.3. Demanda de emprego

Um crescimento populacional elevado aumenta o tamanho da força de trabalho


para além da capacidade do país criar investimento para absorver toda a demanda.

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Embora numa situação de elevada fecundidade a percentagem da população em idade
activa no total da população tende a não aumentar significativamente, em termos
absolutos este aumento é muito notório e não tem sido acompanhado pelo aumento na
oferta de emprego.

“De 1997 a 2007, o peso da população em idade activa baixou ligeiramente de


52,3% para 51,3%, mas em termos absolutos aumentou de 8,4 para 10,6 milhões de
habitantes. Com base nas projecções de população de Moçambique até 2040” (INE,
2010), é possível perspectivar o tamanho não só da população total, como também da
população em idade activa e da força de trabalho ou população economicamente activa.

Tendo em conta as projecções do INE, a população em idade activa e a força de


trabalho em 2040 serão quase o triplo dos valores de 2007, passando de 10,6 milhões
para 27,9 milhões e de 7,3 milhões para 19,6 milhões, respectivamente.

O crescimento rápido da força de trabalho pode ter implicações no aumento da


demanda do emprego, sobretudo do primeiro emprego. Assim, assumindo que as taxas
de emprego total e por idade e sexo registadas pelo inquérito integrado à força de
trabalho (IFTRAB 2004/5) (INE, 2006a) e as taxas específicas de actividades registadas
pelo Censo de 2007 se mantenham constantes até 2040, seria necessário criar
anualmente, em média, cerca de 300 mil novos postos de trabalho para absorver a
demanda por novos empregos, isto é, excluindo os postos de trabalho necessários para
absorver os que já estão desempregados como resultado das taxas actuais de
desemprego.

5.1.4. Ambientais

Em Moçambique, os problemas ambientais, no seu sentido mais restrito,


relacionam-se com a degradação do solo, erosão, desflorestamento, redução da fauna,
poluição do ar, das águas, destruição de mangais e queimadas descontroladas.

Nas zonas rurais, os problemas ambientais resultam de uma exploração


inadequada dos recursos pela população no processo da satisfação das suas necessidades
básicas.

Em particular, a degradação dos solos manifesta-se por:

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 Uma desigualdade na distribuição de terras de cultivo e,
consequentemente crescente uso de terras com grande declive ou pouco
férteis, o que acelera o empobrecimento;
 Práticas inadequadas tais como, a queima e corte de árvores para a
abertura de machambas;
 Utilização indevida dos agro-químicos;
 Gestão e manutenção inadequada dos sistemas de regadio e drenagem
que dão origem à salinização, alcanização e erosão dos solos;
 Abate indiscriminado das florestas para a produção de carvão vegetal e
queimadas que resultam na erosão e empobrecimento dos solos.

A nível urbano, os problemas ambientais apresentam características peculiares,


resultantes de uma forte e desordenada concentração populacional.

Com efeito: grande parte das cidades possui sistemas de saneamento deficientes
e obsoletos; falta generalizada de sistema de esgotos nas zonas suburbanas, contribuindo
para a contaminação do ambiente local com reflexos directos nos índices de doenças
infeciosas como as parasitárias, malária, bilharziose, cólera e diarreia; deficiente gestão
dos resíduos; ausência de uma gestão racional do espaço urbano.

6. Política de população

A política da população é uma parte integrante da estratégia geral do governo


para o desenvolvimento do país, devendo estabelecer objectivos, directivas e
mecanismos que visem minimizar e eliminar o impacto negativo de fenómenos
populacionais na sociedade moçambicana.

7. Finalidade da Política de população

A finalidade da política da população é influenciar os determinantes das


variáveis demográficas, nomeadamente os da mortalidade, fecundidade e migrações,
com vista a que as tendências e dinâmica da população contribuam para um crescimento
económico harmonioso e desenvolvimento humano da população moçambicana.

8. Objectivos da política de população


 Garantir a disponibilidade de informação confiável e actualizada sobre a
situação da população e do desenvolvimento humano no país,
proporcionando-se assim uma base adequada para a formulação,

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implementação e avaliação de políticas e acções nos diversos níveis e
sectores;
 Promover a integração sistemática dos factores populacionais em todas
as demais políticas e programas que visem assegurar o melhoramento da
qualidade de vida da população, com particular incidência para
províncias mais desfavorecidas do país;
 Promover a coordenação multi-sectorial e interdisciplinar na formulação
e implementação de programas e intervenções que respondam as
principais preocupações nacionais sobre a população;
 Contribuir para melhoria de esperança de vida da população, através
sobretudo da redução da mortalidade materna e infanto-juvenil;
 Proporcionar à população informações, formações e outros meios que
permitam às mulheres, homens e adolescentes gerir a sua vida
reprodutiva e sexual em conformidade com os seus desejos, capacidades
individuais e sentido de responsabilidade cívica e social;
 Contribuir para uma distribuição espacial equilibrada da população que
permita reduzir a migração rural-urbana, fomentar uma urbanização
equilibrada, assim como o uso adequado dos recursos naturais para
atingir um desenvolvimento económico e regional mais equitativo e
sustentável.

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9. Conclusão

Uma das principais constatações que pôde notar é o facto de que o crescimento
populacional em Moçambique se dever fundamentalmente ao crescimento vegetativo,
que deriva de níveis ainda elevados de fecundidade num contexto de uma mortalidade
em declínio.

Também ficou evidente que, em função do nível de fecundidade, o crescimento


populacional é diferenciado entre as províncias e áreas de residência, sendo as
províncias das regiões Norte e Centro e as áreas rurais as que apresentam um
crescimento populacional rápido ou muito rápido.

Durante a realização do trabalho pode-se constatar ainda que a migração


internacional contribui para a diminuição da população em Moçambique. Entretanto,
um destaque, quanto à migração internacional, vai para o grande volume de imigração
registado na década de 90, constituído maioritariamente por moçambicanos nascidos
fora do território nacional, durante os anos da guerra civil.

Esta imigração teve maior peso nas províncias de Tete, Zambézia, Niassa e
Manica, resultando numa maior contribuição da migração no crescimento populacional
nestas províncias.

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10. Referência bibliográfica
1. Dima, O. I & Júnior, A. M. (2011). G10: geografia 10ª classe. Maputo;
2. INE (Instituto Nacional de Estatística). (2010). Censo 2007, Resultados
Definitivos 10. Maputo
3. Nanjolo, L. A & Ismael, A. (2010). G10: geografia 10ª classe. Maputo
4. Newitt, M. (1997). História de Moçambique. Europa.

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