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NOVEMBRO/2017
PROJETO ÁGUAS DE SERGIPE
PAS Nº 112074
PRODUTO 01
RELATÓRIO DE ANÁLISE DOS DADOS EXISTENTES E AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS
INSTITUCIONAIS E LEGAIS DA COBRANÇA PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 5
7 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 69
i
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 3.1 – Bacias hidrográficas federais com cobrança implementada (Fonte: ANA,
2017)............................................................................................................................ 12
Figura 3.2 – Bacias hidrográficas estaduais com cobrança implementada (Fonte: ANA,
2017)............................................................................................................................ 14
Figura 4.1 – Fluxograma do processo de outorga. Fonte: adaptado de SRH (2010). ... 32
Figura 5.1 – Usos cadastrados no CNARH40 – Volume anual por categoria (hm³). ..... 34
Figura 5.3 – Volume anual captado por finalidade de uso (hm³). ................................. 35
Figura 5.4 – Volume anual captado pelo setor de irrigação por cultura (hm³). .............. 36
Figura 5.5 – Volume anual captado pelo setor de irrigação por método (hm³). ............ 37
Figura 5.7 – Outorgas vigentes – volume anual captado por finalidade de uso. ........... 40
Figura 5.9 – Outorgas vigentes – volume anual captado por bacia hidrográfica. .......... 42
Figura 5.11 – Usos insignificantes – volume anual captado por finalidade de uso. ...... 44
ii
Figura 5.13 – Usos insignificantes – volume anual captado por bacia hidrográfica. ..... 46
Figura 5.15 – Processos em análise – volume de captação anual previsto por finalidade
de uso. ......................................................................................................................... 49
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 5.2 – Número de outorgas vigentes e volume anual captado por finalidade de
uso. .............................................................................................................................. 39
Quadro 5.4 – Número de outorgas vigentes e volume anual captado por bacia
hidrográfica. ................................................................................................................. 41
Quadro 5.5 – Número de registros de usos insignificantes e volume anual captado por
bacia hidrográfica. ........................................................................................................ 45
Quadro 5.7 – Levantamento de dados por setor usuário das bacias. ........................... 53
Quadro 5.8 – População residente censitária em 2000 e 2010 (Fonte: IBGE). ............ 58
iii
Quadro 5.11 – Valores de Consumo Animal de Água por Tipo de Rebanho e
Equivalência BEDA. ..................................................................................................... 60
Quadro 5.12 – Estimativa do efetivo dos rebanhos por tipo de rebanho, 2010-2016. ... 61
Quadro 5.14 – Estimativa de área irrigada no Estado de Sergipe projetada para 2030.
..................................................................................................................................... 65
Quadro 5.15 – Demandas estimadas para o setor industrial, ano-base 2015. ............. 66
iv
1 APRESENTAÇÃO
Este relatório contém uma análise dos dados existentes e dos aspectos legais/instituci-
onais da cobrança. Neste capítulo 1 é feita a apresentação do produto. O capítulo 2
contém uma introdução e contextualização dos trabalhos. No capítulo 3 é feita uma aná-
lise dos aspectos legais e institucionais da cobrança, com destaque para a questão da
dominialidade das águas, o contexto histórico de implementação da cobrança em rios de
domínio da União e dos Estados, o enquadramento legal da cobrança no Estado de Ser-
gipe e o funcionamento dos componentes do Sistema Estadual de Gerenciamento de
Recursos Hídricos. No capítulo 4 é feita uma avaliação do atual estágio de implementa-
ção dos outros instrumentos de gestão de recursos hídricos no Estado de Sergipe. O
capítulo 5 apresenta uma caracterização dos usos de recursos hídricos em Sergipe, a
partir das diversas bases de usuários (cadastrados, outorgados, insignificantes e proces-
sos em análise), além de caracterização socioeconômica dos usuários. Finalmente, os
capítulos 7 e 8 contêm conclusões em caráter geral e referências bibliográficas.
5
2 INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO
6
Figura 2.1 – Rios e Bacias Hidrográficas de Sergipe.
7
Figura 2.2 – Rios e Unidades de Planejamento de Sergipe.
8
3 AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS
9
(Resolução CNRH nº 27/2002). Em 2004, o CEIVAP dispôs sobre metodologias e
critérios específicos para usuários do setor de mineração de areia no leito de rios
(Deliberação CEIVAP nº 24/2004), aprovados pelo CNRH através da Resolução
CNRH nº 44/2004.
Em 2007, foi a vez dos Comitês PCJ apresentarem uma revisão dos seus meca-
nismos de cobrança, através da Deliberação Conjunta dos Comitês PCJ nº 078/07
(alterada pela Deliberação nº 084/2007). A proposta foi aprovada pelo CNRH por
meio da Resolução CNRH nº 78/2007.
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bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional, obtendo a aprovação do CNRH atra-
vés da Resolução CNRH nº 132/2011.
Adiante, em 2011, foi a vez do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Doce sugerir os
seus mecanismos e valores de cobrança (Deliberação CBH-Doce nº 26/2011), que
foram aprovados por meio da Resolução CNRH nº 123/2011.
Em 2012, os Comitês PCJ editaram a Deliberação dos Comitês PCJ nº 160/12, que
estabelece novos valores para os Preços Unitários Básicos – PUBs da cobrança
nas bacias a partir de 2013. Os novos valores foram aprovados em 2014 (Resolu-
ção CNRH nº 155/2014).
Por último, o Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco, por meio da Deli-
beração CBHSF Nº 94, de 25 de agosto de 2017, revisou novamente a sua meto-
dologia de cobrança. Como destaque, a inserção de um coeficiente de incentivo ao
uso mais eficiente da água e a incorporação do volume de diluição como base de
cálculo para a cobrança pelo lançamento de efluentes.
11
O mapa da Figura 3.1 apresenta a situação de implementação da cobrança pelo
uso da água em bacias hidrográficas federais.
Figura 3.1 – Bacias hidrográficas federais com cobrança implementada (Fonte: ANA, 2017).
No Brasil, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Paraíba são
os únicos estados que implementaram, total ou parcialmente, a cobrança pelo uso
de recursos hídricos em suas bacias. Em geral, as metodologias de cobrança em
bacias estaduais foram inspiradas em experiências pregressas de bacias federais.
Exceção deve ser feita ao caso do Ceará, que possui uma Política Estadual de
Recursos Hídricos cinco anos mais antiga que a Política Nacional, instituída em 24
de julho de 1992 por meio da Lei n° 11.996. A cobrança pela utilização dos recursos
hídricos é um dos seus instrumentos de gerenciamento, tendo sido regulamentada
pelo Decreto nº 24.264/1996. Trata-se, portanto, da primeira experiência de co-
brança do Brasil.
12
De acordo com o Decreto nº 27.271/2003 (que altera o Decreto nº 24.264/1996), a
cobrança objetiva viabilizar recursos para as atividades de gestão dos recursos hí-
dricos, para obras de infraestrutura operacional do sistema de oferta hídrica,
bem como incentivar a racionalização do uso da água. A cobrança no Ceará possui
um caráter de certa forma tarifário, na medida em que recupera custos de operação
e manutenção da infraestrutura hidráulica. O termo “tarifa” inclusive está presente
em diversas seções ao longo do texto do referido Decreto. A cobrança no Ceará
abrange todas as bacias hidrográficas do Estado.
13
limitada às Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira, a partir da Resolução
nº 85 CERH/PR, de 28 de agosto de 2013.
Figura 3.2 – Bacias hidrográficas estaduais com cobrança implementada (Fonte: ANA,
2017).
14
Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recur-
sos Hídricos do Estado, tendo como objetivos:
A referida Lei define que serão cobrados os usos de recursos hídricos sujeitos a
outorga. Ainda de acordo com a Lei nº 3.870/97, na fixação dos valores a serem
cobrados pelo uso dos recursos hídricos devem ser observados, dentre outros:
Por fim, a Política Estadual de Recursos Hídricos define que os valores arrecada-
dos com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão aplicados prioritariamente
na bacia hidrográfica em que foram gerados, e serão utilizados:
A Lei define que o Plano Estadual de Recursos Hídricos deve conter diretrizes e
critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Neste sentido, o
PERH/SE, elaborado em 2010, propõe considerar as principais experiências reali-
zadas no Brasil e os resultados obtidos, focalizando os diversos aspectos (histórico,
legal, social e econômico da cobrança), de modo a sugerir alguns caminhos para o
equacionamento do problema da aplicabilidade do instrumento no Estado.
15
previsão legal; regulamentação; estabelecimento dos valores; formas de cálculo;
aprovação dos conselhos de recursos hídricos e criação de agências de água.
De acordo com a Lei, a receita obtida da cobrança pela utilização de recursos hí-
dricos constituirá recurso do Fundo Estadual de Recursos Hídricos.
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• Sociedade Civil: ONG Oscatma, Instituto Federal de Sergipe (IFS) e Con-
selho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea);
• Usuários de Água: Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Colônia
Z2 e Federação das Indústrias (Fies).
A criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe foi aprovada por meio da
Resolução CONERH n° 02/2002. A efetiva instituição se deu por meio do Decreto
nº 20.778, de 21 de junho de 2002
Os três decretos definem como uma das atribuições dos Comitês a de estabelecer
os mecanismos de cobrança pelo uso dos recursos hídricos da Bacia e sugerir ao
Conselho Estadual de Recursos Hídricos os valores a serem cobrados.
Atualmente, o apoio ao funcionamento dos Comitês das bacias dos rios Japaratuba,
Sergipe e Piauí é realizado pela SEMARH/DEPCRH. Os recursos financeiros ne-
cessários ao funcionamento de tais Comitês são provenientes do Fundo Estadual
de Recursos Hídricos e do Progestão. As atuais composições dos Comitês Japara-
tuba, Sergipe e Piauí para o triênio 2018-2020 são apresentadas no Quadro 3.1,
Quadro 3.2 e Quadro 3.3, respectivamente.
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Quadro 3.1 – Relação de membros do CBH Japaratuba / triênio 2018-2020.
SEGMENTO ENTIDADE REPRESENTANTE SITUAÇÃO
Poder Público Federal EMBRAPA JULIO AMORIM ARAUJO Titular
Poder Público Federal IBGE NELSON WELLAUSEN DIAS Suplente
Poder Público Estadual EMDAGRO FRANCISCO DE ASSIS GROSSI Titular
Poder Público Estadual EMDAGRO GILBERTO LUIZ ARAUJO Suplente
Poder Público Estadual SEINFRA ANTÔNIO ISAAC DE ASSIS Titular
Poder Público Estadual SEINFRA MARCIA MARIA VIANA DE ALMEIDA MARTINS Suplente
Poder Público Estadual SEMARH PATRÍCIA PRADO CABRAL SOUZA Titular
Poder Público Municipal Prefeitura Municipal de Japaratuba Angela Vieira Santos Titular
Poder Público Municipal Prefeitura Municipal de Carmópolis Izaque Santos de Jesus Titular
Poder Público Municipal Prefeitura Municipal de Siriri Givaldo Maciel de Santana Titular
Poder Público Municipal Prefeitura Municipal de Santo Amaro das Brotas Irany Lima Moura Santos Suplente
Poder Público Municipal Prefeitura Municipal de Nossa Senhora das Dores Gealisson Santos Silva Suplente
Poder Público Municipal Prefeitura Municipal de Divina Pastora Jose Fabiano Cardoso Costa Suplente
Usuário de água DESO Erasmo Gomes Santos Junior Titular
Usuário de água DESO Marcelle Santos Melo Suplente
Usuário de água VALE ANAILDE PEREIRA DA SILVA Titular
Usuário de água VALE JOÃO SOUZA MUNIZ Suplente
Usuário de água FIES Cícero Gomes Barros Titular
Usuário de água FIES Luis Paulo Dias Miranda Suplente
Usuário de água PETROBRAS GRAZIELLA FEITOZA CONCEIÇÃO LINHARES Titular
Usuário de água PETROBRAS José Ednaldo Pinto Fontes Suplente
Usuário de água FEPESE HAMILTON JOÃO OLIVEIRA SANTOS Titular
Usuário de água FEPESE JOSÉ MARCOS SANTOS DE MENEZES Suplente
Usuário de água Colônia de Pescadores Z5 Pirambu Miguel Porto Pires Titular
Usuário de água Colônia de Pescadores Z5 Pirambu Jossimara Silva de Santana Suplente
Usuário de água COOJARDIN Jose Antonio Leandro dos Santos Titular
Usuário de água COOJARDIN Josino Silva Filho Suplente
Sociedade Civil UFS Daniella Rocha Titular
Sociedade Civil UFS Jefferson Arlen Freitas Suplente
Sociedade Civil UNIT Maria Nogueira Marques Titular
Sociedade Civil UNIT Verônica Sierpe Geraldo Suplente
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SEGMENTO ENTIDADE REPRESENTANTE SITUAÇÃO
Sociedade Civil IFS Cicero Marques dos Santos Titular
Sociedade Civil IFS Tatiana Máximo Almeida Albuquerque Suplente
Sociedade Civil FETASE Maria Aparecida dos Santos Titular
Sociedade Civil FETASE Cristiane Santos Santana Suplente
Sociedade Civil OSCATMA Angela Maria do Nascimento Lima Titular
Sociedade Civil OSCATMA Daniele Suzane da Silva Pinto Teles Suplente
Sociedade Civil IDESA Sheila Patrícia Santos Feitosa Titular
Sociedade Civil IDESA Elder Muniz Santos Suplente
Sociedade Civil STTR Dores Aldenilson Vieira dos Santos Titular
Sociedade Civil STTR Dores Glecia Vieira dos Santos Suplente
Sociedade Civil Comunidade Pirangy Remanescente de Quilombo Capela Ednaldo dos Santos Suplente
Sociedade Civil ABES Isabel Cristina Pereira Alves Titular
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SEGMENTO ENTIDADE REPRESENTANTE SITUAÇÃO
Poder Público Municipal SANTO AMARO DAS BROTAS IRANI LIMA MAIRA SANTOS Titular
Poder Público Municipal Prefeitura Municipal de Divina Pastora Jose Fabiano Cardoso Costa Suplente
Usuário de água VOTORANTIM CIMENTOS NINE S/A ANA PAULA SANTANA DOS SANTOS Titular
Usuário de água PETROBRÁS GRAZIELA FEITOZA CONCEIÇÃO LINHARES Titular
Usuário de água FAFEN-SE MARCÍLIO DE BARROS CORREIA Titular
Usuário de água COLONIA PESCADOR Z.2 JOSÉ VITOR SANTOS Titular
Usuário de água COLONIA PESCADOR Z.2 ROMEU SILVA DO NASCIMENTO Suplente
Usuário de água FEPESE HAMILTON JOÃO OLIVEIRA SANTOS Titular
Usuário de água FEPESE JOSÉ MARCOS SANTOS DE MENEZES Suplente
Usuário de água COLÔNIA DE PESCADORES Z6 RICARDO AZEVEDO EVANGELISTA Titular
Usuário de água COLÔNIA DE PESCADORES Z6 DÉBORA BERRETO DE JESUS SANTOS Suplente
Usuário de água DESO LUIZ CARLOS SOUZA SILVA Titular
Usuário de água DESO CARLOS ANDERSON SILVEIRA PEDREIRA Suplente
Usuário de água SAAE- SÃO CRISTOVÃO MARCIO ADRIANO SILVA LIMA Titular
Sociedade Civil IFS JORGE LUIZ SOTERO DE SANTANA Titular
Sociedade Civil UNIT MARIA NOGUEIRA MARQUES Titular
Sociedade Civil UFS JEFFERSON ARLEN FREITAS Suplente
Sociedade Civil IFS FLORILDA VIEIRA DA SILVA Suplente
Sociedade Civil OSCATMA-BC ROSA CECÍLIA LIMA SANTOS Titular
Sociedade Civil OSCATMA ISABELLA FERREIRA NASCIMENTO MAYNARD Suplente
Sociedade Civil ACIJOBA MARIA RITA DOS SANTOS Titular
Sociedade Civil ASSOCIAÇÃO PARTIDO DA INTERNET NÉLIO MIGUEL OLIVEIRA DOS SANTOS JUNIOR Titular
Sociedade Civil ASSOCIAÇÃO PARTIDO DA INTERNET ANA LUISA SANTOS PASSOS Suplente
Sociedade Civil FUNDAÇÃO EDUCANDO E PRESERVANDO JOEL SILVA LIMA Titular
Sociedade Civil FUNDAÇÃO EDUCANDO E PRESERVANDO EROTILDES JOSÉ DE JESUS Suplente
Sociedade Civil STTR RURAIS AGRICULA FAMILIA DE DORES ALDENILSON VIEIRA DOS SANTOS Titular
Sociedade Civil CONEJUV THALYTA ANDERADE DA COSTA Suplente
Sociedade Civil ASSOCIAÇÃO ARTESANAL DE N. SRA DAS DORES MARILENE JOAQUIM DE SANTANA Suplente
Sociedade Civil ABES KELMA MARIA NOBRE VITORINO Titular
Sociedade Civil CONS. REG. DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE -SE RODRIGO FERNANDO M. DE OLIVEIRA Suplente
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Quadro 3.3 – Relação de membros do CBH Piauí / triênio 2018-2020.
SEGMENTO ENTIDADE REPRESENTANTE SITUAÇÃO
Poder Público Federal IBGE NELSON WELLAUSEN DIAS Titular
Poder Público Estadual EMDAGRO LUIZ FERNANDES DE OLIVEIRA Titular
Poder Público Estadual EMDAGRO JACKSON RIBEIRO Suplente
Poder Público Estadual SEINFRA ANTÔNIO ISAAC DE ASSIS Titular
Poder Público Estadual SEMARH NOÊMIA ALICE NERY LOBÃO Titular
Poder Público Estadual SEMARH NICÉA SOUZA DA PIEDADE Suplente
Poder Público Municipal Prefeitura de Indiaroba Jose Fernando Ávila Soares Sobrinho Titular
Poder Público Municipal Prefeitura de Boquim Willame Santos Andrade Marques Titular
Poder Público Municipal Prefeitura de Boquim José Costa dos Santos Irmão Suplente
Poder Público Municipal Prefeitura de Estancia Cesar Roberto Pereira Franco Titular
Poder Público Municipal Prefeitura de Lagarto João Batista de Farias Fontes Junior Titular
Poder Público Municipal Prefeitura de Sta Luzia do Itanhi Ronilson Pereira dos Santos Suplente
Usuário de água DESO Mario Leo de Oliveira Rodrigues Titular
Usuário de água DESO Wagner Dantas Melo Suplente
Usuário de água Colônia de Pescadores Z3 Selma Lucia dos Santos Titular
Usuário de água Colônia de Pescadores Z3 Suplente
Usuário de água FEPESE Hamilton João Oliveira Santos Titular
Usuário de água FEPESE Suplente
Usuário de água Campanhia Industria Textil Antonio João Nascimento Santos Titular
Usuário de água Campanhia Industria Textil Valter Cezar de Jesus Suplente
Usuário de água FIES Cícero Gomes Barros Titular
Usuário de água FIES Luis Paulo Dias Miranda Suplente
Sociedade Civil Associação dos Moradores do Bairro Santa Cruz Jaelson de Oliveira Santos Titular
Sociedade Civil Associação dos Moradores do Bairro Santa Cruz Josefa Batista dos Santos Suplente
Sociedade Civil Associação dos Moradores da Macedina de Salgado Eraldo Ribeiro Titular
Sociedade Civil Associação Meio Ambiente Água e Vida Luiz Alberto Palomares Suplente
Sociedade Civil Asssociação Comunit. da Comunidade de Quebrada V Maria Aparecida Lacerda de Albuquerque Titular
Sociedade Civil Asssociação Comunit. da Comunidade de Quebrada V José Romero de Souza Batista Suplente
Sociedade Civil OSCATMA Elaine Chistian Barbosa dos Santos Titular
Sociedade Civil OSCATMA Suplente
Sociedade Civil FETASE Elisangela Santos Silva Titular
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SEGMENTO ENTIDADE REPRESENTANTE SITUAÇÃO
Sociedade Civil FETASE Suplente
Sociedade Civil ABES José Alves Nunes Titular
Sociedade Civil Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Sergipe – CREA Thiago José Ramos dos Santos Suplente
Sociedade Civil Cons. Mun. de Des. Rural Sustentável de Sta Luzia do Itanhi Valmira Beto Santos Titular
Sociedade Civil UNIT Maria Nogueira Marques Titular
Sociedade Civil UNIT Verônica Sierpe Geraldo Suplente
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No mapa da Figura 3.3 é dado destaque às três bacias hidrográficas do estado que
possuem Comitê implementado.
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Ambiente – CEMA, o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CONERH e o
Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente – COGEF. A Superinten-
dência de Recursos Hídricos – SRH é o braço operacional da gestão de recursos
hídricos da SEMARH. A SRH é integrada pelo Departamento de Planejamento e
Coordenação dos Recursos Hídricos (DEPCRH) e pelo Departamento de Adminis-
tração e Controle de Recursos Hídricos (DACRH). A Figura 3.4 apresenta o Orga-
nograma da SRH.
24
Figura 3.5 – Órgãos e autarquias estaduais com competências relacionadas aos recursos
hídricos. Fonte: Página na Internet do SIRHSE (http://sirhse.semarh.se.gov.br/sirhse/).
25
• propor ao respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica valores
a serem cobrados pelo uso de recursos hídricos e plano de aplicação dos
recursos arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
Por esta razão as Agências de Água ainda não foram implantadas. O SEGRH tem
sua sustentação financeira calcada no Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FU-
NERH), que é vinculado à SEMARH.
Nesta seção será feita uma breve caracterização dos demais instrumentos de ges-
tão de recursos hídricos, em termos de implementação e atualização. Isto porque
o desenho do modelo de cobrança dependerá de como estão funcionando tais ins-
trumentos, qual a qualidade, nível de informação, disponibilidade e atualização das
informações. Especial destaque será dado à outorga de direito de uso de recursos
hídricos, que é o fato gerador da cobrança.
26
• Fase B - Avaliação integrada de recursos hídricos
• Fase C - Proposição de alternativas para compatibilizar as disponibilidades
e as demandas hídricas
• Fase D - Estabelecimento de diretrizes, metas, programas e projetos
• Fase E - Elaboração dos documentos finais e do Projeto de Lei do PERH
Também existe um Plano Diretor de Recursos Hídricos das bacias dos rios Vaza
barris e Real, porém é antigo, elaborado em 1996 pelo Governo da Bahia. O Plano
teve as fases de Diagnóstico, Prognóstico e Plano de Ações com cenário de 20
anos.
Em 2011, no âmbito do Plano Estadual de Recursos Hídricos, este estudo foi adap-
tado para Resolução CONAMA nº 357/2005, resultando no “Reenquadramento dos
Corpos d'Água do Estado de Sergipe (Resolução CONAMA nº 357/2005)”. Os en-
saios tomados por base para o reenquadramento são os mesmos realizados
27
quando do enquadramento de acordo com a Resolução CONAMA nº 20/1986. Na-
quela ocasião o Estado empreendeu campanhas de amostragem de água em todas
as bacias, entre os anos 2001 e 2002, obtendo resultados analíticos dos parâme-
tros físicos, químicos e microbiológicos coletados em 154 pontos nas seis bacias
hidrográficas.
28
• tarifas e taxas cobradas de beneficiados por serviços de aproveitamento,
controle e fiscalização dos recursos hídricos;
• os retornos relativos a principal e encargos de financiamentos concedidos
com recursos do Fundo;
• o resultado da cobrança de multas resultantes de infrações à legislação de
águas;
• 0,5% (cinco décimos por cento) do produto da arrecadação dos impostos
estaduais, deduzidas as vinculações ou participações constitucionais;
• receitas de outras fontes, que legalmente se destinem ao Fundo ou se cons-
tituam em receita do mesmo.
29
Por outro lado, independem de outorga – e, portanto, são isentos de cobrança – os
seguintes usos:
• Açudes com volume de acumulação de até 50.000 m³, ou com área de es-
pelho d’água inferior ou igual a 10 (dez) tarefas ou 3 ha, ou com altura de
barramento inferior a 7 (sete) metros;
• Perfuração de poços rasos, com profundidade inferior a 20 (vinte) metros e
com vazão de 2.500 (dois mil e quinhentos) litros por hora e, ainda, poços
com caráter exclusivo de pesquisa, exceto em aquíferos sedimentares con-
siderados estratégicos ou diretamente alimentados por rios perenes;
• Perfuração de poços medianamente profundos (20 a 60 metros) e profundos
(maior que 60 metros) com vazões inferiores a 2.500 (dois mil e quinhentos)
litros por hora, exceto quando se tratar de poços de responsabilidade de
órgãos públicos;
• Captações a fio d’água com vazões inferiores a 2.500 (dois mil e quinhentos)
litros por hora, ou cerca de 0,7 (sete décimos) litros por segundo;
• Barragens de derivação ou regularização de nível cuja bacia de contribuição
não exceda 3 (três) km²;
• Obras de transferência, entre bacias hidrográficas, de vazões inferiores a
2.500 (dois mil e quinhentos) litros por hora;
• Uso da água para satisfação das necessidades da população de núcleos
rurais inferiores ou iguais a 80 (oitenta) casas ou 400 (quatrocentos) habi-
tantes.
30
A Resolução CONERH nº 03/2002 dispõe sobre critérios para a outorga de direito
de uso de recursos hídricos subterrâneos nas regiões de Aracaju e São Cristóvão.
A SEMARH elegeu o rio Fundo, na bacia hidrográfica do rio Piauí, como piloto a
partir de 2014 para emissão das outorgas de direito de uso para fins de lançamento
de efluentes no Estado de Sergipe. O CONERH apoiou esta iniciativa por meio da
Moção nº 01/2015.
31
Figura 4.1 – Fluxograma do processo de outorga. Fonte: adaptado de SRH (2010).
32
• Monitoramento hidrometeorológico;
• Previsão do tempo;
• Galeria de mapas temáticos e Plataforma WEBGIS;
• Informações relativas a arranjo institucional e legislação de recursos hídri-
cos;
• Estudos, programas, planos e projetos relacionados aos recursos hídricos.
33
Usos cadastrados no CNARH40 - volume captado anual por
categoria (hm³)
Uso Insignificante;
4,0
Outorgado; 194,7
Inválido; 1,9
Não Outorgável;
1,0
Figura 5.1 – Usos cadastrados no CNARH40 – Volume anual por categoria (hm³).
No que se refere à natureza do uso, apenas um dos registros corresponde a ponto
de lançamento de efluentes. Trata-se de lançamento de 16,4 hm³/ano da empresa
AMBEV S. A. no rio Fundo (processo nº 35/2016). Outros dois registros foram clas-
sificados como “ponto de referência”. Todos os demais são pontos de captação.
Com relação ao tipo de captação, observa-se que a grande maioria das captações
ocorre em poços (2.302), enquanto apenas 195 ocorre em mananciais superficiais.
Por outro lado, o volume total anual de captações superficiais (116,1 hm³) é superior
ao de captações subterrâneas (85,4 hm³), como se vê na Figura 5.2.
34
2.500 140,0
Nº de pontos de captação
1.000 60,0
40,0
500
20,0
0 0,0
Superficial Subterrânea
Quantidade Volume (hm³)
Figura 5.2 – Quantidade de captações e volume anual captado em mananciais superficiais e
subterrâneos – CNARH40.
Com relação à finalidade de uso, o uso predominante é o Abastecimento Público,
com 98,11 hm³, seguido da Indústria (43,18 hm³), Irrigação (23,32 hm³) e Termoe-
létrica (16,31 hm³). As outras finalidades de uso são pouco representativas em ter-
mos de volume captado (Figura 5.3).
Indústria; 43,18
Irrigação; 23,32
Consumo
Humano;
6,58
Termoelétrica; Outras; 3,53
16,31
Aquicultura; 9,95
Criação
Animal; 0,29
Abastecimento Público;
Mineração; 0,01
98,11
35
com 8,91 hm³ irrigados por ano. Na sequência aparecem o milho (3,59 hm³), da-
mascos/pêssegos (2,63 hm³), coentro (1,33 hm³), capim sudão (1,22 hm³), coco
verde (0,81 hm³), batata doce (0,78 hm³), banana (0,41 hm³), cominho (0,39 hm³),
batata (0,33 hm³) e outras dezenas de culturas que, juntas, respondem por 2,91
hm³ do volume total captado.
Usos de Irrigação cadastrados no CNARH40 - Volume captado anual por cultura (hm³)
Banana: 0,41 Batata:
0,33 Batata doce: 0,78
OUTROS: 2,91
Milho: 3,59
Cana-de-açúcar: 8,91
Damascos, pêssegos:
2,63
Cominho: 0,39
Coentro: 1,33
Coco Verde: 0,81 Capim Sudão: 1,22
Figura 5.4 – Volume anual captado pelo setor de irrigação por cultura (hm³).
Com relação aos métodos de irrigação, há grande predominância de aspersão por
sistema convencional (13,10 hm³). Outros métodos que vêm na sequência são as-
persão por sistema autopropelido (3,24 hm³), micro-aspersão (2,58 hm³), aspersão
por canhão hidráulico (2,40 hm³) e gotejamento (1,90 hm³). Outros métodos captam
volumes poucos significativos, como se vê na Figura 5.5.
36
Usos de Irrigação cadastrados no CNARH40 - Volume captado anual por método (hm³)
14,00
13,10
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00 3,24
2,40 2,58
1,90
2,00
Figura 5.5 – Volume anual captado pelo setor de irrigação por método (hm³).
O mapa da Figura 5.6 apresenta a localização dos 2.500 usos cadastrados no
CNARH40, classificados em pontos de captação superficial, captação subterrânea,
lançamento e de referência. Observa-se grande predominância de captação sub-
terrânea, em termos de número de pontos. A maior parte dos usos cadastrados se
concentra na bacia hidrográfica do rio Sergipe, sobretudo nas UPs Jacarecica,
Poxim e Baixo Sergipe.
37
Figura 5.6 – Localização dos usos cadastrados no CNARH40.
38
5.2 Caracterização dos usos outorgados
Esta análise diz respeito aos usos efetivamente outorgados, que compõem um
banco de dados próprio da SRH, diferente do CNARH40. Os dados, que haviam
sido disponibilizados em planilhas específicas para cada bacia hidrográfica, foram
consolidados em uma planilha única para todo o Estado. Uma primeira análise pos-
sível é com relação à vigência das outorgas. Foram identificadas 170 outorgas vi-
gentes (que representam um volume de 150,6 hm³/ano), e 349 outorgas vencidas
(com um volume de 161,8 hm³/ano), totalizando 519 outorgas e um volume de
312,4 hm³/ano (Quadro 5.1).
Quadro 5.2 – Número de outorgas vigentes e volume anual captado por finalidade de uso.
Finalidade Nº de outorgas Volume (hm³) Volume (%)
Abastecimento Industrial 69 25,9 17,2%
Abastecimento Público 35 101,8 67,6%
Aquicultura 15 7,6 5,1%
Comercial e Serviços 5 0,3 0,2%
Consumo Humano 19 1,5 1,0%
Irrigação 15 13,0 8,6%
Outros Usos 12 0,5 0,3%
TOTAL 170 150,6 100,0%
39
Outorgas vigentes - volume captado anual por finalidade (hm³)
Aquicultura: 7,6
Outros Usos:
Abastecimento Irrigação: 13,0
Consumo 0,5
Público: 101,8
Humano: 1,5
Abastecimento
Industrial: 25,9
Comercial e Serviços:
0,3
Figura 5.7 – Outorgas vigentes – volume anual captado por finalidade de uso.
O Quadro 5.3 relaciona os 10 usuários mais representativos do Estado em termos
de volume outorgado. A Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO é o prin-
cipal usuário, com volume de outorgas vigentes de 101,8 hm³/ano, o que corres-
ponde a 67,6% do total. A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos
– COHIDRO é o segundo principal usuário, com 12,4 hm³ (8,2%). Os 10 principais
usuários respondem por 136,3 hm³ (90,5% do volume total).
40
140 140,0
120 120,0
N de pontos de captação
100 100,0
60 60,0
40 40,0
20 20,0
0 0,0
SUP SUB
Quantidade Volume (hm³)
Figura 5.8 – Quantidade de captações e volume anual captado em mananciais superficiais e
subterrâneos – outorgas vigentes.
Outra questão verificada foi com relação à distribuição das outorgas por bacia hi-
drográfica. A bacia do rio Sergipe concentra a maior parte do volume outorgado –
93,0 hm³, o que representa 61,8% do volume total do Estado. Em seguida, apare-
cem as bacias dos rios Piauí (22,0 hm³ ou 14,6%) e Japaratuba (18,8 hm³ ou
12,5%). Juntas, as três bacias concentram um volume anual de 133,9 hm³ (88,9%
do total). A bacia hidrográfica do rio Vaza Barris possui 15,1 hm³/ano outorgados,
ou 10,0% do volume total. As demais bacias (GC1, GC2, Real e São Francisco)
possuem volumes outorgados inexpressivos, que, somados, totalizam 1,7 hm³ ou
1,1% do total (Quadro 5.4 e Figura 5.9).
Quadro 5.4 – Número de outorgas vigentes e volume anual captado por bacia hidrográfica.
Bacia Nº de outorgas Volume (hm³) Volume (%)
GC1 2 0,2 0,1%
GC2 1 0,1 0,0%
Japaratuba 33 18,8 12,5%
Piaui 50 22,0 14,6%
Real 4 1,2 0,8%
Sergipe 61 93,0 61,8%
São Francisco 4 0,3 0,2%
Vaza Barris 15 15,1 10,0%
TOTAL 170 150,6 100,0%
41
Outorgas vigentes - volume anual captado por bacia hidrográfica (hm³)
100,0 93,0
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0 22,0
18,8
15,1
20,0
Figura 5.9 – Outorgas vigentes – volume anual captado por bacia hidrográfica.
O mapa da Figura 5.10 mostra a distribuição espacial dos usos outorgados no Es-
tado de Sergipe.
42
Figura 5.10 – Localização dos usos outorgados.
43
5.3 Caracterização dos usos insignificantes
A Figura 5.11 mostra a distribuição dos volumes insignificantes agrupados por fi-
nalidade de uso. Diferentemente dos usos outorgados, aqui predomina captações
para fins de Consumo Humano, com 605.243 hm³. Na sequência, Abastecimento
Industrial, Abastecimento Público, Aquicultura, Irrigação e Abastecimento Animal.
Abastecimento
OUTROS: 963.925 Público: 240.708
Aquicultura:
179.122
Consumo Humano:
605.243
Irrigação: 87.862
Figura 5.11 – Usos insignificantes – volume anual captado por finalidade de uso.
No que diz respeito ao tipo de manancial onde ocorre a captação, diferentemente
do que se observa para os usos outorgados, para os usos insignificantes as capta-
ções subterrâneas predominam, tanto em termos de quantidade de registros como
também em termos de volume captado (Figura 5.12).
44
500 2.000.000
450
400
1.500.000
N de pontos de captação
350
250 1.000.000
200
150
500.000
100
50
0 0
SUP SUB
Quantidade Volume (m³)
Figura 5.12 – Quantidade de captações e volume anual captado em mananciais superficiais
e subterrâneos – usos insignificantes.
Com relação à bacia hidrográfica onde ocorre a captação, novamente a bacia do
rio Sergipe concentra a maior parte do volume captado. Porém, a diferença em
relação às outras bacias não é tão grande quanto a que se observa para os usos
outorgados. Para os usos insignificantes, as bacias dos rios Piauí e, sobretudo,
Vaza Barris também surgem com destaque. A bacia do rio São Francisco, cujos
volumes efetivamente outorgados são inexpressivos em comparação às demais
bacias, aqui aparece com maior destaque (Quadro 5.5 e Figura 5.13).
Quadro 5.5 – Número de registros de usos insignificantes e volume anual captado por bacia
hidrográfica.
Bacia Nº de pontos Volume (m³) Volume (%)
GC1 0 0 0,0%
GC2 1 15.552 0,6%
Japaratuba 27 149.408 6,2%
Piaui 123 497.094 20,6%
Real 12 129.259 5,4%
Sergipe 267 696.664 28,9%
São Francisco 62 257.473 10,7%
Vaza Barris 86 665.922 27,6%
TOTAL 578 2.411.372 100,0%
45
Usos insignificantes - volume anual captado por bacia hidrográfica (m³)
696.664
665.922
700.000
600.000
497.094
500.000
400.000
300.000 257.473
200.000 149.408
129.259
100.000
15.552
0
0
Figura 5.13 – Usos insignificantes – volume anual captado por bacia hidrográfica.
46
Figura 5.14 – Localização dos usos insignificantes.
47
5.4 Processos de outorga em análise
Também foi feita uma avaliação dos processos de outorga em análise pelo órgão
gestor, já que são usos potencialmente sujeitos à cobrança, à medida em que as
outorgas sejam concedidas.
Foram identificados 240 registros de processos em análise, desde 2003 até 2017.
As vazões solicitadas constavam em m³/h e/ou m³/mês. Quando a informação es-
tava em m³/mês, foi feita multiplicação por 12 para inferência da vazão anual.
Quando somente se dispunha da vazão horária, foi considerada captação em 24
horas por dia e 365 dias por ano para estimativa da vazão anual. Alguns registros
não continham nenhuma informação de vazão. Nestes casos foi considerada vazão
igual a zero. Com isto foi estimado um volume de 114,6 hm³/ano de outorgas sob
análise. Trata-se de um volume significativo, próximo ao volume de outorgas efeti-
vamente concedidas e vigentes, de 150,6 hm³/ano. O Quadro 5.6 e a Figura 5.15
mostram a distribuição destes volumes por finalidade de uso.
Quadro 5.6 – Número de processos em análise e volume anual de captação previsto por fi-
nalidade de uso.
Finalidade Nº de processos Volume (hm³) Volume (%)
Abastecimento Industrial 32 7,9 6,9%
Abastecimento Público 31 21,6 18,8%
Aquicultura 57 3,3 2,9%
Extração Mineral 5 1,1 1,0%
Irrigação 30 76,5 66,8%
Outros Usos 85 4,2 3,6%
TOTAL 240 114,6 100,0%
48
Processos em análise - volume de captação anual previsto por finalidade (hm³)
Outros Abastecimento
Usos: 4,2 Industrial: 7,9
Figura 5.15 – Processos em análise – volume de captação anual previsto por finalidade de
uso.
Entre os processos em análise, há grande predominância de solicitações de capta-
ções para fins Irrigação (76,5 hm³/ano) em relação aos demais setores usuários.
Os três maiores pedidos, que somam 57,5 hm³ (correspondente a 50,2% do volume
total de processos de outorga em análise), são da COHIDRO. Trata-se de capta-
ções na Barragem Jacarecica II, em Malhador (38,9 hm³), na Barragem Jacarecica
I, em Itabaiana (10,3 hm³) e no rio Jabiberi, em Tobias Barreto (8,3 hm³).
49
120 120,0
100 100,0
80 80,0
60 60,0
40 40,0
20 20,0
0 0,0
SUP SUB
Nº de outorgas Volume (hm³)
Figura 5.16 – Quantidade de processos em análise e volume anual de captação previsto em
mananciais superficiais e subterrâneos.
O mapa da Figura 5.17 mostra a localização dos 206 usos em análise que conti-
nham as coordenadas geográficas preenchidas na planilha. Destaque para grandes
concentrações de pedidos no Baixo Sergipe e na Foz do São Francisco.
50
Figura 5.17 – Localização dos usos em análise.
51
5.5 Caracterização socioeconômica dos usuários
Os grupos usuários passíveis de cobrança pelo uso da água bruta foram previa-
mente identificados, descritos e amplamente caracterizados nos Planos de Bacia
já elaborados. Esses relatórios foram mapeados para verificação da necessidade
de atualização de dados e informações de forma a construir uma base de dados
sólida, consistente e atualizada que permita o desenvolvimento das análises rela-
cionadas a implementação do instrumento de cobrança pelo uso da água, obser-
vando também os impactos decorrentes da mesma em distintos cenários prognós-
ticos.
Diante das considerações, evidencia-se que a análise por Bacia Hidrográfica cor-
robora com a necessária adequação dos instrumentos de gestão à realidade local.
Assim, procede-se na sequência ao relato das informações já levantadas quanto
ao perfil dos usuários nos Planos anteriores, seguida por sinopse agregada por
Bacia de dados atualizados.
52
5.5.1 Síntese de dados existentes
IBGE-Pesquisa Agrí-
Dessedentação
PPM 2012 2012 cola Municipal - 1996 2010
Animal
a 2008
Outorgas aprovadas
Indústria e Cons- pela SEMARH/SRH Informação RAIS-MTE 1996,
2010
trução Civil não disponível 2000, 2004 e 2008
Consultora COHIDRO
53
uma redução do consumo de 10% em 2025, considerando um cenário alter-
nativo com índice de perda de 25%.
• Irrigação: O Plano apresenta uma predominância da lavoura temporária,
representando cerca de 70% do total, segundo dados da Produção Agrícola
Municipal do IBGE. Com relação às áreas de plantio permanente, as culturas
com maior relevância em 2008 foram as de laranja e coco-da-baía.
• Dessedentação Animal: O destaque identificado pelo Plano foi a criação
de galos, frangas, frangos e pintos, que apresentou, entre 2004 e 2008, cres-
cimento de 67,8%.
• Indústria: Baseado na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), o
Plano informa que o ramo de atividade com maior número de estabelecimen-
tos formais foi a construção civil, em 2008, seguido pela indústria de alimen-
tos, bebidas e álcool etílico.
54
foi o da indústria têxtil em 2008, seguido pela indústria de minerais não me-
tálicos.
55
• Abastecimento Humano: Constatou-se que o Estado de Sergipe apresenta
situações bastante particulares, com fontes de abastecimento (captações)
utilizando águas oriundas de reservas subterrâneas, da bacia do rio São
Francisco e de reservatórios implantados em rios do Estado. Como as cap-
tações estavam bem definidas em levantamento realizado junto à prestadora
regional de serviços – a Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) –
com local e vazão captada conhecidos, o per capita de consumo em área
urbana foi utilizado apenas para definição da vazão de retorno, aplicando em
primeiro momento o percentual de atendimento de abastecimento na popu-
lação atendida e, em seguida, o valor per capita (L/hab.dia), para definir o
consumo sobre o qual calcula-se a vazão de retorno urbano, estimada em
80% do consumo. Nas raras exceções, onde não existia a caracterização da
vazão captada, os valores de per capita foram utilizados para definição da
vazão de consumo. Nas áreas rurais foi adotado o valor per capita de 70
L/hab.dia, não considerando o retorno em razão da falta de redes de esgoto
ou galerias pluviais.
• Irrigação: A espacialização e as vazões das demandas de irrigação nas ba-
cias dos rios Japaratuba, Piauí e Sergipe foram inseridas no sistema com
base nas coordenadas das captações e verificadas com os nomes dos ma-
nanciais constantes das tabelas de dados obtidos em pesquisa da equipe da
Consultora COHIDRO junto aos órgãos do Estado de Sergipe (SEMARH).
As demandas de irrigação contempladas no estudo do balanço hídrico são
referentes aos valores de outorgas em validade, de forma a utilizar somente
as captações autorizadas por lei. Os municípios compreendidos pelas BHs
Japaratuba e Sergipe que demandam recursos hídricos para irrigação são,
respectivamente, Capela e Rosário do Catete, Itabaiana e Malhador. Na BH
do Piauí não foi verificada a existência de demanda hídrica para irrigação.
• Dessedentação Animal: Os efetivos rebanhos dos municípios situados
dentro dos limites das bacias foram determinados, para o ano de 2012, a
partir da Pesquisa Pecuária Municipal, do IBGE.
56
• Indústria: Foram coletados dados das outorgas aprovadas pela SE-
MARH/SRH, Governo do Estado de Sergipe, concentrando atividade indus-
trial nos municípios de Japaratuba e Capela; Itaporanga D’Ajuda, Lagarto e
Estância; Laranjeiras e Nossa Senhora do Socorro.
Para os diversos grupos de usuários os dados foram agregados por Bacia Hidro-
gráfica, atribuindo os valores municipais em sua totalidade às Bacias que abrigam
a maior porção territorial. Os dados atualizados são sistematizados nos Quadros
na sequência.
• Abastecimento Humano
O uso da água para abastecimento humano é feito de forma indireta, sendo o pres-
tador de serviços de saneamento o usuário outorgado. As vazões captadas (abas-
tecimento) e de retorno (esgoto) baseiam-se não apenas nos indicativos de ou-
torga, mas também na população servida e coeficientes médios de perda reais dos
prestadores. Assim torna-se possível projetar de forma mais eficiente uma de-
manda que considere não apenas a atual eficiência do prestador quanto a parcela
de população atendida, mas também o necessário processo de universalização dos
serviços de saneamento básico.
57
o Censo Demográfico – dados do universo datados de 2000 e 2010 com in-
dicação de taxas de urbanização dos municípios do Estado de Sergipe
(Quadro 5.8).
58
o População atendida com abastecimento de água e médias de consumo per
capita para o ano de 2015, conforme autodeclarado pelos prestadores
quando do preenchimento do formulário para divulgação do Diagnóstico de
Água e Esgoto do Sistema Nacional de Informações de Saneamento –
SNIS (Quadro 5.10).
• Dessedentação Animal
59
Quadro 5.11 – Valores de Consumo Animal de Água por Tipo de Rebanho e Equivalência
BEDA.
Bovinos e Bubalinos 50 1
Suínos 10 5
O Quadro 5.12 apresenta a estimativa de efetivo dos rebanhos, por tipo, de 2010
a 2016.
60
Quadro 5.12 – Estimativa do efetivo dos rebanhos por tipo de rebanho, 2010-2016.
Bacia Hidrográfica Bovino 2010 Bovino 2011 Bovino 2012 Bovino 2013 Bovino 2014 Bovino 2015 Bovino 2016
Estado de Sergipe 1.117.765 1.178.771 1.156.157 1.223.215 1.218.972 1.231.130 1.196.248
Bacia Costeira Sapu-
2.360 2.100 2.090 1.895 1.760 2.118 1.793
caia
BH do Rio Japara-
72.425 76.546 68.081 69.005 66.819 70.097 60.082
tuba
BH do Rio Piauí 267.841 274.705 260.605 282.342 275.615 280.146 286.922
BH do Rio Real 100.841 109.943 108.193 111.155 108.166 110.488 111.591
BH do Rio Sergipe 196.410 202.623 204.455 205.512 214.585 213.478 205.763
BH do Rio São Fran-
345.807 371.953 361.742 398.809 395.176 400.294 378.583
cisco
BH do Rio Vaza Bar-
132.081 140.901 150.991 154.497 156.851 154.509 151.514
ris
Bacia Hidrográfica Equino 2010 Equino 2011 Equino 2012 Equino 2013 Equino 2014 Equino 2015 Equino 2016
Estado de Sergipe 72.830 73.712 73.385 67.922 68.425 69.567 76.678
Bacia Costeira Sapu-
260 240 220 198 187 205 206
caia
BH do Rio Japara-
5.261 5.340 5.428 5.550 5.634 5.724 5.985
tuba
BH do Rio Piauí 20.689 21.100 20.804 16.295 16.069 17.120 18.990
BH do Rio Real 9.082 8.985 8.651 6.580 6.120 5.870 5.779
BH do Rio Sergipe 11.301 11.282 11.469 12.017 12.652 12.761 15.162
BH do Rio São Fran-
20.275 20.580 20.382 20.918 21.394 21.627 23.605
cisco
BH do Rio Vaza Bar-
5.962 6.185 6.431 6.364 6.369 6.260 6.951
ris
Bacia Hidrográfica Suíno Tot 2010 Suíno Tot 2011 Suíno Tot 2012 Suíno Tot 2013 Suíno Tot 2014 Suíno Tot 2015 Suíno Tot 2016
Estado de Sergipe 100.105 99.772 100.642 98.760 100.012 102.336 138.877
Bacia Costeira Sapu-
115 108 102 45 48 26 30
caia
61
BH do Rio Japara-
3.406 3.434 3.336 2.756 2.452 2.515 3.238
tuba
BH do Rio Piauí 17.900 16.081 16.113 16.551 16.904 16.789 20.933
BH do Rio Real 6.824 7.693 8.100 7.470 7.310 8.350 10.963
BH do Rio Sergipe 26.225 26.586 26.981 25.124 25.275 25.502 31.058
BH do Rio São Fran-
36.146 35.954 35.551 35.958 36.805 37.614 59.366
cisco
BH do Rio Vaza Bar-
9.489 9.916 10.459 10.856 11.218 11.540 13.289
ris
Bacia Hidrográfica Suíno Mat 2010 Suíno Mat 2011 Suíno Mat 2012 Suíno Mat 2013 Suíno Mat 2014 Suíno Mat 2015 Suíno Mat 2016
Estado de Sergipe - - - 9.952 10.058 10.336 11.274
Bacia Costeira Sapu-
- - - 5 5 6 7
caia
BH do Rio Japara-
- - - 192 207 212 213
tuba
BH do Rio Piauí - - - 1.713 1.710 1.737 1.868
BH do Rio Real - - - 916 878 973 1.017
BH do Rio Sergipe - - - 2.682 2.670 2.655 1.743
BH do Rio São Fran-
- - - 3.362 3.451 3.591 5.334
cisco
BH do Rio Vaza Bar-
- - - 1.082 1.137 1.162 1.092
ris
Bacia Hidrográfica Caprino 2010 Caprino 2011 Caprino 2012 Caprino 2013 Caprino 2014 Caprino 2015 Caprino 2016
Estado de Sergipe 19.881 18.906 19.629 22.410 23.647 24.754 30.829
Bacia Costeira Sapu-
190 100 90 45 42 40 -
caia
BH do Rio Japara-
615 516 523 517 560 582 522
tuba
BH do Rio Piauí 2.951 2.990 3.450 6.119 6.373 7.016 8.807
BH do Rio Real 3.962 3.956 4.435 5.152 5.322 5.243 4.800
BH do Rio Sergipe 1.988 1.756 1.773 1.746 1.741 1.760 3.762
62
BH do Rio São Fran-
9.202 8.595 8.331 7.773 8.036 8.446 10.255
cisco
BH do Rio Vaza Bar-
973 993 1.027 1.058 1.573 1.667 2.683
ris
Bacia Hidrográfica Ovino 2010 Ovino 2011 Ovino 2012 Ovino 2013 Ovino 2014 Ovino 2015 Ovino 2016
Estado de Sergipe 168.674 168.801 173.422 187.129 192.809 205.151 245.550
Bacia Costeira Sapu-
750 350 315 235 218 228 220
caia
BH do Rio Japara-
5.068 4.647 4.589 5.015 5.027 5.294 5.548
tuba
BH do Rio Piauí 44.775 45.035 48.955 58.315 61.870 67.019 74.371
BH do Rio Real 39.623 44.169 46.910 49.795 51.210 55.630 58.911
BH do Rio Sergipe 15.688 13.514 13.520 13.981 13.877 14.138 24.881
BH do Rio São Fran-
52.702 50.515 48.042 48.666 48.947 50.795 62.143
cisco
BH do Rio Vaza Bar-
10.068 10.571 11.091 11.122 11.660 12.047 19.476
ris
Galináceo Tot Galináceo Tot Galináceo Tot Galináceo Tot Galináceo Tot Galináceo Tot Galináceo Tot
Bacia Hidrográfica
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Estado de Sergipe 6.863.012 7.130.442 7.180.726 7.841.054 8.064.440 8.294.641 8.018.858
Bacia Costeira Sapu-
24.300 23.850 22.550 23.105 22.187 20.340 21.160
caia
BH do Rio Japara-
339.084 352.463 355.753 318.382 336.995 400.138 387.383
tuba
BH do Rio Piauí 1.737.249 1.785.230 1.717.504 2.466.010 2.499.439 2.823.185 2.605.245
BH do Rio Real 131.394 136.730 140.670 117.760 118.200 111.800 106.200
BH do Rio Sergipe 2.648.900 2.773.402 2.821.632 2.823.305 2.858.834 2.762.626 2.797.900
BH do Rio São Fran-
1.431.996 1.533.518 1.568.062 1.604.508 1.626.583 1.679.443 1.629.187
cisco
BH do Rio Vaza Bar-
550.089 525.249 554.555 487.984 602.202 497.109 471.783
ris
63
Bacia Hidrográfica Vacas Ord 2010 Vacas Ord 2011 Vacas Ord 2012 Vacas Ord 2013 Vacas Ord 2014 Vacas Ord 2015 Vacas Ord 2016
Estado de Sergipe 220.889 226.927 226.118 234.365 235.303 230.573 218.744
Bacia Costeira Sapu-
283 275 270 250 226 212 210
caia
BH do Rio Japara-
9.852 10.146 9.779 9.900 9.907 10.131 9.145
tuba
BH do Rio Piauí 34.778 35.435 33.480 34.063 33.484 32.226 31.746
BH do Rio Real 14.234 14.915 14.372 14.583 13.918 14.243 14.641
BH do Rio Sergipe 31.976 31.380 32.130 32.224 35.697 33.996 32.182
BH do Rio São Fran-
107.806 111.735 110.856 116.545 115.243 115.160 107.267
cisco
BH do Rio Vaza Bar-
21.960 23.041 25.231 26.800 26.828 24.605 23.553
ris
64
• Irrigação
Quadro 5.14 – Estimativa de área irrigada no Estado de Sergipe projetada para 2030.
Área irrigada - 2030 (ha)
Demais
BACIA HIDROGRÁFICA Demais cul-
Arroz Inun- Cana-de- culturas
turas e sis- TOTAL
dado açúcar em Pivôs
temas
Centrais
Bacia Costeira Sapucaia 0 0 0 175 175
BH do Rio Japaratuba 0 2.332 0 252 2.583
BH do Rio Piauí 0 42 0 2.300 2.342
BH do Rio Real 0 0 0 284 284
BH do Rio Sergipe 0 5.745 70 3.350 9.164
BH do Rio São Francisco 1.114 105 716 11.534 13.470
BH do Rio Vaza Barris 0 45 0 356 400
• Indústria
65
Indústria: usos e coeficientes técnicos” com dados municipais de vazões de retirada
e vazões consumidas por Divisão da Classificação Nacional de Atividades Econô-
micas (CNAE), referentes ao ano-base de 2015 (Quadro 5.15).
66
Matriz Resumo Cronograma de Alocação dos Recursos (R$
Parti-
dos Progra- 1.000,00)
Valor Estimado cipa-
mas e Subpro-
(R$ 1.000,00) ção
gramas do 2010/2015 2015/2020 2020/2025
(%)
PERH
e Difusão Tec-
nológica
Programa: En-
sino, Capacita-
16.910,00 11.410,00 3.000,00 2.500,00 0,79
ção e Forma-
ção
Programa de
Comunicação 21.300,00 15.800,00 4.000,00 1.500,00 1,00
Social
Programa: Sis-
tema Integrado 4.070,00 1.800,00 1.150,00 1.120,00 0,19
de Informações
Programa:
Operação e
Manutenção da 9.720,00 6.620,00 1.600,00 1.500,00 0,46
Infraestrutura
Hídrica
Programas Te-
1.860.781,00 769.581,00 555.600,00 535.600,00 46,59
máticos
Programa:
1.678.490,00 661.490,00 515.000,00 502.000,00 90,00
Água de Beber
Programa:
Águas do De- 126.910,00 60.910,00 35.500,00 30.500,00 7,00
senvolvimento
Programa: In-
55.381,00 47.181,00 5.100,00 3.100,00 3,00
formágua
TOTAL GERAL 3.994.090,00 1.808.184,00 1.234.228,00 951.678,00 100,00
67
Prazo
Bacia Estimativa de
Curto Médio Longo
Hidrográfica Custos
2015-2020 2021-2025 2026-2035
Piauí 816.952,70 420.250,40 297.528,00 103.750,00
Sergipe 1.611.227,95 814.627,95 641.350,00 155.250,00
No caso dos planos de bacia de 2015, a cobrança pelo uso da água é prevista como
fonte de recursos para os subprogramas “Produtor de Águas” e “Certificação de
boas práticas”, que fazem parte do programa “Estímulo às boas práticas no uso da
água”, com orçamento de R$ 680.000,00 até 2020 para cada bacia, totalizando R$
2.040.000,00.
68
Quadro 6.3 – Resumo do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da SEMARH e órgãos
vinculados – 2017.
PROGRAMA
7 CONCLUSÕES
69
verno do Estado para tomada de decisão quanto a sua implementação. Este Pro-
duto 01 consistiu em análise preliminar de dados existentes e avaliação dos aspec-
tos legais e institucionais da cobrança.
Foi feita uma caracterização dos usuários de água do Estado, com base nas bases
de usos cadastrados, outorgados, insignificantes e processos em análise. Verificou-
se a existência de um volume de 150,6 hm³/ano de outorgas vigentes. O uso pre-
dominante é para fins de Abastecimento Público, com titularidade da DESO (101,8
hm³ ou 67,6% do total). A bacia do rio Sergipe concentra a maior parte do volume
outorgado – 93,0 hm³/ano (61,8% do volume de outorgas vigentes).
70
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAHIA. Plano Diretor de Recursos Hídricos – Bacias do Vaza Barris e Real, 1996.
REBOUÇAS, Aldo da C.; BRAGA, Benedito; TUNDISI, José Galizia. Águas Doces
No Brasil - Capital Ecológico, Uso e Conservação. São Paulo: Escrituras Editora, 3ª
Ed. 2006.
SERGIPE. Elaboração dos Planos das Bacias Hidrográficas dos Rios Japaratuba, Pi-
auí e Sergipe, 2015.
71