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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância
 

Tema:

Importância dos Contratos Administrativos com as Autarquias 

Estudante: Sanete Luís


Curso: Administração Pública
Disciplina: Administração e Gestão de Autarquias
Ano de Frequência: 3º Ano
Código de estudante: 708210740
A tutor: Nicolau da Barca
Turma: {B}

Chimoio, Abril de 2023

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Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Introdução......................................................................................................................5

Objectivos......................................................................................................................5

Objectivos Geral:..........................................................................................................5

Objectivos específicos...................................................................................................5

Metodologia..................................................................................................................5

A Importância dos Contratos Administrativos com as Autarquias................................5

Definição de Contrato Administrativo...........................................................................7

Regime jurídico de Contrato Administrativo.................................................................7

Modalidades de Contratação..........................................................................................7

Principais Espécies de Contractos Administrativos celebrados com as autarquias


locais..............................................................................................................................8

As Formas De Escolha Do Co-Contratante...................................................................9

Cláusulas Essenciais....................................................................................................10

Prerrogativas do Contratante.......................................................................................10

A Execução do Contrato Administrativo.....................................................................10

Exigências de Garantia................................................................................................11

Anualidade dos Contractos Administrativos...............................................................11

A Extinção do Contrato Administrativo......................................................................13

Conclusão.....................................................................................................................14

Bibliografia..................................................................................................................15

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Introdução
O trabalho da cadeira de Administração e Gestão de Autarquias, versa sobre o tema:
Contrato Administrativo. Neste contexto, os contractos administrativos são os ajustes
celebrados entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, que
buscam atingir fins públicos e sociais, os quais seguem o regime jurídico de direito
público. É comum nestes contractos administrativos a presença das cláusulas, que
garantem superioridade à Administração em detrimento do particular contratado. O
regime predominante do direito público, a aplicação supletiva das normas de direito
privado e o desequilíbrio contratual em favor da Administração são alguns
característicos básicos que regem os contractos administrativos. Pois os contractos
administrativos podem ser considerados o espaço e o momento para os quais todo o
processo administrativo licitatório se direcciona.

1.1. Objectivos
1.2. Objectivos Geral:
 Conhecer a Importância dos Contratos Administrativos com as Autarquias.

1.3. Objectivos específicos


 Definir Contrato Administrativo;
 Explicar os poderes ou cláusulas exorbitantes da Administração Pública na
execução dos seus contractos;
 Distinguir algumas espécies de contratos administrativos celebrados com as
autarquias locais

1.4. Metodologia
Quanto a metodologia dizer para concretização do presente trabalho recorreu-se a
consulta de livros, artigos que continham a informação do tema, pesquisa na internet,
técnica de resumo e digitação, assim como as pesquisas e bibliotecas com o intuito de
trazer o essencial e melhorar o desenvolvimento científico do trabalho.

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1. A Importância dos Contratos Administrativos com as Autarquias

O contrato administrativo envolve um acordo de vontade entre duas ou mais pessoas,


como qualquer outro contrato, só que uma delas é uma entidade que integra a
Administração Pública e que em vez de uma manifestação unilateral de autoridade,
como acontece com o acto administrativo, estabelece esse acordo de vontades. Mas em
vez de se apresentar destituída de poderes de autoridade, como acontece com os
contratos de direito privado, aparece provida de poderes especiais.

 É o instrumento dado à administração pública para dirigir-se e actuar perante seus


administradores sempre que precisar adquirir bens ou serviços dos particulares.
(Alexandre, 2011).

O contrato administrativo envolve um acordo de vontade entre duas ou mais pessoas,


como qualquer outro contrato, só que uma delas é uma entidade que integra a
Administração Pública e que em vez de uma manifestação unilateral de autoridade,
como acontece com o acto administrativo, estabelece esse acordo de vontades. Mas em
vez de se apresentar destituída de poderes de autoridade, como acontece com os
contratos de direito privado, aparece provida de poderes especiais. Diz-se contrato
administrativo o acordo de vontades pelo qual é constituída, modificada ou extinta uma
relação jurídica administrativa.

O contrato pode resultar de ajuste directo entre as partes, de um concurso limitado, em


que há um número restrito de concorrentes, ou de um concurso público. A escolha da
modalidade do contrato pode não depender exclusivamente do órgão competente, mas
sim do valor em causa, estipulado pela lei.

Assinale-se que a escolha do particular (concorrente) com que a Administração Local


vai contratar é um acto administrativo (por exemplo, a adjudicação), que se distingue do
acto de celebração do contrato. Sublinhe-se também que a Administração Autárquica
dispõe de poderes de autoridade (les prérogatives exorbintantes de l’administration) no
contrato que não são comuns em contratos de direito privado: é o caso de poderes de
fiscalização, de modificação unilateral em certos termos, de aplicar sanções como
multas ou sequestro (neste caso verifica-se o incumprimento do contrato e a
Administração Autárquica executa-o, ficando o particular responsável pelas despesas) e
direito de rescindir o contrato.

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O regime jurídico geral aplicável ao contrato administrativo é previsto no Decreto nº
54/2005, de 13 de Dezembro (aprova o Regulamento de Contratação de Empreitada de
Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviço ao Estado).

Definição de Contrato Administrativo


Segundo Maria (2001), o contrato administrativo há-de definir-se em função da sua
subordinação a um regime jurídico de Direito Administrativo: serão administrativos dos
contractos cujo regime jurídico seja traçado pelo Direito Administrativo:  serão civis ou
comerciais os contractos cujo regime jurídico seja traçado pelo Direito Civil ou
Comercial.

Aí se denomina que o contrato administrativo é o acordo de vontades pelo qual é obtido,


modificada ou extinta uma relação jurídico-administrativa, para a consecução do
interesse público.
Regime jurídico de Contrato Administrativo
O regime jurídico dos contractos administrativos é constituído por normas que conferem
Prerrogativas especiais de Autoridade à Administração Pública, quer por normas que
impõe à Administração Pública especiais deveres ou sujeições que não têm paralelo no
regime dos contractos de Direito Privado.  

Legalmente o contrato administrativo em Moçambique é regulado pelo Decreto nº


5/2016 de 8 de Março (Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas,
Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado), onde encontramos todos os
aspectos referentes a estes, desde o lançamento do concurso até a cessação dos
contractos.  No (Artigo 107), nos diz: os contractos pautados pelo Regulamento têm
natureza administrativa, regulam-se pelas normas e preceitos de direito público,
aplicando-lhes supletivamente de direito privado.

Modalidades de Contratação
O gênero contrato administrativo pode ser divido em várias espécies, também
denominadas de modalidades desses contratos. Estas se apresentam em grande número
na legislação pátria. A contratação é feita através de concurso Público de acordo com o
(Artigo 44), que é a modalidade de contratação na qual pode intervir todo e qualquer
participante interessado, desde que reúna os requisitos publicados nos Documentos de
Concurso.  

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O Concurso Público observa, pela ordem determinada, as seguintes etapas:

a) De preparação e lançamento;
b) Recepção das propostas e dos documentos de qualificação;
c) A abertura das propostas e dos documentos de qualificação;
d) Avaliação, classificação e recomendação do júri;
e) Anúncio do posicionamento dos concorrentes;
f) Adjudicação, Cancelamento ou Invalidação;
g) Notificação aos concorrentes;
h) Reclamação e Recurso; e
i) Celebração do Contrato.
Principais Espécies de Contractos Administrativos celebrados com as autarquias
locais
Segundo Maria (2014), ao tratar das modalidades de contratos administrativos analisa
em sua obra os derivados dos contratos administrativos por excelência, sendo os mais
utilizados como algumas espécies de contratos administrativos as seguintes:

 Concessão de obras públicas: é um contrato pelo qual um particular se


encarrega de executar e explorar uma obra mediante retribuição a obter
directamente dos utentes através do pagamento de taxas de utilização; trata-se de
um contrato com aplicação restrita ao nível das autarquias locais;
 Concessão de serviços públicos: é o contrato pelo qual um particular se
encarrega de montar e explorar um serviço público, sendo retribuído através de
taxas de utilização a cobrar directamente ao público; trata-se de uma contrato
que, tal como o anterior, tem uma aplicação restrita ao nível das autarquias
locais;
 Concessão da exploração de domínio público: é o contrato pelo qual a
Administração faculta a um sujeito privado a utilização económica exclusiva de
uma parcela do domínio público, para fins de utilidade pública; este contrato tem
maior aplicação, especialmente nos tempos actuais, ao nível de muitas
autarquias no mundo, com destaque para tratamento e distribuição de água,
recolha, instalações turísticas em áreas de domínio público, etc.
 Fornecimento contínuo: contrato pelo qual o particular se encarrega durante
um certo período de entregar regularmente à autarquia local certos bens
necessários ao funcionamento regular de um serviço público;

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 Prestação serviços: contrato pelo qual um particular ingressa nos quadros
permanentes da Administração e presta a sua actividade profissional de acordo
com o estatuto definido;
 Contrato de provimento: contrato pelo qual um particular acorda com a
Administração dar-lhe a sua colaboração profissional com o estatuto da função
pública;
 Contrato de transporte: contrato pelo qual um particular se encarrega de
garantir a deslocação de pessoas ou coisa de interesse público; é igualmente uma
área de aplicação limitada nos municípios, a quem raramente cabe o exercício de
atribuições nesta área.
Do ponto de vista do seu objecto, os contratos administrativos podem ser contratos
económicos, contratos financeiros, contratos relativos aos bens da Administração. E
quanto à sua natureza podemos encontrar, os contratos de delegação de serviços
públicos (que compreendem: a concessão, arrendamento, administração de interesses) e
mercado de empresa de trabalhos públicos.

As Formas De Escolha Do Co-Contratante

Na formação de contractos administrativos encontrados as regras que versam sobre os


elementos essenciais do contrato administrativo -  a competência para contratar mútuo
consenso em que o contrato administrativo se traduz, a autorização das despesas
públicas a realizar através do contrato, e a forma e formalidades de celebração do
contrato administrativo.
A escolha dos particulares está determinada a normas muito restritivas.  Pode ser feita
através de ajuste direito, concurso limitado ou concurso público.
A regra geral é que todo o contrato contratual tem de ser celebrado precedendo concurso
público, salvo se a lei autorizar outro processo.
A liberdade contratual da Administração Púbica não é limitada somente pelas regras
legais relativas à escolha do contraente privado, também a liberdade de conformação do
conteúdo da relação contratual está condicionada pela proibição da exigência de
prestações desproporcionadas ou que não tenham uma relação directa com o objecto do
contrato. Os contractos administrativos estão sujeitos à forma escrita (Artigo 107 do
Decreto 5/2016 de 8 de Março).
Acontece muitas vezes que as leis administrativas prevêem a figura da adjudicação. Este
é um acto administrativo: trata-se do acto pelo qual o órgão competente escolhe uma

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proposta preferida e, portanto, selecciona o particular com quem pretende contratar.  A
adjudicação é assim, um acto administrativo, ou seja, um acto jurídico unilateral, ao
passo que o conteúdo é um acto jurídico bilateral, um acordo de vontades.  

Cláusulas Essenciais
Os contratos administrativos preceituam quais são as cláusulas necessárias, ou seja,
quais são as cláusulas obrigatórias em todos os contratos administrativos.

De acordo com O (Artigo 112 do Decreto 5/2016 de 8 de Março), aponta algumas


cláusulas necessárias em todo contrato que estabeleçam:

a) Identificação das partes contratantes;


b) Objecto do contrato, devidamente individualizado;
c) Prazo de execução da obra, fonte de bens ou prestação de serviços, com
indicação das datas do respectivo inicio e temo;
d) Garantias relativas à execução do contrato, quando exigidas;
e) Forma, prazos e demais cláusulas sobre o regime de pagamento;
f) Encargo total estimado resultante do contrato;
g) Sanções aplicáveis em caso de falta de cumprimento;
h) O foro judicial ou outro, para a solução de qualquer litígio emergente do
contrato, seja na sua interpretação, ou na sua execução;
i) A inclusão obrigatória de uma cláusula anticorrupção; e 
j) Outras condições que as partes consideram também essenciais à boa execução
do contrato.

Prerrogativas do Contratante
A primeira ideia para termos em mente quanto aos contratos administrativos é que eles
não poderão ser celebrados por prazo indeterminado. A regra de duração dos contratos
administrativos encontra-se claramente mencionada.
De acordo com o mesmo decreto acima citado do (Artigo 116), sustenta, a entidade
contratante tem a prerrogativa de, nos termos previstos no presente regulamento:
a) Rescindir unilateralmente do contrato;
b) Fiscalizar a execução do contrato, directamente ou por fiscal por si contratado;
c) Suspender a execução do contrato; e
d) Aplicar as sanções pela inexecução total ou parcial do contrato.

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A Execução do Contrato Administrativo
 A administração surge sobretudo investida de poderes de Autoridade, de que os
particulares não beneficiam no âmbito dos contractos de Direito Privado que entre si
celebraram.

Os principais poderes de autoridade de que a administração beneficia na execução do


contrato administrativo são três:

a) O poder de fiscalização: os contractos administrativos devem ser fiscalizados e


geridos, como forma de garantir desejado grau de eficiência administrativa na
consecução do interesse público. Em certa medida, a temática do controle das
actividades administrativas contratualizadas, fundamental para a eficiência da
Administração Pública, (Artigo, 117).
b) O poder de modificação unilateral: decorre da variabilidade dos interesses
públicos, continuação do contrato e o aumento das contrapartidas financeira do co-
contratante privado;]
c) O poder de aplicar sanções: ao contraente particular, seja pela inexecução do
contrato, seja pelo atraso na execução, seja por qualquer outra forma de execução
imperfeita, seja ainda porque o contraente particular tenha trespassado o contrato
para outrem sem a devida autorização da administração.

As duas modalidades mais típicas são a aplicação de multas, e o sequestro, quando o


contraente abandonado o exercício da actividade que foi encarregado pelo contrato
Administrativo, a Administração tem o direito de assumir o exercício dessa actividade e
as obrigações do particular relativamente ao contrato, ficando a cargo do contraente
particular todas as despesas que a administração fizer enquanto essa situação durar. 

Exigências de Garantia 
Segundo a eminente Maria (2014), “A garantia, quando exigida do contratado, é
devolvida após a execução do contrato, em caso de rescisão contratual, por acto
atribuído ao contratado”,

Por tanto, Administração ou a Entidade Contratante deve exigir que uma Contratada
preste garantia definitiva adequado ao bom e pontual cumprimento das suas obrigações
que foram previstas na celebração do contrato, (Artigo 100, do decreto lei 5/2016).

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Todavia, não é permitido o pagamento de adiantamento sem prestação de garantia no
mesmo valor.

Anualidade dos Contractos Administrativos


É comum observarmos os Órgãos Judiciastes julgarem casos comprovados de fraudes e
ocorrências da prática de acto de improbidade administrativa onde, muitas vezes, os
condenados juridicamente não devolvem aos cofres públicos os valores recebidos,
valores estes considerado “enriquecimento ilícito” ou mesmo “sem causa” vindo a
causar revolta aos clientes comuns que somente assistem de camarote pela média os
diversos Contractos Administrativos celebrados diariamente que possuem algum indício
de irregularidade.

O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa, ou seja, enriquecimento ilícito é


amplamente discutido, tanto no âmbito do direito privado, como também no direito
administrativo, sempre com olhar voltado às partes contratantes, seja o Estado ou
mesmo o particular, para que não haja locupletamento ilícito de uma das partes
envolvidas no contrato administrativo.

Uma vez que o enriquecimento sem causa é um princípio geral do Direito e, não
apenas princípio alocado em um de seus braços: público ou privado, evidente também
se aplica ao direito Administrativo e Assim, em função de incompatibilidade com o
ordenamento jurídico, a invalidação de um contrato administrativo determinam a
supressão de tudo que dele resultou. (Celso, 2015).

A atitude de má-fé das partes subjectivas do Contrato Administrativo, seja do Estado ou


terceiro, nos casos comprovados de fraudes e ocorrências da prática de acto de
improbidade pode ser considerada, no mínimo, imoral, visto que não se pode aceitar
pacatamente tal acção sem que haja uma forte reacção por parte dos governados, dos
Órgãos de fiscalização e consequentemente dos Órgãos Judiciastes.

O princípio da vedação ao enriquecimento sem causa nos Contractos Administrativos,


conjugado, ou seja, agregado ao princípio da equidade e ao princípio da moralidade, não
“Acoberta”, ou seja, não dá legalidade, nos contractos administrativos, a indemnização
um particular que, usando de meios comprovadamente ilícitos, der causa à nulidade do
contrato.

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Por outro lado, quando lembramos que o contrato administrativo é considerado um
contrato típico de adesão, posto diante da parte contratante (particular) confeccionado
integralmente pela Administração, dificilmente a nulidade do contratual será atribuída
exclusivamente à culpa do contratado sem que a Administração não tenha concorrido
para anualidade. É configurada a culpa concorrente de ambas as partes, entendemos
cabível indemnização proporcional, correspondente apenas ao custo do serviço ou bem
que contratou, sem incluir a parcela remuneratória prevista no contrato.

A Extinção do Contrato Administrativo


Uma lei prevê que os contractos se suspendem:

a) Pelo cumprimento integral das obrigações da Entidade Contratante e da


Contratada;
b) Por mútuo acordo entre a Entidade Contratante e a Contratada; e
c) Por rescisão unilateral fundamentada em incumprimento de obrigações
contratuais.

A cessação do contrato por mútuo acordo ou por rescisão unilateral é obrigatoriamente


feita por escrito, art.55 e o art.56 nos apontam quais são as causas da rescisão contratual
unilateral.

A doutrina nos aponta que para além das causas normais de extinção do contrato
administrativo, designadamente por caducidade ou termo, há duas causas específicas:

a) Uma rescisão do contrato em título de sanção:  que se verifica quando o


contraente particular não cumpre, como cláusulas fazer contrato: aí a administração
tem o direito de rescindir o contrato, a título de aplicação duma sanção ao
contraente faltoso.
b) O resgate:  que se verifica nas concessões.  Consiste no direito de administração,
tem antes de findo o prazo do contrato, de retomar o desempenho das atribuições
Administrativas de que estava encarregado o contraente particular, não como
sanção, mas por conveniência de interesse público, e mediante justa indemnização.

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Conclusão
Chegando ao fim do trabalho dizer durante a realização o trabalho foi possível perceber
que um contrato administrativo, desde o seu aspecto estrutural até as peculiaridades que
o distinguem dos demais contractos em geral. Diante da prepositiva temática
demonstramos que o contrato administrativo, em regra, é regido pelo Direito Público
(Direito Administrativo), porém existem casos que cabem regimento a esfera do
Direito Civil.

No entanto, neste entendimento o contrato administrativo tem como premissa o


atendimento das necessidades do interesse público, sem se desviar dos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência que regem a
Administração Pública. Compreender essa estrutura elementar é fundamental para que
se asse-se o certo conteúdo e entenda o significado de determinadas escolhas que o
gestor público deverá fazer na sua rotina de trabalho. A gestão do contrato, por sua vez,
passará por fases que compreendem a elaboração do edital e vão até a execução integral
do seu objecto, percebendo que determinadas práticas colaboram para a boa condução
do contrato, no qual a figura do fiscal mostra-se indispensável na realização de
determinadas tarefas.

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Bibliografia
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 10.
ed. Ver. Ampl. E actual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003, pág. 366.;

CELSO, Antônio Bandeira De Mello. (2015). Curso de Direito Administrativo.


32ªed. São Paulo: Malheiros. p. 632.

ALEXANDRE, Mazza.( 2011). Direito Administrativo, Coleção OAB


Nacional. 3ªed. São Paulo: Saraiva. p.142.

LUÍS DE SÁ, Introdução ao Direito da Autarquias Locais, Universidade Aberta


de Lisboa,

s/ed., s/ano.;

MARIA SYLVIA Zanella Di Pietro. (2014).  Direito Administrativo.  27ª


ed. São Paulo: Atlas.

_________________________ (2001). Direito Administrativo. In: PÊRA, Iausy


Anahy

Legislação

Decreto nº 5/2016, de 8 de Março. (2016). Aprova o Regulamento de


Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado. B.R, I Série nº 28, Maputo, Imprensa Nacional
de Moçambique.

Decreto nº 15/2010, de 24 de Maio. (2010). Aprova o Regulamento de


Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado. B.R, I Série nº 20, Maputo, Imprensa Nacional
de Moçambique.

Decreto nº 30/2001, de 15 de Outubro, Aprova as Normas de Funcionamento


dos Serviços da Administração Pública. B.R, I Série nº 41, Maputo, Imprensa
Nacional de Moçambique.

Moçambique. Lei nº 14/2011, de 10 de Agosto, que regula a formação da


vontade da Administração Pública e estabelece as normas de defesa dos direitos
e interesses dos particulares.

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