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TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

PAULO EDUARDO COSTA

PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA DE


MINERAÇÃO A CÉU ABERTO

São Mateus-Es
2021
PAULO EDUARDO COSTA

PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA DE


MINERAÇÃO A CÉU ABERTO

Trabalho de Gestão Ambiental apresentado como


requisito parcial para a obtenção de média do
4º semestre na disciplina de Geomorfologia e Geologia
Realizado pelo o aluno: Paulo Eduardo Costa
Orientadora: Prof. Jamile Ruthes Bernardes

São Mateus-ES
2021
Sumário
1.0 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2.0 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 5
2.1. Objetivos .............................................................................................................. 7
2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................... 7
4. Manejo E Recuperação De Areas Degradadas Pela Mineração ............................. 8
4.1. Conceito ............................................................................................................... 8
4.2. Etapas Da Recuperação ...................................................................................... 8
4.2.2 Os objetivos de recuperação .............................................................................. 9
4.2.3. Obras De Engenharia Na Recuperação ............................................................ 9
4.2.4. Manejos De Solo Orgânico.............................................................................. 10
4.2.5. Preparações Do Local Para Plantio ................................................................ 10
4.2.6. Plantios............................................................................................................ 10
Conclusão ................................................................................................................. 12
Referências ............................................................................................................... 13
1.0 INTRODUÇÃO

As atividades de extração mineral são de grande relevância para o produto interno


bruto do país, porém, as principais consequências para o ambiente causadas por
este setor são a perda da biodiversidade, a perda da fertilidade natural do solo e a
interferência nos recursos hídricos da região. O ser Humano dentre todas as
espécies existente no planeta e a única capaz de se adaptar ao meio natural, isso só
e possível porque o homem sempre criou em seu entorno um meio ambiente próprio
diferente do meio em o encontrou.

Quando as primeiras indústrias surgiram, os problemas ambientais eram de pequena


dimensão, a população era pouco concentrada e a produção era de baixa escala, as
exigências ambientais eram mínimas ou inexistentes e o símbolo do progresso,
veiculada nas propagandas de algumas indústrias, era a fumaça saindo das
chaminés. A poluição não era foco da atenção da sociedade industrial e intelectual
da época. O surgimento de uma ideologia consumista nas linhas de produção
capitalistas, deu origem às primeiras reflexões quanto a atuação danosa do homem
sobre a Natureza. As décadas de 70 e 80 do século XX, coincidem com a gestação
do pensamento ambientalista da sociedade moderna aos problemas do meio.
Sabendo que a primeira vez, foi nos anos 70, busca proteger os grandes
componentes da natureza e prioriza o mar, as águas continentais, o ar ou a vida
selvagem. A segunda (anos 80) conferencia de Nairóbi – criando a unidade de
conservação e recuperação de áreas degradadas, está mais voltada a combater a
problemática dos produtos químicos, resíduos, materiais radioativos e outras
substâncias perigosas.

As principais ações para que as áreas degradadas possam voltar a ser produtivas
consiste no desenvolvimento e estabelecimento de sistemas de manejo do solo
seguido da revegetação do local de maneira inclusive, a propiciar o retorno da fauna.
2.0 DESENVOLVIMENTO

O subsolo brasileiro possui importantes depósitos minerais. Partes


dessas reservas são consideradas expressivas quando relacionadas mundialmente.
Com base nesse patrimônio mineral o Brasil produz cerca de setenta substâncias,
sendo vinte e uma do grupo de minerais metálicos, quarenta e cinco dos não
metálicos e quatro dos energéticos. O Brasil é possuidor das maiores reservas de
nióbio (98,2%), barita (53,3%) e grafita natural (50,7%) em relação ao resto do
mundo. O país se destacou também por suas reservas de tântalo (36,3%) e terras
raras (16,1%), ocupando a posição de segundo maior detentor destes bens
minerais. Os minérios de níquel, estanho e ferro também apresentaram participação
significativa de valores de reserva a nível mundial em 2013. (DNPM, 2014)
De uma maneira geral, cada país tem suas particularidades no
tratamento das concessões minerais e no gerenciamento ambiental dessa atividade.
Os principais países com relevância na produção mineral se destacam: a África do
Sul, Austrália, Brasil Canadá e Estados Unidos. No Brasil e na África do Sul, o
Governo Central possui órgãos federais concedentes, enquanto nos demais países
os Estados, Províncias e Territórios têm o controle da atividade mineral. Com
relação a gestão ambiental na mineração, é bem variada a atuação governamental.
A Legislação Ambiental Brasileira é considerada uma das mais bem
elaboradas do mundo, sendo seu texto bastante exigente no que se refere à
recuperação de áreas degradadas. O Governo Federal, através do CONAMA,
estabelece normas gerais, a mineração, de um modo geral, está submetida a um
conjunto de regulamentações, onde os três níveis de poder cabendo aos Estados e
Municípios fixarem procedimentos de seu interesse. Os estados e muitos municípios
apresentam procedimentos e legislações próprias para atividades potencialmente
poluidoras. Estatal possuem atribuições com relação à mineração e o meio ambiente
bem como licenciar, controlar e fiscalizar.
A Recuperação de áreas degradadas por mineração tem evoluído ao longo das
últimas décadas, passando do objetivo de restabelecer as condições originais do sitio,
para a busca de situações em que os impactos ambientais sejam efetivamente
corrigidos e que a estabilidade e a sustentabilidade do ambiente sejam asseguradas.
A recuperação é crescentemente abordada como um processo que deve ser realizado
mediante um plano prévio, visando uma das seguintes alternativas em relação ao uso
preexistentes a mineração, desenvolver um projeto de uso significativamente
diferente do preexistente a mineração, ou simplesmente transformar as áreas
degradadas em áreas com condições seguras e estáveis. Assim, a recuperação de
áreas degradadas por mineração pode ser considerada como um processo que visa a
estabilidade em relação ao meio ambiente e a progressiva instalação de um uso do
solo planejado, em conformidade com as condições ambientais e culturais da
circunvizinhança e, ainda, produtiva, gerenciável e potencialmente sustentável.
As características e seu relacionamento com o meio ambiente conferem à exploração
mineral um tratamento específico dado pela Constituição Federal, que ao estabelecer
o dever de recuperar a área degradada, reconhece a importância da atividade e a
necessidade de intervenção no ambiente para a viabilização da extração mineral.
A Constituição, neste cenário e em seus dispositivos, permite a integração entre o
exercício das atividades econômicas com a proteção do meio ambiente, unindo-as
pelo elo comum da finalidade de melhoria da qualidade de vida, pois tanto a
mineração, quanto a conservação ambiental, convergem seus objetivos para a
satisfação e bem-estar da sociedade, sendo extremamente necessário alcançar-se
mecanismos que permitam a harmonia e equilíbrio entre ambos.
Cabe às operações de recuperação, oferecer uma nova modalidade de uso para a
área lavrada, respeitando os aspectos socioambientais que a circundam, gerando a
estabilidade necessária para a devolução desta região para a sociedade.
Impacto ambiental pode ser definido como qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente resultantes de
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a segurança e o
bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.
(Resolução CONAMA n.º 01 de 23/01/86).
EIA - Estudo de Impacto Ambiental: A RESOLUÇÃO CONAMA Nº
001/86 define que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é o conjunto de estudos
realizados por especialistas de diversas áreas, com dados técnicos detalhados. O
acesso a ele é restrito, em respeito ao sigilo industrial.
O estudo de impacto ambiental inclui medidas compensatórias: entre
as medidas mitigadoras previstas, o EIA deve compreender a compensação do dano
provável, sendo esta uma forma de indenização. A Resolução 10/87 prevê que para
o licenciamento de empreendimentos que causem a destruição de florestas ou
outros ecossistemas, haja como pré-requisito a implantação de uma estação
ecológica pela entidade ou empresa responsável, de preferência junto à área
2.1. Objetivos

Caracterizar as tecnologias de recuperação da qualidade ambiental para áreas


degradadas pela mineração, como subsídio ao planejamento dos usos futuros das
áreas recuperadas.

2.2. Objetivos Específicos

• Propor e priorizar ações que garantam a indissociabilidade entre ensino,


pesquisa e extensão;
• Estimular a capacidade crítica, a criatividade e a autonomia ideológica.
• Analisar as causas dos efeitos da tecnologia sobre o equilíbrio ecológico, dos
problemas ambientais e sociais.
• Atuar em prol da preservação e conservação da biodiversidade, analisando a
diferença entre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, viabilizando
ações de melhoria da qualidade de vida;
• Propiciar uma sólida fundamentação dos conteúdos básicos e específicos;

3.0 Objetivos Da Recuperação

A recuperação, como já vimos, deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a
uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do
solo, visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente.
Todavia, os Planos de Recuperação de Áreas Degradadas também são importantes
instrumentos da gestão ambiental para outros tipos de atividades, sobretudo aquelas
que envolvem desmatamentos, terraplenagem, exploração jazidas de empréstimos e
bota-foras.
Em qualquer dos casos, os PRAD são muito mais voltados para aspectos do solo e da
vegetação, muito embora possam contemplar também, direta e indiretamente, a
reabilitação ambiental da água, do ar, da fauna e do ser humano.
4. Manejo E Recuperação De Areas Degradadas Pela Mineração

A atividade de mineração é agressiva ao meio ambiente e aos interesses do


desenvolvimento tem suas raízes na intensa demanda pelos bens minerais que
vigorou no passado, associada à falta tanto, de soluções tecnológicas adequadas,
quanto de prioridade para a conservação ambiental na agenda dos governos. Esta
combinação de fatores induziu o desenvolvimento de uma indústria mineral
predatória, bastante generalizada no até épocas recentes da história da
humanidade.
4.1. Conceito
• Área degradada: área impossibilitada de retornar por uma trajetória natural, a um
ecossistema que se assemelhe a um estado conhecido antes, ou para outro estado
que poderia ser esperado, conforme Instrução Normativa nº04/2011 do IBAMA;

4.2. Etapas Da Recuperação


A recuperação de áreas degradadas requer a utilização de princípios ecológicos e
práticas silviculturas oriundos do conhecimento básico do ecossistema que se vai
trabalhar, com descrição das espécies a serem utilizadas na aplicação de modelos de
recuperação. Todavia, para se alcançar pleno êxito nesta tarefa, além do
conhecimento das causas da degradação e formas de recuperação, é preciso,
também, conhecer as necessidades sociais, econômicas e os aspectos culturais da
comunidade humana local
4.2.2 Os objetivos de recuperação

Figura representa: Remoção e armazenamento do material orgânico do de


capeamento.

4.2.3. Obras De Engenharia Na Recuperação

• Instalar represas ou escavações de


lagoas, para facilitar a deposição do
sedimento proveniente das lavras,
antes que este se deposite nos córregos
ou rios, Pode, também, elaborar
projetos que minimizem a modificação
da área durante a extração de minerais.
Deve evitar modificações no leito
original dos cursos d’água criando
pontes ou outras obras quando estradas de acesso passarem pelos mesmos.
4.2.4. Manejos De Solo Orgânico

A mineração de superfície exige a retirada da vegetação e da capa superior do solo


existente sobre o minério.

4.2.5. Preparações Do Local Para Plantio

É essencial que se conheçam as características químicas do material que será o meio


de crescimento e o como isso afeta o crescimento das plantas

4.2.6. Plantios
Usa-se em recuperação duas técnicas básicas de cultivo: semeadura ou plantio de
mudas. A escolha do método depende de fatores como a natureza da área a ser
semeada, o tamanho e a capacidade germinativa das sementes e as características de
propagação de espécies individuais.
Figura representa Cobertura feita com Figura representa Cobertura colocada
hidro-semeadura sobre o solo
(Fonte: Arquivo pessoal) (Fonte: Geia Ambiental)

A hidro-semeadura é uma técnica mecanizada, semelhante à semeadura a lanço.


O plantio de mudas envolve em primeiro lugar a escavação de uma cova, o
espaçamento médio deve ser de aproximadamente 4 x 4 metros. O espaçamento
depende das espécies selecionadas e do uso futuro escolhido do solo. As plantações
de eucalipto têm espaçamento mais fechado, enquanto as árvores nativas têm
espaçamento mais amplo.
A prática do plantio de árvores juntamente com gramíneas é recomendada, uma vez
que as gramíneas asseguram uma boa proteção do solo, enquanto as árvores estão
crescendo. RODRIGUES et al, (2009) citado por RIBEIRO Castro (2012), traz uma das
vantagens de se adotar o método de plantio direto de mudas, é que logo após o
desenvolvimento das espécies pioneiras o solo. Onde desenvolverá camadas de
serapilheira e húmus, o que atrairá animais dispersores de sementes, como aves e
roedores, que acelerarão o processo de sucessão vegetal e a completa recuperação
da área degradada após alguns anos.
Recuperar uma coisa que não houve planejamento e por isso degradou
aleatoriamente e muito mais caro e difícil. Aqueles que planejaram saíram muito bem
e o fizeram com mais facilidade por que já sabia como recuperar, o que recuperar e
quanto ia gastar pra recupera.
Recuperação orientada de acordo com um plano prévio: execução com base em
decisões expressas em documento previamente discutido e definido entre
minerador, poder público e comunidade envolvida, apontando para aproveitamento
das áreas degradadas – PRAD (Programas de Recuperação de Áreas Degradadas).
Conclusão
A recuperação é uma atividade que exige uma abordagem
sistemática de planejamento e visão a longo prazo e não apenas uma tentativa
limitada de remediar um dano. Com a consciência da extinção em massa de espécies
no mundo todo, está crescendo a importância de se manter a diversidade biológica.
Referências
. Disponível em: <http://www.inep.gov.br/cibec/bbe-online

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