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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

SECRETARIA DE EXTRATIVISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL


DEPARTAMENTO DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

TERMO DE REFERÊNCIA
PCT BRA/IICA/14/001

1 – IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Projeto de Cooperação Técnica PCT BRA/IICA/14/001 de “Implementação de


Estratégias e Ações de Prevenção, Controle e Combate à Desertificação Face aos Cenários de
Mudanças Climáticas e à Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação
(UNCCD)”.

2 – CONTEXTO DA CONTRATAÇÃO

Consultor, pessoa física, na modalidade produto, para elaborar estudos no âmbito dos
componentes Sistemas de Dessalinização e Sistemas Produtivos do Programa Água Doce, na
área de engenharia de pesca, contemplando o manejo e o cultivo de espécies aquáticas por
meio do aproveitamento do efluente do processo de dessalinização. Os documentos devem
sintetizar o contexto das ações implementadas pelo Programa Água Doce, frente ao objetivo de
estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o
consumo humano, incorporando cuidados técnicos, ambientais e sociais na recuperação,
implantação e gestão de sistemas de dessalinização, prioritariamente em comunidades rurais
do semiárido brasileiro, com a finalidade subsidiar o Departamento de Revitalização de Bacias
Hidrográficas da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano – DRB/SRHU/MMA e
o Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável – DCD/SEDR/MMA no combate à desertificação e
mitigação dos efeitos da seca.

2.1 Enquadramento da Consultoria:

OBJETIVO IMEDIATO 2: Atualizar o estado da arte do conhecimento das condições de


sustentabilidade das ASD, tendo em conta cenários de mudanças climáticas e a espacialidade.

Resultado 2.1: Estudos científicos para o combate à desertificação, a valoração de serviços


ecossistêmicos, a recuperação de áreas degradadas e o resgate de práticas tradicionais de
produção, levantados, sistematizados e divulgados para os atores sociais que atuam nas Áreas
Suscetíveis à Desertificação - ASD.

OBJETIVO IMEDIATO 3: Integrar, fortalecer e difundir as boas práticas de prevenção e


combate à desertificação.
Resultado 3.3: Boas práticas de combate à desertificação estabelecidas e multiplicadas nas
ASD.

3 – JUSTIFICATIVA

O Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/14/001, cuja execução nacional está a


cargo do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente – DCD/SEDR-MMA,
tem por objetivo definir estratégias para o planejamento e implementação de ações de
prevenção, controle e combate à desertificação face aos cenários de mudanças climáticas e à
Estratégia Decenal da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD).
Para tanto busca fortalecer os processos de formulação e de implementação de estratégias de
combate à desertificação de modo a consolidar a Política Nacional de Combate a
Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca e a garantir uma maior interação do MMA
com o conjunto dos atores sociais e institucionais assegurando que os resultados a que se
propõe alcançar sejam efetivamente alcançados.
A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), marco
institucional global para o combate à desertificação e a mitigação dos efeitos da seca grave e/ou
desertificação, enfoca os problemas econômicos das regiões áridas, semiáridas e subúmidas
secas salientando o fato de que a sustentabilidade do desenvolvimento nestas áreas só será
alcançada mediante a valorização do patrimônio natural e seu adequado uso por parte de uma
população que, em todo o mundo, se caracteriza por elevados coeficientes de pobreza, baixos
níveis tecnológicos e descapitalização de empreendimentos.
Para o Departamento de Combate à Desertificação da SEDR/MMA, enquanto Ponto
Focal Nacional Técnico da UNCCD e instituição nacional executora do PCT BRA/14/001, a
urgência do tema exige promover a intersetorialidade e a sinergia entre ações de diferentes áreas
e setores buscando a efetividade, complementaridade e a integralidade de programas e ações
voltados para a melhoria das condições ambientais e convivência com a semiaridez. Neste
aspecto é fundamental subsidiar a formulação, adequação e implementação de políticas,
estratégias, programas e projetos de combate à desertificação alinhadas às diretrizes da UNCCD.
Por meio do planejamento e do fortalecimento do sistema de gestão busca-se contribuir para a
consolidação da Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca
e para a estruturação da institucionalidade do tema no âmbito do governo.
Os fatores que agravam os processos de desertificação são bastante variáveis e
decorrem, principalmente, da pressão antrópica sobre os recursos naturais agravada pelas
questões climáticas. Combater a desertificação é uma necessidade urgente e pressupõe
desenvolver ações para controlar e prevenir a degradação do solo e seu avanço, recuperação de
áreas degradadas e, sobretudo, influir no comportamento social, econômico e político da
sociedade.
Estudos comprovam que o aquecimento global está ocasionando mudanças no clima e
que muitos dos impactos já descritos pela ciência podem ser observados. Tais previsões
incluem maior frequência de eventos extremos como secas, enchentes, ondas de calor e
furacões em todos os continentes. De uma maneira geral, as regiões semiáridas e subúmidas
secas são as mais vulneráveis e também concentram as pessoas mais pobres do planeta. No
atual contexto do avanço dos processos de desertificação, as questões referentes às mudanças
climáticas surgem como um elemento novo, que necessita ser observado com muita atenção.
Esse cenário, de desertificação e seca, representa um enorme desafio para a atuação do
Poder Público, principalmente no que diz respeito ao fortalecimento da agenda de combate à
desertificação nos diversos setores em âmbito internacional, nacional, estadual e municipal.
Fazer frente a estes cenários de mudanças climáticas e avanço dos processos de desertificação
exige um esforço para melhorar a harmonização das várias ações desenvolvidas nas ASD e a
implementação de soluções capazes de ampliar e garantir o acesso à água e contribuir com a
promoção do desenvolvimento socioeconômico da região.
Nesse aspecto se faz necessário construir parcerias estratégicas que envolvam áreas
específicas do Ministério do Meio Ambiente, órgãos governamentais (federais, estaduais e
municipais) e não governamentais que atuam na interface com o tema. Diversas ações
governamentais já foram implementadas com bons resultados para reduzir as vulnerabilidades no
que diz respeito ao acesso à água nas ASD e às medidas de adaptação às mudanças climáticas.
Dessa forma, o DCD/SEDR/MMA e o Departamento de Revitalização de Bacias
Hidrográficas da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano - DRB/SRHU/MMA vem
atuando em conjunto, buscando integrar esforços e congregar estratégias que permitam
harmonizar e complementar as ações preconizadas pelos Programas de Ação Nacional de
Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca - PAN Brasil com as ações
desenvolvidas pelo Programa Água Doce.
O Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas – DRB/SRHU/MMA
coordena o Programa Água Doce – PAD como uma ação do Governo Federal em parceria com
diversas instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Visa a estabelecer uma
política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano por meio do
aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados ambientais e sociais na
gestão de sistemas de dessalinização. Busca atender, prioritariamente, localidades rurais difusas
do Semiárido brasileiro. O Água Doce conta com uma rede de cerca de 200 instituições
envolvidas no processo, envolvendo os 10 estados do Semiárido e parceiros federais.
Com o objetivo de apresentar o Programa Água Doce foi elaborado o Documento Base,
cuja função é disponibilizar à sociedade e gestores públicos a metodologia, ações, metas e
resultados alcançados pelo Programa. O trabalho está estruturado em 2 partes e 9 capítulos. A
primeira parte apresenta o Programa Água Doce e sua contextualização. Traz ainda seus
objetivos, arranjo técnico e institucional, metodologia, resultados obtidos e expectativas. A
segunda parte apresenta os manuais técnicos dos componentes do Programa, com a metodologia
detalhada e especificações técnicas. O Documento traz de forma detalhada e minuciosa a
descrição do Programa, as metas a serem atingidas, detalhamento das etapas e atividades a
serem desenvolvidas, descrição dos projetos básicos e referenciais de valores para cada etapa.
O Documento Base foi publicado pela primeira vez em 2010, com uma segunda edição
em 2012. Diante da fase de implementação do Programa, faz-se necessária uma edição
atualizada. Neste contexto, os produtos obtidos por meio desta consultoria contribuirão para essa
atualização. O Documento Base está disponível no sítio do Ministério do Meio Ambiente, no
endereço: http://www.mma.gov.br/publicacoes/agua/category/41-agua-doce.
Ressalta-se, ainda, a relação do PAD com a Política Nacional sobre Mudança do Clima.
Por reduzir as vulnerabilidades no que diz respeito ao acesso à água no Semiárido, o Programa
Água Doce é considerado uma medida de adaptação às mudanças climáticas. Estudos indicam
que a variabilidade climática na região poderá aumentar, acentuando a ocorrência de eventos
extremos (estiagens mais severas) com consequências diretas na disponibilidade hídrica. Dessa
forma, iniciativas como o Programa Água Doce, que promovem o uso sustentável da água,
contribuem para o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas. É um esforço do poder
público em internalizar tais preocupações, disseminando boas práticas de uso sustentável da
água. Em 2009, o TCU, em uma auditoria de natureza operacional sobre políticas públicas e
mudanças climáticas, identificou o Programa Água Doce como uma iniciativa a ser ampliada,
pois contribui para a melhoria da qualidade de vida da população da região do Semiárido e leva
em consideração as potencialidades naturais de cada localidade, assegurando meios para
enfrentar as vulnerabilidades a que estão sujeitas, em decorrência das variabilidades climáticas.
O Programa Água Doce atua com seis componentes: Apoio à Gestão,
Estudos/Pesquisas/Projetos, Sustentabilidade Ambiental, Mobilização Social, Sistemas de
Dessalinização e Sistemas Produtivos. Cada um dos componentes e seus subcomponentes
atua em áreas específicas que se integram.
O componente Sistemas Produtivos, com vistas a resolver o problema de escassez de
recursos hídricos, tem como alternativa principal a utilização do efluente no processo de
dessalinização de águas salobras ou salinas provenientes de poços tubulares. O uso dessas
águas salinas é realizado através da dessalinização por osmose inversa. Por sua comprovada
eficácia quanto à relação custo/qualidade de água dessalinizada, a osmose inversa (OI) se
destaca de outros processos de dessalinização e já vem sendo utilizada em muitas
comunidades do Nordeste do Brasil.
Com o intuito de conter o concentrado para que o mesmo possa ser utilizado como
meio de cultivo de animais aquáticos, os sistemas de dessalinização do Programa Água Doce
possuem tanques de contenção que são uma alternativa de pesquisa para reduzir o impacto
ambiental, além de permitir a produção de alimento, por exemplo a tilápia, na qual algumas
espécies são eurialinas o que lhes conferem a capacidade de adaptação a ambientes de
diferentes salinidades, podendo ser cultivadas tanto em água doce como em água salina ou
salobra.
O subcomponente Obras Civis está inserido dentro do Componente Sistemas de
Dessalinização. Seu objetivo é orientar a construção dos tanques de contenção do concentrado
e a instalação da estrutura física destinada ao aproveitamento do rejeito da dessalinização no
cultivo de peixes. Ao mesmo tempo, os tanques de contenção do concentrado permitem a
utilização do efluente da dessalinização evitando o seu lançamento direto no meio ambiente.
As obras do Sistema de Dessalinização são compostas por: Dessalinizador; Abrigo de
proteção do dessalinizador; Reservatórios para armazenamento de água doce, água bruta e
concentrado; Tanques para contenção do concentrado; Chafariz; Poço; Abrigo para proteção
da água do poço; Cercamento do sistema e dos tanques.
Diante do exposto e visando aperfeiçoar a metodologia do Programa Água Doce,
verifica-se a necessidade de estudos técnicos na área de engenharia de pesca para subsidiar o
Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Secretaria de Recursos Hídricos e
Ambiente Urbano – DRB/SRHU/MMA e o Departamento de Combate à Desertificação da
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável – DCD/SEDR/MMA no
combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca e melhoria do acesso à água.

4 – OBJETIVO DA CONSULTORIA

Elaborar estudos no âmbito dos componentes Sistemas de Dessalinização e Sistemas


Produtivos do Programa Água Doce, na área de engenharia de pesca, contemplando o manejo
e o cultivo de espécies aquáticas por meio do aproveitamento do efluente do processo de
dessalinização. Os documentos devem sintetizar o contexto das ações implementadas pelo
Programa Água Doce, frente ao objetivo de estabelecer uma política pública permanente de
acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, incorporando cuidados técnicos,
ambientais e sociais na recuperação, implantação e gestão de sistemas de dessalinização,
prioritariamente em comunidades rurais do semiárido brasileiro, com a finalidade de subsidiar
o Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Secretaria de Recursos Hídricos
e Ambiente Urbano – DRB/SRHU/MMA e o Departamento de Combate à Desertificação da
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável – DCD/SEDR/MMA no
combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca.
5 – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

 Participar de reuniões com técnicos do MMA, especialmente aqueles vinculados ao


DRB-SRHU/MMA e ao DCD-SEDR/MMA;
 Articular com as instituições e atores relevantes dos estados que atuam com as
temáticas de interface à desertificação e ao acesso à água no contexto do PAD para o
levantamento das informações necessárias à elaboração dos estudos.
 Apoiar as ações técnicas, garantindo o acompanhamento, suporte, desenvolvimento,
promovendo a difusão da metodologia do Programa Água Doce;
 Realizar reuniões junto aos estados, onde são desenvolvidas as atividades do Programa
Água Doce, atendendo a demanda da Coordenação Nacional;
 Validação dos pontos georreferenciados dos sistemas de dessalinização e sistemas
produtivos (tanques, chafariz, abrigo dessalinizador) atendidos pelo Programa Água Doce;
 Interpretar o projeto executivo do sistemas de dessalinização, confrontando-o com o
executado em campo;
 Apoiar a Coordenação Nacional nos processos de capacitação das comunidades
selecionadas em sua área de atuação;
 Assegurar e prover as informações relativas ao andamento do projeto em execução na
sua área de atuação;
 Acompanhamento e orientação, por meio de técnicas apropriadas, das comunidades
envolvidas em criação de espécies aquáticas, objetivando um maior desempenho, no período
de implantação do projeto;
 Apoiar a elaboração de notas e pareceres técnicos com intuito de solucionar dúvidas
e/ou problemas que venham a surgir durante a implantação dos sistemas de dessalinização.
 Orientar a execução dos sistemas de dessalinização e produtivos, tendo como objetivo
principal a manutenção da metodologia do Programa Água Doce;
 Participar de reuniões relacionadas ao Programa Água Doce, especialmente ao
Componente Sistemas Produtivos e/ou Sistemas de Dessalinização;
 Orientar as equipes, nas escolhas de áreas, apropriadas para implantação das obras que
compõe o sistema de dessalinização dentro da região do semiárido, acompanhando sua
implantação e propondo soluções para correção dos problemas durante sua implantação;
 Orientar em campo a implantação de Sistemas Produtivos e Sistemas de
Dessalinização do Programa Água Doce;
 Orientar o manejo e o cultivo de espécies aquáticas nos Sistemas Produtivos
implantados pelo Programa Água Doce.

6– PRODUTOS ESPERADOS

PRODUTO 1 – Relatório Técnico contendo proposta de documento referente às


diretrizes e ações do componente Sistemas Produtivos do Programa Água Doce, para
atualização do Documento Base do PAD, especificamente no que se refere ao Sistema
de Produção, contendo contextualização, metodologia, revisão bibliográfica, projetos,
custos atualizados, anexos, informações atualizadas, fotos, diagramas, tabelas,
planilhas, gráficos e ilustrações atualizadas.

PRODUTO 2 – Relatório técnico contendo proposta de documento com a análise dos


dados obtidos em visita técnica às comunidades onde estão sendo implantados e/ou
recuperados os sistemas de dessalinização do Programa Água Doce, por amostragem
de no mínimo 5 (cinco) sistemas, visando demonstrar a conformidade destes sistemas
com a metodologia do Programa Água Doce e demais normas. Para o produto 2 as
visitas serão realizadas no estado do Rio Grande do Norte, inicialmente nos
municípios de Santana dos Matos, Pedro Avelino e Japi. O relatório técnico deverá
conter fotos e o georreferenciamento dos sistemas visitados.

PRODUTO 3 – Relatório técnico contendo proposta de documento com a análise dos


dados obtidos em visita técnica às comunidades onde estão sendo implantados e/ou
recuperados os sistemas de dessalinização do Programa Água Doce, por amostragem
de no mínimo 5 (cinco) sistemas, visando demonstrar a conformidade destes sistemas
com a metodologia do Programa Água Doce e demais normas. Para o produto 3 as
visitas serão realizadas no estado da Bahia, inicialmente nos municípios de Uauá,
Canudos e Santa Brígida. O relatório técnico deverá conter fotos e o
georreferenciamento dos sistemas visitados.

PRODUTO 4 – Relatório técnico contendo proposta de documento com a análise dos


dados obtidos em visita técnica às comunidades onde estão sendo implantados e/ou
recuperados os sistemas de dessalinização do Programa Água Doce, por amostragem
de no mínimo 5 (cinco) sistemas, visando demonstrar a conformidade destes sistemas
com a metodologia do Programa Água Doce e demais normas. Para o produto 4 as
visitas serão realizadas no estado de Alagoas, inicialmente nos municípios de Santana
do Ipanema, Poço Redondo e São José da Tapera. O relatório técnico deverá conter
fotos e o georreferenciamento dos sistemas visitados.

7 – FORMA DE APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DOS PRODUTOS


O Consultor deverá apresentar os produtos especificados no item 6 sob a forma de
minuta, para análise da equipe técnica do DRB/SRHU/MMA e da Coordenação do Projeto
(DCD/SEDR/MMA e IICA). Após análise e aprovação dos produtos, o Consultor deverá
encaminhá-los para a Coordenação do Projeto, em formato definitivo, em 01 (uma) via
original impressa (papel formato A4, encadernados com capa plástica e espiral) e em meio
digital (1 Cd). A elaboração dos relatórios deverá seguir os padrões estabelecidos pelo IICA.

8 – INSUMOS

Fornecido pelo contratante:


 Base de dados e documentos técnicos relacionados ao objeto do contrato;
 Contatos iniciais que viabilizem a realização dos serviços previstos neste Termo de
Referência.

9 – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO / DURAÇÃO DA CONSULTORIA

O prazo previsto para execução das atividades contidas nesse Termo de Referência é
de 12 (doze) meses contados a partir da data de assinatura do contrato. Os Produtos serão
entregues de acordo com o Cronograma a seguir:

Descrição do 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Produto

Produto 1 X
Produto 2 X
Produto 3 X
Produto 4 X
OBS. As datas exatas não foram definidas levando em conta que alguns dos produtos
contemplados neste TDR dependem da disponibilidade dos demais atores sociais para
participar das reuniões técnicas.

10 - LOCALIZAÇÃO DA CONSULTORIA

Os serviços deverão ser executados preferencialmente na cidade de Recife/PE. O


acompanhamento do trabalho desenvolvido pelo (a) contratado (a) será realizado por meio de
reuniões presenciais, contatos telefônicos e por e-mail, sob a coordenação do Departamento
de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
– DRB/SRHU/MMA em parceria com o Departamento de Combate à Desertificação da
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável – DCD/SEDR/MMA que
estarão disponíveis para a consulta de dados e documentos pertinentes.

11 – FORMA DE PAGAMENTO

O pagamento está vinculado à análise e aprovação dos produtos pela Coordenação do


Projeto e será efetuado em 4 (quatro) parcelas conforme explicitado no quadro a seguir:

Parcela Descrição do Produto Valor Percentual


Parcela 1 PRODUTO 1 – Relatório Técnico contendo proposta de documento
referente às diretrizes e ações do componente Sistemas Produtivos do
Programa Água Doce, para atualização do Documento Base do PAD,
especificamente no que se refere ao Sistema de Produção, contendo
contextualização, metodologia, revisão bibliográfica, projetos, custos
R$ 13.500,00 15%
atualizados, anexos, informações atualizadas, fotos, diagramas,
tabelas, planilhas, gráficos e ilustrações atualizadas.

Parcela 2 PRODUTO 2 – Relatório técnico contendo proposta de documento


com a análise dos dados obtidos em visita técnica às comunidades
onde estão sendo implantados e/ou recuperados os sistemas de
dessalinização do Programa Água Doce, por amostragem de no
mínimo 5 (cinco) sistemas, visando demonstrar a conformidade destes
sistemas com a metodologia do Programa Água Doce e demais R$ 22.500,00 25%
normas. Para o produto 2 as visitas serão realizadas no estado do Rio
Grande do Norte, inicialmente nos municípios de Santana dos Matos,
Pedro Avelino e Japi. O relatório técnico deverá conter fotos e o
georreferenciamento dos sistemas visitados.

Parcela 3 PRODUTO 3 – Relatório técnico contendo proposta de documento


com a análise dos dados obtidos em visita técnica às comunidades
onde estão sendo implantados e/ou recuperados os sistemas de
dessalinização do Programa Água Doce, por amostragem de no
mínimo 5 (cinco) sistemas, visando demonstrar a conformidade destes
sistemas com a metodologia do Programa Água Doce e demais R$ 22.500,00 25%
normas. Para o produto 3 as visitas serão realizadas no estado da
Bahia, inicialmente nos municípios de Uauá, Canudos e Santa
Brígida. O relatório técnico deverá conter fotos e o
georreferenciamento dos sistemas visitados.

Parcela 4 PRODUTO 4 – Relatório técnico contendo proposta de documento R$ 31.500,00 35%


com a análise dos dados obtidos em visita técnica às comunidades
onde estão sendo implantados e/ou recuperados os sistemas de
dessalinização do Programa Água Doce, por amostragem de no
mínimo 5 (cinco) sistemas, visando demonstrar a conformidade destes
sistemas com a metodologia do Programa Água Doce e demais
Parcela Descrição do Produto Valor Percentual
normas. Para o produto 4 as visitas serão realizadas no estado de
Alagoas, inicialmente nos municípios de Santana do Ipanema, Poço
Redondo e São José da Tapera. O relatório técnico deverá conter fotos
e o georreferenciamento dos sistemas visitados.

TOTAL RS 90.000,00 100%

Com base nas qualificações exigidas e considerando a complexidade do trabalho a ser


desenvolvido e o prazo foram tomados como referência os valores praticados pelos órgãos
descritos a seguir:

 IICA: Consultor Sênior com especialização definidos na Instrução Normativa - IICA


n° 17 – R$ 8.006,00 mensais;
 Administração pública:
 Ministério do Meio Ambiente - MMA, para cargos temporários Nível IV - R$
6.130,00 mensais;
 Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA – Nível Superior com pós-graduação
– R$8.000,00 mensais ou R$100,00/hora técnica.

12 – ÓRGÃO/UNIDADE DE VINCULAÇÃO

O contrato será firmado no âmbito do projeto de cooperação técnica internacional


BRA/IICA/14/001, executado pela Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural
Sustentável – SEDR/MMA por meio do Departamento de Combate à Desertificação e o
Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e contará com a parceria da
Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, por meio do Departamento de
Revitalização de Bacias Hidrográficas – DRB/SRHU/MMA.

13- RESPONSABILIDADE PELA SUPERVISÃO DA CONSULTORIA

A supervisão dos trabalhos da consultoria ficará sob a responsabilidade da Equipe


Técnica do Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Secretaria de Recursos
Hídricos e Ambiente Urbano – DRB/SRHU/MMA com acompanhamento do Diretor Nacional
do Projeto BRA/IICA/14/001 e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura
– IICA.

14 – CUSTO TOTAL

O custo estimado da consultoria é de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) relativos aos


produtos e R$ 21.771,00 (vinte e um mil, setecentos e setenta e um reais) estimado em viagens,
totalizando R$ 111.771,00 (cento e onze mil, setecentos e setenta e um reais). As viagens
previstas para a execução dos produtos serão pagas diretamente pelo Projeto, via SDP, com a
devida prestação de contas do consultor ao final do contrato.
PREVISÃO DE VIAGENS

Valor da Diária + Valor da


Período Estimado/ TOTAL
Trecho Adicional de Passagem
Nº de Diárias (R$)
Deslocamento* (R$) Aérea (R$)

Recife /Salvador/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 711,00 1.671,00

Recife /Salvador/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 711,00 1.671,00

Recife /Salvador/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 711,00 1.671,00

Recife/Maceió/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 820,00 1.780,00

Recife/Maceió/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 820,00 1.780,00

Recife/Maceió/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 820,00 1.780,00

Recife/Natal/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 680,00 1.640,00

Recife/Natal/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 680,00 1.640,00

Recife/Natal/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 680,00 1.640,00

Recife/Brasília/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 1.206,00 2.166,00

Recife/Brasília/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 1.206,00 2.166,00

Recife/Brasília/Recife 4 pernoites / 4,5 diárias 960,00 1.206,00 2.166,00

TOTAL
48 pernoites / 54 diárias R$ 11.520,00 R$ 10.251,00 R$ 21.771,00

* Ao valor das diárias foi acrescido o Adicional de Embarque e Desembarque estabelecido pelo
Decreto nº 5.992, de 19 de dezembro de 2006, Anexo II.

15- FONTE DE FINANCIAMENTO

Os recursos para pagamento da consultoria são oriundos do PCT BRA/IICA/14/001.

16– OBRIGAÇÕES DO CONSULTOR

 O consultor deverá cumprir os prazos previstos no cronograma apresentado no item 9.


 O consultor deverá participar das reuniões de trabalho acordadas com as equipes
técnicas do DRB/SRHU e do DCD/SEDR no âmbito do Ministério do Meio Ambiente.

17– QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL


17.1 Formação Acadêmica:
A) Curso Superior completo em Engenharia de Pesca.

17.2 - Experiência Profissional:


A) Mínimo de 06 anos de trabalho comprovado em atividades relacionadas à
engenharia de pesca e implementação de políticas públicas ambientais nas áreas de
recursos hídricos, especialmente no uso sustentável de águas subterrâneas, combate à
desertificação e acesso à água nas Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD).

17.3 – Habilidades desejadas:


A) Experiência na implantação de sistemas produtivos, dimensionamento e construção
de tanques para contenção de água e viveiros para criação, manejo e cultivo de
espécies aquáticas e na implantação de sistemas de dessalinização via osmose inversa
nas Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD).

18 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A seleção tem como fundamento legal o Decreto nº 5.151 de 22 de julho de 2004 e a


Portaria MRE nº 717 de 9 de dezembro de 2006. Os critérios de avaliação e qualificação dos
candidatos constam do Anexo I deste Termo de Referência e tem como base a Portaria n° 441
de 11 de novembro de 2011 do Ministério do Meio Ambiente, que dispõe sobre normas e
procedimentos a serem observados para a contratação de serviços técnicos de consultoria de
pessoa física.

19 - OUTRAS INFORMAÇÕES

Os planos de trabalho detalhados deverão ser apresentados pelo consultor contratado,


contemplando as atividades a serem desenvolvidas, cronograma de trabalho, entrega de
produtos e informações pertinentes em conformidade com o Termo de Referência, não
constituindo produto a ser pago.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
SECRETARIA DE EXTRATIVISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
DEPARTAMENTO DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

ANEXO I

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS CANDIDATOS

1. AVALIAÇÃO DE CURRÍCULOS
Esta etapa de avaliação de currículos tem caráter eliminatório e classificatório. Os
currículos devem ser submetidos seguindo modelo base informado no subitem 1.4 deste
Anexo.

1.1 FORMAÇÃO ACADÊMICA


1.1 Grau de Escolaridade

CRITÉRIOS PONTUAÇÃO/COMPROVAÇÃO
Especialização na área solicitada no perfil profissional 1
Mestrado na área solicitada no perfil profissional 2
Doutorado na área solicitada no perfil profissional 3
Observação: Os pontos do item 1.1. não são conferidos cumulativamente. Assim, contabilizam-se tão
somente os pontos referentes à maior titulação, sendo então o total máximo de 3,0 pontos.

1.2 Experiência Profissional

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL CARACTERIZAÇÃO PONTUAÇÃO


Mínimo de 06 anos de trabalho comprovado em atividades De 6 a 7 anos 10
relacionadas à engenharia de pesca e implementação de políticas
públicas ambientais nas áreas de recursos hídricos, especialmente De 8 a 9 anos 20
no uso sustentável de águas subterrâneas, combate à desertificação Igual ou superior a 10 30
e acesso à água nas Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD). anos
HABILIDADES DESEJÁVEIS
Experiência na implantação de sistemas produtivos, 3 a 4 anos 10
dimensionamento e construção de tanques para contenção de água e
viveiros para criação, manejo e cultivo de espécies aquáticas e na de 5 a 6 anos 20
implantação de sistemas de dessalinização via osmose inversa nas Igual ou superior a 7 30
Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD). anos

Observação: Os pontos não são conferidos cumulativamente. Assim, contabilizam-se tão somente os
pontos referentes a maior experiência – total máximo de 30 pontos em cada item.

1.3 Comprovação de Currículo


Para cada um dos critérios será exigida a apresentação dos seguintes comprovantes:

a) Formação Acadêmica: somente serão aceitos os comprovantes relativos a cursos


reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) ou instituição governamental
internacional similar;

b) Experiência Profissional Demonstrável: serão aceitos declaração do empregador,


contratos de trabalho e/ou tempo demonstrável em carteira de trabalho, certificados,
publicações. Serão aceitos certificados/declarações de execução de atividades de
coordenação ou organização de eventos, seminários, workshops, etc. relacionados com
o objeto do termo de referência.

1.4 Modelo de Currículo-IICA


Os currículos deverão seguir o modelo padrão do IICA disponibilizado no seguinte
endereço eletrônico: http://www.iicabr.iica.org.br/pessoa-fisica/

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