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Tema:
Análise da ética social na sociedade Moçambicana para a consolidação do Bem
Comum a partir da visão da Crista
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Indice
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 3
1.1.1. Objectivo Geral ..................................................................................................... 3
1.1.1.1. Objectivos Específicos ...................................................................................... 3
2. Ética Social para a consolidação do bem comum ................................................................. 4
3. Conceito de Bem Comum ..................................................................................................... 5
4. O Bem Comum a Luz da Visão Cristã .................................................................................. 6
5. A ética social com o bem comum a luz da visão crista. ........................................................ 8
6. Conclusão ............................................................................................................................ 10
7. Referência bibliográfica ...................................................................................................... 11
1. Introdução
Por bem comum, entende-se o conjunto daquelas condições da vida social que
permitem aos grupos e a cada um dos seus membros atingirem de maneira mais
completa e desembaraçadamente a própria perfeição. A perfeição, por sua vez, é
compreendida como plena realização.
1.1.Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
Analisar a ética social tendo como base a realidade moçambicana em
relação ao bem comum a luz da visão crista.
1.1.1.1.Objectivos Específicos
Definir o Bem comum na Visão cristã;
Entender a realidade social moçambicana quanto ao zelo do bem comum;
Saber vincular a ética social com o bem comum a luz da visão crista.
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2. Ética Social para a consolidação do bem comum
Segundo Morin (2005, p. 327), afirma que “A ética analisada sob a ótica social,
nada mais é do que a responsabilidade atribuída a cada integrante da sociedade, pelo
bem comum”.
“Desse modo, o indivíduo deve pautar seu agir de acordo com a ética complexa.
A ética complexa necessita daquilo que é mais individualizado no ser humano, a
autonomia da consciência e o sentido da responsabilidade” (Morin, 2005).
A construção de uma sociedade solidificada, justa e sustentável, depende da
efetividade na aplicação da ética, havendo, portanto, um vínculo inquestionável entre o
grupo de indivíduos denominado “sociedade” e a “ética”.
Segundo Morin (2005, p 329), enfatiza que “Sabe-se que, o ser humano é
naturalmente sociável, o ato de viver isoladamente está longe das origens do homem,
todavia, a convivência deve ocorrer, de modo, a proporcionar bem-estar a todos os seres
que compartilham da mesma sociedade”
“Mas não é apenas para viver juntos, mas sim para bem viver juntos que se fez o
Estado, sem o quê, a sociedade compreenderia os escravos e até mesmo os outros
animais”
Morin (2005, p. 332), afirma que:
“A Cidade é uma sociedade estabelecida, com casa e famílias, para viver bem,
isto é, para se levar uma vida perfeita e que se baste a si mesma. Ora, isto não
pode acontecer senão pela proximidade de habitação e pelos casamentos. Foi
para o mesmo fim que se instituíram nas cidades as sociedades particulares, as
corporações religiosas e profanas e todos os outros laços, afinidades ou
maneiras de viver uns com os outros, obra da amizade, assim como a própria
amizade é o efeito de uma escolha recíproca”.
O fim da sociedade civil é, portanto, viver bem; todas as suas instituições não
são senão meios para isso, e a própria Cidade é apenas uma grande comunidade de
famílias e de aldeias em que a vida encontra todos estes meios de perfeição e de
suficiência.
É isto o que chamamos de uma vida feliz e honesta. A sociedade civil é, pois,
menos uma sociedade de vida comum do que uma sociedade de honra e de virtude.
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Segundo Morin (2005, p. 334), afirma que:
“Como se pode verificar através dos conceitos e peculiaridades destacados, os
pensadores antigos e medievais tinham na ética o sinônimo de felicidade e
virtudes, sustentavam que, o bem se encontrava intrínseco no ser humano, e não
no aspecto material, por outro enfoque, já na modernidade se verifica a ética
baseada em normatividades”.
Indubitável confessar que, infelizmente, a modernidade trouxe consigo, a falta
de virtudes, de compaixão e de solidariedade. O individualismo e a priorização do
material afastaram o ser humano da verdadeira ética, interiorizada desde os primórdios
da humanidade.
Segundo Morin (2005), enfatiza que “Atualmente a ética social é equiparada a
uma bússola que nos direciona ao certo e ao desejável, em um determinado grupo
social, a ser definido pela sua própria cultura, hábitos e regramentos”.
3. Conceito de Bem Comum
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Em tal definição se reconhece o influxo do pensamento utilitarista. Considerar o
bem comum deste modo privilegia uma aproximação quantitativa (o bem maior) e
distributiva (para o maior número de cidadãos).
Além disso, o bem comum fundamental, e o bem público por excelência, diz
respeito à pertença de cada indivíduo à comunidade humana e a certeza de que não pode
ser excluído dela. Finalmente ocorre precisar que há a responsabilidade em proteger e
promover tais bens públicos, garantido o acesso a cada um.
Segundo Couto (2008), afirma que “Na reflexão teológica enfatiza que o bem
comum não é a soma dos bens particulares, nem a soma dos bens possuídos por muitos
cidadãos, visando a sua utilidade pessoal, nem alguma coisa a ser alcançada (uma
herança comum), contribuindo o mínimo possível e nem substituindo os bens
individuais”.
Segundo Couto (2008), afirma que “O bem comum também não é o bem da
maioria dos membros da comunidade. O bem comum inclui todos os bens sociais,
também os espirituais, morais e materiais, que o homem busca sobre a terra de acordo
com as necessidades de sua natureza pessoal e social”.
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O bem comum visa a realização de uma convivência social caracterizada por
uma verdadeira solidariedade, o que implica a vontade de servir aqueles que, na
sociedade civil, têm mais necessidades e são menos beneficiados.
“Ao mesmo tempo, não se deve esperar que somente o Estado promova e
realize o bem comum como o fim da sociedade. Mesmo os cidadãos individuais,
grupos e organizações civis têm responsabilidades sociais e contribuem para o
bem comum. Isso permite que a realidade social seja valorizada em seus
aspectos diversificados e em sua riqueza, no atual contexto globalizado e
plural”.
Segundo Couto (2008), estabelece que “Por esta razão, na reflexão católica
magisterial e teológica, o bem comum exige fortalecer e diversificar o princípio da
subsidiariedade, a fim de continuar e amplificar o dinamismo dos grupos e dos corpos
intermediários a serviço da coletividade, para o bem desta e dos sujeitos lhe pertencem”.
Além disso, a reflexão teológica chama a atenção para o que já está sendo
implementado na sociedade civil por exemplo, através das ciências sociais mesmo
quando é tematizada como uma promoção do bem comum.
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Muitos cidadãos e muitas associações, por exemplo, estão comprometidos com o
bem universal, que é a qualidade de vida no planeta Terra, procurando proteger a
qualidade climática e preservar o ecossistema. Outros promovem condições de
desenvolvimento no planeta e a saúde local e global.
Outros, ainda, estão construindo projetos concretos para salvar e usar recursos de
energia mais eficientes, de curto, médio ou longo prazo, não reproduzíveis. Entre esses,
acrescenta-se a abnegação daqueles que lutam de maneira não violenta pela promoção
do bem comum que é a paz, que permite o desenvolvimento das pessoas, dos povos e da
humanidade.
A ética é outro pilar do bem comum. A legalidade sem a ética torna impossível
construir a “polis” à altura da dignidade da pessoa humana. É preciso que a observância
das regras seja animada e sustentada pela ética; isso é urgente, pois há o perigo de que a
lógica do mercado imponha a todos o seu modo de pensar e sufoque toda inspiração
ética.
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A observância livre e responsável de regras comuns por toda a comunidade
mundial abre perspectivas novas e extraordinárias para o crescimento da humanidade
que se globaliza, não só no plano econômico, mas também no plano social e cultural.
Vive-se o perigo de uma democracia sem alma ética e, com isso, abrem-se
caminhos para formas de um totalitarismo mascarado numa absurda “democracia
totalitária”. Quando a democracia perde a alma ética, corrompe-se e morre, pois há uma
intrínseca conexão entre ética pessoal e ética social.
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6. Conclusão
O bem comum diz respeito à realização última das capacidades individuais, seja
em relação a cada indivíduo em particular, seja no grupo. O bem comum não é a soma
dos bens desejados e buscados individualmente, nem o que concerne a cada um na
busca de obter aquilo que se deseja. O bem comum não é nem mesmo aquilo que a
colectividade impõe de modo totalizante e que não considera ou absolutamente elimina
a atenção a cada cidadão e à autonomia individual.
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7. Referência bibliográfica
1. Boareto, J. A. (2020). O bem Comum a Partir da Doutrina da Igreja.
Cadernos da fé e Cultura. São Paulo
2. Couto, A. (2008). A importância da Religião e da Ética na Educação.
São Paulo.
3. Morin, E. (2005). O método 6. Porto Alegre
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