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1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Analisar o impacto da dinâmica da evolução demográfica da população
moçambicana e suas implicações.
1.1.1.1. Objectivos Específicos
Identificar os factores de comportamento demográfico da população
moçambicana;
Descrever os Impactos socioecónomicos e Ambientais da dinâmica da
população moçambicana;
Diferenciar os dados estatísticos da população no período colonial e pôs
colonial.
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2. Revisão de Literatura
2.1. População
2.2. Natalidade
2.3. Fecundidade
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3. Dados estatísticos da População
3.1. Período Colonial
“O ano 1891 é escolhido como referência inicial, por ser a data em que a
configuração territorial do que passou a ser conhecido por Moçambique foi estabelecida
definitivamente” (Newitt, 1997, p. 291).
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Muanamoha (1995), afirma que “ao analisar a evolução das taxas de crescimento
observadas para Moçambique entre 1900 e 1970, constatou oscilações nas tendências do
crescimento. Enquanto de 1900 a 1910 a população tinha crescido anualmente a uma
taxa média de 2,1%, ela decresceu para 1,4% no período entre 1910 e 1920”.
“Entre 1974 e 1975, a taxa média anual desceu de 2,8% para 0,6%,
respectivamente. Desde a Independência, em 1975, a população duplicou até 2009, ano
em que atingiu 21,7 milhões de habitante” (INE, 1999).
Segundo INE (1999), afirma que “Nos últimos dois séculos, a população de
Moçambique aumentou 10 vezes, mas metade do referido aumento ocorreu nos últimos
35 anos (um quinto do período, apenas). Porém, na segunda duplicação, entre 1961 e
1995, apenas foram precisos 34 anos, resultando num acréscimo absoluto de 8,2
milhões de pessoas”.
Até meados do século XX, a taxa média de crescimento foi inferior a 1% ao ano
(0,87%, no período 1891-1950). No último meio século, observa-se uma aceleração
persistente na taxa de crescimento, superior a 2% ao ano. Todavia, a aceleração da taxa
de crescimento populacional sofreu quebras substanciais, em alguns períodos.
INE (1999), afirma que “Quebras que parecem ser devidas a mudanças mais
conjunturais (ex. políticas e sociais) do que estruturais. Nos anos seguintes a taxa
retomou níveis superiores a 2%, mas só até 1981. Nos anos seguintes, regista-se outra
quebra brusca, atingindo níveis negativos, com o pico mais baixo (-2,9%), em 1988”.
Santos (1996), afirma que “No período colonial os factores que explicam o
comportamento demográfico da população de moçambique são os seguintes”:
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por 10000 habitantes geralmente não conseguem atingir o pacote das necessidades
essenciais de saúde e podem ter dificuldades em alcançar os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio nesta área”.
“Por exemplo, países nestas condições não conseguem atingir 80% dos partos
assistidos por profissional de saúde, nem de imunização contra o sarampo” (WHO,
2006: 11).
“Este número é mais baixo, quando comparado, por exemplo, com o de Cabo
Verde, que é de 1 médico por cada dez mil habitantes (Rádio Moçambique, 2010), ou
com o da União Europeia, em 2001, que era de 1 médico por cada 283 habitantes”
(Grosse-Tebbe & Figueras, 2005).
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educação representa um dos mais importantes custos de uma distribuição etária jovem,
em particular do ponto de vista de famílias individuais” (van de Walle, 1975).
Devido ao facto de a mortalidade ser mais baixa na faixa etária escolar (6-12
anos) em relação à população como um todo, o seu ritmo de crescimento é mais rápido
do que o da população no geral. Por exemplo, no período 1950-2007, enquanto a
população total crescia a uma taxa anual de 2,0%, a população em idade escolar cresceu
a uma taxa de 2,3% ao ano.
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Embora numa situação de elevada fecundidade a percentagem da população em idade
activa no total da população tende a não aumentar significativamente, em termos
absolutos este aumento é muito notório e não tem sido acompanhado pelo aumento na
oferta de emprego.
5.1.4. Ambientais
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Uma desigualdade na distribuição de terras de cultivo e,
consequentemente crescente uso de terras com grande declive ou pouco
férteis, o que acelera o empobrecimento;
Práticas inadequadas tais como, a queima e corte de árvores para a
abertura de machambas;
Utilização indevida dos agro-químicos;
Gestão e manutenção inadequada dos sistemas de regadio e drenagem
que dão origem à salinização, alcanização e erosão dos solos;
Abate indiscriminado das florestas para a produção de carvão vegetal e
queimadas que resultam na erosão e empobrecimento dos solos.
Com efeito: grande parte das cidades possui sistemas de saneamento deficientes
e obsoletos; falta generalizada de sistema de esgotos nas zonas suburbanas, contribuindo
para a contaminação do ambiente local com reflexos directos nos índices de doenças
infeciosas como as parasitárias, malária, bilharziose, cólera e diarreia; deficiente gestão
dos resíduos; ausência de uma gestão racional do espaço urbano.
6. Política de população
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implementação e avaliação de políticas e acções nos diversos níveis e
sectores;
Promover a integração sistemática dos factores populacionais em todas
as demais políticas e programas que visem assegurar o melhoramento da
qualidade de vida da população, com particular incidência para
províncias mais desfavorecidas do país;
Promover a coordenação multi-sectorial e interdisciplinar na formulação
e implementação de programas e intervenções que respondam as
principais preocupações nacionais sobre a população;
Contribuir para melhoria de esperança de vida da população, através
sobretudo da redução da mortalidade materna e infanto-juvenil;
Proporcionar à população informações, formações e outros meios que
permitam às mulheres, homens e adolescentes gerir a sua vida
reprodutiva e sexual em conformidade com os seus desejos, capacidades
individuais e sentido de responsabilidade cívica e social;
Contribuir para uma distribuição espacial equilibrada da população que
permita reduzir a migração rural-urbana, fomentar uma urbanização
equilibrada, assim como o uso adequado dos recursos naturais para
atingir um desenvolvimento económico e regional mais equitativo e
sustentável.
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9. Conclusão
Uma das principais constatações que pôde notar é o facto de que o crescimento
populacional em Moçambique se dever fundamentalmente ao crescimento vegetativo,
que deriva de níveis ainda elevados de fecundidade num contexto de uma mortalidade
em declínio.
Esta imigração teve maior peso nas províncias de Tete, Zambézia, Niassa e
Manica, resultando numa maior contribuição da migração no crescimento populacional
nestas províncias.
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10. Referência bibliográfica
1. Dima, O. I & Júnior, A. M. (2011). G10: geografia 10ª classe. Maputo;
2. INE (Instituto Nacional de Estatística). (2010). Censo 2007, Resultados
Definitivos 10. Maputo
3. Nanjolo, L. A & Ismael, A. (2010). G10: geografia 10ª classe. Maputo
4. Newitt, M. (1997). História de Moçambique. Europa.
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